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CASO CONCRETO 1
José Roberto firmou com Paulo Antonio, seu amigo de infância e parceiro nas baladas da noite
de Fortaleza, cidade onde nasceram e sempre residiram, dois negócios distintos, em razão dos
quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira
dívida onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de
multa. Vencidas as dívidas, José, que só dispunha de R$ 600,00, razão pela qual propôs pagar
parte do capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. Encontrou, no entanto,
resistência de Paulo. José Roberto apelou para a amizade entre os dois, mas não logrou êxito,
pois o amigo escudou-se no Código Civil. Diante do caso acima descrito, responda:
Paulo Antônio consultou o art. 313 CC e concluiu que como credor, não é obrigado a receber
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. E segundo o art. 314 CC o
credor não pode ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se
ajustou, ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível. A solução para o caso
seria José Roberto Quitar a dívida menor que é de R$ 500,00 mais a multa estabelecida por
Paulo Antônio.
CASO CONCRETO 2
Preocupada com o desempenho de seus alunos, a professor de Direito Civil II resolveu lançar a
seguinte questão em sala de aula: “(Cespe/DPE/ES/2006) 84 - Na obrigação de dar coisa
incerta, se ocorrer a perda ou a deterioração da coisa, mesmo que antes da escolha, sem culpa
do devedor, poderá o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa no estado em que ela se
encontra, com abatimento proporcional do preço. Entretanto, ocorrerá a extinção da obrigação
do devedor se a coisa se perder em razão de caso fortuito ou força maior.” Joãozinho, sempre
ele, ponderou ser esta afirmativa verdadeira, mas não fundamentou sua resposta.
Joãozinho está errado, pois no caso em estudo a obrigação é de dar coisa incerta. Só será
certa depois da escolha. Segundo o art. 246 CC Antes da escolha, não poderá o devedor
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
QUESTÃO OBJETIVA 1
Se "A" se comprometer perante "B", a demolir uma casa em ruínas ou a fazer melhoramentos
nesse prédio, e não consegue licença da autoridade competente para a realização da reforma:
(A) o credor pode exigir ou a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos.
(B) liberado está o devedor.
(C) o débito subsiste quanto à prestação remanescente.
(D) o credor pode reclamar o valor da que se impossibilitou por último mais perdas e danos.
(E) o credor pode exigir o valor de qualquer das duas, além das perdas e danos.
QUESTÃO OBJETIVA 2
(A) cumpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em
que se encontra.
(B) deteriorada a coisa, sendo culpado o devedor, poderá o credor resolver a obrigação,
aceitando-a, mas em abatimento de seu preço, arcando com o valor que perdeu.
(C) responsável o devedor pela danificação da coisa, mas sem destruição total, terá o credor o
direito de reclamar indenização por perdas e danos.
(D) tendo o devedor deteriorado a coisa, poderá o credor desistir do megócio e receber a
devolução do valor equivalente ao bem no estado em que recebeu.