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BABILÔNIA

Por
por
David W. Dyer

PUBLICACÃO: MINISTÉRIO GRÃO DE TRIGO

Todas as citações bíblicas foram extraídas da Tradução em Português de


João Ferreira de Almeida, versão Revista e Atualizada no Brasil. As
citações que fogem e essa regra são seguidas de indicações.

VITÓRIA
Babilônia
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Babilônia
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Sumário

CAPÍTULO 1
A BABILÔNIA DE HOJE................................................................................................................... ..4
CAPÍTULO 2
A GRANDE “CIDADE”................................................................................................................... ....7
CAPÍTULO 3
A PROSTITUTA............................................................................................................................. .....13
CAPÍTULO 4
MONTANHAS, CABEÇAS E REIS............................................................................ .....................17
CAPÍTULO 5
O SANGUE DOS MÁRTIRES............................................................................................... ...........21
CAPÍTULO 6
A IGREJA CATÓLICA ROMANA....................................................................... ...........................24
CAPÍTULO 7
SAI DELA POVO MEU................................................................................................................. .....30
CAPÍTULO 8
O PLANO DE DEUS...................................................................................................................... .....35
CAPÍTULO 9
UMA DOSE DE ESPECULAÇÃO...................................................................................... ..............41
CAPÍTULO 10
OBEDECENDO A DEUS....................................................................................................... ............47

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CAPÍTULO 1
A BABILÔNIA DE HOJE

De acordo com o Novo Testamento, muito breve o juízo de Deus vai ser
derramado sobre um lugar chamado de “Babilônia”. Será um juízo de enormes
proporções e terá efeitos catastróficos que impactarão o mundo todo. Nosso Senhor
Jesus deu um aviso muito específico para o Seu povo sobre este evento. Ele nos
instruiu para “sair” do lugar chamado Babilônia.
Há duas razões para Ele ordenar este êxodo. A primeira é para que nós não
sejamos enlaçados pelos seus maus caminhos. A segunda é para que quando Seu juízo
vier, não soframos juntamente com aqueles que Ele está julgando. Ele diz: “Saí dela,
povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e incorras nas suas
pragas” Apocalipse 18.4
Portanto, é essencial para todo o povo de Deus entender claramente o que é e
onde fica esta “Babilônia”. Equipados com este entendimento, podemos então fazer as
escolhas necessárias, a fim de conformar as nossas vidas a Sua vontade e evitar o
sofrimento e a perda que poderíamos experimentar.
Com este sério aviso em mente, iremos agora fazer uma investigação
escriturística a respeito do local e da identidade da Babilônia do livro de Apocalipse.
Embora o antigo império e a cidade de Babilônia sejam mencionados no Velho
Testamento muitas vezes, nosso estudo aqui irá se concentrar nas palavras do Novo
Testamento. É aqui no livro de Apocalipse que encontramos a profética revelação final
a respeito desta entidade.
Não há dúvida de que o registro do Velho Testamento terá algum peso em
nossa discussão, mas não formará a maior parte dela. A razão para isto é que no tempo
em que as profecias do Velho Testamento foram escritas, havia um lugar real no
Oriente Médio chamado de Babilônia, e muitas dessas profecias a respeito dela já se
cumpriram, ou pelo menos parcialmente. Por isso é muito difícil distinguir qual parte
da passagem ou do versículo se refere ao passado e qual se refere ao futuro.
De fato, existe até mesmo uma cidade nos dias de hoje chamada de Babilônia.
Está localizada no país que é atualmente conhecido como Iraque. Embora em tempos
recentes Saddam Husseim tenha feito algum esforço para reconstruir a antiga glória
daquela cidade, foi uma tentativa fraca, e a cidade em si não possui expressão social e
econômica. Em nossa investigação presente iremos focar nossa atenção nos capítulos 17
e 18 (juntamente com os primeiros versículos do capítulo 19) no livro do Apocalipse, os
quais fazem referência ao assunto proposto. Podemos estar certos de que toda esta
visão profética se refere à Babilônia do fim dos tempos.

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Algumas vezes, compreender as profecias dos últimos tempos pode ser uma
proposição muito difícil. Geralmente, as palavras escritas estão desenhando quadros e
figuras que têm um significado específico, mas que pode ser de difícil interpretação. A
fim de minimizar este problema, não iremos muito longe, em nossa inquirição, numa
tentativa de divinizar o significado de frases ou palavras obscuras. Tentaremos
confinar nossa discussão a partes desta visão que são simples e fácil compreensão.
Uma coisa que poderia possivelmente ofuscar a compreensão do leitor desta
revelação são idéias pré-concebidas. Por exemplo, muitos crentes podem analisar este
assunto a partir de interpretações que receberam de ensinamentos anteriores. Um bom
número deles pode não ter examinado essas coisas por eles mesmos, mas apenas têm
se baseado sua compreensão em outros estudiosos. Se o leitor tiver essas idéias pré-
concebidas, pode ser muito difícil que até mesmo as mais claras e simples palavras
bíblicas tenham o impacto apropriado.
Portanto, gostaria de sensibilizar todos os leitores para que façam uma
abordagem desta matéria com uma mente aberta, a fim de receber um entendimento
novo. Como previamente foi dito, tentaremos nos concentrar naquelas partes da
revelação bíblica que são mais claras e não exigem muito de “revelação” ou
interpretação.
Contudo, como é comum às discussões sobre as profecias dos tempos finais,
haverá momentos quando irei me engajar em alguma especulação ou extrapolação.
Mas quando assim eu o fizer, tentarei indicar claramente que estou dando uma opinião
ou teoria. Quando eu usar palavras tais como: “poderia ser” ou “possivelmente”, por
exemplo, o leitor deve entender que existe um grau de especulação sendo expressa.
Antes de prosseguirmos, por favor, leia você mesmo os capítulos 17 e 18 de Apocalipse

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CAPÍTULO 2
A GRANDE “CIDADE”

Ao lermos através desses capítulos, procurando pela identidade de Babilônia,


duas coisas são muito evidentes. Uma é que trata-se de uma “grande cidade”
(Apo.17.18) E também que ela será destruída por fogo. (Apo.17.16) Assim, podemos
concluir que ela (esta cidade) de fato é um lugar real e físico, e não meramente um tipo
de entidade “espiritual”.
Embora – como veremos – há um aspecto espiritual de Babilônia, é claro que há
também um local definido e físico que representa o espírito de Babilônia, que será
destruída pelo fogo. No Velho Testamento havia uma cidade real de Babilônia. Era a
capital de um império que também era chamado de Babilônia. A cidade era o centro de
tudo, e portanto era o símbolo de todo o império.
Por isso, poderia ser que esta “cidade” do Novo Testamento seja mais do que
meramente uma cidade individual, mas sim uma nação inteira que é tipificada pela
cidade. Desta forma, aquilo que estaremos estudando sobre a cidade de Babilônia
provavelmente se aplica a toda uma nação e sua cultura. Embora haja aqui alguma
especulação, a evidência disto se tornará mais clara à medida em que prosseguirmos.

O MERCADO MUNDIAL

Em nossa busca pela identidade de Babilônia, começaremos com as partes mais


claras da revelação bíblica. Uma coisa que é muito evidente sobre a leitura desses dois
capítulos é que esta última Babilônia é o mercado do mundo.
Este fato é muito importante. Aqui vemos que ela não é meramente uma
entidade espiritual. Babilônia é o centro do comércio. É um lugar onde todos no
mundo que têm algo para vender fazem comércio. Este mercado compra tanto que os
mercadores de toda a terra têm se tornado ricos através da abundância de sua
riqueza”. (Apo.18.3) Assim, se quisermos identificar esta mulher (Babilônia), devemos
olhar para algum lugar real sobre a terra que se encaixa à descrição.
É-nos dada uma grande lista de bens luxuosos que têm sido comprados por
Babilônia. O versículo 12 diz: “comércio de ouro e prata, pedras preciosas e pérolas,
linho fino e púrpura, seda e escarlata, toda espécie de madeira odorífera, todo objeto
de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro, de mármore; canela,
especiarias, perfume, mirra e incenso, vinho e azeite, flor de farinha e trigo, e gado,
ovelhas, cavalos e carruagens, escravos e até almas de homens.”

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É uma lista completa. Ela inclui todo tipo de item que era considerado de alto
valor, atrativo e desejado nos dias em esta revelação fora dada. Representa o melhor de
todas as coisas que o mundo tem pra oferecer.
Uma vez que quase 2000 anos já se passaram desde a escrita desta lista, algumas
coisas mudaram. Temos concluído que a Babilônia que será destruída não é aquela
antiga, mas uma entidade de nossos dias, consequentemente não estaríamos
extrapolando o sentido das escrituras se afirmássemos que esta lista poderia incluir
outros itens.
Talvez atualmente a lista poderia ser: jóias, roupas (linho,púrpura,seda,
escarlata), automóveis (carruagens), mobílias (madeira preciosíssima), granito e
mármore ( usados nas cozinhas e banheiros atuais), todos os tipos de comidas
importadas, frutas e vegetais, perfumes, especiarias e todos os tipos de animais
domésticos e até mesmo empregados que são explorados por não serem cidadãos
natos.
Em resumo, Babilônia importa tudo aquilo que é fabricado no mundo e que é
desejável, a fim de satisfazer sua cobiça e luxúria. Portanto, para que possamos
identificar Babilônia hoje, devemos encontrar uma cidade/nação que tem um
insaciável desejo por todo tipo de item que seja belo e ornamental. Esta “cidade” não
demonstra que fabrica muito ela mesma.
Muitos dos artigos que ela consome são importados. Assim, podemos concluir
que ela é primariamente uma nação consumista. Isto é claro nos versículos que já lemos
sobre os “mercadores da terra” que vendem a ela tudo o que a mesma deseja. Também,
no versículo 15 do mesmo capítulo, quando Babilônia é destruída, lemos que “Os
mercadores dessas coisas, que se tornaram ricos com ela, irão ficar ao longe por causa
do medo do seu tormento, chorando e lamentando” Isto nos mostra que eles e as suas
mercadorias sobreviveram ao julgamento, indicando que eles não viviam ou
produziam em Babilônia.
Não apenas isto, mas a Palavra de Deus nos diz como essas mercadorias
chegavam aos portos de Babilônia. Isto nos dá uma importante pista a fim de que
possamos identificá-la. Por favor, preste bastante atenção ao seguinte: Essas
mercadorias chegavam de navio. E isto não faz referência apenas a navios, mas parece
que o apetite da prostituta exige os serviços de quase todos que são donos de navios ou
trabalham neles (nos navios).
Os versos 17 e 18ª diz: “Todo piloto, e todo que navega para qualquer porto,
marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe, e, contemplando a
fumaça dela, clamavam”. E novamente no verso 19 este fato se repete, os marinheiros e
todos os donos de navios choram e lamentam, dizendo: “Ai! Ai! Da grande cidade, na
qual todos os armadores se enriqueceram em razão da sua opulência!”
(A antiga cidade de Babilônia que Saddam tentou reconstruir não poderia ser o

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cumprimento desta profecia. A Babilônia do Iraque fica a centenas de milhas do rio


Eufrates, o qual não é navegável por navios oceânicos).
Assim, podemos entender que Babilônia é um lugar que produz pouco e
importa muito. Muito do que ela importa chega a ela pelo mar. Ela mais consome do
que produz. Possivelmente, sua balança comercial esteja bastante desequilibrada. Isto
pode significar que a economia de Babilônia está voltada mais para o setor de serviços
do que para a produção de mercadorias.
O grande volume de comércio que é feito com Babilônia suporta a idéia de que
ela não é meramente uma cidade, mas uma cidade que representa uma nação.
Nenhuma cidade, não importa quão grande seja, jamais poderia consumir tanto, a
ponto de exigir os serviços de virtualmente todos os armadores do mundo, a fim de
satisfazer os seus desejos.
Além disso, podemos seguramente concluir, a partir dessas escrituras, que
Babilônia deve ter acesso por mar. De fato, deve ser bem acessível. Ela é um lugar que
demanda muitas mercadorias importadas através de navios. A principal rota desses
itens não é por terra, mas por mar. Portanto, Babilônia deve ter muitos, muitos portos,
a fim de permitir o acesso para todos os “pilotos” (Apo.18.17) do mundo, a fim de
servi-la. Nenhuma cidade no mundo possui tão grande espaço portuário para
acomodar tantas dezenas de milhares de navios.
Babilônia é excessivamente rica. Portanto, ela deve ser uma das nações mais
ricas do mundo, ou até mesmo a mais rica. Esta é uma conclusão muito razoável a que
poderíamos chegar, uma vez que, a fim de poder comprar tantos dos bens mais
valiosos do mundo, ela deve ter uma grande abundância de dinheiro. Em Apocalipse
18.19 nos é dito que “todos os donos de navios se tornaram ricos com sua opulência”
Assim, quando procuramos identificar a Babilônia moderna, devemos
certamente olhar para um lugar do mundo que é conhecido por sua enorme gastança e
abundante riqueza. Sua população em geral possui uma renda elevada, a qual é gasta
para satisfazê-la.
Quando falamos sobre Babilônia, naturalmente estamos nos referindo às
características gerais de sua população. É o povo que vive em Babilônia que age de
uma determinada forma, que dá a ela uma certa fama internacional. Naturalmente que
há exceções. Entre os habitantes da Babilônia de hoje deve existir, assim como existia
nos dias de Sodoma, pelo menos uma pessoa justa. De fato, podemos estar certos disso,
uma vez que Deus fala para o Seu povo que vive nela, para que saiam dela. (Apo.18.4)
Mas em geral, entendemos que embora haja pessoas justas vivendo neste lugar, a
principal característica de sua população é a que está descrita em Apocalipse.

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BABILÔNIA ADORA O LUXO

Uma outra importante característica de Babilônia, uma que irá nos ajudar a
identificá-la, é que ela adora o luxo. (Apo.18.7,9) Na verdade, ela é viciada nisso. Ela se
delicia com cada compra imaginável, com a qual ela pode satisfazer a sua alma.
Talvez suas casas estejam cheias de todo tipo de ornamento e decoração.
Podemos imaginar que suas “carros” sejam bem polidos e novos. Não há dúvida de
que a sua atenção está voltada constantemente para si mesma, procurando satisfazer
cada vez mais a sua sede por mais conforto e prazer. Isto, provavelmente, inclui todo
tipo de compras, mais e mais roupas, mais e mais jóias (Apo.17.4) e uma busca
infindável pelas comidas e bebidas mais finas. Podemos dizer que ela desperdiça
muito do seu tempo em compras, restaurantes e cafés.
O entretenimento também ocupa uma boa parte do seu tempo. Todo tipo de
cinema, eventos esportivos, teatros e festas são o foco de sua atenção. Pode até mesmo
ser verdade que carros novos, armas, barcos, ATV`S, motor homes, jet skis e muitas
outras coisas, consomem uma fatia considerável da sua renda disponível.
É provável que as pessoas da classe média da Babilônia final tenham um padrão
de vida que, até muito recentemente, apenas reis e nobres podiam ter. Talvez os
moradores de Babilônia possam comprar quase todo tipo de comida ou bebida que
seus corações desejem. Pode ser que suas casas estejam cheias de todo tipo de
conveniência, luxo e até extravagância.
Suas televisões são grandes e seus sofás confortáveis. Seus closets nunca são
grandes o suficiente para acomodar todas as roupas que eles lá empilham. Eles têm os
seus “servos” eletrônicos para lavar as roupas e os pratos. E cada vez mais, ao invés de
prepararem suas próprias refeições, eles almoçam em restaurantes, com lugares
reservados.
Se eles sentissem falta de alguma coisa, simplesmente pegariam seus “carros” e,
dentro de alguns minutos, seus desejos seriam satisfeitos. Eles vivem com reis, em
todos os aspectos.
Talvez você ache que estou exagerando em minhas postulações sobre Babilônia.
Mas a Bíblia nos diz claramente que Babilônia vive “luxuosamente”. (Apo.18.7) No
mundo de hoje, viver desta maneira deve ser viver exatamente como descrevemos. Ela
é a meca do consumismo.
Babilônia acumula para si tudo o que ela possa conseguir. Sua economia parece
ser muito dependente do consumismo. Ela tem fama internacional de consumista. Ela
ama o mundo e todas as coisas que há no mundo. Seu coração está completamente
devotado em buscar tudo aquilo que este presente mundo tem para oferecer. Todos os
prazeres sensuais, entretenimentos, bens e confortos disponíveis são sua constante
procura.

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Verdadeiramente, “ela se glorificou a si mesma e vive em ostentação” (Apo.18.7)


Em nenhum lugar, nunca, na história do mundo tem havido uma nação como
Babilônia.

A DOMINAÇÃO MUNDIAL

Uma outra característica de Babilônia que nos ajudará a identificá-la é que ela
detém uma posição de domínio no cenário mundial. A palavra de Deus nos diz que: “a
mulher que vistes é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”. (Apo.17.18)
Isto é incrível! Babilônia é algum tipo de cidade/nação que está dominando o
cenário mundial. Ela é tão poderosa e influente que podemos dizer que ela “reina”
sobre outros governantes da terra. Isto nos diz que devemos olhar para um lugar que é
uma espécie de superpotência, talvez a superpotência.
Babilônia deve ser obviamente um local muito proeminente. Embora ela
provavelmente não governe o mundo de forma direta, ela domina os outros
governantes e nações. Ela encontra maneiras para influenciar os outros países, fazendo
com que façam a sua vontade. Nós não podemos afirmar, a partir das escrituras, se isto
é feito de forma diplomática, militar ou por meio de pressão econômica, mas é claro
que o seu poder e influência são tremendos.
Sem dúvida alguma, devido a sua posição dominante, Babilônia está orgulhosa.
Seu coração está exaltado por causa de sua posição e poder. Ela está totalmente voltada
para si mesma, e acha que é a melhor, em todos os aspectos. Alguns dos mercadores de
Babilônia (e talvez corporações) são mundialmente famosos. Suas influências
financeiras dominam. Talvez alguns desses mercadores têm se tornado bilionários, e os
seus nomes são conhecidos por quase toda parte.
Lemos: “Porque seus mercadores eram os grandes homens da terra” (Apo.18.23)
A prostituta está totalmente confiante em sua força e invencibilidade.
Provavelmente, ela fica numa localização que está isolada do resto do mundo, e assim,
se sente muito segura. Ela imagina que ninguém poderia derrubá-la. “Ela diz em seu
coração, ‘Estou assentada como uma rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto’”
(Apo.18.7)
Talvez ela até acredite que sua posição e riqueza é por causa da benção de Deus.
Esta atitude de orgulho, dominação do mundo e senso de grande segurança são
características que podemos usar afim de identificar a Babilônia moderna.

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CAPÍTULO 3
A PROSTITUTA
Um dos atributos mais óbvios que usamos para identificar uma prostituta é a
promiscuidade. Babilônia não é apenas uma prostituta, mas a “grande” prostituta.
(Apo.17.1) Portanto, o que podemos esperar em ver é que a sociedade de Babilônia está
interessada em sexo. Ela está obstinada por isso.
Talvez a mídia dessa localidade esteja impregnada por todos os tipos de
fotografias sugestivas, artigos sórdidos e filmes indecentes. Ela está provavelmente
sempre procurando cada vez mais estímulo na área do sexo. Portanto, nudez e
imoralidade de todo tipo e descrição deve ser muito comum em suas fronteiras.
Podemos esperar que aqueles que têm influência nas indústrias do
entretenimento, tais como cinema, música e imprensa, estejam constantemente
tentando se superar, para ver quanto de imoralidade podem “vomitar”.
Antes de chegar o seu julgamento, Babilônia provavelmente estará igual ou pior
do que Sodoma e Gomorra. Estará tão perversa quanto os habitantes da terra, nos dias
de Noé. Seu apetite pelo luxo estará no mesmo patamar que a sua concupiscência pelo
sexo de todo tipo. Podemos especular que uma característica dessa obsessão será a
nudez pública e até mesmo atos sexuais.
Sabemos, por exemplo, da história de Ló e da sua fuga de Sodoma, que os
cidadãos daquela cidade se ajuntaram à sua porta, exigindo que ele lhes entregasse os
dois varões. Eles queriam abusar deles sexualmente, à vista de todos. Podemos
imaginar que Babilônia também, antes de vir o seu julgamento, abandone qualquer
vestígio de consciência ou pudor. Sexo livre gera violência.
Não sei por que, mas essas duas coisas, sexo livre e violência, andam de mãos
dadas. Nos dias de Noé, não apenas havia imoralidade de toda sorte, mas “a terra
ficou cheia de violência” (Gên.6.11). Assim, podemos esperar que, antes do final desta
era, iremos ver não apenas uma ênfase cada vez maior sobre a nudez e sexo, mas
também um aumento da violência.
Até que finalmente, Babilônia se torna tão cheia de imoralidade, perversão e
concupiscência irrestrita, que uma legião de demônios e espíritos imundos são atraídos
para ela. Quando a sua depravação atinge o ápice, ela então se torna “uma habitação
de demônios, e guarida de todo espírito imundo e de toda ave imunda e detestável”
(Apo.18.2)
Sem dúvida alguma, esses espíritos malignos proliferam lá, como moscas sobre
carcaças mortas, a fim de poderem participar do ato e de estimular mais e mais os seus
apetites.
Por muitos anos, quando lia esta passagem, achava que a condição de Babilônia

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de estar saturada por demônios era algo que aconteceria após a sua destruição. Mas
hoje, uma leitura cuidadosa mostra algo diferente. Vemos que esta é a sua condição
antes de ser julgada. É o seu estado decadente e caído que atrai todo tipo de espíritos
malignos e demônios. Esta infestação de demônios aparentemente acelera sua queda
moral, levando-a, assim, ao julgamento.
Nenhum de nós sabe a quanto tempo estamos do fim desta era. Qualquer um
que afirme saber isto está enganado e não deve ser ouvido. Portanto, devemos
presumir que, embora Babilônia irá no fim chegar ao extremo do egoísmo, sexo livre e
violência, ela provavelmente ainda não alcançou esse nível. De fato, ainda não há no
momento nenhum lugar no mundo que poderia cumprir completamente essa
descrição.
Consequentemente, devemos concluir que Babilônia ainda não chegou a esta
condição, mas está a caminho. Lemos em Apocalipse 18.2 que “Caiu, caiu a grande
Babilônia” Aqui vemos que Babilônia não começou nesse estado moral caído.
Evidentemente ela um dia já esteve melhor do que isso, mas caiu cada vez mais até
ficar duas vezes caída. Assim, quando procurarmos identificar a Babilônia de hoje,
devemos olhar para uma cidade rica e consumista, que esteja num processo evidente
de declínio moral.

O VINHO DE SUA FORNICAÇÃO

Na mão da grande prostituta está um cálice de ouro, o qual está cheio de com
alguma coisa. Esta alguma coisa é a “abominação e a imundície de sua prostituição”
(Apo.17.4) Este cálice contém uma mistura da sua concupiscência desenfreada por
riquezas, conforto, prazeres e sexo, incluindo perversão de todo tipo.
Seu cálice está cheio – isto é, seu pecado alcançou o ponto de saturação. Mas está
ela arrependida? Está ela procurando perdão e libertação de sua situação degradante?
Não! Ao invés disto, ela está ocupada, tentando seduzir outros a beberem do mesmo
cálice. Usando todo o seu poder, ela está levando outros ao mesmo estado vergonhoso
em que se encontra. E ela está sendo bem sucedida.
A Bíblia diz que os “habitantes da terra se embriagaram com o vinho de sua
fornicação” (Apo.17.2) Não apenas ela “reina” sobre as nações, manipulando-as para
que façam a sua vontade, mas ela também usa a sua proeminência para espalhar a sua
sujeira e costumes imorais sobre todo o globo.
Mas como ela consegue fazer isso? As escrituras não mostram, mas podemos
deduzir um pouco. Pode ser que através da mídia: dos produtores de filmes, dos
editores de revistas e da indústria da música, Babilônia esteja publicamente

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desempenhando o seu papel de prostituta e seduzindo as pessoas a agirem do mesmo


modo que ela.
Poderia ser que o cinema e os espetáculos de televisão que ela produz estejam
cheios de todo tipo de piadas sujas, imoralidade sexual, um aumento da nudez e uma
ênfase na perversão. É possível que os artistas e cantores de Babilônia glorifiquem,
através de suas formas artísticas, todo tipo de concupiscência satânica, impureza
sexual e rebelião contra as leis de Deus.
É bem possível que, ao invés de ficar envergonhada, ela ainda glorifique a sua
imoralidade e concupiscência desenfreada pelo prazer, numa tentativa de atrair os
outros. O triste é que ela está obtendo êxito. Ao redor do mundo, as pessoas estão
bebendo este vinho. Eles estão escutando, lendo e vendo, através de muitas fontes,
sobre o comportamento vergonhoso da prostituta. Ao invés de ficarem chocados, eles
ainda correm cegamente atrás dela.
Sim, as nações estão embriagadas com o vinho de sua fornicação. Eles estão
fazendo de tudo para ficar parecidos com ela. Há um lugar no mundo hoje em dia que
as nações invejam e ambicionam imitar. Quando identificarmos este lugar, então
também identificaremos Babilônia.
Por toda parte que você vá, em muitas nações , homens e mulheres estão
intoxicados com uma única idéia: ser próspero e bem sucedido, assim com Babilônia.
Eles admiram sua infra-estrutura integrada. Eles gostam da maneira como a sociedade
de Babilônia parece funcionar. Eles desejam alcançar o mesmo padrão de vida. Eles
têm inveja do aparente senso de segurança e com o padrão de vida que ela exibe.
Toda aquela luxuosidade, prazer, riqueza e imoralidade parece ser muito
atraente para a maior parte dos habitantes da terra. Eles estão profundamente
entorpecidos com a idéia de ser exatamente igual a ela.
Sem dúvida alguma, algumas nações têm inveja, mas fingem que não, porém lá
dentro todas desejam ter aquilo que Babilônia tem. Elas querem ser tão ricas,
poderosas, confortáveis e pecadoras quanto a prostituta. É desta forma que Babilônia
está dando à luz as suas filhas. Ela está se reproduzindo em todo o mundo. Assim, ela
se torna conhecida como “a mãe das prostitutas e das abominações da terra”.
(Apo.17.5)
Este é o nome que Deus dá a ela. Ela está fazendo o máximo para trazer todos os
que puder ao seu nível, para que bebam e rolem na sujeira com ela. Você conhece
algum lugar parecido com isso?
Se você nunca viajou para outros países, talvez nunca tenha observado esta
intoxicação nas outras nações em querer ser igual a Babilônia. Mas quando você visitar
outras partes do mundo, logo irá perceber que há um lugar, apenas uma nação, com
quem todas as outras querem ser parecidas, ou para onde as pessoas querem se mudar.
Isso é os Estados Unidos de America.

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Muitos irão insistir que a desprezam, mas em seus corações eles querem ser
como ela. Verdadeiramente as nações estão embriagadas com o vinho de sua
fornicação.

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CAPÍTULO 4
MONTANHAS, CABEÇAS E REIS
Devemos analisar agora uma parte da passagem de Apocalipse que é um pouco
difícil. Por favor, me acompanhe cuidadosamente através de alguns passos de lógica.
Esta visão não é tão difícil de entender como parece à primeira vista. Tudo o que é
exigido é um pouco de sabedoria, a qual Deus alegremente dará a todos os que lhe
pedirem.
Somos informados que esta prostituta está montada sobre a besta. Esta besta
tem sete cabeças e dez chifres. Em outra parte iremos nos referir a este assunto da besta
e dos dez chifres. Por ora, iremos nos concentrar apenas nas sete cabeças da besta. O
anjo nos ajuda, explicando: “As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher
está assentada, e também são sete reis.” (Apo.17.9,10 NASB)
Aqui temos uma fórmula bem simples. Cada cabeça representa um monte e um
rei. Poderíamos pensar sobre isto da seguinte maneira:

1cabeça = monte = rei


1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei

Então lemos: “Cinco já caíram” (Apo.17.10). Assim, aprendemos que de sete


entidades, cinco delas já caíram. Isto significa que elas já surgiram e já se foram da
história. Isto, então, nos deixaria um diagrama parecido com este abaixo, estando
riscados os que já caíram, deixando-nos apenas dois grupos:

1cabeça = monte = rei


1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei
1cabeça = monte = rei

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Sobre as duas entidades que restaram, lemos: “uma é, e a outra ainda não
chegou; e quando vier, deve permanecer por pouco tempo”. (Apo.17.10) Não há
dúvida de que, após quase 2000 anos de história, a entidade que “é”, ou melhor, que
existia no tempo em que o Apocalipse foi escrito, também já tem “caído” ou
desaparecido. Assim, podemos também riscá-lo. O que, então, nos deixaria com apenas
um, do qual é dito “ainda não chegou”.

1cabeça = 1 monte = 1 rei


1cabeça = 1 monte = 1 rei

O que tudo isso significa? Em profecia bíblica, geralmente uma “cabeça” sobre
algum tipo de besta significa um líder, ou um rei. Já temos visto isto em nossa fórmula
1 cabeça = 1 monte = 1 rei . Os montes provavelmente representam reinos.
Encontramos apoio para esta interpretação no livro de Daniel.
Enquanto o profeta está tendo a visão, ele viu “uma pedra que fora cortada sem
a ajuda de mãos” que esmagou os pés da grande estátua e “se tornou uma grande
montanha, e encheu toda a terra”. (Dan.2.35) Isto, então, significaria que, quando o
Senhor Jesus voltar, Ele irá esmagar o anticristo e que o Seu Reino se tornará grande
(uma grande montanha) e encherá toda a terra. Portanto, podemos concluir que
montes representam reinos.
No início, no capítulo 17, nos é dito que a grande prostituta está assentada sobre
sete montes, (vs9). Acredito que os leitores já começaram a perceber qual é o
significado da palavra “Babilônia”. Não há dúvida de que você irá sentir a imensidão
do pecado dela e de seu comportamento lascivo e degradante. Ela é o símbolo de
riqueza, luxuosidade, mundanismo e de toda sorte de pecado.
Assim, o que vemos aqui é que o espírito de Babilônia, com tudo o que ele
representa, irá se manifestar, em toda a sua expressão, sete vezes através da história
mundial, em sete reinos (sete montes) e sob a autoridade de sete reis. Cinco deles já
vieram e já se foram, no tempo em que João teve esta visão. Um deles existia no seu
tempo, e um último estava vindo. Isto significaria que nós poderíamos olhar para trás,
na história mundial, e encontrar cinco instâncias de um império que se tornou bem
sucedido, rico e, então, totalmente decadente.
Eu não quero dizer que sou um estudioso de história. Mas posso imaginar que
Babilônia antiga era um lugar que se encaixa bem em nossa descrição. O Egito antigo,
sob o domínio dos Faraós, também poderia se levantar da forma como temos descritos.
Possivelmente o império dos Medo-Persas ou o reino de Alexandre, o Grande, ou até
mesmo a antiga Assíria também poderiam se encaixar em nossas descrições. Embora
este escritor não seja capaz de identificar
precisamente cada um dos cinco reis que já caíram, mesmo porque identificá-los

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Babilônia
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não é importante para o nosso entendimento.


Certamente houve cinco reis, e eles já caíram. A manifestação de Babilônia que
“é”, ou que existia nos dias do apóstolo João, é mais fácil de se identificar. O Império
Romano, o qual era então proeminente, se encaixa exatamente em nossa descrição. Ele
se tornou famoso pelos seus excessos. Orgias, festas, entretenimentos, incluindo
violência, espetáculos sangrentos envolvendo animais, pessoas e gladiadores,
perversão sexual, luxuosidade e todos os ingredientes de Babilônia, que já temos
discutido, foram encontrados no auge do Império Romano.
Este reino poderia, então, representar a sexta [ 1 cabeça = 1 monte = 1 rei ]
entidade, que no tempo presente já tem sido reduzido a simples sombra de seu poder
inicial, fama e pecado. O que procuramos hoje é a última manifestação de Babilônia.
Podemos esperar ver em nossa geração uma “cidade” que está se tornando tudo aquilo
que o Império Romano foi, e até mais. Podemos olhar para alguma coisa que seja bem
egoísta, que esteja rodeada por todo tipo de luxuosidade e prazer, uma cidade/nação
que tem se tornado tão imoral e vil, que talvez coloque as outras manifestações da
prostituta Babilônia ao ridículo.
É certo que, no final desta era, irá aparecer uma última grande “Babilônia” que,
em termos de luxúria, excesso e pecado, irá se levantar com uma espécie de enorme
cabeça cheia de pus, até ser julgada e destruída por Deus.

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Babilônia
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Babilônia
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CAPÍTULO 5
O SANGUE DOS MÁRTIRES
Babilônia está embriagada com o sangue dos santos e mártires. (Apo.17.6) A
prostituta é sedenta por sangue. Ela é responsável pelas mortes de muitos homens e
mulheres de Deus.
Parece possível que, antes da segunda vinda de Cristo, Babilônia comece a
matar alguns, e até mesmo muitos dentre o povo de Deus. Especialmente aqueles que
estão caminhando em intimidade com o Senhor, chamado de “santos” e “profetas”.
(Apo.18.24)
Parece que poderá haver uma grande perseguição, uma matança daqueles que
se levantarem para falar contra a prostituta e seus maus caminhos.
Enquanto este livro está sendo escrito, nenhum lugar da terra me vem à mente
que possa se encaixar exatamente à esta parte da profecia. Embora haja em nossos dias
muitos cristãos sendo martirizados pelo mundo a fora, especialmente em países
comunistas e islâmicos, isso não está diretamente ligado à uma nação que poderia ser
facilmente identificada como a prostituta, da forma como a temos visto.
Contudo, talvez este aspecto de sua personalidade ainda não tenha sido
totalmente manifestada. Como o nível de pecado de Babilônia ainda não atingiu o seu
pico, assim também esta sede por sangue ainda deverá ser revelada.
O que poderíamos encontrar hoje seriam as sementes deste pecado – um tipo de
prelúdio de assassino. Podemos encontrar em Babilônia um aumento do ódio, por
parte dos ímpios em relação aqueles que verdadeiramente amam Jesus e tentam segui-
Lo. É como se pudéssemos detectar um aumento de sentimento anti-cristão, um ódio
dos descrentes em relação a Deus e o seu povo, que somente está aguardando por uma
oportunidade para se expressar.
É fácil imaginar que, não importa onde esteja localizada Babilônia em nossos
dias, o fato é que ela tem dentro de suas fronteiras alguns cidadãos que não estão
gostando da direção para onde ela está indo. Existe no interior desses poucos cidadãos,
como existia em Noé e em Ló, uma certa fibra moral e uma resistência à crescente
imoralidade de Babilônia.
Talvez, neste exato momento, algumas dessas pessoas estejam lutando de várias
formas para resistir ao aumento da imoralidade e da decadência. Pode ser que eles
estejam marchando, fazendo campanhas e pregando. Pode ser que eles estejam
investindo bastante de seu tempo e energia, tentando barrar o declínio moral da
sociedade.
Se isto estiver acontecendo de fato, suas batalhas estão fadadas ao fracasso. Eles
não podem vencer esta batalha. Todos os seus esforços humanos, movimentos e

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Babilônia
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cruzadas políticas são vãs. A maré da imoralidade está aumentando cada vez mais,
enquanto a resistência à ela diminui gradativamente.
A população está se tornando mais e mais decadente e conformada com o
pecado. Suas consciências têm se endurecido cada vez mais. Talvez haja alguns cristãos
que até estejam sendo seduzidos a se juntarem aos demais. (Heb.3.13)

A REPRESA VAI SE ROMPER

Mais cedo ou mais tarde, a maré do mal pode subir tanto, resistência a ela pode
se tornar tão fraca, que a represa irá se romper e a enchente da perversidade irá varrer
tudo com grande força. E se isto acontecer, o tecido de qualquer sociedade poderia
mudar dramaticamente da noite para o dia.
Mudanças sociais súbitas deste tipo já ocorreram ao longo da história, e podem
acontecer novamente, especialmente com um poder de espírito maligno por detrás.
Um exemplo disso poderia ser a rápida ascensão de Adolph Hitler e do partido
Nazista, juntamente com tudo o que estava associado ao seu reino. A mudança social
dramática e repentina que ocorreu foi quase impossível de se acreditar.
Assim, somos levados a concluir que vai chegar um tempo em que Babilônia vai
se tornar completamente irrestrita em sua malignidade. Quando isso acontecer, ela irá
se voltar com grande ódio sobre aqueles que falarem contra a sua fornicação.
Quando a maré do mal que está dentro dela vencer a resistência daqueles
poucos que ainda possuem alguma moral, então os perversos odiarão todos os que se
opuserem a eles. Isto poderia, então, deflagrar uma grande perseguição, e até mesmo
assassinato de muitos justos.
Esta mudança social súbita poderá ser agravada ainda mais por algumas
medidas que o Anticristo possa tomar. Estaremos investigando esta possibilidade na
segunda parte desta série, intitulada “Anticristo”. Neste segundo livro, estaremos
olhando para as maneiras com as quais o futuro homem do pecado poderia pressionar
o mundo economicamente, induzindo assim os descrentes a cooperarem com ele em
seu programa, a fim de erradicar os cristãos do globo.
Talvez alguns de vocês, leitores, estejam pensando: “Isto jamais poderia
acontecer! Temos leis para nos proteger”. Deixe-me ser franco com você. A opinião
pública pode mudar da noite para o dia. Nenhuma lei tem valor, a menos que haja
algum apoio para ela.
Por exemplo, nos EUA, a opinião pública tem sido contra a assasino. Porém, há
muitos anos atrás, no sul, alguns negros foram linchados e assassinados pelo impulso
de alguns cidadãos. Alguns culpados jamais foram punidos. E não havia nenhuma lei

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Babilônia
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que os protegesse.
Além do mais, as leis podem facilmente e rapidamente serem mudadas. Temos
conhecimento de que o Canadá hoje considera algumas partes da Bíblia como sendo
uma “literatura de hostilidade”. Você pode agora ser preso e/ou multado por
publicamente partes da Bíblia.
Fique avisado, outros países já estão agora mesmo considerando uma legislação
similar. Permita que eu lhe fale tão amavelmente e honestamente quanto eu possa,
nenhuma lei irá protegê-lo quando a resistência moral finalmente sucumbir, e a
inundação da injustiça romper.
A Bíblia diz que a prostituta tem se embriagado com o sangue dos santos e dos
mártires. (Apo.17.6) E isto pode muito bem indicar esta desintegração da moralidade
da qual nos referimos. Mais adiante, nessa visão, lemos que, após a queda de Babilônia,
não somente foi ela considerada culpada pelo sangue dos mártires, mas também “por
todos os que foram assassinados na terra” (Apo.18.24)
Como poderia ser isto? Como poderia Babilônia ser responsável por todos os
assassinatos desde o início da terra? É por causa do seu aspecto espiritual. Este espírito
de luxúria e de excessos, que é o espírito do mundo, sempre tem estado presente.
Ambição, ódio e homicídio tem existido desde o princípio.
Contudo, ao final desta era, este espírito alcança o seu máximo em Babilônia, da
mesma forma que já o fez por seis outras vezes na história. Assim, é esta tendência
pecaminosa, apoiada pelo espírito deste mundo, que é a responsável por todo este
derramamento de sangue. É isto que tem motivado cada assassinato e/ou guerra
através da história. Aí está, então, o por que de todos os assassinatos serem da
responsabilidade de Babilônia.
Quando o espírito de Babilônia atingiu o seu ápice, da última vez, a morte dos
fiéis servos de Deus também foi uma parte dos pecados dela. O Império Romano
definitivamente agiu desta maneira. Os cristãos foram perseguidos e até mesmo
mortos por esporte. Nós não vamos ver algo que seja novidade para este mundo, mas
apenas algo que é novo para a nossa geração.
Quando a represa espiritual se romper e a inundação de espíritos imundos
forem derramados irrestritamente, o maligno irá usar a sua gente para perseguir o
povo de Deus. Você pode ficar certo disso. Isto pode corresponder ao tempo que
mencionamos anteriormente, quando legiões de espíritos maus chegarem à Babilônia.
É interessante que, quando as pessoas se sentirem mais seguras, será justamente
então que estarão em grande perigo. Lemos em I
Tessalonicenses 5.3 que: “Quando disserem ‘paz e segurança!’, então lhes
sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida. De
modo algum escaparão”.

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Babilônia
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CAPÍTULO 6
A IGREJA CATÓLICA ROMANA
É com muita relutância que entro na discussão seguinte, mas é que me sinto
forçado a fazê-lo devido às opiniões equivocadas que prevalecem. Há muitos, muitos
cristãos que tem sido ensinados e que estão convencidos que a Babilônia de Apocalipse
é a Igreja Católica Romana. E, a partir dessa conclusão, eles então começam a fabricar
alguma escatologia bastante fantasiosa. Alguns têm o Papa como sendo o Anticristo.
Outros pensam que a Igreja Romana domina o mundo secretamente. E ainda
outros vêem o movimento ecumênico, com a Igreja Católica à frente, se levantando
para dominar o mundo. Essas e inúmeras outras conclusões tais como essas são fruto
de uma má compreensão de alguns simples versículos bíblicos.
Um dos mais proeminentes desses versículos é encontrado em Apocalipse 17.9,
onde lemos que a prostituta está assentada sobre “sete montes”. Muitos professores da
Bíblia têm olhado para este versículo e pensado, “Ah, sete montes! Isto deve ser uma
referência secreta à Roma”, uma vez que a antiga literatura secular se refere a ela como
uma cidade sobre sete montes.
Tenho até ouvido dizer que João usou esta frase como uma espécie de código,
para se referir à Roma. Alguns dizem que, uma vez que ele era prisioneiro dos
romanos, ele não ousaria escrever o verdadeiro nome, mas teve que usar um tipo de
cifra. À medida em que você prosseguir em sua caminhada cristã, você também, sem
dúvida alguma, irá ouvir todo o tipo de explanações tais como essa. Mas a verdade é
que João escreveu exatamente aquilo que o anjo mostrou a ele.
Vamos lembrar aqui de que, nos dias de João, não mais havia sete montes
proféticos. Como já vimos, cinco deles já caíram. Isto nos deixa apenas dois. Portanto,
isto não pode e não é uma referência secreta a Roma.
Consequentemente, a Igreja Católica Romana não está em vista. Também, não
podemos nos inspirar na literatura secular tal como a estória de Rômulo e Remo, mas
somente a palavra de Deus. Em nenhum lugar na Bíblia é Roma referida como a
“cidade sobre sete montes”, ou qualquer coisa deste tipo.
Infelizmente, a versão bíblica do Rei James (e NKJV) é responsável por grande
parte desta confusão. Esta versão introduz uma palavra extra no texto que não está no
manuscrito grego, incluindo o Textus Receptus de onde foi tirado o KJV. E é esta
palavra extra que produz tanto erro. Esta é a palavra “LÁ”. O texto de Apocalipse
17.9,10, na versão NKJV, lemos: “As sete cabeças são sete montes... Lá também estão
sete reis”.
Colocar a palavra “LÁ” neste verso desassociamos as montanhas dos reis,
gramaticamente. Agora, ao invés de serem iguais, eles são adicionais. Assim, então,

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Babilônia
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quando você lê: “Cinco já caíram”, isto se referiria apenas aos reis, deixando as sete
montanhas intactas.
Mas de fato, nos textos originais gregos, a palavra “LÁ” não aparece. Todos os
textos dizem: “As sete cabeças são sete montes...e são sete reis”. As cabeças, montes e
reis são iguais. Sendo assim, quando lermos que “cinco já caíram”, isto não apenas se
refere aos reis, mas também se refere aos montes e às cabeças. Então isso não é uma
referência secreta a Roma, e, portanto, não nos aponta para a igreja católica romana.
Quando pensamos sobre isso com uma mente aberta, outros problemas com a
igreja católica, como sendo a prostituta, ficam evidentes. Não há dúvida de que, as
primeiras pessoas que inventaram esta doutrina viveram em épocas e lugares
diferentes dos nossos. Todos nós tendemos a interpretar a escritura à luz da situação
geopolítica que estamos vivendo no momento.
Tal sugestão, que faz referência a Roma, foi dada pela primeira vez há séculos
atrás, quando a igreja romana era afluente e poderosa. Naquele tempo ela parecia
excessivamente rica, e dominava muito o cenário político da Europa.
Contudo, os tempos mudaram. Roma não é conhecida como uma cidade
portuária. Ela está localizada às margens do Rio Tiber, que fica há uma certa distância
do mar. O porto mais próximo a Roma, que poderia servir suas necessidades
marítimas, não pode ser considerado como um dos principais do mundo. Além do
mais, não poderia ser dito hoje, ou até imaginado, que a igreja católica está deixando
rico todos os donos de navios. Simplesmente não é verdade que todos os mercadores
do mundo estão fazendo fortunas, vendendo as suas mercadorias ao Vaticano.
Também já temos estudado da dificuldade de uma única cidade ser a fonte de
tanto comércio e de tanta riqueza. E ainda, a influência do Vaticano sobre os
governantes do mundo está diminuindo mais e mais a cada ano. Por exemplo, no
Brasil, que é considerado o maior país católico do mundo, o percentual de católicos
está decrescendo dramaticamente. Embora a igreja católica ainda tenha influência em
muitas partes do mundo, não poderíamos dizer que ela está “reinando” sobre as
nações. Embora a igreja católica perseguiu e martirizou muitos crentes no passado, isto
não é algo que está prevalecendo em nossos dias.
Tentar encaixar a igreja católica de hoje na profecia do apocalipse, é como tentar
forçar alguém fazer algo para o qual não tem a menor capacidade. Não dá certo.
Uma outra dificuldade lógica que encontramos em “Babilônia ser a igreja
católica” é que Babilônia é destruída “em uma hora”. (Apo.18.17,19) Embora isto possa
não se referir a uma “hora” literal, porém indica um período de tempo muito curto.
Assim, como poderia alguém destruir a igreja católica em uma hora? Colocariam eles
bombas sincronizadas em cada catedral, para que explodissem ao mesmo tempo? Isto é
simplesmente ridículo. Explodiriam eles apenas o Vaticano? Eliminar o Vaticano não
acabaria com o catolicismo. Provavelmente isto ainda teria um efeito contrário. Muitas

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Babilônia
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das religiões perseguidas acabaram apenas aumentando, ao invés de desaparecerem.


Não há uma maneira lógica de alguém destruir a igreja católica com fogo em
“uma hora”. Quando pensamos sobre isto calmamente e racionalmente, a igreja
católica realmente não se encaixa em muitos dos detalhes claros que vemos nas
escrituras. Uma outra fonte desse ensino onde se tem Roma como Babilônia é o livro
escrito por Alexandre Hislop, entitulado “As duas Babilônias”, que foi primeiramente
publicado em 1916. Neste livro, Hislop traça muitos paralelos entre os rituais,
vestimentas, práticas e símbolos da igreja católica com aqueles da Babilônia antiga.
Ler esta obra é uma tarefa seca e poeirenta. Ele realmente foi bem sucedido,
contudo, em demonstrar que a igreja Romana possui muitas armadilhas babilônicas.
Mas,isto não prova que ela é a Babilônia do Apocalipse. O fato óbvio é que a igreja
romana, e até mesmo muitas das igreja “evangélicas”, de hoje estão é cheias de
símbolos mundanos. Porém, muito mais do que isso é necessário (por exemplo
algumas escrituras concretas) para se concluir que a igreja católica é a Babilônia, a
grande prostituta.

O ESPÍRITO DESTE MUNDO

Pode ser que muitas igrejas de hoje pareçam ser parte de Babilônia. Isto significa
que elas têm o sabor e a característica deste mundo. Por exemplo, muitos usam meios e
métodos cada vez mais mundanos para atrair e segurar os membros. Frequentemente,
igrejas atuais empregam um estilo mundano de estrutura de governo. Geralmente os
“pastores” são escolhidos por causa de sua posição social ou econômica na
comunidade. É comum que o conteúdo de suas reuniões e atividades sejam muito mais
mundanos do que espiritual. Muitas igrejas hoje dão ênfase na riqueza, no luxo e na
prosperidade. Algumas vezes, seus membros parecem estar mais interessados em
perseguir as atividades do mundo do que as do Reino de Deus. Por isso, essas igrejas
parecem Babilônia.
O que devemos entender disso: exatamente como no Velho Testamento, assim
também é hoje, muitas pessoas de Deus têm sido levadas cativas para Babilônia. Elas
têm sido seduzidas pelo espírito deste século. Elas estão presas ao luxo e aos caminhos
de Babilônia. Elas estão vivendo “em Babilônia”. Porém isto não significa que essas
igrejas são Babilônia, mas sim que elas estão em Babilônia, espiritualmente falando.
Isto só revela que elas têm sido influenciado e contaminado por Babilônia. A antiga
Babilônia também tinha algumas pessoas de Deus vivendo dentro dela. Lá elas foram
seduzidas por seus ídolos e práticas. Mas eles não eram Babilônia.
Frequentemente tem sido ensinado que o capítulo 17 de apocalipse fala de uma

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Babilônia
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“religião babilônica”, a qual muitas pessoas pensam que é a igreja católica, juntamente
com outras instituições de igrejas. Então, essas pessoas ensinam que o capítulo 18 é
uma descrição da “Babilônia econômica”, a qual é aquela que tenho descrito no início
do livro.
Contudo, quando analisamos o capítulo 17, nós não conseguimos encontrar
nenhuma evidência que claramente apóie tais afirmações. Nada religioso é encontrado
aqui. Nenhum item religioso é mencionado. Não há ídolos, sacerdotes, ofertas,
templos, vestimentas sacras, rituais, sacrifícios, nada que indique algo de religioso é
achado. Resumindo, a “Babilônia religiosa” está notavelmente ausente do capítulo 17.
O texto original grego não estava dividido em dois capítulos. Não há uma razão
que obrigue separar o texto e esta visão em duas partes. Verdadeiramente, só existe
apenas uma Babilônia, e não duas, descrita nesses dois versículos. Tudo isto contrasta
diretamente com as profecias do Velho Testamento, a respeito de Babilônia. Lá nós
realmente encontramos artigos religiosos tais como sacerdotes, ídolos, etc. Assim, você
vê que a última Babilônia, que está revelada em Apocalipse, é realmente notável por
sua falta de religião. Ao invés de ser uma entidade religiosa, parece ser bastante
secular. O que realmente deve nos impressionar é a ausência de qualquer menção clara
de algo religioso. Este autor é forçado a concluir que nenhuma “Babilônia religiosa” é
encontrada no livro de Apocalipse.

BABILÔNIA NUNCA FOI CIDADE DE DEUS

Muitos crentes imaginam que Babilônia é a igreja mundana de hoje. Eles


baseiam suas opiniões no fato de que ela é chamada de “prostituta”. Por isso, acham
que ela deve ter pertencido a Deus algum dia, mas que então se prostituiu, da mesma
forma que a mulher do profeta Oséias. (Os.1.2) Contudo, quando olhamos para as
escrituras, de forma serena e racional, nenhuma indicação nesse sentido é encontrada.
A “mulher” de Deus é revelada em Apocalipse 12. Ela é santa, brilhante e
gloriosa. Ela é perseguida pelo dragão, e não se acha assentada sobre a besta. Ela é
protegida por Deus, ao invés de ser julgada por Ele. O “filho” dela é arrebatado aos
céus, para governar as nações (v.5). E seus outros filhos são os que “guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (V.17)
Ela pode não ser perfeita, uma vez que precisa ser “alimentada” (V.6), talvez
indicando uma necessidade de mais nutrição espiritual. Mas ela certamente não é
descrita como uma prostituta, ou chamada de Babilônia.
A mulher encontrada em Apocalipse 17 e 18 é uma história completamente
diferente. Aqui não encontramos nenhuma indicação escriturística de que ela algum

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Babilônia
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dia já pertenceu a Deus. Na verdade, quando ela aparece, está montada sobre uma
besta da cor da escarlata. Ela é a mulher de Satanás desde o princípio. E ele é a sua
fonte. A dependência dela está nele.
Além do mais, ela não é chamada de “adúltera”, que no grego é MOICHOS
(Js.4.4), indicando que alguma vez ela já teve um compromisso de matrimônio, mas é
chamada de prostituta, PORNE. (Apo.17.1) Para que uma mulher seja prostituta, não
há qualquer necessidade de que ela tenha algum dia sido casada.
Nenhum versículo demonstra que ela alguma vez sequer ficou noiva do Senhor.
E ainda, a Babilônia do Velho Testamento também nunca foi cidade de Deus. Ela não
era o lugar nem o povo a quem o Senhor escolheu para Si mesmo. Deus nunca usa o
nome Babilônia para descrever Seu povo ou Sua terra. Assim, quando Deus escolhe a
palavra “Babilônia” em Apocalipse, para descrever a prostituta, Ele claramente não
está tentando indicar Seu próprio povo, ou Sua igreja.
Embora alguns dentre o povo de Deus estejam vivendo em Babilônia, porém ela
(Babilônia) não é, e nunca foi Dele. Quando olhamos para isto de forma mais racional
do que emocional, vemos que esta “Babilônia” de Apocalipse não pode ser uma
referência ao povo de Deus. Portanto, a suposição de que ela seja a igreja, ou uma parte
dela que se tornou pecadora, não possui qualquer base bíblica.

UM ESPÍRITO ERRADO

Um outro problema sério com o ensino que diz que a “igreja católica e as
denominações” são Babilônia, é que ele (esse ensino) parece gerar um espírito errado.
Em quase todos os grupos que tenho encontrado, que defendem esta opinião, há um
forte sentimento de “superioridade”. Eles empinam o nariz, em relação aos que
pertencem ao “sistema religioso”. Eles se sentem superior a todos os outros cristãos,
que estão “corrompidos”. Muito de sua unidade e grande parte de sua
“espiritualidade” vem do pensamento de que eles “saíram” (de Babilônia) e que são
uma espécie de elite espiritual.
Esta atitude não reflete o coração de Deus. Se nós estamos em contato com o
coração do Pai, e vemos qualquer querido irmão envolvido em uma religião impotente
e mundana, isto deveria gerar em nós uma reação diferente. Nós choraríamos e
oraríamos por eles. Tentaríamos, com muito amor, ministrar a eles a verdade de Deus.
Não há dúvida de que a prostituta tem obtido sucesso em seduzir a igreja que
está em seu país, e também as que estão nas nações sobre as quais ela tem influência. É
muito lógico que ela tente corrompê-los e torná-los caídos como ela própria. E então, se
a igreja de hoje tem se tornado mundana em muitos aspectos, isto é porque ela também

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Babilônia
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tem bebido do vinho da fornicação de Babilônia.


É triste, mas é verdade que as igrejas de nossos dias estão se tornando
incrivelmente mundanas. Os templos estão cada vez mais opulentos. A ênfase sobre o
pecado e sobre o arrependimento está sendo substituída por uma outra maneira que
seja mais fácil e confortável, onde Deus seja o nosso servo, e a nossa obrigação seja a de
meramente freqüentar regularmente as reuniões e dar ofertas generosas.
Contudo, tudo isso não qualifica estas instituições para que sejam Babilônia,
mas apenas uma parte dela. Elas têm se tornado babilônicas em seu caráter e natureza.
Elas têm sido levadas cativas para Babilônia.
Desde que escrevi a primeira versão do livro, tenho recebido muita resposta
vinda de crentes que insistem que Babilônia é a igreja de hoje. Muitos dos argumentos
que ouço são meramente “emocionais”. Frequentemente eles (os argumentos) são
tingidos por uma antipatia, ou até mesmo ódio para com algumas igrejas. Talvez esses
irmãos tenham sido feridos por alguns grupos religiosos, e por isso têm dificuldade de
se desprenderem de suas experiências, olhando claramente para a palavra de Deus.
Virtualmente todas as provas oferecidas por esses crentes, a fim de demonstrar
que Babilônia é a igreja católica (juntamente com a denominações), são muito vagas, ou
devem ser entendidas simbolicamente. O perigo que vejo aqui é que, enquanto muitos
estão olhando para essas revelações fracas, os fatos reais desses dois capítulos estão
sendo ignorados. Talvez o sentimento que alguns têm contra o “sistema religioso”
esteja cegando-os para quaisquer outras possibilidades.
Enquanto eles estão tentando provar uma Babilônia religiosa, parecem ignorar
versículos claros, os quais precisam de pouca ou nenhuma interpretação. Esses
versículos são aqueles que apontam para uma “Babilônia comercial”. Eles apontam
para um lugar físico, que podemos provavelmente identificar hoje. É uma cidade rica,
orgulhosa e cheia de si, a qual está importando quase tudo o que os mercadores têm
para oferecer. É um lugar físico, o qual devemos urgentemente ser capazes de
identificar. E é este lugar comercial, opulento e secular que logo será destruído por
fogo.
Por isso, precisamos identificar esta entidade. Talvez você ainda não tenha sido
convencido pelos meus argumentos contra a Babilônia religiosa, e ainda acredite que
ela seja “o sistema religioso”. Que seja. Eu não preciso convencer você. Mas, por favor,
considere cuidadosamente o seguinte . Está bem claro que será uma “Babilônia
comercial” que vai ser destruída pelo fogo. Por isso, colocando as idéias religiosas de
lado por um momento, cada cristão precisa muito compreender onde fica esta entidade
comercial e, então, preparar-se para fugir, antes que os julgamentos dela cheguem.

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Babilônia
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CAPÍTULO 7
SAI DELA POVO MEU
Voltando ao nosso assunto original, pode ser que alguns dos leitores vivam em
um lugar que os lembre desta Babilônia opulenta e sensual que temos descrito. É
possível que você tenha visto a substância daquilo que constitui a grande prostituta, e
perceba que você está bem no meio dela. Porém, assim como Ló estava em Sodoma,
talvez você esteja se sentindo muito seguro no lugar que está. Você tem uma vida
confortável, segura e agradável. Os salários são bons, o padrão de vida é alto. Bens de
todo tipo são bastante acessíveis, e em grandes quantidades. A comida é abundante e
os serviços públicos confiáveis. Hospitais, serviços de saúde, remédios e outras coisas
mais estão bem à mão. Sua família e amigos estão lá, e a vida é ótima.
É verdade que, assim como Ló estava, assim também você está preocupado a
respeito do aumento da imoralidade e de toda sujeira do pecado que aparece
diariamente em todos os lugares. Mas você, talvez, apenas desliga a TV, fica
indiferente e prossegue com a sua vida.
Contudo, se o lugar onde você vive é o local do qual a Bíblia está falando, se
você estabeleceu o seu lar bem no meio da Babilônia de nossos dias, então, algum dia
algo irá acontecer. Algum dia Jesus irá dizer: “Saí dela”. É muito claro em Apocalipse
que o nosso Senhor, a quem devemos obedecer, dá uma ordem explícita aos seus filhos
a respeito do lugar chamado Babilônia. Ele diz: “Saí dela, povo meu” (Apo.18.4)
Aqui encontramos algo muito difícil. De fato, esta é uma palavra que é tão dura
de se ouvir que provavelmente a grande maioria do povo de Deus não estará apto a
ouvi-la. Imagine que Deus pudesse chamar você para um dia deixar tudo que lhe é
querido, para abandonar sua casa, seus amigos e parentes, para deixar o conforto e a
segurança de seu emprego e todo o seu ambiente, e partir para algum lugar que seja
difícil, estranho e que não seja familiar.
Você iria? Poderia você obedecer uma ordem como essa de seu Salvador? Ou
você acharia mil e uma razões para achar que isto não poderia ser Jesus falando a você?
Minha opinião honesta é que, mesmo se aparecerem anjos ao lado de cada crente em
Babilônia esta noite e claramente lhes falasse para se levantarem e partirem, apenas um
pequeno número deles realmente iria.
Dois anjos foram a Sodoma. Eles falaram claramente a palavra do Senhor a Ló.
Eles veementemente mandaram que Ló partisse imediatamente, dizendo: “todos
quantos tens na cidade – tira-os para fora deste lugar” “Levante-se, tome a sua mulher
e suas duas filhas que estão aqui, para que vocês não sejam consumidos pelo juízo que
vai cair sobre esta cidade” (Gên.19.12,15)
Mas Ló teve muito problema em ouvir esta palavra. Ele se sentia feliz e

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Babilônia
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confortável onde estava. Todo seu patrimônio e sua família estavam lá. Todo o seu
ambiente era familiar e, portanto, ele se sentia seguro. Assim, ele “demorou-se”. Ele
estava muito relutante em partir, e também estava muito temeroso sobre o que iria
encontrar “nas montanhas” (Gên.19.19)
Muitos dos seus parentes se recusaram a vir com ele. Achavam que ele estava
brincando (Gên.19.14), ou talvez que estivesse fora de seu juízo perfeito. Finalmente, o
dia do julgamento estava às portas, e Ló ainda estava relutante. Finalmente, os anjos
tiveram que arrastá-lo, juntamente com sua mulher e filhas, para um lugar seguro.
Nossa, como a palavra de Deus ainda fala a nós nos dias de hoje! Muitos do
povo de Deus estão vivendo em Babilônia. Eles se sentem seguro. Eles são prósperos e
contentes. Mas há dois problemas sérios. Deus nos adverte a respeito de duas
consequências de continuarmos em Babilônia. Primeiro, começamos pouco a pouco a
“participar dos pecados dela. (Apo.18.4)
A influência da imoralidade neste lugar é tremenda. Seus moradores são
bombardeados constantemente, principalmente pela mídia, com todo tipo de
perversão e impureza. Cada vez mais, talvez até mesmo sem percebê-lo, eles abaixam
seus próprios padrões morais. Eles estão sendo gradativamente influenciados a adotar
os valores do mundo ao seu redor. E até mais do que isto, os filhos desses moradores
estão, assim como estavam as filhas de Ló, profundamente influenciados pela crescente
imoralidade.
Segundo, Deus nos avisa que Ele irá julgar esta “cidade”. Ela será destruída
pelas “pragas”, principalmente pela “morte e tristeza e fome” “E ela será finalmente
destruída pelo fogo, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga” (Apo.18.8) Deixe-me
adverti-lo bem claramente: Deus não irá voltar atrás neste julgamento só porque você
ainda está lá.
Se você não responder à Sua Palavra e tomar os passos necessários para deixar o
local, irá sofrer as horríveis consequências do que Ele disse. Mais adiante, neste livro,
iremos detalhar que tipo de coisas poderão ser essas, mas por ora, é suficiente para nós
simplesmente saber que Deus está falando, e que devemos obedecer.

A PREPARAÇÃO

Sendo assim, o que deveríamos fazer? Se começarmos a ver que vivemos num
local que está próximo de ser destruído, quais passos deveríamos dar? Este autor não
pensa que o julgamento sobre Babilônia ocorrerá hoje, mas sim que deverá acontecer
muito em breve, do ponto de vista bíblico. Portanto, seria prudente que todos os que
ouvem começassem a tomar algumas providências, a fim de se preparar para o que

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Babilônia
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está por vir.


Noé foi avisado por Deus sobre um julgamento iminente. A seguir foi ele
instruído a dar alguns passos concretos. Este homem respondeu em fé à palavra que
tinha ouvido. Ele, “movido pelo temor de Deus, preparou uma arca, a fim de salvar a
sua família”. (Heb.11.7) Da mesma forma, os cristãos que residem em Babilônia podem
neste exato momento se prepararem para “escapar”. Eles podem tomar algumas
medidas, no temor de Deus, a fim de salvarem a si mesmos e as suas famílias daquilo
que futuramente irá acontecer.
Assim, eles não serão pegos de surpreza, sem saber que direção tomar. Vamos
supor que algum dia você tenha que deixar o lugar onde vive. Vamos imaginar que
isso aconteça a você. Há muitas decisões que devem ser tomadas com antecedência,
tais como: “Para onde você iria?” “Como você chegaria nesse local?” “Como você iria
sobreviver?” “E em relação ao idioma?” “Será que você não iria precisar de um
passaporte?” São questões que devem ser resolvidas antes que a crise chegue.

PASSOS CONCRETOS A SEREM DADOS

Para começar, eu aconselharia que todo cristão que vive em Babilônia


urgentemente consiga um passaporte para cada membro da família. Isto é essencial.
Faça isto hoje! Uma vez que a perseguição começe, ou as coisas se tornem caóticas,
ficará extremamente difícil deixar o país. Por isso, tenha um passaporte pronto. Isto
custará a você um pouco de tempo, esforço e dinheiro, e poderá ser um pouco difícil
obtê-lo, caso seja a primeira vez. Mas não importa, obtenha este documento hoje.
A próxima questão é: Para onde você deve ir? Bem, Deus não é específico sobre
isto. Cada um deverá buscar a direção de Deus para si. [A propósito, Zoar – a segura,
agradável e pequena vila que fica nas proximidades” – não parece ser uma boa escolha.
(Gên.19.20,23) Após buscar a direção de Deus, procure visitar esse lugar, que parece
ser um bom refúgio. Faça uma ou mais viagens até lá. Chame essas viagens de férias
ou “viagens missionárias”, ou do que quiser, não importa, o importante é que você as
faça.
Viagem para diferentes países. Freqüente algumas reuniões cristãs. Faça alguns
amigos. Comece a aprender algumas palavras essenciais do idioma. Por exemplo,
palavras como “água”, “comida” etc. são muito úteis. Se você já esteve em algum lugar
por várias vezes, e conhece algumas pessoas, se fala algumas palavras da língua, então
não será tão difícil ir lá novamente, quando assim for necessário. Além do que você
poderá sentir se ele realmente é um bom lugar para se refugiar. Mas, se você nunca
esteve nesse lugar, não conhece ninguém e nem fala sequer uma palavra da língua,

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Babilônia
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então será quase impossível para você se refugiar lá.


Uma vez que você tenha uma boa idéia do lugar para onde deve ir, há outros
passos que você pode dar. Um deles é abrir uma conta corrente nesse país. Se tiver que
sair de Babilônia, não poderá levar muito dinheiro com você. Quem tiver alguma
reserva financeira da qual não precise lançar mão no momento, deveria considerar
colocá-la no exterior, em um lugar que fosse possível dispor do dinheiro por telefone,
fax ou correio. Há muitos locais no exterior que podem servir a você.
Não é ilegal para um americano colocar dinheiro em outro país, desde que você
pague as taxas. Muitos milhões de pessoas e homens de negócio fazem isso
diariamente. Também, uma vez que Babilônia seja destruída, a sua moeda irá se
desvalorizar. Considere manter algum dinheiro em outra espécie de moeda.
Outra coisa que muitos dos atuais residentes de Babilônia poderiam fazer, caso
queiram, seria comprar um imóvel no lugar onde desejam se refugiar. Muitos países
permitem que estrangeiros possuam terras ou casas dentro de suas fronteiras.
Geralmente uma propriedade no exterior custa uma pequena fração do preço que você
teria que pagar em Babilônia. Se você quiser que a sua mudança de vida seja mais fácil,
então faça isso.
Uma outra coisa que você deve considerar, enquanto visita outros países e
planeja o seu êxodo de Babilônia, é sobre o que você pode fazer para sobreviver nessa
nova terra. Ore em relação a isto. Se Deus falar para se mudar, ele também irá mostrar
para onde ir, e o que fazer para se manter lá. Embora essas coisas possam parecer
muito remotas e difíceis para você hoje, em seu contexto atual, na medida em que você
responder em fé em direção aquilo que Jesus vier a lhe mostrar, Ele irá mostrar a você
como conseguir todas as coisas de que precisa.

LÓ NÃO FEZ QUALQUER PREPARAÇÃO

Ló era um homem rico. Na verdade, ele era extremamente rico. Quando ele
vivia com Abraão, seu patrimônio era tão grande que a terra onde estavam não podia
suportar a ambos. Assim, Ló mudou-se para Sodoma. Sabemos que o pecado dessa
cidade o afligia bastante, porém ele nada fez para sair de dali.(IIPed.2.7,8) Ele e sua
família estavam muito confortáveis lá. Uma vez que ele não tinha qualquer pretensão
de partir, o seu êxodo aconteceu de forma totalmente inesperada. Ele não teve tempo
algum para ajuntar as suas coisas, nem mesmo uma maneira para transportá-las. Toda
sua riqueza e patrimônio foram deixados para trás. Podemos dizer que ele partiu
levando consigo apenas a roupa do corpo.
Pode ser que o tempo sobrevenha de modo tal que Deus tomará medidas

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Babilônia
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drásticas para ajudar os Seus filhos a saírem de Babilônia. Aqueles que não deram
crédito à Sua palavra anteriormente poderão precisar de algum tipo de empurrão de
última hora. Mas, assim como Ló e as suas filhas, eles podem perder tudo o que têm, e
ainda ter que morar em alguma caverna nas montanhas. As escrituras são muito claras.
À medida em que começamos a compreender essas coisas, deveríamos ser sábios e
começar a dar alguns passos apropriados. Deveríamos usar o “pouco de tempo” que
temos para fazer algumas preparações para o futuro.
Nós lemos: “Um homem prudente prevê o mal e se esconde. O simples passa ao
largo e é punido.”(Prov.22.3;27.12) As pessoas simples aqui são aquelas que não se
prepararam e, por isso, sofrem as consequências de sua ignorância. Este versículo
aparece duas vezes nas Sagradas Escrituras. Deus deve estar querendo dizer algo, pelo
fato de repetir duas vezes a mesma coisa. Este “algo” significa que, quando virmos o
mal se aproximar, devemos traçar alguns planos e fazer algumas preparativos que
sejam lógicos e sensatos.
Já Noé fez, e você também pode fazer. Caso contrário, sofrerá as consequências.
A Bíblia nos ensina que, quando nós começamos a dar os passos no sentido de sair de
Babilônia, tornamo-nos exemplos para que outros façam o mesmo. (Jer.50.8) Nossa
obediência também irá ajudar outras pessoas.

LEMBRE-SE DA MULHER DE LÓ

Sai de Babilônia não será nada fácil. Na verdade, será tão difícil para muitos que
parecerá até impossível. Babilônia é uma localidade que parece ser muito segura. É um
lugar onde existem todos os tipos de luxuosidade, facilidade e prazer. É um lugar que
oferece tudo quanto o homem natural possa desejar. Consequentemente, ele exerce
uma tremenda atração sobre os corações dos que lá vivem.
A idéia de se ir para um outro lugar é quase impensável. Mas Jesus nos exorta:
“Lembrai-vos da mulher de Ló”.(Luc.17.32) O coração dela estava realmente ligado a
Sodoma. Era lá que estavam seus bens e sua casa. Alguns de seus filhos e todos os seus
netos também estavam lá. E assim, o coração dela permaneceu lá também. Enquanto
ela estava sendo arrastada para um local seguro, seus olhos e seu coração estavam
olhando para trás, e assim, ela acabou sofrendo o julgamento divino e foi transformada
numa coluna de sal. (Gen.19.26)

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CAPÍTULO 8
O PLANO DE DEUS
O grande passo a ser dado para se fugir da grande prostituta é tirá-la do
coração. Quando os nossos corações estão atados a este mundo, e a tudo o que nele há,
estejamos ou não vivendo fisicamente no local específico chamado de “Babilônia”, na
verdade estamos em Babilônia. Tiago nos diz para “purificarmos os nossos
corações”.(Tiago 4.8) É em nosso coração que esta questão de estar amando o mundo e
toda a sua segurança, prazeres e luxo, precisa ser resolvida. É em nosso coração que
precisamos ser libertos.
O espírito do mundo, que é representado pela luxuosa e sensual Babilônia, está
em conflito direto com Deus e com Seus planos para a raça humana. Você sabe que
Deus criou o homem para si mesmo. Ao criar a raça humana, Ele tinha algo específico
em Sua mente. Parte daquele plano era que nós o amássemos supremamente e que
colocássemos o nosso amor e o nosso serviço a Ele em primeiro lugar.
O coração de cada ser humano deveria ser capturado e envolvido por um íntimo
e total relacionamento de amor com o Criador. Esta é a posição, a única posição, para a
qual todos nós fomos criados. Ele deve ter a primazia em nossos corações e em nossas
vidas. Assim, se, e quando o coração humano fica preso a outras coisas, então somos
encontrados numa posição que desagrada a Ele.
Este presente mundo, com todas as coisas que nele há – a carne, os encantos, as
atrações e os prazeres – são produtos do reino de Satanás. Lemos: “Não ameis o
mundo, nem aquilo que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo”. (IJo.2.15,16)
Você se lembra o que foi que Satanás ofereceu a Jesus, a fim tentar fazê-lo
desobedecer seu Pai? Ele lhe ofereceu “todos os reinos deste mundo e toda a sua
glória.” (Mat.4.8) O maligno ainda usa esta mesma tática nos dias de hoje.
Muito bem. As coisas mundanas que encontramos ao nosso redor não são
neutras. Não são meramente “coisas” sem qualquer influência sobre os cristão, e até
mesmo sobre não-cristãos. A atração por elas tem um poder sobrenatural por trás. É
como se elas tivessem uma espécie de unção, a fim de fazê-las parecer mais desejáveis
do que realmente são.
Este é o poder de Satanás, trabalhando para atrair e capturar os corações de
homens e mulheres. É o seu esquema diabólico, a fim de nos distrair dos propósitos de
Deus, e nos envolver com as atividades deste sistema mundano. Desta forma, seremos
impedidos de focalizar nossa atenção somente em Deus, e assim satisfazer os Seus
desejos. Além disso, nunca nos tornaremos uma real ameaça ao reino de Satanás.

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Babilônia
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Este amor pelo mundo, e por todas as coisas que ele tem para oferecer, constitui
uma das razões pela qual Babilônia é chamada de prostituta. Ela entrega a sua vida e o
seu coração a toda e qualquer atração que apareça. Ela, voluntariamente, se delicia com
todo apetite sensual que surja em seu caminho. Sua concupiscência pelas coisas e
prazeres é insaciável. Sua paixão é gasta com certas atividades que, segundo ela
acredita, podem satisfazer seus fortes desejos. Ela não tem a menor consciência daquilo
que faz. Está obcecada pelo luxo e pelos prazeres, e se entrega completamente a tudo
que lhe ofereça tais coisas. Quando nós, que pertencemos completamente a Deus,
começamos a pensar e a agir desta mesma forma, então também nos tornamos parte da
prostituta.
Tiago, em sua epístola, compara este amor por tais coisas e prazeres mundanos
com o adultério espiritual. Ele escreve: “Adúlteros! Não sabeis que a amizade do
mundo é inimizade contra Deus? Todo aquele que quiser ser amigo do mundo se
constitui-se inimigo de Deus.” (Tiag.4.4)
No próximo versículo, ele liga este amor pelas coisas do mundo como um
abandono pelo amor de Deus, dizendo: “O Espírito que habita em nós anseia por nós
até o ciúme.” Como você vê, Deus tem ciúme de nós. Seu desejo é que o nosso amor
seja somente dele. Quando ocorre o contrário, tornamo-nos adúlteros espirituais.
Tornamo-nos parte da prostituta.
Todos os cristãos que vivem atualmente em Babilônia deve dispor de um tempo
real e profundo diante de Deus, para buscá-lo de todo o coração, e permitir que Ele os
purifique de todas as coisas que os impedem de obedecê-Lo. Eles devem limpar seus
corações do amor pelo mundo e por todas as coisas que nele há. A seguir, devem
começar a dar os passos de obediência, em relação aquilo que Ele está falando a eles
hoje. Quando a situação se tornar crítica, você não poderá “voltar para buscar as suas
coisas” (Lucas 17.31)

O QUE NOS PRENDE

Muitas pessoas amam o seu país. Elas amam o lugar onde nasceram e
cresceram. Talvez apreciem o cenário, os vizinhos e as coisas ao redor. Tudo para elas
parece muito seguro e familiar. Alguns são extremamente patriotas. Amam
profundamente a nação.
Consequentemente, a idéia de abandonar tudo isto e ir viver em outro país,
onde tudo é diferente, onde as pessoas são estranhas, sem falar que terão que lidar com
uma língua estrangeira, é praticamente impensável. Por isso, esse sentimento humano
impede-os de qualquer idéia de obediência àquilo que Deus pode estar falando.

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Tais sentimentos são comuns, normais e compreensíveis. Isso não é uma questão
de pecado. Muitas pessoas sentem a mesma coisa em relação ao seu lar e ao seu país.
Contudo, há momentos quando Deus pode nos mandar fazer tais coisas, que não
parecem seguras nem confortáveis. Nosso Comandante pode nos mandar seguir numa
direção que é difícil, emocionalmente estressante, e até mesmo assustador. Quando Ele
assim fizer, então devemos negar nossos sentimentos e emoções e, ao invés disso,
segui-Lo. Devemos estar dispostos a dar passos que possam nos fazer sentir
desconfortáveis, pois sabemos que devemos ser obedientes.
Na verdade, não há uma outra maneira de alguém deixar o seu lar, família e
país sem sentir um forte abalo emocional. Esse tipo de mudança não é fácil para
ninguém. É contra a natureza humana, que sempre deseja a segurança e o habitual. O
que Deus chamará os moradores de Babilônia para fazerem não vai ser nada fácil.
Haverá muita luta emocional e espiritual envolvida. Por isso, não desanime por causa
desses sentimentos.
Não permita que eles o dominem. Não seja seduzido por eles (sentimentos) a
um falso senso de segurança, o que resultaria em desobediência a Deus. Escapar de
Babilônia será muito difícil para quase todos. Ajuste a sua mente a este fato. Partir não
será fácil. Será uma batalha emocional e espiritual.
Deus mandou Abraão deixar sua terra, família e país. Ele disse: “Sai da tua
terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”.(Gên.12.1)
Você acha que esta mudança foi algo fácil para Abraão? Você imagina que foi mais
fácil pra ele, já que ele vivia em um outro tempo e lugar, do que será para você?
Certamente não! A fim de obedecer a Deus, Abraão teve que enfrentar todo tipo de
dificuldades, a batalha do medo, da emoção e dos perigos que todos nós
encontraríamos hoje.
Na verdade, acredito que a mudança de Abraão foi até mais difícil, uma vez que
não existia qualquer a lei e a ordem para protegê-lo em cada um dos lugares por onde
ele passava. Além do mais, ele não tinha qualquer fotografias, Atlas ou vídeos, para
informá-lo sobre seu destino. Ele não teve nenhuma oportunidade para fazer uma
viagem de férias ou viagem missionária, a fim de averiguar como era lá fora. Quando
ele chegou a seu destino, não pode dar um telefonema, a fim de avisar a família.
Abraão teve que simplesmente se mover em fé, deixando para trás toda segurança e
familiares, em obediência ao Deus Todo-Poderoso.
Nós também devemos ser filhos de Abraão. Se você decidir obedecer a Deus e
sair de Babilônia, então deve se preparar para enfrentar o ridículo. As pessoas irão rir
de você. Elas acharão que você enlouqueceu. Este, sem dúvida, foi o tratamento que
Noé recebeu. Lá estava ele construindo uma arca em terra seca. Não havia maneira
alguma de levá-la (a arca) até a água. Nada parecido com uma enchente jamais havia
acontecido antes. Assim, todos zombavam dele. Do mesmo modo, a destruição de

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Babilônia
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Babilônia será algo que nunca aconteceu antes, exceto, talvez, a destruição de Sodoma
e Gomorra. Ninguém da nossa geração jamais viu algo parecido.
Então, quando você começar a se mover para longe do perigo, as pessoas que
não vêem qualquer perigo irão ridicularizá-lo também. Para elas, assim como as
pessoas dos dias de Noé, tudo parece seguro. Elas crêem que a vida seguirá como
sempre. Os seus preparativos para deixar Babilônia parecerão idiotas para elas, e elas
irão dar as suas opiniões. Portanto, você deve se preparar mentalmente para tudo isso.

A NAÇÃO DE DEUS

Outro pensamento que pode impedir as pessoas de sair de Babilônia é este:


“Deus ama a nossa nação. Ele nos tem abençoado grandemente. Há muitos bons
cristãos aqui, homens e mulheres. Como poderia Deus permitir que este país seja
destruído?”
Talvez possamos encontrar algumas respostas para isto olhando novamente
para o Velho Testamento. Deus escolheu a nação de Israel. Ele guiou o seu povo até lá.
Era uma boa terra, cheia de todo tipo de boas coisas. Naquele tempo, ela era
incrivelmente fértil. Ela “manava leite e mel” Era o tipo de lugar no qual era fácil e
confortável de se viver.
O Senhor abençoou o seu povo lá. Ele permitiu que eles construíssem um
templo em Jerusalém. Era o lugar escolhido de Deus, cheio de pessoas escolhidas por
Deus, que adoravam no único templo de Deus sobre a terra. Mas essas pessoas se
tornaram desobedientes. Tornaram-se pecadoras, imorais e orgulhosas. Elas nunca
achavam que Deus os julgaria ou destruiria a sua terra, por causa dos fatos anteriores
que mencionamos.
Contudo Ele destruiu. Ele assim o fez por causa da pecaminosidade da
população. Seus pecados se tornaram tão grandes que Deus finalmente virou Suas
costas para eles e os julgou. Ele providenciou que uma outra nação invadisse a nação
de Israel e a destruísse.
A Babilônia de hoje não é diferente e não irá ser tratada de forma diferente.
Assim, se a Babilônia atual está massacrando milhões de bebês (pelo aborto) a cada
ano. Se eles estão sacrificando suas crianças no altar de sua própria conveniência. Se
muitos estão praticando regularmente a fornicação e o adultério, pois não são poucos
os que têm diferentes parceiros a cada noite. Se o divórcio, que Deus detesta
(Malaquias 2.16), é tão normal, um produto do desejo insaciável por prazer instantâneo
das pessoas. Se a pornografia é epidêmica na internet, na tv e em outros lugares. Se
clubes de estripetise e lojas de sexo estão se espalhando como cogumelos por toda
parte. Se a homossexualidade é incrivelmente comum e evidente. Se a feitiçaria e todo
tipo de ocultismo aumenta, especialmente entre os jovens. E se todos esses e muitos

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outros pecados são comuns ou até mesmo são tão comuns dentro das “igrejas” como
são no mundo ao redor delas, não irá Deus julgá-la? Certamente Ele irá.
Se e quando uma nação a qual Deus tem abençoado anteriormente, e até mesmo
a usado para os Seus próprios propósitos virar as costas para Ele, Ele também irá virar
as Suas costas para ela, e irá julgá-la. Estou certo de que este comportamento
pecaminoso de Babilônia entristece a você. Ele também entristece a Deus. Mas você não
pode salvar o seu país.
Você não irá mudar a mente de Deus, nem poderá alterar as profecias bíblicas
sobre as últimas coisas. Você também não conseguirá fazer com que toda a nação se
volte para Deus. As coisas já foram longe demais. A sua melhor opção é a de obedecê-
lo. Através da obediência, você poderá salvar a si mesmo e parte da sua família, do
julgamento que a palavra de Deus claramente nos diz que está perto. Dessa forma,
talvez você possa se tornar um exemplo para que outras pessoas o sigam, sendo
também abençoadas pela obediência.

TALVEZ VOCÊ NÃO VIVA EM BABILÔNIA

Talvez alguns dos leitores estejam compreendendo o conteúdo desta mensagem.


Vocês compreendem como o amor por este mundo e por tudo o que nele há, incluindo
a luxuosidade, os excessos e prazeres, estão em oposição à vontade de Deus e ao Seu
Reino. Possivelmente vocês até estejam com o coração entristecido porque o mundo,
em geral, se inclina na direção da promiscuidade e luxúria cada vez mais. Vocês estão
vendo até mais claramente como o buscar estas coisas mundanas afasta o coração do
homem da intimidade com Deus.
Mas, você diz, “Onde eu vivo não preenche a descrição feita anteriormente. Não
parece que onde eu vivo é a Babilônia do Apocalipse. Meu país não preenche os
critérios discutidos neste livro.” Por exemplo, possivelmente onde vocês vivem não
haja portos. Pode ser que a riqueza do seu país não seja a mesma da Babilônia bíblica.
Talvez as tendências mundanas do espírito de Babilônia esteja limitado à pobreza,
considerações governamentais, etc. Consequentemente, não haja necessidade de vocês
partirem para um outro lugar.
Contudo ainda há uma questão crítica a ser considerada por vocês. Na condição
de filhos de Deus, estão vocês buscando as coisas deste mundo? Elas atraem e
prendem os seus corações? Embora vocês não vivam em Babilônia, gostariam de estar
vivendo? Tem o vinho da fornicação de Babilônia contaminado vocês a ponto de fazê-
los correr atrás de todos os prazeres e coisas que este mundo tem pra oferecer? Estão os
pensamentos e o tempo de vocês sendo consumidos em busca do sucesso e do

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Babilônia
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dinheiro?
Caso positivo, então há uma necessidade de um profundo arrependimento. Há
necessidade de que seja feito um exame profundo em seus corações diante do Senhor.
Tudo que Ele encontra dentro de nós que não esteja buscando o Seu Reino em primeiro
lugar precisa ser abandonado. O envolvimento do nosso coração com as coisas deste
mundo constitui-se adultério espiritual. Se formos encontrados nesta condição impura,
com um relacionamento espiritual imoral, então precisamos desesperadamente de nos
arrepender.
Nestes últimos dias, todo filho de Deus deve colocar o seu relacionamento com
Deus e a sua cooperação com a Sua vontade nesta terra em primeiro lugar. Pouco
tempo nos resta. Não temos tempo para desperdiçar. Todo cristão deve estar
dedicando todo o seu tempo, energia e dinheiro com a proclamação do evangelho e
deve estar servindo os outros irmãos. Ao invés de usar os seus talentos e tempo para
acumular riqueza e bens, deveríamos investir tudo o que temos – seja muito ou seja
pouco – no serviço do Reino de Deus. Desta forma, e somente assim, escaparemos do
Seu julgamento, quando estivermos diante Dele.

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Babilônia
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CAPÍTULO 9
UMA DOSE DE ESPECULAÇÃO
Na seção seguinte estaremos engajados numa certa medida de especulação. O
autor não afirma que tais idéias tenham qualquer base bíblica. Trata-se apenas de mera
extrapolação advinda de nossa própria investigação. Simplesmente são idéias a
respeito do que o futuro possivelmente pode trazer para os moradores de Babilônia.
Somos informados de que Babilônia será finalmente “queimada pelo fogo”
(Apo.18.8) em apenas “uma hora” (Apo.18.19). Isto significa uma destruição rápida e
em larga escala. Nesses dias, uma forma particular de ataque que poderia produzir tais
resultados nos vem à mente – explosões nucleares. Olhando para esta profecia a partir
de nossa atual perspectiva, parece muito lógico que Babilônia possa sofrer algum tipo
de ataque atômico.
A atual Babilônia se sente muito segura e protegida. Ela diz em seu coração,
“Estou assentada como rainha ... e não verei o pranto”. (Apo.18.7) Por isso, somos
levados a crer que ela está localizada em um lugar que fica isolado da maioria das
nações do resto do mundo. Contudo, Deus encontrará uma forma, usando o Anticristo
e suas dez nações (Apo.17.17) para executar o Seu julgamento sobre ela. Embora ela se
sinta segura, há algumas outras nações planejando a sua queda. Elas irão obter êxito,
porque Deus irá capacitá-las para isso.
Apenas fazendo uma suposição sobre o futuro, vamos dizer que isto aconteça
com um ataque traiçoeiro, como o de Pearl Harbor, no qual alguns navios e/ou
submarinos lancem talvez uns 80-100 mísseis nucleares. E ainda, imaginemos que esses
mísseis destruam 50 ou mais das maiores cidades de Babilônia. Isto iria requerer
apenas 10 navios ou submarinos lançando 8-10 mísseis. Embora isso lhe pareça um
tanto ridículo, na verdade há uma possibilidade muito real de que isso possa acontecer.
No passado, apenas a União Soviética e os Estados Unidos tinham a capacidade
para atingir um outro país distante com suas ICBM`S. Mas hoje, o mundo mudou. De
acordo com um artigo recente do Semanal Jane`s Defense, uma publicação respeitável
que detalha os últimos equipamentos e atividades militares ao redor do mundo, há
uma interessante notícia nessa área. A Coréia do Norte agora tem mísseis em navios e
antigos submarinos nucleares comprados da U.R.S.S. A intensão é que esses mísseis
possam ser equipados com ogivas nucleares. E com esses mísseis eles, então, poderiam
alcançar o coração de qualquer país do mundo, causando repentina destruição.
Este autor não acredita que a Coréia do Norte irá desempenhar um papel
importante no cenário do fim dos tempos. Ele crê que a ameaça à Babilônia virá do
Oriente Médio. Na próxima parte desta série, sobre o fim desta era e o aparecimento do
Anticristo, estaremos abordando estas coisas em maiores detalhes, incluindo os

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Babilônia
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versículos que apóiam este pensamento.


Por ora, apenas quero mencionar que o Semanal Jane`s especificamente afirma
que um proeminente país do Oriente Médio está muito interessado em comprar esta
tecnologia da Coréia do Norte. E mais, a Coréia do Norte está muito interessada em
vender, uma vez que está precisando de dinheiro e esta é uma das únicas mercadorias
que ela tem para vender. Este mesmo país já comprou um bom número de submarinos
nucleares “desativados” da Rússia. Não há dúvida de que esse proeminente país
também possui alguns navios. E também possui um forte programa nuclear.
Em poucos anos, se isso porventura já não aconteceu, esse país, ou qualquer
outro país aparentemente “pequeno” poderia ter os meios para organizar um grande
ataque nuclear contra um lugar próspero e seguro tal como Babilônia. Posicionados à
uma distância de 2.500 milhas, muitos desses navios ou submarinos nem precisariam
chegar próximo da costa de Babilônia. Quase não há qualquer defesa contra tais
ataques, além dos relatórios da inteligência, os quais têm se mostrado bastante
equivocados ultimamente.

APÓS O ATAQUE

Se a prostituta sofrer um ataque nuclear em larga escala, os resultados serão


catastróficos. Se um ataque desse tipo acontecesse em qualquer grande nação como
Babilônia, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, muitos milhões de pessoas
sobreviveriam. Embora milhões fossem mortos, muitos conseguiriam passar vivos por
esta experiência. Aqueles que não estivessem exatamente no “ponto zero” (no local
exato onde a bomba explode), que não fossem imediatamente queimadas, ou ficassem
cegas e terrivelmente contaminadas pela radiação, tais pessoas sobreviveriam.
Dependendo da dose radioativa, o tempo de vida dessas pessoas diminuiria;
contudo, elas conseguiriam sobreviver. As que estivessem mais longe, dependendo dos
ventos naquele momento, sofreriam doses mais leves, ou talvez nem sofressem efeito
radioativo algum. Isto deixaria muitos milhões de homens e mulheres vivos.
Contudo, o ataque nuclear seria apenas o começo dos problemas para essas
pessoas. Muitas pessoas que, embora tivessem sobrevivido ao primeiro ataque, não
iriam conseguir sobreviver às pragas que se seguiriam. Um ataque nuclear em larga
escala sobre uma nação de hoje teria os seguintes efeitos. É provável que o suprimento
de eletricidade de quase todos os lugares fosse cortado. Por isso, as televisões não
funcionariam. Muitas estações de rádios cessariam de operar.
Consequentemente, pouca ou nenhuma notícia estaria disponível, e o governo
(caso ainda existisse um) não teria qualquer modo para se comunicar com a população.

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Os telefones também não funcionariam, e, se alguns poucos ainda funcionassem,


muitos lugares não poderiam receber as chamadas. Muitas estações de gás não
conseguiriam fornecer gás. E, se caso pudessem por meio de geradores, ou por meios
manuais, não poderiam encher novamente os tanques quando acabasse o gás. O
aquecimento das casas que dependesse de eletricidade não funcionaria.
Sem os frezeers e geladeiras os alimentos se estragariam. As mercearias ficariam
vazias e mais nenhum alimento chegaria, porque o sistema de transporte estaria
interrompido. Mesmo que algumas estradas ao redor das grandes cidades ainda
fossem trafegáveis, ninguém passaria por elas devido ao resíduo radioativo. E mais,
não haveria qualquer forma de os caminhões se reabastecerem ao longo de suas rotas.
A provisão de água iria acabar.
Não haveria água potável, nem água para toaletes, duchas ou para lavar roupas.
Muitas das pessoas responsáveis em consertar a infra-estrutura poderiam não estar
desejosas ou aptas para trabalhar. Os recursos e a comunicação necessária para somar
os esforços, a fim de consertar tudo que tivesse sido danificado, simplesmente não
estariam disponíveis. A contaminação radioativa se espalharia. Muitas pessoas estarão
preocupadas com a sua própria sobrevivência, e não pensando em reconstruir o país.
Logo, aquilo que foi um país moderno estaria submetido a condições primitivas.

AS OUTRAS “PRAGAS”
A Bíblia lista vários julgamentos sobre Babilônia, além do “fogo” do qual temos
falado. São as chamadas “pragas”. (Apo.18.8) E elas são: a morte, o pranto e a fome.
Vamos investigar isto poderia ocorrer. Para começar, qualquer ataque nuclear em
grande escala produziria uma poeira radioativa. Dependendo da dosagem que alguém
receba, os resultados seriam terríveis. Morte lenta e dolorosa, câncer, tumores,
“queimaduras” e muitos outros efeitos seriam evidentes. Esta é certamente uma praga
que produzirá muito pranto.
A fome também seria um resultado. Muitos fazendeiros ficariam
impossibilitados de plantar ou colher, uma vez que isto depende inteiramente do
combustível, o qual seria difícil de se obter. As pessoas, após terem consumido todo
alimento que tivessem em suas casas, iriam percorrer os arredores das cidades, para
buscar mais. Será uma situação desesperadora.
Talvez há alguns que imaginem que pudessem pescar ou caçar, a fim de
alimentar a sua família. Mas aonde você iria? Você não teria gasolina, como de
costume. Assim, teria que permanecer próximo de sua casa, onde milhares de outras
pessoas também estariam desesperadamente buscando as mesmas coisas que você.
Dentro de algumas semanas, todos os animais próprios para o consumo

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Babilônia
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desapareceriam nas proximidades das cidades. Com o tempo, gatos, cachorros,


passarinhos e todos os outros animais domésticos também sumiriam.
Vamos supor que você tivesse algumas habilidades campestres, e conseguisse
caçar um alce. Porém, você não poderia colocá-lo no caminhão, a fim de levá-lo pra
casa. Teria que arrastá-lo por todo o trajeto até chegar em casa, o que poderia
representar milhas de distância. E ainda assim, o que seria se outras pessoas o vissem
tentando levar comida pra casa? Elas poderiam matá-lo, a fim de ficar com a comida,
ou poderiam roubá-lo com uma arma. (Lembre-se de que as suas famílias
provavelmente também estão morrendo de fome ). Se essas pessoas simplesmente
vissem você portando uma arma, elas iriam atacá-lo, a fim de tirá-la de você. A fome
será uma parte terrível do julgamento de Babilônia.
Talvez você tenha comida e água estocados. Você pode ter um bom estoque de
armas e munições, e acredita que está preparado para o que está por vir. Imagina que
não precisa “partir” para um outro lugar, pois se sente seguro e preparado. O que não
percebe é que você terá se transformado numa espécie de alvo para aqueles que não
têm nada. Eles podem não saber onde você escondeu os suprimentos, mas os seus
vizinhos irão notar que você ainda está comendo e sobrevivendo. Então eles irão atacá–
lo , a fim de conseguir o que querem.
Assim, a menos que você esteja preparado para matar as pessoas que forem lhe
ameaçar à porta da sua casa, exigindo a sua comida, o seu provimento não irá durar
por muito tempo. Mesmo que você atire em alguns deles, mais cedo ou mais tarde, as
“gangs” iriam atacá-lo em sua casa, e os resultados seriam terríveis.
Após um ataque nuclear em larga escala, a lei e a ordem entrarão em colapso
rapidamente. Você não terá como chamar a polícia quando for atacado, e a própria
polícia também não terá condições de ir à sua casa. Assim como você, ela também não
terá combustível, comida e água. Consequentemente, o mal que está no coração das
pessoas logo virá à tona. Sem qualquer autoridade civil para controlá-las, as pessoas
começarão a manifestar a sua natureza caída, vindo a fazer o que puderem para
sobreviver. Disso resultará o caos.
As pessoas irão se ajuntar em bandos, a fim de se protegerem. Outros grupos de
pessoas virão de outras cidades, a fim de procurar alimento. Haverá linchamentos,
assassinatos, estupros e muitas outras coisas más. Tudo isto irá ocorrer enquanto você
está desesperadamente procurando alimento, a fim de sobreviver. Milhões irão morrer
de fome, especialmente os idosos, os jovens e os mais fracos. A fome certamente será
uma das pragas.
Os fazendeiros serão os primeiros desta violência. Qualquer um que tenha gado
ou grãos estocados serão primeiramente requeridos, e depois atacados. Dentro de
alguns meses, tudo o que eles (os fazendeiros) têm irá desaparecer, de um modo ou de
outro. Os fazendeiros que estiverem mais afastados da “civilização” serão os últimos,

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Babilônia
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mas ninguém estará seguro.


Aqueles que se recusarem a obedecer a voz de Deus e não saírem de Babilônia
irão sofrer o julgamento divino juntamente com os ímpios. A teimosia deles em ouvir a
voz de Deus finalmente trará os seus frutos. Eles verão as pessoas que eles amam
morrerem por causa da radiação. Eles verão suas famílias morrerem de fome diante de
seus olhos. Talvez os seus bens sejam roubados e suas mulheres e filhas sejam
estupradas e mortas. Exatamente como a Palavra de Deus diz, haverá o maior lamento,
muita morte e muita fome. “Poderoso é o Senhor que julga Babilônia” (Apo.18.8)

MUITOS RUMORES

Durante este tempo, os rumores certamente correrão. Haverá rumores de


exércitos invadindo o país e rumores de ajuda ou de aviões esperando para levar as
pessoas para um lugar seguro. Haverá sussurros de novos ataques, perigos, doenças e
quase todas as coisas imagináveis. Alguns irão falar de novas formas para sair do país.
Outros irão especular sobre quais áreas estão seguras da radiação, e quais não. Uma
vez que provavelmente não haverá meios de comunicação confiáveis, todo tipo de
boato irá proliferar. Ventos de rumores e medos irão forçar as pessoas a buscarem uma
forma de escaparem.
Será um tempo muito difícil e perplexo. Você não precisa estar em Babilônia
quando isto acontecer. Após o fogo cair sobre Babilônia, para muitas pessoas será,
então, muito tarde para fugir. Lembrem-se de que o sistema de transporte entrará em
colapso. E também não haverá combustível disponível. Poucos aviões, se houver
algum, decolarão de Babilônia. Não haverá trens ou ônibus operando. Se você morar
próximo do litoral, talvez possa encontrar um barco no qual poderá escapar. Caso
contrário, você terá que caminhar.
Se você tiver um cavalo, caso ele ainda não tenha sido comido, alguém poderá
tirá-lo de você pela força. Mas aonde você iria? Você teria que confrontar todos os tipos
de perigos na viagem, sem suprimento algum durante um tempo muito perigoso.
Provavelmente você estará a pé durante quase toda a sua viagem. Terá que evitar as
áreas de radiação e contaminação, porém você não saberá exatamente que áreas são
essas. Terá que ir para um outro país, onde, então, terá que tentar sobreviver, ou
encontrar algum meio de transporte para algum outro lugar.
E se você conseguir sobreviver, o que você terá para trocar por aquilo de que
precisa? Será que o teu dinheiro babilônico terá algum valor? De que maneira você irá
comprar comida, roupas, ou até mesmo uma passagem para um outro lugar?
Então, não é aconselhável desobedecer a Deus. Talvez algumas pessoas pensem

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Babilônia
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que podem encontrar um lugar isolado e seguro, e lá, então, poderão estocar alimento,
água e armamentos, sendo capazes de resistir a quaisquer ataques. Mas quando Deus
diz para sair dela (de Babilônia), é exatamente isso o que Ele quer dizer. Fazer
preparações para fazer qualquer outra coisa não parece nada sábio.
Isto me lembra do povo de Deus fugindo para o Egito, após um ataque ter
varrido Jerusalém. Eles achavam que podiam estar seguros. Olharam para o Egito
como se fosse um porto seguro. Mas Deus prometeu que Seu julgamento iria encontrá-
los lá também. (Jer.42.1-22) Quando Ele diz para “sair dela”, é melhor fazer o que Ele
está mandando, do que ter que enfrentar as consequências da desobediência.

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CAPÍTULO 10
OBEDECENDO A DEUS

A melhor resposta a respeito do que fazer, em relação a tudo quanto temos dito
aqui neste livro, é obedecer a Deus. Devemos ouvir a Sua voz e escapar de Babilônia
antes que seja muito tarde. Devemos nos preparar logisticamente para o futuro, a fim
de que, quando o tempo chegar, nós e os nossos entes queridos possamos evitar tanto
sofrimento.
Este cenário me faz lembrar de meu amigo Fred Malir. Ele nasceu em Bratislava,
Slovakia, há cerca de oitenta anos atrás. Seu pai lutou na Primeira Guerra Mundial e
sobreviveu. Embora ele não fosse um crente no Senhor Jesus Cristo, o seu pai tinha
bastante sabedoria. Observando o cenário na Europa, ele viu que havia mais problemas
chegando. Assim, pegou a sua família e se mudou para o Uruguai, na América do Sul.
Ele fugiu, e porque ele assim o fez, sua família evitou muito sofrimento. Eles
esqueceram a Segunda Guerra Mundial com toda sua destruição e horrores. Eles
evitaram quarenta anos de ocupação comunista e opressão. Puxa vida, quão
importante foi aquela mudança! (a ida deles para o Uruguai)
Atualmente, Fred está vivo e ministrando o evangelho de Jesus Cristo, em parte
porque o seu pai teve alguma sabedoria, e tomou a atitude correta em relação ao que
ele entendia.
Não está sendo sugerido aqui que o julgamento de Babilônia irá ocorrer hoje –
no ano de 2004. Como tem sido afirmado, parece que a iniqüidade de Babilônia ainda
“não está completa” (Gên.15.16) e ainda, nós também não estamos presenciando a
matança de cristãos. (Isto também você poderá evitar, se escapar antes que ela comece)
Também, sabemos que Babilônia será destruída pelo Anticristo e suas dez
nações.(Apo.17.16,17) Essas peças do quebra-cabeça ainda não se encaixaram,
enquanto este livro está sendo escrito. Ainda não vemos o Anticristo revelado, ou suas
dez nações reunidas sob o seu controle. Assim, podemos compreender que ainda falta
um pouco de tempo, mas não sabemos quanto é esse “pouco tempo”.
Não podemos adivinhar quando as coisas vão ficar realmente “feias”, ou
quando o julgamento de Deus virá. Para que a sociedade babilônica atinja o grau de
decadência que vemos na Bíblia, isto poderia levar de dez a quinze anos, ou mais.
Tudo o que realmente sabemos é que a situação moral está se deteriorando
visivelmente, e que a caminhada em direção ao pecado está acelerando.
Então, quando devemos sair de Babilônia? Qual seria a hora certa para entrar
em ação? Sem dúvida alguma, a hora para começar a se preparar é agora, hoje! Não
espere mais tempo. É provável que para dar os passos sugeridos neste livro irá levar

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Babilônia
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vários anos. Quase todo mundo tem um emprego. O tempo e o dinheiro das pessoas
são limitados. O processo, para se achar e se estabelecer em um local para onde
devemos ir, demandará tempo e dinheiro. Aprender uma nova língua não é da noite
para o dia. Portanto, todos os cristãos residentes em Babilônia devem se preparar neste
exato momento.
Quanto mais preparado você estiver, mais fácil será a sua transição de Babilônia.
Quem sabe se você até mesmo não descobrisse que Deus poderia usar os seus dons e
ministérios em outros lugares, de maneira até mais eficiente do que em Babilônia.
Suspeito de que um dos primeiros sinais de uma série de problemas para os cristãos
em Babilônia será a perseguição.
O início disso poderia vir de várias direções, mas duas específicas possibilidades
surgem à mente. Primeira, os cristãos podem em breve começar a enfrentar problemas
com a lei, devido a posição deles contra vários tipos de pecado, incluindo a
homossexualidade. Eles poderiam ser acusados de “crime de ódio” ( contra os
homossexuais). Poderão perder seus empregos. E poderiam ser presos.
Segundo, as crianças dos cristãos praticantes poderão em breve ser submetidas a
testes psicológicos nas escolas e em outros lugares.Toda criança que acreditar na
existência do pecado, ou não aprovar as práticas sexuais não tradicionais, poderão ser
diagnosticadas como “mentalmente doentes”. Em seguida, elas poderiam ser forçadas
a tomar medicamentos, ou serem tiradas de suas casas. Essas coisas são possibilidades
muito reais para o mundo atual. Fique atento.
Finalmente, os cristãos podem enfrentar ataques psicológicos e até mesmo, no
decorrer do tempo, serem condenados à morte, por causa de sua posição contra o
pecado. Isto poderia seguir àquilo que tem sido descrito como um grande dilúvio de
imoralidade e rápida degradação moral da sociedade. Assim, quando você começar a
ver nudez pública, não apenas na praia, mas no dia-dia, então você já deverá estar
preparado.
Quando a nudez não mais for ilegal, quando o atos de sexo público forem
protegidos por lei, sob o pretexto de uma “liberdade de expressão” sem sentido, então,
os seus preparativos já deverão estar prontos. Quando você vir desfiles de pervertidos
na televisão, quando vir atos homossexuais na tela, quando o pecado de todo tipo for
glorificado, ao invés de condenado, então é hora de entrar em ação. O julgamento não
deve estar longe.
Há uma possibilidade de que, à medida em que o dia do julgamento se
aproxima, fique cada vez mais difícil para os cristãos saírem de Babilônia. Pode
também se tornar muito difícil de você transferir o seu dinheiro para um outro país.
Até mesmo hoje, cada vez mais restrições estão sendo colocadas sobre quem pode
viajar para o exterior, e sobre o movimento de dinheiro. É impossível prever quais
serão as restrições, ou quando elas acontecerão, mas a tendência é muito clara.

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Portanto, quanto mais cedo você fizer os seus preparativos, mais fácil as coisas serão
para você.

QUANDO DEVEMOS PARTIR?

É impossível, de nossa perspectiva atual, identificar um momento exato para


que o cristão saia definitivamente de Babilônia. Mas não há qualquer dúvida de que o
Santo Espírito estará falando aqueles que estiverem abertos e prontos para ouvi-Lo.
Aqueles que tiverem ouvidos para ouvir, esses saberão quando será a hora, e os que
obedecerem e tiverem se preparado terão um tempo bem mais fácil.
Enquanto isso, é prudente para todos os residentes de Babilônia darem os
passos de preparação já mencionados aqui. E ainda, sem dúvida alguma já é tempo de
parar de gastar dinheiro com coisas frívolas, e começar a fazer uma poupança. Os que
forem sábios irão juntar alguns recursos e colocá-los em um local de fácil acesso. Há
muitas possibilidades de até mesmo ganhar alguma renda com os seus investimentos,
enquanto você se prepara. Deus irá guiá-lo sobre isso.
Nas partes subseqüentes desta série sobre o fim desta era, estaremos
investigando alguns outros sinais dos tempos. Falaremos sobre o Anticristo e as suas
dez nações, que serão usadas por Deus para destruir Babilônia. (Apo.17.16) Uma vez
que ele (Anticristo) é um instrumento de Deus para executar o Seu julgamento sobre a
prostituta, esta informação também será útil a você, em sua decisão quanto ao que
fazer e quando fazer.
Com a ajuda de Deus, este livro (o Anticristo) estará disponível em breve. Meus
queridos irmãos, eu não quero aqui dizer o que vocês devem ou não fazer. Eu não
estou vendendo coisa alguma, nem promovendo nada, ou mesmo tentando dar início a
qualquer espécie de movimento religioso. Meu único desejo é que você posso ouvir a
voz do Senhor Jesus, e obedecê-lo. Fazendo assim você irá evitar muita miséria, tanto
para você como para sua família.

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Publicações & Sinopse


Livros:

De Gloria Em Gloria:
a transformação da alma

Este livro traz uma abordagem séria e uma nova perspectiva para muitos conceitos
ensinados na Igreja evangélica de nossos dias. Você encontrará tópicos que além de
profunda reflexão, abrirão espaço para uma compreensão muito mais ampla do que
provavelmente você ouviu até agora. Se você tem fome de conhecimento de Deus e
um coração aberto e sincero para receber Sua verdade, temos total confiança que Ele
usará este livro para revelar-se de maneira mais completa e poderosa a você.

Venha o Teu Reino:


Na Terra Como no Céu

Este livro não é simplesmente mais uma investigação sobre as profecias referentes aos
últimos dias. Ao invés disto, é uma discussão a respeito de um aspecto do evangelho
de Jesus Cristo muito negligenciado: o Evangelho do Reino. Na igreja atual, inúmeros
crentes estão completamente ignorantes sobre a importância do Reino Milenar que
virá, e sobre o impacto que este Reino deve ter em suas vidas atuais. Estes escritos
pretendem preencher esta lacuna. Este livro foi escrito na expectativa de que todos que
amam Jesus e estão em busca de conhecê-Lo mais profundamente, possam achar, aqui,
muitos benefícios.

Anticristo

O vindouro aparecimento do Anticristo e o estabelecimento de seu reinado têm sido


matéria de veementes discussões ao longo da história da Igreja. Em nossos dias, que

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parecem apontar para a conclusão desta era, tal discussão tem se tornado ainda mais
importante.
Entretanto, muito do que é ensinado não está em harmonia com as Escrituras.
Algumas idéias, que têm sido tão insistentemente recorrentes, e por tanto tempo, não
se ajustam a muitos versículos proféticos.

Babilônia

Neste livro, você irá encontrar uma discussão coerente e atual sobre muitas visões do
livro de Daniel. Tal análise poderá ajudar muitos leitores a entenderem os eventos que
irão preceder a vinda do Anticristo, no contexto de nossa presente situação mundial.

Deixa O Meu Povo Ir!

Como experimentar a Igreja viva e liberta. A volta de Jesus está próxima! Mas Sua
noiva, a Igreja, não está preparada para recebê-Lo. Lamentavelmente, ela está cheia de
máculas e rugas e carece de pureza e santidade. De fato, sua condição parece cada vez
mais degradante. Então, o que Jesus quer fazer nesta hora? Como podemos auxiliá-Lo
na mudança dessa situação? Neste livro, você encontrará uma resposta bíblica e
prática para essas e outras indagações. Aqui achará uma nova visão sobre os
propósitos do Deus vivo para esta última hora.

Autoridade Espiritual Genuína

Sem dúvida, a submissão à autoridade é essencial para todo crente. Mas, com
tantas vozes alegando ter autoridade, como podemos saber qual autoridade é
verdadeiro? Esse livro aborda o tema da autoridade espiritual sob uma nova
perspectiva. Seu foco está em como podemos reconhecer a manifestação da liderança
do Espírito Santo no Corpo de Cristo. É um assunto crucial para cada seguidor de
Jesus.

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Sementes

Essa publicação reúne 7 estudos liberados por David W. Dyer. Assuntos diferentes
abordados com grande profundidade. (O Caminho de Caim, Guardar o Sábado ou
Não, Três Princípios Essenciais, O Sacerdócio, As Duas Testemunhas, Não Obstante,
Sobre a Base na Localidade)

LIVRETOS:

O Caminho de Caim

Nesse livreto o autor nos mostra que o nosso “melhor” não é suficiente para agradar a
Deus. Que muitos terão suas obras rejeitadas. E como o “Temor ao Senhor” pode nos
guiar a produzir ofertas realmente aceitáveis.

Guardar o Sábado ou Não

Nessa publicação o autor analisa a guarda do sábado de uma forma sincera e por uma
perspectiva pouco conhecida entre os cristãos atuais.

Três Princípios Essências

Em “Três Princípios Essenciais” vai descobrir que fazer parte da Igreja e experimentar
o Corpo de Cristo pode ser duas experiências diferentes. Muitos membros do corpo
ainda não tiveram uma experiência sobrenatural com o Corpo de Cristo e neste estudo
vai conhecer os passos imprescindíveis para tal.

O Sacerdócio

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Em “Sacerdócio” o autor chama a atenção para o chamado de cada cristão ao


sacerdócio, que muitos têm negligenciado e outros nunca foram ensinados sobre o
assunto.

As Duas Testemunhas

Em “Duas Testemunhas” um tema curioso é abordado. Em Apc. 11: 1-15 podemos ver
as ”Duas Testemunhas”. Muitas suposições já surgiram, mas o autor chama a atenção
ao texto original (grego), que afirma ter as “Duas Testemunhas” um só corpo (como
será isso possível?).

Não Obstante

Em não Obstante o autor chama a atenção sobre o local correto de adoração a Deus que
já foi tema de grandes contendas no Velho Testamento e de dúvidas para os
contemporâneos de Jesus. Muitos dizem que o Senhor pode ser adorado de qualquer
lugar, já que não há mais o templo em Jerusalém. Entretanto existe um local escolhido
por Deus, de onde Ele quer receber sua adoração. Descubra esse lugar e desfrute.

Sobre a Base na Localidade

Nessa publicação o leitor poderá acompanhar uma analise sobre a autenticidade e


autoridade Bíblica de uma doutrina, bastante difundida entre a Igreja, e conhecida
como “a Base na Localidade”. Conheça a doutrina e veja como ela se comporta quando
confrontada com a Bíblia. Trata-se porem de uma análise doutrinaria que em nenhum
momento atenta contra aos que a defendem.

Sobre o Autor:

David W. Dyer

Nasceu em Memphis, Tennessee em 1952 (EUA).


Seu ministério é principalmente na área de ensino da Bíblia.
Ele ensinou em conferências, seminários, reuniões de igreja e escolas de Bíblia na
Romênia, Nigéria, Zâmbia, Filipinas, Brasil e os Estados Unidos.
Ele viveu a experiência de contrabandear bíblias para a Hungria, Romênia e China a
alguns anos atrás, quando existia a "Cortina de Ferro."

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David é casado com Caroline (que todos conhecem por "Nina") e tem dois filhos: John
e Lydia.

CONTATOS:

David W. Dyer
(27) 3299-3476 1-715-830-0126
Email: davidwdyer@yahoo.com
www.graodetrigo.com
(Clicar “Em Português”)

Geraldo Alexandre
(27) 3391-1273 (27) 3289-2877

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