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O ALFABETO
A - B - C- D - E - F - G - H - I - J -K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V- W - X - Y - Z.
AS VOGAIS AS SEMI-VOGAIS
A–E–I–O–U I–U
Sílaba - Fonema ou conjunto de fonemas pronunciados numa só emissão de voz.
Encontros vocálicos
Você sabe o que são encontros vocálicos? Com certeza você os utiliza o tempo todo, para falar, e
talvez nem tenha se dado conta. Veja os exemplos abaixo:
Note que os garotos usaram apenas uma consoante e nove vogais. Em português, usamos muitas
vogais para nos expressar. Aliás, não existem em nossa língua palavras que sejam formadas
apenas por consoantes.
Orais e nasais
Os ditongos podem ser orais ou nasais, de acordo com o modo de pronunciá-los.
O ditongo é oral quando suas vogais são orais, os seus sons são produzidos exclusivamente pela
boca. Exemplos:
má-goa cí-lios gló-ria rai-va meu
O ditongo é nasal quando suas vogais são nasais, ou seja, os sons passam também pelo nariz ou
sofrem uma nasalização. Exemplos:
mãe cãi-bra põe pão chão
Tritongos
Existem casos em que três vogais fazem parte da mesma sílaba.
Pa-ra- en-xa- a-ve-ri-
quais es-piões
guai guei guou
Os tritongos também podem ser orais ou nasais. O tritongo é oral quando suas vogais são orais.
Exemplos:
en-xa- a-ve-ri-
U-ru-guai quais fiéis
guou guei
O tritongo é nasal quando suas vogais são nasais. Exemplos:
en-xá-
sa-guão sa-guões es-piões ba-rões
guem
Hiatos
Quando as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em sequência, temos
um hiato.
Veja a diferença entre sai e saí. Em sai temos um ditongo, com as duas vogais na mesma sílaba,
enquanto em saí temos um hiato, pois as duas vogais estão em sílabas diferentes (sa-í).
Outros exemplos:
hi-a-to en-jo-o ál-co-ol ba-ú jo-e-lho
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A reforma ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte
de acentuação gráfica.
5. Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas
e oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s
em palavras paroxítonas
Ex: ideia, plateia, assembleia.
6. Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo.
9. Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue,
gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
10. Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
arguição, unguento, tranquilizante.
Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
11. O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para
distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira:
1.pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente)
2.pôr ( verbo) / por (preposição)
3. vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural)
4. tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural)
Ortografia.
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-
se no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e
pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas
de homônimas(canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As
palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e
gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço,
palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç:
as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão
/ aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir -
compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir -
consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /
exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer -
compromisso / submeter - submissão
quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
as palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
as palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.
Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i:
área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona),
imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
* Sinônimos
alfabeto - abecedário;
brado, grito - clamor;
extinguir, apagar - abolir.
adversário e antagonista;
translúcido e diáfano;
semicírculo e hemiciclo;
contraveneno e antídoto;
moral e ética;
colóquio e diálogo;
transformação e metamorfose;
oposição e antítese.
* Antônimos
ordem - anarquia;
soberba - humildade;
louvar - censurar;
mal – bem
mau – bom
grande – pequeno
claro – escuro
alto - baixo.
Lembre-se:
Exemplo:
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que
designam crenças religiosas.
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.
Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Interpretação de Textos
- Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às
partes importantes. Lembrar-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia.
- Durante a segunda leitura, sublinhe o que for mais significativo, a ideia principal de cada parágrafo.
Também é possível fazer anotações à margem do texto.
- Ler atentamente o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Muitas vezes
interpreta-se erroneamente por não ter entendido o enunciado. Atenção quando pede a " alternativa
falsa", "a única alternativa que difere", " a alternativa que não está no texto" etc.
- Quando o enunciado indicar uma linha ou uma expressão extraída do texto, volte e releia o
parágrafo inteiro atentamente. Se necessário releia mais de um parágrafo para tirar a correta ideia
do contexto indicado.
- Ler mais de uma vez cada alternativa a fim de eliminar os absurdos. Geralmente um terço das
respostas o são.
- Se a questão pede a ideia principal ou tema do texto, normalmente deve situar-se na primeiro ou
no último parágrafo - introdução ou conclusão.
2. CLASSES DE PALAVRAS:
As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.
Na língua portuguesa podemos classificar as palavras em:
Substantivo, Adjetivo, Pronome, Verbo, Artigo, Numera, Advérbio, Preposição, Interjeição,
Conjunção
2.1 Substantivo:
É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e seres
em geral.
Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples
(alface) ou composto (guarda-chuva).
Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto (mesa)
ou abstrato (felicidade).
Algumas curiosidades sobre os substantivos:
Palavras masculinas:
ágape (refeição dos primitivos cristãos); anátema (excomungação);
axioma (premissa verdadeira); caudal (cachoeira);
carcinoma (tumor maligno); champanha, clã, clarinete, contralto,
coma, diabete/diabetes (FeM classificam
como gênero vacilante);
diadema, estratagema, fibroma (tumor herpes, hosana (hino);
benigno);
jângal (floresta da Índia); lhama, praça (soldado raso);
praça (soldado raso); proclama, sabiá, soprano (FeM
classificam como gênero vacilante);
suéter, tapa (FeM classificam como teiró (parte de arma de fogo ou arado);
gênero vacilante);
telefonema, trema, vau (trecho raso do
rio).
Palavras femininas:
abusão (engano); alcíone (ave doa antigos);
aluvião, araquã (ave); áspide (reptil peçonhento);
baitaca (ave); cataplasma, cal, clâmide (manto grego);
cólera (doença); derme, dinamite, entorce, fácies
(aspecto);
filoxera (inseto e doença); gênese, guriatã (ave);
hélice (FeM classificam como gênero jaçanã (ave);
vacilante);
juriti (tipo de aves); libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana
(felino);
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); usucapião (FeM classificam como gênero
vacilante);
xerox (cópia).
Alguns femininos:
abade abadessa; castelão (dono do castelã;
castelo)
abegão (feitor) abegoa; catalão catalã;
alcaide (antigo alcaidessa, alcaidina; cavaleiro cavaleira, amazona;
governador)
aldeão aldeã; charlatão charlatã;
anfitrião anfitrioa, anfitriã; coimbrão coimbrã;
beirão (natural da Beira) beiroa; cônsul consulesa;
besuntão (porcalhão) besuntona; comarcão comarcã;
bonachão bonachona; cônego canonisa;
bretão bretoa, bretã; czar czarina;
cantador cantadeira; deus deusa, déia;
cantor cantora, cantadora
Substantivos compostos:
Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:
sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés);
caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o
substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes,
particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;
em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural
(tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque);
são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres);
só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o
segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-
enredo, bananas-maçã)
nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases
substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os
ganha-pouco, os diz-que-me-diz);
compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-
pocinhas, os espirra-canivetes);
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o
verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).
2.2 Adjetivo:
É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e
características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância de gênero
e número.
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados
pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem
ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos
casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-
brasileiro).
locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com significado
equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar
com fome = estar faminto).
São adjetivos eruditos:
açúcar sacarino; estôm gástrico; moeda monetário,
ago numismático;
águia aquilino; fábric fabril; neve níveo;
a
anel anular; fígado hepático; pedra pétreo;
astro sideral; fogo ígneo; prata argênteo,
argentino, argírico;
bexiga vesical; guerra bélico; raposa vulpino;
bispo episcopal; home viril; rio fluvial, potâmico;
m
cabeça cefálico; invern hibernal; rocha rupestre;
o
chumbo plúmbeo; lago lacustre; sonho onírico;
chuva pluvial; lebre leporino; sul meridional,
austral;
cinza cinéreo; lobo lupino; tarde vespertino;
cobra colubrino, ofídico; marfi ebúrneo, velho, senil;
m ebóreo; velhice
dinheiro pecuniário; memó mnemônico; vidro vítreo, hialino.
ria
2.3 Pronome:
É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo,
indicando-o como pessoa do discurso.
A diferença entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo de
pronome, podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele que
substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele
que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são
sempre substantivos.
Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor;
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
Pronomes pessoais
Pronomes oblíquos
Número Pessoa Pronomes retos
Átonos Tônicos
primeira eu me mim, comigo
singular segunda tu te ti, contigo
terceira ele, ela o, a, lhe, se ele, ela, si, consigo
nós, conosco
primeira nós nos
vós, convosco
plural segunda vós vos
eles, elas, si,
terceira eles, elas os, as, lhes, se
consigo
2.5 Artigo
Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância. Assim,
qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O 'conhece-te a ti
mesmo' é conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero e número (o/a colega, o/os
ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:
definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma espécie;
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espécie;
Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).
2.6 Numeral:
Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se
como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo),
fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem
acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um
substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor
adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor substantivo)].
Quanto à flexão, varia em gênero e número:
variam em gênero:
Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e
fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo.
variam em número:
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função adjetiva; os
fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois
dez e três quatros).
2.7 Advérbio:
É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio
(intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância que determina sua
classificação:
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures;
tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda;
modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente;
negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente;
dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão;
afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode
apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.
Comparativo:
igualdade - tão + advérbio + quanto
superioridade - mais + advérbio + (do) que
inferioridade - menos + advérbio + (do) que
Superlativo:
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)
analítico - muito + advérbio.
Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais
bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que
eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).
2.8 Preposição:
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação entre
o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal,
adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em:
essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora,
conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto
(= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram
como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante
a viagem).
2.9 Interjeição:
São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto
emocional. Podem expressar:
alegria ah!, oh!, oba! chamament alô!, olá!, psit!
o
advertência cuidado!, atenção desejo oxalá!, tomara! / dor
afugentamento fora!, rua!, passa!, xô! espanto puxa!, oh!, chi!, ué!
alívio ufa!, arre! impaciênci hum!, hem!
a
animação coragem!, avante!, eia! silêncio silêncio!, psiu!, quieto!
. aplauso bravo!, bis!, mais um chamament alô!, olá!, psit!
o
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz
credo!
2.10 Conjunção:
É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos
que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:
aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;
adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo
contrário), não obstante, apesar disso;
alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;
conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;
explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez
tipos:
causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;
condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos
que;
consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. -
indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem
que;
conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;
concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo
que;
temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;
finais - a fim de que, para que, que;
proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);
integrantes - que, se.