Você está na página 1de 11

c 

1 Histórico da doença ...............................................................


2 Registro de diversas epidemias ao redor do mundo..............
3 Agente causador ....................................................................
4 Modo de transmissão ............................................................
5 Periodo de incubação ............................................................
6 ˜  de transmissibilidade ...............................................
7 Dengue Hemorrágica .............................................................
8 Sintomatologia .......................................................................
9 Método terapêutico...............................................................
10 Dados epidemiológicos ........................................................
11 Prevenção ............................................................................
Fontes .......................................................................................

p
p
p
p
p
p
p
p
Vp p p
p
Aplicando-se o método de estimar taxas de substituição de nucleotídeos para calcular o
tempo de divergência de populações, a partir de dados conhecidos atualmente, estima-se que os
quatro sorotipos do vírus da dengue tenham surgido há cerca de 2000 anos e que o rápido aumento
da população viral e a explosão da diversidade genética tenham ocorrido há, aproximadamente, 200
anos, coincidindo com o que conhecemos por emergência da dengue em registros históricos, a
saber:Primeira fase: Separação do vírus dos demais flavivírus. Esta separação pode ter ocorrido há
2000 anos.Segunda fase: O vírus tornou-se sustentável na espécie humana. É provável que fosse,
primariamente, silvestre, circulando em macacos no velho mundo e mudando para doença humana
com transmissão em ambiente urbano, no fim do século XVIII.Terceira fase: Em meados da década
iniciada em 1950 ocorreram os primeiros casos notificados da dengue hemorrágica.

O impacto dessa doença sobre a população humana é notado, não só pelo desconforto que
causa, como pela perda de vidas, principalmente entre crianças. Na Ásia, é a segunda causa de
internamentos hospitalares de crianças. Há, também, prejuízos econômicos expressos em gastos
com tratamento, hospitalização, controle dos vetores, absentismo no trabalho e perdas com turismo.

O ressurgimento da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem
conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir:as medidas de controle dos vetores de
dengue, nos países onde são endêmicos, são poucas ou inexistentes;o crescimento da população
humana com grandes mudanças demográficas;a expansão e alteração desordenadas do ambiente
urbano, com infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população
vetora;o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e consequente
aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais, favorecendo a dispersão dos vetores e
dos agentes infecciosos.

Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da dengue é


observação que se reveste de extrema importância porque as populações humanas estão sendo
expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida com a
exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar que podem surgir cepas com patogenicidade e
infectividade aumentadas e que populações silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes,
quando introduzidas em populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as
populações de vírus com sequências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente das
populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e dois para o DEN-1 e
DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo
não se dispondo de amostras históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através
do tempo, as observações mostram que a variabilidade genética está aumentando.

No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos quatro subtipos
de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da população humana, podendo
aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do vírus pode estar relacionada com o surgimento
de casos graves da doença, causados, possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta
a populações virais geneticamente diferentes.

A incidência de dengue em todo o mundo tem aumentado nas últimas décadas. Hoje, a
doença ocorre em mais de 100 países. O —edes aegypti, vetor da dengue, é uma espécie de mosquito
hematófago originário da África. Acredita-se que tenha aportado no continente americano junto com
os navios negreiros na época da colonização (século XVI). Já o vírus da dengue é proveniente da Ásia
e só chegou depois à América.

Os primeiros surtos de dengue foram reportados no final do século XVIII, em Java (sudoeste
asiático), na Filadélfia (Estados Unidos) e no Cairo e Alexandria (Egito). No século seguinte, quatro
grandes epidemias assolaram o Caribe e o sul dos Estados Unidos.

Haviam longos intervalos entre as epidemias, provavelmente devido à dificuldade de


introdução de novos sorotipos do vírus causador da doença em decorrência do lento transporte
marítimo. A incidência das epidemias, como se pôde constatar ao longo da história, geralmente está
associada à introdução de novos sorotipos.

Uma pandemia de dengue clássica tomou o sudeste asiático depois da Segunda Guerra
Mundial. Já os primeiros casos de dengue hemorrágica de que se tem notícia aconteceram na década
de 1950, nas Filipinas e na Tailândia. A síndrome do choque, por sua vez, teve seu primeiro registro
epidêmico na Tailândia, em 1958.

Uma segunda expansão da dengue na Ásia começou nos anos 80, quando o Sri Lanka, a
Índia e as Ilhas Maldivas tiveram suas primeiras epidemias de dengue hemorrágica. Desde então,
epidemias de dengue causadas pelos quatro sorotipos também se intensificaram na África.

— 
Em 1953, o vírus do tipo 2 foi isolado pela primeira vez na América, na ilha de Trinidad. Mas
a presença do vírus da dengue no continente só intensificou-se após a década de 60. A primeira
epidemia confirmada em laboratório foi associada ao sorotipo 3, isolado no Caribe e na Venezuela
em 1963-1964.

O sorotipo 1 apareceu pela primeira vez em 1977, na Jamaica, vindo provavelmente da


África. A partir de então, países da América do Sul, como Brasil, Bolívia, Paraguai, Equador e Peru,
que estavam livres da dengue, foram acometidos por epidemias causadas por esse sorotipo.

Já o sorotipo 2, vindo do sudeste asiático, foi o responsável pelo primeiro surto de febre
hemorrágica ocorrido fora da Ásia. O surto aconteceu em 1981, em Cuba. O segundo surto dessa
manifestação da dengue ocorreu na Venezuela, em 1989.

Também no ano de 1981, houve a introdução do tipo 4 no continente, importado


provavelmente das ilhas do Pacífico, causando diversas epidemias. O sorotipo 3, que não era
encontrado desde 1978, voltou a ser detectado em 1994, na Nicarágua e no Panamá. Em 1995, a
dengue já era a mais importante doença viral transmitida por mosquito no mundo.

 
No Brasil, há referências de epidemias de dengue desde 1916, em São Paulo, e em 1923,
em Niterói, no Rio de Janeiro, sem comprovação laboratorial. No começo do século XX, o Rio de
Janeiro vivia uma crise de febre amarela, doença também transmitida pelo —edes aegypti. Oswaldo
Cruz iniciou então uma campanha para a erradicação do mosquito. Apesar de ter sua população
reduzida drasticamente, ele não chegou a ser erradicado e voltou a se espalhar, provocando nova
epidemia na década de 20.
Nas décadas de 1930 e 1940, a Fundação Rockefeller incentivou intensas campanhas de
erradicação do —edes aegypti nas Américas. Já em 1947, a Organização Pan-Americana da Saúde
passou a coordenar campanhas com a mesma finalidade. Em 1955, o Brasil conseguiu eliminar seu
último criadouro do mosquito e, três anos depois, o vetor foi declarado erradicado no país.

Em 1962, 18 países continentais e várias ilhas do Caribe tinham obtido êxito na tarefa.
Contudo, o mosquito permaneceu em alguns países e conseguiu, aos poucos, reinfestar o continente.
Em 1967, confirmou-se a reintrodução do —edes aegypti no Brasil. Mosquitos foram encontrados no
Pará e, dois anos depois, também no Maranhão. Novos esforços conseguiram que, em 1973, o vetor
fosse considerado erradicado novamente do território brasileiro.

Devido às falhas na vigilância epidemiológica e à urbanização acelerada, o mosquito


retornou ao Brasil já em 1976. Foram confirmadas reinfestações no Rio Grande do Norte e no Rio de
Janeiro. Entretanto, não foram registrados casos de dengue. Nos anos seguintes, o mosquito se
espalhou pelo país até que, em 1995, a distribuição geográfica do Aedes aegypti já era similar à
verificada antes dos programas de erradicação do mosquito.

a 
O primeiro surto de dengue registrado no Brasil após a reentrada do mosquito no país
aconteceu no ano de 1981 em Boa Vista, capital de Roraima. Foi também a primeira epidemia
documentada clínica e laboratorialmente. Os sorotipos 1 e 4 foram identificados, mas não se
alastraram pelo país.

Em 1986, com a chegada do sorotipo 1 ao Rio de Janeiro, houve uma epidemia. Logo o vírus
espalhou-se para a região nordeste (Alagoas e Ceará). Entre esse ano e 1990, as epidemias de
dengue se restringiram a alguns estados do sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e
nordeste (Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia).

Nesse ano de 1990, também no Rio de Janeiro, ocorreu a introdução do sorotipo 2.


Registrou-se, então, o primeiro surto de dengue hemorrágica do Brasil. A partir de 1994, o —edes
aegypti se dispersou rapidamente, levando o vírus para um maior número de estados e provocando
um aumento dos casos da dengue, que teve uma terceira onda epidêmica em 1997-1998.

A entrada do tipo 3 no Brasil também aconteceu pelo Rio de Janeiro, em 2001. O vírus teve
rápida dispersão para todos os estados do país. Atualmente, discute-se se o sorotipo 4 já chegou ao
Brasil, ou quando isso deve acontecer.
2p
p
p
 p

 p p
pp p
As primeiras notificações de epidemias de dengue ocorreram em 1779 e 1780 na Ásia,
África e América do Norte. As ocorrências simultâneas e próximas de epidemias nos três continentes
indicam que o vírus e o mosquito vetor estão distribuídos nos trópicos há mais de 200 anos.

As epidemias de dengue tiveram início no sudeste Asiático durante e após a SegundaGuerra


Mundial, nas décadas de 1940 e 1950, e se expandiram para o resto do mundo nas décadas
posteriores. Os primeiros casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) apareceram na década de
1950, durante as epidemias nas Filipinas e na Tailândia. A partir dos anos 70, o dengue tornou-se
uma das principais causas de internação e morte de crianças em alguns países da região. Atualmente,
a dengue ainda afeta a maioria dos países da Ásia e representa uma das principais causas de
hospitalização e morte de crianças.

Os países das Américas Central e do Sul, da África e da Ásia incluídos são entreas regiões
tropical e subtropical sob risco de ocorrência de transmissão da infecçãopelo vírus do dengue. Em
2007, havia estimativas de que 975 milhões a 2,5 bilhõesde pessoas residiam em regiões
consideradas endêmicas de dengue, principalmenteem áreas urbanas, números estes que
correspondiam a quase a metade da populaçãoglobal. Nas últimas décadas,continua crescendo
exponencialmente o número anual acumulado de casos dedengue e dengue hemorrágica,
notificados à Organização Mundial da Saúde(OMS).

No período de 2000 até 2005, o número anual acumulado de casos foi de925.896, quase o
dobro dos registros de 1990 a 1999 (479.848 casos).A variação cíclica (entre 3 e 6 anos) representa
os anos de baixae elevada incidência da doença; entre 1955 e 1976 onúmero de casos era abaixo de
40.000 e menos de 15 países os notificavam à OMS; entre 1977 e 2005 houve um aumento abrupto
da incidência de casosde dengue e também do número de países notificantes, incluindo os países
dasAméricas. Neste último, especialmente o ano de 1979 apresentou o menor númerode notificação
de dengue, cerca de 110.000 casos, o que representa um contrastecom o ano de 2002 com
aproximadamente 1.300.000 casos. Oauge das notificações de dengue para a OMS foi em 2001: 69
nações do SudesteAsiático, do Pacífico Ocidental e das Américas informaram casos de dengue.
Entre2001 e 2004, foram registradas atividades reemergentes de dengue com expansãogeográfica
para o Butão, o Hawai (EUA), as ilhas Galápagos (Equador), a ilha dePáscoa (Chile), Hong Kong e
Macao (China).

Embora a tendência seja de aumento dos casos de dengue e FHD, houve reduçãoda taxa de
letalidade no período de 2000 até 2006, comparando-se com as décadasanteriores.Em relação ao
Sudeste Asiático, a Organização Mundial da Saúdeestratifica os países em quatro categorias
diferentes (A, B, C e D), de acordo coma gravidade clínica e o perfil epidemiológico. Na categoria A,
estão os países ondeo dengue constitui um grande problema de saúde pública, são registrados casos
dehospitalização e morte entre crianças, a doença é endêmica em centros urbanos,ocorre circulação
de múltiplos vírus e há expansão para a área rural (Indonésia, Tailândia, Sri Lanka e Timor Leste). Na
categoria B, estão os países em que os ciclosepidêmicos são frequentes, circulam múltiplos vírus e há
expansão geográfica parao interior do país (Índia, Bangladesh, Maldivas). Na categoria C, são
classificadosos países que apresentam endemicidade incerta (Butão, cuja primeira
epidemiaaconteceu em 2004; Nepal notificou casos de dengue em 2006). Na categoria D,situam-se
os países onde não há evidência de endemicidade, como é o caso daCoréia.
Esta análise regional da dengue noSudeste Asiático (onde os quatros tipos de vírus da
dengue circulam há muitos anos)reflete o processo transitório e de transformação em que se
encontra a dengue comodoença de massa.Nas Américas, a reemergência da dengue ocorreu nas
décadas de 1960 e1970 e os primeiros casos de FDH, na década de 1980. Nos países do Sudeste
Asiático, foramregistrados cerca de 1,16 milhão de casos de febre hemorrágica do dengue
(FHD),principalmente em crianças, ao passo que, nas Américas, foram notificados 2,8milhões de
casos de febre do dengue (FD) em adultos e aproximadamente 65.000casos de FHD no mesmo
período de cinco anos. Na África e nospaíses do Mediterrâneo, estima-se que os casos de dengue
registrados pelo sistemade vigilância epidemiológica sejam subnotificados, portanto não
representam asituação epidemiológica.Em vários paísesdessas regiões, foram registradas recentes
epidemias de dengue (2005-2006):Madagascar, Paquistão, Arábia Saudita, Sudão e Yemen.

A Europa é o único continente onde o dengue não é endêmico.A expansão geográfica da


dengue e o aumento da incidência de casostêm sido frequentemente relacionados a fatores
climáticos, como o aquecimentoglobal e os fenômenos elniñoe laniña, que influenciam na
intensidade daschuvas e produzem alterações na biodiversidade dos países em desenvolvimento,nas
regiões tropicais e subtropicais, facilitando a permanência do seu principaltransmissor o —edes
aegypti.

Entretanto, acombinação de vários fatores estruturais e conjunturais favorece a expansão e


amanutenção da circulação do vírus e seus vetores. A inadequada infraestruturabásica urbana
(habitação deficiente, reservatórios de água inadequados, limpeza delixo insuficiente, etc.),
decorrente sobretudo da migração rural-urbana nas últimasdécadas e da ausência de políticas
públicas, dificulta o controle vetorial. Outrosfatores de interesse mercadológico que levam à
produção de grande quantidadede objetos e vasilhames descartáveis contribuem de maneira
significativa para adispersão do vetor. A rápida mobilidade de grupos populacionais tem sido
tambémapontada como um fator de disseminação viral.

p
p
p
p
p
p
p
p
i 

p  p
O vírus causador da dengue é classificado como um arbovírus (isto é, ele é um vírus
transmitido por mosquitos) e tem quatro tipos de vírus: 1, 2, 3 e 4. Todos eles podem causar tanto a
forma clássica quanto a dengue hemorrágica. Entretanto, o tipo 3 parece ser o mais agressivo
(virulento).

pp
p p
A transmissão da
doença se dá
através da picada
dos mosquitos
transmissores
(vetor), o Aedes
aegypti e Aedes
albopictus.O
Aedes Aegypti é
parecido com o
pernilongo comum, e pode ser identificado por algumas características que o diferenciam, como
corpo escuro e rajado de branco. É importante ressaltar que dengue não é uma doença transmissível
de forma direta, ou seja, não passa de um indivíduo para o outro, nem mesmo por meio de fontes de
água ou alimento ou por uso de objetos pessoais do doente. Todavia, existe a transmissão vertical
desse vírus, da gestante para o bebê, através da placenta.


p
p  p
Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.


p
p  
p
É o período no qual a pessoa infectada pode passar o vírus para o mosquito. Ocorre quando
houver vírus no sangue (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento
dos sinais e sintomas e vai até o 6º dia da doença.

p

p
 p
Dengue hemorrágica é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais à
dengue clássica, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento
e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à
morte. Dengue hemorrágica necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de
saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.
xp   p
Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40 °C) de
início abrupto, mal-estar, anorexia (pouco apetite), cefaleias, dores musculares e nos olhos. No caso
da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar gengivorragias e epistáxis (sangramento do
nariz), hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos eenfartes em vários
órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes
choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda
petéquias (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença
͞quebra-ossos͟).

A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um


sorotipo devido a infecção passada já resolvida são infectadas por outro sorotipo.Os anticorpos
produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos
virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas
que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma.

p!p
 "p
Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas. O
próprio sistema imunológico acaba com o vírus em alguns dias. Deve-se fazer repouso, não se
agasalhar excessivamente. Deve-se ingerir muito líquido para evitar a desidratação proporcionada
pela febre, diarréia e vômito. No caso da forma hemorrágica, é recomendada a aplicação de soro. Em
alguns casos mais graves pode haver a necessidade de transfusão de sangue.Os sintomas podem ser
tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil
salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. Na
maioria das vezes, o doente se recupera em uma semana, sem nenhum tipo de sequela.

p
p
p
p
V#p p

p
O Piauí possui, até 26 de abril de 2011, 4.369 notificações de dengue. No mesmo período
de 2010, a Coordenação Estadual de Vigilância Epidemiológica registrou 3.180 casos. O número é
37,4% maior em relação ao ano passado. Teresina, Piripiri, Parnaíba, Luis Correia, Matias Olímpio e
Pedro II estão são os municípios mais afetados.

No boletim divulgado na manhã dessa terça-feira também foi observado um aumento nos
casos de Dengue com Complicação (DCC). Além das seis notificações de Teresina e outras três de
Piripiri, foi registrado um caso em Batalha, outro em Guaribas e também em São Raimundo Nonato.

Já o número de pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) permaneceu o mesmo,


sendo um caso em Luís Correia e outros dois em Teresina.

De acordo com Inácio Pereira, da Vigilância Ambiental estadual, a Sesapi continua enviando
equipes para o interior a fim de monitorar as ações desenvolvidas pelos municípios. Essa semana,
por exemplo, há técnicos visitando Corrente, Barreiras e Avelino Lopes entre outras cidades.

Ele informa, ainda, que também que o veículo fumacê está reforçando as ações de controle
ambiental em alguns municípios onde houve aumento nas notificações de dengue. É o caso de
Paulistana e Corrente, que no boletim de hoje aparecem com 86 e 63 casos, respectivamente.

   

  
M Avelino Lopes (67 casos) M Parnaíba (246 casos)
M Capitão de Campos (31 casos) M Paulistana (86 casos)
M Cocal (40 casos) M Pedro II (104 casos)
M Corrente (63 casos) M Picos (81 casos)
M Esperantina (66 casos) M Piracuruca (95 casos)
M Floriano (69 casos) M Piripiri (722 casos)
M Lagoa de São Francisco (32 casos) M São Raimundo Nonato (37 casos)
M Luís Correia (118 casos) M Teresina (1.565 casos)
M Matias Olímpio (173 casos) M Valença (32 casos)
M Miguel Alves (31 casos)

VVp

p
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das
habitações. Calcula-se que 90% dos focos do mosquito sejam domésticos. O único modo possível de
evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da
dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes
aegypti também pode transmitir a febre amarela.

O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na


fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em possíveis locais de desova dos mosquitos.
Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de
repelentes.
É importante tratar de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto,
neste caso, a água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa.
Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos
recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.

Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de potencial
proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito. Cientistas da UNESP de
São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do Mosquito da Dengue pode
ser combatido através de borra de café, já utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para
matar a larva do mosquito transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para
cada meio copo d'água.

Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Atualmente, o


Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX,
cujas informações são pouco confiáveis e demoradas.

O Ministério da Saúde indica que em algumas regiões brasileiras foi detectada resistência
do mosquito a larvicidas e inseticidas. Por isso, tem crescido a ideia de utilizar mosquitos
transgênicos. A estratégia possui vantagens ecológicas pela diminuição do uso de inseticidas que
costumam afetar outras espécies e prejudicar o ambiente.

Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um


método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produto atraente, computadores de
mão e mapas georeferenciados. O sistema, chamado M.I. Dengue, permite localizar rapidamente
mosquitos nas áreas urbanas, permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com
aumento da eficiência e economia de recursos.

a   

Ainda não há vacinas comercialmente disponíveis para a dengue, mas a comunidade
científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito.

A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os


pesquisadores, pois a sua vacina é mais complexa que as demais. É necessário fazer uma combinação
de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

Pesquisadores da Tailândia estão testando uma vacina para a dengue em 3.000-5.000


voluntários humanos após terem obtido sucesso em testes com animais e em um pequeno grupo de
voluntários humanos. Diversas outras vacinas candidatas estão entrando nafase I ou fase II das
pesquisas.

Atualmente, existem vacinas de primeira, segunda e terceira geração sendo testadas. As de


primeira geração contem vírus atenuados e tetravalentes (para os 4 tipos de vírus) ou inativados. As
de segunda possuem proteínas recombinantes em diferentes sistemas e as de terceira geração são as
de DNA. As de primeira geração foram testadas em macacos produzindo baixa viremia e
neurovirulência.

O Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro anunciou que em 2012 estará disponível uma
vacina para os quatro tipos de dengue.
Fontes
!inistério da Saúde, Opas (Organização Pan-— ericana da Saúde), CDC (Centro de Controle e
Prevenção de Doenças), Luiz Tadeu !oraes Figueiredo ( édico e professor da Universidade de São
Paulo), —edes aegypti: histórico do controle no Brasil (artigo de I a —parecida Braga e Denise Valle),
publicado no periódico ͟Epide iologia e Serviços de Saúde͟, Sociedade Brasileira de Infectologia
(SBI), — il, Wikipédia, Libertária (escola virtual), Site do dengue (www.dengue.org.br), Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Você também pode gostar