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O Método dos

Elementos
Finitos
Aplicado a Análise de
Estruturas
Fundamentos
Prof. Henrique Mariano C. Amaral 1
Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Esta parte do Curso terá como bibliografia
básica:
– Zienkiewicz, O.C, El Método de los Elementos
Finitos. Ed. Reverté. 1980.
– Assan, A.E., Método dos Elementos Finitos –
Primeiros Passos. Ed. Unicamp. 2003.
– Brebbia, C.A. e Ferrante, A.J., The Finite
Element Technique. Ed. UFRS. 1975.
– Smith, I.M. e Griffiths, D.V., Programming the
Finite element Method. John Wiley & Sons.
1998.
– Burnett, David S., Finite Element Analysis: from
Concepts to Applications. Addison-Wesley Pub.
1987.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
– Soriano, H.L. Método de Elemetos Finitos em
Análise de Estruturas. EdUSP, 2002.
– Alves Filho, Avelino, Elementos Finitos – A
Base da Tecnologia CAE – Análise Dinâmica.
Ed. Érica. 2005.
– Cook, Robert D., Malkus, David S. e Plesha,
Michael E., Concepts and Applications of Finite
Element Analysis. John Wiley & Sons. 1989.
– Bathe, Klaus Jürgen., Finite Element
Procedures in Engineering Analysis. Prentice-
Hall. 1992.

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„O Método dos Elementos Finitos –
MEF - como já citado é um método de
análise de modelos matemáticos de
problemas físicos em meios contínuos.
Essa modelagem é normalmente feita
através de equações diferenciais ou
equações integrais com suas
respectivas condições de contorno.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Assim, Método dos elementos Finitos
consiste na divisão do domínio de
integração em um número finito de
pequenas regiões denominadas de
‘elementos finitos’, transformando o
contínuo em discreto, como mostram
os exemplos a seguir:

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A essa divisão do domínio se dá o
nome de “malha” (grid em inglês).
„A malha ou grid, é composto de
elementos compostos de arestas
(faces) e nós (pontos de interseção das
arestas):

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Agora, ao invés de se buscar uma
função admissível que satisfaça as
condições de contorno para todo o
domínio, essas funções agora devem
ser definidas em cada elemento.
„Assim, para cada elemento é montado
um funcional Πi, cuja soma, sobre todo
a malha produz o funcional do domínio
n
completo:
Π = ∑ Πi
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Em cada elemento a função de
aproximação é formada por variáveis αj
referido aos nós (denominadas de
parâmetros nodais) e por funções
denominadas de funções de forma φj.
„Dessa maneira, a função aproximadora
u tem a seguinte forma:
m
u = ∑ α jφ j
j =1
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„Assim, o funcional do todo fica:
n
Π (α j ) = ∑ Π i (α j )
i =1

„A condição de estacionariedade gera,


como no método de Rayleigh-Ritz, um
sistema de equações algébricas
lineares:
n n m ∂Πi (α j )
δΠ (α j ) = ∑ δΠi (α j ) = ∑∑ =0
i =1 i =1 j =1 ∂αi
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„O sistema de equações anterior,
reproduzido abaixo:
n n m ∂Πi (α j )
δΠ (α j ) = ∑ δΠi (α j ) = ∑∑ =0
i =1 i =1 j =1 ∂αi
„fornece os valores dos parâmetros
nodais αj que podem ser
deslocamentos, forças internas, ou
ambos, dependendo da formulação do
método dos elementos finitos utilizado.
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O Método dos
Elementos
Finitos
Modelos

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Método dos elementos finitos – modelo
dos deslocamentos ou da rigidez:
– Campo: deslocamentos descritos por funções
aproximadas;
– Entre os elementos se impões compatibilidade
de deslocamentos e eventualmente de alguma
de suas derivadas;
– Princípio Variacional: princípio da energia
potencial mínima;
– Incógnitas: componentes dos deslocamentos
nodais;
– Resultados obtidos são sempre limites mínimos
dos resultados exatos.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Método dos elementos finitos – modelo
das forças ou da flexibilidade:
– Campo: tensões ou esforços internos descritos
por funções aproximadas;
– Entre os elementos se impões equilíbrio de
tensões;
– Princípio Variacional: princípio da energia
complementar mínima;
– Incógnitas: as tensões ou esforços internos
nodais;
– Resultados obtidos são sempre limites máximos
dos resultados exatos.
– Este modelo raramente é utilizado na prática.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Método dos elementos finitos – modelo
híbrido – tipo 1:
– Campo: internamente são tensões em equilíbrio;
externamente ou nas bordas são deslocamentos
descritos por funções aproximadas;
– Entre os elementos se impões compatibilidade de
deslocamentos;
– Princípio Variacional: princípio da energia
complementar mínima modificada;
– Incógnitas: os deslocamentos nodais;
– Este modelo é utilizado na prática para problemas
de estado plano e flexão de placas.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Método dos elementos finitos – modelo
híbrido – tipo 2:
– Campo: internamente são deslocamentos;
externamente ou nas bordas são tensões
descritos por funções aproximadas;
– Entre os elementos se impões equilíbrio de
tensões.
– Princípio Variacional: princípio da energia
potencial mínima modificada;
– Incógnitas: as tensões ou forças nodais;
– Este modelo é muito pouco utilizado na prática.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ Método dos elementos finitos – modelo
misto:
– Campo: simultânea e independentemente tensões e
deslocamentos descritos por funções aproximadas;
– Entre os elementos se impões equilíbrio de tensões e
compatibilidade de deslocamentos.
– Princípio Variacional: princípio da energia generalizado
de Reissner;
– Incógnitas: são tanto deslocamentos como tensões ou
forças nodais;
– Resultados obtidos não provêm limites máximos ou
mínimos dos resultados exatos.
– Este modelo é utilizado na prática em problemas de
flexão de placas e cascas.
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O Método dos
Elementos
Finitos
Esquema de Aplicação

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Funda-
mentos
do MEF

Esquema
para
solução de
problemas
de meio
contínuo
através do
método dos
elementos
finitos
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„O MEF não se restringe à análise
estrutural, mas estende-se por todas
as áreas da engenharia.
„Uma das áreas mais críticas do
método é o processo de discretização
por meio de “elementos finitos”
„Esse processo deve incorporar no
modelo elementos que tenham
robustez e eficiência.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„ROBUSTEZ - se refere à capacidade
do elemento fornecer bons resultados
em uma grande variedade de definição
de parâmetros de um mesmo modelo
matemático e de sua discretização
como, por exemplo, propriedades
diversas do material, condições de
contorno variadas, espessura fina e
semi-espessa em problemas de placa
e casca, formas regulares e distorcidas
de elementos, etc.
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„EFICIÊNCIA - se refere à
potencialidade do elemento ser
utilizado em malhas que forneçam
resultados, com precisão satisfatória,
em processamentos computacionais
rápidos comparativamente com outros
elementos considerados não eficientes.
A eficiência é de fundamental
importância em análises não-lineares
ou transientes.
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O Método dos
Elementos
Finitos
Fundamentos

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Nas aulas sobre Fundamentos da
Teoria das Estruturas aprendeu-se que
T T ⎧
⎪ ∂Π ⎫

Π = α Kα + α f 1
2





∂α1 ⎪

⎪ ⎪


∂Π ⎪ ⎪

=⎨ # ⎬=0
∂α ⎪ ⎪
∂Π ⎪

⎪ ∂Π ⎪


= Kα + f = 0 ⎪





∂α ⎪ ∂
⎪ n⎪
⎩ α ⎪

„Onde se tem apenas um funcional Π.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Aqui se tem uma rede ou malha de
elementos, onde os pontos de
interseção entre as linhas desses
elementos se tem os nós.
„Para cada elemento finito i, é montado
um funcional Πi que, somados aos
funcionais dos demais elementos
formam o funcional Π de domínio Ω:
n
Π = ∑ Πi
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Para cada elemento i, a função de
aproximação é formada por variáveis ai
referidas aos nós do elemento, os
parâmetros nodais e por funções
chamadas de funções de forma φj
„Assim, uma função de aproximação u
tem a seguinte forma:
m
u = ∑ a jφ j
j =1
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„O funcional Π do domínio Ω fica:
n
Π ( a j ) = ∑ Πi ( a j )
i =1
„A condição de estacionariedade, gera
um sistema de equações algébricas
lineares, como no método de Rayleigh-
Ritz:
n n m ∂Πi (a j )
δΠ (a j ) = ∑ δΠi (a j ) = ∑∑ =0
i =1 i =1 j =1 ∂a j
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A solução de
n n m ∂Πi (a j )
δΠ (a j ) = ∑ δΠi (a j ) = ∑∑ =0
i =1 i =1 j =1 ∂a j

dá os valores dos parâmetros modais


aj que podem ser deslocamentos,
forças internas, ou ambos,
dependendo da formulação ou método
adotado para o método dos elementos
finitos.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Como visto, no caso do modelo de
deslocamentos ou de rigidez as
funções aproximadoras descrevem
o campo de deslocamentos e o
princípio da energia potencial
mínima é empregado, onde as
incógnitas são os componentes
dos deslocamentos nodais.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„No caso do modelo das forças ou da
flexibilidade o campo de tensões ou
esforços internos é descrito pelas
funções aproximadoras e o
princípio da energia complementar
mínima é empregado, sendo as
incógnitas as tensões ou esforços
internos nodais.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Condições de Contorno
– Natural
„São normalmente definidas por derivadas da
função, e elas normalmente aparecem na
minimização de um funcional;
„São ditas condições de Neumann
– Essenciais
„São condições de contorno geométricas, que
precisam obrigatoriamente ser impostas;
„São ditas condições de Dirichlet
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O Método dos
Elementos
Finitos
Um exemplo simples

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„Seja a viga prismática abaixo, da qual
se quer se determinar a flecha e a
rotação na extremidade livre.

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„Vamos resolvê-la pelo método de
Rayleigh-Ritz, adotando a seguinte
função aproximadora para representar
as deflexões do eixo baricêntrico da
viga:

v( x ) = a1 + a2 x + a3 x + a4 x
2 3

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„As condições de contorno para esse
caso são:
– Deflexão nula no engaste:

v (0 ) = 0
– Ângulo da deflexão no engaste é nulo:

v ′ (0 ) = 0
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„Aplicando essas condições de
contorno na função aproximadora, se
verifica que:
v (0 ) = 0 ⇒ a1 = 0
v ′ (0 ) = 0 ⇒ a 2 = 0
„Resultando:
v ( x ) = a3 x + a4 x
2 3

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„O que se quer achar é a flecha v(x) e a
rotação v´(x) na extremidade livre, isto
é, em x = L. Assim sejam

v ( L) = − f
v ′ ( L) = −θ

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„Levando esse valores na expressão de
v(x), se tem:

a3 L + a4 L = − f
2 3

2a3 L + 3a4 L = −θ 2

„Resolvendo, se tem
⎛θ 3f ⎞⎟ ⎛2 f θ ⎞⎟
a3 = ⎜⎜ − 2 ⎟⎟; a4 = ⎜⎜ 3 − 2 ⎟⎟
⎜⎝ L L ⎠ ⎝⎜ L L⎠
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„Assim, a função aproximadora

v ( x ) = a3 x + a4 x
2 3

„Pode ser escrita da seguinte forma:


⎛ 2 x 3 3x 2 ⎞⎟ ⎛ x 2 x 3 ⎞⎟
v ( x ) = ⎜⎜ 3 − 2 ⎟⎟ f + ⎜⎜ 2 − 2 ⎟⎟θ L
⎜⎝ L L ⎠⎟ ⎜⎝ L L ⎠⎟

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„Introduzindo a coordenada
adimensional x
ξ= ∴ 0 ≤ ξ ≤1
L
„E levando-a na equação de v(x), se
tem:
v (ξ ) = (2ξ − 3ξ 3 2
) f + (ξ 2
− ξ )θ L
3

„Agora dependente das incógnitas do


problema, f e θ.
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„Como já foi visto, a energia potencial
total para uma viga engastada de
comprimento L, submetida a um
carregamento uniforme q, é

⎛ EI ⎞⎟
L

Π = ∫ ⎜⎜ (v ′′) − qv ⎟⎟ dx
2

⎜⎝ 2 ⎠
0

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„Fazendo a mudança de variável, se vê
que
x dx
ξ= ⇒ Ld ξ = dx e =L
L dξ
L ⎛ ⎞
L
⎛ EI ⎞⎟ ⎛ 2 ⎞2
⎜ EI ⎜ d v ⎟ ⎟⎟
Π = ∫ ⎜ (v ) − qv ⎟⎟ dx = ∫ ⎜ ⎜ 2 ⎟⎟ − qv ( x )⎟⎟ dx
⎜ ⎜
2
′′
⎜2
⎝ ⎠ ⎜ ⎜ dx ⎠⎟
0 ⎜
0 ⎝
2 ⎝ ⎠⎟
d ⎛⎜ dv ⎟⎞ d dx ⎜⎛ dv dx ⎞⎟ d v ⎛⎜ dx ⎞⎟
2 2 2
d v d 2v 2
∴ 2 = ⎜ ⎟⎟ = ⎜ ⎟⎟ = 2 ⎜ ⎟⎟ = 2 L
dξ d ξ ⎜⎝ d ξ ⎟⎠ dx d ξ ⎜⎝ dx d ξ ⎠⎟ dx ⎝⎜ d ξ ⎠⎟ dx
1 1
1
⇒ Π = 3 ∫ EI (v ′′) d ξ − L ∫ qvd ξ
2

2L 0 0
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„Na expressão da energia potencial
total 1 1
1
Π = 3 ∫ EI (v ′′) d ξ − L ∫ qvd ξ
2

2L 0 0

„Substituindo as expressões de v e v”
se tem: 1
1

Π = 3 ∫ EI ((12ξ − 6) f + (2 − 6ξ ) Lθ ) d ξ −
2

2L 0
1

−qL ∫ ((2ξ 3 − 3ξ 2 ) f + (ξ 2 − ξ 3 ) Lθ ) d ξ
0
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„A condição de estacionariedade é:
∂Π EI 1
= 3 (6 Lθ −12 f ) + qL = 0
∂f L 2
∂Π EI 1 2
= 2 (6 f − 4 Lθ ) − qL = 0
∂θ L 12

„Cuja solução é qL4


qL 3
f =− ; θ =−
8EI 6 EI
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„Agora, admitindo que a deflexão e a
rotação na extremidade engastada
sejam representadas por v1 e θ1,
respectivamente, e na extremidade
livre por v2 e θ2, a função aproximadora
por ser escrita da seguinte forma:

v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2

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„Comparando
v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2
„com
v (ξ ) = (2ξ − 3ξ3 2
) f + (ξ 2
− ξ )θ L
3

„Vê-se que, como f = −v2 e θ = −θ2


então
φ3 (ξ ) = 3ξ − 2ξ
2 3

φ4 (ξ ) = (ξ − ξ ) L
3 2

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„
„As
As demais funções de forma φ1 e φ2
funções
são indeterminadas, uma vez que, para
o problema em an álise, v1 = 0 e θ1 = 0
análise, 0,,
como pode ser visto na figura abaixo:

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„Vê-se assim que a expressão
v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2

„É a expansão de m
u = ∑ α jφ j
j =1

„Sendo φ as funções de forma e vi e θi


os parâmetros nodais. Veja diagrama a
seguir.
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„Deslocamentos e esforços nodais
positivos:

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O Método dos
Elementos
Finitos
Um exemplo simples
Outra forma de ver

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„Admitindo, temporariamente, para
efeito didático, que os valores de v1 e
θ1 sejam quaisquer, pode-se
determinar as funções de forma φ1 e φ2.
Assim, ter-se-ia:
se v (0) = v1 ⇒ a1 = v1
se v ′ (0) = θ1 ⇒ a2 = θ1
se v ( L) = v2 ⇒ v2 = v1 + Lθ1 + a3 L2 + a4 L3
se v ( L) = θ2 ⇒ θ2 = θ1 + 2a3 L + 3a4 L
′ 2

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„Resolvendo o sistema de equações
anterior, se obtém:
a1 = v1 ; a2 = θ1
3(v2 − v1 ) θ2 − 2θ1
a3 = 2

L L
2 (v1 − v2 ) θ1 + θ2
a4 = 3
+ 2
L L

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„Levando esses valores em:
v ( x ) = a1 + a2 x + a3 x + a4 x
2 3

„E fazendo a transformação de variável


se tem: v (ξ ) = (1− 3ξ 2 + 2ξ 3 ) v +
1

+(ξ − 2ξ + ξ ) Lθ1 +
2 3

+(2ξ − 3ξ ) v2 +
3 2

+(ξ − ξ ) Lθ2
2 3

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„Comparando com:
v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2
„Se pode identificar
φ1 (ξ ) = 1− 3ξ + 2ξ
2 3

φ2 (ξ ) = (ξ − 2ξ + ξ ) L
2 3

φ3 (ξ ) = 3ξ − 2ξ
2 3

φ4 (ξ ) = (ξ − ξ ) L
3 2

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„Assim, a expressão:
v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2
„Pode ser escrita na forma matricial da
seguinte maneira:
⎧⎪ v1 ⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪ θ1 ⎪⎪
v (ξ ) = {φ1 φ2 φ3 φ4 }⎨ ⎬ = φv
⎪⎪v2 ⎪⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎩θ2 ⎪⎭
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„Onde φ é a matriz das funções de
forma e v é o vetor das componentes
dos deslocamentos nodais ou
incógnitas nodais:

⎧⎪ v1 ⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪ θ1 ⎪⎪
v (ξ ) = {φ1 φ2 φ3 φ4 }⎨ ⎬ = φv
⎪⎪v2 ⎪⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎩θ2 ⎪⎭
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Derivando v(ξ) duas vezes se tem:
v (ξ ) = φ1 (ξ ) v1 + φ2 (ξ )θ1 + φ3 (ξ ) v2 + φ4 (ξ )θ2

φ1 (ξ ) = 1− 3ξ 2 + 2ξ 3 ⇒ φ1′′ (ξ ) = −6 + 12ξ

φ2 (ξ ) = (ξ − 2ξ 2 + ξ 3 ) L ⇒ φ2′′ (ξ ) = (−4 + 6ξ ) L

φ3 (ξ ) = 3ξ 2 − 2ξ 3 ⇒ φ3′′ (ξ ) = 6 −12ξ

φ4 (ξ ) = (ξ 3 − ξ 2 ) L ⇒ φ4′′ (ξ ) = (6ξ − 2) L
v ′′ (ξ ) = (−6 + 12ξ ) v1 + (−4 + 6ξ ) Lθ1 + (6 −12ξ ) v2 + (6ξ − 2) Lθ2
v ′′ (ξ ) = Bv
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„Levando esses valores na expressão
do funcional da energia potencial total:
1 1
1
Π = 3 ∫ EI (v ′′) d ξ − L ∫ qvd ξ
2

2L 0 0
„Se tem:
1
1
Π = 3 ∫ EI ((12ξ − 6) v1 +(6ξ − 4) Lθ1 +(6 −12ξ ) v2 +(6ξ − 2) Lθ2 ) dξ −
2

2L 0
1

−qL∫ ((1− 3ξ 2 + 2ξ 3 ) v1 +(ξ − 2ξ 2 + ξ 3 ) Lθ1 +(3ξ 2 − 2ξ 3 ) v2 +(ξ 3 −ξ 2 ) Lθ2 ) dξ


0

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„Fazendo as operações indicadas em:
1
1
Π = 3 ∫ EI ((12ξ − 6) v1 +(6ξ − 4) Lθ1 +(6 −12ξ ) v2 +(6ξ − 2) Lθ2 ) dξ −
2

2L 0
1

−qL∫ ((1− 3ξ 2 + 2ξ 3 ) v1 +(ξ − 2ξ 2 + ξ 3 ) Lθ1 +(3ξ 2 − 2ξ 3 ) v2 +(ξ 3 −ξ 2 ) Lθ2 ) dξ


0

„Se tem:
EI ⎜ 1⎛ 6 v 2
+ 6 Lv θ − 12 v v + 6 Lv θ + 2 L θ1 − ⎞⎟
2 2

Π = 3 ⎜⎜ 1 1 1 2 1 2
⎟⎟ −
L ⎜⎝−6 Lθ1v2 + 2 L2θ1θ1 + 6v22 − 6 Lv2θ2 + 2 Lθ22 ⎠⎟
⎛1 1 1 1 ⎞⎟
−ql ⎜⎜ v1 + Lθ1 + v2 − Lθ2 ⎟⎟
⎜⎝ 2 12 2 12 ⎠
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„As condições de estacionariedade são
determinadas pelas derivadas parciais
de Π em relação às incógnitas nodais
ou componentes dos deslocamentos
nodais. Assim:
∂Π EI 1
= 3 (12v1 + 6 Lθ1 −12v2 + 6 Lθ2 ) − qL = 0
∂v1 L 2
∂Π EI 1
= 3 (6 Lv1 + 4 L2θ1 − 6 Lv2 + 2 L2θ2 ) − qL2 = 0
∂θ1 L 12
∂Π EI 1
= 3 (−12v1 − 6 Lθ1 + 12v2 − 6 Lθ2 ) − qL = 0
∂v 2 L 2
∂Π EI 1
= 3 (6 Lv1 + 2 L2θ1 − 6 Lv2 + 4 L2θ2 ) + qL2 = 0
Prof. Henrique Mariano C. Amaral ∂θ2 L 12 60
Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Escrevendo-as na forma matricial, se
tem:

⎛ 12 6 L − 12 6 L ⎞⎟⎪⎧ v1 ⎪⎫ ⎧⎪ 1 2 ⎫⎪
⎜⎜ ⎟ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎜ 2 ⎟ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
EI ⎜ 6 L 4 L −6 L 2 L ⎟⎟⎪⎪ θ1 ⎪⎪ ⎪⎪ L 12 ⎪⎪
2

3 ⎜
⎜ ⎟⎟⎨ ⎬ = qL ⎨ ⎬
L ⎜⎜−12 −6 L 12 −6 L⎟⎟⎪⎪v2 ⎪⎪ ⎪⎪ 1 2 ⎪⎪
⎜⎜ ⎟
⎟⎪ ⎪ ⎪ ⎪
2 ⎟
⎝ 6 L 2 L −6 L 4 L ⎠⎪
2 ⎪θ ⎪⎪ ⎪−L 12⎪⎪

⎩ 2⎭ ⎩ ⎭

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Retornando agora ao problema
original, impõe-se as restrições a ele
pertinente: v1 = θ1 = 0 o que produz
o seguinte sistema:

EI ⎛⎜ 12 −6 L⎞⎟⎧⎪
⎪ v ⎫

2⎪


⎪ 1 2 ⎫


3 ⎜
⎟⎟⎨ ⎬ = qL ⎨ ⎬
L ⎜⎝−6 L 4 L ⎠⎟⎪
2
θ
⎪ ⎭
⎩ 2

⎪ ⎪
⎩⎪−L 12⎪
⎭⎪

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Observa-se:
„1 – A matriz dos coeficientes das
incógnitas nodais é simétrica: isso é
devido ao fato dos teoremas da
reciprocidade de Betti ou de Maxwell –
já vistos anteriormente.
„2 – O uso da notação matricial é muito
mais vantajoso para a realização dos
cálculos.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Diante dessas observações, deve-se
escrever as expressões de solução de
maneira mais adequada.
„Assim, o funcional da energia potencial
total fica: 1
1 1

Π = 3 ∫ (v ′′) EIv ′′d ξ − L ∫ qvd ξ


T

2L 0 0

∴ v (ξ ) = φ v e v ′′ (ξ ) = Bv
1 1
1
⇒ Π = 3 ∫ (Bv) EI (Bv) d ξ − L ∫ qφvd ξ
T

2L 0 0

⎛ 1 1 ⎞⎟ 1

Π = vT ⎜⎜⎜ 3 ∫ BT EIBd ξ ⎟⎟ v − L ∫ qφd ξ v


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⎜⎝ 2 L 0 ⎠⎟⎟ 0 64
Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Calculando a primeira variação de Π:
⎛ 1 1 ⎞⎟ 1
T⎜
Π = v ⎜ 3 ∫ B EIBd ξ ⎟⎟ v − L ∫ qφd ξ v
⎜ T

⎜⎝ 2 L 0 ⎠⎟⎟ 0

⎛1 1 ⎞⎟ 1

δΠ = δ vT ⎜⎜⎜ 3 ∫ BT EIBd ξ ⎟⎟ v − δ vT L ∫ φT qd ξ v = 0
⎜⎝ L 0 ⎟⎠⎟
0

mas ∀ δ vT
⎛1 1 ⎞⎟ 1
⎜⎜ BT EIBd ξ ⎟⎟ v − L ∫ φT qd ξ v = 0
⎜⎜ L3 ∫ ⎟⎠⎟
⎝ 0 0
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
⎛1 1 ⎞⎟ 1
„Na expressão: ⎜⎜⎜ 3 ∫ BT EIBd ξ ⎟⎟⎟ v − L ∫ φT qd ξ v = 0
⎜⎝ L 0 ⎠⎟ 0

„O termo ⎛1 1 ⎞⎟
⎜⎜ ⎟= k
⎜⎜ L3 ∫ B B ξ
T
EI d ⎟

⎝ 0 ⎠⎟
„é uma matriz quadrada e é igual a
matriz coeficiente das incógnitas
nodais e é denominada de matriz de
rigidez k.
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
1
„O termo
L ∫ φT qd ξ = r
0

„é denominado de vetor de cargas


nodais equivalentes.
„Assim a expressão da condição de
estacionariedade pode ser escrita da
seguinte forma:

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kv = r 67
O Método dos
Elementos
Finitos
Um exemplo simples
Solução com 2 Elementos

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Seja o problema anteriormente em
desenvolvimento, sendo que agora a
viga está dividida em duas partes de
comprimentos L1 e L2:

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Cada parte em que foi dividida a viga,
é denominada de elemento.
„Assim, se tem dois elementos:
– Elemento 1 – limitado pelos nós 1 e 2;
– Elemento 2 – limitado pelos nós 2 e 3;

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A cada elemento é associado um
sistema de coordenadas próprio, com
origem no primeiro nó.
y

1 2
θ1 θ2
x
v1
v2
y
2 3
θ2 x
θ3
v2
v3

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Considerar-se-á que a cada elemento
tem associado uma energia de
deformação Ui e uma energia potencial
da carga externa Mi. Assim, a energia
de deformação total é:
Π = Π1 + Π2
= (U 1 + M 1 ) + (U 2 + M 2 )
= U1 + U 2 + M 1 + M 2
δΠ = δU 1 + δU 2 + δ M 1 + δ M 2
Prof. Henrique Mariano C. Amaral 72
Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A variação da energia de deformação
de cada elemento é (com ξ1 = Lx ; ξ2 = Lx ): 1 2


⎪ v1 ⎫


⎪ ⎪

1
1

⎪ θ1⎪

δU 1 = 3 {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 } ∫ B EIBd ξ1 ⎨ ⎬ = δ v1T k1v1
T

L1 ⎪
⎪ v2 ⎪

0

⎪ ⎪


⎩ 2⎪ θ ⎭
⎧⎪ v1 ⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪
1
1
⎪⎪ θ1 ⎪⎪
δU 2 = 3 {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 } ∫ B EIBd ξ2 ⎨ ⎬ = δ vT2 k 2 v 2
T

L2 ⎪⎪v2 ⎪⎪
0
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎩θ2 ⎪⎭
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A variação da energia potencial da
carga externa em cada elemento é:
1

δ M 1 = −δ v L1 ∫ φ qd ξ1 = −{q1 q2 q4 } = −δ v1T r1
T T T
1 q3
0

δ M 2 = −δ v L2 ∫ φ qd ξ2 = −{q3′ q6′ } = −δ vT2 r2


T
T
2
T
q4′ q5′
0

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Vale lembrar que no problema em
questão se tem seis incógnitas, duas
para cada nó: nó 1: v1 θ1
nó 2 : v2 θ2
nó 3: v3 θ3
„Reunindo-as em um único vetor, pode-
se escrevê-las da seguinte forma:
v = {v1 θ1 v2 v3 θ3 }
T
θ2
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„Agora, representando matricialmente a
variação da energia de deformação de
cada elemento, levando em
consideração o vetor v total, lembrando
que o superíndice (superescrito)
representa o número do elemento, se
tem:

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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF δU 1 = δ vT k1v
⎡ k111 k121 k131 k141 0 0⎤⎥ ⎧⎪⎪ v1 ⎫⎪⎪
⎢ ⎪⎪ ⎪⎪
⎢k 1 1
k 22 1
k 23 1
k 24 0 ⎥
0⎥ ⎪ θ1 ⎪
⎢ 21 ⎪⎪ ⎪⎪
⎢k 1 1
k32 1
k33 1
k34 0 ⎥
0⎥ ⎪⎪v2 ⎪⎪
δU 1 = {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 δ v3 δθ3 } ⎢⎢ 31 ⎥ ⎨ ⎬
⎢ 41
k 1 1
k 42 1
k 43 1
k 44 0 0⎥ ⎪⎪θ2 ⎪⎪
⎢ ⎥ ⎪⎪v ⎪⎪
⎢0 0 0 0 0 0⎥ ⎪ 3 ⎪
⎢ ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪
⎢⎣ 0 0 0 0 0 0⎥⎦ ⎩⎪⎪θ3 ⎭⎪⎪
δU 2 = δ vT k 2 v
⎡0 0 0 0 0 0 ⎤ ⎧⎪ v1 ⎫⎪
⎢ ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪
⎢0 0 0 0 0 0 ⎥⎥ ⎪⎪ θ1 ⎪⎪
⎢ ⎪ ⎪
⎢0 0 k112 k122 k132 2 ⎥⎪ ⎪
k14 ⎥ ⎪⎪v2 ⎪⎪
δU 2 = {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 δ v3 δθ3 } ⎢⎢ 2 ⎥⎨ ⎬
⎢0 0 k 212 k 222 k 232 k 24 ⎥ ⎪⎪θ2 ⎪⎪
⎢ 2 ⎥⎪ ⎪
⎪ ⎪
⎢0 0 k312 k322 k332 k34 ⎥ ⎪v3 ⎪
⎢ ⎪ ⎪
2 ⎥⎪ ⎪
⎢⎣0 0 k 412 k 422 k 432 k 44 ⎥⎦ ⎩⎪⎪θ3 ⎭⎪⎪
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Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A variação da energia potencial das
cargas, pode ser escrita assim:
δ M 1 = −δ vT r1
⎧⎪ q1 ⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪q2 ⎪⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪q ⎪
δ M 1 = {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 δ v3 δθ3 }⎪⎨ 3 ⎪⎬
⎪⎪q4 ⎪⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪ 0 ⎪⎪
⎪⎪ 0 ⎪⎪
⎩⎪ ⎭⎪
δ M 2 = −δ vT r2
⎪⎧⎪ 0 ⎪⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪ 0 ⎪⎪
⎪⎪q′ ⎪⎪
δ M 2 = {δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 δ v3 δθ3 }⎪⎨ 3 ⎪⎬
⎪⎪q4′ ⎪⎪
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪q5′ ⎪⎪
Prof. Henrique Mariano C. Amaral
⎪⎪q′ ⎪⎪ 78
⎩⎪ 6 ⎭⎪
Fundamentos do Método dos Elementos Finitos Fundamentos do MEF
„A condição de estacionariedade é:

δΠ = δU 1 + δU 2 + δ M 1 + δ M 2 = 0
δΠ = δ v kv − δ v r = 0 T T

⇒ δ v (kv − r ) = 0 T

⇒ kv = r
∴ k = ∑ ki r = ∑ ri
i i
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„Logo
kv − r = 0
⎡ k111 k121 k131 k141 0 0 ⎤⎪⎧ v1 ⎪

⎢ ⎥⎪ ⎪
⎢k 1 k 1 1
k 23 1
k 24 0 0 ⎥⎪⎪ θ


⎢ 21 22 ⎥⎪⎪ ⎪
1⎪
⎢k 1 k 1 1
k33 + k112 k341
+ k122 k132 2 ⎥⎪ ⎪
k14 ⎥ ⎪ v2 ⎪
{δv1 δθ1 δ v2 δθ2 δv3 δθ3 } ⎢⎢ 31 32 ⎪
⎨ ⎪
⎬−
1 1 1
+ k 212 k 44
1
+ k 222 k 232 2 ⎥
k 24 ⎥ ⎪ 2 ⎪
⎪θ
⎢ k 41 k 42 k 43
⎪ ⎪

⎢ ⎥
2 ⎪ ⎪
⎢0 0 k312 k322 k332 k34 ⎥ ⎪v3 ⎪
⎢ ⎪ ⎪
2 ⎥⎪ ⎪
⎢⎣ 0 0 k 412 k 422 k 432 k 44 ⎥⎦ ⎪
⎪θ3 ⎪
⎩ ⎪

⎧ q1 ⎪
⎪ ⎫

⎪ ⎪


⎪ q ⎪



2


⎪ q3 + q3′ ⎪

⎪⎬ = 0
−{δ v1 δθ1 δ v2 δθ2 δ v3 δθ3 }⎨

⎪ q4 + q4′ ⎪⎪

⎪ ⎪

⎪ q ′ ⎪


5


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⎪ 6 ⎪
⎩ q ′ ⎪
⎭ 80
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„ Generalizando, para o caso de uma viga
dividida em n elementos, com numeração
dos nós de forma seqüencial, se tem:

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0 81
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