Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Maceió, 2009
DESTINAÇÃO DE PNEUMÁTICOS NO MUNICÍPIO DE
MACEIÓ
Maceió, 2009
ii
LETÁCIO LUCENA FREITAS JÚNIOR
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Profa. Especialista Rosa Maria Barros Tenório
Orientadora
iii
A minha família e a todos que
contribuíram no desenvolvimento deste
trabalho. Muito obrigado.
iv
AGRADECIMENTOS
v
“Não é um notável talento que se exige
para assegurar o êxito em qualquer
empreendimento, mas sim um firme
propósito”.
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
Keywords: tires, tire useless, useless tires in Maceio, distribution of tires, tire
recycling, solid waste.
viii
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: 2
Tamanho (porte) das reformadoras em Maceió
8
Gráfico 2: 2
Quantidade de pneus trocados por dia, por tipo de veículo
8
Gráfico 3: Quantidade de reformadoras pesquisadas que têm conhecimento da 2
Resolução CONAMA 258/99 8
Gráfico 4: Quantidade de reformadoras que orientam o consumidor quanto aos 2
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus 9
Gráfico 5: Percentuais de pneus, por tipo, que ficam na reformadora após a troca 2
ix
9
Gráfico 6: 3
Quantidade de pneus recauchutáveis que ficam na reformadora
0
Gráfico 7: Quantidade das reformadoras de pneumáticos que oferecem pneus 3
usados, em bom estado, aos seus clientes 0
Gráfico 8: 100% das reformadoras que não oferecem pneus usados em bom 3
estado para seus clientes informam não ser o negócio da loja 0
Gráfico 9: 3
Opinião das reformadoras de pneus quanto à reforma de pneumáticos
1
Gráfico 10: 3
Percentual da destinação dos pneus inservíveis
2
Gráfico 11: Participação das reformadoras de pneumáticos em programas de 3
coleta de pneus usados 2
Gráfico 12: Percentual dos clientes incentivados pelas reformadoras a deixarem 3
seus pneus velhos na empresa 2
Gráfico 13: Percentual das empresas de reforma de pneus quanto à reciclagem 3
de pneumáticos inservíveis 3
Gráfico 14: Disponibilidade do serviço de trituração de pneumáticos inservíveis 3
nas reformadoras de pneus 3
Gráfico 15: Percentual das reformadoras de pneumáticos que conhece empresas 3
que trabalhem com trituração de pneus 4
Gráfico 16: 3
Tamanho (porte) das revendedoras de pneus, em Maceió
4
Gráfico 17: 3
Quantidade diária de pneus vendidos pelas revendedoras, em Maceió
5
Gráfico 18: 3
Quantidade de pneus trocados por dia pelas revendedoras
5
Gráfico 19: Percentual das revendedoras de pneumáticos que têm conhecimento 3
da Resolução CONAMA 258/99 6
Gráfico 20: Percentual das revendedoras que orientam os consumidores quanto 3
aos procedimentos para aumentar o tempo de vida do pneu 6
Gráfico 21:
Percentual dos pneus que ficam nas revendedoras após eventual
3
troca
6
Gráfico 22: Percentual de pneus recauchutáveis e inservíveis que ficam nas 3
revendedoras 7
Gráfico 23: Percentual das revendedoras que oferecem pneus usados (sem 3
qualquer reforma), em bom estado, aos clientes 7
Gráfico 24: Motivos pelos quais 67% das revendedoras não oferecem pneus 3
usados, não reformados, em bom estado a seus clientes 7
x
Gráfico 25: Oferta de pneus reformados aos clientes por parte das revendedoras 3
de pneus 8
Gráfico 26: Opinião das revendedoras de pneus quanto aos pneumáticos 3
reformados 8
Gráfico 27: 3
Custo do descarte de pneus inservíveis
9
Gráfico 28: Percentual de lojas de revenda de pneumáticos em programas de 3
coleta de pneus usados 9
Gráfico 29: Identificação do programa de coleta de pneus usados em que 50% 3
das revendedoras de pneus participam 9
Gráfico 30: Percentual dos clientes que são incentivados pelas revendedoras a 4
deixarem os pneus velhos na loja 0
Gráfico 31: Opinião das empresas de revenda de pneus quanto à reciclagem de 4
pneumáticos inservíveis 0
Gráfico 32: 4
Percentual de pneus que ficam nas borracharias por tipo de veículo
1
Gráfico 33: 4
Tipos de pneus que ficam nas borracharias
1
Gráfico 34: Percentual das borracharias que incentivam seus clientes a deixarem 4
os pneus velhos nas próprias borracharias 2
Gráfico 35: Percentual das borracharias que conhecem o destino dos pneus 4
usados nas próprias borracharias 2
Gráfico 36: 4
Destino dado pelas borracharias para os pneus usados
2
Gráfico 37: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por 4
sexo 4
Gráfico 38: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por 4
faixa etária 4
Gráfico 39: 4
Grau de instrução dos consumidores de pneumáticos entrevistados
4
Gráfico 40: 4
Categoria da habilitação dos consumidores de pneus
5
Gráfico 41: Percentual dos consumidores entrevistados que já compraram 4
pneus 5
Gráfico 42: Referente às pessoas consultadas serem ou não donos de algum 4
veículo 5
Gráfico 43: Percentual dos consumidores entrevistados que receberam 4
orientações para aumentar a vida útil de pneus 6
Gráfico 44: Percentual de consumidores que leram o manual do veículo sobre os 4
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus 6
xi
Gráfico 45: Percentual de consumidores que têm conhecimento sobre o sistema 4
de balanceamento e rodízio dos pneus 6
Gráfico 46: 4
Aceitação quanto aos pneus usados em boas condições
7
Gráfico 47: Percentual de rejeição de pneumáticos usados por consumidores de 4
pneus 7
Gráfico 48: Percentual de aceitação de pneus reformados pelos consumidores de 4
pneumáticos 7
Gráfico 49: 4
Motivos da não aceitação de pneumáticos reformados
8
Gráfico 50: Percentual de revendedoras de pneus que orientam seus 4
consumidores a deixar o pneu usado na loja 8
Gráfico 51: Percentual de consumidores que levam o pneu velho para casa, após 4
a troca 8
Gráfico 52: Destino dado pelo consumidor de pneus ao pneu velho levado para 4
casa 9
Gráfico 53: Percentual de consumidores que têm conhecimento da existência de 5
programas de coleta de pneus velhos em Maceió 1
Gráfico 54: 5
Benefícios sociais e ambientais da reciclagem ou reforma de pneus
2
Gráfico 55: Percentual de consumidores de pneus que têm conhecimento da 5
Resolução CONAMA 258/99 2
Gráfico 56: Responsabilidade quanto ao descarte adequado de pneumáticos 5
usados 3
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
xii
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANIP Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos
CAMEX Câmara de Comércio Exterior
CCZ Centro de Controle de Zoonoses, de Maceió
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DECEX Departamento de Operações de Comércio Exterior
DER-AL Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas
ETAS Estações de Tratamento de Água
ETE Estações de Tratamento de Esgotos
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBS Instituto BS Colway Social
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
NBR Norma Brasileira
OMC Organização Mundial do Comércio
SECEX Secretaria de Comércio Exterior
SESAU-AL Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SLUM Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió
TEC Tarifa Externa Comum
UE União Européia
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
xiii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2. OBJETIVOS.............................................................................................................4
2.1. Objetivo geral.......................................................................................................4
2.2. Objetivos específicos..........................................................................................4
3. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................5
3.1. Histórico da borracha.........................................................................................5
3.2. Pneus....................................................................................................................7
3.2.1. Tipos de pneus.................................................................................................8
3.2.2. Características dos pneus...............................................................................8
3.3. Pneu como resíduo...........................................................................................11
3.3.1. Impactos do descarte inadequado...............................................................12
3.3.2. Políticas e regulamentações.........................................................................14
3.3.3. Alternativas de destinação............................................................................17
3.3.4. Logística reversa para pneus........................................................................21
4. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................25
4.1. Revisão de literatura.........................................................................................25
4.2. Aplicação de questionários..............................................................................25
4.3. Entrevistas.........................................................................................................26
4.4. Observação participante...................................................................................26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................27
5.1. Reformadoras de pneus...................................................................................27
5.2. Revendedoras de pneus...................................................................................34
5.3. Borracharias......................................................................................................41
5.4. Consumidores...................................................................................................43
5.5. Entrevista junto ao DER-AL..............................................................................53
5.6. Entrevista junto a SLUM...................................................................................54
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES................................................................56
xiv
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................58
8. APÊNDICE.............................................................................................................64
9.ANEXO....................................................................................................................78
xv
1. INTRODUÇÃO
2
as Resoluções CONAMA 23/93 e 235/98, o Brasil proíbe a importação de pneus
usados da União Européia.
- Catadores de lixo, e;
3
2. OBJETIVOS
10. Novos tipos de borrachas sintéticas foram produzidos nas últimas décadas
do século passado, como as de Butila, Silicônica, Silicone Fluorado, Fluoro –
Acrílica, Poliuretano Sólido, Polietileno Clorossulfonado, as de Etileno
Fluorado, entre outras.
11. Outros novos tipos de borrachas são desenvolvidos na última década, tais
como: Poliisopreno – elastômero sintético parecido com a borracha; o
Polibutadieno; a síntese do Isopreno, por meio de catalizadores
estereoespecíficos e as borrachas de Etileno / Propileno, conforme os moldes
das borrachas naturais.
6
instrumentos cirúrgicos como seringas, tubos, luvas cirúrgicas, preservativos além
de outros produtos de farmácia e calçados (Rodrigues, 2008).
3.2. Pneus
7
unidades. Foram mais de 13 fábricas instaladas no País, entre elas a Goodyear, a
Firestone, a Michelin e a Pirelli.
8
(3) ombros: entre a banda de rodagem e os flancos; (4) cintas ou lonas protetoras:
parte externa da estrutura de resistência do pneu para proteger as cintas/lonas de
trabalho; (5) cintas ou lonas de trabalho: estabilizam o pneu situando-se na parte
externa da estrutura resistente do pneu radial; (6) revestimento interno: área interior
do pneu formada por componentes de borracha para proteção; (7) lona carcaça:
parte interna da estrutura de resistência do pneu tendo cordonéis estendidos entre
os talões; (8) flanco ou lateral: conhecido como flanco costado é fixado entre o limite
da banda de rodagem e o talão; (9) filete ou cordão de centragem: mostra
visualmente a correta centralização do pneu e está na linha de relevo perto da
superfície dos talões; (10) talão: parte do pneu em contato com o aro para assegurar
firmeza na fixação de ambos (o talão direito, na Figura, é de pneu sem câmara); (11)
aro do talão: elemento interno metálico do talão; carcaça: composta de lonas e
eventuais cintas de trabalho ou proteção; cordonéis: são têxteis ou metálicos e dão
resistência às lonas e cintas (Bridgestone – Firestone, 2008).
9
(a) (b)
Figura 2: Na carcaça, a diferença básica entre um pneu radial (a) e um pneu
diagonal ou convencional (b) (Brazil Tires, 2009).
10
Pelo fato do enxofre demandar um tempo para se completar, adiciona-se à
mistura de borracha outros ingredientes – aceleradores e ativadores – para acelerar
a reação e com isso reduzir o tempo e a temperatura necessários para que se
obtenha uma borracha com propriedades físicas desejadas (Cimino, 2004).
11
morbidade ou da mortalidade, apresentam risco à saúde pública ou produzem
efeitos adversos ao meio ambiente ao serem manuseados e dispostos
incorretamente;
Classe III ou Inertes: suas características intrínsecas não oferecem riscos à saúde e
ao meio ambiente, e que, quando amostrados de forma representativa, de acordo
com a NBR 10.007 e submetidos a testes de solubilização, de acordo com a NBR
10.006, não foram solubilizados nenhum de seus constituintes para concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, observando-se a listagem n° 8
(Anexo H da NBR 10.004), excluindo-se os padrões de aspecto, sabor, cor e
turbidez.
12
representa uma produção 10,2 bilhões de reais no ano. Comparando com 2006, o
ano de 2007 teve um aumento de produção de 2,5% em unidades. (ANIP, 2009).
13
e chuvas), proporcionam ambiente adequado à reprodução do popularmente
chamado “mosquito da Dengue”, pois acumulam água limpa e parada.
14
do homem; enriquecer a compreensão dos sistemas ecológicos e dos recursos
naturais importantes para a nação; estabelecer um conselho na qualidade
ambiental”. Hoje, leis estaduais norte-americanas têm regulamentado a aquisição,
armazenagem e processamento de pneus inservíveis. Essas leis restringem a
armazenagem desse resíduo em aterros e oferecem incentivos para se desenvolver
novas alternativas de uso. (Rodrigues, 2008).
15
importação de pneus, dentre outros bens de consumo usados. Em 1996 foi proibida
a importação de pneus usados pelo IBAMA e pelo CONAMA. (Motta, 2008).
16
entrada ou eliminação de resíduos perigosos estrangeiros e outros resíduos em seu
território” (tradução) foi incorporada pelo Decreto n° 875/93, que: “Promulga o texto
da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e seu Depósito”.
Por não ter cumprido o prazo dado pela OMC para uniformizar a proibição da
importação de pneus usados a todos os países até dezembro de 2008, o Brasil
assinou acordo com a UE, em 05 de janeiro de 2009, com o fim de evitar retaliação
comercial. No entanto, esse acordo não elimina a possibilidade de sanção ao País
enquanto durar a proibição para a entrada de pneus usados europeus e não ao
mesmo tipo de pneus do Mercosul.
17
A destinação de pneus usados é dividida em três categorias: reutilização,
reciclagem e valorização energética. Na reutilização, os pneus inteiros são
aproveitados, enquanto que na reciclagem são transformados em novos produtos a
partir de métodos físicos e/ou químicos, como, por exemplo, tapetes, barreiras de
choques. Na valorização energética, os pneus são usados para a geração de calor
devido ao seu grande poder calorífico, que é de aproximadamente 8.170 kcal/kg,
superior ao do carvão. A Tabela 2 apresenta as principais alternativas para a
destinação dos pneus inservíveis. (Giacobbe, 2008).
18
foi provada a viabilidade desta alternativa. Essa tecnologia pode
ser executada por dois processos, a saber: o seco: a borracha do
pneu é triturada e usada na substituição do agregado; o úmido: a
borracha do pneu é triturada e incorporada no asfalto na
temperatura de 204 °C, formando o asfalto-borracha.
Tapetes Fabrico de tapetes. Pneu triturado.
Barreiras de choque Amortecedores de impactos.
Reciclagem química
Recupera-se do pneu produtos como o negro de fumo, aço, gás
e óleo, que são os produtos mais valorizados com alto potencial
mercadológico. A pirólise é um processo composto de várias
reações complexas, a altas temperaturas (400 a 800°C) para a
produção de correntes de vapores condensáveis e não
Pirólise
condensáveis e resíduos sólidos. A estrutura molecular dos
resíduos é fracionada pelo calor, que libera compostos de
carbono em forma líquida, sólida e gasosa, que podem ser
usadas como combustíveis. A demanda por pneus atualmente é
desprezível. Recuperação energética de 75 – 82%.
Hidrogenação Produção de gasolina, óleos leves, gases e óleos lubrificantes.
Gaseificação Produzir metano.
Regeneração da borracha. As propriedades da borracha
vulcanizada não são as mesmas da borracha crua, assim, esse
tipo de borracha é normalmente utilizada para a fabricação de
Desvulcanização
artefatos. A desvulcanização tem como desvantagem a piora da
propriedade do produto, capital de investimento alto e falta de
normatização dos produtos.
Valorização energética
Demanda muito alta por pneus. Substitui o carvão como
combustível nos fornos de cimento. Redução do nível de emissão
de poluentes. Não gera resíduos nem precisa de controle
adicional para emissões. Necessita de suprimento de demanda e
adaptação dos fornos. No entanto, há um considerável
inconveniente ambiental relacionado à emissão de grandes
quantidades de SOx, quando pneus são incinerados em fornos de
cimenteiras, além da possibilidade de contaminação com arsênio
e outros contaminantes, que podem provocar problema
Co-processamento em
ambiental. Considerando a grande quantidade de ar que entra
cimenteiras
nos queimadores, os contaminantes tornam-se desprezíveis
quando saem com os gases quentes. Tornam-se significativos,
conforme visão crítica, ao serem quantificados em produção
anual. Deve-se ter cuidado quanto aos riscos somados ao nível
das localizações no qual o processo de tratamento de resíduos
em co-incineração acontece, com prévia caracterização
detalhada das condições ambientais e populacionais de cada
local em causa e das monitorações ambiental e vigilância
epidemiológica.
Demanda média por pneus. Redução do nível de emissão de
Co-processamento em
poluentes. Produtos com pouco competitivos se comparado aos
indústrias de papel
combustíveis tradicionais. Necessita de pré-tratamento.
Demanda baixa por pneus. Completa combustão dos
Co-processamento em
pneumáticos. Necessita de suprimento de demanda e alto
termelétricas
investimento de capital.
Fonte: Cappi (2004); Fioriti (2007); Giacobbe (2008); Monteiro, et al (2008); Rodrigues (2008).
19
Deve-se ressaltar que alguns processos de aproveitamento dos pneus têm
como primeira etapa a trituração, Figura 3 (a), com posterior moagem para reduzí-
los a pequenos grãos. Para pneus radiais, o aço é separado da borracha por meio
magnético, Figura 3 (b), e reaproveitamento dos pneus triturados ou picotados em
várias atividades, Figura 3 (c). (Giacobbe, 2008) e (Reciclanip, 2009).
(a)
(b)
20
(c)
Figura 3: Os pneus seguem para a trituração em esteira (a); retirada do aço dos pneus
antes do processo de trituração (b); reaproveitamento dos pneus triturados ou picotados em
várias atividades (c). (Reciclanip, 2009).
21
Com a Resolução CONAMA 258/99, fabricantes e importadores são
obrigados a dar destinação ambientalmente adequada a pneus inservíveis. Para
isso, há a necessidade da operação logística reversa para gerenciar a questão do
reaproveitamento, através de parcerias de coleta desses pneus. Usa-se então a
logística reversa na gestão integrada dos resíduos de pneus pós-consumo, tanto no
processo de reutilização, reforma e reciclagem, como na destinação final dos pneus
inservíveis (Goto, 2007).
22
No Paraná, a implantação do Programa Rodando Limpo contou com a
integração da Secretaria de Estado de Saúde e de outros órgãos do Governo
estadual, sem custos ao erário. Esse programa contribuiu, em 2003, na redução dos
mais de 10 mil casos de dengue autóctones (pessoas infectadas no próprio Estado)
em 99,7%. Conforme estatísticas, ocorreram somente 55 casos em 2004 e apenas
15 em 2005, além da eliminação quase total dos pneus velhos da natureza no
Paraná, com destinação adequada de 12,3 milhões de unidades.
A Figura 4 mostra o ciclo de vida do pneu desde o momento em que ele deixa
a fábrica até sua destinação final ambientalmente adequada (Reciclanip, 2009).
Deve-se observar que, dependendo da alternativa de destinação, os pneus podem
ser usados inteiros ou triturados.
23
Figura 4: Ciclo de vida de um pneu, desde o momento em que ele deixa a fábrica até sua
destinação final ambientalmente adequada (Reciclanip, 2009).
24
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.3. Entrevistas
26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
0%
33%
Pequeno
Médio
67%
Grande
7% Caminhão
28%
Ônibus
37% Carros pequenos
28% Trator
0%
Sim
Não
100%
28
Gráfico 4: Quantidade de reformadoras que orientam o consumidor quanto aos
procedimentos para aumentar a vida útil dos pneus.
0%
Sim
Não
100%
O Gráfico 5 mostra que 35% dos pneus que ficam na reformadora, após
troca, são pneus de caminhão, depois ficam 32% de pneus dos carros pequenos,
20% são pneus de trator e 13% dos pneus que ficam são de ônibus.
Gráfico 5: Percentuais de pneus, por tipo, que ficam na reformadora após a troca.
20% Caminhão
35%
Ônibus
Carros pequenos
32% Trator
13%
O Gráfico 6 mostra que a grande maioria dos pneus que ficam nas
reformadoras, 90%, é recauchutável e que apenas 10% são inservíveis.
29
Gráfico 6: Quantidade de pneus recauchutáveis que ficam na reformadora.
10%
Recauchutáveis
Inservíveis
90%
33%
Sim
67% Não
Gráfico 8: 100% das reformadoras que não oferecem pneus usados em bom estado para
seus clientes informam não ser o negócio da loja.
30
Gráfico 9: Opinião das reformadoras de pneus quanto à reforma de pneumáticos.
0%
É econômico para o
0% motorista
20% Preserva o meio ambiente e
40% a saúde pública
Não tem diferença
comparado a outros pneus
40%
Outro
31
mas para 33% das delas, a reciclagem ajuda na redução do uso de matéria-prima da
natureza e, para os outros 17% das reformadoras, a reciclagem de pneus contribui
na redução de casos de dengue.
25% 0%
50%
25%
0%
Sim
Não
100%
Gráfico 12: Percentual dos clientes incentivados pelas reformadoras a deixarem seus
pneus velhos na empresa.
33%
Sim
67% Não
32
Gráfico 13: Percentual das empresas de reforma de pneus quanto à reciclagem de
pneumáticos inservíveis.
0%
0%
33%
50%
17%
0%
Sim
Não
100%
33
Gráfico 15: Percentual das reformadoras de pneumáticos que conhece empresas que
trabalhem com trituração de pneus.
0%
Maceió
0%
0%
Pequeno
Médio
Grande
100%
34
Gráfico 17: Quantidade diária de pneus vendidos pelas revendedoras, em Maceió.
10%
3% Caminhão
5%
Ônibus
Carros pequenos
82% Trator
O Gráfico 18 mostra que 100% dos pneus trocados por dia pelas
revendedoras são pneus de carros pequenos.
0%
0%
Caminhão
0% Ônibus
Carros pequenos
Trator
100%
Com relação ao Gráfico 19, observa-se que 67% das revendedoras de pneus
têm conhecimento da Resolução CONAMA 258/99, referente à obrigação de
fabricantes e importadores quanto à destinação ambientalmente adequada de pneus
inservíveis, mas 33% delas não conhecem a referida resolução.
De acordo com o Gráfico 21, 100% dos pneus que ficam nas revendedoras
de pneumáticos, após eventual troca, são de carros pequenos.
35
Gráfico 19: Percentual das revendedoras de pneumáticos que têm conhecimento da
Resolução CONAMA 258/99.
33%
Sim
67% Não
Gráfico 20: Percentual das revendedoras que orientam os consumidores quanto aos
procedimentos para aumentar o tempo de vida do pneu.
0%
Sim
Não
100%
Gráfico 21: Percentual dos pneus que ficam nas revendedoras após eventual troca.
0%
0% Caminhão
0% Ônibus
Carros pequenos
Trator
100%
Dos pneus que ficam nas revendedoras de pneus, após eventual troca, 95%
tem condições de recauchutagem e 5% são inservíveis, Gráfico 22.
36
Gráfico 22: Percentual de pneus recauchutáveis e inservíveis que ficam nas revendedoras.
5%
Rec.
Ins.
95%
Gráfico 23: Percentual das revendedoras que oferecem pneus usados (sem qualquer
reforma), em bom estado, aos clientes.
33%
Sim
67% Não
Gráfico 24: Motivos pelos quais 67% das revendedoras não oferecem pneus usados, não
reformados, em bom estado a seus clientes.
Gráfico 25: Oferta de pneus reformados aos clientes por parte das revendedoras de pneus.
37
0%
Sim
Não
100%
Do Gráfico 26, pode-se observar que, quanto aos pneus reformados, 67% das
revendedoras de pneumáticos responderam que a reforma de pneus preservam o
meio ambiente e a saúde pública e, para 33% das lojas de revenda de pneus, a
reforma de pneumáticos é econômica para o motorista.
Com relação ao custo do descarte de pneumáticos inservíveis, inúteis para
reforma, conforme se mostra no Gráfico 27, observa-se que 34% das revendedoras
de pneus, assumem o custo do descarte desses pneus inservíveis, para 33% delas,
o reciclador leva esses pneus e, para os outros 33% das revendedoras, o sucateiro
recolhe tais pneus. Embora 34% das revendedoras tenham respondido que arcam
com as despesas do descarte dos pneus inservíveis, estas não definiram para onde
levam esses pneus, se para o aterro controlado de Cruz das Almas, em Maceió, ou
mesmo se descartam em algum terreno baldio. Os 33% dos pneus que são
entregues pelas revendedoras aos sucateiros para serem utilizados em outras
finalidades, também não foram descritos que tipo de outras finalidades são estas.
Quanto aos 33% restantes, que segundo as revendedoras são entregues ao
reciclador, não ficou explicitado quem eram esses recicladores e qual o uso que era
dado aos pneus inservíveis.
Gráfico 26: Opinião das revendedoras de pneus quanto aos pneumáticos reformados.
38
0%
33% 34%
33%
Sim
50% 50% Não
Gráfico 29: Identificação do programa de coleta de pneus usados em que 50% das
revendedoras de pneus participaram.
0%
0%
100%
Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus
39
Mostra-se no Gráfico 30 que 67% dos clientes são incentivados pelas
revendedoras de pneus a deixarem seus pneumáticos velhos na própria loja, mas
33% das lojas de revenda de pneus não utilizam essa prática.
Gráfico 30: Percentual dos clientes que são incentivados pelas revendedoras a deixarem os
pneus velhos na loja.
33%
Sim
Não
67%
0%
0%
33% 34%
33%
Contribiu para a redução do uso de matéria-prima da natureza
Contribui para a redução dos casos de dengue
Contribui para manter o meio ambiente limpo
Não faz nenhuma diferença para a empresa
Outro
40
5.3. Borracharias
No Gráfico 32 mostra-se que, após eventual troca, dos pneus que ficam nas
borracharias, 100% são de carros pequenos.
Gráfico 32: Percentual de pneus que ficam nas borracharias por tipo de veículo.
0%
0% Caminhão
0% Ônibus
Trator
Carros pequenos
100%
Dos pneus que ficam nas borracharias, depois de eventual troca, conforme o
Gráfico 33, 82% deles são inservíveis e 18% são recauchutáveis.
18%
Rec.
Ins.
82%
41
Gráfico 34: Percentual das borracharias que incentivam seus clientes a deixarem os pneus
velhos nas próprias borracharias.
47% Sim
53%
Não
Gráfico 35: Percentual das borracharias que conhecem o destino dos pneus usados nas
próprias borracharias.
13%
Sim
Não
87%
21%
14% 65%
Aterro
Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos - AL.
Outro
42
Figura 5: Pneus deixados em calçadas pelas borracharias para a coleta de lixo.
5.4. Consumidores
43
Gráfico 37: Percentual de consumidores de pneus entrevistados em Maceió, por sexo.
17%
Masculino
Feminino
83%
6%
20-30
0% 31-40
17% 38% 41-50
51-60
39% Mais de 61
0%
28% 28%
44%
44
Ao se perguntar qual a categoria de habilitação dos consumidores de pneus,
56% deles responderam amador e 44% profissional, Gráfico 40.
44% Amador
56% Profissional
11%
Sim
Não
89%
Gráfico 42: Referente às pessoas consultadas serem ou não donos de algum veículo.
22%
Sim
Não
78%
45
Gráfico 43: Percentual dos consumidores entrevistados que receberam orientações para
aumentar a vida útil de pneus.
39%
Sim
61% Não
22%
Sim
Não
78%
6%
Sim
Não
94%
Com relação à aceitação das pessoas quanto aos pneus usados em boas
condições, 50% delas aceitariam esse tipo de pneu, mas as outras 50% rejeitariam,
conforme se observa no Gráfico 46.
46
Gráfico 46: Aceitação quanto aos pneus usados em boas condições.
Sim
50% 50%
Não
O porquê das pessoas não aceitarem pneu usado: 10% dizem ser caro,
devido a menor vida útil, 40% delas afirmam que a qualidade é duvidosa e, para
50% das pessoas entrevistadas, esse pneu não oferece segurança, Gráfico 47.
0%
Caro, devido a menor vida útil
0% Qualidade duvidosa
10% Não oferece segurança
Oferece risco para o meio ambiente
50%
40% Outro
44%
Sim
56%
Não
47
Gráfico 49: Motivos da não aceitação de pneumáticos reformados.
0%
Dura menos que um novo
0%
Tem qualidade duvidosa
0%
Não oferece segurança
30%
Oferece risco ao meio ambiente
Outro.
70%
Com relação ao Gráfico 50, para 50% dos consumidores de pneus a loja
oferece ficar com seu pneu usado após a troca dos pneus e, para os outros 50%
deles, a empresa não oferece essa opção.
Sim
50% 50%
Não
Após a troca de pneus, 53% dos consumidores não levam pneu velho para
casa, mas 47% deles levam, conforme o Gráfico 51.
Gráfico 51: Percentual de consumidores que levam o pneu velho para casa, após a troca.
47% Sim
53% Não
Para os 47% dos consumidores que levam pneu velho para casa, 45% deles
deixam esse pneu na garagem, 11% descartam em terrenos baldios, os outros 11%
deixam para os lixeiros levarem e 33% desses consumidores afirmam dar outro
destino para esse pneu, Gráfico 52.
Gráfico 52: Destino dado pelo consumidor de pneus ao pneu velho levado para casa.
48
33%
45%
0% 0%
11%
0% 0%
11%
49
Figura 7: Pneus descartados em calçadas para a coleta de lixo.
50
Figura 9: Pneu descartado no canteiro central de uma Avenida em Maceió.
0%
Sim
Não
100%
51
Gráfico 54: Benefícios sociais e ambientais da reciclagem ou reforma de pneus.
0%
0%
21%
35%
9%
35%
Redução do consumo de matéria-prima da natureza
Mantém o meio ambiente limpo
Oferece renda para os catadores de pneus
Evitam a dengue
Não trazem benefício algum
Outro
11%
Sim
Não
89%
52
Gráfico 56: Responsabilidade quanto ao descarte adequado de pneumáticos usados.
9% 0%
9% 28%
0%
27%
27%
Do fabricante de pneus
Do reformador de pneus
Do revendedor de pneus
Do motorista ou proprietário do veículo
Das associações de fabricantes e de reformadores de pneus
do IBAMA
Outro
5.5. Entrevista junto ao DER-AL
53
(7) quanto ao órgão participar atualmente de algum programa de coleta e
destinação de pneumáticos: não participa.
(4) o serviço de coleta de pneus hoje: a SLUM não mantém o serviço, mas
recolhe apenas os pneus inservíveis dispostos inadequadamente nas vias públicas e
terrenos baldios;
54
(6) Ecobase: a SLUM não possui;
(7) parceria com outras empresas ou cooperativas para a coleta de pneus: até
março de 2009, a SLUM manteve parceria com a COOPREL.
55
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
57
REFERÊNCIAS
1. Ambiente Brasil. Ambiente Resíduos. Reciclagem de Pneus.
<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?
base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/pneus.html>.
Acesso em: 11 de dezembro de 2008.
3. Araújo, F. C.; Silva, R. J. da. Pneus Inservíveis: análise das leis ambientais
vigentes e processos de destinação final adequados.
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_Enegep1004_1123.pdf>.
Acesso em: 29 de novembro de 2008.
59
8. Brazil Tires. Saiba tudo sobre pneus. Diagonal x Radial.
<http://www.braziltires.com.br/tudosobrepneus/pneus.html#diago>. Acesso
em: 02 de janeiro de 2009.
60
15. Fioriti, C. F. Pavimentos Intertravados de Concreto Utilizando Resíduos de
Pneus como Material Alternativo. Tese de Doutorado. Escola de Engenharia
de São Carlos da Universidade de São Paulo. São Carlos, p. 1-2, 2007.
16. Folha Online Dinheiro. OMC considera discriminatória tarifa brasileira sobre
pneu recauchutado.
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u350871.shtml>. Acesso em: 30 de
novembro de 2008.
61
23. Instituto Tecnológico da Borracha. Heveicultura. Borracha Natural.
<http://www.iteb.org.br/paginas/hevea_borracha_natural.html>. Acesso em:
12 de dezembro de 2008.
24. Monteiro, J. H. P.; Figueiredo, C. E. M.; Magalhães, A. F.; Melo, M. A.; Brito,
J. C. X.; Almeida, T. P. F.; Mansur, G. L. Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Governo
Federal, SEDU, IBAM. Rio de Janeiro, p. 26, 2001.
62
31. Reciclanip. Responsabilidade pós-consumo. Programa de coleta e destinação
de pneus inservíveis. <http://www.reciclanip.com.br/>. Acesso em: 11 de
março de 2009.
36. Valor Online. Brasil fecha acordo com UE e evita retaliação em briga sobre
pneus. <http://www.valoronline.com.br/ValorOnLine/MateriaCompleta.aspx?
tit=Brasil+fecha+acordo+com+UE+e+evita+retaliacao+em+briga+sobre+pneu
s&codMateria=5347633&dtMateria=05+01+2009&codCategoria=15>. Acesso
em: 07 de março de 2009.
63
APÊNDICE
Apresentamos as tabelas com a tabulação dos questionários aplicados com as
empresas reformadoras e revendedoras de pneus, borracharias e também com os
consumidores.
Reformadoras de pneus
3-Quantos pneus
2-Quantos
ficam na
funcionários
reformadora (por 1-Qual é o porte da reformadora?
Reformadora atendem
mês) após a troca
somente na
pelos
troca de pneus?
recauchutados? Pequeno Médio Grande
1 5 40 0 0 1
2 12 0 1 0
3 4 0 0 0 1
Total 0 1 2
% 0% 33% 67%
65
9-Se tiver pneus usados em bom
8-Qual o percentual de pneus que são
estado, sem necessidade de
recauchutáveis e de pneus
Reformadora reforma, a empresa oferece ao
inservíveis?
cliente?
Recauchutáveis Inservíveis Sim Não
1 90 10 1 0
2 90 10 0 1
3 1 0
Total 180 20 2 1
% 90% 10% 67% 33%
Legendas:
Se não, por quê?
A É mais caro para o cliente
B A qualidade é duvidosa
C Não oferece segurança
D São risco ao meio ambiente
E Não é o negócio da loja
F Outro
Legendas:
Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
G São de boa qualidade
H É econômico para o motorista
I Preserva o meio ambiente e a saúde pública
J Não tem diferença comparado a outros pneus
K Outro
66
13-A empresa
12-Se a empresa receber pneus inservíveis, sem
participa de algum
condições de reforma, quem paga o custo do descarte
Reformadora programa de coleta
desses pneus?
de pneus usados?
L M N O Sim Não
1 0 1 0 0 0 1
2 1 0 1 0 0 1
3 1 0 0 0 0 1
Total 2 1 1 0 0 3
% 50% 25% 25% 0% 0% 100%
Legendas:
Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma,
quem paga o custo do descarte desses pneus?
L A própria empresa
M O reciclador que levará o pneu
N O sucateiro que recolherá o pneu
O Outro
Legendas:
Se sim, qual o programa?
P Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus
Solicita à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió -
Q
SLUM através dos pneus inservíveis através do 0800-600-9009
R Outro
17-A
Reformadora
tem o
16-Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os
serviço de
Reformadora sem condições de recauchutagem?
trituração
dos pneus
inservíveis?
S T U V X Sim Não
1 1 1 1 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 0 1
3 1 0 1 0 0 0 1
Total 2 1 3 0 0 0 3
% 33% 17% 50% 0% 0% 0% 100%
Legendas:
Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os sem condições de
recauchutagem?
67
S Contribiu para a redução do uso de matéria-prima da natureza
T Contribui para a redução dos casos de dengue
U Contribui para manter o meio ambiente limpo
V Não faz nenhuma diferença para a empresa
X Outro
Legendas:
Senão, conhece alguma empresa que trabalhe com trituração
de pneus?
Z Maceió
A1 Alagoas fora Maceió
68
Revendedoras de pneus
2-Quantos
funcionários 1-Qual é o porte da revendedora?
atendem
Revendedora
somente na
troca de Pequeno Médio Grande
pneus?
1 3 0 0 1
2 3 0 0 1
3 3 0 0 1
Total 0 0 3
% 0% 0% 100%
6-Orienta o consumidor
5-Conhece a
quanto aos procedimentos
Resolução CONAMA
Revendedora para aumentar a vida do
258/99?
pneu?
Sim Não Sim Não
1 1 0 1 0
2 1 0 1 0
3 0 1 1 0
Total 2 1 3 0
% 67% 33% 100% 0%
8-Qual o percentual
7-Após a troca, quantos pneus ficam na de pneus que são
Revendedora revendedora? recauchutáveis e de
pneus inservíveis?
Caminhão Ônibus Carros pequenos Trator Rec. Ins.
69
1 0 0 0 0,5 95
2 0 0 16 0 10 90
3 0 0 16 0 0
Total 0 0 32 0 10,5 185
% 0% 0% 100% 0% 5% 95%
Legendas:
Se não, por quê?
A É mais caro para o cliente
B A qualidade é duvidosa
C Não oferece segurança
D São risco ao meio ambiente
E Não é o negócio da loja
F Outro
Legendas:
Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
G São de boa qualidade
H É econômico para o motorista
I Preserva o meio ambiente e a saúde pública
J Não tem diferença comparado a outros pneus
K Outro
70
14-A empresa
participa de
13-Se a empresa receber pneus
algum
inservíveis, sem condições de reforma,
programa de
Revendedora quem paga o custo do descarte desses
coleta de
pneus?
pneus
usados?
L M N O Sim Não
1 0 0 1 0 0 0
2 0 1 0 0 1 0
3 1 0 0 0 0 1
Total 1 1 1 0 1 1
% 33% 33% 33% 0% 50% 50%
Legendas:
Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma,
quem paga o custo do descarte desses pneus?
L A própria loja
M O reciclador que levará o pneu
N O sucateiro que recolherá o pneu
O Outro
16-Os clientes
são incentivados
15-Se sim, qual programa? a deixarem seus
Revendedora pneus velhos na
loja?
P Q R Sim Não
1 0 0 0 1 0
2 1 0 0 0 1
3 0 0 0 0 1
Total 1 0 0 1 2
% 100% 0% 0% 33% 67%
Legendas:
Se sim, qual programa?
Programa Rodando Limpo da BS Colway
P
Pneus
Solicita à Superintendência de Limpeza
Q
Urbana de Maceió - SLUM a coleta dos pneus
inservíveis através do 0800-600-9009
R Outro
71
Legendas:
Qual a opinião da empresa com relação à reciclagem de
pneus inservíveis, os sem condições de recauchutagem?
S Contribiu para a redução do uso de matéria-
prima da natureza
T Contribui para a redução dos casos de dengue
U Contribui para manter o meio ambiente limpo
V Não faz nenhuma diferença para a empresa
X Outro
72
Borracharias
3-Pneus
1-Quantos
Borrachari 2-Quantos pneus ficam na borracharia após recauchutáveis
Bairro atendentes
a eventual troca? e inservíveis
na troca?
após troca.
Carros
Caminhão Ônibus Trator Rec. Ins.
pequenos
1 Jatiúca 2 0 0 0 3 0 2
2 Jatiúca 1 0 0 0 1 2 2
3 Jatiúca 1 0 0 0 7 2 2
4 Jatiúca 2 0 0 0 28 2 16
5 Jatiúca 2 0 0 0 0 0 0
6 Jatiúca 1 0 0 0 2 0 2
7 Jatiúca 1 0 0 0 5 0 5
8 Poço 1 0 0 0 2 0 12
9 Poço 1 0,2 0,1 0 1,5 0,5 1,2
10 Poço 1 0 0 0 6 3 3
11 P. Verde 1 0 0 0 3 0 2
12 P. Verde 4 0 0 0 3 0 3
13 Jacintinho 3 0 0 0 10 2 8
14 Jacintinho 1 0 0 0 0 2 2
15 Jacintinho 1 0 0 0 1 0 1
Total 0,2 0,1 0 72,5 13,5 61,2
% 0,3% 0,2% 0,0% 99,5% 18,1% 81,9%
Obs.: Cimpor: Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos - AL.
Aterro: Serviço de coleta de lixo de Maceió cujo destino é o aterro controlado de
Cruz das Almas.
4-Orienta
clientes 5-Sabe para
6-Se sim, para onde vão
Borracharia deixarem pneus onde vão os
os pneus velhos?
velhos na pneus usados ?
borracharia?
Sim Não Sim Não Aterro Cimpor Outro
1 0 1 1 0 1 0 0
2 0 1 1 0 1 0 0
3 1 0 1 0 1 0 0
4 1 0 1 0 0 1 0
5 0 1 0 1 0 0 0
6 1 0 1 0 1 0 0
7 1 0 1 0 1 0 0
8 1 0 1 0 0 0 1
9 0 1 1 0 1 0 0
10 0 1 1 0 1 1 0
11 0 1 0 1 0 0 0
12 0 1 1 0 1 0 0
13 1 0 1 0 1 0 0
14 0 1 1 0 0 0 1
15 1 0 1 0 0 0 1
Total 7 8 13 2 9 2 3
% 47% 53% 87% 13% 64% 14% 21%
73
Obs.:
Fábrica de Cimento Cimpor em São Miguel dos Campos -
Cimpor: AL.
Para onde vão os pneus velhos:
Borracharia Opção outro
8 Aracaju, fabricação de asfalto.
14 Antes, Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus.
Agora sem destino certo.
15 Reciclagem.
Consumidores de pneus
Legenda:
Grau de instrução
A 1º Grau completo ou incompleto.
B 2º Grau completo ou incompleto.
C Universitário completo ou incompleto.
D Pós-graduado completo ou incompleto.
74
7-Você recebeu
alguma 8-Você leu o
6-Você é orientação do manual do veículo
4-Qual a categoria da 5-Você já
dono de vendedor sobre sobre os
Cons. sua carteira de comprou
algum procedimentos procedimentos
habilitação? pneus?
veículo? para aumentar a p/aumentar a vida
vida útil dos útil do pneu?
pneus?
75
Amador Profissional Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não
1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
2 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
3 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0
4 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
5 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
6 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
7 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1
8 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0
9 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1
10 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0
11 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
12 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1
13 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1
14 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0
15 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1
16 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1
17 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1
18 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
Total 10 8 16 2 14 4 7 11 4 14
% 56% 44% 89% 11% 78% 22% 39% 61% 22% 78%
Legenda:
Grau de instrução
1 1º Grau completo ou incompleto.
2 2º Grau completo ou incompleto.
3 Universitário completo ou incompleto.
4 Pós-graduado completo ou incompleto.
10-Se lhe
9-Você tem oferecerem
conhecimento do pneu usado
11-Se não, por que não aceitaria pneu
Cons. sistema de em boas
usado?
balanceamento e condições,
rodízio dos pneus? você
aceitaria?
Sim Não Sim Não E F G H I
1 1 0 1 0 0 0 0 0 0
2 1 0 0 1 0 0 1 0 0
3 1 0 1 0 0 0 0 0 0
4 1 0 0 1 0 1 0 0 0
5 1 0 1 0 0 0 0 0 0
6 1 0 0 1 0 1 0 0 0
7 1 0 1 0 0 0 0 0 0
8 1 0 0 1 0 1 0 0 0
9 0 1 0 1 1 0 0 0 0
10 1 0 1 0 0 0 0 0 0
11 1 0 1 0 0 0 0 0 0
12 1 0 1 0 0 0 0 0 0
13 1 0 0 1 0 1 1 0 0
14 1 0 0 1 0 0 1 0 0
15 1 0 1 0 0 0 0 0 0
16 1 0 1 0 0 0 0 0 0
76
17 1 0 0 1 0 0 1 0 0
18 1 0 0 1 0 0 1 0 0
Total 17 1 9 9 1 4 5 0 0
% 94% 6% 50% 50% 10% 40% 50% 0% 0%
Legenda:
Se não, por que não aceitaria?
E Caro, devido a menor vida útil
F Qualidade duvidosa
G Não oferece segurança
H Oferece risco para o meio ambiente
I Outro
Legenda:
Se não, por que não aceitaria o pneu reformado?
J Dura menos que um novo
L Tem qualidade duvidosa
M Não oferece segurança
N Oferece risco ao meio ambiente
O Outro.
15-Após a troca de
pneu, você costuma
Cons. 16-Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
levar o pneu usado
para casa?
Sim Não P Q R S T U V X
1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
77
2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
5 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
6 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
9 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
10 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0
11 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
12 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
13 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
14 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
15 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
17 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0
18 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Total 8 9 4 0 0 1 1 0 0 3
% 47% 53% 44% 0% 0% 11% 11% 0% 0% 33%
Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
P Deixo ele na garagem
Q Uso para confecção de algum artesanato
R Uso para a confecção de brinquedo (play graund)
S Acabo descartando em terreno baldio
T Deixo para os lixeiros levarem
U Vendo para sucateiros
V Entrego ou vendo o pneu para algum programa de coleta
X Outro
17-Você
conhece
algum 18-Quais são, em sua opinião, os benefícios
Cons. programa de ambientais e sociais que reciclagem ou reforma
coleta de de pneus oferece?
pneus usados
em Maceió?
Sim Não Z A1 B1 C1 D1 E1
1 0 1 1 0 0 0 0 0
2 0 1 1 0 0 0 0 0
3 0 1 1 1 0 0 0 0
4 0 1 0 1 0 0 0 0
5 0 1 0 0 0 1 0 0
6 0 1 0 1 0 0 0 0
7 0 1 1 1 1 1 0 0
8 0 1 0 1 1 1 0 0
9 0 1 0 1 0 0 0 0
10 0 1 1 1 0 1 0 0
11 0 1 0 1 0 0 0 0
12 0 1 1 1 0 1 0 0
13 0 1 1 0 0 0 0 0
14 0 1 1 0 0 0 0 0
78
15 0 1 1 1 0 0 0 0
16 0 1 1 1 0 1 0 0
17 0 1 1 0 0 0 0 0
18 0 1 1 1 1 1 0 0
Total 0 18 12 12 3 7 0 0
% 0% 100% 35% 35% 9% 21% 0% 0%
Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
Z Redução do consumo de matéria-prima da natureza
A1 Mantém o meio ambiente limpo
B1 Oferece renda para os catadores de pneus
C1 Evitam a dengue
D1 Não trazem benefício algum
E1 Outro
19-Você
conhece a
Resolução
CONAMA
258/99, que 20-De quem é a responsabilidade, em sua opinião, pelo
Cons.
trata do descarte adequado de pneus usados?
descarte
adequado de
pneus
inservíveis?
Sim Não F1 G1 H1 I1 J1 K1 L1
1 0 1 0 0 1 1 0 0 0
2 1 0 0 0 0 1 0 0 0
3 1 0 1 0 1 0 0 0 0
4 0 1 0 0 0 0 1 1 0
5 0 1 0 0 1 0 0 0 0
6 0 1 1 0 0 0 0 0 0
7 0 1 1 0 0 0 0 0 0
8 0 1 0 0 0 0 0 1 0
9 0 1 0 0 1 0 0 0 0
10 0 1 0 0 0 0 1 0 0
11 0 1 1 0 0 0 0 0 0
12 0 1 0 0 0 1 0 0 0
13 0 1 1 0 0 0 0 0 0
14 0 1 0 0 1 0 0 0 0
15 0 1 0 0 1 1 0 0 0
16 0 1 0 0 0 1 0 0 0
17 0 1 0 0 0 1 0 0 0
18 0 1 1 0 0 0 0 0 0
Total 2 16 6 0 6 6 2 2 0
% 11% 89% 27% 0% 27% 27% 9% 9% 0%
Legenda:
Se sim, o que costuma fazer com esse pneu?
F1 Do fabricante de pneus
G1 Do reformador de pneus
H1 Do revendedor de pneus
I1 Do motorista ou proprietário do veículo
79
J1 Das associações de fabricantes e de reformadores de pneus
K1 do IBAMA
L1 Outro
80
ANEXO
QUESTIONÁRIOS
Modelos de questionários – para os diversos setores (sem as respostas)
Prezados Sr(a)s.
Atenciosamente,
Letácio Júnior
83
10) Se não, por quê?
( ) É mais caro para o cliente;
( ) A qualidade é duvidosa;
( ) Não oferece segurança;
( ) São risco ao meio ambiente;
( ) Não é o negócio da loja;
( ) Outro. Especificar:
12) Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma, quem paga
o custo do descarte desses pneus?
( ) A própria empresa;
( ) O Reciclador que levará o pneu;
( ) O sucateiro que recolherá o pneu;
( ) Outro. Especificar:
84
16) Qual é a opinião da empresa com relação à reciclagem de pneus inservíveis, os
sem condições de recauchutagem?
( ) Contribui para a redução do uso de matéria-prima da natureza;
( ) Contribui na redução de casos de Dengue;
( ) Contribui para manter limpo o meio ambiente;
( ) Não faz nenhuma diferença para a empresa;
( ) Outra opinião. Especificar:
19) Se não, conhece alguma empresa que trabalhe com trituração de pneus em:
(a) Maceió?
Especificar:
(b) Alagoas, fora Maceió?
Especificar:
Fonte: Autor; Goto (2007); Santos (2002).
Questionário para as Revendedoras de Pneus
Por favor, responder as questões abaixo:
85
4) Quantos pneus são trocados por dia?
Especificar por tipo:
Caminhão Ônibus Trator Carros pequenos
86
12) Quanto aos pneus reformados, qual a opinião da empresa?
( ) São de boa qualidade;
( ) É econômico para o motorista;
( ) Preserva o meio ambiente e à saúde pública;
( ) Não tem diferença comparado a outros pneus;
( ) Outra. Especificar:
13) Se a empresa receber pneus inservíveis, sem condições de reforma, quem paga
o custo do descarte desses pneus?
( ) A própria loja;
( ) O Reciclador que levará o pneu;
( ) O sucateiro que recolherá o pneu;
( ) Outro. Especificar:
88
Questionário para as Borracharias
Por favor, responder as questões abaixo:
89
2) Qual a sua faixa etária?
( ) De 20 a 30 anos; ( ) De 41 a 50 anos; ( ) Mais de 61 anos.
( ) De 31 a 40 anos; ( ) De 51 a 60 anos;
14) Quando você troca de pneu, a loja oferece ficar com seu pneu usado?
( ) Sim ( ) Não
15) Após a troca de pneu, você costuma levar o pneu usado para casa?
( ) Sim ( ) Não
18) Quais são, em sua opinião, os benefícios ambientais e sociais que reciclagem ou
reforma de pneus oferece?
( ) Redução do consumo de matéria-prima da natureza;
( ) Mantém o meio ambiente limpo;
( ) Oferece renda para os catadores de pneus;
( ) Evitam a Dengue;
( ) Não trazem benefício algum;
( ) Outro. Especificar:
92
Entrevista junto ao Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas – DER-
AL
6) Se sim, o DER-AL conhece empresas que prestam esse tipo de serviço e que
poderiam ser suas parceiras em Alagoas?
( ) Sim ( ) Não
93
9) Se participou, quando e em qual programa?
( ) Em 2006, no Programa Rodando Limpo da BS Colway Pneus;
( ) Outro. Especificar:
96