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Mineralóides

• Substâncias sólidas, naturais e inorgânicas, contudo,


não possuem estrutura cristalina (partículas sem
distribuição regular no espaço)
• Ex: opala
Físicas
Cor Risca Brilho Dureza Fractura Clivagem

Varia de Cor do Efeito Resistência do O mineral O mineral


espécie mineral produzido mineral ao ser fragmenta-se de fragmenta-se de
mineral para quando pela luz ao riscado por forma irregular e forma regular e em
espécie reduzido a reflectir-se outro mineral sem direcção planos paralelos.
mineral e pó. numa ou por definida. - Apresenta
dentro da Determinad superfície de objectos. O ligações atómicas
mesma a através fractura valor é mais fracas em
espécie. da fricção (recente). determinado determinadas
- Está contra uma através da direcções (o
directamente porcelana escala de mineral quebra
relacionada fosca e Mohs. preferencialmente
com a dura. ao longo destas
estrutura -A risca do direcções).
química do mm mineral
mineral. permanece
sp da mm
cor.
Clivagem
• Propriedade física que traduz a tendência
de alguns minerais para fragmentarem,
por aplicação de uma força mecânica,
segundo superfícies planas e brilhantes,
de direcções bem definidas e constantes.

• Os planos de clivagem correspondem a


superfícies de fraqueza da estrutura
cristalina dos minerais
IDENTIFICAÇÃO

Clivagem – São muito frequentes, trata-se de superfícies de quebra


que constituem planos de notável regularidade. Os tipos mais comuns
são:

Romboédrica - Calcite
Clivagem
PROPRIEDADE QUE OS MINERAIS TÊM DE SE FRACTURAR
SEGUNDO DETERMINADAS DIRECÇÕES
a) Cúbica b) octaédrica c) dodecaédrica d) romboédrica e) prismática f)
pinacoidal
IDENTIFICAÇÃO

Octaédrica - Fluorite Cúbica - Galena


IDENTIFICAÇÃO

Brilho – Trata-se da quantidade de luz refletida pela superfície


de um mineral. Os minerais que reflectem mais de 75% da luz
exibem brilho metálico.

Galena com brilho metálico Topázio com brilho vítreo


Brilho/ Lustre
• Refere-se à intensidade de luz reflectida
por uma superfície de fractura recente do
mineral em estudo.

• Podem ser minerais de brilho:


– Metálico
– Submetálico
– Não metálico
Brilho metálico
Brilho Não Metálico
Brilho vítreo Brilho Terroso
Termos utilizados na descrição do brilho de
minerais não metálicos
Terroso Sedoso Gorduroso Nacarado Resinoso Vítreo Adamantino
(tipo
pérola)

•Brilho •Semelhante •Aparenta •Apresenta •Aparece •Apresenta •Parece ter o


esbatido (como a seda. estar coberto alguma como uma -se como brilho do
o do solo). •Característic por uma fina iridiscência. peça uma peça diamante.
•Característico de minerais camada de •Talco e resinosa. de vidro •Cerussite e
de minerais em óleo. apofilite. •Esfalerite. polido. algumas
com grão agregados •Quartzo •Quartzo e granadas.
muito fino. fibrosos. leitoso e esmeralda.
•Goetite e •Gesso nefelina.
limonite. fibroso.
Cor
• A cor de um mineral deve ser observada numa
superfície de fractura recente, à luz natural.

• Minerais idiocromáticos – apresentam uma cor


constante, qualquer que seja a amostra
observada

• Minerais alocromáticos – apresentam uma gama


variada de cores (são geralmente minerais de
brilho não metálico)
IDENTIFICAÇÃO
Granada -
Fe3Al2(Si3O12)
Vanadinita
Pb5(VO4)3Cl

Azurita
Cu3(CO3)2(OH)2
Dureza
• A dureza (H) de um mineral é a
resistência que este oferece ao ser
riscado por um outro mineral.

• Escala de Mohs (1822)


Determinação da Dureza
(Escala de Mohs)
Mineral Dureza de Mohs Observação (Mineralógica)
Talco 1 Facilmente riscado pela unha. Apresenta um
tacto gorduroso.

Gesso 2 Pode ser riscado pela unha.

Calcite 3 Mt facilmente riscado por uma navalha e riscado


por uma moeda de cobre.

Fluorite 4 Facilmente riscado por uma faca. (Não tão


facilmente como a calcite).

Apatite 5 Riscado por uma navalha, com dificuldade.

Ortoclase 6 Não pode ser riscado por uma navalha, mas


risca o vidro.

Quartzo 7 Risca o vidro facilmente.

Topázio 8 Risca o vidro mt facilmente.

Corindo 9 Corta o vidro.


• A dureza é uma propriedade
geologicamente importante porque traduz
a facilidade ou dificuldade com que um
mineral se desgasta quando submetido à
acção abrasiva de cursos de água, do
vento e dos glaciares nos processos de
erosão e transporte.
Métodos alternativos
Traço/ risca
• O traço é a cor de um mineral quando reduzido
a pó.

• Para se determinar essa cor, risca-se com o


mineral a superfície despolida de uma porcelana
(apenas aplicável a minerais com dureza inferior
à da porcelana, cerca de 7)
• Para minerais com dureza superior, reduz-se a
pó uma pequena amostra do mineral em estudo,
num almofariz.
IDENTIFICAÇÃO

Traço – Trata-se da cor do pó do mineral, sendo obtida riscando


o mineral contra uma placa ou uma fragmento de porcelana de
cor branca.

Hematita – Traço vermelho Magnetita – Traço amarelo


Densidade
• A densidade de um mineral depende da
sua estrutura cristalina, nomeadamente da
natureza dos seus constituintes e do seu
arranjo, mais ou menos compacto.

• Geralmente os minerais de brilho metálico


são mais densos.
ORIGEM

Os minerais podem ser classificados de acordo com sua


origem, sendo:

Minerais magmáticos são aqueles


que resultam da cristalização do
magma e constituem as rochas
ígneas ou magmáticas.
Diamante
ORIGEM

Minerais metamórficos originam-se


principalmente pela acção da
temperatura, pressão litostática e
pressão das fases voláteis sobre
rochas magmáticas, sedimentares e
também sobre outras rochas
metamórficas.

Granada
ORIGEM

Minerais sublimados são


aqueles formados diretamente da
cristalização de um vapor, como
também da interação entre
vapores e destes com as rochas
dos condutos por onde passam.

Enxofre
ORIGEM

Minerais pneumatolíticos são


formados pela reação dos
constituintes voláteis oriundos
da cristalização magmática,
desgaseificação do interior
terrestre ou de reações
metamórficas sobre as rochas
adjacentes.

Turmalina
ORIGEM

Minerais formados a partir de soluções originam-se pela


deposição devido a evaporação, variações de temperatura,
pressão, porosidade, pH e/ou eH.

Evaporação do solvente: neste processo a


precipitação ocorre quando a
concentração ultrapassar o coeficiente de
solubilidade pelo processo de evaporação,
fato que ocorre principalmente em regiões
quentes e secas, formando sulfatos
(anidrite, gibsite etc.), halogenetos (halite,
Gibsite silvite etc.) etc.
ORIGEM

Perda de gás agindo como solvente:


processo que ocorre quando uma
solução contendo gases entra em
contados com rochas provocando
reação, a exemplo do que ocorre
quando solução aquosa contendo
dióxido de carbono entra em
contato com rochas calcárias,  caso
em que o carbonato de cálcio é
parcialmente dissolvido formando o
bicarbonato de cálcio (CaH2(CO3)2),
composto solúvel na solução.

Caverna calcária
ORIGEM

Diminuição da temperatura e/ou pressão: as soluções de origem


profunda resultantes de transformações metamórficas
(desidratação, descarbonatação, etc.) ou de cristalizações
magmáticas normalmente contêm significativas quantidade de
material dissolvido. Quando essas soluções esfriam ou a pressão
diminui, formam-se minerais hidrotermais, depositados na forma
de veios ou filões.

Quartzo
ORIGEM

Interação de soluções: O encontro


de soluções aquosas com solutos
diferentes, ao interagirem, pode  
formar composto insolúvel ou com
coeficiente de solubilidade bem
mais baixo, que se precipita. Como
exemplo pode ser citado o encontro
de uma solução com sulfato de
cálcio (CaSO4) com outra contendo
carbonato de bário (BaCO3),
resultando na formação de um
precipitado de barite (BaSO4).

Barita
ORIGEM

Interação de gases com soluções: A


passagem de gás por uma solução
contendo iões pode gerar
precipitados, a exemplo do que
ocorre com a passagem de H2S (gás
sulfídrico) por uma solução
contendo catiões de Fe, Cu, Zn etc.,
formando sulfuretos de ferro como
pirite (FeS2), calcopirite (CuFeS2),
esfalerite (ZnS), etc..

Pirite
ORIGEM

Ação de organismos sobre soluções: Esse


processo resulta da ação dos organismos
vivos, animais ou vegetais, sobre as
soluções. Dessa forma um grande
número de seres marinhos (corais,
crinóides, moluscos etc.) extraem o
carbonato de cálcio das águas salgadas
para formar suas conchas e partes
duras de seus corpos, resultando na
formação de calcita (CaCO3) e, em
menor quantidade, aragonita (CaCO3) e
dolomita [MgCa(CO3)2].

Calcite
IDENTIFICAÇÃO

Hábito – Forma geométrica externa, habitualmente exibida


pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura
cristalina.

Limonite – hábito cúbico Quartzo – hábito prismático


IDENTIFICAÇÃO

Transparência – São os minerais que não absorvem ou


absorvem pouco a luz. Os que absorvem a luz são
considerados translúcidos e dificultam que as imagens sejam
reconhecidas através deles.

Diamante transparente
IDENTIFICAÇÃO

Fractura – Refere-se à superfície irregular e curva resultante da


quebra do mineral. Obviamente é controlada pela estrutura atómica
interna do mineral, podendo ser irregulares ou conchoidais.

Quartzo com
fractura conchoidal
IDENTIFICAÇÃO

Densidade relativa – É o número que indica quantas vezes certo


volume de mineral é mais pesado que o mesmo volume de água a 4ºC.
Na maioria dos minerais, a densidade relativa varia entre 2,5 e 3,3.
Alguns minerais que contém elementos de alto peso atómico (Ba, Sn,
Pb, Sr, etc. ) apresentam uma densidade superior a 4.

Cassiterite (SnO2) –
densidade relativa: 6,8 – 7,1
IDENTIFICAÇÃO

Geminação – É a propriedade de certos cristais de se desenvolverem


de maneira regular. A geminação pode ser classificada como simples
(dois cristais intercrescidos) ou múltipla (polissintética).

Estaurolite – geminação Labradorite – geminação


simples em cruz. polissintética.
IDENTIFICAÇÃO

Propriedades eléctricas – Muitos minerais são bons condutores de


eletricidade, como é o caso dos elementos nativos (Cu, Au, Ag, etc.) e
outros, são classificados como semicondutores (sulfuretos). Alguns
minerais são classificados como magnéticos, como é o caso da
magnetite e a pirrotite, pois geram um campo magnético à sua volta
com intensidade variável.

Magnetita (Fe3O4)
FIM

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