Assunto: Embriologia animal

c) Fase de maturação: começa imediatamente após a fase

1. Gametogênese:
Gametogênese é o processo de formação e desenvolvimento
de células geradoras especializadas denominadas gametas ou
células germinativas. Os gametas ou células germinativas
masculinas e femininas são células sexuais altamente
especializadas, que possuem metade do número normal de
cromossomos (número haplóide). Durante a gametogênese, o
número de cromossomos é reduzido à metade, e a forma da
célula é modificada. Essa redução se dá durante a meiose, um
tipo de divisão celular que ocorre durante a gametogênese.
Esse processo de maturação é chamado de
espermatogênese, nos homens, e ovogênese nas mulheres.
1.1 - A espermatogênese:
A espermatogênese é uma seqüência de eventos pelos quais
as células germinativas primitivas se transformam em
espermatozóides, tem início na puberdade (quando o
organismo começa a secretar altos níveis de testosterona) e
vai até a velhice. As espermatogônias localizam-se na
periferia do túbulo seminífero e a medida que o processo da
gametogênese ocorre elas se localizam mais próximo à luz do
túbulos. Durante o processo da espermiogênese, todo o
material desprendido das espermátides é então absorvido e
digerido pelas células de Sertoli. Um dos principais
componentes dos túbulos seminífero são as células de Sertoli
são as responsáveis pela estrutura do túbulo, além de
servirem de proteção e fonte de nutrição para as células
germinativas. Quando prontos, os espermatozóides são
liberados e caem na luz dos túbulos seminíferos indo em
direção ao epidídimo. Lá ficam armazenados por um tempo
variável, amadurecem e ganham mobilidade até serem
eliminados através das vias genitais masculinas durante a
ejaculação. No tecido intersticial do testículo, um tipo especial
de células, a célula de Leydig tem a função de produzir o
hormônio masculino, ou testosterona.
de crescimento. Os espermatócitos primários sofrem então
uma divisão reducional, a primeira divisão meiótica, gerando
dois espermatócitos secundários, células que apresentam
aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos
primários. Cada espermatócito secundário passa pela
segunda divisão meiótica originando duas espermátides.
Assim, cada espermatócito de 1ª ordem sofrerá uma meiose,
originando quatro espermátides (n).
d) Fase de diferenciação ou espermiogênese: é um
processo pelo qual a espermátide perde a maior parte do seu
citoplasma e organelas, transformando-se em uma célula
contendo: núcleo (com metade do número de cromossomos),
e uma organela especial denominada acrossomo. O
acrossomo consiste em uma organela derivada do complexo
de Golgi e que contém no seu interior enzimas que têm uma
função importante para o processo de fertilização. Um
proeminente flagelo surge da região centriolar. As
mitocôndrias se arranjam circundando a parte inicial do
flagelo denominada peça intermediária, e têm importante
função no fornecimento de energia para a movimentação do
flagelo e conseqüentemente condução do espermatozóide
através do trato genital feminino.
 Esquema geral:

A espermatogênese subdivide-se em:  Estrutura do espermatozóide:

a) Fase de multiplicação ou germinativa: começa por

volta dos sete anos de idade. As células germinativas (2n) ou
espermatogônias de 1ª ordem começam uma série de
divisões mitóticas, originando espermatogônias de 2ª, 3ª
ordem, até um número indeterminado de ordens. Essa etapa
se prolonga por toda a vida do indivíduo.

b) Fase de crescimento: começa na adolescência, sob o

estímulo do FSH hipofisário. As espermatogônias se
organizam em dois grupos, um que continuará a fase de
multiplicação e outro que passa à fase de crescimento; as
espermatogônias crescem e sua cromatina se condensa
transformando-se em espermatócitos primários. Na fase de
crescimento, cada espermatogônia (2n) apenas aumenta de
volume, tornando-se espermatócitos de 1ª ordem (2n). Essa
fase é muito curta.
 b) Fase de crescimento: logo após a 1ª fase, as ovogônias
aumentam de volume e se transformam em ovócitos
primários ou de 1ª ordem. Essa fase se prolonga até o 7º mês
de gestação.

c) Fase de maturação: a partir do 7º mês, todos os ovócitos

primários (2n) passam por uma meiose, até o final da prófase
I. Depois, toda a ovogênese paralisa e permanece assim até a
adolescência. Ao nascer, a menina já possui um grande
número de ovócitos primários em processo interrompido de
meiose. As células foliculares proliferam e constituem várias
camadas envolvendo o ovócito. Nessa fase o folículo é
chamado folículo em crescimento. Essa proliferação das
células foliculares é estimulada pelas Gonadotrofinas
hipofisárias, principalmente o FSH. O folículo aumenta de
tamanho e, devido ao crescimento desigual das células
foliculares, assume uma forma oval surgindo em um dos pólos
uma cavidade entre as células foliculares, cheia de líquido,
1.2 - A Ovogênese (Ovulogênese):
denominada antro folicular. O ovócito rodeado por um grupo
de células fica localizado em um dos pólos da estrutura, o
A ovogênese refere-se a toda seqüência de eventos pela qual
cumulus oophorus. Com o desenvolvimento do folículo, uma
as ovogônias transformam-se em óvulos maduros. Esse
nova camada de células derivado do estroma ovariano passa
processo de maturação começa antes do nascimento, mas só
a envolver o folículo e logo se organiza em duas camadas:
é completada na puberdade. Os ovócitos primários
teca externa, responsável pelo envoltório do folículo e teca
permanecem em prófase suspensa (dictióteno), por vários
interna, responsável pela produção dos hormônios femininos,
anos, até que a maturidade sexual seja alcançada na
estrógeno e progesterona. Aproximadamente, na metade do
puberdade e comecem os ciclos reprodutivos. As ovogônias
ciclo ovariano, o folículo encontra-se pronto para eliminar o
têm origem a partir de células germinativas primordias. No
ovócito II, e é chamado de folículo maduro ou folículo de
início da vida fetal, proliferam por divisão mitótica e ainda
Graaf; o ovócito II inicia a segunda divisão meiótica, por
antes do nascimento, todas crescem formando os ovócitos
ocasião da ovulação, porém esta é novamente suspensa,
primários e iniciam a primeira divisão meiótica. Esta, porém
desta vez na metáfase, e só será completada no momento da
não vai se concluir neste período. As células permanecem em
fecundação com a entrada do espermatozóide no interior da
prófase suspensa da primeira divisão meiótica (dictióteno) até
célula. Ocorrendo a fecundação, antes da fusão dos dois pró-
o início dos períodos reprodutivos na puberdade. Na
núcleos, o masculino e o feminino, o ovócito secundário
puberdade, a cada período reprodutivo, vários ovócitos
termina a segunda divisão meiótica, novamente eliminando
reiniciam a divisão meiótica, porém apenas um vai ser
outro corpúsculo polar
liberado a cada mês na ovulação. O ovócito primário aumenta
de tamanho e termina a primeira divisão meiótica pouco
antes da ovulação (48 a 72 horas antes), porém a divisão  Esquema geral:
gera duas células de tamanhos desiguais: o ovócito
secundário fica com quase todo o citoplasma e a maioria das
organelas, a outra célula, bem menor, é chamada de
corpúsculo polar e logo degenera. Durante o processo de
ovulação (eliminação do ovócito do ovário), o ovócito inicia a
segunda divisão meiótica, porém esta é novamente suspensa,
desta vez na metáfase, e só será completada no momento da
fecundação com a entrada do espermatozóide no interior da
célula

 Estrutura do ovócito:

A ovogênese subdivide-se em:

a) Fase germinativa ou de multiplicação: começa na vida

intra-uterina e termina por volta da 15ª semana. As ovogônias
(células germinativas) se multiplicam várias vezes.

1.3 - Diferenças entre a espermatogênese e onde oligossacarídeos aderidos às proteínas da zona pelúcida
ovogênese:
• A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a
ovogênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher.
• Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4
espermatozóides. Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a
apenas um ovócito II e um óvulo caso ocorra fecundação, e
células inviáveis denominadas corpúsculos polares.
• A produção de gametas masculinos é um processo que se
continua até a velhice, enquanto que a produção de gametas
femininos cessa com a menopausa.
• O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto
que o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade.
• Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipo de
espermatozóides: 23,X ou 23,Y; o homem é heterogamético.
A mulher só produz um tipo de gameta quanto à constituição
cromossômica: 23,X; ela é homogamética.
2. A classificação dos óvulos:
Os ovos, de acordo com a quantidade e distribuição do vitelo,
bem como com o tipo de segmentação que irão sofrer se
classificam nos seguintes tipos:
a) Alécitos: semelhantes aos oligolécitos, mas praticamente
sem vitelo. Muitas vezes são classificados como oligolécitos
ou isolécitos. Ocorre nos mamíferos Eutheria (placentários
verdadeiros).
b) Isolécitos ou oligolécitos: possuem pouco vitelo,
homogênea ou quase homogeneamente distribuído pelo
citoplasma. Ocorre nos equinodermos, cefalocordados
(anfioxo) e mamíferos metatheria (marsupiais).
c) Heterolécitos ou mediolécitos: possuem muito vitelo
distribuído de modo desigual na célula, estabelecendo-se uma
região celular chamada pólo animal, onde há pouco vitelo e o
núcleo, e outra chamada pólo vegetativo, rica em vitelo.
Ocorre em alguns peixes e anfíbios.
d) Telolécitos ou Megalécitos: São óvulos grandes, com
muito vitelo, distribuído de modo desigual na célula, havendo
uma nítida separação entre uma pequena região do
citoplasma sem vitelo, onde está o núcleo (pólo animal), e
uma grande região do citoplasma em que há vitelo (pólo
vegetativo). Ocorrem em alguns peixes, répteis, aves e
mamíferos prototheria (monotremata).
e) Centrolécitos: neles, o vitelo ocupa praticamente toda a
célula, reduzindo a porção do citoplasma sem vitelo a uma
pequena região na periferia da célula e junto ao núcleo.
Ocorre nos insetos (artrópodes).
 Esquema geral:
3. A fecundação (fertilização):
A fertilização ocorre no terço superior das tubas uterinas,
ligam-se aos receptores protéicos e desencadeiam a reação
acrossômica, na cabeça do espermatozóide, que libera
enzimas como a hialuronidase, a fosfatase ácida, a
neuraminidase, a acrosina (semelhante à tripsina) e a aril
sulftase. Estas enzimas digerem a matriz celular do ovócito
permitindo o acesso do espermatozóide à membrana
plasmática do mesmo e, conseqüentemente, o acesso do
núcleo do espermatozóide ao citoplasma do ovócito.
Enzimas contidas em numerosos grânulos localizados no
citoplasma do ovócito são liberadas e destroem os receptores
do esperma da zona pelúcida evitando que outros
espermatozóides penetrem no ovócito. Ao mesmo tempo, a
entrada do núcleo do espermatozóide desencadeia a segunda
meiose do ovócito secundário, dando origem a duas células
haplóides (contendo metade dos cromossomas), o óvulo e o
segundo corpo polar. O núcleo do óvulo, chamado pronúcleo
feminino, funde-se com o núcleo do espermatozóide
(pronúcleo masculino) dando origem à célula diplóide (46
cromossomas no homem) chamada zigoto ou ovo.
4. As fases do desenvolvimento embrionário:
• Segmentação ou clivagem (blastômeros → mórula → blástula).
• Gastrulação (formação da gástrula).
• Organogênese (Neurulação → formação da nêurula).
4.1 – Os tipos de Segmentação:
a) Holoblástica ou total: a segmentação envolve todo o
ovo.
• Holoblástica igual: o ovo se divide em blastômeros de
mesmo tamanho. Ocorre nos ovos alécitos e em alguns
oligolécitos.
• Holoblástica desigual: formam-se blastômeros de
tamanhos diferentes (micrômeros e macrômeros). Ocorre em
todos os ovos heterolécitos e em alguns oligolécitos.
• Holoblástica subigual: um tipo de segmentação desigual
em que os blastômeros não diferem muito entre si quanto ao
tamanho; ocorre em alguns ovos oligolécitos.
b) Meroblástica ou parcial: apenas uma parte do ovo se
envolve na segmentação.

• Meroblástica discoidal: típica dos ovos telolécitos. As

divisões ocorrem apenas na região da cicatrícula, formando-
se um disco de células sobre a massa de vitelo.
Posteriormente ocorrerá a formação da cavidade subgerminal
e discoblástula.
• Meroblástica superficial: nos ovos centrolécitos, as
células embrionárias ficam dispostas na superfície.

O zigoto começa a se desenvolver multiplicando suas células;
a segmentação originará a mórula, com o mesmo volume que
o zigoto, mas pluricelular, e esta a blástula, maior que o
zigoto, oca e monodérmica.
A mórula constitui a forma embrionária resultante de
sucessivas mitoses (mitoses de clivagem) que originam a
blastômeros progressivamente menores, mas
genotipicamente iguais. Caracteriza-se, fundamentalmente,
pela forma esférica e por ser maciça, isto é, formada
inteiramente por células embrionárias. A blástula caracteriza-
se, de um modo geral, pela forma globosa e pôr apresentar
uma única camada de células (blastoderma), delimitando uma
cavidade complemente fechada (blastocele).
Nos mamíferos, ocorre a gastrulação por epibolia. A blástula
(aqui também chamada blastocisto) mostra como uma esfera
formada de uma só chamada de células. Mas num dos pólos
dessa blástula encontramos um grupamento de células
voltado para a cavidade blastular que recebe o nome de
embrioblasto. É a partir do embrioblasto que vai originar-se a
gástrula e, por conseguinte, o embrião. A camada de células
que delimita toda a blástula é chamada de trofoblasto. Ao
trofoblasto vai caber originar aos anexos embrionários. As
células do embrioblasto começam a se organizar, formando
duas camadas superpostas: o ectoderme (com células altas) e
a endoderme (com células pequenas). As duas camadas
juntas constituem o disco embrionário. Posteriormente as
células da ectoderme começam a dividir-se e migrar até o
interior por uma fenda central que recebe o nome de linha
primitiva; estas células darão origem ao mesoderme. Repare,
então, que a gástrula, nesse caso formou-se "dentro" do
blastocisto ou blástula e não "a partir” dele, como no caso do
anfioxo. A gástrula didérmica evolui para gástrula tridérmica.
Para isso surge um terceiro folheto embrionário – o
mesoderme -, que se situa entre o ectoderme e a endoderme.
Num estágio mais avançado do desenvolvimento da gástrula,
inicia-se o processo chamado de neurulação.

4.2 – Gastrulação e Neurulação:

A formação da gástrula, a partir da blástula, apresenta

notável diferença conforme seja estudada num animal inferior
(o anfioxo, por exemplo) ou no homem. O anfioxo é um
pequenino animal marinho, um cefalocordado, com aspecto
parecido com o de um peixe. Durante sua formação
embrionária, a blástula começa a sofrer invaginação num dos
pólos. A invaginação se acentua até que esse pólo encontre o
outro.

Este processo vai dar origem ao sistema nervoso central e

A essa altura, o corpo multicelular assume o formato de um
balão, cuja parede é constituída de duas camadas, e dotado
de um blastóporo que originará o ânus nos deuterostômios
(equinodermos e cordados) e à boca nos protostômios
(anelídeos moluscos e artrópodes). A formação da gástrula
por este processo é chamada de gastrulação por embolia. É
uma gástrula com apenas dois folhetos embrionários
(ectoderma e mesentoderma, futuramente mesoderme e
endoderme); é a gástrula didérmica.
periférico e ocorre simultaneamente com a formação de
folhetos e a diferenciação da mesoderme embrionária para a
formação dos órgãos ou organogênese. A formação do tubo
neural é o resultado da invaginação da ectoderme que se
segue à gastrulação. A ectoderme dorsal do embrião sofre um
espessamento e forma uma placa que é denominada placa
neural. Ao longo do dorso da gástrula, o ectoderme sofre uma
depressão, originando o sulco neural; posteriormente, fecham
–se os bordos, formando um canal — o tubo neural. O tubo
neural deverá originar todo o sistema nervoso central do
organismo que se formará. Na parte anterior o encéfalo e na
parte posterior a medula.
4.3 – Diferenciação dos folhetos embrionários:
a) Ectoderme: origina a epiderme e seus anexos, o encéfalo
e a medula espinhal.
b) Mesoderme: origina a notocorda (posteriormente é
substituída por vértebras), a derme, musculatura estriada, o
esqueleto axial (coluna), o aparelho urogenital, o sistema
circulatório, a musculatura lisa, peritônio e mesentérios e o
esqueleto apendicular (membros). Observam-se três regiões
distintas na mesoderme: o epímero ou região dorsal, o
mesômero ou região mediana e o hipômero ou região ventral.
O epímero origina blocos celulares ao longo do embrião
denominados de somitos. Em cada somito, surgirão mais três
camadas celulares que são denominadas de dermátomo
(origina a derme), miótomo (origina a musculatura estriada) e
esclerótomo (origina o esqueleto axial, a coluna). O
mesômero estabelece (origina o aparelho urogenital) uma
ligação entre o epímero e o hipômero (origina sistema
circulatório, musculatura lisa, peritônio, mesentérios e o
esqueleto apendicular - membros -), sendo que este possui
duas camadas celulares envolvendo ao celoma.
c) Endoderme origina o aparelho respiratório, o tubo
digestivo e suas glândulas anexas, tireóide, paratireóide,
timo, uretra e bexiga urinária.
 Observe a tabela abaixo:
5. Anexos embrionários e placenta:
Os anexos embrionários são estruturas derivadas dos folhetos
germinativos e que, com o desenvolvimento do embrião,
atrofiam-se ou são eliminados por ocasião do nascimento. No
entanto, são fundamentais para a manutenção da integridade
do embrião, garantindo o deu desenvolvimento.
a) O saco vitelínico: corresponde a uma estrutura em forma
de saco ligada a região ventral do embrião que envolve o
vitelo e garantindo a sua nutrição; armazena substâncias
nutritivas para o embrião. Apresenta-se bem desenvolvido
nos peixes, nos répteis e nas aves; nos mamíferos eutérios ou
placentários é reduzido, constituindo um órgão vestigial, visto
que a nutrição ocorre via placentária.
b) O alantóide: é um anexo que ocorre nos répteis, nas aves
e nos mamíferos. Nos répteis e nas aves, promove a
eliminação das excretas e a metabolização de parte do cálcio
presente na casca do ovo, transferindo-o para a formação do
esqueleto desses animais. Além disso, permite as trocas de
gases respiratórios entre o embrião e o meio ambiente.
c) O âmnio: envolve todo o embrião, formando um saco
membranoso cheio de líquido; apresenta uma fina membrana
que delimita uma bolsa repleta de líquido - o líquido amniótico
- que tem por funções evitar o ressecamento do embrião e
proteger contra choques mecânicos. Nos mamíferos é
reduzido e encontra-se associado ao córion (constituindo o
alantocórion), participando da formação da placenta.
d) O córion: é a membrana mais externa, que se justapõe à
casca dos ovos de répteis e de aves; é uma serosa que
recobre o embrião e outros anexos. Ocorre nos répteis, nas
aves e nos mamíferos, contribuindo, nestes últimos, para a
fixação do embrião na parade uterina. Envolve os outros
anexos embrionários.
5.1 - A placenta: não é considerada por muitos autores
como anexo embrionário já que tem uma parte materna e
outra fetal. É uma estrutura de origem mista, exclusiva da
maioria dos mamíferos. Permite a troca de substâncias entre
o organismo materno e o fetal.
Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha
produzindo hormônios, além de substâncias de defesa,
nutrição, respiração e excreção. Forma a barreira hemato -
placentária e faz com que o sangue da mãe nunca se misture
ao sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não
são contíguos, ou seja, não se encontram.
Portanto, são funções da placenta:
• nutrição.
• trocas gasosas.
• eliminação de excretas.
• fixação ao útero.
• imunização passiva, pela passagem de anticorpos maternos
para o sangue fetal.
• função endócrina, produzindo progesterona e gonadotrofina
coriônica.
Testes de vestibulares
1. (UFPB) Na espermatogênese, representada na figura
abaixo, o período de maturação é caracterizado por:
a) divisões mitóticas que dão origem a espermatogônias (2n).
b) período sem divisão celular onde as espermátides sofrem
diferenciação formando os espermatozóides.
c) período sem divisão celular onde cada espermatogônia
aumenta de volume originando os espermatócitos I (2n).
d) aparecimento de espermatócitos I, após a meiose I, com
(n) cromossomos duplicados.
e) formação de espermátides (n) através de divisões
meióticas do espermatócito I (2n).
2. (UFRGS) Indique a alternativa que completa corretamente
as lacunas do texto a seguir: “A menina, ao nascer, já realizou
as fases de multiplicação e crescimento do processo
denominado ovulogênese, possuindo um grande número de
__________ em processo interrompido de __________. Estas
últimas células são __________.
a) óvulos – meiose – haplóides.
b) ovócitos I – mitose – haplóides.
c) ovócitos II – meiose – haplóides.
d) ovócitos I – meiose – diplóides.
e) corpúsculos polares – mitose – diplóides.
3. (PUC-SP) Com relação à reprodução, podemos
afirmar que:
a) todos os vegetais clorofilados, reproduzem-se de
forma assexuada unicamente.
b) a reprodução sexuada só é encontrada nos animais,
não ocorrendo nos vegetais.
c) a reprodução assexuada, em animais ou vegetais, só
é encontrada em condições anormais.
d) a reprodução assexuada só é observada em
organismos unicelulares.
e) a reprodução sexuada é observada tanto em animais
quanto em vegetais.
4. (UFRGS) Em uma comparação sob o ponto de vista de
favorecimento evolutivo e adaptação, a reprodução sexuada
é mais importante que a assexuada. Qual das alternativas a
seguir, com relação à reprodução sexuada, melhor justifica
essa afirmativa?
a) sempre se processa após meiose que produz gametas.
b) é exclusiva de forma de vida mais evoluída.
c) dá origem a um maior número de descendentes.
d) permite uma maior constância no genoma dos
descendentes.
e) promove uma maior variabilidade genética na população.
5. (Fuvest-SP) A ocorrência de gêmeos é um fato
relativamente comum entre os mamíferos. No tatu, por
exemplo, a ocorrência de gêmeos idênticos (ou unizigóticos) é
uma regra, mas na maioria dos mamíferos os gêmeos
fraternos (ou dizigóticos) são mais esperados. Tendo por base
estas informações, indique a afirmativa INCORRETA:
a) gêmeos fraternos surgem da fecundação de dois ou mais
ovócitos.
b) gêmeos idênticos podem ser considerados, do ponto de
vista genético, clones.
c) gêmeos idênticos podem surgir da separação de dois ou
mais blastômeros.
d) gêmeos fraternos podem ou não ser do mesmo sexo.
e) gêmeos idênticos resultam da fecundação de um ovócito
por dois espermatozóides.
6. (PUC-MG) Os ovos dos animais são classificados de
acordo com a quantidade e distribuição de vitelo em seu
citoplasma. Estas duas características permitem classificar os
ovos em centrolécitos, telolécitos, heterolécitos e oligolécitos.
Com base nisso, analise as afirmações abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa correta:
I) Ovos centrolécitos mostram o vitelo distribuído ao redor do
núcleo, portanto ocupando a região central da célula.
II) Ovos telolécitos apresentam enorme quantidade de vitelo
no pólo vegetativo, fazendo com que as estruturas
citoplasmáticas e o núcleo fiquem deslocados e isolados no
pólo animal.
III) Ovos heterolécitos apresentam quantidade relativamente
grande de vitelo, ocorrendo distinção entre pólo animal
(contém o núcleo) e pólo vegetativo (contém o vitelo).
IV) Ovos oligolécitos possuem relativamente pouco vitelo,
distribuído homogênea ou quase homogeneamente no
citoplasma.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente II e IV estão corretas.
c) Somente I II e III estão corretas.
d) Somente II III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
7. (UFSC) Com relação à embriologia e à ontogenia dos
vertebrados, assinale a alternativa correta:
a) nos ovócitos telolécitos (aves e répteis), a segmentação é
apenas parcial, ocorrendo numa pequena região da periferia
da célula, ficando a blástula em forma de um pequeno disco
(blastodisco).
b) os ovócitos alécitos e oligolécitos (aves e mamíferos) são
ricos em vitelo e a segmentação ocorre em toda sua
extensão.
c) os ovócitos de répteis são heterolécitos. Neles, as mitoses
são mais rápidas e numerosas no pólo rico em vitelo, onde se
formam os micrômeros.
d) a segmentação superficial discoidal ocorre em ovócitos e) mórula – blastocele – blástula.
heterolécitos (répteis e aves), em que a migração de células
forma um maciço grupo de blastômeros. 13. (Unesp-sp) Um dos caminhos escolhidos pelos cientistas
que trabalham com clonagens é desenvolver em humanos a
8. (PUC-SP) Animais, cujos ovos apresentam segmentação clonagem terapêutica, principalmente para a obtenção de
meroblástica discoidal e são ricos em vitelo distribuído no células-tronco, que são células indiferenciadas que podem dar
pólo vegetativo, podem ser exemplificados por: origem a qualquer tipo de tecido. Quanto a este aspecto, as
células-tronco podem ser comparadas às células dos
a) estrelas-do-mar ou vacas. embriões, enquanto estas se encontram na fase de: (0,5)
b) vacas ou rãs.
c) rãs ou tartarugas. a) mórula.
d) tartarugas ou galinhas. b) gástrula.
e) galinhas ou estrelas-do-mar. c) nêurula.
d) formação do celoma.
9. (UFV-MG) Com relação ao óvulo centrolécito, é CORRETO e) formação da notocorda.
afirmar que suas características são:
14. (UFPE) Considerando as estruturas a seguir, relacionadas
a) vitelo abundante ocupando quase toda a célula, com ao desenvolvimento embrionário de cordados, analise a figura
citoplasma e núcleo reduzidos à cicatrícula. e as proposições apresentadas:
b) ausência ou uma quantidade mínima de vitelo
homogeneamente distribuído por toda a célula.
c) presença de vitelo misturado com citoplasma no pólo
vegetativo.
d) ausência de vitelo, mas apresentando zona pelúcida e
corona radiata.
e) vitelo na região mediana da célula, com a maior parte do
citoplasma localizado na periferia e uma pequena parte
envolvendo o núcleo central.

10. (PUC-SP) A partir de um ovócito fecundado de anfíbio,

até a formação do girino, ocorre uma série de divisões
celulares denominadas segmentações ou clivagens. A
distribuição percentual dos tipos de divisão celular, nesta
situação, é a seguinte:
( ) O ectoderma (I) forma o tubo neural (tubo nervoso)
(IV).
a) 100% meiose.
( ) O endoderma (II) delimita o celoma (VI), estrutura
b) 100% mitose.
presente nos platelmintos e outros animais.
c) 50% meiose - 50% mitose.
( ) O mesoderma (III) é diferenciado a partir de células
d) 75% mitose - 25% meiose.
da notocorda (V) e dá origem ao arquêntero.
e) 75% meiose - 25% mitose.
( ) Os cordados são animais que possuem notocorda
(V), a qual é substituída pela coluna vertebral em diferentes
11. (UFV-MG) Após a fecundação, o ovo sofre sucessivas
animais, como anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
divisões mitóticas dando origem a várias células sem que haja
( ) o arquêntero, mostrado em (VII), representa o
aumento no seu volume. Essa fase de desenvolvimento
intestino primitivo do animal.
embrionário é denominada segmentação. Sobre essa fase,
pode-se afirmar que o tipo de segmentação é determinado
15. (UEL-PR) Analise a figura a seguir que representa um
pelo (a):
dos estágios do desenvolvimento embrionário do anfioxo em
corte transversal.
a) quantidade e distribuição de vitelo.
b) tamanho do ovo.
c) tamanho do núcleo da célula.
d) quantidade de citoplasma.
e) número de organelas.

12. (UFPB) “No desenvolvimento embrionário do anfioxo, o

zigoto sofre uma série de divisões, originado uma massa
celular conhecida como (I). À medida que as divisões
continuam, ocorre o surgimento de uma cavidade no interior
do embrião denominada (II). As células vão se organizando ao
redor dessa cavidade, até que o embrião fique constituído por
uma única camada de células, as quais delimitam um
intestino primitivo. Esta fase do desenvolvimento embrionário
Com base na figura e nos conhecimentos sobre a embriologia
denomina-se (III)”. No texto anterior, os itens I, II e III são
do anfioxo, considere as afirmativas a seguir.
substituídos, respectivamente, por:
I. A figura representa um embrião no estágio de nêurula.
II. As setas A, B e C apontam respectivamente o endoderma,
a) mórula – arquêntero – blástula.
a notocorda e o mesoderma.
b) blástula – blastocele – gástrula.
III. As estruturas apontadas pelas setas B e D darão origem,
c) mórula – blastocele – gástrula.
respectivamente, à coluna vertebral e ao sistema nervoso
d) mórula – arquêntero – gástrula.
central.
IV. As estruturas apontadas pelas setas A e E darão origem a c) oferecer proteção mecânica ao feto.
tecidos epiteliais de revestimento. d) armazenar substâncias nutritivas para sobrevivência do
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: feto.
e) dar origem ao córion e âmnios.
a) I e IV.
b) II e III. 19. (PUC-SP) O alantóide, anexo embrionário bem
c) I, II e III. desenvolvido em répteis e aves, tem como função:
d) I, III e IV.
e) II, III e IV. a) Acumular excretas do embrião, bem como retirar oxigênio
do ar, devolvendo gás carbônico.
16. (UFRGS) Responder à questão relacionando as três b) Proteção contra choques mecânicos.
camadas germinativas embrionárias humanas da coluna 1 c) Contenção de alimento de reserva para o embrião.
com as respectivas estruturas derivadas das células dessas d) Evitar a desidratação.
camadas, apresentadas na coluna 2:
20. (UFV-MG) Observe a seguir o esquema de um embrião
Coluna 1 humano e analise as afirmações feitas sobre ele:
1. Ectoderma
2. Mesoderma
3. Endoderma

Coluna 2
( ) Sistema nervoso central.
( ) Musculatura esquelética.
( ) Cabelo e unhas.
( ) Tecido conjuntivo e sangue.
( ) Esmalte dos dentes.
( ) Fígado e pâncreas.

A ordem correta dos parênteses da coluna 2, de cima para

baixo, é:

a) 1 - 2 - 2 - 3 - 3 – 1.
b) 1 - 2 - 1 - 2 - 1 – 3. I - As estruturas A e C são exclusivas de mamíferos.
c) 2 - 2 - 1 - 3 - 1 – 3. II - A estrutura B aparece a partir de répteis e é bem
d) 3 - 3 - 2 - 1 - 2 – 1. desenvolvida nas aves.
e) 3 - 1 - 3 - 2 - 3 – 2. III - A estrutura D envolve todo o embrião e aparece somente
em répteis, aves e mamíferos.
17. (PUC-PR) Analise as afirmações relacionadas ao estudo
dos anexos embrionários: A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são):

I. O saco vitelínico é uma bolsa que abriga o vitelo e que a) somente a III.
participa no processo de nutrição do embrião, sendo bem b) somente a I e a II.
desenvolvido nos peixes, répteis e aves e reduzido nos c) somente a I e a III.
mamíferos. d) somente a II e a III.
II. O âmnio é uma membrana que envolve o embrião, e) a I, a II e a III.
delimitando a cavidade amniótica, que contém o líquido
amniótico, cuja principal função é de proteger o embrião
contra choques mecânicos e contra a dessecação. Gabarito: 1-E / 2-D / 3-E / 4-E / 5-E / 6-E / 7-A / 8-D / 9-E /
III. O alantóide é um anexo que deriva da porção posterior do 10-B / 11-A / 12-C / 13-A / 14-(V-F-F-V-V) / 15-A / 16-B / 17-
intestino do embrião, tendo como função, nos répteis e nas E / 18-C / 19-A / 20-D.
aves, armazenar excretas nitrogenadas e participar de trocas
gasosas. Anotações Extras:
IV. A placenta não é considerada um anexo embrionário, por
ser um órgão formado pela interação entre tecidos materno e
fetal.

Está correta ou estão corretas:

a) apenas III e IV.

b) apenas I.
c) apenas II.
d) apenas I e II.
e) I, II, III e IV.

18. (UFJF) Uma das funções do anexo embrionário

denominado âmnio é:

a) armazenar substâncias tóxicas produzidas pelo embrião.

b) promover a troca gasosa entre mãe e feto.