Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3- Explicar a importância da
agricultura para a economia nacional.
Em Portugal, a agricultura é uma actividade económica cuja
contribuição para a criação de riqueza expressa, por exemplo, no
Produto Interno Bruto e no Valor Acrescentado Bruto, tem vindo a
decrescer. Deve-se essencialmente, ao desenvolvimento das
actividades dos sectores secundário e terciário, cuja participação
aumentou muito e tende a crescer, sobretudo a do sector terciário.
O sector agrícola, no entanto, mantém ainda algum peso na
criação de emprego e detém uma grande importância na ocupação
do espaço e na preservação da paisagem, constituindo mesmo a base
económica essencial de algumas áreas acentuadamente rurais do
país.
natural.
Em Portugal, mais de metade dos solos tem uma boa aptidão para
floresta e apenas cerca de um quarto para a agricultura. No entanto, e
apesar de a área de floresta ter tendência a aumentar, a área ocupada com
actividade agrícola continua a ser superior à dos solos com aptidão para a
agricultura. Além disso, existem solos com boa aptidão agrícola utilizados
para outros fins. Conclui-se, assim, que muitas actividades agrícolas
se desenvolvem em solos pouco aptos para a agricultura. Este
problema é ainda agravado pelo facto de, por vezes, se escolherem as
espécies a cultivar sem estudos prévios que permitam uma boa adequação
entre a aptidão natural e o uso do solo. Tudo isto condiciona o rendimento
da terra e dos agricultores, contribuindo para os baixos níveis de
rendimento e produtividade da agricultura portuguesa
A aplicação muitas vezes inadequada, dos sistemas de produção
constitui outro problema, pois conduz ao empobrecimento e à degradação
dos solos:
• No sistema extensivo, a utilização do pousio absoluto, sem recurso às
culturas forrageiras ou às pastagens artificiais, facilita a erosão dos
solos.
• A prática da monocultura conduz ao empobrecimento e esgotamento
de determinados nutrientes do solo essenciais ao desenvolvimento
das culturas;
• A excessiva mecanização, sobretudo a utilização de máquinas
pesadas, contribui também para a compactação dos solos;
• No sistema intensivo, a utilização excessiva ou incorrecta de
fertilizantes químicos e pesticidas degrada e polui os solos e diminui a
sua fertilidade.
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior.
Uma parte significativa do território continental, sobretudo no Interior e no
Sul, apresenta uma tendência para a desertificação. As vastas áreas de
floresta ardida durante os meses de Verão agravam esta tendência.
O clima, também é um factor bastante importante quanto aos solos,
visto que por vezes ou o tempo é muito seco e empobrece este, ou caem
chuvas intensas que provocam erosão.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua
incorrecta utilização, o ordenamento territorial assume um papel de grande
importância, uma vez que permitirá adequar as diferentes utilizações do
solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo, se continue a
ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com
construção urbana e industrial.
Vantagens Desvantagens
Pluri-rendimento Oscilação de preços
Disponibilidade de mão-de- Abandono parcial da agricultura –
obra para outras actividades > diminuição do rendimento das
terras.
Ordenado fixo Problemas com o clima ->
Melhorias para as famílias Diminuição da produção ->
Diminuição dos rendimentos
25.2 – Comercialização
Potencializar o sector agrário implica também a criação de
condições para o escoamento da produção, o que passa pela
organização dos produtores e pela melhoria das redes de distribuição
e comercialização.
O recurso ao marketing e a novas formas de distribuição são
outras medidas que poderão incrementar o consumo dos produtos.
25.3 – Valorização dos Recursos Humanos
A potencialização do sector passa pela valorização dos recursos
humanos, através do rejuvenescimento da população agrícola e do
aumento do seu nível de instrução e qualificação profissional. A
fixação de população jovem é fundamental para o desenvolvimento
rural sustentável, no entanto, isso dependerá da criação de condições
de vida atractivas.
É fundamental elevar o nível de instrução e de qualificação dos
agricultores, pois o uso de novas tecnologias, a necessidade de
preencher formulários de candidatura às ajudas, crédito e subsídios e
de apresentar projectos para obter financiamentos ou as negociações
com parceiros comerciais exigem cada vez melhor preparação.
25.4 – Protecção do ambiente
Os sistemas de produção agropecuária exercem um crescente
impacte ambiental, nomeadamente sobre os solos e a água. O uso de
pesticidas em geral e a fertilização do solo com nitratos e fosfatos poderão
provocar ou agravar a contaminação dos solos ou das águas subterrâneas
ou superficiais. O aumento da frequência da mobilização dos solos e da
mobilização de instrumentos mais potentes contribuem para a erosão dos
solos e a diminuição da qualidade do habitat de muitas espécies.
Na pecuária, sobretudo nas explorações do regime intensivo, os
dejectos sólidos e líquidos e as águas de lavagem, se não forem
devidamente tratados têm graves impactos ambientais.
Os apoios comunitários ao rendimento estão condicionados pelo
cumprimento das normas ambientais: eco condicionalidade.
25.5 – Multifuncionalidade do Espaço Rural
A multifuncionalidade das áreas rurais implica a pluriactividade que
permite o pluri-rendimento, através de actividades alternativas ou
complementares. Implica, também, um esforço de preservação dos valores,
da cultura, do património e de mobilização e potencialização dos recursos
locais.
Esta é uma opção estratégica que poderá melhorar as condições de
vida de muitas áreas rurais, afastando-as da situação de desfavorecidas”.
Tal só será possível com a fixação de população e o desenvolvimento de
actividades económicas sustentáveis.