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Poesia D. Lula
Poesia D. Lula
Que eu tivesse o trabalho E uma lágrima, pois são ambas gotas d’agua
Não sabem que sou eu mais alta que as nuvens Disse o orvalho com mágoa:
Engolfada no pranto
Mas respondeu a pérola vaidosa:
Eis como sou feliz... Ou na campina
- Quem te dará valor
Ou no cimo da serra
Entre os milhões de lâmpadas do espaço?
Sou sempre uma esperança cristalina
Tu não passas de um grão de resplendor
Nos lábios sorridentes duma flor”
Metido na poeira do infinito.
Calou-se o orvalho. E a lágrima? Coitada:
Ninguém se lembra de te por no braço.
Esta nada dizia
Enquanto eu, lá no fundo dos oceanos,
- “ E que respondes tu?”
Sou buscada e vendida aos soberanos
E ela rolada
Para enfeitar com minha limpidez
Na terra úmida e fria
A coroa dos reis
Nada ousava falar... Porém, sublime
Vivo no colo explêndido dos nobres
Com calma respondeu: Serenamente
E colos orgulhosos
Do pecador,
Do santo,
Um dia já rolei...
No coração de Deus,
Deslumbrado,