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Faculdades Metropolitanas Unidas

Lucas Ambrosio de Almeida nº82

Catástrofes Naturais

Mais uma vez a região Serrana do Rio de Janeiro é assolada por enchentes e
mortes. Mais de 350 mortos por deslizamentos de terra e inundações.

Porém, nada disso é novidade. Todo ano este mesmo fenômeno acontece. A
zona de convergência do Atlântico sul traz muita umidade (da região
amazônica) para a região sudeste nesta época do ano. Só que na região
serrana, a umidade já é por natureza mais alta. Assim, o sinergismo entre estes
dois acontecimentos, gera tamanha pluviosidade. Entre às 8 horas da manhã
do dia 11/01 até às 8 horas da manhã do dia 12/01 foram 201mm de chuva.

Com certeza, os governantes irão eleger o vilão do problema: as mudanças


climáticas. Climatologistas, meteorologistas e "especialistas" irão falar que os
fenômenos meteorológicos são intensificados pelas mudanças climáticas. Sim,
mas isso é um problema secular no Rio de Janeiro! Até hoje, não foi
encontrada correlação significativa entre quantidade de chuva e descaso do
poder público, agora, entre mortes que poderiam ser evitadas e descaso do
poder público, sim.

Crescimento urbano desordenado, canalização de rios, coleta de lixo deficiente


e corrupção são os grandes causadores de mortes, intensificados por eventos
climáticos mais intensos. Por exemplo, no morro do Bumba e em Angra dos
Reis, no ano passado, foram locais de desastres iguais aos que acontecem
agora em janeiro de 2011. Em ambos os locais, o poder público, mesmo
sabendo que a ocupação nestas áreas era irregular, cobrava IPTU dos
moradores, além disso, forneciam serviços públicos que estimulavam a
moradia nestes locais (água e luz). É a "mãe natureza" se vingando da gente?
Claro que não. É o poder público roubando até o último centavo dos impostos
que pagamos.
Tudo isso é evitável, mas requer remoção de comunidades, multa por
ocupação e descartes de lixo irregulares, proteção da mata de encosta de
morros, preservação de curso natural de rios, entre outros

O que fazer? Comoção da população, tomar as ruas e protestar, não votar em


famílias que estão no poder a décadas, resumindo, NADA. Nós não faremos
nada. Ficaremos emocionados com a tragédia aleia, revoltados com os
governantes, indignados com o  a situação, entre várias outras atitudes que
não ajudarão em nada.

Enquanto especialistas (caso verídico da Globo News), alegarem que a


natureza "faz"chover mais nas áreas mais quentes para resfriá-las (algo com
intenção da "mãe natureza"), ficaremos na mesma. O controle de massa é
muito forte. E que esperemos as enchentes de Março (bem provável o
acontecimento) e a tragédia do início do ano que vem.

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