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Índice

Introdução …………………………………………………………………………………………..2

Enunciado …………………………………………………………………………………………...3

Cálculo das impedâncias ………………………………………………………………………5

Cálculo da corrente de curto-circuito …………………………………………………….8

Selecção das protecções – disjuntores …………………………………………………..14

Conclusão …………………………………………………………………………………………….15

Agradecimentos …………………………………………………………………………………..16

Bibliografia …………………………………………………………………………………………17

Anexos ………………………………………………………………………………………………..20

1
Protecções de Sistemas Eléctricos
Introdução
O presente trabalho prático visa avaliar o estudante na cadeira de protecções,
colocando-o perante um caso prático da vida real. Este mesmo trabalho foi
complementado em laboratório onde se fez um ensaio de selectividade. Este
projecto ajuda a conhecer melhor os fenómenos que se apresentam nas
instalações, nos sistemas e equipamentos eléctricos. Trata em profundidade um
tema – cálculo de corrente de curto-circuito nos pontos A, B, C e D de um dado
circuito eléctrico bem como a selecção das protecções contra curto-circuito em
função das correntes de curto-circuito calculadas nos mesmos pontos.

2
Protecções de Sistemas Eléctricos
Enunciado
1. Consideremos uma rede de distribuição pública de 6 KV, que alimenta,
através de uma linha aérea de 1,3 Km em paralelo com um gerador de 1,0 MVA,
um posto de transformação de MT/BT composta por 2 Transformadores em
paralelo de 400 KVA, 6/0.410 KV cada um, ligados a um quadro geral de BT
[QGBT] que alimenta ao Jogo de Barras (JdB) de Baixa Tensão. Um quadro
parcial de BT [QPBT] alimenta (5) motores de 25 KW cada um, todos ligados
por cabos idênticos e no acto da aparição do defeito, todos os motores estavam
ligados. O esquema é amostrado na figura 1 nos anexos.

Calcular Através do método das impedâncias, a corrente de CC (Icc) trifásico


simétrico nos diferentes pontos de defeitos amostrados no esquema, ou seja:

a. Em (A) sobre o jogo de barras de Meia Tensão.


b. Em (B) sobre o QGBT á 8 m dos transformadores.
c. Em (C) sobre o QPBT que alimenta os motores.
d. Em (D) nos bornes do motor.
e. As correntes de retorno aportada pelos motores nos pontos [D,C,B e
A].
f. Seleccionar os interruptores automáticos considerando:
 O Poder de Corte dos mesmos em função aos cálculos
efectuados, tensões de serviço nominais, intensidades
nominais e valores de regulação, com base nos catálogos de
qualquer marca.
 A coordenação e filiação dos mesmos verificando em cada
caso o cumprimento das propriedades fundamentais das
protecções.
g. No caso de a partir do QGBT o regime do neutro fosse TNC como
escolheria os disjuntores? Faça então a escolha e a partir do
esquema dado faça o seu esquema unifilar com esta decisão ora
tomada. Diga a vantagem que encontrou.
h. Proponha outras variantes de protecção dos motores contra curto-
circuito trifásico com base nos cálculos e gráficas.

3
Protecções de Sistemas Eléctricos
Dados:

Rede a montante R S=400 mm2


=0,10
U n =6 KV X L=50 m
Scc =150 MVA 2 Transformadores Ligação 2
R S=400 KVA Cabo tripolar
=0,43 6
X K= =14,63 S=25 mm2
Ligação aérea 0,410 L=20 m
Cabo aéreo de C u n=26,8 Motor
U cc =4 %
S=95 mm2
L=1,3 Km Jogo de barras Nº 5
Gerador 3 barras de C u
Pn=25 KW , U n=400V
S=1,0 MVA S=400 mm2
X ´d´ =10 % L=8 m
Id
Ligação 1 =4 ,n∗cos φ=0,83
Cabo unipolar In

4
Protecções de Sistemas Eléctricos
Cálculo das impedâncias
Quando a tensão de 6KV diminui (6KV ↓)
R
1. Rede a monta nte:U n=6 KV , Scc =150 MVA , =0,43
X
2
U 2n ( 6∗103 )
Z a= = ⟹ Z a=0,24 Ω
S cc 150∗106

Za 0,24
Z a=√ R2a + X 2a ⟹ X a = = ⟹ X a =0,22Ω e Ra=0,094 Ω
Ra 2 √ 0,432 +1
√ (
Xa
) +1

2. Ligação aérea :Cabo aéreo de Cu , S=95 mm 2 , L=1,3 Km

Para o cálculo de Xca deve-se recordar os seguintes valores médios:

 X=0,3Ω⁄Km (linhas de BT ou MT);


 X=0,4Ω⁄Km (linhas de MT ou AT).

Sendo assim:

X ca=X∗L=0,4∗1,3⟹ X ca=0,52 Ω

L 0,0225∗1300
Rca =ρcu = ⟹ Rca =0,31Ω
S 95

sendo ρcu =1,25 ρ0 cu (para corrente máxima de curto circuito), onde ρ ocu é a
resistividade dos condutores a 200c: 0,018Ωmm2⁄m para o cobre (ver tabela da fig.
1).

5
Protecções de Sistemas Eléctricos
Fi
g.1-Valores da resistividade ρ dos condutores a tomar em consideração a corrente de curto-circuito
calculada, máxima ou mínima.

R
3. Gerador : S=1 MVA , X ´d´ =10 % , =0,10
X

X ´d´
∗U 2
100
XG= ,
Sn

onde U é a tensão da linha do gerador em vazio e S n a potência aparente (em VA)


do gerador. Portanto:

10
∗(6∗103 )2
100
XG= ⟹ X G=3,6 Ωe R G=0,36 Ω
1∗106

Quando a tensão de 6KV aumenta (6KV↑)


Defeito em A

6
4. Tranformadores : S=400 KVA , K = =14,63, n=26,8 , U cc =4 %
0,410

U cc∗U 2
ZT = ,
Sn

sendo U a tensão da linha, em vazio, do transformador, S n potência aparente do


transformador e U*Ucc é a tensão que devemos aplicar primário do transformador
para que o secundário seja recorrido pela intensidade nominal I n , estando os
bornes do secundário BT em curto-circuito.

6
Protecções de Sistemas Eléctricos
1 0,5∗4
∗U cc∗U 2 ∗4102
2 100
ZT = = ⟹ Z T =8,4 mΩ
Sn 400∗103

Nota: quando se conectam em paralelo “n” Trafos de potências iguais, o valor


equivalente de ZT , RT ou XT do conjunto, será de um dividido “n”.

Em geral RT ≪ XT , de ordem 0,2XT e a impedância interna dos transformadores


pode assemelhar-se a reactância (XT≈ZT). Portanto:

RT=0,2XT=0,2*8,4⟹RT=1,68mΩ

Quando tensão de 410V diminui (410↓)


5. Interruptor automático :Para os interruptores automáticos de BT, é correcto tomar
um valor de 0,15mΩ para a sua reactância e desprezar a resistência. Portanto:

Xd =0,15*10-3Ω⟹Xd =0,15mΩ

6. Jogo de barras:3 barras de C u , S=400 mm2 e L=8 m

X B= X u∗L=0,15∗8=1,2∗10−3 Ω ⟹ X B=1,2 mΩ

Onde Xu =0,15mΩ-valor extremo da reactância unitária tendo em conta o tipo de


instalação e o esquema (ver da fig. nos anexos).

ρ∗L 0,0225∗8
R B= = =0,00015 Ω ⟹ R B=0,15mΩ
3S 3∗400

Defeito em B

7. Interruptor automático :

Xd =0.15mΩ

8. Ligação 1 :Cabounipolar , S=400 mm 2 , L=50 m

X c =0,15∗10−3∗50=7,5∗10−3 Ω ⟹ X c =7,5 mΩ
1 1

ρ Al∗L 0,036∗50 −3
RC = = =1,5∗10 Ω⟹ Rc =1,5 mΩ
1
3S 3∗400 1

sendo ρ Al =1,25 ρ0 Al (para corrente máxima de curto circuito), onde ρ oAl é a


resistividade dos condutores a 200c: 0,029Ωmm2⁄m para alumínio (ver tabela da
fig. 1).

Defeito em C

9. Interruptor automático :

7
Protecções de Sistemas Eléctricos
Xd =0.15mΩ

10. Ligação 2:Cabo tripolar , S=25 mm2 , L=20 m

X c = X u∗L=0,08∗10−3∗20=1,6∗10−3 Ω⟹ X c =1,6 mΩ
2 2

sendo 0,08mΩ⁄m o valor extremo da reactância unitária tendo em conta o tipo de


instalação e o esquema (ver tabela da fig. 2).

Fig. 2 -Valores da reactância dos cabos segundo o tipo de instalação.

ρC ∗L 0,0225∗20
Rc = u
= =18∗10−3 ⟹ Rc =18 mΩ
2
S 25 2

Defeito em D

Id
11. Motor : Nº 5 , Pn=25 KW , U n=400 V , =4 , n∗cos φ=0,83
In

U 2n 4002
∗I ∗1
Pn n 25∗103
∗n∗cos φ ∗0,83
Id 4
X ´m= = ⟹ X ´m=1,33 mΩ
103 10 3

Rm =0,2 X ´m=0,2∗1,33∗10−3 ⟹ R m=0,266 mΩ

Cálculo da corrente de curto-


circuito
Temos que determinar o valor de Icc nos diferentes pontos de defeito assinalados
sobre o esquema da rede (Figura x):

I-Defeito em A (jdB MT)


8
Protecções de Sistemas Eléctricos
(elementos afectados: 1,2,3)

A impedância «rede+linha» está em paralelo com o gerador. Portanto:

X G ( X a + X ca ) 3,6(0,22+ 0,52)
X A= = ⟹ X A =0,613 Ω
X G +(X a + X ca ) 3,6+(0,22+0,52)

RG ( Ra + Rca ) 0,36( 0,09+0,31)


RA= = ⟹ R A =0,189 Ω
R G +( R a+ Rca ) 0,36 +(0,09+ 0,31)

Z A =√ R A 2+ X A2= √ 0,1892 +0,6132 ⟹ Z A =0,641Ω

de onde

U AT 6∗103
I A= = ⟹ I A =5404 Ω
√ 3∗Z cc √ 3∗0,641
A

IA é a «IccA permanente». O cálculo desta IccA (valor máximo assimétrico) será:

R A 0,189 R
= ⟹ A =0,31,
X A 0,613 XA
−R A
(
K A =√ 2 1+ e
XA
π
)=√ 2( 1+ e
−0,31 π
) ⟹ K A=1,94

Com efeito temos:

I cc =K A∗I A =1,94∗5404 ⟹ I cc =10529 A


A A

II- Defeito em B (jdB do quadro geral BT)

[elementos afectados: (1,2,3)+(4,5,6)]

A reactância XA e a resistência RA calculados em MT têm de ser transladadas a rede


BT e multiplicá-los pelo quadrado da razão das tensões, ou seja:
2 2
U BT 410
X ABT =X AAT ( ) =0,613∗( ) ⟹ X ABT =2,82 mΩ
U AT 6∗103

U BT 2 410 2
R ABT =R AAT ( ) =0,189∗( ) ⟹ R ABT =0,87 mΩ
U AT 6∗10 3

Portanto:

X ´B= X ABT + X T + X d + X B =[ 2,82+ ( 8,4+0,15+ 1,2 ) ]∗10−3 ⟹

X ´B=12,57 mΩ

R B=R ABT + RT + RB =[ 0,87+ ( 1,68+ 0,15 ) ]∗10−3 ⟹ RB =2,7 mΩ

9
Protecções de Sistemas Eléctricos
Este cálculo permite observar, por uma parte, a pouca influência, do valor da
impedância da rede a montante de MT com respeito ao dos transformadores em
paralelo, e por outra, que a impedância dos 8m do jdB não é desprezável. Portanto:

Z B= √ R2B + X ´B2=√ 12,572 +2,72∗10−3 ⟹ Z B =12,8 mΩ

U BT 410
I B= = ⟹ I B=18493 A
√ 3∗Z cc √ 3∗12,8∗10−3
B

RB 2,7 RB
= ⟹ ´ =0,21
X ´B 12,57 XB
−R B

K B=√ 2 1+ e ( XB
´
π
)=√ 2 (1+ e
−0,21 π
) ⟹ K B=2,145
Portanto:

I cc =K B∗I B =2,145∗18493 ⟹ I cc =39675 A


B B

Ademais, se tivermos em conta o arco de defeito, IB variará entre um máximo de


28606A e um mínimo de 17880A.

III- Defeito em C (jdB do quadro secundário BT)

[elementos afectados: (1,2,3)+(4,5,6)+(7,8)]

Adiciona-se a XB e RB as reactâncias e resistências do interruptor automático e dos


cabos dos elementos 7 e 8. Sendo assim:

X C =X B+ ( X d + X C 1 )= [12,57+ ( 0,15+7,5 ) ]∗10−3 ⟹ X C =20,22 mΩ

RC =R B + ( R C1 ) =[ 2,7+ ( 1,5 ) ] ∗10−3 ⟹ RC =4,2 mΩ

Estes valores permitem entender a importância dos cabos na limitação da I CC.

ZC =√ R 2C + X 2C = √20,222 +4,22∗10−3 ⟹ Z C =20,6 mΩ

U BT 410
I C= = ⟹ I C =11491 A
√ 3∗ZCCC √ 3∗20,6∗10−3
RC 4,2 RC
= ⟹ =0,21
X C 20,22 XC
−R C

K =√ 2 ( 1+e )=√ 2 ( 1+ e π
XC −0,21 π
C
) ⟹ K C =2,145

Portanto:

10
Protecções de Sistemas Eléctricos
I cc =K C ∗I C =2,145∗11491 ⟹ I cc =24648 A
C C

IV- Defeito em D (motor BT)

[elementos afectados: (1,2,3)+(4,5,6)+(7,8)+(9,10)]

Novamente, adiciona-se a XC e RC as reactâncias e resistências do interruptor


automático e dos cabos dos elementos 9 e 10. Sendo assim:

X D =X C + ( X d + X C 2 ) =[ 20,22+ ( 0,15+1,6 ) ]∗10−3 ⟹ X D =21,97 mΩ

R D=R C + ( RC 2 )=[ 4,2+ (18 ) ]∗10−3 ⟹ R D =22,2 mΩ

Z D =√ R 2D + X 2D =√ 22,22+ 21,972∗10−3 ⟹ Z D=31,2mΩ

U BT 410
I D= = ⟹ I D =7587 A
√3∗Z CCD √ 3∗31,2∗10−3
R D 22,2 R
= ⟹ D =1,01
X D 21,97 XD
−R D

K =√ 2 ( 1+e )=√ 2 ( 1+e


π
XD −1,01 π
D
) ⟹ K D =1,473

Portanto:

I cc =K D∗I D =1,473∗7587⟹ I cc =11179 A .


D D

Observamos que em cada um dos níveis de cálculos efectuados, a incidência dos


interruptores é desprezável com respeito aos outros elementos da rede.

V- Cálculo da corrente fornecida pelos motores

Geralmente é mais fácil considerar os motores como geradores independentes que


fornecem sobre o defeito uma «corrente de retorno» que se sobrepõe a corrente de
defeito da rede.

a)- Defeito em C

A intensidade fornecida por um motor se calcula a partir da impedância «motor


+cabo»:

X MC = X m + X C = (1,328+ 1,6 )∗10−3 ⟹ X MC =2,928 mΩ


2

R MC =Rm + R C =( 0,928+18 )∗10−3 ⟹ R MC =18,265 mΩ


2

2
ZM= √ R MC + X 2MC =√ 18,2652+ 2,9282∗10−3 ⟹ Z MC =18,5 mΩ

11
Protecções de Sistemas Eléctricos
Donde a corrente de ICC fornecida pelos cinco motores será:

5∗U BT 410
I MC = = ⟹ I MC =63975 A
√ 3∗Z CCMC √ 3∗18,5∗10−3
R MC 18,265 R MC
= ⟹ =6,23
X MC 2,928 X MC
−R MC

=√ 2 ( 1+ e )=√ 2 ( 1+ e
π
X MC −6,23 π
K MC ) ⟹ K MC =1,41

Portanto:

I cc =K MC∗I MC =1,41∗63975 ⟹ I CCMC =90205 A


MC

I 1=I C + I MC e I 2=I CCC + I CCMC

I1 = 11491A+63975A⟹ I1 =75466A e I2 = 24648A+90205A⟹ I2 = 114853A

Assim, a intensidade de curto-circuito (subtransitória) sobre o jdB BT passa de


11491A à 75466A e ICC 24648A à 114853A.

b)- Defeito em D

A impedância a considerar é 1/4 (4 motores em paralelo) de Z M, incrementado a de


um cabo.

X MC 2,928
X MD =
4
+ XC =
4 2 ( )
+1,6 ∗10−3 ⟹ X MD =2,332 mΩ

R MC 18,265
R MD=
4
+ RC = 2
4 ( )
+18 ∗10−3 ⟹ R MD =22,566 mΩ

Z MD =√ R 2MD + X 2MD =√ 22,5662 +2,3322∗10−3 ⟹ Z MD=22,686 mΩ

donde

U BT 410
I MD = = ⟹ I MD =10434 A
√3∗Z CCMD √ 3∗22,686∗10−3
Em D, o total será:

I MDT =I D + I MD =7587 A+10434 ⟹ I MDT =18021 A

R MD 22,566 R
= ⟹ MD =9,67
X MD 2,332 X MD
−R MD

K MD=√ 2 1+e ( X MD
π
)=√ 2 ( 1+e−9,67 π
) ⟹ K MD =1,41

12
Protecções de Sistemas Eléctricos
Portanto:

I cc =K MD∗I MDT =1,41∗18021⟹ I CCMDT =25486 A


MDT

C)- Defeito em B

Como havíamos considerado no (defeito em C), a intensidade fornecida por um


motor se calcula a partir da impedância «motor +cabo»:

X MB= X m + X C + X C =( 1,328+1,6+7,5 )∗10−3 ⟹ X MB =10,428 mΩ


2 1

R MB=R m+ R C + R C =( 0,928+18+1,5 )∗10−3 ⟹ R MB =19,765 mΩ


2 1

2 2
ZM= √ R MB +X MB = √19,7652 +10,4282∗10−3 ⟹ Z MD =22,347 mΩ

Donde a corrente de ICC fornecida pelos cinco motores será:

5∗U BT 410
I MB = = ⟹ I MB =52965 A
√ 3∗Z CCMB √ 3∗22,347∗10−3
R MD 19,765 R
= ⟹ MB =1,9
X MD 10,428 X MB
−R MB

=√ 2 ( 1+ e )=√ 2 ( 1+e
π
X MB −1,9 π
K MB ) ⟹ K MB =1,42

Portanto:

I cc =K MB∗I MB =1,42∗52965 ⟹ I CCMB=90205 A


MB

I 3=I B + I MB e I 4 =I CCB + I CCMB

I3 = 18493A+52695A⟹ I3 =71458A e I4 = 39675A+52965A⟹ I4 = 92640A

Também a intensidade de curto-circuito (subtransitória) do quadro geral de BT


passa de 18493A à 71458A e ICC 39675A à 92640A.

d)-Defeito em A (lado MT)

A reactância XMA e a resistência RMA serão calculadas tendo em conta a relação de


transformação K=6/0,410=14,63. Sendo assim, temos:

X MA =K 2∗X MB + K 2∗X T =14,632 (10,428+ 8,4 )∗10−3 ⟹ X MA =4029 mΩ

R MA=K 2∗R MB + K 2∗RT =14,632 ( 19,765+ 1,68 )∗10−3 ⟹ R MA=4590 mΩ

Z MA =√ R 2MA + X 2MA =√ 4590 2+ 40292 ⟹ Z MA =6107 mΩ

13
Protecções de Sistemas Eléctricos
Donde a corrente de ICC fornecida pelos cinco motores será:

5∗U AT 6∗103
I MA = = ⟹ I MA=2836 A
√ 3∗ZCCMA √ 3∗6107∗10−3
R MA 4590 R MA
= ⟹ =1,14
X MA 4029 X MA
−R MA

=√ 2 ( 1+e )=√ 2( 1+ e
π
X MA −1,14 π
K MA ) ⟹ K MA=1,45

Portanto:

I cc =K MA∗I MA=1,45∗2836 ⟹ I CCMA =4122 A


MA

I 5=I A + I MA e I 6=I CCA + I CCMA

I5 = 5404A+2836A⟹ I5 =8240A e I6 = 10529A+4122A⟹ I6 = 14651A

A intensidade de curto-circuito (subtransitória) do MT passa de 5404A à 8240A e


ICC 10529A à 1465A.

Selecção das protecções


Para a selecção dos disjuntores, em cada ponto, utilizou-se o método da filiação
que passamos a descrevê-lo abaixo:

A filiação é a utilização do poder de corte dos disjuntores, que permite instalar a


jusante disjuntores menos performances. Os disjuntores Compact a montante
desempenham o papel de barreira às fortes correntes de curto-circuito. Permitem
assim que disjuntores de poder de corte inferior à corrente de curto-circuito
presumido (no seu ponto da instalação) sejam utilizados nas suas condições
normais de corte. A limitação da corrente faz-se ao longo do circuito controlado
pelo disjuntor limitador a montante, a filiação diz respeito a todos os disjuntores
colocados a jusante desse disjuntor. Não é restrita a dois aparelhos consecutivos.

Defeito em C (114853A)

Neste ponto seleccionou-se os seguintes disjuntores:

 A montante – NS100L (pdc: 150KA),


 A jusante – NC100LS (pdc: 100KA).

Defeito em D (25486A)

Neste ponto seleccionou-se os seguintes disjuntores:

14
Protecções de Sistemas Eléctricos
 A montante – NSA (pdc: 30KA),
 A jusante – C60a (pdc: 15KA).

Defeito em B (92640A)

Neste ponto seleccionou-se os seguintes disjuntores:

 A montante – NS100L (pdc: 150KA),


 A jusante – NC100LS (pdc: 100KA).

Defeito em A (14651A)

Neste ponto seleccionou-se os seguintes disjuntores:

 A montante – NS100N (pdc: 25KA),


 A jusante – C60a (pdc: 15KA).

Nota: A selecção dos disjuntores foi totalmente baseada no catálogo da Merlin


Gerin (ver figura 2 nos anexos).

Conclusão
Este projecto possibilitou-nos ter uma visão do que acontece nos sistemas e
equipamentos eléctricos. Em função da corrente de curto-circuito, aprendemos a
trabalhar melhor com os catálogos. Notou-se que é muito importante levar em
conta as correntes que os motores fornecem ao ponto em que há falha porque no
momento da falha comportam-se como geradores. Portanto, quando procuramos
aplicar tudo que foi dito neste projecto e associarmos a outros conhecimentos,
somos bem sucedidos.

15
Protecções de Sistemas Eléctricos
Agradecimentos
Este texto é parcialmente baseado nas transparências elaboradas pelos autores do
Caderno Técnico nº 158 da Schneider Electric. Pelo que agradeço a explicação
simples e clara dada pelos mesmos. Agradeço também a colaboração e a paciência
do Professor Oscar Peña, bem como a ajuda aportada pelos meus colegas. Por
último agradeço a Jeová por me proteger e me dar forças até agora.

16
Protecções de Sistemas Eléctricos
Bibliografia
 Caderno técnico nº 158 (cálculo de correntes de curto-circuito) Schneider
Electric B. de Metz-Noblat, F. Dumas, G. Thomasset.
 Catálogo de protecções ,Merlin Gerin.
 Material técnico dado pelo professor.
 Trabalho prático Final de protecções, Laurindo Costa Carinhas

17
Protecções de Sistemas Eléctricos
Anexos

18
Protecções de Sistemas Eléctricos
Esquema do enunciado

G
3L
(A)

D1 D2

_08m_ (B)
QGBT

D3 D4
Equivalência
(C) 3L De ligação
QPBT

19
D5 Protecções
D6 D7 de SistemasDn
Eléctricos
(D)

M M M M

Fig. 1- Esquema do enunciado

Fig. 2- Catálogo dos disjuntores

20
Protecções de Sistemas Eléctricos
21
Protecções de Sistemas Eléctricos

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