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I1- HEGEMONIA E

DECLÍNIO DA
INFLUÊNCIA EUROPEIA
SÉCULO XIX

Europa

Centro do mundo.
Enriquecimento provocado pela industrialização.

Empresa metalúrgica alemã no


final do século XIX
Palácio da Electricidade e Chateau d’água interior do Palácio da Electricidade

Pavilhão
do Império
Alemão

Passadeira rolante
Enriquecimento provocado pela industrialização.

Primeira potência industrial, comercial e financeira do mundo.

A “fábrica do mundo” Centro do comércio Banqueiro mundial

53 % da produção 62 % das trocas 80 % dos capitais


industrial comerciais investidos
83 % da frota
mercantil
RIVAIS DA EUROPA

Estados Unidos Japão

- Abundância de recursos - Criação de empresas


naturais - Uso da tecnologia
- Burguesia dinâmica - Desenvolvimento dos transportes
- Desenvolvimento do - Mão-de-obra abundante
caminho de ferro
 Aumento da
natalidade

 Progressos da
medicina
Emigração
Domínio colonial sobre zonas extensas do globo
Imperialismo
(domínio político ou económico dos países mais industrializados
sobre as regiões menos desenvolvidas)
Exploração colonial europeia – Política imperialista

Objectivos:
- extrair matérias-primas a baixo preço.
- criar novos mercados para escoar os
produtos.
- emigração dos países europeus.
Formas de domínio:
 político – colónias governadas pelas potências colonizadoras;

 países independentes com governos de confiança dos


colonizadores

 económico e financeiro – controle dos principais extractores de


matérias-primas (minas, plantações, vias de comunicação e mão-de-obra
local)

 cultural – imposição da língua, religião, modelos europeus

→ forma de racismo – da “cultura superior” sobre os primitivos.


MOTIVOS DA EXPANSÃO
EUROPEIA

• Económicas e financeiras

• Políticas e nacionalistas

• Sociais

• Ideológicas, culturais e cientificas


EXPLORAÇÃO ECONÓMICA – EXPORTAÇÃO DE MODELOS
A CORRIDA A ÁFRICA

Até meados do século XIX,


os territórios ocupados por
alguns países europeus em
África limitavam-se a
extreitas faixas do litoral.
1877-79

Hermenegildo Capelo e
Roberto Ivens
1884-85
A Partilha de África
CONFERÊNCIA DE BERLIM

• Realizada entre 1884-


1885
• Tinha como objectivo
resolver os choques de
interesses desencadeados
na corrida pelo domínio de
África
• Adoptou o principio de
ocupação efectiva dos
territórios em substituição
do direito de ocupação
histórica
MAPA COR-DE-ROSA

• Projecto elaborado pela


Sociedade de Geografia

• Estabelecia como
sendo de Portugal os
territórios entre Angola
e Moçambique
Mas, a Inglaterra tinha a
intenção de unir todos os seus
territórios africanos por uma
linha de caminhos-de-ferro que
fosse do Cairo (Egipto) até à
Cidade do Cabo (África do Sul)
que chocava com os interesses
portugueses.

Cecil Rhodes, ministro inglês


ULTIMATO INGLÊS
O Governo de Sua Majestade Britânica
• 1890 não pode aceitar como satisfatória ou
suficientes as explicações apresentadas
• Última ordem em que a pelo Governo Português (...). O que o
Governo de Sua Majestade deseja e em
Inglaterra exigia a retirada de que insiste é no seguinte:
Que se enviem ao governador de
Portugal dos territórios entre Moçambique instruções telegráficas
Angola e Moçambique imediatas para que todas e quaisquer
forças militares portuguesas
actualmente no Chire (...) se retirem. O
• Se Portugal não cedesse, embaixador britânico (...) ver-se-á
obrigado a deixar imediatamente Lisboa
Inglaterra cortava relações se uma resposta satisfatória à presente
intimação não for por ele recebida esta
diplomáticas com Portugal. tarde”.
Ultimato Inglês (11/01/1890)
O Governo de Portugal, que já anteriormente recorrera à ajuda inglesa, ficou
sem qualquer capacidade de resposta, acabando por ceder os territórios que
Inglaterra pretendia
Esta situação foi vista pela população como um acto de
cobardia, o que mais tarde foi um factor de peso na
Queda da Monarquia
A PORTUGUESA

O Hino Nacional «A Portuguesa»


nasceu como uma revolta ao Ultimato
Inglês. O compositor Alfredo Keil estava
tão irritado com aquela situação que fez
uma espécie de marcha no piano, que
vibrava toda a sua raiva contra os
Ingleses.
Após ter feito aquela marcha foi a casa
do poeta Henrique Lopes de Mendonça
e pediu-lhe para fazer uma letra para
aqueles acordes, que desse voz à
revolta sentida. Quando o poema ficou
concluído deram-lhe o nome de «A
Portuguesa». As primeiras edições
foram pagas pelos próprios autores.
Foram tirados 12.000 exemplares, que
esgotaram rapidamente.
«A Portuguesa» espalhou-se por todo o
lado, em cafés, teatros, clubes...
Tente agora responder a estas perguntas:

1- Explique qual o objectivo da Conferência de Berlim.

2- Defina o princípio da ocupação efectiva.

3- Explique o que pretendia Portugal ao apresentar o


projecto do mapa cor-de-rosa.

4- Justifique o ultimato inglês a Portugal.

5- Explique o impacto do ultimato em Portugal

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