Você está na página 1de 111

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA – FEJAL

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ – CESMAC


FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – FACET
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

DESTINAÇÃO DE PNEUMÁTICOS NO MUNICÍPIO DE


MACEIÓ

Maceió, 2009
DESTINAÇÃO DE PNEUMÁTICOS NO MUNICÍPIO DE
MACEIÓ

Letácio Lucena Freitas Júnior

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Centro de Estudos
Superiores de Maceió (CESMAC) da
Fundação Educacional Jaime de Altavila
(FEJAL) como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Especialista em
Engenharia Ambiental sob orientação da
Profa Especialista Rosa Maria Barros
Tenório.

Maceió, 2009

ii
LETÁCIO LUCENA FREITAS JÚNIOR

DESTINAÇÃO DE PNEUMÁTICOS NO MUNICÍPIO DE


MACEIÓ

Trabalho de Conclusão de Curso


aprovado como requisito parcial para
obtenção do Título de Especialista
em Engenharia Ambiental -
Administração da Faculdade de
Ciências Exatas e Tecnológicas
(FACET), do Centro de Estudos
Superiores Maceió (CESMAC), pela
seguinte banca examinadora:

Aprovado(a) em .......... de .................................. de ....................

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________
Profa. Especialista Rosa Maria Barros Tenório
Orientadora

iii
A minha família e a todos que
contribuíram no desenvolvimento deste
trabalho. Muito obrigado.

iv
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por tudo, inclusive por conceder força e


disposição para a elaboração deste trabalho.

A minha família, por estar comigo nos momentos difíceis.

A minha orientadora, professora Rosa Maria Barros Tenório, pela ajuda e na


elaboração deste trabalho.

Ao professor André Luiz Beserra Galvão, de Metodologia Científica, pelo seu


auxílio.

Aos amigos, colegas, e demais professores que colaboraram no desenvolvimento


do mesmo.

Aos meus colegas de trabalho, da saúde pública de Maceió, por suas


informações, sugestões e opiniões.

v
“Não é um notável talento que se exige
para assegurar o êxito em qualquer
empreendimento, mas sim um firme
propósito”.

Thomas Wittlam Atkinson

vi
RESUMO

O pneu é parte fundamental dos meios de transporte atualmente porque


proporciona estabilidade, conforto e segurança nas ruas e estradas. No entanto,
quando ele chega ao fim de sua vida útil torna-se inservível. É nesta fase que
surgem os desafios quanto à destinação ambientalmente adequada dos pneus
inservíveis, pois geram um passivo ambiental muito prejudicial ao meio ambiente,
como o assoreamento de corpos d’água, e à saúde humana, como o aumento de
casos de dengue pela possibilidade de acumular água limpa e parada
proporcionando ambiente adequado à reprodução do mosquito Aedes aegypti, vetor
transmissor da doença. As resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA n° 258/99 e 301/02 e a Instrução Normativa n° 08/02 do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA referem-se à
responsabilidade do fabricante e do importador de pneus quanto à destinação
ambientalmente adequada destes, em conjunto com os órgãos municipais. O
desenvolvimento deste trabalho em Maceió, capital de Alagoas, necessitou da
aplicação de questionários e entrevistas com a iniciativa privada, com a população
de maceioense, com o Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas –
DER/AL e com a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió – SLUM.
Concluímos que é imprescindível a participação da Prefeitura de Maceió, articulada
com a iniciativa privada e a colaboração dos moradores para viabilizar a destinação
ambientalmente adequada dos pneus inservíveis de Maceió.

Palavras chave: pneus, pneus inservíveis, pneus inservíveis em Maceió, destinação


de pneus, reciclagem de pneus, resíduos sólidos.

vii
ABSTRACT

The tire is a fundamental means of transportation today because it provides


stability, comfort and safety on the streets and roads. However, when it reaches the
end of its useful life becomes unusable. It is here where the challenges for
environmentally sound disposal of scrap tires because they create an environmental
liability so detrimental to the environment, such as siltation of water bodies, and
human health, the increase of dengue cases by the possibility accumulate water and
stop providing suitable environment for breeding of Aedes aegypti mosquito, vector
transmitting the disease. The resolutions of the National Council on the Environment
- CONAMA n ° 258/99 and 301/02 and Instruction n ° 08/02 of the Brazilian Institute
of Environment and Natural Resources - IBAMA refer to the responsibility of the
manufacturer and importer tires on the environmentally sound disposal of these,
together with the municipal bodies. The development of this work in Maceio, capital
of Alagoas, necessitated the use of questionnaires and interviews with the private
sector, with a population of maceioense with the Department of Highways of Alagoas
- DER / AL and the Superintendent of Street Cleaning Maceio - SLUM. We conclude
that it is essential to participation of the City of Maceio, in combination with the
private sector and cooperation of residents to enable the environmentally sound
disposal of scrap tires in Maceio.

Keywords: tires, tire useless, useless tires in Maceio, distribution of tires, tire
recycling, solid waste.

viii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Composição básica de pneus (Bridgestone – Firestone, 2008) 9


Figura 2: Na carcaça, a diferença básica entre um pneu radial (a) e um pneu 1
diagonal ou convencional (b) (Brazil Tires, 2009)
0
Figura 3: Os pneus seguem para a trituração em esteira (a); retirada do aço dos
pneus antes do processo de trituração (b); reaproveitamento dos pneus 2
triturados ou picotados em várias atividades (c). (Reciclanip, 2009) 1
Figura 4: Ciclo de vida de um pneu, desde o momento em que ele deixa a
fábrica até sua destinação final ambientalmente adequada (Reciclanip, 2
2009) 4
Figura 5: 4
Pneus deixados em calçadas pelas borracharias para a coleta de lixo
3
Figura 6: 4
Pneus armazenados em casa de forma inadequada
9
Figura 7: 5
Pneus descartados em calçadas para a coleta de lixo
0
Figura 8: 5
Ao centro, pneu submerso em córrego que passa pela cidade
0
Figura 9: 5
Pneu descartado no canteiro central de uma Avenida em Maceió
1

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: 2
Tamanho (porte) das reformadoras em Maceió
8
Gráfico 2: 2
Quantidade de pneus trocados por dia, por tipo de veículo
8
Gráfico 3: Quantidade de reformadoras pesquisadas que têm conhecimento da 2
Resolução CONAMA 258/99 8
Gráfico 4: Quantidade de reformadoras que orientam o consumidor quanto aos 2
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus 9
Gráfico 5: Percentuais de pneus, por tipo, que ficam na reformadora após a troca 2

ix
9
Gráfico 6: 3
Quantidade de pneus recauchutáveis que ficam na reformadora
0
Gráfico 7: Quantidade das reformadoras de pneumáticos que oferecem pneus 3
usados, em bom estado, aos seus clientes 0
Gráfico 8: 100% das reformadoras que não oferecem pneus usados em bom 3
estado para seus clientes informam não ser o negócio da loja 0
Gráfico 9: 3
Opinião das reformadoras de pneus quanto à reforma de pneumáticos
1
Gráfico 10: 3
Percentual da destinação dos pneus inservíveis
2
Gráfico 11: Participação das reformadoras de pneumáticos em programas de 3
coleta de pneus usados 2
Gráfico 12: Percentual dos clientes incentivados pelas reformadoras a deixarem 3
seus pneus velhos na empresa 2
Gráfico 13: Percentual das empresas de reforma de pneus quanto à reciclagem 3
de pneumáticos inservíveis 3
Gráfico 14: Disponibilidade do serviço de trituração de pneumáticos inservíveis 3
nas reformadoras de pneus 3
Gráfico 15: Percentual das reformadoras de pneumáticos que conhece empresas 3
que trabalhem com trituração de pneus 4
Gráfico 16: 3
Tamanho (porte) das revendedoras de pneus, em Maceió
4
Gráfico 17: 3
Quantidade diária de pneus vendidos pelas revendedoras, em Maceió
5
Gráfico 18: 3
Quantidade de pneus trocados por dia pelas revendedoras
5
Gráfico 19: Percentual das revendedoras de pneumáticos que têm conhecimento 3
da Resolução CONAMA 258/99 6
Gráfico 20: Percentual das revendedoras que orientam os consumidores quanto 3
aos procedimentos para aumentar o tempo de vida do pneu 6
Gráfico 21:
Percentual dos pneus que ficam nas revendedoras após eventual
3
troca
6
Gráfico 22: Percentual de pneus recauchutáveis e inservíveis que ficam nas 3
revendedoras 7
Gráfico 23: Percentual das revendedoras que oferecem pneus usados (sem 3
qualquer reforma), em bom estado, aos clientes 7
Gráfico 24: Motivos pelos quais 67% das revendedoras não oferecem pneus 3
usados, não reformados, em bom estado a seus clientes 7

x
Gráfico 25: Oferta de pneus reformados aos clientes por parte das revendedoras 3
de pneus 8
Gráfico 26: Opinião das revendedoras de pneus quanto aos pneumáticos 3
reformados 8
Gráfico 27: 3
Custo do descarte de pneus inservíveis
9
Gráfico 28: Percentual de lojas de revenda de pneumáticos em programas de 3
coleta de pneus usados 9
Gráfico 29: Identificação do programa de coleta de pneus usados em que 50% 3
das revendedoras de pneus participam 9
Gráfico 30: Percentual dos clientes que são incentivados pelas revendedoras a 4
deixarem os pneus velhos na loja 0
Gráfico 31: Opinião das empresas de revenda de pneus quanto à reciclagem de 4
pneumáticos inservíveis 0
Gráfico 32: 4
Percentual de pneus que ficam nas borracharias por tipo de veículo
1
Gráfico 33: 4
Tipos de pneus que ficam nas borracharias
1
Gráfico 34: Percentual das borracharias que incentivam seus clientes a deixarem 4
os pneus velhos nas próprias borracharias 2
Gráfico 35: Percentual das borracharias que conhecem o destino dos pneus 4
usados nas próprias borracharias 2
Gráfico 36: 4
Destino dado pelas borracharias para os pneus usados
2
Gráfico 37: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por 4
sexo 4
Gráfico 38: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por 4
faixa etária 4
Gráfico 39: 4
Grau de instrução dos consumidores de pneumáticos entrevistados
4
Gráfico 40: 4
Categoria da habilitação dos consumidores de pneus
5
Gráfico 41: Percentual dos consumidores entrevistados que já compraram 4
pneus 5
Gráfico 42: Referente às pessoas consultadas serem ou não donos de algum 4
veículo 5
Gráfico 43: Percentual dos consumidores entrevistados que receberam 4
orientações para aumentar a vida útil de pneus 6
Gráfico 44: Percentual de consumidores que leram o manual do veículo sobre os 4
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus 6

xi
Gráfico 45: Percentual de consumidores que têm conhecimento sobre o sistema 4
de balanceamento e rodízio dos pneus 6
Gráfico 46: 4
Aceitação quanto aos pneus usados em boas condições
7
Gráfico 47: Percentual de rejeição de pneumáticos usados por consumidores de 4
pneus 7
Gráfico 48: Percentual de aceitação de pneus reformados pelos consumidores de 4
pneumáticos 7
Gráfico 49: 4
Motivos da não aceitação de pneumáticos reformados
8
Gráfico 50: Percentual de revendedoras de pneus que orientam seus 4
consumidores a deixar o pneu usado na loja 8
Gráfico 51: Percentual de consumidores que levam o pneu velho para casa, após 4
a troca 8
Gráfico 52: Destino dado pelo consumidor de pneus ao pneu velho levado para 4
casa 9
Gráfico 53: Percentual de consumidores que têm conhecimento da existência de 5
programas de coleta de pneus velhos em Maceió 1
Gráfico 54: 5
Benefícios sociais e ambientais da reciclagem ou reforma de pneus
2
Gráfico 55: Percentual de consumidores de pneus que têm conhecimento da 5
Resolução CONAMA 258/99 2
Gráfico 56: Responsabilidade quanto ao descarte adequado de pneumáticos 5
usados 3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Prazos e quantidades que os fabricantes e importadores de


pneus devem atender quanto à destinação final adequada 16
Tabela 2: Principais alternativas para a destinação dos pneus inservíveis 18

LISTA DE SIGLAS

xii
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANIP Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos
CAMEX Câmara de Comércio Exterior
CCZ Centro de Controle de Zoonoses, de Maceió
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DECEX Departamento de Operações de Comércio Exterior
DER-AL Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas
ETAS Estações de Tratamento de Água
ETE Estações de Tratamento de Esgotos
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBS Instituto BS Colway Social
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
NBR Norma Brasileira
OMC Organização Mundial do Comércio
SECEX Secretaria de Comércio Exterior
SESAU-AL Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SLUM Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió
TEC Tarifa Externa Comum
UE União Européia
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

xiii
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2. OBJETIVOS.............................................................................................................4
2.1. Objetivo geral.......................................................................................................4
2.2. Objetivos específicos..........................................................................................4
3. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................5
3.1. Histórico da borracha.........................................................................................5
3.2. Pneus....................................................................................................................7
3.2.1. Tipos de pneus.................................................................................................8
3.2.2. Características dos pneus...............................................................................8
3.3. Pneu como resíduo...........................................................................................11
3.3.1. Impactos do descarte inadequado...............................................................12
3.3.2. Políticas e regulamentações.........................................................................14
3.3.3. Alternativas de destinação............................................................................17
3.3.4. Logística reversa para pneus........................................................................21
4. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................25
4.1. Revisão de literatura.........................................................................................25
4.2. Aplicação de questionários..............................................................................25
4.3. Entrevistas.........................................................................................................26
4.4. Observação participante...................................................................................26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................27
5.1. Reformadoras de pneus...................................................................................27
5.2. Revendedoras de pneus...................................................................................34
5.3. Borracharias......................................................................................................41
5.4. Consumidores...................................................................................................43
5.5. Entrevista junto ao DER-AL..............................................................................53
5.6. Entrevista junto a SLUM...................................................................................54
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES................................................................56

xiv
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................58
8. APÊNDICE.............................................................................................................64
9.ANEXO....................................................................................................................78

xv
1. INTRODUÇÃO

O pneu é atualmente parte fundamental dos meios de transporte porque


proporciona estabilidade, conforto e segurança ao se dirigir, no entanto, quando ele
chega ao fim de sua vida útil torna-se inservível. Um dos maiores desafios da
humanidade atual está na destinação ambientalmente adequada dos pneus
inservíveis, pois estes geram passivos ambientais à natureza e a própria saúde
humana.

A saúde do homem está intimamente ligada ao seu modus vivendi, de como


ele trata a cidade ou o local onde vive. No Brasil, cada cidade tem um órgão
responsável pela saúde pública municipal, que faz parte do Sistema Único de Saúde
– SUS, e que mantêm programas de promoção da saúde da população. Em Maceió,
a Secretaria Municipal de Saúde – SMS desenvolve, dentre outros, o programa de
combate às endemias, como: dengue, raiva, doença de chagas e outras.

No caso específico do combate à dengue, o contato direto com a população é


realizado pelos agentes de saúde. Estes têm a tarefa de descobrir focos da doença,
como por exemplo, pneus nos quintais das casas expostos ao tempo (sem
cobertura), eliminar e evitar que se formem novos criadouros, dar orientação técnica
à comunidade, disseminar ações educativas de combate a dengue, além de
encaminhar casos suspeitos de dengue às unidades de saúde para avaliação
médica.

Os dados obtidos do campo são encaminhados ao setor de estatística do


Centro de Controle de Zoonoses – CCZ de Maceió, à Secretaria de Estado da
Saúde de Alagoas – SESAU-AL e ao Ministério da Saúde, com o objetivo de
contribuir na avaliação geral do programa e no monitoramento dos índices de
infestação larvária e dos casos de dengue em Maceió.

Quando descartados nos rios, lagos e lagoas, os pneus provocam o


assoreamento desses corpos d’água, pois formam depósitos em seus leitos e
quando dispostos inadequadamente em estradas, terrenos baldios e quintais de
casas proporcionam ambiente adequado à proliferação do mosquito Aedes aegypti,
vetor responsável pela transmissão da dengue. Os pneus depositados em terrenos
baldios, na maioria dos casos, de forma irregular e sem nenhum tipo de controle,
servem como depósito de água parada, condição essencial para a reprodução do
“mosquito da dengue”. Além disso, a disposição de pneus em aterros sanitários
reduz a vida útil destes, gera acúmulo de gases nos vazios dos pneus e risco de
explosão da cobertura do aterro (Cimino, 2004).

A destinação de pneumáticos inservíveis é um problema mundial. Atualmente


são descartados, inadequadamente, mais de três bilhões de pneus inservíveis em
todo o planeta (Resende, 2004). A União Européia é um dos maiores produtores de
pneus e têm maiores problemas quanto à destinação ambientalmente adequada dos
mesmos tendo a exportação como uma das opções para a destinação de parte dos
seus pneumáticos inservíveis.

No Brasil, a legislação que regulamenta o destino de pneumáticos inservíveis


são as Resoluções CONAMA n° 258/99 e 301/02 e a Instrução Normativa n° 08/02
do IBAMA, que se referem à obrigação dos fabricantes e importadores de coletar e
dar descarte ambientalmente adequado aos pneus inservíveis no País.

Tomando como base a adesão brasileira à Convenção de Basiléia em 1992,


que trata sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos, que
menciona: “reconhecendo plenamente que qualquer Estado tem o direito soberano
de proibir a entrada ou eliminação de resíduos perigosos estrangeiros e outros
resíduos em seu território”, e sua incorporação no Decreto n° 875/93, que:
“Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços
de Resíduos Perigosos e seu Depósito”, e as Portarias do Departamento de
Operações de Comércio Exterior – DECEX 08/91 e da SECEX 8/2000, assim como

2
as Resoluções CONAMA 23/93 e 235/98, o Brasil proíbe a importação de pneus
usados da União Européia.

Atualmente a União Européia tenta conseguir autorização da Organização


Mundial do Comércio para exportar seus pneus usados para o Brasil argumentando
que o mesmo ainda mantém cotas de importação para países do Mercado Comum
do Sul (Mercosul) não protegendo o meio ambiente e a saúde humana. A OMC é
favorável ao Brasil desde que também proíba a importação de pneumáticos
inservíveis a todos os países, caso contrário, terá que revogar sua proibição.

No município de Maceió foi implantado o Programa Rodando Limpo da BS


Colway Pneus, fabricante de pneus remoldados, no ano de 2006. Este programa
tinha como objetivo cumprir a Resolução CONAMA n° 258/99. Naquele ano, num
período de dois meses, foram recolhidos, aproximadamente, 73 (setenta e três) mil
pneus em Alagoas, dos quais 23 mil foram recolhidos das ruas da capital alagoana,
Maceió. O programa manteve as seguintes parcerias:

- Prefeitura de Maceió através da Secretaria Municipal de Saúde e da


Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió –SLUM;

- Catadores de lixo, e;

- Fábrica de cimento Cimpor do Brasil, no Município de São Miguel dos


Campo.

Atualmente o programa encontra-se parado.

3
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Apresentar um diagnóstico da destinação final de pneumáticos no município de


Maceió, como forma de contribuir na formulação de ações de controle para a
redução do impacto ambiental e sobre a saúde.

2.2. Objetivos Específicos

- Verificar se os revendedores e reformadores de pneus estão obedecendo à


legislação vigente, quanto ao uso adequado dos pneus inservíveis;
- Identificar o destino final que está sendo dando aos pneus coletados nas ruas,
terrenos e casas de Maceió;
- Descrever as vantagens e desvantagens dos usos alternativos para os pneus
inservíveis.
3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Histórico da borracha

A borracha já era conhecida dos índios mexicanos antes do descobrimento


das Américas. Estes índios a usavam como bolas elásticas em seus jogos. Somente
no século XVIII o francês Charles Marie De La Condamine e seu colega François
Fresnau deram detalhes de como a borracha natural era extraída pelos nativos da
província de Esmeralda do Brasil à Academia Francesa de Ciência (Instituto
Tecnológico da Borracha, 2008; Petroflex, 2008).

O primeiro emprego da borracha, dado por Magellan, descendente de notável


navegador, foi como apagador. O inglês Joseph Priestley definiu esse apagador
como “India Rubber” ou “Raspador da Índia”. No entanto, a palavra borracha teve
origem da substituição das chamadas borrachas de couro usadas pelos portugueses
para o transporte de vinho, por botijas fabricadas do produto. (Instituto Tecnológico
da Borracha, 2008; Petroflex, 2008).

A seiva branca (o látex) é base para a indústria da borracha natural, que é


retirada da árvore sul-americana Hevea brasiliens. Essa seiva é um elastômero de
cadeia longa e flexível, com forças moleculares frágeis e ligações de enxofre
cruzadas ocasionalmente (Cimino, 2004).

Descreve-se, a seguir, o desenvolvimento histórico da borracha sintética


(Cimino, 2004; Rodrigues, 2008):

1. Em 1826, sua fórmula empírica – C5H8 – foi estabelecida por Faraday;


2. Charles Goodyear, norte americano, em 1841 descobre o processo de
vulcanização quando deixa cair casualmente uma pequena quantidade de
enxofre na seiva aquecida;

3. O primeiro pneu foi patenteado em 1845 pelo engenheiro inglês Robert


Thompson. Na Alemanha, mais tarde, a borracha sintética começa a ser
industrializada a partir do petróleo;

4. Em 1860, Greville Willians isola o isopreno por destilação seca da borracha


natural;

5. Bouchar Dat, em 1879, ao aquecer o isopreno com ácido clorídrico em tubo


selado, obtém uma massa semelhante à borracha natural;

6. Na Irlanda, Dunlop desenvolve o primeiro pneu de bicicleta em 1887;

7. Euler, em 1897, teve sucesso ao iniciar e completar a síntese da borracha, ao


obter, sinteticamente, o isopreno.

8. Pioneiros de uma mega indústria, atualmente mundial, os irmãos Michelin, em


1895, instalaram pneus em automóveis;

9. Depois da I Guerra Mundial, na década de 30, os trabalhos investigativos


continuaram sendo desenvolvidos, surgindo os Polissulfetos, o Neoprene, as
borrachas de Nitrila, próprios à vulcanização e chegando a dar um material
parecido com a borracha natural como produto final.

10. Novos tipos de borrachas sintéticas foram produzidos nas últimas décadas
do século passado, como as de Butila, Silicônica, Silicone Fluorado, Fluoro –
Acrílica, Poliuretano Sólido, Polietileno Clorossulfonado, as de Etileno
Fluorado, entre outras.

11. Outros novos tipos de borrachas são desenvolvidos na última década, tais
como: Poliisopreno – elastômero sintético parecido com a borracha; o
Polibutadieno; a síntese do Isopreno, por meio de catalizadores
estereoespecíficos e as borrachas de Etileno / Propileno, conforme os moldes
das borrachas naturais.

Aproximadamente 70% da borracha produzida industrialmente no Brasil é


empregada na fabricação de pneus. Ela também pode ser matéria-prima para

6
instrumentos cirúrgicos como seringas, tubos, luvas cirúrgicas, preservativos além
de outros produtos de farmácia e calçados (Rodrigues, 2008).

3.2. Pneus

O homem usufrui da invenção do pneu há mais de um século quando as


rodas das carroças e carruagens deixaram de usar aros de ferro ou de madeira.
Hoje, o pneu dá conforto, estabilidade e segurança aos meios de transporte.

O engenheiro escocês Robert William Thomson inventou o pneu ao patenteá-


lo em 1845. Ele o descreveu como um invólucro de lona com uma banda de couro
guardando no seu interior uma câmara de ar. O pneu de Thomson se mostrou mais
apropriado às superfícies irregulares das estradas que as rodas com aro exterior de
ferro ou borracha maciça (Pinheiro, 2001).

Em 1888, John Boyd Dunlop, cirurgião veterinário de Belfast, adaptou tubos


de borracha dentro de um invólucro de lona com uma banda de borracha às rodas
de madeira do triciclo de seu filho. Após costurar ao tubo de ar uma válvula de
retenção, ele encheu o pneu. Este foi fixado na roda de madeira com pregos e cola à
base de borracha. Dunlop não sabendo da realização de Thomson, patenteou seu
invento com o nome de “pneumatic tyre” (roda pneumática). Esta patente foi
revogada dois anos após sua publicação (Pinheiro, 2001).

O pneu teve seu impulso inicial paralelamente ao crescimento do uso de


bicicletas. Por volta de 1890 a evolução do pneu já havia chegado ao método
moderno de montagem em forma de aro com bordo de retenção saliente curvo e,
quando se enchia a câmara de ar, ajustava-se firme a roda ao pneu. Mais tarde, os
primeiros a produzir pneus para charretes, em 1894, e para os primeiros carros, em
1895, foram os irmãos André e Eduardo Michelin, na França. Desde então,
começam a surgir as grandes fabricantes de pneus européias Dunlop (1889), Pirelli
(1890), Continental (1891) e Michelin (1890) e as norte-americanas B. F. Goodrich
(1895), Goodyear (1898) e a Firestone em 1903 (Pinheiro, 2001).

No Brasil, a produção de pneus começa, em 1934, com o Plano Geral de


Viação Nacional concretizado em 1936 com a instalação da Companhia Brasileira de
Artefatos de Borracha, a Pneus Brasil, no Rio de Janeiro, produzindo mais de 29 mil

7
unidades. Foram mais de 13 fábricas instaladas no País, entre elas a Goodyear, a
Firestone, a Michelin e a Pirelli.

3.2.1.1. Tipos de pneus

As definições de pneus estão descritas no artigo 2°, da Resolução n° 258/99 e


também, no artigo 2°, da Resolução n° 301/99, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA, abaixo textualizadas:

pneu é “todo artefato inflável, constituído basicamente por borracha e materiais


de reforço, utilizado para rodagem em veículos automotores e bicicletas”;
pneu novo é definido como “aquele que nunca foi utilizado para rodagem sob
qualquer forma, enquadrando-se, para efeito de importação, no código 4011 da
Tarifa Externa Comum – TEC”;
pneu reformado é “todo pneumático que foi submetido a algum tipo de processo
industrial com o fim específico de aumentar sua vida útil de rodagem em meios
de transporte, tais como recapagem, recauchutagem ou remoldagem,
enquadrando-se, para efeito de importação, no código 4012 da Taxa Externa
Comum – TEC”;
pneu inservível é “aquele que não mais se presta a processo de reforma que
permita condição de rodagem adicional, conforme código 4012.20 da Tarifa
Externa Comum – TEC”.

3.2.1.2. Características dos pneus

O pneu é parte fundamental para vários veículos como carros, bicicletas,


caminhões, tratores agrícolas e aviões. Ele é útil para assegurar a transmissão da
potência automotriz, acelerações, respostas com maior eficiência nas freadas e, com
as suspensões, assegurar o conforto dos ocupantes (Resende, 2004).

A estrutura de um pneu é composta basicamente de borracha natural e


sintética, negro de fumo, aço, tecido de poliéster ou nylon, aceleradores e pigmentos
químicos para atender, com essas características, as várias demandas de mercado
(Rombaldo, 2008; Cimino, 2004).

Mostra-se, na Figura 1, a composição básica de pneus: (1) banda de


rodagem: contato com o solo; (2) sulcos: cavidades abertas na banda de rodagem;

8
(3) ombros: entre a banda de rodagem e os flancos; (4) cintas ou lonas protetoras:
parte externa da estrutura de resistência do pneu para proteger as cintas/lonas de
trabalho; (5) cintas ou lonas de trabalho: estabilizam o pneu situando-se na parte
externa da estrutura resistente do pneu radial; (6) revestimento interno: área interior
do pneu formada por componentes de borracha para proteção; (7) lona carcaça:
parte interna da estrutura de resistência do pneu tendo cordonéis estendidos entre
os talões; (8) flanco ou lateral: conhecido como flanco costado é fixado entre o limite
da banda de rodagem e o talão; (9) filete ou cordão de centragem: mostra
visualmente a correta centralização do pneu e está na linha de relevo perto da
superfície dos talões; (10) talão: parte do pneu em contato com o aro para assegurar
firmeza na fixação de ambos (o talão direito, na Figura, é de pneu sem câmara); (11)
aro do talão: elemento interno metálico do talão; carcaça: composta de lonas e
eventuais cintas de trabalho ou proteção; cordonéis: são têxteis ou metálicos e dão
resistência às lonas e cintas (Bridgestone – Firestone, 2008).

Figura 1: Composição básica de pneus (Bridgestone – Firestone, 2008).

A diferença básica entre um pneu radial e um diagonal ou convencional está


na sua carcaça. No pneu radial, a carcaça é composta por uma ou mais lonas no
sentido radial com cordonéis em paralelo, Figura 2(a). A estabilidade dessa estrutura
é mantida pelas cintas de aço sob a banda de rodagem. Já no pneu diagonal, a
carcaça é constituída por lonas têxteis sobrepostas e cruzadas entre si, Figura 2(b)
(Brazil Tires, 2009).

9
(a) (b)
Figura 2: Na carcaça, a diferença básica entre um pneu radial (a) e um pneu
diagonal ou convencional (b) (Brazil Tires, 2009).

Segundo Rodrigues (2008), a banda de rodagem de um pneu é composta de


carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre e cinzas, com respectivamente 83%; 7%;
2,5%; 0,3% e 6%.

Um pneu é, em média, composto de 14% borracha natural; 27% borracha


sintética; 28% negro de fumo; 3% S, Zn, T102; 10% cinta de aço; 4% fibras; 10%
óleos; e 4% produtos petroquímicos (Rodrigues, 2008).

Conforme Cimino (2004), os resíduos da borracha gerados da fabricação de


pneus podem ser novamente usados depois da sua transformação em duas
espécies diferentes de compostos, que são: (1) recuperado: “[...] é obtido pela
simples moagem do resíduo a pó fino. A borracha contida nos resíduos, por estar
vulcanizada, não sofre modificação, não sendo também separada dos outros
compostos. Não existe, portanto, uma recuperação da borracha, no sentido exato do
termo [...]”; (2) regenerado: “[...] é obtido por meio de vários processos, nos quais os
resíduos e os artefatos usados passam por modificações que os tornam mais
plásticos e aptos a receber nova vulcanização, embora não tenha as mesmas
propriedades da borracha crua, o que significa que não há uma verdadeira
regeneração desse material [...]”.

A vulcanização é um processo em que a borracha após cozida com enxofre a


altas temperaturas mantém suas características de elasticidade no frio ou no calor.
(Rombaldo, 2008).

Complementarmente, “a teoria mais aceita é a de um processo de formação


de ligações cruzadas, durante o qual se desenvolve uma estrutura tridimensional, a
partir das moléculas de polímero individual, nos pontos em que pode ser realizada a
reação, junto ao agente de vulcanização” (Cimino, 2004).

10
Pelo fato do enxofre demandar um tempo para se completar, adiciona-se à
mistura de borracha outros ingredientes – aceleradores e ativadores – para acelerar
a reação e com isso reduzir o tempo e a temperatura necessários para que se
obtenha uma borracha com propriedades físicas desejadas (Cimino, 2004).

3.3. Pneu como resíduo

Devido ao aumento do consumismo da sociedade atual, a quantidade gerada


de resíduos dispostos de forma inadequada na natureza tem aumentado muito. Esse
acúmulo vem ocorrendo há vários anos e foi conseqüência inevitável do
desenvolvimento econômico, que necessita de regulação e fiscalização intensivas.
Tal falta de cuidado tem como resultado a poluição do solo, das águas e do ar,
perda de biodiversidade, impactos culturais e sociais podendo ser irreversível,
comprometendo a médio e longo prazo o próprio desenvolvimento econômico
(Motta, 2008).

Conforme a NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação, de 1997, da


ABNT, Resíduos Sólidos são todos os resíduos no estado sólido e semi-sólido
resultantes das atividades da comunidade de origem: industrial, comercial,
doméstica, hospitalar, de serviços, agrícola ou de varrição. Incluindo-se lodos de
ETES (Estações de Tratamento de Esgotos) e ETAS (Estações de Tratamento de
Água), resíduos originados em equipamentos e instalações de controle da poluição e
líquidos que, em função de suas particularidades, não podem ser descartados na
rede pública de esgotos.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, no artigo 2° da


Resolução CONAMA n° 258/99, e da Resolução CONAMA n° 301/02, define o
resíduo de pneu, o pneumático inservível, como: “aquele que não mais se presta a
processo de reforma que permita condição de rodagem adicional, conforme código
4012.20 da Tarifa Externa Comum – TEC”. Nessas condições, de acordo com
Rombaldo (2008), o pneu perde seu valor econômico.

A NBR 10.004, da ABNT, classifica os resíduos sólidos como segue:

Perigosos ou de Classe I: possuem características intrínsecas de inflamabilidade,


reatividade, corrosividade, toxidade ou patogenicidade, que através do aumento da

11
morbidade ou da mortalidade, apresentam risco à saúde pública ou produzem
efeitos adversos ao meio ambiente ao serem manuseados e dispostos
incorretamente;

Não-Inertes ou de Classe II: podem apresentar características de combustibilidade,


solubilidade ou biodegradabilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou
ao meio ambiente, não sendo enquadrados como resíduos de Classe I - Perigosos
ou Classe III – Inertes;

Classe III ou Inertes: suas características intrínsecas não oferecem riscos à saúde e
ao meio ambiente, e que, quando amostrados de forma representativa, de acordo
com a NBR 10.007 e submetidos a testes de solubilização, de acordo com a NBR
10.006, não foram solubilizados nenhum de seus constituintes para concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, observando-se a listagem n° 8
(Anexo H da NBR 10.004), excluindo-se os padrões de aspecto, sabor, cor e
turbidez.

Segundo Rodrigues (2008), o pneu inservível é classificado pela NBR 10.004


(2004) como resíduo de Classe II B – Inerte com código A008.

3.3.1.1. Impactos do descarte inadequado

Atualmente no mundo existem mais de três bilhões de pneus inservíveis


descartados inadequadamente, sendo, hoje, um dos maiores problemas ambientais
do planeta (Resende, 2004).
Conforme dados da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, no
Brasil havia recentemente um passivo ambiental em torno de 100 milhões de pneus
inservíveis abandonados, quer em áreas abertas ou estocados, e com previsão de
serem somados anualmente a esses aproximadamente 17 milhões de unidades.
(Cimino, et al. 2005).

O Brasil ocupa a sexta posição como produtor mundial de pneus para


automóveis e a quinta para caminhões e ônibus. Em 2007, o País produziu um total
de 56 milhões de unidades, com os seguintes percentuais: automóveis (63%), carga
(13%) e motocicleta (24%). São 44 milhões de unidades vendidas internamente, 10
milhões de unidades importadas e 20 milhões de unidades exportadas. Isso

12
representa uma produção 10,2 bilhões de reais no ano. Comparando com 2006, o
ano de 2007 teve um aumento de produção de 2,5% em unidades. (ANIP, 2009).

A disposição incorreta de pneumáticos inservíveis produz impactos


ambientais, como segue:

1. nos corpos d’água, como rios e lagos: o assoreamento do seus leitos;

2. em aterros: escorregamento de células de lixo, redução da sua vida útil devido à


baixa compressibilidade do pneu e sua deterioração muito lenta, até 600 anos, se
aterrado inteiro; inchaço e subida dos pneus para a superfície do aterro pela
absorção de gases liberados da decomposição dos demais resíduos, podendo
estourar tais pneus quebrando a cobertura do aterro e expondo este a macro e
micro vetores, à fauna, além de gerar liberação de gases e permitir o vazamento
de líquidos;

3. quando dispostos em depósitos de grande extensão, só para pneus: riscos de


incêndio capazes de provocar danos à sociedade, matas, rios e atmosfera
causados pelas substâncias inflamáveis presentes no produto, apesar desses
grandes depósitos serem mais aceitáveis que os comuns e poderem vir a ser
centros de coleta dispondo de melhor recuperação energética e de matéria-prima
do produto;

4. pneus descartados na forma de pilhas nos locais abertos: além de contribuírem


para a proliferação de vetores de diversas doenças, correm risco de incêndio
liberando, quando queimados, materiais oleosos (10 litros por pneu) podendo
penetrar e contaminar o solo e o lençol freático, além de lançar gases na
atmosfera como: dioxinas, carbono, hidrocarbonetos aromáticos e policíclicos,
como também outras substâncias tóxicas e cancerígenas. (Cimino 2004; Motta
2008; Resende 2004).

O descarte errado de pneus contribui para o aumento de um problema de


saúde pública no Brasil e no mundo, que é a proliferação do mosquito transmissor
da Febre Amarela e da Dengue, o Aedes aegypti. Este mosquito é uma espécie
tropical e subtropical que se adaptou ao ambiente urbano, convivendo com o
homem. Assim, pneus, entre outros depósitos, descartados em terrenos baldios, nos
quintais das casas, nas ruas ou calçadas, principalmente no verão (estação de calor

13
e chuvas), proporcionam ambiente adequado à reprodução do popularmente
chamado “mosquito da Dengue”, pois acumulam água limpa e parada.

Pneus descartados na forma de pilhas nos locais abertos, além de contribuir


para a proliferação de vetores de diversas doenças, correm risco de incêndio
liberando, quando queimados, materiais oleosos (10 litros por pneu) podendo
penetrar e contaminar o solo e o lençol freático, além de lançar gases na atmosfera
como: dioxinas, carbono, hidrocarbonetos aromáticos e policíclicos, como também
outras substâncias tóxicas e cancerígenas. (Cimino, 2004; Motta, 2008; Resende,
2004).

O descarte errado de pneus contribui para o aumento de um problema de


saúde pública no Brasil e no mundo, que é a proliferação do mosquito transmissor
da Febre Amarela e da Dengue, o Aedes aegypti. Este mosquito é uma espécie
tropical e subtropical que se adaptou ao ambiente urbano, convivendo com o
homem. Assim, pneus, entre outros depósitos, descartados em terrenos baldios, nos
quintais das casas, nas ruas ou calçadas, principalmente no verão (estação de calor
e chuvas), proporcionam ambiente adequado à reprodução do popularmente
chamado “mosquito da Dengue”, pois acumulam água limpa e parada.

3.3.1.2. Políticas e regulamentações

Segundo Andrietta (2002), a preocupação com a qualidade do meio ambiente,


que aceleradamente se deteriora, tem se voltado para o resíduo de pneus, cujo
passivo ambiental já é grande nas nações desenvolvidas e em muitos países em
desenvolvimento. Por isso, várias nações têm adotado medidas de destinação
adequada por ser inapropriado o descarte de pneus em aterros sanitários. No ano
de 1999, a União Européia adotou diretriz estabelecendo que, a partir de 2003, não
seja mais permitido o descarte de pneus inteiros em aterros sanitários; e a partir de
2006, proibiu o descarte, também, de pneus fragmentados nos aterros, não se
definindo ainda o que fazer depois.

Nos Estados Unidos, o Ato Ambiental Nacional da Política Norte-Americana


tem por objetivo: “declarar uma política nacional que incentive a harmonia produtiva
e agradável entre o homem e seu ambiente; promover esforços que impedirão ou
eliminarão os danos ao ambiente e à biosfera e estimularão a saúde e o bem-estar

14
do homem; enriquecer a compreensão dos sistemas ecológicos e dos recursos
naturais importantes para a nação; estabelecer um conselho na qualidade
ambiental”. Hoje, leis estaduais norte-americanas têm regulamentado a aquisição,
armazenagem e processamento de pneus inservíveis. Essas leis restringem a
armazenagem desse resíduo em aterros e oferecem incentivos para se desenvolver
novas alternativas de uso. (Rodrigues, 2008).

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, especificamente para o


resíduo pneu, em sua subseção X, define as responsabilidades dos fabricantes e
dos importadores de pneumáticos quanto ao gerenciamento dos respectivos
resíduos sólidos gerados, que devem estar de acordo com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Especiais, aprovado pelo Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA). (Rodrigues, 2008).

Essa política impõe aos fabricantes e importadores a obrigação de coletar e


dar destino final ambientalmente adequado aos pneumáticos inservíveis, decorrente
do seu uso no território nacional. Poderão dispor de centrais de recepção que
deverão estar localizadas e instaladas conforme normas ambientais, urbanísticas e
de uso do solo tendo em vista o armazenamento temporário para posterior
destinação final adequada desses resíduos. Além disso, a coleta do resíduo pneu é
também de responsabilidade dos distribuidores e dos pontos de vendas que, em
conjunto com aqueles, devem instituir a referida coleta. (Rodrigues, 2008).

Quanto à comercialização de pneus, será permitida somente se


acompanhada de instruções relativas à forma de devolução ao fabricante após o
uso, ou se impróprios à utilização. (Rodrigues, 2088).

De acordo com essa política fica vedado o descarte de pneumáticos


inservíveis em aterros sanitários, em terrenos baldios, no mar, nas margens de vias
públicas, nas praias e nos cursos d‘água, assim como a queima desses pneus,
exceto para se obter energia, efetuada por métodos não suscetíveis de produzir
danos à saúde humana e ao meio ambiente. (Rodrigues, 2008).

As regulamentações referentes a pneus inservíveis no Brasil têm início em


1990, com normas voltadas a reduzir a geração do resíduo pneu. Por meio da
Portaria 8 da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, em 1991, o País proíbe a

15
importação de pneus, dentre outros bens de consumo usados. Em 1996 foi proibida
a importação de pneus usados pelo IBAMA e pelo CONAMA. (Motta, 2008).

O Brasil, em 1999, coloca-se em posição mais avançada quanto à disposição


final adequada de pneus descartados. Neste mesmo ano, o CONAMA baixou a
Resolução n° 258, em 26 de agosto, determinando que as empresas fabricantes
assim como as importadoras de pneus sejam responsáveis pela destinação final.
(Andrietta, 2002). Segundo o artigo 3° desta resolução e da Resolução CONAMA n°
301, de 21 de março de 2002, os fabricantes e os importadores de pneus devem
cumprir os prazos e quantidades quanto à destinação final adequada, detalhadas na
Tabela 1. Estão fora do disposto neste artigo pneus exportados ou os que equipam
veículos exportados pelo País. Também o artigo 11 da Resolução CONAMA n°
301/02 menciona que “os distribuidores, os revendedores, os reformadores, os
consertadores, e os consumidores finais de pneus, em articulação com os
fabricantes, importadores e Poder Público, deverão colaborar na adoção de
procedimentos, visando implementar a coleta dos pneus inservíveis existentes no
País”. Ainda assim, importadores e fabricantes de pneus, como também
destinadores e processadores de pneumáticos inservíveis, devem atender aos
instrumentos contidos na Portaria IBAMA n° 08, de 15 de maio de 2002.

Tabela 1: Prazos e quantidades que os fabricantes e importadores de pneus


devem atender quanto à destinação final adequada
Pneus novos Pneus inservíveis
Início de prazo
(brasileiros ou importados) (destinação final)
01/ jan/ 2002 4 unidades 1 unidade
01/ jan/ 2003 2 unidades 1 unidade
01/ jan/ 2004 1 unidade 1 unidade
01/ jan / 2005 4 unidades 5 unidades
Pneus inservíveis
Início de prazo Pneus reformados importados
(destinação final)
01/ jan/ 2002 4 unidades 1 unidade
01/ jan/ 2003 2 unidades 1 unidade
01/ jan/ 2004 4 unidades 5 unidades
01/ jan/ 2005 3 unidades 4 unidades
Fonte: Resoluções CONAMA n° 258/99 e n° 301/02; Motta (2008).

Para se reduzir o passivo ambiental visando à proteção do meio ambiente e


da saúde pública, o Brasil adere à Convenção de Basiléia em 1992. Essa convenção
trata sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos, que menciona:
“reconhecendo plenamente que qualquer Estado tem o direito soberano de proibir a

16
entrada ou eliminação de resíduos perigosos estrangeiros e outros resíduos em seu
território” (tradução) foi incorporada pelo Decreto n° 875/93, que: “Promulga o texto
da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e seu Depósito”.

Devido à proibição de se importar pneu usado, tomando como base tal


convenção e a normatização brasileira, Portarias do Departamento de Operações de
Comércio Exterior – DECEX 08/91 e da SECEX 8/2000 e as Resoluções CONAMA
23/93 e 235/98, foi vetada a importação de pneus recauchutados provenientes da
Comunidade Européia, que tem problemas para dar destinação final adequada a sua
produção, tendo a exportação como uma de suas opções de destinação final. Até
então, o Brasil importava dessa comunidade entre dois a três milhões de unidades
ao ano.

Atualmente, a União Européia tenta obter junto a Organização Mundial do


Comercio – OMC autorização para exportar seus pneus recauchutados para o
Brasil, alegando que o mesmo ainda mantém cotas de importação para os países do
Mercado Comum do Sul (Mercosul) e que desta forma o País não está protegendo o
meio ambiente e a saúde humana. A OMC tem-se posicionado favoravelmente ao
Brasil, desde que este estenda a referida proibição a todos os outros países, ou terá
de revogá-la. Contudo, em 2006, chegaram ao Brasil 7,6 milhões de pneus
reformados dos países da União Européia, por liminares. Em 2008, a Câmara de
Comercio Exterior – Camex modificou as cotas de importação de pneus reformados
do Mercosul. Por ano, passaram de 130 mil para 164 mil (Uruguai) e de 120 mil para
168 mil (Paraguai).

Por não ter cumprido o prazo dado pela OMC para uniformizar a proibição da
importação de pneus usados a todos os países até dezembro de 2008, o Brasil
assinou acordo com a UE, em 05 de janeiro de 2009, com o fim de evitar retaliação
comercial. No entanto, esse acordo não elimina a possibilidade de sanção ao País
enquanto durar a proibição para a entrada de pneus usados europeus e não ao
mesmo tipo de pneus do Mercosul.

3.3.1.3. Alternativas de destinação

17
A destinação de pneus usados é dividida em três categorias: reutilização,
reciclagem e valorização energética. Na reutilização, os pneus inteiros são
aproveitados, enquanto que na reciclagem são transformados em novos produtos a
partir de métodos físicos e/ou químicos, como, por exemplo, tapetes, barreiras de
choques. Na valorização energética, os pneus são usados para a geração de calor
devido ao seu grande poder calorífico, que é de aproximadamente 8.170 kcal/kg,
superior ao do carvão. A Tabela 2 apresenta as principais alternativas para a
destinação dos pneus inservíveis. (Giacobbe, 2008).

Tabela 2: Principais alternativas para a destinação dos pneus inservíveis.


Reutilização
À estrutura do pneu gasto é reincorporada de nova borracha de
piso, desde que, o pneu não apresente deformações e cortes, e
que a banda de rodagem ainda tenha sulcos e saliências que
permitam sua aderência ao solo. Na construção civil, os resíduos
de borracha desse processo podem ser misturados com a
argamassa, no lugar da areia, para a fabricação de placas pré-
moldadas visando à redução do déficit habitacional, e à produção
Recauchutagem de pavimentos intertravados com blocos pré-moldados de
concreto “paveres”. Estes proporcionam várias possibilidades
estéticas, garantem ao pavimento intertravado êxito absoluto em:
parques, praças, calçadas, jardins, estacionamentos, vias
urbanas, estradas, acostamentos, pátios, depósitos, galpões
industriais entre outros. Com vida útil de até 25 anos, desde que
se tenham projetos adequados à sub-base, blocos de boa
qualidade e que estes estejam muito bem assentados.
Recifes artificiais Para peixes e invertebrados marinhos, habitats artificiais.
Proteção das estruturas das zonas costeiras dos efeitos das
marés. Em marinas de portos, pode ser utilizado como um
Quebra-mares
conjunto flutuante com preenchimento de espuma para o
amortecimento de ondas.
Em canais de estabilização, alternativa ao uso de concreto e de
rochas naturais. Para o controle de superfície de erosão,
Estabilização de taludes, solidamente empilhados ou no formato de uma esteira sobre a
controle de erosão e região a ser protegida, os pneus reduzem o processo de erosão,
revegetação proporcionando uma base para re-vegetação, pois ao acomodar
terra no seu interior, forma uma barreira ao processo de
lixiviação.
Barreiras anti-choque Amortecedores de impactos.
Reciclagem física
Na substituição de britas em cobertura alternativa, na camada de
fundação e finalização do aterro, na camada coletora do gás
Aterros produzido, na camada de operacional de segurança e na camada
de drenagem do lixiviado. Demanda ilimitada por pneus e baixo
capital de investimento.
Concreto asfáltico Aumenta a resistência à frenagem, reduz a fissuração por fadiga,
que resulta no aumento da vida útil do pavimento. Demanda
muito alta por pneus e necessidade de pré-tratamento. Ainda não

18
foi provada a viabilidade desta alternativa. Essa tecnologia pode
ser executada por dois processos, a saber: o seco: a borracha do
pneu é triturada e usada na substituição do agregado; o úmido: a
borracha do pneu é triturada e incorporada no asfalto na
temperatura de 204 °C, formando o asfalto-borracha.
Tapetes Fabrico de tapetes. Pneu triturado.
Barreiras de choque Amortecedores de impactos.
Reciclagem química
Recupera-se do pneu produtos como o negro de fumo, aço, gás
e óleo, que são os produtos mais valorizados com alto potencial
mercadológico. A pirólise é um processo composto de várias
reações complexas, a altas temperaturas (400 a 800°C) para a
produção de correntes de vapores condensáveis e não
Pirólise
condensáveis e resíduos sólidos. A estrutura molecular dos
resíduos é fracionada pelo calor, que libera compostos de
carbono em forma líquida, sólida e gasosa, que podem ser
usadas como combustíveis. A demanda por pneus atualmente é
desprezível. Recuperação energética de 75 – 82%.
Hidrogenação Produção de gasolina, óleos leves, gases e óleos lubrificantes.
Gaseificação Produzir metano.
Regeneração da borracha. As propriedades da borracha
vulcanizada não são as mesmas da borracha crua, assim, esse
tipo de borracha é normalmente utilizada para a fabricação de
Desvulcanização
artefatos. A desvulcanização tem como desvantagem a piora da
propriedade do produto, capital de investimento alto e falta de
normatização dos produtos.
Valorização energética
Demanda muito alta por pneus. Substitui o carvão como
combustível nos fornos de cimento. Redução do nível de emissão
de poluentes. Não gera resíduos nem precisa de controle
adicional para emissões. Necessita de suprimento de demanda e
adaptação dos fornos. No entanto, há um considerável
inconveniente ambiental relacionado à emissão de grandes
quantidades de SOx, quando pneus são incinerados em fornos de
cimenteiras, além da possibilidade de contaminação com arsênio
e outros contaminantes, que podem provocar problema
Co-processamento em
ambiental. Considerando a grande quantidade de ar que entra
cimenteiras
nos queimadores, os contaminantes tornam-se desprezíveis
quando saem com os gases quentes. Tornam-se significativos,
conforme visão crítica, ao serem quantificados em produção
anual. Deve-se ter cuidado quanto aos riscos somados ao nível
das localizações no qual o processo de tratamento de resíduos
em co-incineração acontece, com prévia caracterização
detalhada das condições ambientais e populacionais de cada
local em causa e das monitorações ambiental e vigilância
epidemiológica.
Demanda média por pneus. Redução do nível de emissão de
Co-processamento em
poluentes. Produtos com pouco competitivos se comparado aos
indústrias de papel
combustíveis tradicionais. Necessita de pré-tratamento.
Demanda baixa por pneus. Completa combustão dos
Co-processamento em
pneumáticos. Necessita de suprimento de demanda e alto
termelétricas
investimento de capital.
Fonte: Cappi (2004); Fioriti (2007); Giacobbe (2008); Monteiro, et al (2008); Rodrigues (2008).

19
Deve-se ressaltar que alguns processos de aproveitamento dos pneus têm
como primeira etapa a trituração, Figura 3 (a), com posterior moagem para reduzí-
los a pequenos grãos. Para pneus radiais, o aço é separado da borracha por meio
magnético, Figura 3 (b), e reaproveitamento dos pneus triturados ou picotados em
várias atividades, Figura 3 (c). (Giacobbe, 2008) e (Reciclanip, 2009).

(a)

(b)

20
(c)
Figura 3: Os pneus seguem para a trituração em esteira (a); retirada do aço dos pneus
antes do processo de trituração (b); reaproveitamento dos pneus triturados ou picotados em
várias atividades (c). (Reciclanip, 2009).

Em Alagoas, as principais alternativas para a destinação final ambientalmente


adequada de pneus inservíveis são: a fábrica de cimento Cimpor, localizada em São
Miguel dos Campos e, sob a responsabilidade do Departamento de Estradas de
Rodagem de Alagoas – DER-AL, cinco usinas de asfalto, que são chamadas pelo
referido órgão de residências (ou unidades locais), funcionando em Maceió,
Arapiraca, Santana do Ipanema, Matriz de Camaragibe e Coruripe.

3.3.2. Logística reversa para pneus

A logística reversa trata, basicamente, do transporte físico de um bem usado


e já sem valor desde o consumidor até o produtor. Engloba a remoção de materiais
danificados, regenerados ou prejudiciais das mãos do usuário. É um processo em
que as empresas poderão ter benefícios com a redução de custos e reuso de boa
quantidade de materiais descartados (Resende, 2004).

A rede reversa lida com quatro princípios fundamentais: redução, substituição,


reuso e reciclagem. Essa rede ganhou notável atenção devido à poluição gerada
pelos lixos urbanos e à carência de recursos, que até bem pouco tempo eram
considerados abundantes em nosso planeta, como água, florestas e diversos
minerais (Resende, 2004).

21
Com a Resolução CONAMA 258/99, fabricantes e importadores são
obrigados a dar destinação ambientalmente adequada a pneus inservíveis. Para
isso, há a necessidade da operação logística reversa para gerenciar a questão do
reaproveitamento, através de parcerias de coleta desses pneus. Usa-se então a
logística reversa na gestão integrada dos resíduos de pneus pós-consumo, tanto no
processo de reutilização, reforma e reciclagem, como na destinação final dos pneus
inservíveis (Goto, 2007).

Os principais problemas dessa logística na coleta e reciclagem de


pneumáticos inservíveis no Brasil são a dimensão e a dispersão do território
brasileiro. Empresas fabricantes e importadoras implantam bases, ou ecopontos,
para a coleta de pneus em diversos estados brasileiros, junto às empresas que se
utilizarão desses pneumáticos (Goto, 2007).

Em São Paulo, empresas coletam pneus em borracharias enviando-os


diretamente para os centros de reciclagem. Em outros estados, existem empresas
que usam outros processos para reciclagem, como em Curitiba, onde duas
empresas coletam os pneus e os enviam para usina da Petrobrás em São Mateus,
onde os pneus são misturados à rocha de xisto para produção de óleo (Goto, 2007).

Em 1999, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – ANIP, que é


uma entidade brasileira representante dos fabricantes de pneus novos, implantou e
deu início ao Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis. Com
a expansão do Programa para todas as regiões do País, os fabricantes Bridgestone
Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli perceberam a necessidade de uma entidade
voltada unicamente à coleta e destinação de pneus no Brasil. Então, em março de
2007, surgiu a Reciclanip. Desde o início do Programa até agora, foram destinados
pelos fabricantes mais de 140 milhões de pneus de automóveis e, para alcançar
esse resultado, foram investidos mais de US$ 37 milhões.

A BS Colway Pneus implantou no Brasil o Programa Rodando Limpo, com


atuação em cinco estados brasileiros, visando dar fim a pneus inservíveis. Esse
Programa teve inicio no Paraná, em 2001, e depois foi implantado em Pernambuco,
Paraíba, Minas Gerais, João Pessoa e Alagoas. Até agora, esse programa recolheu
e destruiu 20.921.024 pneus inservíveis.

22
No Paraná, a implantação do Programa Rodando Limpo contou com a
integração da Secretaria de Estado de Saúde e de outros órgãos do Governo
estadual, sem custos ao erário. Esse programa contribuiu, em 2003, na redução dos
mais de 10 mil casos de dengue autóctones (pessoas infectadas no próprio Estado)
em 99,7%. Conforme estatísticas, ocorreram somente 55 casos em 2004 e apenas
15 em 2005, além da eliminação quase total dos pneus velhos da natureza no
Paraná, com destinação adequada de 12,3 milhões de unidades.

Em 2006, o Programa Rodando Limpo foi implantado no Estado de Alagoas


apresentando resultados bastante positivos à saúde e à preservação ambiental.
Foram coletados no Estado, nos meses de agosto e setembro do referido ano, 73
mil pneus velhos, ou 365 toneladas.

Em Maceió, o Programa foi implantado por um convênio com a Prefeitura


Municipal e o Instituto BS Colway Social. Foram coletados das ruas da capital
alagoana 23 mil pneus, ou 115 toneladas. Os pneus coletados pelos catadores eram
levados para a Eco-Base do Programa Rodando Limpo, localizada na Via Expressa,
n° 6243, Serraria. Os catadores cadastrados no Programa recebiam R$ 0,40 por
unidade de pneu de automóvel, R$ 0,80 por pneu de caminhonete e R$ 2,00 por
pneu de caminhão. A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió – Slum
colocou um caminhão, uma vez por semana, para a realização da coleta de pneus
inservíveis nos bairros de Maceió a quem não pudesse transportar os pneus até a
Eco-Base. Assim, para a solicitação esse serviço, bastava ligar gratuitamente para
0800-600-9009 e agendar a coleta.

A Figura 4 mostra o ciclo de vida do pneu desde o momento em que ele deixa
a fábrica até sua destinação final ambientalmente adequada (Reciclanip, 2009).
Deve-se observar que, dependendo da alternativa de destinação, os pneus podem
ser usados inteiros ou triturados.

23
Figura 4: Ciclo de vida de um pneu, desde o momento em que ele deixa a fábrica até sua
destinação final ambientalmente adequada (Reciclanip, 2009).

O consumidor final também é parte da cadeia logística que dá inicio ao


processo reverso. Ele pode contribuir na redução do impacto ambiental dos
pneumáticos seguindo as recomendações fornecidas pelos fabricantes como a
principal maneira de redução do consumo desse produto, antes de se usar a
logística reversa para o retorno do pneu usado ao processo produtivo (Goto, 2007).

24
4. MATERIAL E MÉTODOS

Para alcançar os objetivos propostos, de mostrar a importância da destinação


final dos pneumáticos, a metodologia envolveu quatro ações: revisão de literatura,
aplicação de questionários, entrevistas e observação participante.

4.1. Revisão de literatura

A revisão de literatura abordou o tema pneumáticos, com enfoque na


destinação final dos pneus inservíveis, e a legislação pertinente. A pesquisa
bibliográfica foi utilizada para fundamentar o trabalho proposto e explicar o problema
a partir das referências teóricas analisadas.

4.2. Aplicação de questionários

Questionários foram produzidos e direcionados às empresas da iniciativa


privada e ao consumidor de pneus, a fim de obter informações referentes à coleta e
destinação final, ambientalmente adequada, de pneus inservíveis de Maceió, como
segue:
1. Revendedoras, com relação a sua contribuição na coleta e destinação de
pneus, assim como seu relacionamento com o consumidor de pneus;
2. Reformadoras de Pneus, sobre o reaproveitamento de pneus usados,
quanto à coleta de pneus inservíveis para destinação final e seu
relacionamento com o consumidor de pneus;
3. Borracharias, para a obtenção de informações referentes às quantidades dos
pneus usados deixados pelos clientes e quanto ao destino dado a esses
pneus;
4. Consumidor, com relação aos cuidados com os mesmos de forma a
aumentar sua vida útil, quanto ao descarte dos seus pneus usados e seu
relacionamento com as revendedoras e reformadores de pneus.

4.3. Entrevistas

Foram realizadas duas entrevistas: uma junto ao Departamento de Estradas


de Rodagem de Alagoas – DER-AL e a outra junto a Superintendência de Limpeza
Urbana de Maceió – Slum.

4.4. Observação participante

Registros fotográficos foram realizados com o intuito de comprovar o modo


como está ocorrendo o descarte dos pneus na cidade de Maceió.

26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos da pesquisa de campo, com a aplicação de questionários,


entrevistas e observação participante, apresentam um diagnóstico da situação atual
do destino de pneumáticos em Maceió.

5.1. Reformadoras de pneus

Abaixo estão os gráficos referentes às respostas das reformadoras de pneus


de Maceió, ao questionário aplicado. Esses gráficos foram obtidos da tabulação
dessas respostas (ver tabelas no Apêndice) montadas com os dados dos
questionários para este caso, das reformadoras de pneus.

Observa-se no Gráfico 1 que 67% das reformadoras de pneumáticos de


Maceió responderam ser de grande porte, em relação às empresas desse setor no
estado de Alagoas, embora não tenham definido parâmetros para isso.

O Gráfico 2 mostra que 37% das reformadoras trabalham com um maior


percentual de troca de pneus de carros pequenos, em segundo lugar, com 28%, são
trocas de pneus de caminhão e outros 28% são trocas de pneus de ônibus e, em
menor porcentagem, 7%, pneus de tratores.

Com relação ao Gráfico 3, pode-se observar que todas as reformadoras de


pneus têm conhecimento da Resolução CONAMA 258/99, referente à obrigação de
fabricantes e importadores quanto à destinação ambientalmente adequada de pneus
inservíveis.
Gráfico 1: Tamanho (porte) das reformadoras em Maceió.

0%
33%
Pequeno
Médio
67%
Grande

Gráfico 2: Quantidade de pneus trocados por dia, por tipo de veículo.

7% Caminhão
28%
Ônibus
37% Carros pequenos
28% Trator

Gráfico 3: Quantidade de reformadoras pesquisadas que têm conhecimento da Resolução


CONAMA 258/99.

0%
Sim
Não
100%

Pode-se observar no Gráfico 4 abaixo que todas as reformadoras de pneus


orientam o consumidor de pneus quanto aos procedimentos para prolongar a vida
útil dos pneus.

28
Gráfico 4: Quantidade de reformadoras que orientam o consumidor quanto aos
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus.

0%
Sim
Não
100%

O Gráfico 5 mostra que 35% dos pneus que ficam na reformadora, após
troca, são pneus de caminhão, depois ficam 32% de pneus dos carros pequenos,
20% são pneus de trator e 13% dos pneus que ficam são de ônibus.

Gráfico 5: Percentuais de pneus, por tipo, que ficam na reformadora após a troca.

20% Caminhão
35%
Ônibus
Carros pequenos
32% Trator
13%

O Gráfico 6 mostra que a grande maioria dos pneus que ficam nas
reformadoras, 90%, é recauchutável e que apenas 10% são inservíveis.

Caso as reformadoras possuam pneus usados em bom estado, conforme


mostrado no Gráfico 7, a maioria delas, 67%, oferece esse tipo de pneus para seus
clientes e 33% delas não oferece.

Todas as reformadoras de pneumáticos que não oferecem pneus usados


para seus clientes informam que esse não é o negócio da loja, conforme mostrado
no gráfico do Gráfico 8.

29
Gráfico 6: Quantidade de pneus recauchutáveis que ficam na reformadora.

10%

Recauchutáveis
Inservíveis
90%

Gráfico 7: Quantidade das reformadoras de pneumáticos que oferecem pneus usados, em


bom estado, aos seus clientes.

33%
Sim

67% Não

Gráfico 8: 100% das reformadoras que não oferecem pneus usados em bom estado para
seus clientes informam não ser o negócio da loja.

É mais caro para o


0% cliente
0% A qualidade é
duvidosa
0%
Não oferece
0% segurança

0% São risco ao meio


ambiente
Não é o negócio da
loja
100% Outro

O Gráfico 9 mostra a opinião das reformadoras de pneus com relação aos


pneumáticos reformados: para 40% delas, a reforma preservam o meio ambiente e a
saúde pública; aos outros, 40% delas é econômico para o motorista; para os 20%
restantes, os pneus reformados são de boa qualidade.

30
Gráfico 9: Opinião das reformadoras de pneus quanto à reforma de pneumáticos.

São de boa qualidade

0%
É econômico para o
0% motorista
20% Preserva o meio ambiente e
40% a saúde pública
Não tem diferença
comparado a outros pneus
40%
Outro

De acordo com o Gráfico 10, 50% das reformadoras de pneumáticos arcam


com o custo do descarte dos pneus inservíveis recebidos na própria reformadora,
25% delas entregam tais pneus para o sucateiro (pessoas que utilizam esses pneus
para outras finalidades), os outros 25% das reformadoras doam pneus inservíveis ao
reciclador. Embora as reformadoras tenham respondido que arcam com as
despesas do descarte de 50% do pneus inservíveis, estas não definiram para onde
levam esses pneus, se para o aterro controlado de Cruz das Almas, em Maceió, ou
mesmo se descartam em algum terreno baldio. Os 25% dos pneus que são
entregues pelas reformadoras aos sucateiros para serem utilizados em outras
finalidades, também não foram descritos que tipo de outras finalidades são estas.
Quanto aos 25% restantes, que segundo as reformadoras são entregues ao
reciclador, não ficou explicitado quem eram esses recicladores e qual o uso que era
dado aos pneus inservíveis.

O Gráfico 11 mostra que nenhuma empresa de reforma de pneus participa de


algum programa de coleta de pneus usados.

Conforme os dados do Gráfico 12, os clientes de 67% das reformadoras de


pneumáticos de Maceió são incentivados a deixarem seus pneus velhos na
empresa, mas 33% delas não adotam essa prática, ou seja, não incentivam seus
clientes a deixarem os pneus inservíveis na loja.

Analisando os dados expostos no Gráfico 13, observa-se que 50% das


empresas de reforma de pneumáticos concordam que a recliclagem de pneus
inservíveis, sem condições de reforma, contribui para manter o meio ambiente limpo,

31
mas para 33% das delas, a reciclagem ajuda na redução do uso de matéria-prima da
natureza e, para os outros 17% das reformadoras, a reciclagem de pneus contribui
na redução de casos de dengue.

Gráfico 10: Percentual da destinação dos pneus inservíveis.

25% 0%

50%
25%

A própria empresa O reciclador que levará o pneu


O sucateiro que recolherá o pneu Outro

Gráfico 11: Participação das reformadoras de pneumáticos em programas de coleta de


pneus usados.

0%
Sim
Não

100%

Gráfico 12: Percentual dos clientes incentivados pelas reformadoras a deixarem seus
pneus velhos na empresa.

33%
Sim
67% Não

32
Gráfico 13: Percentual das empresas de reforma de pneus quanto à reciclagem de
pneumáticos inservíveis.

0%
0%
33%

50%

17%

Contribiu para a redução do uso de matéria-prima da natureza


Contribui para a redução dos casos de dengue
Contribui para manter o meio ambiente limpo
Não faz nenhuma diferença para a empresa
Outro

De acordo com o Gráfico 14, nenhuma empresa de reforma de pneumáticos


dispõe do serviço de trituração de pneus inservíveis.

Gráfico 14: Disponibilidade do serviço de trituração de pneumáticos inservíveis nas


reformadoras de pneus.

0%

Sim
Não
100%

Conforme mostra o Gráfico 15, as reformadoras de pneus não conhecem, em


Maceió, nenhuma empresa que trabalhe com trituração de pneumáticos, mas no
Estado de Alagoas foi citada a fábrica de Cimento Cimpor, no Município de São
Miguel dos Campos.

33
Gráfico 15: Percentual das reformadoras de pneumáticos que conhece empresas que
trabalhem com trituração de pneus.

0%
Maceió

Alagoas fora Maceió


100%

5.2. Revendedoras de pneus

A seguir apresentamos gráficos com os dados referentes as respostas das


revendedoras de pneus de Maceió, aos questionários aplicados. Esses gráficos
foram obtidos da tabulação dessas respostas (ver tabelas no Apêndice) montadas
com os dados dos questionários para este caso, das revendedoras de pneus.

O Gráfico 16 mostra que 100% das revendedoras de pneus se declaram de


grande porte, em relação às empresas desse setor no estado de Alagoas, embora
não tenham definido parâmetros para isso.

Observa-se da do Gráfico 17 que 82% das vendas de pneus efetuadas por


dia, pelas revendedoras, são para os carros pequenos, 10% dos pneus são
vendidos para caminhões, 5% são vendidos para ônibus e somente 3% são
vendidos para tratores.

Gráfico 16: Tamanho (porte) das revendedoras de pneus, em Maceió.

0%
0%
Pequeno
Médio
Grande
100%

34
Gráfico 17: Quantidade diária de pneus vendidos pelas revendedoras, em Maceió.

10%
3% Caminhão
5%
Ônibus
Carros pequenos
82% Trator

O Gráfico 18 mostra que 100% dos pneus trocados por dia pelas
revendedoras são pneus de carros pequenos.

Gráfico 18: Quantidade de pneus trocados por dia pelas revendedoras.

0%
0%
Caminhão
0% Ônibus
Carros pequenos
Trator
100%

Com relação ao Gráfico 19, observa-se que 67% das revendedoras de pneus
têm conhecimento da Resolução CONAMA 258/99, referente à obrigação de
fabricantes e importadores quanto à destinação ambientalmente adequada de pneus
inservíveis, mas 33% delas não conhecem a referida resolução.

Todas as revendedoras de pneus, conforme se observa no Gráfico 20,


orientam o consumidor quanto aos procedimentos para aumentar a vida útil do pneu.

De acordo com o Gráfico 21, 100% dos pneus que ficam nas revendedoras
de pneumáticos, após eventual troca, são de carros pequenos.

35
Gráfico 19: Percentual das revendedoras de pneumáticos que têm conhecimento da
Resolução CONAMA 258/99.

33%
Sim

67% Não

Gráfico 20: Percentual das revendedoras que orientam os consumidores quanto aos
procedimentos para aumentar o tempo de vida do pneu.
0%

Sim
Não
100%

Gráfico 21: Percentual dos pneus que ficam nas revendedoras após eventual troca.
0%
0% Caminhão
0% Ônibus
Carros pequenos
Trator
100%

Dos pneus que ficam nas revendedoras de pneus, após eventual troca, 95%
tem condições de recauchutagem e 5% são inservíveis, Gráfico 22.

36
Gráfico 22: Percentual de pneus recauchutáveis e inservíveis que ficam nas revendedoras.

5%

Rec.
Ins.
95%

Conforme se observa no Gráfico 23, 67% das revendedoras de pneumáticos


não oferecem, caso tenham, pneus usados em bom estado a seus clientes, mas
33% delas oferecem tais pneus.

Gráfico 23: Percentual das revendedoras que oferecem pneus usados (sem qualquer
reforma), em bom estado, aos clientes.

33%
Sim
67% Não

Apresentamos no Gráfico 24 os motivos pelos quais 67% das revendedoras


de pneumáticos não oferecem aos seus clientes os pneus usados, não reformados,
embora ainda estejam em bom estado de conservação: para 50% delas esse não é
o negócio da loja e, para os outros 50%, esses pneus não oferecem segurança.

De acordo com o Gráfico 25, todas as revendedoras de pneus oferecem


pneus reformados (recauchutado, reformado ou remoldado) para seus clientes.

Gráfico 24: Motivos pelos quais 67% das revendedoras não oferecem pneus usados, não
reformados, em bom estado a seus clientes.

É mais caro para o cliente


0%
A qualidade é duvidosa
0%
0% Não oferece segurança
São risco ao meio ambiente
50% 50%
Não é o negócio da loja
0%
Outro

Gráfico 25: Oferta de pneus reformados aos clientes por parte das revendedoras de pneus.

37
0%

Sim
Não
100%

Do Gráfico 26, pode-se observar que, quanto aos pneus reformados, 67% das
revendedoras de pneumáticos responderam que a reforma de pneus preservam o
meio ambiente e a saúde pública e, para 33% das lojas de revenda de pneus, a
reforma de pneumáticos é econômica para o motorista.
Com relação ao custo do descarte de pneumáticos inservíveis, inúteis para
reforma, conforme se mostra no Gráfico 27, observa-se que 34% das revendedoras
de pneus, assumem o custo do descarte desses pneus inservíveis, para 33% delas,
o reciclador leva esses pneus e, para os outros 33% das revendedoras, o sucateiro
recolhe tais pneus. Embora 34% das revendedoras tenham respondido que arcam
com as despesas do descarte dos pneus inservíveis, estas não definiram para onde
levam esses pneus, se para o aterro controlado de Cruz das Almas, em Maceió, ou
mesmo se descartam em algum terreno baldio. Os 33% dos pneus que são
entregues pelas revendedoras aos sucateiros para serem utilizados em outras
finalidades, também não foram descritos que tipo de outras finalidades são estas.
Quanto aos 33% restantes, que segundo as revendedoras são entregues ao
reciclador, não ficou explicitado quem eram esses recicladores e qual o uso que era
dado aos pneus inservíveis.

Gráfico 26: Opinião das revendedoras de pneus quanto aos pneumáticos reformados.

São de boa qualidade


0%
É econômico para o motorista
0%
0% Preserva o meio ambiente e a
33% saúde pública
Não tem diferença comparado
a outros pneus
67% Outro

Gráfico 27: Custo do descarte de pneus inservíveis.

38
0%
33% 34%

33%

A própria loja O reciclador que levará o pneu


O sucateiro que recolherá o pneu Outro

Observa-se no Gráfico 28 que 50% das lojas de revenda de pneus participam


de algum programa de coleta de pneus usados, os outros 50% não participam.

De acordo com o Gráfico 29, pode-se observar que, das revendedoras de


pneumáticos consultadas, 50% das que participaram de algum programa de coleta
de pneus usados, 100% citaram o Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus.
Conclui-se que o único programa de coleta de pneus usados pelas empresas
revendedoras de pneus em Maceió é o Programa Rodando Limpo da empresa BS
Colway Pneus.

Gráfico 28: Percentual de lojas de revenda de pneumáticos em programas de coleta de


pneus usados.

Sim
50% 50% Não

Gráfico 29: Identificação do programa de coleta de pneus usados em que 50% das
revendedoras de pneus participaram.

0%
0%

100%
Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus

Solicita à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió - Slum a coleta


dos pneus inservíveis através do 0800-600-9009
Outro

39
Mostra-se no Gráfico 30 que 67% dos clientes são incentivados pelas
revendedoras de pneus a deixarem seus pneumáticos velhos na própria loja, mas
33% das lojas de revenda de pneus não utilizam essa prática.

Para 34% das revendedoras de pneus, de acordo com o Gráfico 31, a


reciclagem de pneumáticos sem condições de recauchutagem, inservíveis, contribui
na redução do uso de matéria-prima da natureza, para 33% delas contribui para a
redução de casos de dengue e para os outros 33% das revendedoras ajuda a
manter o meio ambiente limpo.

Gráfico 30: Percentual dos clientes que são incentivados pelas revendedoras a deixarem os
pneus velhos na loja.

33%
Sim
Não
67%

Gráfico 31: Opinião das empresas de revenda de pneus quanto à reciclagem de


pneumáticos inservíveis.

0%
0%
33% 34%

33%
Contribiu para a redução do uso de matéria-prima da natureza
Contribui para a redução dos casos de dengue
Contribui para manter o meio ambiente limpo
Não faz nenhuma diferença para a empresa
Outro

40
5.3. Borracharias

A seguir apresentamos gráficos com os dados referentes as respostas de


algumas borracharias dos bairros de Jatiúca, Poço, Ponta Verde e Jacintinho da
cidade de Maceió, aos questionários aplicados. Esses gráficos foram obtidos da
tabulação dessas respostas (ver tabelas no Apêndice) montadas com os dados dos
questionários para este caso, das borracharias.

No Gráfico 32 mostra-se que, após eventual troca, dos pneus que ficam nas
borracharias, 100% são de carros pequenos.

Gráfico 32: Percentual de pneus que ficam nas borracharias por tipo de veículo.

0%
0% Caminhão
0% Ônibus
Trator
Carros pequenos
100%

Dos pneus que ficam nas borracharias, depois de eventual troca, conforme o
Gráfico 33, 82% deles são inservíveis e 18% são recauchutáveis.

Gráfico 33: Tipos de pneus que ficam nas borracharias.

18%
Rec.
Ins.
82%

Mostra-se no Gráfico 34 que 53% das borracharias não orientam seus


clientes a deixarem os pneus velhos na borracharia, por outro lado, 47% orientam
seus clientes a não levarem esses pneus.

41
Gráfico 34: Percentual das borracharias que incentivam seus clientes a deixarem os pneus
velhos nas próprias borracharias.

47% Sim
53%
Não

Perguntou-se em cada borracharia se o borracheiro sabe ou não para onde


vão os pneus usados e, de acordo com o Gráfico 35, para 87% delas os
borracheiros sabem o destino dos pneus usados e, para 13% delas, os borracheiros
não sabem para onde vão os pneus usados.

Gráfico 35: Percentual das borracharias que conhecem o destino dos pneus usados nas
próprias borracharias.

13%

Sim
Não
87%

Para 65% das borracharias, o destino dados aos pneumáticos usados é o


aterro controlado de Cruz das Almas, em Maceió, para 14% delas, os pneus velhos
são levados para a Fábrica de Cimento Cimpor, em São Miguel dos Campos – AL,
e, para os 21% restantes delas, os pneus usados têm outro destino, conforme se
observa no Gráfico 36.

Gráfico 36: Destino dado pelas borracharias para os pneus usados.

21%

14% 65%

Aterro
Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos - AL.
Outro

Observa-se abaixo, Figura 5, que os pneus velhos das borracharias são


deixados em calçadas para serem recolhidos pelo serviço de limpeza urbana de
Maceió.

42
Figura 5: Pneus deixados em calçadas pelas borracharias para a coleta de lixo.

5.4. Consumidores

Apresentamos a seguir gráficos com os dados referentes as respostas de


alguns consumidores de pneus na cidade de Maceió, aos questionários aplicados.
Esses gráficos foram obtidos da tabulação dessas respostas (ver tabelas no
Apêndice) montadas com os dados dos questionários para este caso, dos
consumidores.

Dos consumidores de pneus questionados, 83% eram do sexo masculino e


17% do sexo feminino, Gráfico 37.

43
Gráfico 37: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por sexo.

17%

Masculino
Feminino
83%

No Gráfico 38, observa-se que 39% dos consumidores de pneumáticos


enquadram-se na faixa etária de 31-40 anos de idade, 38% situam-se na faixa de
20-30 anos, 17% encontram-se entre 41-50 anos e 6% têm mais de 61 anos de
idade.

Gráfico 38: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por faixa


etária.

6%
20-30
0% 31-40
17% 38% 41-50
51-60
39% Mais de 61

Observa-se no Gráfico 39 o grau de instrução dos consumidores de


pneumáticos consultados: 28% possuem o segundo grau completo ou incompleto,
44% têm nível universitário completo ou incompleto e os outros 28% deles possuem
pós-graduação completa ou incompleta.

Gráfico 39: Grau de instrução dos consumidores de pneumáticos entrevistados.

0%
28% 28%

44%

1º Grau completo ou incompleto.


2º Grau completo ou incompleto.
Universitário completo ou incompleto.
Pós-graduado completo ou incompleto.

44
Ao se perguntar qual a categoria de habilitação dos consumidores de pneus,
56% deles responderam amador e 44% profissional, Gráfico 40.

Gráfico 40: Categoria da habilitação dos consumidores de pneus.

44% Amador
56% Profissional

Das pessoas consultadas com relação à compra de pneus, 89% responderam


que já haviam comprado pneus e 11% delas responderam que ainda não
compraram pneus, Gráfico 41.

Gráfico 41: Percentual dos consumidores entrevistados que já compraram pneus.

11%
Sim
Não
89%

Observa-se no Gráfico 42 que, das pessoas entrevistadas, 78% eram


proprietários de algum veículo e os outros 22% não eram dono de nenhum tipo de
automóvel.

Gráfico 42: Referente às pessoas consultadas serem ou não donos de algum veículo.

22%
Sim
Não
78%

Quanto aos consumidores de pneus terem recebido das lojas orientações


para aumentar o tempo de rodagem dos pneus: 61% deles não receberam essas
orientações, mas para 39% deles foram dadas tais orientações, Gráfico 43.

45
Gráfico 43: Percentual dos consumidores entrevistados que receberam orientações para
aumentar a vida útil de pneus.

39%
Sim
61% Não

Conforme se observa no Gráfico 44, 78% das pessoas entrevistadas não


leram o manual do veículo sobre os procedimentos para aumentar o tempo de vida
útil dos pneus, mas 22% dessas pessoas leram.

Gráfico 44: Percentual de consumidores que leram o manual do veículo sobre os


procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus.

22%
Sim
Não
78%

No Gráfico 45, 94% das pessoas entrevistadas, afirmaram ter conhecimento


do sistema de balanceamento e rodízio dos pneus, no entanto, uma pequena
parcela, 6%, não sabe sobre tal sistema.

Gráfico 45: Percentual de consumidores que têm conhecimento sobre o sistema de


balanceamento e rodízio dos pneus.

6%

Sim
Não
94%

Com relação à aceitação das pessoas quanto aos pneus usados em boas
condições, 50% delas aceitariam esse tipo de pneu, mas as outras 50% rejeitariam,
conforme se observa no Gráfico 46.

46
Gráfico 46: Aceitação quanto aos pneus usados em boas condições.

Sim
50% 50%
Não

O porquê das pessoas não aceitarem pneu usado: 10% dizem ser caro,
devido a menor vida útil, 40% delas afirmam que a qualidade é duvidosa e, para
50% das pessoas entrevistadas, esse pneu não oferece segurança, Gráfico 47.

Gráfico 47: Percentual de rejeição de pneumáticos usados por consumidores de pneus.

0%
Caro, devido a menor vida útil
0% Qualidade duvidosa
10% Não oferece segurança
Oferece risco para o meio ambiente
50%
40% Outro

Mostra-se no Gráfico 48 que 56% dos consumidores de pneus aceitariam


pneu reformado e 44% deles rejeitariam.

Gráfico 48: Percentual de aceitação de pneus reformados pelos consumidores de


pneumáticos.

44%
Sim
56%
Não

A seguir, apresentamos os motivos pelos quais 44% dos consumidores de


pneumáticos não aceitariam pneu reformado: para 70% deles, esse pneu não
oferece segurança, para 30%, a qualidade desse pneu é duvidosa, Gráfico 49.

47
Gráfico 49: Motivos da não aceitação de pneumáticos reformados.

0%
Dura menos que um novo
0%
Tem qualidade duvidosa
0%
Não oferece segurança
30%
Oferece risco ao meio ambiente
Outro.
70%

Com relação ao Gráfico 50, para 50% dos consumidores de pneus a loja
oferece ficar com seu pneu usado após a troca dos pneus e, para os outros 50%
deles, a empresa não oferece essa opção.

Gráfico 50: Percentual de revendedoras de pneus que orientam seus consumidores


a deixar o pneu usado na loja.

Sim
50% 50%
Não

Após a troca de pneus, 53% dos consumidores não levam pneu velho para
casa, mas 47% deles levam, conforme o Gráfico 51.

Gráfico 51: Percentual de consumidores que levam o pneu velho para casa, após a troca.

47% Sim
53% Não

Para os 47% dos consumidores que levam pneu velho para casa, 45% deles
deixam esse pneu na garagem, 11% descartam em terrenos baldios, os outros 11%
deixam para os lixeiros levarem e 33% desses consumidores afirmam dar outro
destino para esse pneu, Gráfico 52.

Gráfico 52: Destino dado pelo consumidor de pneus ao pneu velho levado para casa.

48
33%
45%

0% 0%
11%
0% 0%
11%

Deixo ele na garagem


Uso para confecção de algum artesanato
Uso para a confecção de brinquedo (play graund)
Acabo descartando em terreno baldio
Deixo para os lixeiros levarem
Vendo para sucateiros
Entrego ou vendo o pneu para algum programa de coleta
Outro

Conforme se pode ver na Figura 6, pneus velhos armazenados em casa de


forma inadequada, expostos ao tempo, podem vir a se transformar em focos do
“mosquito da dengue”.

Figura 6: Pneus armazenados em casa de forma inadequada.

Pneus descartados nas calçadas na espera do serviço de coleta de lixo da


cidade, Figura 7.

49
Figura 7: Pneus descartados em calçadas para a coleta de lixo.

No centro da Figura 8 pode-se observar um pneu submerso descartado em


córrego na cidade, esse procedimento produz acúmulo de sedimentos no fundo do
córrego.

Figura 8: Ao centro, pneu submerso em córrego que passa pela cidade.

Pneu descartado em canteiro central de uma Avenida de Maceió para ser


recolhido pelo serviço de limpeza urbana, Figura 9.

50
Figura 9: Pneu descartado no canteiro central de uma Avenida em Maceió.

Mostra-se no Gráfico 53 que 100% dos consumidores de pneus entrevistados


não conhecem nenhum programa de coleta de pneus usados em Maceió.

No Gráfico 54, para 35% das pessoas entrevistadas, o benefício social e


ambiental que a reciclagem ou reforma de pneumáticos oferece é a redução do
consumo de matéria-prima da natureza, para os outros 35% ajuda na manutenção
da limpeza do meio ambiente, para 21% dessas pessoas, esses procedimentos
evitam a dengue e, para os 9% restantes, oferta de renda para os catadores de
pneus.

Gráfico 53: Percentual de consumidores que têm conhecimento da existência de programas


de coleta de pneus velhos em Maceió.

0%

Sim
Não
100%

51
Gráfico 54: Benefícios sociais e ambientais da reciclagem ou reforma de pneus.

0%
0%
21%
35%

9%

35%
Redução do consumo de matéria-prima da natureza
Mantém o meio ambiente limpo
Oferece renda para os catadores de pneus
Evitam a dengue
Não trazem benefício algum
Outro

Perguntou-se aos consumidores de pneus quanto ao conhecimento sobre a


Resolução CONAMA 258/99, que trata do descarte adequado de pneus inservíveis,
conforme o Gráfico 55, com seguinte resultado: 89% das pessoas entrevistadas
desconhecem essa resolução, mas 11% têm esse conhecimento.

Gráfico 55: Percentual de consumidores de pneus que têm conhecimento da Resolução


CONAMA 258/99.

11%
Sim
Não
89%

Pode-se ver no Gráfico 56 a opinião de consumidores de pneumáticos quanto


à responsabilidade pelo descarte adequado dos pneus usados: para 28% dos
consumidores, a responsabilidade é do fabricante de pneus, para 27% deles, essa
responsabilidade é do revendedor de pneus, para os outros 27% dos consumidores,
o motorista ou proprietário do veículo tem essa responsabilidade, para 9% deles, as
associações de fabricantes e de reformadores de pneus são responsáveis pelo
descarte adequado de pneumáticos usados e, para os outros 9% dos consumidores,
o IBAMA tem essa responsabilidade.

52
Gráfico 56: Responsabilidade quanto ao descarte adequado de pneumáticos usados.

9% 0%
9% 28%

0%
27%
27%

Do fabricante de pneus
Do reformador de pneus
Do revendedor de pneus
Do motorista ou proprietário do veículo
Das associações de fabricantes e de reformadores de pneus
do IBAMA
Outro
5.5. Entrevista junto ao DER-AL

Foi realizada uma entrevista junto ao Departamento de Estradas de Rodagem


de Alagoas – DER-AL, referente às usinas de asfalto no Estado, que são chamadas
de residências pelo referido órgão, quanto a sua participação como alternativas para
a destinação de pneus na produção do asfalto.

Na entrevista, foram tratadas as seguintes questões:

(1) Resolução CONAMA 258/99: é conhecida pelo órgão;

(2) asfalto como alternativa para a destinação de pneus inservíveis: assunto


conhecido pelo órgão;

(3) quanto à existência de duas tecnologias para a produção de asfalto com


borracha de pneus: o órgão respondeu que conhece;

(4) quanto a existência da dificuldade de produção do asfalto com borracha


de pneus (pré-tratamento, trituração com ou sem moagem) devido ao elevado custo:
sem resposta do órgão;

(5) quanto ao órgão saber de empresas que trabalhem com pré-tratamento de


pneus, que poderiam ser suas parceiras em Alagoas: sem resposta do órgão;

(6) participação do órgão em algum programa de coleta e destinação final de


pneus: não participou;

53
(7) quanto ao órgão participar atualmente de algum programa de coleta e
destinação de pneumáticos: não participa.

5.6. Entrevista junto a SLUM

Realizou-se entrevista junto à Superintendência de Limpeza Urbana de


Maceió – SLUM, sobre o programa de coleta de pneus inservíveis dos bairros da
capital alagoana, em 2006, quando essa Superintendência participou do Prgrama
Rodando Limpo da BS Colway Pneus em Alagoas.

Tratou-se, na entrevista, das seguintes questões:

(1) o destino dos pneus recolhidos em 2006: Fábrica de cimento Cimpor, em


São Miguel dos Campos, e que a Ecobase do Programa Rodando Limpo em
Maceió, na Via Expressa 6243, Serraria, foi um depósito temporário;

(2) o serviço de coleta dos pneus: as borracharias o solicitavam com mais


freqüência;

(3) quantidade de pneus coletada: em 2006 foram coletados 19.342 unidades


ou 109.361 ton sendo: 13.362 pneus de carros pequenos, 3.361 de bicicletas; 652
de caminhões, 1.057 de caminhonetes e 910 pneus de motos, e em 2007 foram
coletados 15.829 unidades ou 81.676 ton sendo: 10.314 pneus de carros pequenos,
3.525 de bicicletas, 448 de caminhões, 710 de caminhonetes e 832 pneus de motos;

(4) o serviço de coleta de pneus hoje: a SLUM não mantém o serviço, mas
recolhe apenas os pneus inservíveis dispostos inadequadamente nas vias públicas e
terrenos baldios;

(5) a dificuldade atual: com o término do programa Rodando Limpo em


Alagoas, a SLUM conservou a coleta em parceria com a Cooperativa de
Recicladores do Estado de Alagoas – COOPREL. Entretanto, com a decisão da
Cimpor por não receber nem pagar à referida cooperativa pelos pneus (2009), a
Slum deixou de realizar a coleta. Deve-se informar que, conforme a Resolução
CONAMA 258/99, a responsabilidade pelo manejo não é do município, que pode ser
parceiro no processo;

54
(6) Ecobase: a SLUM não possui;

(7) parceria com outras empresas ou cooperativas para a coleta de pneus: até
março de 2009, a SLUM manteve parceria com a COOPREL.

55
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Com base no trabalho realizado durante a pesquisa e partindo de


observações de campo e da literatura disponível, verificou-se que:

1. As revendedoras e reformadoras de pneumáticos em Maceió tentam dar


destinação a seus pneus inservíveis, doando-os para sucateiros, recicladores ou
arcando com os custos do descarte desses pneus;
2. As reformadoras não trituram pneumáticos devido ao alto custo de investimento
desse processo e falta de incentivo governamental, também não conhecem
nenhuma oferta desse serviço em Alagoas;
3. Há serviço de coleta de pneus inservíveis das borracharias da cidade, no entanto,
muitos borracheiros informam que esses pneus têm o aterro controlado de Cruz
da Almas, em Maceió, como destino. Outros borracheiros informam que os pneus
velhos vão para a Fábrica de Cimento Cimpor, em São Miguel dos Campos - AL;
4. Muitas pessoas, após a troca, levam para casa os pneus velhos guardando-os na
garagem, outros deixam tais pneus nas lojas onde compraram os novos ou nas
borracharias;
5. Muitas vezes, o descarte dado aos pneus inservíveis pela população tem sido nas
calçadas, para o serviço de coleta de lixo, nos canais que passam pela cidade ou
nos quintais da própria casa. Essa prática não é recomendável, pois esses locais
podem servir de criadouros do “mosquito da dengue”;
6. Ainda não se aproveita o pneu inservível na fabricação do asfalto produzido no
Estado;
7. Não existência de ecopontos (depósitos ou locais específicos para coleta de
pneus inservíveis) no município de Maceió;
8. Não se conhece nenhum serviço de trituração de pneus em Alagoas.

Como recomendação a futuros trabalhos científicos, sugere-se um estudo de


viabilidade de unidade de trituração e moagem de pneus em Maceió. Isso
incentivaria a logística reversa para pneus e diversificaria as alternativas de
destinação desse resíduo em Alagoas. Outro estudo importante poderia ser voltado
à produção do asfalto-borracha.

57
REFERÊNCIAS
1. Ambiente Brasil. Ambiente Resíduos. Reciclagem de Pneus.
<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?
base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/pneus.html>.
Acesso em: 11 de dezembro de 2008.

2. Andrietta, A. J. Pneus e meio ambiente: um grande problema requer uma


grande solução. <http://reciclarepreciso.hpg.ig.com.br/index.htm>. Acesso
em: 13 de fevereiro de 2009.

3. Araújo, F. C.; Silva, R. J. da. Pneus Inservíveis: análise das leis ambientais
vigentes e processos de destinação final adequados.
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep1004_1123.pdf>.
Acesso em: 29 de novembro de 2008.

4. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES. 24°


Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. III-099 –
Panorama das Entidades de Triagem de Resíduos Recicláveis da Cidade de
Maceió – AL. <http://www.saneamento.poli.ufrj.br/documentos/24CBES/III-
099.pdf> Acesso em 05 de outubro de 2009.

5. Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos - ANIP. Produção em 2007.


A Indústria de Pneus no Brasil.
<http://www.anip.com.br/?cont=conteudo&area=32&titulo_pagina=Produção>.
Acesso em: 08 de março de 2009.

6. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Dengue.


<http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/33dengue.html>. Acesso em: 20 de
novembro de 2008.

7. Boletim Comexleis. PNEUS – Brasil precisa adequar norma para pneus em


2008, diz OMC. <http://comexleis.com.br/news/?p=1918>. Acesso em: 30 de
novembro de 2008.

59
8. Brazil Tires. Saiba tudo sobre pneus. Diagonal x Radial.
<http://www.braziltires.com.br/tudosobrepneus/pneus.html#diago>. Acesso
em: 02 de janeiro de 2009.

9. Bridgestone – Firestone. Partes do Pneu.


<http://www.pneuseguro.com.br/index.asp?page=partes_do_pneu>. Acesso
em: 30 de dezembro de 2008.

10. Cappi, D. M. Recuperação Ambiental de Áreas Erodidas como Alternativa de


Destino Final de Pneus Inservíveis. Dissertação de Mestrado. Escola Superior
de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, p.
10, 2004.

11. Chmielewski, W. do R. Os pneumáticos sob o prisma da legislação e da


contabilidade ambiental em um contexto de sociedade de risco.
<http://direitoerisco.com/site/artigos/Os%20Pneum%E1ticos%20sob%20o
%20Prisma%20da%20Legisla%E7%E3o%20e%20da%20Contabilidade
%20Ambiental%20em%20um%20Contexto%20de%20Sociedade%20de%20Risco
%20-%20Wanda%20do%20Rocio%20Chmielewski.pdf>. Acesso em 20 de
novembro de 2009.

12. Cimino, M. A. Gerenciamento de Pneumáticos Inservíveis: Análise Crítica de


Procedimentos Operacionais e Tecnologias para Minimização, Adotados no
Território Nacional. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São
Carlos. São Carlos, 17 p., 2004.

13. Cimino, M. A.; Zanta, V. M. Gerenciamento de pneumáticos inservíveis (GPI):


análise crítica de ações institucionais e tecnologias para minimização. Artigo
Técnico. Engenharia Sanitária Ambiental. 10 v., 4 n., p. 300, 2005.

14. Decreto n° 875, de 19 de julho de 1993.


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/D0875.htm>. Acesso em: 19 de
novembro de 2009.

60
15. Fioriti, C. F. Pavimentos Intertravados de Concreto Utilizando Resíduos de
Pneus como Material Alternativo. Tese de Doutorado. Escola de Engenharia
de São Carlos da Universidade de São Paulo. São Carlos, p. 1-2, 2007.

16. Folha Online Dinheiro. OMC considera discriminatória tarifa brasileira sobre
pneu recauchutado.
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u350871.shtml>. Acesso em: 30 de
novembro de 2008.

17. FUNASA. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue.


Instruções para o Pessoal de Combate ao Vetor. Manual de Normas
Técnicas. Brasília, p. 9-31, 2001.

18. Giacobbe, S. Estudo do Comportamento Físico-Mecânico do Concreto de


Cimento Portland com Adição de Borracha de Pneus. Dissertação de
Mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, p.
23-25, 2008.

19. Google tradutor: texto e web.


<http://translate.google.com.br/translate_t?hl=pt-BR#>. Acesso em: 19 de novembro
de 2009.

20. Goto, A. K. A Contribuição da Logística Reversa na Gestão de Resíduos


Sólidos: Uma Análise dos Canais Reversos de Pneumáticos. Dissertação de
Mestrado. Centro Universitário Nove de Julho. São Paulo, p. 52-185, 2007.

21. Governo de Alagoas. Secretaria de Estado da Saúde. Superintendência de


Vigilância à Saúde. Programa Estadual de Controle da Dengue. Dengue é
fácil prevenir! Orientação para o Agente Comunitário de Saúde. Maceió, p. 3-
15, 2007.

22. Infopneus. História do Pneu. <http://www.infopneus.com.br/historia-do-pneu/>.


Acesso em: 22 de dezembro de 2008.

61
23. Instituto Tecnológico da Borracha. Heveicultura. Borracha Natural.
<http://www.iteb.org.br/paginas/hevea_borracha_natural.html>. Acesso em:
12 de dezembro de 2008.

24. Monteiro, J. H. P.; Figueiredo, C. E. M.; Magalhães, A. F.; Melo, M. A.; Brito,
J. C. X.; Almeida, T. P. F.; Mansur, G. L. Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Governo
Federal, SEDU, IBAM. Rio de Janeiro, p. 26, 2001.

25. Monteiro, L. P. C.; Mainier, F. B. Queima de Pneus Inservíveis em Fornos de


Clínquer. Engevista, v. 10, n. 1, p. 52-58, junho 2008.

26. Motta, F. G. A Cadeia de Destinação de Pneus Inservíveis – O Papel da


Regulação e do Desenvolvimento Tecnológico. Ambiente & Sociedade.
Campinas, v. XI, n. 1, p. 00~00. jan./jun. 2008.

27. Notícias do Ministério Público Federal. PRG é contrário à importação de


pneus usados.<http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias-do-
site/constitucional/pgr-emite-parecer-sobre-importacao-de-pneus-usados/>.
Acesso em: 29 de novembro de 2008.

28. Petroflex: Perfil. A Borracha.


<http://www.petroflex.com.br/perfil_borracha.htm>. Acesso em: 12 de dezembro de
2008.

29. Pinheiro, E. G. Modelos Numéricos Aplicados à Vulcanização de Pneus.


Dissertação de Mestrado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
São Paulo, p. 3-5, 2001.

30. Programa Rodando Limpo. Brasil Rodando Limpo. Notícias.


<http://www.rodandolimpo.com.br/site/brasil/bra_noticias.php>. Acesso em:
19 de março de 2009.

62
31. Reciclanip. Responsabilidade pós-consumo. Programa de coleta e destinação
de pneus inservíveis. <http://www.reciclanip.com.br/>. Acesso em: 11 de
março de 2009.

32. Resende, E. L. Canal de Distribuição Reverso na Reciclagem de Pneus:


Estudo de Caso. Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica.
Rio de Janeiro, p. 12-58, 2004.
33. Rodrigues, M. R. P. Caracterização e Utilização do Resíduo da Borracha de
Pneus Inservíveis em Compósitos Aplicáveis na Construção Civil. Tese de
Doutorado. Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São
Paulo. São Carlos, p. 25-70, 2008.

34. Rombaldo, C. F. S. Síntese de Carvão Ativado e Óleo Combustível a Partir da


Borracha de Pneu Usado. Dissertação de Mestrado. Faculdade de
Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, p. 6-
9, 2008.

35. Text of the Basel Convention.


<http://www.basel.int/text/documents.html>. Acesso em: 19 de novembro de 2009.

36. Valor Online. Brasil fecha acordo com UE e evita retaliação em briga sobre
pneus. <http://www.valoronline.com.br/ValorOnLine/MateriaCompleta.aspx?
tit=Brasil+fecha+acordo+com+UE+e+evita+retaliacao+em+briga+sobre+pneu
s&codMateria=5347633&dtMateria=05+01+2009&codCategoria=15>. Acesso
em: 07 de março de 2009.

37. Veloso, Z. M. F. IBAMA. Legislação Ambiental. Pneus.


<http://www.asec.com.br/v3/docs/Doc_Encontro04_ZildaMariaFariaVeloso.pdf
>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2009.

63
APÊNDICE
Apresentamos as tabelas com a tabulação dos questionários aplicados com as
empresas reformadoras e revendedoras de pneus, borracharias e também com os
consumidores.

Reformadoras de pneus

3-Quantos pneus
2-Quantos
ficam na
funcionários
reformadora (por 1-Qual é o porte da reformadora?
Reformadora atendem
mês) após a troca
somente na
pelos
troca de pneus?
recauchutados? Pequeno Médio Grande
1 5 40 0 0 1
2 12 0 1 0
3 4 0 0 0 1
Total 0 1 2
% 0% 33% 67%

4-Quantos pneus são trocados por dia?


Reformadora
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator
1 20 20 8 2
2 30 30 60 4
3 18 18 20 12
Total 68 68 88 18
% 28% 28% 36% 7%

5-Conhece a Resolução CONAMA 6-Orienta o consumidor quanto


258/99? aos procedimentos para
Reformadora
prolongar a vida dos pneus?
Sim Não Sim Não
1 1 0 1 0
2 1 0 1 0
3 1 0 1 0
Total 3 0 3 0
% 100% 0% 100% 0%

7-Após a troca, quantos pneus ficam na reformadora?


Reformadora
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator
1 20 6 0 14
2 4 2 20 1
3 2 2 4 0
Total 26 10 24 15
% 35% 13% 32% 20%

65
9-Se tiver pneus usados em bom
8-Qual o percentual de pneus que são
estado, sem necessidade de
recauchutáveis e de pneus
Reformadora reforma, a empresa oferece ao
inservíveis?
cliente?
Recauchutáveis Inservíveis Sim Não
1 90 10 1 0
2 90 10 0 1
3 1 0
Total 180 20 2 1
% 90% 10% 67% 33%

Reformador 10-Se não, por quê?


a A B C D E F
1 0 0 0 0 0 0
2 0 0 0 0 1 0
3 0 0 0 0 0 0
Total 0 0 0 0 1 0
% 0% 0% 0% 0% 100% 0%

Legendas:
Se não, por quê?
A É mais caro para o cliente
B A qualidade é duvidosa
C Não oferece segurança
D São risco ao meio ambiente
E Não é o negócio da loja
F Outro

11-Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?


Reformadora
G H I J K
1 0 0 1 0 0
2 1 1 0 0 0
3 0 1 1 0 0
Total 1 2 2 0 0
% 20% 40% 40% 0% 0%

Legendas:
Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
G São de boa qualidade
H É econômico para o motorista
I Preserva o meio ambiente e a saúde pública
J Não tem diferença comparado a outros pneus
K Outro

66
13-A empresa
12-Se a empresa receber pneus inservíveis, sem
participa de algum
condições de reforma, quem paga o custo do descarte
Reformadora programa de coleta
desses pneus?
de pneus usados?
L M N O Sim Não
1 0 1 0 0 0 1
2 1 0 1 0 0 1
3 1 0 0 0 0 1
Total 2 1 1 0 0 3
% 50% 25% 25% 0% 0% 100%

Legendas:
Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma,
quem paga o custo do descarte desses pneus?
L A própria empresa
M O reciclador que levará o pneu
N O sucateiro que recolherá o pneu
O Outro

15-Os clientes são


incentivados a
14-Se sim, qual o programa? deixarem seus
Reformadora pneus velhos na
empresa?
P Q R Sim Não
1 0 0 0 1 0
2 0 0 0 0 1
3 0 0 0 0 1
Total 0 0 0 1 2
% 0% 0% 0% 33% 67%

Legendas:
Se sim, qual o programa?
P Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus
Solicita à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió -
Q
SLUM através dos pneus inservíveis através do 0800-600-9009
R Outro

17-A
Reformadora
tem o
16-Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os
serviço de
Reformadora sem condições de recauchutagem?
trituração
dos pneus
inservíveis?
S T U V X Sim Não
1 1 1 1 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 0 1
3 1 0 1 0 0 0 1
Total 2 1 3 0 0 0 3
% 33% 17% 50% 0% 0% 0% 100%

Legendas:
Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os sem condições de
recauchutagem?
67
S Contribiu para a redução do uso de matéria-prima da natureza
T Contribui para a redução dos casos de dengue
U Contribui para manter o meio ambiente limpo
V Não faz nenhuma diferença para a empresa
X Outro

18-Se não, conhece 19-Se sim, que


alguma empresa que quantidade de
Reformadora trabalhe com trituração pneus (ton) é
de pneus? triturada por
Z A1 semana?
1 0 1 0
2 0 0 0
3 0 0 0
Total 0 1 0
% 0% 100%

Legendas:
Senão, conhece alguma empresa que trabalhe com trituração
de pneus?
Z Maceió
A1 Alagoas fora Maceió

68
Revendedoras de pneus

2-Quantos
funcionários 1-Qual é o porte da revendedora?
atendem
Revendedora
somente na
troca de Pequeno Médio Grande
pneus?
1 3 0 0 1
2 3 0 0 1
3 3 0 0 1
Total 0 0 3
% 0% 0% 100%

3-Qual é quantidade de pneus que a empresa vende


Revendedora por dia?
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator
1 3 2 120 0
2 20 10 40 6
3 0 0 20 0
Total 23 12 180 6
% 10% 5% 81% 3%

4-Quantos pneus são trocados por dia?


Revendedora
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator
1 0 0 120 0
2 0 0 30 0
3 0 0 28 0
Total 0 0 178 0
% 0% 0% 100% 0%

6-Orienta o consumidor
5-Conhece a
quanto aos procedimentos
Resolução CONAMA
Revendedora para aumentar a vida do
258/99?
pneu?
Sim Não Sim Não
1 1 0 1 0
2 1 0 1 0
3 0 1 1 0
Total 2 1 3 0
% 67% 33% 100% 0%

8-Qual o percentual
7-Após a troca, quantos pneus ficam na de pneus que são
Revendedora revendedora? recauchutáveis e de
pneus inservíveis?
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator Rec. Ins.

69
1 0 0 0 0,5 95
2 0 0 16 0 10 90
3 0 0 16 0 0
Total 0 0 32 0 10,5 185
% 0% 0% 100% 0% 5% 95%

9-Se tiver pneus


usados em bom
estado, sem
10-Se não, por quê?
Revendedora necessidade de
reforma, a empresa
oferece ao cliente?
Sim Não A B C D E F
1 0 1 0 0 0 0 1 0
2 0 1 0 0 1 0 0 0
3 1 0 0 0 0 0 0 0
Total 1 2 0 0 1 0 1 0
% 33% 67% 0% 0% 50% 0% 50% 0%

Legendas:
Se não, por quê?
A É mais caro para o cliente
B A qualidade é duvidosa
C Não oferece segurança
D São risco ao meio ambiente
E Não é o negócio da loja
F Outro

11-Se a empresa tiver


pneus reformados
(recauchutado,
12-Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da
remoldado ou
Revendedora empresa?
recapado), são
recomendados ao
cliente?
Sim Não G H I J K
1 0 0 0 1 1 0 0
2 0 0 0 0 0 0 0
3 1 0 0 0 1 0 0
Total 1 0 0 1 2 0 0
% 100% 0% 0% 33% 67% 0% 0%

Legendas:
Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
G São de boa qualidade
H É econômico para o motorista
I Preserva o meio ambiente e a saúde pública
J Não tem diferença comparado a outros pneus
K Outro

70
14-A empresa
participa de
13-Se a empresa receber pneus
algum
inservíveis, sem condições de reforma,
programa de
Revendedora quem paga o custo do descarte desses
coleta de
pneus?
pneus
usados?
L M N O Sim Não
1 0 0 1 0 0 0
2 0 1 0 0 1 0
3 1 0 0 0 0 1
Total 1 1 1 0 1 1
% 33% 33% 33% 0% 50% 50%

Legendas:
Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma,
quem paga o custo do descarte desses pneus?
L A própria loja
M O reciclador que levará o pneu
N O sucateiro que recolherá o pneu
O Outro

16-Os clientes
são incentivados
15-Se sim, qual programa? a deixarem seus
Revendedora pneus velhos na
loja?
P Q R Sim Não
1 0 0 0 1 0
2 1 0 0 0 1
3 0 0 0 0 1
Total 1 0 0 1 2
% 100% 0% 0% 33% 67%

Legendas:
Se sim, qual programa?
Programa Rodando Limpo da BS Colway
P
Pneus
Solicita à Superintendência de Limpeza
Q
Urbana de Maceió - SLUM a coleta dos pneus
inservíveis através do 0800-600-9009
R Outro

17-Qual a opinião da empresa com relação à


reciclagem de pneus inservíveis, os sem
Revendedora condições de recauchutagem?
S T U V X
1 0 1 1 0 0
2 1 1 1 0 0
3 1 0 0 0 0
Total 2 2 2 0 0
% 33% 33% 33% 0% 0%

71
Legendas:
Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de
pneus inservíveis, os sem condições de recauchutagem?
S Contribiu para a redução do uso de matéria-
prima da natureza
T Contribui para a redução dos casos de dengue
U Contribui para manter o meio ambiente limpo
V Não faz nenhuma diferença para a empresa
X Outro

72
Borracharias

3-Pneus
1-Quantos
Borrachari 2-Quantos pneus ficam na borracharia após recauchutáveis
Bairro atendentes
a eventual troca? e inservíveis
na troca?
após troca.
Carros
Caminhão Ônibus Trator Rec. Ins.
pequenos
1 Jatiúca 2 0 0 0 3 0 2
2 Jatiúca 1 0 0 0 1 2 2
3 Jatiúca 1 0 0 0 7 2 2
4 Jatiúca 2 0 0 0 28 2 16
5 Jatiúca 2 0 0 0 0 0 0
6 Jatiúca 1 0 0 0 2 0 2
7 Jatiúca 1 0 0 0 5 0 5
8 Poço 1 0 0 0 2 0 12
9 Poço 1 0,2 0,1 0 1,5 0,5 1,2
10 Poço 1 0 0 0 6 3 3
11 P. Verde 1 0 0 0 3 0 2
12 P. Verde 4 0 0 0 3 0 3
13 Jacintinho 3 0 0 0 10 2 8
14 Jacintinho 1 0 0 0 0 2 2
15 Jacintinho 1 0 0 0 1 0 1
Total 0,2 0,1 0 72,5 13,5 61,2
% 0,3% 0,2% 0,0% 99,5% 18,1% 81,9%

Obs.: Cimpor: Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos - AL.
Aterro: Serviço de coleta de lixo de Maceió cujo destino é o aterro controlado de
Cruz das Almas.

4-Orienta
clientes 5-Sabe para
6-Se sim, para onde vão
Borracharia deixarem pneus onde vão os
os pneus velhos?
velhos na pneus usados ?
borracharia?
Sim Não Sim Não Aterro Cimpor Outro
1 0 1 1 0 1 0 0
2 0 1 1 0 1 0 0
3 1 0 1 0 1 0 0
4 1 0 1 0 0 1 0
5 0 1 0 1 0 0 0
6 1 0 1 0 1 0 0
7 1 0 1 0 1 0 0
8 1 0 1 0 0 0 1
9 0 1 1 0 1 0 0
10 0 1 1 0 1 1 0
11 0 1 0 1 0 0 0
12 0 1 1 0 1 0 0
13 1 0 1 0 1 0 0
14 0 1 1 0 0 0 1
15 1 0 1 0 0 0 1
Total 7 8 13 2 9 2 3
% 47% 53% 87% 13% 64% 14% 21%

73
Obs.:
Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos -
Cimpor: AL.
Para onde vão os pneus velhos:
Borracharia Opção outro
8 Aracaju, fabricação de asfalto.
14 Antes, Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus.
Agora sem destino certo.
15 Reciclagem.

Consumidores de pneus

3-Qual o seu grau de


Cons. 1-Qual o seu sexo? 2-Qual a sua faixa etária (anos)?
instrução?
Masculino Feminino 20-30 31-40 41-50 51-60 Mais de 61 A B C D
1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0
3 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
4 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1
5 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
6 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0
7 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0
8 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
9 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
10 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0
11 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1
12 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
13 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
14 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
15 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0
16 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0
17 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
18 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0
Total 15 3 7 7 3 0 1 0 5 8 5
% 83% 17% 39% 39% 17% 0% 6% 0% 28% 44% 28%

Legenda:
Grau de instrução
A 1º Grau completo ou incompleto.
B 2º Grau completo ou incompleto.
C Universitário completo ou incompleto.
D Pós-graduado completo ou incompleto.

74
7-Você recebeu
alguma 8-Você leu o
6-Você é orientação do manual do veículo
4-Qual a categoria da 5-Você já
dono de vendedor sobre sobre os
Cons. sua carteira de comprou
algum procedimentos procedimentos
habilitação? pneus?
veículo? para aumentar a p/aumentar a vida
vida útil dos útil do pneu?
pneus?

75
Amador Profissional Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não
1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
2 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
3 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0
4 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
5 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
6 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
7 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
8 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0
9 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1
10 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0
11 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
12 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1
13 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1
14 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0
15 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
16 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1
17 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1
18 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
Total 10 8 16 2 14 4 7 11 4 14
% 56% 44% 89% 11% 78% 22% 39% 61% 22% 78%

Legenda:
Grau de instrução
1 1º Grau completo ou incompleto.
2 2º Grau completo ou incompleto.
3 Universitário completo ou incompleto.
4 Pós-graduado completo ou incompleto.

10-Se lhe
9-Você tem oferecerem
conhecimento do pneu usado
11-Se não, por que não aceitaria pneu
Cons. sistema de em boas
usado?
balanceamento e condições,
rodízio dos pneus? você
aceitaria?
Sim Não Sim Não E F G H I
1 1 0 1 0 0 0 0 0 0
2 1 0 0 1 0 0 1 0 0
3 1 0 1 0 0 0 0 0 0
4 1 0 0 1 0 1 0 0 0
5 1 0 1 0 0 0 0 0 0
6 1 0 0 1 0 1 0 0 0
7 1 0 1 0 0 0 0 0 0
8 1 0 0 1 0 1 0 0 0
9 0 1 0 1 1 0 0 0 0
10 1 0 1 0 0 0 0 0 0
11 1 0 1 0 0 0 0 0 0
12 1 0 1 0 0 0 0 0 0
13 1 0 0 1 0 1 1 0 0
14 1 0 0 1 0 0 1 0 0
15 1 0 1 0 0 0 0 0 0
16 1 0 1 0 0 0 0 0 0

76
17 1 0 0 1 0 0 1 0 0
18 1 0 0 1 0 0 1 0 0
Total 17 1 9 9 1 4 5 0 0
% 94% 6% 50% 50% 10% 40% 50% 0% 0%

Legenda:
Se não, por que não aceitaria?
E Caro, devido a menor vida útil
F Qualidade duvidosa
G Não oferece segurança
H Oferece risco para o meio ambiente
I Outro

12-Se lhe oferecerem


pneu reformado
14-Quando você troca de
(remoldado, 13-Se não, por que não aceitaria pneu
Cons. pneu, a loja oferece ficar
recauchutado, reformado?
com seu pneu usado?
recapado), você
aceitaria?
Sim Não J L M N O Sim Não
1 1 0 0 0 0 0 0 0 1
2 0 1 0 0 1 0 0 1 0
3 0 1 0 1 0 0 0 1 0
4 0 1 0 0 1 0 0 1 0
5 1 0 0 0 0 0 0 0 1
6 0 1 0 0 1 0 0 1 0
7 0 1 0 1 1 0 0 0 1
8 0 1 0 0 1 0 0 0 1
9 1 0 0 0 0 0 0 0 1
10 1 0 0 0 0 0 0 0 1
11 1 0 0 0 0 0 0 0 0
12 1 0 0 0 0 0 0 0 1
13 0 1 0 1 1 0 0 1 0
14 1 0 0 0 0 0 0 1 0
15 1 0 0 0 0 0 0 1 0
16 1 0 0 0 0 0 0 0 0
17 0 1 0 0 1 0 0 1 0
18 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Total 10 8 0 3 7 0 0 8 8
% 56% 44% 0% 30% 70% 0% 0% 50% 50%

Legenda:
Se não, por que não aceitaria o pneu reformado?
J Dura menos que um novo
L Tem qualidade duvidosa
M Não oferece segurança
N Oferece risco ao meio ambiente
O Outro.

15-Após a troca de
pneu, você costuma
Cons. 16-Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
levar o pneu usado
para casa?
Sim Não P Q R S T U V X
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
77
2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
5 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
6 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
9 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
10 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
11 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
12 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
13 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
14 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
15 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
17 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0
18 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Total 8 9 4 0 0 1 1 0 0 3
% 47% 53% 44% 0% 0% 11% 11% 0% 0% 33%

Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
P Deixo ele na garagem
Q Uso para confecção de algum artesanato
R Uso para a confecção de brinquedo (play graund)
S Acabo descartando em terreno baldio
T Deixo para os lixeiros levarem
U Vendo para sucateiros
V Entrego ou vendo o pneu para algum programa de coleta
X Outro

17-Você
conhece
algum 18-Quais são, em sua opinião, os benefícios
Cons. programa de ambientais e sociais que reciclagem ou reforma
coleta de de pneus oferece?
pneus usados
em Maceió?
Sim Não Z A1 B1 C1 D1 E1
1 0 1 1 0 0 0 0 0
2 0 1 1 0 0 0 0 0
3 0 1 1 1 0 0 0 0
4 0 1 0 1 0 0 0 0
5 0 1 0 0 0 1 0 0
6 0 1 0 1 0 0 0 0
7 0 1 1 1 1 1 0 0
8 0 1 0 1 1 1 0 0
9 0 1 0 1 0 0 0 0
10 0 1 1 1 0 1 0 0
11 0 1 0 1 0 0 0 0
12 0 1 1 1 0 1 0 0
13 0 1 1 0 0 0 0 0
14 0 1 1 0 0 0 0 0

78
15 0 1 1 1 0 0 0 0
16 0 1 1 1 0 1 0 0
17 0 1 1 0 0 0 0 0
18 0 1 1 1 1 1 0 0
Total 0 18 12 12 3 7 0 0
% 0% 100% 35% 35% 9% 21% 0% 0%

Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
Z Redução do consumo de matéria-prima da natureza
A1 Mantém o meio ambiente limpo
B1 Oferece renda para os catadores de pneus
C1 Evitam a dengue
D1 Não trazem benefício algum
E1 Outro

19-Você
conhece a
Resolução
CONAMA
258/99, que 20-De quem é a responsabilidade, em sua opinião, pelo
Cons.
trata do descarte adequado de pneus usados?
descarte
adequado de
pneus
inservíveis?
Sim Não F1 G1 H1 I1 J1 K1 L1
1 0 1 0 0 1 1 0 0 0
2 1 0 0 0 0 1 0 0 0
3 1 0 1 0 1 0 0 0 0
4 0 1 0 0 0 0 1 1 0
5 0 1 0 0 1 0 0 0 0
6 0 1 1 0 0 0 0 0 0
7 0 1 1 0 0 0 0 0 0
8 0 1 0 0 0 0 0 1 0
9 0 1 0 0 1 0 0 0 0
10 0 1 0 0 0 0 1 0 0
11 0 1 1 0 0 0 0 0 0
12 0 1 0 0 0 1 0 0 0
13 0 1 1 0 0 0 0 0 0
14 0 1 0 0 1 0 0 0 0
15 0 1 0 0 1 1 0 0 0
16 0 1 0 0 0 1 0 0 0
17 0 1 0 0 0 1 0 0 0
18 0 1 1 0 0 0 0 0 0
Total 2 16 6 0 6 6 2 2 0
% 11% 89% 27% 0% 27% 27% 9% 9% 0%

Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
F1 Do fabricante de pneus
G1 Do reformador de pneus
H1 Do revendedor de pneus
I1 Do motorista ou proprietário do veículo

79
J1 Das associações de fabricantes e de reformadores de pneus
K1 do IBAMA
L1 Outro

80
ANEXO

QUESTIONÁRIOS
Modelos de questionários – para os diversos setores (sem as respostas)
Prezados Sr(a)s.

Esta pesquisa faz parte de um trabalho acadêmico do curso de Pós-Graduação em


Engenharia Ambiental, Turma D, do Centro de Estudos Superiores de Maceió –
CESMAC, sob o tema “Destinação Ambientalmente Adequada de Pneus no
Município de Maceió”.

É importante que as respostas das questões abaixo sejam, preferencialmente,


dadas pelo gestor responsável pela coleta dos pneus usados.

Também é necessário o fornecimento de uma declaração da empresa autorizando a


publicação das informações no referido trabalho.

Solicita-se também que o questionário respondido seja encaminhado para o


endereço: letaciojr@hotmail.com

Agradeço muito pela colaboração.

Atenciosamente,

Letácio Júnior

Fonte: Autor; Goto (2007).


82
Questionário para as Reformadoras de Pneus
Por favor, responder as questões abaixo:

1) Qual é o porte da reformadora?


( ) Pequeno; ( ) Médio; ( ) Grande.

2) Quantos funcionários atendem somente na troca de pneus?


Especificar:

3) Quantos pneus ficam na reformadora após a troca pelos recauchutados?


Especificar:

4) Quantos pneus são trocados por dia?


Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

5) Conhece a Resolução CONAMA 258/99?


( ) Sim ( ) Não

6) Orienta o consumidor quanto aos procedimentos para prolongar a vida do pneu?


( ) Sim ( ) Não

7) Após a troca, quantos pneus ficam na reformadora?


Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

8) Qual o percentual de pneus que são recauchutáveis e de pneus inservíveis?


Especificar:

9) Se tiver pneus usados em bom estado, sem necessidade de reforma, a empresa


oferece ao cliente?
( ) sim ( ) Não

83
10) Se não, por quê?
( ) É mais caro para o cliente;
( ) A qualidade é duvidosa;
( ) Não oferece segurança;
( ) São risco ao meio ambiente;
( ) Não é o negócio da loja;
( ) Outro. Especificar:

11) Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?


( ) São de boa qualidade;
( ) É econômico para o motorista;
( ) Preserva o meio ambiente e à saúde pública;
( ) Não tem diferença comparado a outros pneus;
( ) Outra. Especificar:

12) Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma, quem paga
o custo do descarte desses pneus?
( ) A própria empresa;
( ) O Reciclador que levará o pneu;
( ) O sucateiro que recolherá o pneu;
( ) Outro. Especificar:

13) A empresa participa de algum programa de coleta de pneus usados?


( ) Sim ( ) Não

14) Se sim, qual programa?


( ) Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus;
( ) Solicita à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió – Slum a coleta dos
pneus inservíveis através do 0800-600-9009;
( ) Outro. Especificar:

15) Os clientes são incentivados a deixarem seus pneus velhos na empresa?


( ) Sim ( ) Não

84
16) Qual é a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os
sem condições de recauchutagem?
( ) Contribui para a redução do uso de matéria-prima da natureza;
( ) Contribui na redução de casos de Dengue;
( ) Contribui para manter limpo o meio ambiente;
( ) Não faz nenhuma diferença para a empresa;
( ) Outra opinião. Especificar:

17) A Reformadora tem o serviço de trituração dos pneus inservíveis?


( ) Sim ( ) Não

18) Se sim, que quantidade de pneus, em toneladas, é triturada por semana?


Especificar:

19) Se não, conhece alguma empresa que trabalhe com trituração de pneus em:
(a) Maceió?
Especificar:
(b) Alagoas, fora Maceió?
Especificar:
Fonte: Autor; Goto (2007); Santos (2002).
Questionário para as Revendedoras de Pneus
Por favor, responder as questões abaixo:

1) Qual é o porte da revendedora?


( ) Pequeno; ( ) Médio; ( ) Grande.

2) Quantos funcionários atendem somente na troca de pneus?


Especificar:

3) Qual a quantidade de pneus que a empresa vende por dia?


Especificar por tipo:

Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

85
4) Quantos pneus são trocados por dia?
Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

5) Conhece a Resolução CONAMA 258/99?


( ) Sim ( ) Não

6) Orienta o consumidor quanto aos procedimentos para prolongar a vida do pneu?


( ) Sim ( ) Não

7) Após a troca, quantos pneus ficam na revendedora?


Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

8) Qual o percentual de pneus que são recauchutáveis e de pneus inservíveis?


Especificar:

9) Se tiver pneus usados em bom estado, sem necessidade de reforma, a empresa


oferece ao cliente?
( ) sim ( ) Não

10) Se não, por quê?


( ) É mais caro para o cliente;
( ) A qualidade é duvidosa;
( ) Não oferece segurança;
( ) São risco ao meio ambiente;
( ) Não é o negócio da loja;
( ) Outro. Especificar:

11) Se a empresa tiver pneus reformados (recauchutado, remoldado ou reformado),


são recomendados ao cliente?
( ) Sim ( ) Não

86
12) Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
( ) São de boa qualidade;
( ) É econômico para o motorista;
( ) Preserva o meio ambiente e à saúde pública;
( ) Não tem diferença comparado a outros pneus;
( ) Outra. Especificar:

13) Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma, quem paga
o custo do descarte desses pneus?
( ) A própria loja;
( ) O Reciclador que levará o pneu;
( ) O sucateiro que recolherá o pneu;
( ) Outro. Especificar:

14) A empresa participa de algum programa de coleta de pneus usados?


( ) Sim ( ) Não

15) Se sim, qual programa?


( ) Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus;
( ) Solicita à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió – Slum a coleta dos
pneus inservíveis através do 0800-600-9009;
( ) Outro. Especificar:

16) Os clientes são incentivados a deixarem seus pneus velhos na loja?


( ) Sim ( ) Não

17) Qual é a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os


sem condições de recauchutagem?
( ) Contribui para a redução do uso de matéria-prima da natureza;
( ) Contribui na redução de casos de Dengue;
( ) Contribui para manter limpo o meio ambiente;
( ) Não faz nenhuma diferença para a empresa;
( ) Outra opinião. Especificar:
87
Fonte: Autor; Goto (2007); Santos (2002).

88
Questionário para as Borracharias
Por favor, responder as questões abaixo:

1) Quantos funcionários atendem na troca de pneus?


Especificar:

2) Quantos pneus ficam na borracharia após eventual troca?


Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos

3) Dos pneus deixados na borracharia após a troca, quantos podem ser


recauchutados e quantos são inservíveis?
Especificar:
4) Orienta os clientes a deixarem os pneus velhos na borracharia?
( ) Sim ( ) Não

5) Sabe informar para onde vão os pneus usados?


( ) Sim ( ) Não

6) Se sim, para onde vão?


Especificar:

Fonte: Autor; Santos (2002).

Questionário para os Consumidores de Pneus


Por favor, responder as questões abaixo:

1) Qual o seu sexo?


( ) Masculino; ( ) Feminino.

89
2) Qual a sua faixa etária?
( ) De 20 a 30 anos; ( ) De 41 a 50 anos; ( ) Mais de 61 anos.
( ) De 31 a 40 anos; ( ) De 51 a 60 anos;

3) Qual o seu grau de instrução?


( ) 1° Grau completo ou incompleto;
( ) 2° Grau completo ou incompleto;
( ) Universitário completo ou incompleto;
( ) Pós-graduado completo ou incompleto.

4) Qual a categoria da sua carteira de habilitação?


( ) Amador; ( ) Profissional.

5) Você já comprou pneus?


( ) Sim ( ) Não

6) Você é dono de algum veículo?


( ) Sim ( ) Não

7) Você recebeu alguma orientação do vendedor sobre procedimentos para


aumentar a vida dos pneus?
( ) Sim ( ) Não

8) Você leu o manual do veículo sobre procedimentos para aumentar a vida do


pneu?
( ) Sim ( ) Não

9) Você tem conhecimento do sistema de balanceamento e rodízio dos pneus?


( ) Sim ( ) Não

10) Se lhe oferecessem pneu usado em boas condições, você aceitaria?


( ) Sim ( ) Não

11) Se não, por qual motivo não aceitaria pneu usado?


90
( ) Caro, devido a menor vida útil;
( ) Qualidade duvidosa;
( ) Não oferece segurança;
( ) Oferece risco para o meio ambiente;
( ) Outro. Especificar:

12) Se lhe oferecerem pneu reformado (recauchutado, remoldado ou recapado),


você aceitaria?
( ) Sim ( ) Não

13) Se não, por que não aceitaria pneu reformado?


( ) Dura menos que um pneu novo;
( ) Tem qualidade duvidosa;
( ) Não oferece segurança;
( ) Oferece risco ao meio ambiente;
( ) Outro. Especificar:

14) Quando você troca de pneu, a loja oferece ficar com seu pneu usado?
( ) Sim ( ) Não
15) Após a troca de pneu, você costuma levar o pneu usado para casa?
( ) Sim ( ) Não

16) Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?


( ) Deixo ele na garagem;
( ) Uso para a confecção de algum artesanato;
( ) Uso na confecção de brinquedo (play ground);
( ) Acabo descartando em terreno baldio;
( ) Deixo para os lixeiros levarem;
( ) Vendo para sucateiros;
( ) Entrego ou vendo o pneu para algum programa de coleta;
( ) Outro. Especificar:

17) Você conhece algum programa de coleta de pneus usados em Maceió?


( ) Sim. Qual?:
91
( ) Não conheço.

18) Quais são, em sua opinião, os benefícios ambientais e sociais que reciclagem ou
reforma de pneus oferece?
( ) Redução do consumo de matéria-prima da natureza;
( ) Mantém o meio ambiente limpo;
( ) Oferece renda para os catadores de pneus;
( ) Evitam a Dengue;
( ) Não trazem benefício algum;
( ) Outro. Especificar:

19) Você conhece a Resolução CONAMA 258/99, que se refere ao descarte


adequado de pneus inservíveis?
( ) Sim ( ) Não
20) De quem é a responsabilidade, em sua opinião, pelo descarte adequado de
pneus usados?
( ) Do Fabricante de pneus;
( ) Do Reformador de pneus;
( ) Do Revendedor de pneus;
( ) Do motorista ou proprietário do veículo;
( ) Das Associações de fabricantes e de reformadores dos pneus;
( ) do IBAMA;
( ) Outro. Especificar:

Fonte: Autor; Goto (2007).

92
Entrevista junto ao Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas – DER-
AL

Referente às usinas de asfalto (residências) no Estado


Por favor, responder as questões abaixo:

1) Conhece a Resolução CONAMA 258/99?


( ) Sim ( ) Não

2) Sabe que usina de asfalto é alternativa para a destinação de pneus inservíveis?


( ) Sim ( ) Não

3) Sabe da existência de duas tecnologias, ainda não comprovadas, de produção de


asfalto com o uso de borracha de pneus?
( ) Sim ( ) Não

4) Se sim, sabe quais são?


Especificar:

5) Atualmente a maior dificuldade para a produção de asfalto com borracha de


pneus é o pré-tratamento, trituração com ou sem moagem, devido ao elevado custo.
As residências do DER-AL passam por essa dificuldade?
( ) Sim ( ) Não

6) Se sim, o DER-AL conhece empresas que prestam esse tipo de serviço e que
poderiam ser suas parceiras em Alagoas?
( ) Sim ( ) Não

7) Se sim, qual ou quais?


Especificar:

8) Já participou de algum programa de coleta e destinação final de pneus?


( ) Sim ( ) Não

93
9) Se participou, quando e em qual programa?
( ) Em 2006, no Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus;
( ) Outro. Especificar:

10) Caso tenha participado, qual a porcentagem de borracha de pneus que


substituía a matéria prima do asfalto?
Especificar:

11) Atualmente participa de algum programa de coleta e destinação final de


pneumáticos?
( ) Sim ( ) Não

12) Se sim, em qual programa?


Especificar:

13) Qual a capacidade de produção de asfalto em Alagoas (ton/mês)?


Especificar:

Fonte: Autor; Goto (2007).


Entrevista junto a Slum referente à coleta de pneus inservíveis de Maceió

Sabe-se que a Slum, em 2006, participou do Programa Rodando Limpo da BS


Colway Pneus para a coleta de pneus inservíveis em Alagoas com o fim de retirar
pneus das ruas de Maceió. Semanalmente disponibilizava um caminhão para a
coleta dos pneus para destinação. Esse serviço era solicitado pelo 0800-600-9009.
A participação no Programa da BS Colway Pneus demonstrou conhecimento da
Resolução CONAMA 258/99.

Por favor, responder as questões abaixo:

1) Qual era o destino dos pneus recolhidos em 2006?


( ) Eco-base do Programa Rodando Limpo em Maceió, na Via Expressa, 6243;
( ) Fábrica de cimento Cimpor, em São Miguel dos Campos;
( ) Outro. Especificar:
94
2) Quem mais solicitava o serviço?
( ) Moradores, para se livrarem de seus pneus velhos;
( ) Borracharias;
( ) Lojas de revenda e recauchutadoras de pneus;
( ) Outros. Especificar:

3) Quantas unidades ou toneladas de pneus eram coletadas por semana?


Especificar:

4) A Slum mantém esse serviço hoje?


( ) Sim ( ) Não

5) Se não, qual a atual dificuldade?


Especificar:

6) Se sim, de que maneira?


Especificar:

7) Se ainda disponibiliza o serviço, quem mais o solicita?


( ) Moradores, para se livrarem de seus pneus velhos;
( ) Borracharias;
( ) Lojas de revenda e recauchutadoras de pneus;
( ) Outros. Especificar:

8) Se o serviço ainda continua, há divulgação do mesmo para a população?


( ) Sim ( ) Não

9) A Slum possui EcoBase?


( ) Sim ( ) Não

10) Se possui, onde está localizada e qual a capacidade semanal de recepção de


pneus?
Especificar:
95
11) A Slum trabalha em parceria com outras empresas ou cooperativas para a coleta
de pneus?
( ) Sim ( ) Não

12) Se sim, quais e como é a parceria?


Especificar:

Fonte: Autor; Goto (2007).

96

Você também pode gostar