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Falar que o Creed lançou um novo CD já parece ser algo fora da realidade, como uma

boa fã que sou deles. E isso parece noticia de 5 anos atrás, ou mais. Mas depois de meia
década (fica mais dramático, não é?) eis que Scott Stapp, Mark Tremonti, Scott Phillips,
Brian Marshall e Eric Friedman retornam, mas não parece ser uma volta muito
garantida infelizmente. Os integrantes ainda continuam com seus antigos projetos/;
Scott Stapp lançará seu segundo CD e o restante da formação segue gravando seu 3º
álbum com o Alter Bridge.
Enquanto os fãs, inclusive eu, aguardam a gravação do DVD da banda em novembro
deste ano, (caso não atrase, como o lançamento do CD) vamos avaliar o Full Circle.
Hora de deixar a fã de lado e buscar a jornalista que sou nas minhas 8,9,10, (bom, deixa
pra lá) horas diárias.
O faixa Overcome já tinha sido liberada em agosto desse ano, o que aumentou a
ansiedade dos fãs para o restante das novas músicas. Decididamente, não parecem os
caras. Pegadas mais pesadas, mas também bem trabalhadas mostram que esse tempo
longe, teoricamente, deu um novo fôlego ao pessoal. Tirando a voz inconfundível do
Scott, com as rasgações não muito diferentes, ao menos a faixa prometia um álbum
evoluído. Ao menos musicalmente falando. Sabe se lá como anda a briga de alguns
integrantes pra eles terem voltado. Wathever, continuando então. Nos deparamos com
Bread of Shame e pensamos apreensivos se as letras não evoluíram com a
musicalidade da banda. Deixando isso de lado, mais uma música que só se faz
acreditável pelo vocalista e pelos dedos ágeis de Tremonti. A Thousand Faces traz uma
letra melhorzinha. Melhorzinha no sentido de criativa. O ritmo mais pseudo-calmo
lembra as baladinhas do Creed de antigamente. Aquelas épocas de "Don't stop dancing"
de 2002, sabe? Acho até que são parentes. Mas mesmo assim, é uma boa faixa. E o solo
nessa é um tanto quanto impressionável. Em Suddenly acreditamos na evolução das
letras. Mas a criatividade ficou nisso. Dá pra dizer que é parente da antiga "Torn"
(2000). Aí chegamos na queridinha Rain. Totalmente para venda essa, sem dúvida.
Irmã de "My Sacrifice", sem dúvida. Mas gostei mesmo assim. Letra bonitinha e ritmo
gostosinho. E só.
Away in Silence é uma surpresa. No começo parece uma baladinha/triste/padrão. Mas
vai melhorando. O desempenho do Scott nos vocais dessa é notável. E os arranjos são
interessantes. Voto nela pelo fator novidade. A pegada de Fear promete no começo.
Mas só. Acaba aí. A letra é revoltadinha, a pegada bacana do começo até dá as caras lá
pelo meio das faixas, mas fica nisso. On My Sleeve parece chata no começo, mas
consegue inverter a situação. Se você tiver paciência depois da última faixa, o refrão ao
menos dessa é.. hmm.. fofo?
E eis que na seqüência, ouvimos a faixa que nomeia o álbum. Full Circle. Juro que ouvi
traços countries perdidos nela, Sério. Pode ser ilusão, mas acho que ouvi. Nada a
declarar mais sobre essa música. Aposto que foi escrita pra espinhaçar alguém, sei lá.
Ainda não entendo qual critério que esse povo usa pra nomear seus álbuns. Aceito
teorias.
Time igual á baladinha da família das antigas. O resto é cada um que decide. Good
Fight, na minha opinião, nenhuma grande novidade também.Mas pode ficar na cabeça,
típica música que pode ser grudenta. The song you sing tem tudo pra ser a próxima
música de trabalho. Letra para refletir e ritmo de música para rádio. Mas é bacaninha.

Eu acredito que a banda está apostando em deixar seus singles com caras diferentes,
querendo dar uma roupagem nova ao Creed, coroado pelo retorno depois de quase 6
anos. Eles precisam se renovar ao que parece. Mas apesar de tudo, os fãs estão felizes
demais com essa volta inesperada. Talvez nem dê tanto tempo assim de julgar as
músicas. Afinal, fã que é fã, até pode desgostar de uma faixa ou de outra, ou de quase
todas, mas sabe como é.. Creed de volta, nem dá pra reclamar.

*Drika é jornalista foca e fã assumida do Creed;

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