Você está na página 1de 2

Colégio Estadual César Borges

Série:5ªa8ª(6ºao9º ano)
Disciplina: Ciências Exatas
Professor: Klebson Souza Unidade: I

Aluno(a):___________________________

Japão enfrenta crise nuclear; tsunami ameaça economia

Por Taiga Uranaka e Ki Joon Kwon

FUKUSHIMA, Japão (Reuters) - O Japão se esforça nesta segunda-feira para evitar o


colapso em um reator nuclear atingido por uma segunda explosão de hidrogênio, dias
depois de um terremoto e um tsunami que mataram pelo menos 10 mil pessoas.

Rodovias e ferrovias, energia e portos foram paralisados em grande parte do nordeste


do Japão, e as estimativas dos prejuízos saltaram para até 170 bilhões de dólares. O
mercado de ações do Japão fechou em baixa superior a 6 por cento, maior queda
desde o auge da crise financeira de 2008, e analistas disseram que a economia
poderia mesmo voltar à recessão.

Equipes de resgate continuam procurando sobreviventes na região devastada pelo


tsunami, ao norte de Tóquio, e tentando ajudar milhões de pessoas que estão sem
energia elétrica e água. O primeiro-ministro Naoto Kan disse se tratar da pior crise no
país desde a Segunda Guerra Mundial.

As autoridades afirmam que pelo menos 10 mil pessoas provavelmente foram mortas
no terremoto de magnitude 8,9 e no tsunami que se seguiu. A agência de notícias
Kyodo informou que 2.000 corpos foram encontrados nesta segunda-feira só em duas
cidades do litoral.

'É uma cena infernal, absolutamente aterrorizante', disse Patrick Fuller, da Federação
Internacional da Cruz Vermelha na cidade de Otsuchi.

'A situação aqui é simplesmente inacreditável, quase tudo foi arrasado. O governo
está dizendo que 9.500 pessoas, mais da metade da população, poderia ter morrido, e
eu temo pelo pior.'
Por outro lado, as autoridades disseram que as espessas paredes em torno dos
núcleos radioativos dos reatores danificados na usina nuclear parecem intactos após a
explosão de hidrogênio, a segunda no local desde sábado.

O maior temor é de um grande vazamento de radiação do complexo em Fukushima,


240 quilômetros ao norte de Tóquio, onde os engenheiros têm lutado desde o fim de
semana para evitar um colapso nos três reatores.

O governo alertou as pessoas que vivem num raio de 20 quilômetros em torno da


usina a não saírem de casa. A empresa que opera a unidade, a Tokyo Electric Power
Co., disse que 11 pessoas ficaram feridas na explosão.

Segundo a Kyodo 80 mil pessoas foram retiradas da área, somando-se a outros 450
mil desabrigados do terremoto e do tsunami. As autoridades disseram no domingo que
três reatores nucleares em Fukushima corriam risco de superaquecimento,
aumentando os temores de um vazamento de radiação descontrolada.

Os engenheiros trabalhavam desesperadamente para resfriar as barras de


combustível nuclear na usina. Se não conseguirem, os recipientes que abrigam o
núcleo poderão derreter, ou até mesmo explodir, liberando material radioativo na
atmosfera.

Especialistas nucleares disseram que é provavelmente a primeira vez em 57 anos da


indústria nuclear de que a água do mar tem sido usada desta forma, num sinal de
como o Japão pode estar próximo de um acidente grave.

'A injeção de água do mar em um núcleo é uma medida extrema', disse Mark Hibbs,
do Fundo Carnegie para a Paz Internacional. 'Isso não está de acordo com os
manuais. '

(Reportagem adicional de Nathan Layne, Risa Maeda e Leika Kihara em Tóquio, Chris
Meyers e Kim Kyung-Hoon, em Sendai, Walter Brandimarte e DiSavino Scott, em
Nova York, Natsuko Waki em Londres e Fredrik Dahl em Viena)

Você também pode gostar