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Objectivos de Geografia – Teste dia 21 de Novembro de 2008

1- Identificar as regiões agrárias.


(Mapa)

2- Distinguir Espaço Rural de


Espaço Agrário e de Espaço
Agrícola.
O Espaço Rural ocupa uma
parte significativa do território
português e nele se desenvolvem as
actividades agrícolas, mas também
outras, como o artesanato, o turismo
e a produção de energias renováveis.
Dentro deste, existe o Espaço
Agrário cujas áreas estão ocupadas
com a produção agrícola (vegetal e
animal), pastagens e florestas,
habitações dos agricultores e, ainda,
infra-estruturas e equipamentos
associados à actividade agrícola.
Dentro do Espaço Agrário, e
consequentemente do Espaço Rural,
existe o Espaço Agrícola cuja área
é utilizada para a produção vegetal
e/ou animal.

3- Explicar a importância da
agricultura para a economia nacional.
Em Portugal, a agricultura é uma actividade económica cuja
contribuição para a criação de riqueza expressa, por exemplo, no
Produto Interno Bruto e no Valor Acrescentado Bruto, tem vindo a
decrescer. Deve-se essencialmente, ao desenvolvimento das
actividades dos sectores secundário e terciário, cuja participação
aumentou muito e tende a crescer, sobretudo a do sector terciário.
O sector agrícola, no entanto, mantém ainda algum peso na
criação de emprego e detém uma grande importância na ocupação
do espaço e na preservação da paisagem, constituindo mesmo a base
económica essencial de algumas áreas acentuadamente rurais do
país.

4- Caracterizar as diferentes regiões agrárias quanto à


morfologia agrária e sistemas de cultura. (Na outra folha)

5- Relacionar as características da agricultura portuguesa com


os factores naturais e humanos.
No nosso país, o clima é um dos factores que mais condiciona
a produção agrícola, pela temperatura, mas sobretudo pela
irregularidade da precipitação.
A existência de recursos hídricos é fundamental para a
produção agrícola, pelo que esta se torna mais fácil e abundante em
áreas onde a precipitação é maior e mais regular. Em áreas de menor
precipitação é necessário recorrer a sistemas de rega artificial.
A fertilidade do solo, natural (dependente das características
geológicas, do relevo e do clima) e criada pelo Homem (fertilização e
correcção dos solos), influencia directamente a produção, tanto em
quantidade como em qualidade.
Quando predomina o relevo plano, a fertilidade do solo é
geralmente maior, assim como a possibilidade de modernização das
explorações. Se o relevo é mais acidentado, a fertilidade dos solos
torna-se menor e há maior limitação no uso da tecnologia agrícola e
no aproveitamento e organização do espaço.
O passado histórico é um dos factores que permite
compreender a actual ocupação e organização do solo. Aspectos
como a maior ou menos densidade populacional e acontecimentos ou
processos históricos reflectem-se, ainda hoje, nas estruturas
fundiárias (dimensão e forma das propriedades rurais).
O objectivo da produção é outro factor que influencia a
ocupação do solo. Quando a produção se destina ao autoconsumo, as
explorações são geralmente de menor dimensão e, muitas vezes,
continuam a utilizar técnicas mais artesanais. Se a produção se
destina ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão
e mais especializadas em determinados produtos, utilizando
tecnologia moderna.
As políticas agrícolas são actualmente factores de grande
importância, uma vez que influenciam as opções dos agricultores
relativamente aos produtos cultivados.

6- Caracterizar os diferentes tipos de povoamento rural.


7- Relacionar o tipo de povoamento com as características
naturais (relevo e clima) e o passado histórico.
O tipo de povoamento disperso encontra-se em zonas como
Entre Douro e Minho, Algarve, Madeira e Beira Litoral, visto que é um
tipo de povoamento comum onde há climas húmidos e planícies.
Quanto ao aglomerado (pequenas aldeias próximas) é comum
em Trás-os-Montes, Beira e Interior e na Serra Algarvia, visto que é
um tipo de povoamento comum num relevo montanhoso e num clima
mais seco.
No tipo de povoamento Concentrado (grandes aldeias muito
afastadas) está também presente um clima mais seco, mas desta vez
em planícies como no Alentejo.
Quanto ao passado histórico, sabemos que o norte foi
influenciado por factores como:
• O relevo acidentado, a abundância de água e a fertilidade
natural dos solos;
• O carácter anárquico do processo da Reconquista e o
parcelamento de terras pelo clero e pela nobreza;
• A elevada densidade populacional;
• A sucessiva partilha de heranças beneficiando igualmente
todos os filhos.
No sul, o predomínio de grandes propriedades está relacionado com:
• O relevo mais ou menos aplanado, o clima mais seco e a
menor fertilidade natural dos solos;
• A feição mais organizada da Reconquista e a doação de vastos
domínios aos nobres e às ordens religiosas e militares.

8- Caracterizar as explorações agrícolas quanto à dimensão,


dispersão e formas de exploração.
A tendência actual é de redução do número de explorações e,
consequentemente, do aumento da sua dimensão média. Na Beira
Litoral e Entre Douro e Minho predominam as explorações de
pequena dimensão que geralmente correspondem a minifúndios. No
Alentejo predominam as explorações de grande dimensão que,
outrora, constituíam vastos latifúndios. Nas regiões autónomas,
domina a pequena dimensão das explorações, sobretudo na Madeira.
Em Portugal, o grande número de pequenas explorações condiciona o
desenvolvimento da agricultura, uma vez que limita a mecanização e
a modernização dos sistemas de produção.
Quanto à dispersão, normalmente existe emparcelamentos,
blocos ou cooperativas. Suponhamos que havia um senhor que tinha
um terreno com 3 explorações. No entanto o senhor acabava por
falecer e era dada uma exploração a cada filho. Mais tarde o filho Y,
resolvia vender o seu terreno ao irmão X. Deste modo as explorações
que pertenciam aos filhos X e Y juntaram-se. A isto dá-se o nome de
emparcelamento. Normalmente acontece devido à emigração, êxodo
rural ou desinteresse nos terrenos. Os blocos são pequenas
explorações que estão rodeadas por outras. Normalmente isto
acontece devido as heranças. Existe cooperativas quando várias
explorações com proprietários diferentes juntam-se mas continuando
todos a serem proprietários. Deste modo tem mais vantagens. Por
exemplo: Se precisarem de compra rum tractor, compram entre todos
e serve para todas as explorações, enquanto que se cada um
comprasse para cada exploração, o tutor acabava por ficar com
pouco uso.

Existem três formas de exploração, por conta própria, por


arrendamento e por parceria. Quando existe exploração por conta
própria significa que o produtor é também proprietário. Esta é
predominante em todo o país e é habitualmente considerada mais
vantajosa. O arrendamento é quando o produtor paga um valor ao
proprietário da terra pela sua utilização. Esta forma pode ser
desvantajosa, pois os arrendatários nem sempre se interessam pela
valorização e preservação das terras, preocupando-se mais em tirar
delas o máximo proveito durante a vigência do contrato. Porém, esta
forma, pode evitar o abandono das terras, nos casos em que o
proprietário não possa ou não queira explorá-las. Por fim, existe
parceria quando entra em vigor um acordo. Ou seja o que está a
explorar a terra, dá qualquer coisa ao dono dela.

9- Caracterizar a SAU quanto à distribuição e estrutura.


A superfície agrícola utilizada engloba:
• Terras aráveis – ocupadas com culturas temporárias (as que
tem que ser ressemeadas com intervalos inferiores a cinco
anos) e com os campos em pousio;
• Culturas permanentes – plantações que ocupam as terras
durante um longo período, como um olival, uma vinha, um
pomar, etc.;
• Pastagens permanentes – Áreas onde são semeadas
espécies por um período superior a cinco anos, destinados ao
pasto de gado;
• Horta familiar – Superfície ocupada com produtos hortícolas
ou frutos destinados a autoconsumo.

Na Beira litoral, as terras aráveis ocupam mais de metade da SAU,


seguidas das culturas permanentes. As culturas permanentes têm maior
importância no Algarve e na Madeira, onde a produção de frutas e vinho é
importante. As pastagens permanentes ocupam a quase totalidade da SAL
nos Açores, onde as condições climáticas favorecem a formação de prados
naturais e a criação de gado bovino é muito importante, e cerca de dois
terços no Alentejo, onde o aumento de pastagens permanentes reflecte o
investimento na criação de prados artificiais, com recurso a modernos
sistemas de rega, sobretudo para o gado bovino.
10- Distinguir rendimento de produtividade da agricultura.
Rendimento estabelece a relação entre produção e a área cultivada,
enquanto que a produtividade estabelece a relação entre a produção
e o tempo usado.

11- Relacionar a ocupação do solo com as suas aptidões e


com o tipo de clima.
A utilização dos solos nem sempre respeita e potencia a sua aptidão

natural.

Em Portugal, mais de metade dos solos tem uma boa aptidão para
floresta e apenas cerca de um quarto para a agricultura. No entanto, e
apesar de a área de floresta ter tendência a aumentar, a área ocupada com
actividade agrícola continua a ser superior à dos solos com aptidão para a
agricultura. Além disso, existem solos com boa aptidão agrícola utilizados
para outros fins. Conclui-se, assim, que muitas actividades agrícolas
se desenvolvem em solos pouco aptos para a agricultura. Este
problema é ainda agravado pelo facto de, por vezes, se escolherem as
espécies a cultivar sem estudos prévios que permitam uma boa adequação
entre a aptidão natural e o uso do solo. Tudo isto condiciona o rendimento
da terra e dos agricultores, contribuindo para os baixos níveis de
rendimento e produtividade da agricultura portuguesa
A aplicação muitas vezes inadequada, dos sistemas de produção
constitui outro problema, pois conduz ao empobrecimento e à degradação
dos solos:
• No sistema extensivo, a utilização do pousio absoluto, sem recurso às
culturas forrageiras ou às pastagens artificiais, facilita a erosão dos
solos.
• A prática da monocultura conduz ao empobrecimento e esgotamento
de determinados nutrientes do solo essenciais ao desenvolvimento
das culturas;
• A excessiva mecanização, sobretudo a utilização de máquinas
pesadas, contribui também para a compactação dos solos;
• No sistema intensivo, a utilização excessiva ou incorrecta de
fertilizantes químicos e pesticidas degrada e polui os solos e diminui a
sua fertilidade.
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior.
Uma parte significativa do território continental, sobretudo no Interior e no
Sul, apresenta uma tendência para a desertificação. As vastas áreas de
floresta ardida durante os meses de Verão agravam esta tendência.
O clima, também é um factor bastante importante quanto aos solos,
visto que por vezes ou o tempo é muito seco e empobrece este, ou caem
chuvas intensas que provocam erosão.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua
incorrecta utilização, o ordenamento territorial assume um papel de grande
importância, uma vez que permitirá adequar as diferentes utilizações do
solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo, se continue a
ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com
construção urbana e industrial.

12- Localizar a distribuição das principais produções


agropecuárias.
(Na outra folha)

13- Distinguir os sistemas de produção de gado.

14- Identificar as produções da Companhia das Lezírias.


A companhia das Lezírias produzia: Carne, vinho, azeite, cortiça,
madeira etc.

15- Demonstrar que a Companhia das Lezírias respeita as


normas de produção da PAC.
Podemos dizer a Companhia das Lezírias respeita as normas da
produção da PAC em muitos aspectos. Tem multifuncionalidade da
qual recebe subsídios. Não utiliza adubos químicos em demasia, e
aplica uma agricultura integrada (por ex: aproveita as pastagens
forrageiras para adubar a terra e alimentar o gado) contribuindo
assim para uma agricultura sustentável. Tem um comprovativo que
comprova a segurança alimentar e ainda promove o desenvolvimento
rural com actividades e turismo no espaço rural praticados na
companhia. Promove também o desenvolvimento rural ao dar
emprego a várias pessoas residentes naquele espaço rural.

16- Caracterizar a estrutura da população agrícola quanto à


idade, sexo e nível de instrução.
A população activa no sector primário representava, em 2005,
cerca de 12% do emprego em Portugal e, na sua maioria, fazia parte
da população agrícola familiar.
A população activa agrícola também diminuiu bastante nos
últimos decénios, devido à modernização da agricultura e à melhor
oferta de emprego nos outros sectores de actividade.
Esta oferta tem aumentado, provocando o êxodo agrícola
(transferência de mão-de-obra para outros sectores de actividade,
ainda que mantendo a residência nas áreas rurais). Tal evolução
influenciou a estrutura etária da população agrícola portuguesa e
contribuiu para o seu envelhecimento.
O Algarve é a região com maior número de idosos ao contrário
dos Açores que é a região com produtores agrícolas mais jovens.
O nível de instrução de instrução dos agricultores, embora
tenha vindo a aumentar, é ainda relativamente baixo.
A formação profissional da larga maioria dos agricultores
continua a ser exclusivamente prática.
A Madeira é a região com produtores agrícolas menos
instruídos, contrastando com os Açores cujos produtores são os mais
instruídos.
O envelhecimento e os baixos níveis de instrução e de
formação profissional da população agrícola constituem um entrave
ao desenvolvimento da agricultura, nomeadamente no que respeita à
adesão a inovações (tecnologia, métodos de cultivo, práticas amigas
do ambiente, etc.), à capacidade de investir e arriscar e à adaptação
às normas comunitárias de produção e de comercialização.
A mão-de-obra agrícola é essencialmente familiar. Nas regiões
com maior dimensão média das explorações, a importância da mão-
de-obra não familiar é mais relevante.
As mulheres representam, oficialmente, cerca de um quarto do
total da população activa na agricultura, mas a realidade poderá
estar subestimada, uma vez que muitas mulheres trabalham na
agricultura mas identificam-se como domésticas, não sendo, por isso,
contabilizadas em termos estatísticos. No entanto, assiste-se a uma
tendência de crescimento da população activa agrícola feminina,
visto que estas desejam declarar uma actividade para a reforma.

17- Explicar a importância da estrutura da população


agrícola como estratégia de competitividade.
Três dos grandes problemas estruturais da agricultura
Portuguesa são:
• O envelhecimento da população agrícola (visto que 65%
tem mais de 65 anos);
• Falta de formação e qualificação (só 1% tem formação,
contra 5% na EU);
• Dificuldade de acesso ao crédito.
Estes problemas presentes na nossa agricultura Portuguesa
dificultam a modernização técnica, organizativa e de introdução no
mercado. Isto diminui a nossa competitividade. Deste modo podemos
dizer que a estrutura da população agrícola é bastante importante
para garantir uma estratégia de competitividade.

18- Referir as vantagens e inconvenientes da


pluriactividade.

Vantagens Desvantagens
Pluri-rendimento Oscilação de preços
Disponibilidade de mão-de- Abandono parcial da agricultura –
obra para outras actividades > diminuição do rendimento das
terras.
Ordenado fixo Problemas com o clima ->
Melhorias para as famílias Diminuição da produção ->
Diminuição dos rendimentos

19- Reconhecer os problemas estruturais da agricultura


portuguesa.
Os problemas estruturais da agricultura portuguesa podem ser:
• Problemas de carácter natural (clima, relevo, solo);
• Estrutura Fundiária (explorações de pequena dimensão e
dispersas – o que dificulta a utilização de máquinas);
• Envelhecimento da população agrícola (65% tem mais de 65
anos);
• Falta de formação e qualificação (só 1% tem formação, contra
5% na EU).
• Dificuldade de acesso ao crédito.

20- Conhecer os vários alargamentos da U.E.


1957 – Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, França e Itália.
1973 - Irlanda e Reino Unido
1981 – Grécia
1986 – Portugal e Espanha
1993 – Suécia, Finlândia e Áustria.
2004 – Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República checa,
Eslováquia, Eslovénia, Chipre, Malta e Hungria.
2007 – Roménia e a Bulgária.

21- Identificar os objectivos da PAC, da Nova PAC em 92 e


2003.
Objectivos da nova PAC 1992:
• Equilibrar a oferta e a procura;
• Diminuir os excedentes;
• Promover o respeito pelo ambiente;
• Melhorar a competitividade;
• Reduzir os encargos com a PAC.
Objectivos da reforma da PAC 2003:
• Reforçar as alterações da nova PAC;
• Dar prioridade:
o Segurança Alimentar;
o Bem-estar animal;
o Desenvolvimento rural.
• Aumentar a competitividade;
• Melhorar o ambiente -> Agricultura Sustentável.

22- Justificar a necessidade de reformular a PAC em 92 e


2003.
Em 1992, sentiu-se necessidade de criar uma nova PAC, visto
que havia grandes quantidades de excedentes provocados pelo
desejo de produção criados na inicial PAC. Para além disso, estes
excedentes criaram também grandes impactes ambientais. Por estas
razões viram-se obrigados a reformular a PAC. No entanto, depois
desta reforma de 1992, surgiram alguns resultados positivos, mas os
excedentes mantiveram-se. Por isso, houve outra vez necessidade de
uma reforma da PAC, que foi o que se sucedeu em 2003, tentando
desta vez dar prioridade à segurança alimentar, o bem-estar animal e
o desenvolvimento rural, reforçando as alterações da nova PAC,
aumentando a competitividade e melhorando o ambiente de forma a
praticar-se uma agricultura sustentável.

23- Explicar as medidas adoptadas pela reforma da PAC.


A partir de 2005 o FEOGA foi substituído pelo FEADER (fundo
europeu agrícola de desenvolvimento rural) e pelo FEAGA (fundo
europeu agrícola de garantia).
Foi criada a Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos
Programas Operacionais Regionais (AGRIS). Esta engloba um conjunto
de apoios que incentivam uma sólida aliança entre a agricultura,
enquanto actividade produtiva, e o desenvolvimento sustentável dos
territórios rurais nas vertentes ambiental, económica e social.
Estes apoios destinam-se à modernização das explorações
agrícolas, à transformação e comercialização, à valorização das
florestas ou à formação profissional, entre outras áreas. Parte destes
recursos financeiros provém dos Fundos Estruturais – O FEDER (Fundo
Europeu de Desenvolvimento Económico Regional) e o FSE (Fundo
Social Europeu).
O programa AGRO e a medida AGRIS continuam em vigor para
o período de 2007-2013 no âmbito do Quadro de Referência
Estratégico Nacional – QREN.
Os subsídios às explorações independentemente da produção e
sujeitos aos princípios da:
• Condicionalidade – Para uma agricultura mais
sustentável.
• Dissociação - Dissociado da produção.
• Sistema de modulação – O pagamento às grandes
explorações diminui (irá só até aos 5 mil euros, e o restante, irá
para o desenvolvimento rural).

24- Explicar os reflexos da PAC e as respectivas reformas na


agricultura portuguesa.
O sector agrícola português teve de se confrontar com
dificuldades acrescidas:
• Sofreu limitações à produção, pelo sistema de quotas,
para o qual não havia contribuído.
• Foi desfavorecido pelo sistema de repartição de apoios,
feito em função do rendimento médio e da área de
explorações.
• Os investimentos nos projectos co-financiados por fundos
comunitários levaram ao endividamento dos agricultores,
agravado pelas taxas de juro que foram as mais elevadas da
União Europeia.
A agricultura portuguesa no final do segundo Quadro
Comunitário de Apoio, apesar de tudo estava numa situação mais
favorável:
• O número de explorações agrícolas diminuiu e a dimensão
média das explorações aumentou.
• Os investimentos em infra-estruturas fundiárias, tecnologias e
formação profissional melhoraram substancialmente.

25- Indicar formas de modernizar e potencializar o sector


agrário nacional quanto à:
25.1 – Competitividade.
A modernização dos meios de produção e de transformação é
uma condição essencial para aumentar a produtividade agrícola e a
competitividade no mercado externo. É necessário investir em
tecnologia produtiva e em infra-estruturas designadamente sistemas
de drenagem, caminhos, armazenamento e distribuição de água.
Para potencializar a competitividade temos de:
• Reestruturar as explorações;
• Melhorar a produção a ponto de responder às necessidades de
mercado;
• Produzir com qualidade, para podermo-nos afirmar no mercado
nacional e europeu.

25.2 – Comercialização
Potencializar o sector agrário implica também a criação de
condições para o escoamento da produção, o que passa pela
organização dos produtores e pela melhoria das redes de distribuição
e comercialização.
O recurso ao marketing e a novas formas de distribuição são
outras medidas que poderão incrementar o consumo dos produtos.
25.3 – Valorização dos Recursos Humanos
A potencialização do sector passa pela valorização dos recursos
humanos, através do rejuvenescimento da população agrícola e do
aumento do seu nível de instrução e qualificação profissional. A
fixação de população jovem é fundamental para o desenvolvimento
rural sustentável, no entanto, isso dependerá da criação de condições
de vida atractivas.
É fundamental elevar o nível de instrução e de qualificação dos
agricultores, pois o uso de novas tecnologias, a necessidade de
preencher formulários de candidatura às ajudas, crédito e subsídios e
de apresentar projectos para obter financiamentos ou as negociações
com parceiros comerciais exigem cada vez melhor preparação.
25.4 – Protecção do ambiente
Os sistemas de produção agropecuária exercem um crescente
impacte ambiental, nomeadamente sobre os solos e a água. O uso de
pesticidas em geral e a fertilização do solo com nitratos e fosfatos poderão
provocar ou agravar a contaminação dos solos ou das águas subterrâneas
ou superficiais. O aumento da frequência da mobilização dos solos e da
mobilização de instrumentos mais potentes contribuem para a erosão dos
solos e a diminuição da qualidade do habitat de muitas espécies.
Na pecuária, sobretudo nas explorações do regime intensivo, os
dejectos sólidos e líquidos e as águas de lavagem, se não forem
devidamente tratados têm graves impactos ambientais.
Os apoios comunitários ao rendimento estão condicionados pelo
cumprimento das normas ambientais: eco condicionalidade.
25.5 – Multifuncionalidade do Espaço Rural
A multifuncionalidade das áreas rurais implica a pluriactividade que
permite o pluri-rendimento, através de actividades alternativas ou
complementares. Implica, também, um esforço de preservação dos valores,
da cultura, do património e de mobilização e potencialização dos recursos
locais.
Esta é uma opção estratégica que poderá melhorar as condições de
vida de muitas áreas rurais, afastando-as da situação de desfavorecidas”.
Tal só será possível com a fixação de população e o desenvolvimento de
actividades económicas sustentáveis.

26- Referir vantagens e problemas da agricultura biológica.


A prática de agricultura biológica integra-se na perspectiva de
produzir com mais qualidade, preservando os recursos e protegendo o meio
natural, ou seja, de forma sustentável.
O facto de a nossa agricultura não ter progredido na produção
através do uso de produtos químicos e maquinaria, pode potenciar o
desenvolvimento desta forma de agricultura, dentro dos objectivos
estabelecidos pela PAC.
O número de produtores que aderiram a este modo de produção
tem vindo a aumentar em Portugal assim como a variedade de produtos.
Considerando que a Europa é ainda deficitária neste tipo de
produtos, a produção biológica pode constituir uma forma de aumentar a
competitividade da agricultura portuguesa.

27- Explicar a importância do associativismo para o


desenvolvimento da agricultura portuguesa.
O associativismo é a organização dos produtores em cooperativas,
associações ou por formas desempenham papel importante que permite:
• Defender melhor os interesses dos produtores;
• Aumentar a informação sobre os mercados;
• Melhorar a promoção dos produtos;
• Garantir a sua comercialização;
• Aumentar a capacidade de negociação nos mercados;
• Evitar a actuação abusiva dos intermediários;
• Optimizar recursos e equipamentos;
• Facilitar o acesso ao crédito e a aquisição de tecnologia;
• Proporcionar informação sobre novas técnicas e práticas de
produção.

28- Problematizar os impactes ambientais, sociais e


económicos da produção agropecuária.
Os sistemas de produção agropecuária exercem um crescente
impacte ambiental, nomeadamente sobre os solos e a água. O uso de
pesticidas, em geral e a fertilização do solo com nitratos e fosfatos, poderão
provocar ou agravar a contaminação de solos e de águas subterrâneas e
superficiais.
O aumento da frequência de mobilização dos solos e da utilização de
instrumentos mais potentes contribuem para a erosão dos solos e a
diminuição de qualidade do habitat de muitas espécies.
Na pecuária, sobretudo nas explorações de regime intensivo, os
dejectos sólidos e líquidos e as águas de lavagem, se não forem
devidamente tratados, têm graves impactes ambientais.
Outro problema ambiental provocado pela agropecuária é a
eutrofização.

29- Identificar as medidas de mitigação dos impactos


ambientais de uma exploração como a companhia das lezírias.
Não utiliza adubos químicos em demasia, aplica uma agricultura
integrada (por ex: aproveita as pastagens forrageiras para adubar a terra e
alimentar o gado), utiliza uma agricultura biológica e segue os objectivos da
PAC contribuindo assim para uma agricultura sustentável.

30- Caracterizar as várias formas de TER.


Turismo no espaço rural divide-se em diferentes modalidades:
Dentro destas modalidades, pode-se praticar diferentes tipos de
turismo:
31- Conhecer a distribuição espacial das principais espécies
florestais de Portugal.
32- Explicar a importância do sector florestal para o país.
O sector florestal é bastante importante para o nosso país devido aos
seguintes aspectos:
33- Referir os principais problemas que afectam as florestas
portuguesas.

34- Conhecer os principais objectivos do programa LEADER+


e dos GAL.
• Os objectivos específicos do LEADER+ para Portugal são:
• Mobilizar, reforçar, e aperfeiçoar a iniciativa, a organização e as
competências locais;
• Incentivar e melhorar a cooperação entre os territórios rurais;
• Promover a valorização e a qualificação das áreas rurais,
transformando-as em espaços de oportunidades;
• Garantir novas abordagens de desenvolvimento, integradas e
sustentáveis;
• Dinamizar e assegurar a divulgação de saberes e a
transferência de experiências ao nível europeu.

35- Reconhecer a importância do LEADER+, para o


desenvolvimento rural.
Desde a agenda 2000, têm vindo a ser aprofundadas medidas de
apoio ao desenvolvimento rural, o qual foi consagrado como segundo pilar
da PAC. Entre essas medidas financiadas pelo FEOGA, no âmbito do QCA e
do Programa Agro, contam-se:
• As medidas agro-ambientais, que incentivam os métodos de
produção agrícola que visam a protecção ambiental;
• As indemnizações compensatórias para as zonas
desfavorecidas, que contribuem para a manutenção de uma
agricultura sustentável do ponto de vista ambiental;
• Os apoios à silvicultura, para a sua gestação sustentável;
• A iniciativa comunitária LEADER.
Pela sua importância no apoio comunitário ao desenvolvimento rural,
salienta-se a Iniciativa LEADER – Ligação Entre Acções de Desenvolvimento
da Economia Rural -, que incentiva projectos-piloto de desenvolvimento
rural integrado.
No QCA III (2000-2006), passou a designar-se LEADER+, continuando
a abranger os mesmos territórios no período de 2007-2013, pode continuar
a envolver as comunidades locais na definição de estratégias de
desenvolvimento de forma sustentável e integrada.
O LEADER+ desenvolve-se a partir dos Grupos de Acção Local – GAL.
A Política de Desenvolvimento Rural definida para 2007-2013
continua a valorizar a sustentabilidade das áreas rurais, promovendo a sua
competitividade e a melhoria do ambiente e da qualidade de vida.

36- Explicitam o significado das siglas:


SAU- superfície agrícola utilizada
VAB – Valor acrescentado bruto
PIB – Produto interno bruto
UTA – Unidade de trabalho Ano
PAC – Política agrícola comum
FEOGA – Fundo Europeu organização e garantia agrícola
FEAGA – Fundo Europeu agrícola de garantia
FEADER – Fundo Europeu agrícola de desenvolvimento rural
FSE – Fundo social europeu
FEDER – Fundo Europeu de desenvolvimento económico regional
POADR – Programa operacional agricultura e desenvolvimento rural
AGRO – Programa operacional agricultura e desenvolvimento rural
OMC – Organização Mundial do Comércio
OCM – Organização Comum de Mercado
PEDAP – Programa específico desenvolvimento agricultura portuguesa
PAMAF – programa de apoio à modernização agrícola e florestal.
QCA – quadro comunitário de apoio
QREN- Quadro de referência estratégico nacional
LEADER – Programa de ligação entre acções de desenvolvimento da
economia rural
DOC – Denominação de origem controlada
IGP – Indicação geográfica protegida
DOP- Denominação de origem protegida
TER - Turismo no espaço rural

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