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Condicionamentos

Carlos Antonio Fragoso Guimares

Nos disseram um dia Que para ser algum necessrio lutar Competir por um lugar Agora corremos, Quase nunca porque queremos O tempo parece ser cada vez menos E to inteligentes que somos passamos pela vida, no vivemos Meu vizinho um estranho Na estranheza de ser outro Agora distante, no mais gente um perigo que desejamos ausente S aprendemos a cuidar De tudo o que no mais nosso Do ofcio do escritrio mscara annima do frio olhar Corremos para trabalhar O pouco que ganhamos, como esmola Pensam os que nos compram a fora de agir, Nos serve para nos restaurar o suficiente - e olhe l!

Para no outro dia Mais uma vez labutar. A natureza no mais viva No mais querida Passou a ser mera coisa Mera mercadoria E ns somos os civilizados Pensamos ser sbios e educados H real saber onde o que se faz importante to somente aparentar desconhecendo nosso prprio ser? Ser, crescer, ora, hoje, que significado ter? Cedo se aprende a arte de fingir, mimetizar Ganha mais a quem pode Simular ser o rob que esperam que sejamos No importa mais se conhecer Evoluir, se cultivar, para qu? No h mais sentido em se conviver Amizade algo que no se pode mais ter Nada somos a no ser acidentes fortuitos em um desencatado, cientfico competitivo mundo por ns mesmos tornado sem sentido No se perca tempo Pensando viver em uma democracia Vivemos sim, no clima de uma grande civilidade onde s para consumir e produzir se faz a liberdade E to ciosos somos de sermos civilizados Que bebemos, nos entorpecemos, fugimos de ns mesmos Por que de todos os desconhecidos que nos possam cercar Mais desconhecidos que somos de ns mesmos no podermos ficar. Carlos Antonio Fragoso Guimares, 14/09/2011

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