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Alquimia

Muitas vezes ouvimos falar em alquimia, em transmutar nossas próprias energias através do
processo alquímico mas o que seria realmente Alquimia?

Existem pessoas que dizem ser a alquimia apenas uma experiência material sendo assim
considerada a mãe da química. Outros colocam a experiência alquímica como algo totalmente
espiritual, enquanto outros usam tanto a parte material de transmutação do metal como a
transformação espiritual no caminho de sua individuação. Hoje em dia a grande parte dos
amantes da nobre arte vêem na alquimia um processo a ser realizado internamente e não em
experiências em laboratório (labor + oratório = trabalho e oração). O pai da psicanálise Carl
Gustav Jung estudou muitos dos conceitos de alquimia para entender o processo de
individuação do homem, principalmente em sua via úmida.

Na Europa a alquimia estava voltada para o encontro do ouro, considerado o mais perfeito
elemento criado pela natureza. A transformação do chumbo em ouro se dava principalmente
por duas vias: A seca e a úmida sendo essa considerada a mais nobre. Ela se divide nas 4 fases:
Nigredo é a primeira fase e ligada a transformação e adequação da matéria para a realização
da grande obra (opus) sua cor é o negro. Depois dessa fase, passamos a Albedo onde é
realizado o trabalho de purificação e sua cor é branco. Após esse estágio entra-se em Citrinitas
que é o despertar através do trabalho persistente, sua cor é o amarelo, aqui fisicamente se dá
a transmutação da prata em ouro. Rubedo onde se encontra a pedra filosofal, o estágio de
iluminação, a integração com sua própria essência tendo como cor o vermelho.

Outro local onde se encontra registro de alquimia é na China onde Ko Hung é o primeiro a
introduzir os cindo elementos materializando conceitos antes espirituais e mentais. A alquimia
na china está intimamente ligada ao I Ching e como consequência ao Taoísmo. Lá, se buscava
principalmente a imortalidade e a saúde perfeita. Também ali se tinha o conceito de perfeição
para o ouro e se buscava o elixir da vida tentando fabricar o ouro potável. A interpretação
correta dos opostos Yin e Yang seria o responsável pela transformação do alquimista em sábio.
Além disso, os cinco elementos alquímicos estão relacionados as suas características e
propriedades e não aos elementos em si. Mais tarde, por volta do século XIII o caminho físico
foi abandonado e o processo passou a ser mais espiritual e interno.

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