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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – CMRV


BACHARELADO EM BIOMEDICINA
DISCIPLINA: BACTERIOLOGIA
PROFESSORA: ANNA CAROLINA

MYRLLA ALVES SILVA

RESENHA CRÍTICA

PARNAÍBA
JUNHO/2010
MYRLLA ALVES SILVA

SEROLOGICAL DIAGNOSIS OF LEPROSY IN PATIENTS IN


VIETNAM BY ENZYME-LINKED IMMUNOSORBENT ASSAY WITH
MYCOBACTERIUM LEPRAE-DERIVED MAJOR MEMBRANE
PROTEIN II

Trabalho destinado ao curso de Biomedicina na


Universidade Federal do Piauí - UFPI, para a
obtenção da nota junto à disciplina de
Bacteriologia, ministrada pela Professora adjunta
de Microbiologia Anna Carolina T C Pereira.

PARNAÍBA
JUNHO/2010
KAI M., PHUC. HOANG THI T. H., NGUYEN A. H., FUKUTOMI Y, MAEDA Y.,
MIYAMOTO Y., MUKAI T., FUJIWARA T., NGUYEN T. T.e MAKINO M. Serological
Diagnosis of Leprosy in Patients in Vietnam by Enzyme-Linked Immunosorbent Assay
with Mycobacterium leprae-Derived Major Membrane Protein II. Department of
Microbiology, Leprosy Research Center, National Institute of Infectious Diseases Received
21 April 2008/Returned for modification 13 June 2008/Accepted 12 October 2008. Clinical
and vaccine immunology, Dec. 2008

 A hanseníase é caracterizada por lesões de pele e nervo, esta última, consequência da


interação do Mycobacterium leprae. A expressão de MMP- II encontra-se aumentada em
lesões de nervo periférico de pacientes com hanseníase. O objetivo deste trabalho é elucidar
se o teste sorológico utilizando antígenos de MMP II (MMP II ELISA) para a detecção de
anticorpos em pacientes com hanseníase e contatos dos pacientes na região central do Vietnã
é mais eficaz que o método PGL I (PGL ELISA), que foi desenvolvido na década de 80. Pois
o ultimo são insatisfatório para a detecção de ambos os multibacilares (MB) paucibacilar (PB)
e também para o diagnóstico precoce. A procura antígeno mais sensível, chegaram a MMP II,
Observaram a presença de MMP II conservada entre M. leprae, M. tuberculosis e M. avium.

O artigo enfatiza os métodos de diagnóstico para hanseníase baseada em sequencia de


DNA de M. leprae que estão sendo desenvolvidas, mas afirma as dificuldades dos países em
desenvolvimento, devido às máquinas caras. Afirma também que a dificuldade é maior em
realizar testes de DNA que testes de diagnóstico sorológico.

Os autores estudaram 974 amostras de soro de diferentes indivíduos. Dos 205


pacientes com hanseníase, foram constatados que através 121 pacientes tiveram hanseníase
MB e 84 tinham hanseníase PB, deixando claro que o diagnóstico inicial Fo feito de acordo
com o sistema de classificação de Ridley-Jopling e pacientes MB e PB classificados de
acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS). Eles utilizaram E. coli para expressar o
gene MMP II (ML2038c ou bfrA) como uma fusão usando uma expressão pMAL-c2x. Placas
de microtitulação foram revestidas com 50 ul de solução antígeno (MMP – II [0,4ug / ml]) e
PGL-1 [0.2ug/ml] em tampão bicarbonato (pH 9,4) e mantido a 4° C durante a noite. Eles
mediram anticorpos anti-MMP-II IgG e anticorpos anti-PGL-I IgM placa por placa. Fizeram a
monitoração de 148 pacientes portadores de hanseníase usando MMP-II ELISA e PGL-I
ELISA, e afirmam a amostragem foi realizada de três a cinco vezes. Para calcular os níveis de
corte foi usada uma característica operadora receptora (ROC) e as significativas diferenças
entre os ensaios foram confirmados pelo teste do qui-quadrado.

De acordo com os resultados obtidos pelos autores a distribuição padrão de valores


MMP – II ELISA foi bastante diferente do PGL-I ELISA para indivíduos saudáveis. Os
autores certificou-se que entre os pacientes MB, 85% foram positivos para MMP-II ELISA e
57,0% pelo PGL-I ELISA, 47% dos pacientes PB positivos por MMP-II ELISA e 20% por
PGL-I ELISA, observando a maior proporção de pacientes positivos pelo MMP-II ELISA.

Segundo o artigo o sorodiagnóstico é mais fácil, barato e menos invasivo, e falam da


PGL-I utilizado atualmente como antígeno específico e M. leprae, e afirmam que a
sensibilidade e especificidade não são tão satisfatórias. Com base nesses dados observaram
uma diferença significativa entre MMP-II ELISA e PGL-I ELISA na detecção de MB e PB.
Eles mostram possíveis causas sobre essa diferença. Os dados obtidos indicaram que a MMP-
II ELISA pode ser útil no monitoramento da doença.

Por se tratar de uma bactéria em potencial, o seu diagnóstico laboratorial é de grande


importância para nortear o diagnóstico clínico e para a correta escolha da terapia adequada
empregada no tratamento de infecções causadas por esse patógeno. O teste diagnóstico
apresentado pelo artigo em questão se constitui como um excelente meio para a identificação
rápida e segura de Micobacterium leprae devido se empregar técnicas moleculares que
proporcionam uma concisão em seus resultados, onde através da detecção de um gene
caracterísco, realizado por meio do MMP-II ELISA.

Em conclusão, o gene MMP-II demonstrou ser uma fator de virulência satisfatório para a
detecção de pacientes com MB e PB, bem como o diagnóstico precoce da Mycobacterium
leprae. Ocorrendo em todas as amostras a alta taxa de positividade em relação ao PGL-1
ELISA. Sendo que o gene MMP-II é encontrado em M. leprae, M. tuberculosis e M. avium.

Resenhado por Myrlla Alves Silva, acadêmica do curso de Biomedicina, quarto período na
Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Velloso, Parnaíba-PI.

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