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Processamento Digital de Sinais

Métodos Básicos de Conversão A/D

Prof. Samuel da Silva


sam.silva13@gmail.com
www.foz.unioeste.br/~samsilva

Centro de Engenharias e Ciências Exatas


Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Foz do Iguaçu
Tópicos e Conceitos Importantes
S.SILVA
CONVERSORES A/D – 2

• Etapas do processo de conversão analógico – digital: amostragem,


quantização e codificação
• Circuito Sample and Hold (SH)
• Vantagens, desvantagens e características dos circuitos de conversão de
dupla-inclinação, em escada e em paralelo (flash conversion).
Conversão A/D
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O processo de conversão de um sinal analógico para digital é composto


basicamente de três etapas:
– Amostragem
– Quantização
– Codificação
Estas etapas são implementadas, na prática, através de circuitos
integrados envolvendo resistores, capacitores, amplificadores operacionais,
circuitos comparadores e contadores.
Conversor
CONVERSORA/D
D/A

xa(t) Amostrador x(n) Quantizador xq(n) Codificador 01011 ...


(Sampler) (Quantizer) (Coder)

Sinal Sinal em Sinal Sinal


Analógico Tempo Discreto Quantizado Digitalizado
Circuito de Amostragem e Retenção
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Funcionamento do Circuito Sample and


Hold
• Chave fecha periodicamente sob controle
de um sinal de comando tipo pulso periódico
(clock).
• O tempo de fechamento τ é curto.
• As amostras são armazenadas no
capacitor.
• As amostras se referem aos níveis de
tensão no capacitor.
Circuitos Conversores A/D
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Existem vários métodos de conversão analógico-digital que variam em


complexidade e velocidade de conversão, sendo que os mais comuns são:
– Conversão de Dupla-Inclinação
– Conversão de Circuito em escada
– Conversor Paralelo (Flash Conversion).

b1
b2
vo Conversor
... b3
A/D
bN

Amostra analógica: Palavra digital de N


saída de um circuito bits
SH
Conversor de Dupla-Inclinação
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Dupla-Inclinação CONVERSORES A/D – 6

• Este esquema de conversão


analógico-digital é muito
popular e de alta resolução
(12 a 14 bits), porém lento.
• O conversor é composto de
um integrador (gerador de
rampa), um comparador, a
lógica de controle e um
contador.
• Há várias implementações
comerciais deste método.
• A conversão é feita em duas
etapas.
Conversor de Dupla-Inclinação
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Dupla-Inclinação CONVERSORES A/D – 7

Etapas de funcionamento do circuito


• Supondo vA negativo.
• Antes de iniciar o ciclo de conversão, a chave S2 está fechada,
descarregando o capacitor C e fazendo v1 = 0.
• Ciclo de conversão começa com abertura de S2 e a conexão da entrada do
integrador através da chave S1 ao sinal analógico de entrada.
• Como vA é negativo, uma corrente I = vA/R circulará por R saindo do
integrador. Assim, a tensão v1 aumenta linearmente com uma inclinação
de I/C = vA/RC (fase I).
• Simultaneamente, o contador é habilitado e conta os pulsos de um relógio
de freqüência fixa. Esta fase contínua por um tempo fixo T1.
• Esta etapa termina quando o contador acumula uma contagem
determinada representada por nref. Usualmente para N bits nref = 2N.
• O contador é então reinicializado (reset).
Conversor de Dupla-Inclinação
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Etapas de funcionamento do circuito (continuação)


• A lógica de controle comanda a abertura e o fechamento das chaves S1 e
S2.
• Em t = T1 começa a fase II do processo de conversão com a conexão da
tensão de referência positiva vref.
• A corrente no integrador inverte o sentido e vale I = vref /R . Assim, vI
diminui linearmente com inclinação vref /RC (fase II).
• Simultaneamente, o contador é habilitado e conta os pulsos de um clock
com freqüência fixa. Quando vI = 0, o comparador sinaliza a lógica de
controle para interromper a contagem.
Conversor de Dupla-Inclinação
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Dupla-Inclinação CONVERSORES A/D – 9

vA V pico v A
Fase I: V pico = T1 ⇒ =
RC T1 RC vA vA
T2 = T1 ⇒ n = nref
Vref V pico Vref Vref Vref
Fase II: V pico = T2 ⇒ =
RC T2 RC
v1

Vpíco

Inclinação = vA /RC Inclinação = Vref /RC

0
Tempo
Fase I Intervalo fixo (T1) Fase II Intervalo variável (T2)
Conversor de Dupla-Inclinação
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Observações importantes
• A leitura do contador na fase I é proporcional a T1 e a leitura n no final
da fase II é proporcional a T2.
• n não é uma função contínua de vA pois assume valores discretos
correspondentes aos níveis quantizados.
• O conteúdo do contador n no final do processo de conversão corresponde
ao equivalente digital de vA.
• Alta precisão pois n não depende dos valores exatos de R e C.
Conversor de Circuito em Escada
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Características do conversor de circuito em escada


• A saída do contador é uma tensão em escada; cada passo de contagem
aumenta um incremento (resolução).
• O circuito comparador interrompe a contagem quando tensão em escada
se eleva acima da tensão de entrada. Neste instante, valor do contador é a
saída digital.
• O incremento depende do número de bits.
• A taxa do clock afeta a velocidade de conversão.
• A precisão depende da precisão do comparador.
Conversor de Circuito em Escada
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Saída Digital

Entrada Circuito Pulsos de


Analógica Comparador contagem
+ Lógica de Contador
- Controle Digital
Fim de
contagem Pulso de
reset
Clock
Circuito
em
Diagrama Lógico Cascata
Conversor de Circuito em Escada
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Forma de Onda

Tensão Tensão em
analógica escada

Intervalo de
contagem
Início de Término de
contagem contagem
Conversor Paralelo ou Simultâneo
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Características do conversor paralelo ou simultâneo


• É o método de conversão A/D mais rápido (flash conversion) e
conceitualmente simples mas o Circuito de implementação muito
complexo!
• Utiliza 2N-1 comparadores para comparar o nível do sinal de entrada com
cada um dos 2N-1 possíveis níveis de quantização.
• Conversão completa é obtida em um intervalo de ciclo do clock.

Entrada comparador 1 b1
Analógica
VR1
Lógica
comparador 2 de b2 Saída
Diagrama Controle Digital
Lógico VR2

comparador 2N-1 bN
VR2N-1
Conversores A/D
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Um conversor para todos os canais:

max
FPlaca
max
f amostragem =
n º canais

Um conversor para cada canal.


Conversor A/D: Exemplo
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Exemplo: Um sinal analógico na faixa de 0 à 10 volts deve ser


convertido em um sinal digital de 8 bits.
a) Qual a resolução do conversor em volts?
b) Qual a representação digital para entrada de 6 volts?
c) Qual a representação digital para entrada de 6,2 volts?
d) Qual o erro cometido na quantização de 6,2 volts em termos absolutos e
como porcentagem do sinal de entrada?
e) E como porcentagem da escala total?
f) Qual o máximo erro de quantização em relação a escala total em
porcentagem?
Conversor A/D: Exemplo
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Solução: a) Qual a resolução do conversor em volts?

xmax − xmin 10 − 0 10
∆= = 8 = = 0,0392 volts
2 −1
N
2 − 1 255

(b) Qual a representação digital para entrada de 6 volts?


6
≅ nível 153 ⇒ 10011001
0,0392

(c) Qual a representação digital para entrada de 6,2 volts?

6, 2
= 158,163 ≅ nível 158 ⇒ 10011110
0,0392
Conversor A/D: Exemplo
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(d) Qual o erro cometido na quantização de 6,2 volts em termos


absolutos e como porcentagem do sinal de entrada? Porcentagem da escala
total?
Erro em termos absolutos: como a entrada de 6,2 volts foi aproximada
para o nível 158, tem-se um erro de 0,163 vezes a resolução do conversor.
Assim,
Ea = 0,163 x ∆ = −0,0064 volts
O erro de quantização em porcentagem pode ser facilmente calculado
através da expressão:
−0,0064
Ea = x 100 = − 0,1%
6, 2
O erro máximo de quantização em relação à escala total é de:
∆ 0,0392
2 x 100 = 2 x 100 = 0,196%
xmáx 10

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