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• Manifesto
Local, data e assinatura: todo manifesto deve ser assinado, seja pelas pessoas que
participaram da produção do texto, seja pelas que apóiam o que está sendo firmado.
Exemplo:
• Artigo de Opinião
O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu
posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto,
o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes
e admissíveis.
Logo, as idéias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor,
e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados,
além de assinar o texto no final.
Contudo, em vestibulares, a assinatura é desnecessária, uma vez que pode identificar
a autoria e desclassificar o candidato.
É muito comum artigos de opinião em jornais e revistas. Portanto, se você quiser
aprofundar mais seus conhecimentos a respeito desse tipo de produção textual, é só procurá-lo
nestes tipos de canais informativos. A leitura é breve e simples, pois são textos pequenos e a
linguagem não é intelectualizada, uma vez que a intenção é atingir todo tipo de leitor.
Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que
consiste na tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a
opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo
emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas.
Como dito anteriormente, a linguagem é objetiva e aparecem repletas de sinais de
exclamação e interrogação, os quais incitam à posição de reflexão favorável ao enfoque do
autor.
Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude,
favoreça, exija, etc.) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e,
mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que, etc.) e dão maior clareza às
idéias.
Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que se trata de um texto com marcas
pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira
pessoa.
Exemplo:
PREVENIR OU REMEDIAR?
Por Cassildo Souza(*)
Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questão que não pode
ser colocada em segundo plano certamente é a descriminalização do aborto. Os que defendem
tal legalidade afirmam que, uma vez aprovada, a lei priorizaria o acesso a métodos seguros de
extração, em caso de gravidez indesejada, com a justificativa se preservar a vida da mãe.
Porém, o caminho mais coerente seria incentivar a prevenção, ao invés de se alimentar a
prática de um crime na mais aceitável significação da palavra.
Vivemos em um mundo rodeado de informações, e as campanhas promovidas pelos órgãos de
saúde competentes, se não são ideais, também não permitem alegar-se a falta de
conhecimento a respeito do assunto. Por ano, são distribuídos milhões de camisinhas e outros
mecanismos capazes de evitar que o indesejado (quase sempre inesperado) aconteça. Se,
mesmo assim, o índice de adolescentes que dão a luz cresce assustadoramente a cada ano,
com a possibilidade de o aborto tornar-se legal, isso aumentaria numa velocidade ainda maior.
Não sendo bem-sucedidas como deveriam, as estratégias de conscientização para se prevenir
a gravidez, como em qualquer outra campanha, devem evoluir; outros meios devem ser
criados. Podemos citar que algumas doenças foram erradicadas no passado, por terem sido
combatidas veementemente. Descriminalizar o aborto, além de constituir uma motivação para o
descompromisso com a vida, atesta a incapacidade do Estado para resolver questões sérias e
urgentes.
A atitude mais sensata é sempre eliminar o problema em sua origem, em qualquer que seja a
situação. Não se concebe mais, a essa altura, recorrer a mecanismos imediatistas para sanar
algo que poderia ter sido suprimido no passado. Os exemplos do insucesso estão em toda a
parte: por não se investir em educação é que se corre atrás de bandido, vivem-se inúmeras
epidemias e, para completar, ainda se quer permitir a castração de uma vida, antes mesmo de
ser concretizada.
• Carta
Atenciosamente,
Educalson Brasileiro
Apesar de a formatação ser de carta, não se tem a referência ao destinatário dentro do texto.
Expressões como "Vossa Excelência", "Senhor Ministro", ou até mesmo o uso de primeira
pessoa do singular dariam ao texto essa indicação. São elementos detalhísticos que
denunciam o gênero da carta e que muitas vezes não são considerados pelos alunos. Nesse
texto, abordam-se os problemas relacionados à educação, mas de forma muito distante, como
se não se fizesse referência específica. Vejamos, para se ter um caráter maior de carta, como
ficariam alguns trechos do texto acima.
Percebam que o simples fato de se utilizar um verbo em primeira pessoa caracteriza melhor o
gênero carta. Assim como em outros pontos:
Diante de tal situação, Excelentíssimo Ministro, entendo que precisamos, ainda, percorrer
um árduo caminho para que possamos ter um país que veja a educação com a seriedade
merecida. Sendo assim, a valorização do magistério, a informatização das escolas, a
capacitação profissional, além de um melhor planejamento dos recursos aparecem como
estratégias importantes, para transformar o Sistema Educacional em um serviço eficiente e
eficaz.
Como cidadão, espero que o Senhor, como representante maior da Educação Nacional,
mobilize os órgãos competentes, principalmente a Presidência da República, para que
estas e outras sugestões venham a tornar-se realidade. Confio na sua competência, mas
muito mais no seu bom senso, para que a nossa realidade passe a fazer parte de
estatísticas bem diferentes.
As indicações em negrito oferecem ao texto anterior um diferencial a fim de que se possa
discriminar melhor a carta, dando-lhe características próprias, distinguindo-a do artigo de
opinião.