Saudades e Nostalgia!

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Saudades e nostalgia

Saudades de quando nos conhecemos e você me chamava de Thybério Prescott. De quando eu


te mandava para longe para desenhar, enquanto eu conversava e tu atrapalhavas. A nostalgia
bate quando eu lembro que te achei tão chata quando eu só te via como criança e do quanto
você mudou quando nos encontramos anos depois.
Saudades da sua dependência enquanto todos se preparavam para sair e você chegava
para mim e perguntava se podia ir. A nostalgia bate quando eu me lembro da sua diferença
perante aos outros de mesma criação, da sua carência e história. Do quanto eu achei que
poderia mudar o quadro, sendo eu tão impotente quanto qualquer outro.
Saudades de todas as nossas conversas em segredo na cama, e do quanto você
costumava confiar em mim. Do seu toque sem intenção que arrepiava os pelos da minha nuca,
ou do seu abraço inesperado, que preenchia o meu coração quase o dia inteiro. A nostalgia
bate quando eu lembro que da sua pergunta sincera e da sua expressão ao receber a resposta
que já conhecia antes mesmo d’eu falar.
Saudades dos exatos 18 dias que passamos juntos desde o nosso reencontro; do
quanto você me procurava só para falar que eu era o seu melhor amigo ou que me amava.
Nostalgia ao lembrar que um dia fomos tão próximos e tínhamos um contato tão bonito, e
hoje resta o silêncio. O silêncio que eu provoquei.
Saudades de você por você ser quem é, e de quando o mundo parecia mais fácil de ser
vivido, pois eu tinha um motivo em segredo para viver. Saudades de quando eu podia dizer
que eu era feliz porque tinha o benefício da dúvida, que foi perdido como presente de
aniversário. A nostalgia bate ao lembrar que tudo poderia ser evitado, inclusive o ataque que
pensei não ser ataque. Saudades até mesmo do seu gosto nas músicas, nos sabores e no agir.
Do quanto você, mesmo longe, estando perto, fazia meu coração acelerar por causa de uma
música a tocar no seu celular; a nossa música.
Nostalgia ao lembrar o beijo que eu te neguei, quando tudo o que eu mais queria era
tocar os meus lábios nos teus. Nostalgia ao ver o que eu perdi para ir atrás da minha felicidade
e achei pranto. Do seu desespero quando eu disse que a deixaria, por medo das perguntas que
viria, ou da culpa que ficaria. Da minha desistência que eu mascarei nas desculpas, quando na
realidade você era o motivo da minha permanência.
Saudades de quando você me agradecia por nada. Nostalgia por não mais ouvir a sua
voz. Saudades do tempo que o acesso a você era uma tecla. Nostalgia por ter a mesma tecla a
disposição e não apertá-la. A vida continua e a saudade passará, assim como a nostalgia. O
amor uma hora acalma, e então, sentirei saudades do amor outrora sentido e da nostalgia de
ter amado alguém com tudo o que eu sou.

Saudades de dizer: já passou, foi uma fase! Nostalgia ao dizer: vai passar, é só uma fase!

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