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CAUSOS DE NORDESTINO

Paulo Danilo
Autor

Sou um cabra nordestino Conto tudo que urgente Vou contar de um cabra Que no parecia gente Eu saia na carreira Quase que quebro meu dente.

Um dia de lua cheia Eu andava muito assustado Eu vi um cabra esquisito Que mais parecia um macaco Eu saia numa carreira E fiquei todo arrepiado.

Numa carreira daquelas Quebrava mandacaru no peito Quando de longe avistei Aquele cabra suspeito O cabra esquisito que parecia bicho Era um cabra que me dava medo.

Naquela noite de lua cheia A lua ficou inchada Depois de ouvi um rudo Parti em galopada Inda pensando no bicho Ave Maria imaculada!

Sou um home nordestino No tinha medo de nada Mas no dia de lua cheia Eu no saio mas de casa No dia que o bicho aparece eu trago minha inchada.

De baixo de um mandacaru O cabra me olhava Eu estava com tento medo No sabia onde era minha casa Mesmo com medo Eu sai em disparada.

O cabra apareceu Quase que quebrou o dente O bicho me puxou Eu vi que ele no era gente Me pegou pelo gogo Mesmo na minha frente, xente.

Fiquei me perguntando Que bicho era aquele Ele tinha me pegado Ah eu mato ele Fiquei muito arrepiado Mas acertei a cara dele.

Depois de um tempo O bicho acordou Sai numa carreira Que a poeira tapou Virgem imaculada! O bicho pegou.

Cruz credo Ave Maria Assim era Que o cabra dizia E aquele cabra S corria!

Sou um cabra nordestino No tinha medo de nada Quem quiser andar Que v pela aquela estrada L tem um bicho danado Oc vai sair em disparada.

Socorro virgem Maria! Me protege neste mundo No dia de lua cheia Eu no saio mais no S no dia que for preciso Pra aprontar o feijo.

Depois de um tempo Aquele cabra apareceu Numa carreira daquelas Ix, o bicho se meteu! Logo depois O dia amanheceu.

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