Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como
proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em
Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança,
Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O
Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa,
Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do
Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e
Gerência de Riscos.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O curso está organizado por módulos, compostos por disciplinas, sendo o diploma de
Técnico em Segurança do Trabalho conferido ao final do terceiro módulo.
Foi construído a partir das funções: Proteção e Prevenção e de Inspeção e
Supervisão, para as quais foram eleitas Competências e Habilidades e selecionadas as
Bases Científicas e Tecnológicas, tendo como referência a estruturação do setor
produtivo e os indicadores de tendências do mercado.
O módulo básico, obrigatório, tem carga horária de 500h/aula, que servirá de suporte
para a continuidade do curso.
Diante da flexibilidade concedida por lei, são ofertadas 200h de Prática Profissional
para cada uma das funções e não é exigido o estágio curricular.
O curso tem uma carga horária total de 1.800h/aula.
1
387-DTE
Desenho Técnico
40
400
690- INFO
Informática
40
692-PORT
Português
40
694-MEDT
Medicina do Trabalho
80
695-SEGT
Segurança do Trabalho
80
696-LNT
Legislação e Normas Técnicas
80
697-SOCT
Sociologia do Trabalho
40
2
400-ESTA
Estatística Aplicada
40
500
619-SEGT
Segurança no Transito
80
660-EPI
EPC e EPI
80
698-RELH
Relações Humanas
40
700-SEGI
Segurança na Indústria
80
702-SEGE
Segurança na Eletrotécnica
80
705-PPR1
Prática Profissional 1
100
3
699-CPC
Combate e Prevenção a Sinist.
80
500
701--SCCI
Segurança na Constr. Civil
80
703-SEGP
Segurança Portuária
80
704-SEGR
Segurança Rural
80
713-INSR
Inspeção de riscos
80
791-PPR2
Prática Profissional 2
100
4
649-LAUP
Laudos Periciais
80
400
707-GSQ
Gestão e Sistemas de Qualidad
80
708-SANA
Saneamento Ambiental
80
710-TECT
Técnicas de Treinamento
80
711-ERG
Ergonomia
80
TOTAL
1800
Volta ao Topo
INGRESSO
A oferta de vagas é feita mediante edital de exame de seleção aos cursos técnicos do
CEFETCE, e as provas discorrem sobre conteúdos do Ensino Médio.
Só poderão matricular-se candidatos aprovados que tenham concluído o Ensino
Médio.Volta ao Topo
PERFIL DO TÉCNICO
MERCADO DE TRABALHO
O técnico em Segurança do Trabalho poderá atuar em:
Indústrias: Eletroeletrônica, metalmecânica, têxtil, siderúrgica, petroquímica, extrativa,
de construção civil, de transformação, dentre outras.
Empresas de produção e/ou distribuição de eletricidade, gás e água, de transportes,
comércio e serviços.
Volta ao Topo
LABORATÓRIOS
PROFESSORES
SERVIÇOS
Laudos Periciais
Laudos de Avaliação Ambiental
Laudos de Avaliação Ergonômica
Mapas de Risco
PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)
Cursos de Extensão:
Segurança na Eletricidade
CIPA
Inspeção de Riscos
Primeiros Socorros
Inspeção de EPI (Equipamento de Proteção Individual)
Palestras de Conscientização
Trabalho infantil ou escravo?
Dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta
que 20% dos brasileiros já trabalham antes dos dez anos e 65,7% antes dos 15. Além
disso, 7,5 milhões de brasileiros com idades entre dez e dezessete anos trabalham,
representando 11,6% da mão-de-obra no país. Sendo que 70% dos casos recebem, em
média, apenas meio salário mínimo.
Na região Sul, que ao lado do Sudeste, é considerada a mais rica e desenvolvida, a mão-
de-obra infantil é explorada em 21 atividades. Só o Rio Grande do Sul concentra 11
dessas atividades.
As extrações de acácia e ametista no Rio Grande do Sul, pelos menores, são as que mais
chocam. As crianças lavam as pedras de ametista com produtos químicos tóxicos sem
nenhuma proteção, ficam expostos à fuligem da máquina de lixar a pedra e suportam o
peso do minério das minas até o local de beneficiamento. Saliente-se que, nas lixas elas
podem até perder o dedo.
Na zona urbana de Mato Grosso, há crianças catadoras de lixo, que brincam, comem e
tiram o sustento do dia, tentando separar o lixo reciclável para vender em outros
lugares. Já no Mato Grosso do Sul as carvoarias batem recorde na exploração do
trabalho infantil.
Ataliba dos Santos estava cansado de não assinar a carteira, não estudar, cansado de
nãos... E cansado de não ter respostas. Enquanto fotografava pensava a quem interessa o
desequilíbrio social? No Brasil, o trabalho infantil não é conseqüência da pobreza, mas
sim instrumento financiador dela. Empregar crianças significa lucro fácil. A exploração
infantil gera o desemprego dos pais, trabalho escravo, crianças doentes, subnutridas,
morando em precárias condições, prejudicadas na sua capacidade intelectual e no seu
direito à educação, lesadas no seu direito ao lazer, ao carinho, à alegria; sem infância.
“A gente custa muito pra entender que nasceu pra ser peixe de engordar gato que
engorda rico e, em casa, a gente fabrica com todo amor os próximos peixinhos. Pra
fugir disso, botei todo mundo pra estudar, mas sinto um aperto no peito porque sei que o
ensino é muito ruim. Filho de pobre, mesmo depois de estudar um, dois, quatro anos,
continua analfabeto. “As palavras de José dos Santos, carvoeiro na região do serrado,
em minas Gerais expressão a luta para mudar uma realidade.
José dos Santos está tentando romper uma corrente perversa que alimenta uma cadeia de
trabalho degradante nas carvoarias brasileiras, assim como nos sisais, nas fazendas, nos
canaviais, nas pedreiras e em vários setores do segmento rural que alimentam indústrias
urbanas. O trabalhador que vive em trabalho degradante ou análogo a escravo, é, na sua
imensa maioria, analfabeto, e foi explorado como trabalhador infantil. Aconteceu assim
com seus pais e seus avós. O caminho normal é acontecer com os filhos e netos.
Infelizmente, ainda não existe no Brasil uma política social que faça a associação entre
trabalho infantil e trabalho degradante, análogo a escravo ou escravo, de forma a romper
esse círculo. A realidade é que o trabalhador escravo de hoje foi o trabalhador infantil
de ontem. A realidade do trabalho nas carvoarias brasileiras merece uma análise
diferenciada. Muitas vezes o trabalho não é considerado trabalho escravo, outras vezes
sim.