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PARTE I - INTRODUÇÃO
1.1. GEOMETRIA
Nas antigas culturas do Egito e da Mesopotâmia, a geometria consistia simplesmente num conjunto
de regras empíricas. Os gregos, entre os quais destacou-se Euclides, séc. III a.C., sistematizaram os
conhecimentos existentes sobre o tema e estabeleceram seus fundamentos num conjunto de axiomas (ou
postulados ou proposições primitivas) dos quais, segundo princípios dedutivos, se obtinham os demais
resultados (proposições ou teoremas).
A discussão dos princípios da geometria Euclidiana levou à construção, no séc. XIX, de novos
sistemas geométricos, denominados geometrias não-Euclidianas, e desembocou na generalização de seus
métodos e sua aplicação a espaços cada vez mais abstratos.
Assim como no estudo da Geometria se aceitam, sem definir, certas noções primitivas e sem
demonstrar certas proposições primitivas (ou postulados, ou axiomas), no estudo do Desenho é necessário
aceitar certos postulados que tornam a matéria objetiva.
PARTE II
LUGARES GEOMÉTRICOS, ÂNGULOS E SEGMENTOS
Definição: Um conjunto de pontos do plano constitui um lugar geométrico (LG) em relação a uma
determinada propriedade P quando satisfaz às seguintes condições:
a) Todo ponto que pertence ao lugar geométrico possui a propriedade P;
b) Todo ponto que possui a propriedade P pertence ao lugar geométrico.
Propriedade: O lugar geométrico dos pontos do plano situados a uma distância constante r de um ponto
fixo O é a circunferência de centro O e raio r.
Notação: Circunf(O,r); ☼(O,r).
Exercícios
1. Dados um ponto P, uma reta t e uma distância d, determine um ponto X da reta t que esteja à distância
d do ponto P.
3
Observação: Construir um triângulo equivale a determinar 3 pontos (vértices). Devemos levar em conta:
- a posição:
- a forma
- o tamanho
Propriedade dos triângulos: um triângulo fica determinado em forma e tamanho quando dele são
conhecidos 3 elementos, sendo pelos menos um deles linear, ou seja, um lado ou uma mediana, etc.
4
4. Dados os pontos A e B, e uma distância r, construa uma circunferência que passa por A e B e que tem
raio igual a r.
Exercícios propostos
1. Dados o ponto A, a circunferência λ e a distância r, determine um ponto X de λ que diste r de A.
3. Dados a reta s, o ponto A e uma distância d, construa um triângulo ABC isósceles de base BC, sabendo-
se que as laterais medem d e que a base BC está contida na reta s.
4. Dados os pontos B e C e uma reta s, construa um triângulo ABC, conhecendo o lado b e sabendo que A
pertence à reta s.
5. Dados um ponto P, uma reta s e uma distância r, construa uma circunferência que passa por P, tem raio
r e cujo centro pertença a s.
6
6. Dados uma circunferência λ, um ponto T sobre λ e uma distância r, construa uma circunferência de raio
r que seja tangente a λ no ponto T.
Dica: os centros das circunferências tangentes e o ponto de tangência são colineares.
Propriedade: O lugar geométrico dos pontos do plano equidistantes de dois pontos A e B dados é a
mediatriz do segmento AB.
Definição: Uma circunferência é dita circunscrita a um triângulo quando ela passa pelos seus três vértices.
O centro da circunferência circunscrita é denominado circuncentro.
Exercícios
1. Construa a mediatriz do segmento AB.
3. Dados os pontos B e C e uma circunferência λ, construa um triângulo ABC isósceles, de base BC,
sabendo-se que o vértice A pertence a λ.
8
4. Dados três pontos A, B e C, não colineares, construa a circunferência que passa por esses pontos.
5. Trace uma reta perpendicular a uma reta dada r, que passe por um ponto P.
5.1. P ∈ r
5.2. P ∉ r
6
6. Dados uma circunferência λ, um ponto T sobre λ e uma distância r, construa uma circunferência de raio
r que seja tangente a λ no ponto T.
Dica: os centros das circunferências tangentes e o ponto de tangência são colineares.
Propriedade: O lugar geométrico dos pontos do plano equidistantes de dois pontos A e B dados é a
mediatriz do segmento AB.
Definição: Uma circunferência é dita circunscrita a um triângulo quando ela passa pelos seus três vértices.
O centro da circunferência circunscrita é denominado circuncentro.
4. Dados os pontos A, B, C e D, determine um ponto X que seja equidistante de A e B, e que seja também
equidistante de C e D.
6. Dados os pontos P e Q e uma reta s, construa uma circunferência que passe por P e Q, sabendo que seu
centro pertence à reta s.
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8. Dados um ponto O e uma reta t, construa uma circunferência que tem centro O e seja tangente à reta t.
Dica: a reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.
Exercícios
1. Dados uma reta t e um ponto P, não pertencente a t, trace a reta s paralela à reta t.
3. Dados um ângulo ABC e uma distância r, construa uma circunferência de raio r tangente aos lados do
ângulo dado.
4. Dados o ponto A, a reta t e a distância r, construa uma circunferência de raio r, que passe pelo ponto A
e seja tangente à reta t.
Exercícios Propostos
1. Dados a reta r, os pontos A e B sobre r e o ponto P fora de r, construa uma circunferência que passe
por A e B, sabendo que o seu centro pertence à reta paralela a r conduzida por P.
2. Dadas duas retas concorrentes s e t e um ponto P fora delas, determine a reta r que passa por P e seja
paralela a t. Construa uma circunferência tangente à reta t, sabendo que o seu centro é o ponto de
interseção das retas r e s.
3. Dados o ponto A, a reta r e as distâncias m e n, determine um ponto X cuja distância ao ponto A é igual
a m e cuja distância à reta r é igual a n.
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4. Dados os pontos A, B, C e D, determine um ponto X que seja equidistante de A e B, e que seja também
equidistante de C e D.
6. Dados os pontos P e Q e uma reta s, construa uma circunferência que passe por P e Q, sabendo que seu
centro pertence à reta s.
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Exercícios
1. Construa a bissetriz do ângulo dado.
Definição: Uma circunferência é dita inscrita a um triângulo quando ela for tangente aos lados do
triângulo. O centro da circunferência inscrita é denominado incentro. Uma circunferência é ex-inscrita
ao triângulo quando ela for tangente a um dos lados e aos prolongamentos dos outros dois. O centro
da circunferência ex-inscrita é denominado de ex-incentro.
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Exercícios Propostos:
1. Determine graficamente, o comprimento do raio da circunferência inscrita em um triângulo retângulo
cujos catetos medem 6cm e 8cm.
2. Construa a circunferência inscrita em um triângulo equilátero de lado l = 5cm. Quanto mede, aproxima-
damente, o raio dessa circunferência?
18
4. Dada a figura abaixo, construa a terceira circunferência equidistante das duas menores, com mesmo
raio e mesma distância das outras duas até o centro da circunferência maior.
Exercícios
1. Transporte o ângulo de medida α dado, sabendo-se que O será o seu vértice e a semi-reta OA⃗ dada um
de seus lados.
3. Construa os ângulos de 45o, 22o30', 11o15', 30o, 15o, 120o, 150o, 135o, 75o.
13
3. Dados um ângulo ABC e uma distância r, construa uma circunferência de raio r tangente aos lados do
ângulo dado.
4. Dados o ponto A, a reta t e a distância r, construa uma circunferência de raio r, que passe pelo ponto A
e seja tangente à reta t.
extremos.
Observações:
- O arco interceptado por um ângulo central é correspon-
dente a esse ângulo, ou ele é chamado arco que o ângulo
central enxerga.
- A medida angular de um arco de circunferência é a
medida do ângulo central correspondente.
Observações:
- O arco interceptado por um ângulo inscrito é correspon-
dente a esse ângulo, ou ele é chamado arco que o ângulo
inscrito enxerga.
- Quando os lados de um ângulo inscrito e de um ângulo
central cortam-se sobre os mesmos pontos sobre a mesma
circunferência então eles são ditos ângulos corresponden-
tes na circunferência.
22
Propriedade 1: Todo ângulo inscrito em uma circunferência mede a metade do ângulo central correspon-
dente.
Consequência: Pode-se dizer, então, que o ângulo de segmento, assim como o ângulo inscrito, tem suas
medidas iguais à metade do ângulo central correspondente.
23
Exercícios Propostos:
1. Encontre o raio de uma circunferência dada, sem utilizar o seu centro.
2. Calcule o valor de x.
a. b. c.
d. e. f.
g. h. i.
24
Propriedade: O lugar geométrico dos pontos do plano que enxergam um segmento AB segundo um ângulo
de medida α constante é o par de arcos capazes do ângulo α descrito sobre AB.
Exercícios
1. Construa o par de arcos capazes de um segmento AB dado segundo um ângulo dado α.
a.
25
b. α = 60o c. α = 120o
4. Trace uma reta p perpendicular a uma reta r dada e que passa por um ponto P dado usando o conceito
de arco capaz.
Exercícios Propostos
1. Construa a peça abaixo, com as medidas indicadas de AB e do ângulo de 45o.
27
3. Construa os arcos capazes do segmento AB = 4cm segundo ângulos de 30o, 45o, 135o e 150o.
19
Exercícios
1. Transporte o ângulo de medida α dado, sabendo-se que O será o seu vértice e a semi-reta OA⃗ dada um
de seus lados.
3. Construa os ângulos de 45o, 22o30', 11o15', 30o, 15o, 120o, 150o, 135o, 75o.
29
8. Dados os pontos A e B e uma distância d, determine um ponto P distante d de A tal que APB = 60o.
30
Teorema de Tales: um feixe de retas concorrentes intercepta um outro feixe de retas paralelas segundo
segmentos proporcionais.
Exercícios
1. Divida o segmento AB = 11cm em n = 7 partes iguais.
4. Dados os segmentos p = 15cm, q = 5cm, r = 3,5cm e s = 4cm, construa um triângulo ABC de perímetro
igual a p, sabendo-se que os lados a, b e c são proporcionais a q, r e s, respectivamente.
5. Divida os segmentos a = 3cm, b = 4,5cm, c = 5,3cm, d = 6,4cm, e = 7cm e f = 8,5cm em 5 partes iguais.
Exercícios Propostos
1. Construa um triângulo ABC, sendo dados a + b = 9cm e o ângulo C" = 60o, sabendo-se que a e b são
proporcionais a 2 e 3, respectivamente.
32
Definição: Dado um segmento AB e dois segmentos (ou números) p e q, os pontos M e N determinam uma
divisão harmônica de A e B segundo a razão - se =− e =+ .
, ./ , .2 ,
0/ - 02 -
Exercícios
1. Divida um segmento AB = 7cm harmonicamente na razão dada k.
a. k = )
5
b. k = +
)
33
harmônicos).
Propriedade: O lugar geométrico dos pontos do plano cuja razão das distâncias a dois pontos fixos é
constante compõe-se de uma circunferência. O diâmetro da cricunferência é formado pelos
conjugados harmônicos dos pontos fixos. O centro da circunferência é o ponto médio dos conjugados
harmônicos.
34
Exercícios
1. Construa o lugar geométrico dos pontos P tais que a razão das distâncias aos pontos dados A e B seja:
+ 7
) 8
a. b.
3. Obtenha o ponto do qual possamos ver um segmento dado AB = 3,5cm segundo um ângulo α = 45o, tal
que a razão das distâncias do mesmo às extremidades de AB seja λ = +.
)
35
Exercícios propostos
1. Dados os pontos A e B, construa o lugar geométrico dos pontos P tais que = .
<. )
<0 6
3. Construa um triângulo ABC do qual conhecemos a base a = 9cm, a altura relativa à esta base ha = 2,7cm
7
e a razão λ = 6 dos outros dois lados.
36
Definição: Dados três segmentos (ou números) a, b e c, a quarta proporcional aos três segmentos é um
segmento (ou número) x, tal que, na ordem dada, eles formem uma proporção:
a c
=
b x
Exercício
Dados os segmentos a = 2cm, b = 3,2cm e c = 2,8cm, obtenha a quarta proporcional nesta ordem.
Exercício Proposto
São dados os segmentos a = 3cm, b = 4cm, c = 5cm e d = 2,5cm. Determine graficamente a quarta propor-
cional entre:
1. a, b, c
2. d, a, c
3. c, a, b
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Definição: Dados dois segmentos (ou números) a e b, a terceira proporcional aos dois segmentos é um
segmento x, tal que, na ordem dada, eles formem uma proporção:
a b
=
b x
Exercício
Obtenha a terceira proporcional aos segmentos a = 3cm e b = 2,5cm, nessa ordem.
Exercícios Propostos
1. São dados os segmentos a = 3,5cm, b = 4cm e c = 2,5cm. Determine graficamente a terceira proporcional
entre:
1.1. a e b
1.2. c e a
1.3. b e c
38
2. Dados AB = 7,3cm, a = 0,3cm e b = 0,6cm divida AB em partes inversamente proporcionais aos segmen-
tos a e b.
3. Dados os segmentos l = 3cm, m = 3,5cm e n = 4cm, construa um triângulo ABC, sabendo-se que A = 60o ,
a= eb= .
*.> ?@
? >
39
Exercícios
1. Construa um triângulo retângulo, sendo dadas as projeções m = 3cm e n = 4,3cm dos catetos b e c,
respectivamente.
2. Construa um triângulo retângulo, sendo dados a hipotenusa a = 6,7cm e a projeção m = 2,5cm do cateto
b sobre a hipotenusa.
Definição: Dados dois segmentos p e q, a média geométrica (ou média proporcional) entre eles, é um seg-
mento x, tal que:
= ou x2 = p.q ou x = Bp. q
, A
A -
Exercícios
1. Obtenha a média geométrica entre os segmentos p e q:
1.1. p = 2,1cm, q = 5,2cm 1.2. p = 6,4cm, q = 7,4cm
Exercícios propostos
1. Obtenha graficamente o valor aproximado de (5,3 x 3,8)1/2.
Exercícios
Dados p = 4,5cm, q = 3cm e r = 2,4cm obtenha x, tal que:
1. x2 = p2 + q2
2. x2 = p2 - q2
3. x2 = p2 + q2 - r2
4. x2 = p2 + q2 + r2
43
Exercícios propostos
1. Obtenha graficamente o valor aproximado de (7,22 + 32)1/2.
Definição: Dado um segmento AB diz-se que se efetua uma divisão áurea de AB por meio de um ponto P
quando este ponto divide o segmento em duas partes desiguais, tal que a maior (esta é o segmento
Assim, o segmento AP é áureo do segmento dado AB quando AP2 = PB.AB ou, é o mesmo que
áureo) é média geométrica entre a menor e o segmento todo.
AP PB
=
AB AP
Exercícios
1. Dado o segmento AB obter o seu segmento áureo AP.
Seja o segmento AB de medida a. Como queremos encontrar a medida do segmento áureo de AB,
Consideração:
⎧ V −a + a√5 a√5 a
Portanto, a solução desta equação é:
−a ± √a) + 4a) ⎪ x = 2
=
2
−
2 W
x= →
2 ⎨ VV −a − a√5 a√5 a
⎪x = =− −
⎩ 2 2 2
Considere destas duas raízes apenas x′ (por ter medida menor que a = AB). Para determinarmos a
medida do segmento áureo devemos obter um segmento com a medida x, ou seja, obter os segmentos de
L√+ L
)
medidas e ). Basta observar que estas medidas são hipotenusa e cateto de um triângulo retângulo de
catetos a e ).
L
Construção:
45
Conhecemos agora a medida do segmento áureo AP, fazendo AP = a e AB = x (pois devemos achar
Consideração:
⎧ V a + a√5 a√5 a
Portanto, a solução desta equação é:
a ± √a) + 4a) ⎪ x = 2
=
2
+
2 W
x= →
2 ⎨ VV a − a√5 a√5 a
⎪x = =− +
⎩ 2 2 2
Considere apenas a primeira raiz x′. Assim, para obter a medida de AB basta construir um triângulo
L L√+
) )
retângulo, onde a e são catetos e será a hipotenusa.
Construção:
Observações:
b) A existência de duas raízes indica que existem dois pontos P e P2 que dividem o segmento AB em duas
a) Segundo Euclides é dividir um segmento em média e extrema razão.
Exercícios propostos
1. Construa o segmento áureo de um segmento AB de 5cm de medida. Qual é, aproximadamente, a medi-
da desse segmento?
2. Construa um retângulo áureo, dado um de seus lados de medida AB. Construa uma espiral áurea.
Propriedade: Considere uma circunferência qualquer de centro O e raio r, e um ponto P. Por P podemos
traçar infinitas retas cortando a circunferência nos pontos A e B, C e D, E e F,... Denomina-se potência
Para cada posição para P existe uma constante k, chamada potência do ponto P em relação à
Circunf(O,r).
3º caso: P é externo e uma das retas é tangente à circunferência em um ponto T (PT2 = PA.PB).
Exercícios
1. Calcule o valor de x.
a) b) c)
2. Trace as retas tangentes à circunferência, que passam pelo ponto P, sem usar o centro da mesma.
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PARTE III
TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS
Definição: O encontro das mediatrizes dos lados de um triângulo é único e chama-se circuncentro.
Propriedade: O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo.
Observação: O circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo) ou externo (no triângulo obtusân-
gulo) ou pertencer a um dos lados, sendo, neste caso o seu ponto médio (no triângulo retângulo).
Definição: Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de um triângulo e a
outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a esse vértice.
pedal.
Propriedade: As alturas de um triângulo acutângulo são as bissetrizes dos ângulos internos do triângulo
órtico.
Construir um triângulo significa determinar a posição dos seus vértices. Devem ser fornecidos
sempre 3 elementos, um deles necessariamente linear, isto é, ou um lado ou uma altura ou uma mediana,
etc.
Na discussão da quantidade de soluções pode-se analisar a posição na qual o triângulo foi desenhado
e o tamanho obtido.
Exercícios propostos
Construa o triângulo ABC, dados:
1. os três lados: a = 7cm, b = 8cm, c = 5cm. 2. dois lados e um ângulo adjacente: a = 8cm,
b = 5cm, B = 30o.
5. dois lados e o ângulo oposto ao terceiro lado: a = 7cm, b = 5cm, C" = 60o.
Universidade Federal do Paraná – Depto. de Expressão Gráfica – Prof. Paulo H. Siqueira e Profa. Deise M. B. Costa
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B = 45o, ma = 5,5cm.
va ao mesmo lado: a = 6cm, ha = 3,5cm, relativa a outro lado: a = 6,5cm, ha = 4cm, hb = 6cm.
23. um lado, ângulo oposto e a altura relati- 24. um lado, altura relativa ao mesmo lado e altura
A = 45o.
ma = 6cm, hb = 3,5cm.
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A = 90o.
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34. um lado, a soma dos outros dois e a altura relativa a um destes: a = 7cm, b + c = 12cm e
hb = 4,5cm.
35. um lado, a soma dos outros dois e o ângulo oposto a um destes: a+b = 13cm, c = 7,5cm e B = 60o.
36. um lado, a diferença dos outros dois e o ângulo oposto ao maior destes: b = 9cm, a – c = 3cm e
A = 75o.
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37. um lado, a diferença dos outros dois e o ângulo oposto ao menor destes: a = 5cm, b – c = 2cm e
C" = 45o.
3.3. QUADRILÁTEROS
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QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
TRAPÉZIO
Bases: __________________________
Lados não-paralelos: _______________
PARALELOGRAMO
Propriedades:
- Os ângulos opostos são _______________.
- Quaisquer dois ângulos internos consecutivos são __________________.
- Os lados opostos são ____________________.
- As diagonais interceptam-se em seus _____________________.
Propriedades Recíprocas:
- Se num quadrilátero os pares de lados opostos são respectivamente congruentes, então o
quadrilátero é um ___________________.
- Se num quadrilátero um par de lados opostos são paralelos e congruentes, então o quadrilátero é
um ___________________.
- Se num quadrilátero as diagonais interceptam-se em seus pontos médios, então o quadrilátero é
um ___________________.
Um quadrilátero pode ser entendido como uma composição de dois triângulos. Para construí-lo, é
necessário conhecer 5 elementos, sendo necessariamente um deles linear. Com três deles, pode-se
construir um dos triângulos em que o quadrilátero fica dividido por uma de suas diagonais, e com os
outros dois determina-se o quarto vértice.
Quando se trata de um quadrilátero notável, há dados que já estão implícitos.
As técnicas de construções de quadriláteros são as mesmas utilizadas para os triângulos.
Exercícios
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Exercícios propostos
1. Obtenha graficamente o valor aproximado de (7,22 + 32)1/2.
um dos lados com a base dada: AB = 8cm, diagonais: AB = 6,5cm, AC = 4cm, DC = 2,5,
24. uma base, dois lados e o ângulo formado por 25. as bases, uma diagonal e o ângulo formado pelas
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26. as bases e altura: AB = 6,5cm, CD = 3cm, 27. as bases e uma diagonal: AB = 7cm, CD = 2,7cm,
Construa um trapézio isósceles dados:
h = 4,3cm. AC = 6,5cm.
29. as bases e a altura: AB = 6,5cm, 30. uma base, um lado e a altura: AB = 7,5cm,
Construa um trapézio retângulo em A dados
31. uma base, a soma da outra base com um lado e a altura: AB = 4,5cm, s = 12cm, h = 4,2cm.
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Exercícios propostos
Considere os segmentos de medidas m, n e p para resolver os problemas de triângulos e quadriláteros a
seguir.
PARTE IV
TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA
Definição: A tangente a uma curva é uma reta que tem um só ponto em comum com esta curva.
Propriedade: Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.
Definição: Duas curvas são tangentes num ponto dado T, quando as tangentes a essas curvas nesse
ponto são coincidentes.
Propriedade: Se duas circunferências são tangentes então o ponto de tangência e os centros estão
alinhados.
Definição: Concordar duas linhas é reuni-las de forma tal que nos pontos de contato se possa passar de
uma para a outra sem reversão ou ângulo. Ponto de concordância é o ponto de contato das linhas
concordantes (o ponto de concordância entre duas linhas concordantes corresponde ao ponto de
tangência entre duas linhas tangentes). Centro de concordância é cada um dos centros das curvas
concordantes.
Propriedades de concordância:
- Dois arcos de circunferência estão em concordância num ponto quando admitem nesse ponto uma
tangente comum.
- Um arco e uma reta estão em concordância num ponto quando a reta é tangente ao arco nesse
ponto.
- Na concordância de reta com arco de circunferência, o ponto de concordância e o centro de
concordância estão sobre uma mesma perpendicular.
66
1. Traçar reta tangente a uma circunferência (C, m) dada, por um ponto da mesma.
1.1. utilizando o centro da mesma 1.2. sem utilizar o centro da mesma
3. Traçar tangentes à circunferência (C, m) que formem ângulo dado α com uma reta s.
5. Traçar retas tangentes comuns a duas circunferências α(A, a) e β(B, b): método da dilatação e contração.
5.1. Tangentes exteriores
5.3. Se a = b
6. Traçar retas tangentes comuns a duas circunferências α(A, a) e β(B, b): método da homotetia.
6.1. Tangentes exteriores
53
11.2. 11.3.
70
11.4.
7.5
12. Traçar circunferência que passa por um ponto P e é tangente a circunferência (C, m) em T.
14. Traçar circunferências tangentes às retas r e s, dado o ponto de tangência T sobre uma delas.
14.1. r e s são paralelas 14.2. r e s são concorrentes
71
15. Traçar circunferências de raio r, que passam pelo ponto P e que sejam tangentes à circunferência
(C, m).
16. Traçar circunferências de raio r, que passem pelo ponto P e que sejam tangentes à reta s.
20. Construir as peças dadas pelos esboços abaixo usando tangência e concordância.
20.1.
20.2. 20.3
73
20.4.
20.5. 20.6
EG
EG=5,3
= 5,3
20.7.
2.3
1.2
1.5 2
74
25. Concordar os segmentos dados por meio de dois arcos de circunferências nas condições abaixo:
25.1.
25.2.
76
25.3.
25.4.
PR=4
26. Construir circunferências que passam pelos pontos A e B e são tangentes à reta t.
77
27. Traçar circunferências tangentes à circunferência (C, m) e que passam pelos pontos A e B.
28. Traçar circunferências que sejam tangentes às três circunferências de raios iguais e centros A, B e C.
1º caso: contração das três circunferências
30. Traçar três circunferências de raios iguais, tangentes entre si e tangentes interiores a uma circunfe-
rência dada.
PARTE V
DIVISÃO, RETIFICAÇÃO e DESRETIFICAÇÃO DA
CIRCUNFERÊNCIA E POLÍGONOS REGULARES
Isso porque os pontos que dividem uma circunferência num número n > 2 qualquer de partes iguais são
Dividir a circunferência em partes (ou arcos) iguais é o mesmo que construir polígonos regulares.
PROCESSOS EXATOS
raio r: g+ = km
+l√+
)
.
81
4. Dividir uma circunferência em n = 15, 30, 60, ... = 15.2m partes; m∈N
Exercícios
1. Construa os polígonos regulares de n lados sendo dada a medida do lado gn = 3cm:
a. n = 6
82
b. n = 8
c. n = 10
PROCESSOS APROXIMADOS
Foram vistos processos para a divisão da circunferência em n partes iguais com processos exatos:
n = 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 15, 17, 20,... É possível dividir uma circunferência em 7, 9, 11, 13, 14, 19,...
partes iguais, completando a primeira sequência, porém estas divisões são aproximadas.
gn = 2k. opq r t
7se°
n
3. Dividir uma circunferência em n = 11, 22, 44, ... = 11.2m partes; m∈N
4. Dividir uma circunferência em n = 13, 26, 52, ... = 13.2m partes; m∈N
5. Dividir uma circunferência em n = 15, 30, 60, ... = 15.2m partes; m∈N
Observação: Apesar de existir um processo exato que forneça o g7+ , nota-se que este implica em muitos
erros gráficos. O processo aproximado para a obtenção do g7+ , a construção do g7+ ′ dada
anteriormente, tem melhores resultados graficamente.
86
6. Dividir uma circunferência em n = 19, 38, 76, ... = 19.2m partes; m∈N
Exercícios propostos
1. Construir os polígonos regulares de n lados sendo dada a medida do lado 2,5 cm:
a. n = 7
b. n = 9 c. n = 11 d. n = 13
PROCESSOS GERAIS
Quando se propõe uma divisão da circunferência em n partes iguais, se existir um processo exato,
este deverá sempre ser utilizado. Nos casos em que não exista tal processo pode-se utilizar os anteriores
ou os gerais, isto é, para qualquer número de partes aplica-se um mesmo procedimento.
POLÍGONOS ESTRELADOS
Definição: Polígono estrelado é um polígono cujos ângulos são alternadamente salientes e reentrantes,
e cujos lados pertencem a uma linha poligonal fechada que é percorrida sempre no mesmo sentido.
Polígono regular estrelado é aquele que se forma de cordas iguais, lados e ângulos iguais.
Processo Geral de Construção: Para obter um polígono regular estrelado de n vértices, deve-se dividir a
circunferência em n partes iguais, e unir os pontos de divisão de p em p, sendo que: p < ), p ≠ 1 e p
>
Exercícios propostos
1. Construa polígonos regulares estrelados de n lados em uma circunferência de raio r = 5cm.
a. n = 7 b. n = 8 c. n = 15
2. Dada uma circunferência de centro O e raio r = 4,5cm, construa os seguintes polígonos regulares
ESTRELAÇÕES
Definição: A estrelação de um polígono é o processo de estender elementos deste polígono até que eles
se encontrem, formando uma estrela. Diferente do polígono estrelado, a estrelação sempre começa
de um polígono regular, prolongando lados ou diagonais, até formar uma estrela. As estrelações
mais simples são feitas com pentágonos e hexágonos regulares, formando o pentagrama e o
hexagrama.
estrelação obtida por meio dos prolongamentos dos lados do polígono regular; se p = 3, temos a
estrelação definida pelos prolongamentos dos lados da primeira estrelação; e assim por diante.
Vamos construir estrelações compostas na próxima lista de exercícios.
Exercícios propostos
Construa as estrelações dos polígonos regulares de n lados, inscritos em uma circunferência de raio r.
RETIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
Obter o lado g de um quadrado cuja área seja igual à de um círculo de raio r conhecido, utilizando
Considere o seguinte problema:
Como as áreas devem ser iguais então devemos ter g ) = πr ) = πr. r, logo, g é média geométrica
apenas régua e compasso. (Problema da quadratura do círculo).
entre πr e r.
PROCESSO DE ARQUIMEDES
Arquimedes provou em 250 a.C. a seguinte relação: 3 57 < π < 3 5.
7e 7
Se utilizarmos o valor 3 para aproximar π, o erro teórico será menor. Porém o erro de constru-
7e
57
7e
ção será maior, pois o segmento 57 é mais trabalhoso de ser construído.
C V = 2πV r = πV d = 3 5 d = 3d + 5 d.
Logo, o valor aproximado para o perímetro de uma circunferência de raio r é:
7 7
Só para fazer uma ideia, para uma circunferência de 1m de diâmetro, o valor 5 para π acarreta
excesso, na ordem de 0,001. Ou seja, ele é exato até a segunda casa decimal.
))
PROCESSO DE MASCHERONI
de 6 centésimos de milésimos.
Se pudéssemos aplicar o processo de Kochansky para retificar uma circunferência de 10m de
diâmetro, teríamos um erro por falta da ordem de seis centésimos de milímetros.
PROCESSO DE SPECHT
Este procedimento fornece o perímetro de uma circunferência. Foi desenvolvido por Wilhelm
Specht em 1974.
PROCESSO DE ARQUIMEDES
Este processo funciona apenas para Arcos de Medida Inferior a 90o.
93
g = θ. k é o comprimento do arco AB e
g′ =
77y.‚ƒ>(„)
5…8.;b‚(„)
seu comprimento aproximado.
Entre 45o e 75o o erro teórico aumenta, mas ainda assim pode-se desprezá-lo. Por exemplo, para
Por fim, à medida que o arco se aproxima de 90o, o εI diminui novamente. Para 90o ele é da ordem
o
75 o erro é da ordem de 1 centésimo.
de 6 décimos de milésimos.
Problema: Como retificar um arco com amplitude 90o < θ < 180o?
Problema: Como retificar um arco com amplitude 180o < θ < 360o?
Exercícios propostos
1. Desretificar um arco de comprimento g = 7,5cm de uma circunferência de raio r = 6,5cm.
94
b) r = 5,5cm e θ = 120o.
4. Uma chapa de metal tem a forma indicada a seguir. Faça um desenho em escala com as medidas
dadas, e obtenha graficamente o perímetro da chapa.
Unidade: cm
95
6. No projeto de uma máquina duas polias de raios iguais a 15cm e 30cm tem seus centros distantes
60cm. Determine graficamente o comprimento aproximado de uma correia acoplada a essas polias.
7. Um sistema de polias é composto de três polias de raios iguais a 20cm que tem seus centros nos
vértices de um triângulo equilátero de lado igual a 50cm. Determine graficamente o comprimento
aproximado de uma correia acoplada a este sistema.
Observação: Caso a medida do arco desretificado seja maior que 90o, deve-se dividi-lo em duas partes e
desretificá-lo novamente.
96
PARTE VI
EQUIVALÊNCIA E DIVISÃO DE ÁREAS
ÁREA DO RETÂNGULO
A = m.n
ou seja:
ÁREA DO QUADRADO
A = l2
Como o quadrado é um retângulo com lados iguais, segue que:
ÁREA DO PARALELOGRAMO
ÁREA DO TRIÂNGULO
Para calcular a área de um triângulo, vamos traçar paralelas a 2 lados por seus vértices opostos:
A∆ =r t=
?L‰b L?IŠyL .0.‹Œ
) )
Fixando-se um dos lados de um triângulo e traçando-se a paralela a este lado que passa pelo vértice
oposto a este lado, obteremos infinitos triângulos equivalentes com os vértices do lado fixado, e o
Exercícios
1. Construa o triângulo ABC equivalente ao triângulo DEF, onde BC = EF, e AB = 5,5cm.
2. Construa o triângulo ABC, isósceles de base AB, equivalente ao triângulo DEF, onde AB = DF.
5. Construa o triângulo ABC equivalente ao triângulo DEF, onde BC = 11cm, e C" = 60o.
7. Construa o triângulo ABC equivalente ao triângulo DEF, onde AB = 12cm, e C" = 90o.
92
de 6 centésimos de milésimos.
Se pudéssemos aplicar o processo de Kochansky para retificar uma circunferência de 10m de
diâmetro, teríamos um erro por falta da ordem de seis centésimos de milímetros.
PROCESSO DE SPECHT
Este procedimento fornece o perímetro de uma circunferência. Foi desenvolvido por Wilhelm
Specht em 1974.
PROCESSO DE ARQUIMEDES
Este processo funciona apenas para Arcos de Medida Inferior a 90o.
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A= AABC =
SETOR CIRCULAR ‘.y@ TRIÂNGULO EQUILÁTERO a2 √3
) 4
Exercícios propostos
1. Construa triângulos equivalentes aos polígonos dados:
102
2. Construa o quadrado equivalente à soma das áreas dos quadrados de lados l1 = 2cm e l2 = 3,5cm.
3. Construa o círculo equivalente à soma das áreas dos círculos de raios r1 = 1cm, r2 = 1,5cm e r3 = 2,5cm.
9. Construa o retângulo equivalente ao círculo de raio r = 4cm, sabendo-se que um dos lados do retân-
gulo mede 7cm.
10. Construa um círculo equivalente a um setor circular de raio r = 4cm e amplitude 60o.
11. Construa um quadrado equivalente a um setor circular de raio r = 5,5cm e amplitude 45o.
103
3. Divida a área do triângulo ABC em 3 partes equivalentes através de paralelas ao lado BC.
5. Divida a área do trapézio ABCD em 3 partes equivalentes através de paralelas ao lado CD.
105
6. Divida a área do triângulo ABC em 4 partes triangulares equivalentes, mantendo-se o lado BC comum
a estas partes.
7. Dividir a área do triângulo ABC em 3 partes triangulares equivalentes mantendo-se os lados de ABC
comuns a estas partes.