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Curso de Bateria

Capítulo 1: Introdução ao estudo

Antes de começarmos o curso, vamos explicar de que maneira é


composta a bateria para aí sim dar prosseguimento aos estudos,
exercícios e técnicas principais.

Ela é formada da união de vários instrumentos: O BUMBO, A CAIXA,


CHIMBAL, PRATO, SURDO E OS TONS. Para tocar bateria utilizamos as
BAQUETAS que devem ser de um tamanho médio (5A) para um
iniciante.

As baquetas fazem o contato entre nosso corpo (mãos) e a bateria, de


forma que devemos prestar muita atenção neste item, pois desse
contato resultará uma boa execução musical. Devemos segurar a
baqueta entre a 1ª e a 2ª parte dela, imaginado que devemos dividi-la
visualmente em 3 partes iguais. A maioria das baquetas são feitas de
madeira, com ponta de madeira ou de nylon.
Baquetas com ponta de madeira: possui um som mais "aveludado"
ao tocar nas peças da bateria e principalmente nos pratos.

Baquetas com ponta de nylon: a característica destas baquetas é o


timbre mais aberto destacando os agudos de cada peça. Para entender
melhor, toque o prato de condução com a ponta de nylon e depois
toque o mesmo prato com uma baqueta com ponta de madeira - você
perceberá a diferença de timbre do mesmo prato.
Vassourinhas (brushes): Muito usada no jazz, a vassourinha é
usada de uma forma diferente na bateria. Para extrairmos um som
com elas, na maioria das vezes fazemos movimentos circulares na pele
da caixa. Pode ser tocada com se fosse uma baqueta comum, com a
característica de um timbre muito suave.

Baquetas com ponta de feltro: (timpani mallets) Usada por


percussionistas de música clássica para tocar o tímpano (instrumento
de percussão usado em orquestra sinfônica). Os bateristas usam muito
este tipo de baqueta para extrair um som mais encorpado do prato
sem o contato áspero da baqueta com o metal e sim o contato do
feltro com o metal. O resultado é um som suave, fazendo o prato
vibrar muito sem que se percebam os movimentos que estamos
fazendo para emitirmos o som.
Capítulo 2: Conhecendo o Instrumento

Bom, agora vamos conhecer todas as peças que compõem uma


bateria:

• PRATO

Há 2 tipos de pratos que podemos chamar de base:

· Condução (ride) - onde conduzimos a música.


Nele também podemos usar a Cúpula (Bell ride).
· Ataque (crash) - usado para início do tema, um acento na música ou
final de um fill (que é a "uma virada" nos tons e tambores, terminando
no prato de ataque.

Como os pratos da bateria são também peças extremamente


delicadas, cuidado no transporte. Ao tocar nos pratos mais finos, a
intensidade com que se toca deve ser menor pois ele soará
perfeitamente com um simples toque com a baqueta.
• TAMBOR (Contra-Surdo)

Depois do bumbo, é a peça mais grave da batera.


Faz a ligação dos toms para o bumbo.

A afinação do tambor é médio-grave ou grave.


Para deixá-lo com estas características mantenha a pele do tambor
levemente solta. A pele resposta deve estar mais apertada do que a
pele de ataque.

Ao afinar dê o mesmo número de volta em todos os parafusos.


Para checar a afinação da peça, toque a pele levemente com a chave
de afinar perto de cada parafuso (aproximadamente 2 cm, do aro para
a pele) e perceba se todos os parafusos estão dando o mesmo
harmônico. Se estiverem tudo igual, ótimo! Você deverá tocar a peça
com a baqueta para sentir se é realmente esse o som que você quer.
Se quiser um som mais grave (soltar mais os parafusos) ou mais
agudo (apertar mais os parafusos).

(Imagem do Contra-Surdo)

• TOM-TOM

É onde damos o "colorido" extra no ritmo que estamos tocando.


Basicamente as baterias vem com 2 toms.
Eles são afinados da seguinte maneira:
Tom 1 (menor) - som mais agudo.
Tom 2 (médio) - som mais médio.

Ao afinar dê o mesmo número de volta em todos os parafusos. Para


checar
a afinação da peça, toque a pele levemente com a chave de afinar
perto de cada parafuso (aproximadamente 2 cm, do aro para a pele) e
perceba se todos os parafusos estão dando o mesmo harmônico. Se
estiverem tudo igual, ótimo!
Você deverá tocar a peça com a baqueta para sentir se é realmente
esse o som que você quer. Se quiser um som mais grave
(soltar mais os parafusos) ou mais agudo (apertar mais os parafusos).

• CAIXA/ARO

Usada em combinação com o bumbo na execução de quase todos os


ritmos o som dela é na maioria das vezes seco e médio-grave.
É nela que treinamos a maior parte das técnicas das mãos.

Ao afinar dê o mesmo número de volta

(Imagem da Caixa)

• BUMBO [Bass drum]

É a peça mais grave da bateria. Tem um som forte, geralmente mais


abafado que as outras peças da bateria - exceto no jazz, bossa-nova,
e
ritmos mais "excêntricos", que costumam deixá-lo sem o abafador
ou pouco abafado.

Ao afinar dê o mesmo número de volta em todos os parafusos.


Para um som mais grave, deixe a pele onde o pedal toca mais solto
que a da frente.
Para abafar o bumbo, é aconselhável colocar uma espuma que toque
ambas as peles.
• CYMBAL

Usamos o cymbal para fazermos a condução na música.


Seu som é agudo e é formado por dois pratos que se tocam no
momento que acionamos o pedal da máquina de cymbal com o pé.

(Imagem do Cymbal)

Procure proteger os pratos de cima usando feltros para prendê-los na


presilha.

Estes feltros devem ser colocados da seguinte forma:


Todo o cuidado com esta peça é pouco.
Por se tratar de uma das peças mais complexas da bateria, evite
transportá-lo pelo varão (peça onde é preso o prato de cima) e nunca
coloque a baqueta entre os pratos e acione a máquina.

• PEDAL DE BUMBO

Preso na base do bumbo é com ele que tocamos o bumbo.

Como se trata de uma peça mecânica, sempre que possível faça uma
limpeza no pedal, removendo toda a poeira e lubrificando (sem
exageros) todas as partes que necessitam desta manunteção.

A mola do pedal não deve estar nem muito solta (pois o pedal irá
demorar
para voltar ao seu ponto de repouso) e nem muito esticada (pois ele
ficará muito pesado para ser acionado, dificultando os toques mais
rápidos).

(Imagem do Pedal do Bumbo)

Capítulo 3: Posição

Este é um fator importante, pois pense em dirigir um carro onde o


banco não está posicionado para você. O que fazer? Arrumá-lo antes
de ligar o carro. Da mesma forma, devemos ter todos os instrumentos
da bateria (caixa, pratos, etc...) à nossa mão, ajustados de maneira
que não nos cause desconforto durante a execução.

LEMBRE-SE:
Aquele lance de “prato no céu” é coisa para videoclipe! Tudo tem que
estar bem próximo a você, ok?

PÉS

O pé direito (Bumbo) tem duas maneiras de tocá-lo no pedal de


bumbo. 1ª) PÉ CHAPADO: Onde o pedal é acionado com o calcanhar
abaixado na sapata.

2ª) PÉ LEVANDO: Onde o pedal é acionado com o calcanhar


levantado na sapata.

A primeira posição é mais indicada para músicas mais lentas e a


segunda posição é mais indicada para músicas com mais pegada,
como o rock e o funk.

O pé esquerdo (Chimbal) segue o mesmo exemplo do pé direito.

Capítulo 4: Dicas Iniciais

Antes de começarmos a nos aprofundar nos assuntos técnicos


relacionados à Bateria, gostaria de estar dando a vocês alguns toques
que tenho aprendido durante todos esses anos lecionando e tocando
bateria. Para nos tornarmos bons músicos, é necessário alguns
quesitos básicos: A Dedicação, o Empenho, a Perseverança e o
mais importante, disciplina e paciência (e muita paciência consigo
mesmo).

O aluno iniciante geralmente está “cheio de gás”, louco para tocar,


então, o que ele mais quer é comprar logo a sua Batera e ficar tocando
o dia inteiro. Durante essa fase, é natural que esse “gás” vá
diminuindo, mas enquanto isso não acontece, o aluno poderá sentir
dores nas costas, nos braços e nas pernas.

Por isso é recomendável antes de começar a tocar, fazer um leve


relaxamento dos braços, pernas e mãos. Utilize algum exercício para
relaxamento que acione bastante os pulsos, tornozelo e as juntas dos
braços e pernas.

Amigo não adianta você sentar na sua batera 8 horas no fim-de-


semana sendo que durante a semana você não dá nem um bom dia à
sua amiga! O ideal é você “vê-la” pelo menos um pouquinho todos os
dias.

Além do que, se você tocar 8 horas de bateria num só dia, você, com
certeza, vai deixar todos em sua casa loucos. É muito importante que
todos na casa cheguem a um acordo quanto aos dias em que você
pode tocar, a que horas e o mais importante quanto tempo.

Negocie até mesmo com os vizinhos, porque nada mais chato do que
você estar fazendo um som na sua batera e o vizinho “enchendo o
saco”. Mas temos que entender que nem todos gostam do “barulho”
maravilhoso da Bateria!

Um Pouco Sobre Partitura

Finalmente chegou a hora de tocarmos o nosso instrumento, sempre


se lembrando daqueles conceitos que foram dados no começo do curso
(baquetas, posição do instrumento, pés, etc...).

Para que possamos praticar os exercícios, é necessário fazermos uma


introdução á partitura, mas não se preocupem pois, vou passar esse
assunto de maneira bem rápida e fácil.
Numa primeira fase não nos preocuparemos com a parte teórica pois,
mais adiante veremos o assunto com mais profundidade , o objetivo é
fazer com que o aluno toque e com isso consiga estar trabalhando a
sua coordenação motora

Definição

É composto de um conjunto de 5 linhas e 4 espaços,chamado pauta


,aonde são escritas as notas musicais (DÓ,RÉ,MI,FÁ,SOL,LÁ,SI) . No
caso da bateria essas linhas e espaços significam uma peça da bateria
a ser tocada.

Sendo que no começo utilizaremos apenas as linhas 1 (bumbo) , 3


(caixa) e 5 (chimbal com a mão ).

Utilizaremos um sistema de contagem que vai do 1 ao 4, como se


fosse o andamento de um relógio, com intervalos regulares. Comece
contando 1, 2 , 3 e 4 , com a voz , sempre devagar . Agora adicione a
mão direita no chimbal caindo exatamente junto com a sua contagem.
Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Algumas são mais
coordenadas que outras. Alguns de nós apenas temos que praticar um
pouco mais. Mas não importa o quanto natural você é quando toca
bateria, a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá
que trabalhar (praticar).

Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de


incluírmos os pés. Toque cada exercício 4 vezes e vá direto para o
seguinte SEM PARAR

Legenda: D - mão direita; E - mão esquerda; P - pé

Exercício de coordenação nº 1 - repetir 4 vezes cada exercício.

1) D D D D D D D D 2) D D D D D D D D 3) D D D D D D D D
E E E E E E E E E E

4) D D D D D D D D 5) D D D D D D D D 6) D D D D D D D D
E E E E E E E E E E E E

7) D D D D D D D D 8) D D D D D D D D 9) D D D D D D D D
E E E E E E E E E E E E E E E E

10) D D D D D D D D
E E E E E E

Quando você repete um exercício várias vezes, é possível que você


perca a concentração. Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o
exercício. Talvez o próximo exercício exija uma maior coordenação que
o anterior.

Exercício de coordenação nº 2 - repetir 2 vezes cada exercício


anterior, porém, mais rápido.

Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro, é hora de


aprender algo sobre o bumbo./p>

Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores, mas depois


do quarto compasso eles ficam um pouco mais difíceis. Cada compasso
possui um padrão diferente. Verifique que todos os exercícios estão
em compassos quaternários (4 tempos). Procure contar os tempos em
voz alta, isso ajuda saber em que tempo você está.

Exercício de coordenação nº 3 - repetir 4 vezes cada exercício.


1) D D D D D D D D 2) D D D D D D D D 3) D D D D D D D D
P P P P P P

4) D D D D D D D D 5) D D D D D D D D 6) D D D D D D D D
P P P P P P P P

7) D D D D D D D D 8) D D D D D D D D 9) D D D D D D D D
P P P P P P P P P P P

10) D D D D D D D D
P P P P P

Você está pronto para tentar num andamento mais rápido? Não se
preocupe se você não conseguir fazer o exercício todo na primeira vez
que tentar. Concentre-se no exercício, persista. Se você não consegue
hoje, esteja certo de que conseguirá na próxima semana.

Exercício de coordenação nº 4 - repetir 2 vezes cada exercício


anterior, porém, mais rápido.

Daqui para a frente começaremos a ler MÚSICA! Isso realmente não é


muito difícil de se fazer, mas por algumas razões, metade dos
bateristas que tocam por aí não dão atenção para a leitura. É muito
mais fácil aprender lendo os exercícios e vir a entender o que
realmente está "havendo" na música, do que tocando de "ouvido".

Nesta lição veremos alguns ritmos de Rock usando o CHIMBAL, CAIXA


e BUMBO, mas antes de começar com os ritmos, vamos fazer alguns
exercícios preparatórios.

Faça estes exercícios várias vezes prestando atenção no andamento e


procurando aplicar a mesma força para todas as notas. Não se
esqueça de usar as manulações pedidas.
Antes de entrarmos no exercício, vamos aprender um pouco mais
sobre os termos musicais. No começo do exercício (ou de uma
música), há um símbolo que nos informa quantos tempos há em um
compasso e qual nota vai a cada tempo. Este símbolo é chamado de
FRAÇÃO ou FÓRMULA DE COMPASSO.

Por que a fórmula de compasso é tão importante? Nem todas as


músicas têm quatro tempos, ou quatro semínimas por tempo. Você já
ouviu um tipo de música chamada "Valsa"? A Valsa possui 3 tempos
por compasso (1 2 3 1 2 3). O "Samba" possui 2 tempos por
compasso (1 2 1 2).

Muitos tipos de música de várias culturas possuem 6 ou 7 tempos por


compasso. Podemos também usar várias fórmulas de compasso na
mesma música. Por exemplo: 12 compassos de 4 tempos, depois 8
compassos de 6 tempos, novamente 12 compassos de 4 tempos, etc.

Por enquanto ficaremos com o compasso quaternário, onde a


semínima vale um tempo. Portanto, nossa primeira fórmula de
compasso será 4/4, que quer dizer:
Faremos agora alguns exercícios usando CAIXA, BUMBO e CHIMBAL.
Note que o chimbal deve ser tocado simultaneamente, ora com a
caixa, ora com o bumbo.
Introdução aos Rudimentos

Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente


não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer
tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a
paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente
um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem
que PRATICAR!

Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a


caixa numa posição confortável, que permita que você mantenha os
braços e ombros completamente relaxados e a coluna reta. Na hora de
comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo
que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As
cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição
confortável da coluna (evite lesões e esforços desnecessários!).

Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound


Strokes). Se você jogar uma bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai
completar uma série de "pulos", até que perca a força. Para sustentar
o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a
"pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da
baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o
retorno da baqueta.

Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e


com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados
como se estivesse dando "tchau". Faça o mesmo movimento, porém,
com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso.
Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e
consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os
movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses
movimentos mais adiante.

Posição correta dos dedos para segurar a baqueta

É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e


braços ao segurar a baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e
aplicarmos os movimentos de upstroke, downstroke e tap, assim como
o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria.

1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada


modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você
deve descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e
procurando obter o maior número de rebotes possível.
2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos
restantes encostem-se à baqueta sem agarrá-la. Apertar
demasiadamente a baqueta apenas provoca tensão, o que trará
dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.

3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos


conceitos da mão direita.

Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a


palma das mãos para baixo. Assim, as baquetas formarão um ângulo
de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente
relaxados.

Procure tocar todas as notas no centro da pele, isso fará com que as
duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto
da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais
fraco é o som.

Verifique a "pegada" em vários ângulos:

Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai
isolar 8 batidas para cada mão e poderá se concentrar nos Rebotes.
Use um movimento completo do pulso para cada batida, mas lembre-
se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta.
Permaneça o mais relaxado possível!

DDDD DDDD EEEE EEEE

Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para


desenvolver uma coordenação entre as mãos. Usaremos D para a
mão direita e E para a mão equerda. O propósito dos exercícios é
de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas,
não importando se estamos tocando rápido ou devagar.

Algumas coisas que devemos observar:


• Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço
somente se move em reação ao pulso);
• Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na
caixa;
• O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao
corpo;
• A ponta da baqueta deve bater no centro da pele;
• Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade).

Manulações:

1. Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão


esquerda
DDDD DDDD EEEE EEEE
2. Quatro toques para cada mão
DDDD EEEE DDDD EEEE
3. Dois toques para cada mão
DDEE DDEE DDEE DDEE
4. Um toque para cada mão
DEDE DEDE DEDE DEDE
5. Combinação de mãos 1
DEDD EDEE DEDD EDEE
6. Combinação de mãos 2
DEED EDDE DEED EDDE
7. Combinação de mãos 3
DDED EEDE DDED EEDE
8. Combinação de mãos 4
DEDE EDED DEDE EDED

Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus
parabéns. Você prestou atenção nos movimentos dos pulsos e
manteve um andamento constante? São em exercícios como estes que
devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você
quer ser um grande músico, comece agora e exija disciplina de você
mesmo!

Rudimentos

É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio


sôbre as duas mãos, não importando se ele é canhoto ou destro. É o
que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto de vista técnico,
o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e
equilíbrio entre as duas mãos; resistência e velocidade. Por isso,
torna-se fundamental a prática dos rudimentos.

No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio,


Condição...". Os rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da
percussão em todo mundo. Você deve começar, aprendendo os
rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se
você quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se
você vai tocar caixa numa Banda Militar ou bateria numa Banda de
Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos!

Os Rudimentos são divididos em "famílias":

• a família do Paradiddle
• a família do Single Stroke (toque simples)
• a família do Double Stroke (toque duplo)
• a família do Flam
• a família do Drag

Correção do Papa Mama

Quando começamos a estudar o papa mama, é muito comum


acentuarmos a primeira nota, o que ocasiona uma desigualdade entre
as batidas. Para corrigir isso, vamos praticar um exercício chamado de
correção do papa mama. Neste exercício não acentuaremos nenhuma
nota, mas o simples fato de termos o chimbal tocando
simultaneamente na segunda mão direita, ou na segunda mão
esquerda, faz com que a segunda nota tenha uma certa ênfase.
Lembre-se de começar o estudo num andamento confortável, onde
você possa observar os movimentos que está executando. Use sempre
o metrônomo para controlar e "medir" o seu desenvolvimento.
Estudo das Tercinas em Bumbo e Caixa

Estes exercícios vão nos ajudar a desenvolver uma coordenação entre


as mãos e pés, usando as tercinas. Repita cada exercício quantas
vezes forem necessárias, até obter contrôle sobre ele. Trabalhe
inicialmente num andamento moderado e tente manter as duas vozes
(bumbo e caixa) equilibradas. Esteja certo de que o bumbo não está
nem mais alto (forte), nem mais baixo (fraco) que a caixa.
Single Paradiddle

O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender


no Single Paradiddle serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas
que você vai usar quando tocar um instrumento de percussão.
Trabalhe duro para dominar cada conceito. Não "corra" simplesmente
através dos exercícios. Vamos manter a cabeça aberta para
aprendermos novos conceitos.

O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o


downstroke, o upstroke e o tap. Se você conhece o Paradiddle
simplesmente como uma combinação de mãos, veremos aqui, alguns
conceitos preparatórios:

Downstroke - toda vez que você bate (toca) num tambor, a baqueta
sobe, em reação à força aplicada. Aprender a controlar a pressão da
baqueta antes dela tocar na pele, é um dos aspectos mais importantes
para se tocar bateria. Para se tocar o downstroke ou toque acentuado
corretamente, você deve apertar levemente a mão na hora do impacto
para controlar o rebote natural (sem esmagar a baqueta na pele).
Levante a baqueta na altura do ombro, mas mantenha o antebraço
próximo ao corpo. Agora toque na caixa, apertando um pouco a
baqueta na hora do impacto. A baqueta deve parar não mais que 2
centímetros acima da pele.
Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos
separados: o downstroke e o movimento de levantar a baqueta.

Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na


pele, mas relaxe imediatamente após o impacto.

Upstroke - o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços


e pulsos quando tocamos os acentos.
Para tocar o upstroke, comece com a baqueta mais ou menos 2
centímetros acima da pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso
desce levemente. Continue o movimento do braço e traga a baqueta
na altura do ombro, este é o upstroke completo.

Up e Downstroke no paradiddle - vamos agora dar uma "parada"


no movimento do upstroke. Esta "parada" se refere ao movimento do
pulso quando toca a nota não acentuada.

É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de


diferentes movimentos, não apenas como uma combinação de toques
simples e duplos.
Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento
relaxado do braço, parando a baqueta mais ou menos 2 cm acima da
pele depois do impacto. Fique o mais relaxado possível no upstroke e
toque-o bem suave.

Finalizando o Paradiddle

Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo. Antes de iniciá-


lo, esteja certo de que você não tem nenhuma dúvida sôbre os
conceitos anteriores (up e downstroke).

Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle, são as duas


notas "suaves" tocadas com a mesma mão. Para os taps, levante a
baqueta uns 2 centímetros da pele, mantendo o pulso livre de
qualquer tensão.

Assim temos o paradiddle completo:

CURSO
DE

BATERIA

Professor: Ruan Coutinho

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