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Charles Robert Darwin (12/02/1809 – 19/04/1882)

Quinto dos seis filhos de Susannah e Robert Darwin, Charles Robert Darwin
nasceu em Mount, na cidade de Shrewsbury, Inglaterra, em 12/02/1809. Seu
pai era um famoso médico, muito rígido com a família, foi também um
cuidadoso colecionador de minerais, conchas e selos. Sua mãe, pai e avô
sempre quiseram que Charles fosse um doutor, entretanto nunca imaginaram
que ele seria destinado a mudar o conhecimento científico de como a vida se
adaptou na Terra...

Darwin estudou no Colégio de Edinburgh e no Colégio de Christ, em


Cambridge antes de 1831. Parece que foi em Cambridge, através da amizade
com o professor de Botânica, John Henslow, que despertou o verdadeiro
interesse pela História Natural... Em 1831 (com 22 anos), sua amizade com
cientistas o leva a participar, como naturalista, de uma expedição no navio
HMS Beagle, promovida pela Marinha Inglesa para completar dados
cartográficos da América do Sul. Durante cerca de cinco anos de viagem,
obteve conhecimento da fauna, flora e geologia de vários lugares.

Mais de duas décadas depois de seu retorno ele publicou A Origem das
Espécies, através do Sistema de Seleção Natural, em 1859. Darwin desejava
revelar 'o mistério dos mistérios – a primeira aparição dos seres na Terra', e
seu livro imediatamente estabeleceu parâmetros a cerca da evolução que
foram aceitos naquela época, causando uma revolução científica que, hoje,
ainda causa debates...

Seleção Natural

Seleção Natural aplicada às mariposas, Biston betularia


 
O mecanismo de Seleção Natural, proposta por Charles Darwin, tem como
princípio a adequação de uma característica sugestiva ao meio ambiente. A
prevalência da característica torna-se favorável, à medida que,
hereditariamente, são transmitidas para as gerações seguintes. Enquanto a
sucessividade da característica benéfica se consolida na população como
caráter padrão, transmitido de geração em geração, as características
desfavoráveis de um organismo, cada vez menos freqüente, não se
perpetuam reprodutivamente. Atuando diretamente sobre o fenótipo, a
Seleção Natural permite mais ênfase aos aspectos favoráveis, resultando
em adaptação do mesmo. Assim, as variações bem sucedidas intensificam a
sobrevivência do organismo portador, tornando-o mais apto
reprodutivamente, podendo ocasionar o surgimento evolutivo de uma nova
espécie. Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural
é o aumento da população de mariposas (Biston betularia) com
pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX. Anterior a
esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as mariposas
com pigmento branco acinzentado prevaleciam. No entanto, com o
crescente desenvolvimento industrial, emissão de poluentes na atmosfera e
impregnação de fuligem na vegetação, as mariposas escuras, quando no
troco das árvores, passaram a serem menos observáveis pelos pássaros
(predador natural das mariposas). Consequentemente, a situação se
inverteu, as mariposas escuras passaram a predominar na população,
escondendo-se melhor dos predadores, garantindo sobrevivência e
reprodução. Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de
um par de gene codificador de dois tipos fenotípicos: claro e escuro, atuou
a Seleção Natural sobre a freqüência da variedade sujeita às condições
ambientais. Nesse caso, pode-se concluir que o processo de Seleção
Natural, não necessariamente potencializa sua atuação de forma deletaria,
produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma característica.
Mas pode limitar uma variação fenotípica conforme a interferência do
meio.

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