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David W. Dyer
VITÓRIA
Babilônia
2
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Sumário
1. A BABILÔNIA DE HOJE..................................................................................................................4
3. A PROSTITUTA ...............................................................................................................................11
CAPÍTULO 1
A BABILÔNIA DE HOJE
De acordo com o Novo Testamento, muito breve o juízo de Deus vai ser derramado
sobre um lugar chamado de “Babilônia”. Será um juízo de enormes proporções e terá
efeitos catastróficos que impactarão o mundo todo. Nosso Senhor Jesus deu um aviso muito
específico para o Seu povo sobre este evento. Ele nos instruiu para “sair” do lugar chamado
Babilônia.
Há duas razões para Ele ordenar este êxodo. A primeira é para que nós não sejamos
enlaçados pelos seus maus caminhos. A segunda é para que quando Seu juízo vier, não
soframos juntamente com aqueles que Ele está julgando. Ele diz: “Saí dela, povo meu, para
que não sejas participante dos seus pecados, e incorras nas suas pragas” Apocalipse 18.4
Portanto, é essencial para todo o povo de Deus entender claramente o que é e onde
fica esta “Babilônia”. Equipados com este entendimento, podemos então fazer as escolhas
necessárias, a fim de conformar as nossas vidas a Sua vontade e evitar o sofrimento e a
perda que poderíamos experimentar.
Com este sério aviso em mente, iremos agora fazer uma investigação escriturística a
respeito do local e da identidade da Babilônia do livro de Apocalipse. Embora o antigo
império e a cidade de Babilônia sejam mencionados no Velho Testamento muitas vezes,
nosso estudo aqui irá se concentrar nas palavras do Novo Testamento. É aqui no livro de
Apocalipse que encontramos a profética revelação final a respeito desta entidade.
Não há dúvida de que o registro do Velho Testamento terá algum peso em nossa
discussão, mas não formará a maior parte dela. A razão para isto é que no tempo em que as
profecias do Velho Testamento foram escritas, havia um lugar real no Oriente Médio
chamado de Babilônia, e muitas dessas profecias a respeito dela já se cumpriram, ou pelo
menos parcialmente. Por isso é muito difícil distinguir qual parte da passagem ou do
versículo se refere ao passado e qual se refere ao futuro.
De fato, existe até mesmo uma cidade nos dias de hoje chamada de Babilônia. Está
localizada no país que é atualmente conhecido como Iraque. Embora em tempos recentes
Saddam Husseim tenha feito algum esforço para reconstruir a antiga glória daquela cidade,
foi uma tentativa fraca, e a cidade em si não possui expressão social e econômica. Em nossa
investigação presente iremos focar nossa atenção nos capítulos 17 e 18 (juntamente com os
primeiros versículos do capítulo 19) no livro do Apocalipse, os quais fazem referência ao
assunto proposto. Podemos estar certos de que toda esta visão profética se refere à
Babilônia do fim dos tempos.
Algumas vezes, compreender as profecias dos últimos tempos pode ser uma
proposição muito difícil. Geralmente, as palavras escritas estão desenhando quadros e
figuras que têm um significado específico, mas que pode ser de difícil interpretação. A fim
de minimizar este problema, não iremos muito longe, em nossa inquirição, numa tentativa
de divinizar o significado de frases ou palavras obscuras. Tentaremos confinar nossa
discussão a partes desta visão que são simples e fácil compreensão.
Uma coisa que poderia possivelmente ofuscar a compreensão do leitor desta
revelação são idéias pré-concebidas. Por exemplo, muitos crentes podem analisar este
assunto a partir de interpretações que receberam de ensinamentos anteriores. Um bom
número deles pode não ter examinado essas coisas por eles mesmos, mas apenas têm se
baseado sua compreensão em outros estudiosos. Se o leitor tiver essas idéias pré-
concebidas, pode ser muito difícil que até mesmo as mais claras e simples palavras bíblicas
tenham o impacto apropriado.
Portanto, gostaria de sensibilizar todos os leitores para que façam uma abordagem
desta matéria com uma mente aberta, a fim de receber um entendimento novo. Como
previamente foi dito, tentaremos nos concentrar naquelas partes da revelação bíblica que
são mais claras e não exigem muito de “revelação” ou interpretação.
Contudo, como é comum às discussões sobre as profecias dos tempos finais, haverá
momentos quando irei me engajar em alguma especulação ou extrapolação. Mas quando
assim eu o fizer, tentarei indicar claramente que estou dando uma opinião ou teoria.
Quando eu usar palavras tais como: “poderia ser” ou “possivelmente”, por exemplo, o
leitor deve entender que existe um grau de especulação sendo expressa. Antes de
prosseguirmos, por favor, leia você mesmo os capítulos 17 e 18 de Apocalipse
CAPÍTULO 2
A GRANDE “CIDADE”
O MERCADO MUNDIAL
O grande volume de comércio que é feito com Babilônia suporta a idéia de que ela
não é meramente uma cidade, mas uma cidade que representa uma nação. Nenhuma
cidade, não importa quão grande seja, jamais poderia consumir tanto, a ponto de exigir os
serviços de virtualmente todos os armadores do mundo, a fim de satisfazer os seus desejos.
Além disso, podemos seguramente concluir, a partir dessas escrituras, que Babilônia
deve ter acesso por mar. De fato, deve ser bem acessível. Ela é um lugar que demanda
muitas mercadorias importadas através de navios. A principal rota desses itens não é por
terra, mas por mar. Portanto, Babilônia deve ter muitos, muitos portos, a fim de permitir o
acesso para todos os “pilotos” (Apo.18.17) do mundo, a fim de servi-la. Nenhuma cidade
no mundo possui tão grande espaço portuário para acomodar tantas dezenas de milhares
de navios.
Babilônia é excessivamente rica. Portanto, ela deve ser uma das nações mais ricas do
mundo, ou até mesmo a mais rica. Esta é uma conclusão muito razoável a que poderíamos
chegar, uma vez que, a fim de poder comprar tantos dos bens mais valiosos do mundo, ela
deve ter uma grande abundância de dinheiro. Em Apocalipse 18.19 nos é dito que “todos os
donos de navios se tornaram ricos com sua opulência”
Assim, quando procuramos identificar a Babilônia moderna, devemos certamente
olhar para um lugar do mundo que é conhecido por sua enorme gastança e abundante
riqueza. Sua população em geral possui uma renda elevada, a qual é gasta para satisfazê-la.
Quando falamos sobre Babilônia, naturalmente estamos nos referindo às
características gerais de sua população. É o povo que vive em Babilônia que age de uma
determinada forma, que dá a ela uma certa fama internacional. Naturalmente que há
exceções. Entre os habitantes da Babilônia de hoje deve existir, assim como existia nos dias
de Sodoma, pelo menos uma pessoa justa. De fato, podemos estar certos disso, uma vez que
Deus fala para o Seu povo que vive nela, para que saiam dela. (Apo.18.4) Mas em geral,
entendemos que embora haja pessoas justas vivendo neste lugar, a principal característica
de sua população é a que está descrita em Apocalipse.
Uma outra importante característica de Babilônia, uma que irá nos ajudar a
identificá-la, é que ela adora o luxo. (Apo.18.7,9) Na verdade, ela é viciada nisso. Ela se
delicia com cada compra imaginável, com a qual ela pode satisfazer a sua alma.
Talvez suas casas estejam cheias de todo tipo de ornamento e decoração. Podemos
imaginar que suas “carros” sejam bem polidos e novos. Não há dúvida de que a sua
atenção está voltada constantemente para si mesma, procurando satisfazer cada vez mais a
sua sede por mais conforto e prazer. Isto, provavelmente, inclui todo tipo de compras, mais
e mais roupas, mais e mais jóias (Apo.17.4) e uma busca infindável pelas comidas e bebidas
mais finas. Podemos dizer que ela desperdiça muito do seu tempo em compras,
restaurantes e cafés.
O entretenimento também ocupa uma boa parte do seu tempo. Todo tipo de cinema,
eventos esportivos, teatros e festas são o foco de sua atenção. Pode até mesmo ser verdade
que carros novos, armas, barcos, ATV`S, motor homes, jet skis e muitas outras coisas,
consomem uma fatia considerável da sua renda disponível.
É provável que as pessoas da classe média da Babilônia final tenham um padrão de
vida que, até muito recentemente, apenas reis e nobres podiam ter. Talvez os moradores de
Babilônia possam comprar quase todo tipo de comida ou bebida que seus corações desejem.
Pode ser que suas casas estejam cheias de todo tipo de conveniência, luxo e até
extravagância.
Suas televisões são grandes e seus sofás confortáveis. Seus closets nunca são grandes
o suficiente para acomodar todas as roupas que eles lá empilham. Eles têm os seus “servos”
eletrônicos para lavar as roupas e os pratos. E cada vez mais, ao invés de prepararem suas
próprias refeições, eles almoçam em restaurantes, com lugares reservados.
Se eles sentissem falta de alguma coisa, simplesmente pegariam seus “carros” e,
dentro de alguns minutos, seus desejos seriam satisfeitos. Eles vivem com reis, em todos os
aspectos.
Talvez você ache que estou exagerando em minhas postulações sobre Babilônia. Mas
a Bíblia nos diz claramente que Babilônia vive “luxuosamente”. (Apo.18.7) No mundo de
hoje, viver desta maneira deve ser viver exatamente como descrevemos. Ela é a meca do
consumismo.
Babilônia acumula para si tudo o que ela possa conseguir. Sua economia parece ser
muito dependente do consumismo. Ela tem fama internacional de consumista. Ela ama o
mundo e todas as coisas que há no mundo. Seu coração está completamente devotado em
buscar tudo aquilo que este presente mundo tem para oferecer. Todos os prazeres sensuais,
entretenimentos, bens e confortos disponíveis são sua constante procura.
Verdadeiramente, “ela se glorificou a si mesma e vive em ostentação” (Apo.18.7) Em
nenhum lugar, nunca, na história do mundo tem havido uma nação como Babilônia.
A DOMINAÇÃO MUNDIAL
Uma outra característica de Babilônia que nos ajudará a identificá-la é que ela detém
uma posição de domínio no cenário mundial. A palavra de Deus nos diz que: “a mulher
que vistes é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”. (Apo.17.18)
Isto é incrível! Babilônia é algum tipo de cidade/nação que está dominando o
cenário mundial. Ela é tão poderosa e influente que podemos dizer que ela “reina” sobre
outros governantes da terra. Isto nos diz que devemos olhar para um lugar que é uma
CAPÍTULO 3
A PROSTITUTA
Um dos atributos mais óbvios que usamos para identificar uma prostituta é a
promiscuidade. Babilônia não é apenas uma prostituta, mas a “grande” prostituta.
(Apo.17.1) Portanto, o que podemos esperar em ver é que a sociedade de Babilônia está
interessada em sexo. Ela está obstinada por isso.
Talvez a mídia dessa localidade esteja impregnada por todos os tipos de fotografias
sugestivas, artigos sórdidos e filmes indecentes. Ela está provavelmente sempre
procurando cada vez mais estímulo na área do sexo. Portanto, nudez e imoralidade de todo
tipo e descrição deve ser muito comum em suas fronteiras.
Podemos esperar que aqueles que têm influência nas indústrias do entretenimento,
tais como cinema, música e imprensa, estejam constantemente tentando se superar, para
ver quanto de imoralidade podem “vomitar”.
Antes de chegar o seu julgamento, Babilônia provavelmente estará igual ou pior do
que Sodoma e Gomorra. Estará tão perversa quanto os habitantes da terra, nos dias de Noé.
Seu apetite pelo luxo estará no mesmo patamar que a sua concupiscência pelo sexo de todo
tipo. Podemos especular que uma característica dessa obsessão será a nudez pública e até
mesmo atos sexuais.
Sabemos, por exemplo, da história de Ló e da sua fuga de Sodoma, que os cidadãos
daquela cidade se ajuntaram à sua porta, exigindo que ele lhes entregasse os dois varões.
Eles queriam abusar deles sexualmente, à vista de todos. Podemos imaginar que Babilônia
também, antes de vir o seu julgamento, abandone qualquer vestígio de consciência ou
pudor. Sexo livre gera violência.
Não sei por que, mas essas duas coisas, sexo livre e violência, andam de mãos dadas.
Nos dias de Noé, não apenas havia imoralidade de toda sorte, mas “a terra ficou cheia de
violência” (Gên.6.11). Assim, podemos esperar que, antes do final desta era, iremos ver não
apenas uma ênfase cada vez maior sobre a nudez e sexo, mas também um aumento da
violência.
Até que finalmente, Babilônia se torna tão cheia de imoralidade, perversão e
concupiscência irrestrita, que uma legião de demônios e espíritos imundos são atraídos
para ela. Quando a sua depravação atinge o ápice, ela então se torna “uma habitação de
demônios, e guarida de todo espírito imundo e de toda ave imunda e detestável”
(Apo.18.2)
Sem dúvida alguma, esses espíritos malignos proliferam lá, como moscas sobre
carcaças mortas, a fim de poderem participar do ato e de estimular mais e mais os seus
apetites.
Por muitos anos, quando lia esta passagem, achava que a condição de Babilônia de
estar saturada por demônios era algo que aconteceria após a sua destruição. Mas hoje, uma
leitura cuidadosa mostra algo diferente. Vemos que esta é a sua condição antes de ser
julgada. É o seu estado decadente e caído que atrai todo tipo de espíritos malignos e
demônios. Esta infestação de demônios aparentemente acelera sua queda moral, levando-a,
assim, ao julgamento.
Nenhum de nós sabe a quanto tempo estamos do fim desta era. Qualquer um que
afirme saber isto está enganado e não deve ser ouvido. Portanto, devemos presumir que,
embora Babilônia irá no fim chegar ao extremo do egoísmo, sexo livre e violência, ela
provavelmente ainda não alcançou esse nível. De fato, ainda não há no momento nenhum
lugar no mundo que poderia cumprir completamente essa descrição.
Consequentemente, devemos concluir que Babilônia ainda não chegou a esta
condição, mas está a caminho. Lemos em Apocalipse 18.2 que “Caiu, caiu a grande
Babilônia” Aqui vemos que Babilônia não começou nesse estado moral caído.
Evidentemente ela um dia já esteve melhor do que isso, mas caiu cada vez mais até ficar
duas vezes caída. Assim, quando procurarmos identificar a Babilônia de hoje, devemos
olhar para uma cidade rica e consumista, que esteja num processo evidente de declínio
moral.
Na mão da grande prostituta está um cálice de ouro, o qual está cheio de com
alguma coisa. Esta alguma coisa é a “abominação e a imundície de sua prostituição”
(Apo.17.4) Este cálice contém uma mistura da sua concupiscência desenfreada por riquezas,
conforto, prazeres e sexo, incluindo perversão de todo tipo.
Seu cálice está cheio – isto é, seu pecado alcançou o ponto de saturação. Mas está ela
arrependida? Está ela procurando perdão e libertação de sua situação degradante? Não! Ao
invés disto, ela está ocupada, tentando seduzir outros a beberem do mesmo cálice. Usando
todo o seu poder, ela está levando outros ao mesmo estado vergonhoso em que se encontra.
E ela está sendo bem sucedida.
A Bíblia diz que os “habitantes da terra se embriagaram com o vinho de sua
fornicação” (Apo.17.2) Não apenas ela “reina” sobre as nações, manipulando-as para que
façam a sua vontade, mas ela também usa a sua proeminência para espalhar a sua sujeira e
costumes imorais sobre todo o globo.
Mas como ela consegue fazer isso? As escrituras não mostram, mas podemos
deduzir um pouco. Pode ser que através da mídia: dos produtores de filmes, dos editores
de revistas e da indústria da música, Babilônia esteja publicamente desempenhando o seu
papel de prostituta e seduzindo as pessoas a agirem do mesmo modo que ela.
Poderia ser que o cinema e os espetáculos de televisão que ela produz estejam cheios
de todo tipo de piadas sujas, imoralidade sexual, um aumento da nudez e uma ênfase na
perversão. É possível que os artistas e cantores de Babilônia glorifiquem, através de suas
formas artísticas, todo tipo de concupiscência satânica, impureza sexual e rebelião contra as
leis de Deus.
É bem possível que, ao invés de ficar envergonhada, ela ainda glorifique a sua
imoralidade e concupiscência desenfreada pelo prazer, numa tentativa de atrair os outros.
O triste é que ela está obtendo êxito. Ao redor do mundo, as pessoas estão bebendo este
vinho. Eles estão escutando, lendo e vendo, através de muitas fontes, sobre o
comportamento vergonhoso da prostituta. Ao invés de ficarem chocados, eles ainda correm
cegamente atrás dela.
Sim, as nações estão embriagadas com o vinho de sua fornicação. Eles estão fazendo
de tudo para ficar parecidos com ela. Há um lugar no mundo hoje em dia que as nações
invejam e ambicionam imitar. Quando identificarmos este lugar, então também
identificaremos Babilônia.
Por toda parte que você vá, em muitas nações , homens e mulheres estão intoxicados
com uma única idéia: ser próspero e bem sucedido, assim com Babilônia. Eles admiram sua
infra-estrutura integrada. Eles gostam da maneira como a sociedade de Babilônia parece
funcionar. Eles desejam alcançar o mesmo padrão de vida. Eles têm inveja do aparente
senso de segurança e com o padrão de vida que ela exibe.
Toda aquela luxuosidade, prazer, riqueza e imoralidade parece ser muito atraente
para a maior parte dos habitantes da terra. Eles estão profundamente entorpecidos com a
idéia de ser exatamente igual a ela.
Sem dúvida alguma, algumas nações têm inveja, mas fingem que não, porém lá
dentro todas desejam ter aquilo que Babilônia tem. Elas querem ser tão ricas, poderosas,
confortáveis e pecadoras quanto a prostituta. É desta forma que Babilônia está dando à luz
as suas filhas. Ela está se reproduzindo em todo o mundo. Assim, ela se torna conhecida
como “a mãe das prostitutas e das abominações da terra”. (Apo.17.5)
Este é o nome que Deus dá a ela. Ela está fazendo o máximo para trazer todos os que
puder ao seu nível, para que bebam e rolem na sujeira com ela. Você conhece algum lugar
parecido com isso?
Se você nunca viajou para outros países, talvez nunca tenha observado esta
intoxicação nas outras nações em querer ser igual a Babilônia. Mas quando você visitar
outras partes do mundo, logo irá perceber que há um lugar, apenas uma nação, com quem
todas as outras querem ser parecidas, ou para onde as pessoas querem se mudar. Isso é os
Estados Unidos de America.
Muitos irão insistir que a desprezam, mas em seus corações eles querem ser como
ela. Verdadeiramente as nações estão embriagadas com o vinho de sua fornicação.
CAPÍTULO 4
MONTANHAS, CABEÇAS E REIS
Sobre as duas entidades que restaram, lemos: “uma é, e a outra ainda não chegou; e
quando vier, deve permanecer por pouco tempo”. (Apo.17.10) Não há dúvida de que, após
quase 2000 anos de história, a entidade que “é”, ou melhor, que existia no tempo em que o
Apocalipse foi escrito, também já tem “caído” ou desaparecido. Assim, podemos também
riscá-lo. O que, então, nos deixaria com apenas um, do qual é dito “ainda não chegou”.
O que tudo isso significa? Em profecia bíblica, geralmente uma “cabeça” sobre
algum tipo de besta significa um líder, ou um rei. Já temos visto isto em nossa fórmula 1
cabeça = 1 monte = 1 rei . Os montes provavelmente representam reinos. Encontramos
apoio para esta interpretação no livro de Daniel.
Enquanto o profeta está tendo a visão, ele viu “uma pedra que fora cortada sem a
ajuda de mãos” que esmagou os pés da grande estátua e “se tornou uma grande montanha,
e encheu toda a terra”. (Dan.2.35) Isto, então, significaria que, quando o Senhor Jesus voltar,
Ele irá esmagar o anticristo e que o Seu Reino se tornará grande (uma grande montanha) e
encherá toda a terra. Portanto, podemos concluir que montes representam reinos.
No início, no capítulo 17, nos é dito que a grande prostituta está assentada sobre sete
montes, (vs9). Acredito que os leitores já começaram a perceber qual é o significado da
palavra “Babilônia”. Não há dúvida de que você irá sentir a imensidão do pecado dela e de
seu comportamento lascivo e degradante. Ela é o símbolo de riqueza, luxuosidade,
mundanismo e de toda sorte de pecado.
Assim, o que vemos aqui é que o espírito de Babilônia, com tudo o que ele
representa, irá se manifestar, em toda a sua expressão, sete vezes através da história
mundial, em sete reinos (sete montes) e sob a autoridade de sete reis. Cinco deles já vieram
e já se foram, no tempo em que João teve esta visão. Um deles existia no seu tempo, e um
último estava vindo. Isto significaria que nós poderíamos olhar para trás, na história
mundial, e encontrar cinco instâncias de um império que se tornou bem sucedido, rico e,
então, totalmente decadente.
Eu não quero dizer que sou um estudioso de história. Mas posso imaginar que
Babilônia antiga era um lugar que se encaixa bem em nossa descrição. O Egito antigo, sob o
domínio dos Faraós, também poderia se levantar da forma como temos descritos.
Possivelmente o império dos Medo-Persas ou o reino de Alexandre, o Grande, ou até
mesmo a antiga Assíria também poderiam se encaixar em nossas descrições. Embora este
escritor não seja capaz de identificar
precisamente cada um dos cinco reis que já caíram, mesmo porque identificá-los não
é importante para o nosso entendimento.
Certamente houve cinco reis, e eles já caíram. A manifestação de Babilônia que “é”,
ou que existia nos dias do apóstolo João, é mais fácil de se identificar. O Império Romano, o
qual era então proeminente, se encaixa exatamente em nossa descrição. Ele se tornou
CAPÍTULO 5
O SANGUE DOS MÁRTIRES
Suas consciências têm se endurecido cada vez mais. Talvez haja alguns cristãos que até
estejam sendo seduzidos a se juntarem aos demais. (Heb.3.13)
Mais cedo ou mais tarde, a maré do mal pode subir tanto, resistência a ela pode se
tornar tão fraca, que a represa irá se romper e a enchente da perversidade irá varrer tudo
com grande força. E se isto acontecer, o tecido de qualquer sociedade poderia mudar
dramaticamente da noite para o dia.
Mudanças sociais súbitas deste tipo já ocorreram ao longo da história, e podem
acontecer novamente, especialmente com um poder de espírito maligno por detrás. Um
exemplo disso poderia ser a rápida ascensão de Adolph Hitler e do partido Nazista,
juntamente com tudo o que estava associado ao seu reino. A mudança social dramática e
repentina que ocorreu foi quase impossível de se acreditar.
Assim, somos levados a concluir que vai chegar um tempo em que Babilônia vai se
tornar completamente irrestrita em sua malignidade. Quando isso acontecer, ela irá se
voltar com grande ódio sobre aqueles que falarem contra a sua fornicação.
Quando a maré do mal que está dentro dela vencer a resistência daqueles poucos
que ainda possuem alguma moral, então os perversos odiarão todos os que se opuserem a
eles. Isto poderia, então, deflagrar uma grande perseguição, e até mesmo assassinato de
muitos justos.
Esta mudança social súbita poderá ser agravada ainda mais por algumas medidas
que o Anticristo possa tomar. Estaremos investigando esta possibilidade na segunda parte
desta série, intitulada “Anticristo”. Neste segundo livro, estaremos olhando para as
maneiras com as quais o futuro homem do pecado poderia pressionar o mundo
economicamente, induzindo assim os descrentes a cooperarem com ele em seu programa, a
fim de erradicar os cristãos do globo.
Talvez alguns de vocês, leitores, estejam pensando: “Isto jamais poderia acontecer!
Temos leis para nos proteger”. Deixe-me ser franco com você. A opinião pública pode
mudar da noite para o dia. Nenhuma lei tem valor, a menos que haja algum apoio para ela.
Por exemplo, nos EUA, a opinião pública tem sido contra a assasino. Porém, há
muitos anos atrás, no sul, alguns negros foram linchados e assassinados pelo impulso de
alguns cidadãos. Alguns culpados jamais foram punidos. E não havia nenhuma lei que os
protegesse.
Além do mais, as leis podem facilmente e rapidamente serem mudadas. Temos
conhecimento de que o Canadá hoje considera algumas partes da Bíblia como sendo uma
“literatura de hostilidade”. Você pode agora ser preso e/ou multado por publicamente
partes da Bíblia.
Fique avisado, outros países já estão agora mesmo considerando uma legislação
similar. Permita que eu lhe fale tão amavelmente e honestamente quanto eu possa,
nenhuma lei irá protegê-lo quando a resistência moral finalmente sucumbir, e a inundação
da injustiça romper.
A Bíblia diz que a prostituta tem se embriagado com o sangue dos santos e dos
mártires. (Apo.17.6) E isto pode muito bem indicar esta desintegração da moralidade da
qual nos referimos. Mais adiante, nessa visão, lemos que, após a queda de Babilônia, não
somente foi ela considerada culpada pelo sangue dos mártires, mas também “por todos os
que foram assassinados na terra” (Apo.18.24)
Como poderia ser isto? Como poderia Babilônia ser responsável por todos os
assassinatos desde o início da terra? É por causa do seu aspecto espiritual. Este espírito de
luxúria e de excessos, que é o espírito do mundo, sempre tem estado presente. Ambição,
ódio e homicídio tem existido desde o princípio.
Contudo, ao final desta era, este espírito alcança o seu máximo em Babilônia, da
mesma forma que já o fez por seis outras vezes na história. Assim, é esta tendência
pecaminosa, apoiada pelo espírito deste mundo, que é a responsável por todo este
derramamento de sangue. É isto que tem motivado cada assassinato e/ou guerra através da
história. Aí está, então, o por que de todos os assassinatos serem da responsabilidade de
Babilônia.
Quando o espírito de Babilônia atingiu o seu ápice, da última vez, a morte dos fiéis
servos de Deus também foi uma parte dos pecados dela. O Império Romano
definitivamente agiu desta maneira. Os cristãos foram perseguidos e até mesmo mortos por
esporte. Nós não vamos ver algo que seja novidade para este mundo, mas apenas algo que
é novo para a nossa geração.
Quando a represa espiritual se romper e a inundação de espíritos imundos forem
derramados irrestritamente, o maligno irá usar a sua gente para perseguir o povo de Deus.
Você pode ficar certo disso. Isto pode corresponder ao tempo que mencionamos
anteriormente, quando legiões de espíritos maus chegarem à Babilônia.
É interessante que, quando as pessoas se sentirem mais seguras, será justamente
então que estarão em grande perigo. Lemos em I
Tessalonicenses 5.3 que: “Quando disserem ‘paz e segurança!’, então lhes sobrevirá
repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida. De modo algum
escaparão”.
CAPÍTULO 6
A IGREJA CATÓLICA ROMANA
É com muita relutância que entro na discussão seguinte, mas é que me sinto forçado
a fazê-lo devido às opiniões equivocadas que prevalecem. Há muitos, muitos cristãos que
tem sido ensinados e que estão convencidos que a Babilônia de Apocalipse é a Igreja
Católica Romana. E, a partir dessa conclusão, eles então começam a fabricar alguma
escatologia bastante fantasiosa. Alguns têm o Papa como sendo o Anticristo.
Outros pensam que a Igreja Romana domina o mundo secretamente. E ainda outros
vêem o movimento ecumênico, com a Igreja Católica à frente, se levantando para dominar
o mundo. Essas e inúmeras outras conclusões tais como essas são fruto de uma má
compreensão de alguns simples versículos bíblicos.
Um dos mais proeminentes desses versículos é encontrado em Apocalipse 17.9, onde
lemos que a prostituta está assentada sobre “sete montes”. Muitos professores da Bíblia têm
olhado para este versículo e pensado, “Ah, sete montes! Isto deve ser uma referência secreta
à Roma”, uma vez que a antiga literatura secular se refere a ela como uma cidade sobre sete
montes.
Tenho até ouvido dizer que João usou esta frase como uma espécie de código, para
se referir à Roma. Alguns dizem que, uma vez que ele era prisioneiro dos romanos, ele não
ousaria escrever o verdadeiro nome, mas teve que usar um tipo de cifra. À medida em que
você prosseguir em sua caminhada cristã, você também, sem dúvida alguma, irá ouvir todo
o tipo de explanações tais como essa. Mas a verdade é que João escreveu exatamente aquilo
que o anjo mostrou a ele.
Vamos lembrar aqui de que, nos dias de João, não mais havia sete montes proféticos.
Como já vimos, cinco deles já caíram. Isto nos deixa apenas dois. Portanto, isto não pode e
não é uma referência secreta a Roma.
Consequentemente, a Igreja Católica Romana não está em vista. Também, não
podemos nos inspirar na literatura secular tal como a estória de Rômulo e Remo, mas
somente a palavra de Deus. Em nenhum lugar na Bíblia é Roma referida como a “cidade
sobre sete montes”, ou qualquer coisa deste tipo.
Infelizmente, a versão bíblica do Rei James (e NKJV) é responsável por grande parte
desta confusão. Esta versão introduz uma palavra extra no texto que não está no
manuscrito grego, incluindo o Textus Receptus de onde foi tirado o KJV. E é esta palavra
extra que produz tanto erro. Esta é a palavra “LÁ”. O texto de Apocalipse 17.9,10, na versão
NKJV, lemos: “As sete cabeças são sete montes... Lá também estão sete reis”.
Colocar a palavra “LÁ” neste verso desassociamos as montanhas dos reis,
gramaticamente. Agora, ao invés de serem iguais, eles são adicionais. Assim, então, quando
você lê: “Cinco já caíram”, isto se referiria apenas aos reis, deixando as sete montanhas
intactas.
Mas de fato, nos textos originais gregos, a palavra “LÁ” não aparece. Todos os textos
dizem: “As sete cabeças são sete montes...e são sete reis”. As cabeças, montes e reis são
iguais. Sendo assim, quando lermos que “cinco já caíram”, isto não apenas se refere aos
reis, mas também se refere aos montes e às cabeças. Então isso não é uma referência secreta
a Roma, e, portanto, não nos aponta para a igreja católica romana.
Quando pensamos sobre isso com uma mente aberta, outros problemas com a igreja
católica, como sendo a prostituta, ficam evidentes. Não há dúvida de que, as primeiras
pessoas que inventaram esta doutrina viveram em épocas e lugares diferentes dos nossos.
Todos nós tendemos a interpretar a escritura à luz da situação geopolítica que estamos
vivendo no momento.
Tal sugestão, que faz referência a Roma, foi dada pela primeira vez há séculos atrás,
quando a igreja romana era afluente e poderosa. Naquele tempo ela parecia excessivamente
rica, e dominava muito o cenário político da Europa.
Contudo, os tempos mudaram. Roma não é conhecida como uma cidade portuária.
Ela está localizada às margens do Rio Tiber, que fica há uma certa distância do mar. O
porto mais próximo a Roma, que poderia servir suas necessidades marítimas, não pode ser
considerado como um dos principais do mundo. Além do mais, não poderia ser dito hoje,
ou até imaginado, que a igreja católica está deixando rico todos os donos de navios.
Simplesmente não é verdade que todos os mercadores do mundo estão fazendo fortunas,
vendendo as suas mercadorias ao Vaticano.
Também já temos estudado da dificuldade de uma única cidade ser a fonte de tanto
comércio e de tanta riqueza. E ainda, a influência do Vaticano sobre os governantes do
mundo está diminuindo mais e mais a cada ano. Por exemplo, no Brasil, que é considerado
o maior país católico do mundo, o percentual de católicos está decrescendo
dramaticamente. Embora a igreja católica ainda tenha influência em muitas partes do
mundo, não poderíamos dizer que ela está “reinando” sobre as nações. Embora a igreja
católica perseguiu e martirizou muitos crentes no passado, isto não é algo que está
prevalecendo em nossos dias.
Tentar encaixar a igreja católica de hoje na profecia do apocalipse, é como tentar
forçar alguém fazer algo para o qual não tem a menor capacidade. Não dá certo.
Uma outra dificuldade lógica que encontramos em “Babilônia ser a igreja católica” é
que Babilônia é destruída “em uma hora”. (Apo.18.17,19) Embora isto possa não se referir a
uma “hora” literal, porém indica um período de tempo muito curto. Assim, como poderia
alguém destruir a igreja católica em uma hora? Colocariam eles bombas sincronizadas em
cada catedral, para que explodissem ao mesmo tempo? Isto é simplesmente ridículo.
Explodiriam eles apenas o Vaticano? Eliminar o Vaticano não acabaria com o catolicismo.
Provavelmente isto ainda teria um efeito contrário. Muitas das religiões perseguidas
acabaram apenas aumentando, ao invés de desaparecerem.
Não há uma maneira lógica de alguém destruir a igreja católica com fogo em “uma
Pode ser que muitas igrejas de hoje pareçam ser parte de Babilônia. Isto significa que
elas têm o sabor e a característica deste mundo. Por exemplo, muitos usam meios e
métodos cada vez mais mundanos para atrair e segurar os membros. Frequentemente,
igrejas atuais empregam um estilo mundano de estrutura de governo. Geralmente os
“pastores” são escolhidos por causa de sua posição social ou econômica na comunidade. É
comum que o conteúdo de suas reuniões e atividades sejam muito mais mundanos do que
espiritual. Muitas igrejas hoje dão ênfase na riqueza, no luxo e na prosperidade. Algumas
vezes, seus membros parecem estar mais interessados em perseguir as atividades do
mundo do que as do Reino de Deus. Por isso, essas igrejas parecem Babilônia.
O que devemos entender disso: exatamente como no Velho Testamento, assim
também é hoje, muitas pessoas de Deus têm sido levadas cativas para Babilônia. Elas têm
sido seduzidas pelo espírito deste século. Elas estão presas ao luxo e aos caminhos de
Babilônia. Elas estão vivendo “em Babilônia”. Porém isto não significa que essas igrejas são
Babilônia, mas sim que elas estão em Babilônia, espiritualmente falando. Isto só revela que
elas têm sido influenciado e contaminado por Babilônia. A antiga Babilônia também tinha
algumas pessoas de Deus vivendo dentro dela. Lá elas foram seduzidas por seus ídolos e
práticas. Mas eles não eram Babilônia.
Frequentemente tem sido ensinado que o capítulo 17 de apocalipse fala de uma
“religião babilônica”, a qual muitas pessoas pensam que é a igreja católica, juntamente com
outras instituições de igrejas. Então, essas pessoas ensinam que o capítulo 18 é uma
descrição da “Babilônia econômica”, a qual é aquela que tenho descrito no início do livro.
Contudo, quando analisamos o capítulo 17, nós não conseguimos encontrar
nenhuma evidência que claramente apóie tais afirmações. Nada religioso é encontrado
aqui. Nenhum item religioso é mencionado. Não há ídolos, sacerdotes, ofertas, templos,
vestimentas sacras, rituais, sacrifícios, nada que indique algo de religioso é achado.
Resumindo, a “Babilônia religiosa” está notavelmente ausente do capítulo 17.
O texto original grego não estava dividido em dois capítulos. Não há uma razão que
obrigue separar o texto e esta visão em duas partes. Verdadeiramente, só existe apenas uma
Babilônia, e não duas, descrita nesses dois versículos. Tudo isto contrasta diretamente com
as profecias do Velho Testamento, a respeito de Babilônia. Lá nós realmente encontramos
artigos religiosos tais como sacerdotes, ídolos, etc. Assim, você vê que a última Babilônia,
que está revelada em Apocalipse, é realmente notável por sua falta de religião. Ao invés de
ser uma entidade religiosa, parece ser bastante secular. O que realmente deve nos
impressionar é a ausência de qualquer menção clara de algo religioso. Este autor é forçado
a concluir que nenhuma “Babilônia religiosa” é encontrada no livro de Apocalipse.
Muitos crentes imaginam que Babilônia é a igreja mundana de hoje. Eles baseiam
suas opiniões no fato de que ela é chamada de “prostituta”. Por isso, acham que ela deve ter
pertencido a Deus algum dia, mas que então se prostituiu, da mesma forma que a mulher
do profeta Oséias. (Os.1.2) Contudo, quando olhamos para as escrituras, de forma serena e
racional, nenhuma indicação nesse sentido é encontrada.
A “mulher” de Deus é revelada em Apocalipse 12. Ela é santa, brilhante e gloriosa.
Ela é perseguida pelo dragão, e não se acha assentada sobre a besta. Ela é protegida por
Deus, ao invés de ser julgada por Ele. O “filho” dela é arrebatado aos céus, para governar
as nações (v.5). E seus outros filhos são os que “guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus Cristo”. (V.17)
Ela pode não ser perfeita, uma vez que precisa ser “alimentada” (V.6), talvez
indicando uma necessidade de mais nutrição espiritual. Mas ela certamente não é descrita
como uma prostituta, ou chamada de Babilônia.
A mulher encontrada em Apocalipse 17 e 18 é uma história completamente
diferente. Aqui não encontramos nenhuma indicação escriturística de que ela algum dia já
pertenceu a Deus. Na verdade, quando ela aparece, está montada sobre uma besta da cor
da escarlata. Ela é a mulher de Satanás desde o princípio. E ele é a sua fonte. A dependência
dela está nele.
Além do mais, ela não é chamada de “adúltera”, que no grego é MOICHOS (Js.4.4),
indicando que alguma vez ela já teve um compromisso de matrimônio, mas é chamada de
prostituta, PORNE. (Apo.17.1) Para que uma mulher seja prostituta, não há qualquer
necessidade de que ela tenha algum dia sido casada.
Nenhum versículo demonstra que ela alguma vez sequer ficou noiva do Senhor. E
ainda, a Babilônia do Velho Testamento também nunca foi cidade de Deus. Ela não era o
lugar nem o povo a quem o Senhor escolheu para Si mesmo. Deus nunca usa o nome
Babilônia para descrever Seu povo ou Sua terra. Assim, quando Deus escolhe a palavra
“Babilônia” em Apocalipse, para descrever a prostituta, Ele claramente não está tentando
indicar Seu próprio povo, ou Sua igreja.
Embora alguns dentre o povo de Deus estejam vivendo em Babilônia, porém ela
(Babilônia) não é, e nunca foi Dele. Quando olhamos para isto de forma mais racional do
que emocional, vemos que esta “Babilônia” de Apocalipse não pode ser uma referência ao
povo de Deus. Portanto, a suposição de que ela seja a igreja, ou uma parte dela que se
tornou pecadora, não possui qualquer base bíblica.
UM ESPÍRITO ERRADO
Um outro problema sério com o ensino que diz que a “igreja católica e as
denominações” são Babilônia, é que ele (esse ensino) parece gerar um espírito errado. Em
quase todos os grupos que tenho encontrado, que defendem esta opinião, há um forte
sentimento de “superioridade”. Eles empinam o nariz, em relação aos que pertencem ao
“sistema religioso”. Eles se sentem superior a todos os outros cristãos, que estão
“corrompidos”. Muito de sua unidade e grande parte de sua “espiritualidade” vem do
pensamento de que eles “saíram” (de Babilônia) e que são uma espécie de elite espiritual.
Esta atitude não reflete o coração de Deus. Se nós estamos em contato com o coração
do Pai, e vemos qualquer querido irmão envolvido em uma religião impotente e mundana,
isto deveria gerar em nós uma reação diferente. Nós choraríamos e oraríamos por eles.
Tentaríamos, com muito amor, ministrar a eles a verdade de Deus.
Não há dúvida de que a prostituta tem obtido sucesso em seduzir a igreja que está
em seu país, e também as que estão nas nações sobre as quais ela tem influência. É muito
lógico que ela tente corrompê-los e torná-los caídos como ela própria. E então, se a igreja de
hoje tem se tornado mundana em muitos aspectos, isto é porque ela também tem bebido do
vinho da fornicação de Babilônia.
É triste, mas é verdade que as igrejas de nossos dias estão se tornando incrivelmente
mundanas. Os templos estão cada vez mais opulentos. A ênfase sobre o pecado e sobre o
arrependimento está sendo substituída por uma outra maneira que seja mais fácil e
confortável, onde Deus seja o nosso servo, e a nossa obrigação seja a de meramente
freqüentar regularmente as reuniões e dar ofertas generosas.
Contudo, tudo isso não qualifica estas instituições para que sejam Babilônia, mas
apenas uma parte dela. Elas têm se tornado babilônicas em seu caráter e natureza. Elas têm
sido levadas cativas para Babilônia.
Desde que escrevi a primeira versão do livro, tenho recebido muita resposta vinda
de crentes que insistem que Babilônia é a igreja de hoje. Muitos dos argumentos que ouço
são meramente “emocionais”. Frequentemente eles (os argumentos) são tingidos por uma
antipatia, ou até mesmo ódio para com algumas igrejas. Talvez esses irmãos tenham sido
feridos por alguns grupos religiosos, e por isso têm dificuldade de se desprenderem de suas
experiências, olhando claramente para a palavra de Deus.
Virtualmente todas as provas oferecidas por esses crentes, a fim de demonstrar que
Babilônia é a igreja católica (juntamente com a denominações), são muito vagas, ou devem
ser entendidas simbolicamente. O perigo que vejo aqui é que, enquanto muitos estão
olhando para essas revelações fracas, os fatos reais desses dois capítulos estão sendo
ignorados. Talvez o sentimento que alguns têm contra o “sistema religioso” esteja
cegando-os para quaisquer outras possibilidades.
Enquanto eles estão tentando provar uma Babilônia religiosa, parecem ignorar
versículos claros, os quais precisam de pouca ou nenhuma interpretação. Esses versículos
são aqueles que apontam para uma “Babilônia comercial”. Eles apontam para um lugar
físico, que podemos provavelmente identificar hoje. É uma cidade rica, orgulhosa e cheia de
si, a qual está importando quase tudo o que os mercadores têm para oferecer. É um lugar
físico, o qual devemos urgentemente ser capazes de identificar. E é este lugar comercial,
opulento e secular que logo será destruído por fogo.
Por isso, precisamos identificar esta entidade. Talvez você ainda não tenha sido
convencido pelos meus argumentos contra a Babilônia religiosa, e ainda acredite que ela
seja “o sistema religioso”. Que seja. Eu não preciso convencer você. Mas, por favor,
considere cuidadosamente o seguinte . Está bem claro que será uma “Babilônia comercial”
que vai ser destruída pelo fogo. Por isso, colocando as idéias religiosas de lado por um
momento, cada cristão precisa muito compreender onde fica esta entidade comercial e,
então, preparar-se para fugir, antes que os julgamentos dela cheguem.
CAPÍTULO 7
SAI DELA POVO MEU
Voltando ao nosso assunto original, pode ser que alguns dos leitores vivam em um
lugar que os lembre desta Babilônia opulenta e sensual que temos descrito. É possível que
você tenha visto a substância daquilo que constitui a grande prostituta, e perceba que você
está bem no meio dela. Porém, assim como Ló estava em Sodoma, talvez você esteja se
sentindo muito seguro no lugar que está. Você tem uma vida confortável, segura e
agradável. Os salários são bons, o padrão de vida é alto. Bens de todo tipo são bastante
acessíveis, e em grandes quantidades. A comida é abundante e os serviços públicos
confiáveis. Hospitais, serviços de saúde, remédios e outras coisas mais estão bem à mão.
Sua família e amigos estão lá, e a vida é ótima.
É verdade que, assim como Ló estava, assim também você está preocupado a
respeito do aumento da imoralidade e de toda sujeira do pecado que aparece diariamente
em todos os lugares. Mas você, talvez, apenas desliga a TV, fica indiferente e prossegue
com a sua vida.
Contudo, se o lugar onde você vive é o local do qual a Bíblia está falando, se você
estabeleceu o seu lar bem no meio da Babilônia de nossos dias, então, algum dia algo irá
acontecer. Algum dia Jesus irá dizer: “Saí dela”. É muito claro em Apocalipse que o nosso
Senhor, a quem devemos obedecer, dá uma ordem explícita aos seus filhos a respeito do
lugar chamado Babilônia. Ele diz: “Saí dela, povo meu” (Apo.18.4)
Aqui encontramos algo muito difícil. De fato, esta é uma palavra que é tão dura de
se ouvir que provavelmente a grande maioria do povo de Deus não estará apto a ouvi-la.
Imagine que Deus pudesse chamar você para um dia deixar tudo que lhe é querido, para
abandonar sua casa, seus amigos e parentes, para deixar o conforto e a segurança de seu
emprego e todo o seu ambiente, e partir para algum lugar que seja difícil, estranho e que
não seja familiar.
Você iria? Poderia você obedecer uma ordem como essa de seu Salvador? Ou você
acharia mil e uma razões para achar que isto não poderia ser Jesus falando a você? Minha
opinião honesta é que, mesmo se aparecerem anjos ao lado de cada crente em Babilônia esta
noite e claramente lhes falasse para se levantarem e partirem, apenas um pequeno número
deles realmente iria.
Dois anjos foram a Sodoma. Eles falaram claramente a palavra do Senhor a Ló. Eles
veementemente mandaram que Ló partisse imediatamente, dizendo: “todos quantos tens
na cidade – tira-os para fora deste lugar” “Levante-se, tome a sua mulher e suas duas filhas
que estão aqui, para que vocês não sejam consumidos pelo juízo que vai cair sobre esta
cidade” (Gên.19.12,15)
Mas Ló teve muito problema em ouvir esta palavra. Ele se sentia feliz e confortável
onde estava. Todo seu patrimônio e sua família estavam lá. Todo o seu ambiente era
familiar e, portanto, ele se sentia seguro. Assim, ele “demorou-se”. Ele estava muito
relutante em partir, e também estava muito temeroso sobre o que iria encontrar “nas
montanhas” (Gên.19.19)
Muitos dos seus parentes se recusaram a vir com ele. Achavam que ele estava
brincando (Gên.19.14), ou talvez que estivesse fora de seu juízo perfeito. Finalmente, o dia
do julgamento estava às portas, e Ló ainda estava relutante. Finalmente, os anjos tiveram
que arrastá-lo, juntamente com sua mulher e filhas, para um lugar seguro.
Nossa, como a palavra de Deus ainda fala a nós nos dias de hoje! Muitos do povo de
Deus estão vivendo em Babilônia. Eles se sentem seguro. Eles são prósperos e contentes.
Mas há dois problemas sérios. Deus nos adverte a respeito de duas consequências de
continuarmos em Babilônia. Primeiro, começamos pouco a pouco a “participar dos pecados
dela. (Apo.18.4)
A influência da imoralidade neste lugar é tremenda. Seus moradores são
bombardeados constantemente, principalmente pela mídia, com todo tipo de perversão e
impureza. Cada vez mais, talvez até mesmo sem percebê-lo, eles abaixam seus próprios
padrões morais. Eles estão sendo gradativamente influenciados a adotar os valores do
mundo ao seu redor. E até mais do que isto, os filhos desses moradores estão, assim como
estavam as filhas de Ló, profundamente influenciados pela crescente imoralidade.
Segundo, Deus nos avisa que Ele irá julgar esta “cidade”. Ela será destruída pelas
“pragas”, principalmente pela “morte e tristeza e fome” “E ela será finalmente destruída
pelo fogo, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga” (Apo.18.8) Deixe-me adverti-lo bem
claramente: Deus não irá voltar atrás neste julgamento só porque você ainda está lá.
Se você não responder à Sua Palavra e tomar os passos necessários para deixar o
local, irá sofrer as horríveis consequências do que Ele disse. Mais adiante, neste livro,
iremos detalhar que tipo de coisas poderão ser essas, mas por ora, é suficiente para nós
simplesmente saber que Deus está falando, e que devemos obedecer.
A PREPARAÇÃO
Sendo assim, o que deveríamos fazer? Se começarmos a ver que vivemos num local
que está próximo de ser destruído, quais passos deveríamos dar? Este autor não pensa que
o julgamento sobre Babilônia ocorrerá hoje, mas sim que deverá acontecer muito em breve,
do ponto de vista bíblico. Portanto, seria prudente que todos os que ouvem começassem a
tomar algumas providências, a fim de se preparar para o que está por vir.
Noé foi avisado por Deus sobre um julgamento iminente. A seguir foi ele instruído a
dar alguns passos concretos. Este homem respondeu em fé à palavra que tinha ouvido. Ele,
“movido pelo temor de Deus, preparou uma arca, a fim de salvar a sua família”. (Heb.11.7)
Da mesma forma, os cristãos que residem em Babilônia podem neste exato momento se
prepararem para “escapar”. Eles podem tomar algumas medidas, no temor de Deus, a fim
de salvarem a si mesmos e as suas famílias daquilo que futuramente irá acontecer.
Assim, eles não serão pegos de surpreza, sem saber que direção tomar. Vamos supor
que algum dia você tenha que deixar o lugar onde vive. Vamos imaginar que isso aconteça
a você. Há muitas decisões que devem ser tomadas com antecedência, tais como: “Para
onde você iria?” “Como você chegaria nesse local?” “Como você iria sobreviver?” “E em
relação ao idioma?” “Será que você não iria precisar de um passaporte?” São questões que
devem ser resolvidas antes que a crise chegue.
Para começar, eu aconselharia que todo cristão que vive em Babilônia urgentemente
consiga um passaporte para cada membro da família. Isto é essencial. Faça isto hoje! Uma
vez que a perseguição começe, ou as coisas se tornem caóticas, ficará extremamente difícil
deixar o país. Por isso, tenha um passaporte pronto. Isto custará a você um pouco de
tempo, esforço e dinheiro, e poderá ser um pouco difícil obtê-lo, caso seja a primeira vez.
Mas não importa, obtenha este documento hoje.
A próxima questão é: Para onde você deve ir? Bem, Deus não é específico sobre isto.
Cada um deverá buscar a direção de Deus para si. [A propósito, Zoar – a segura, agradável
e pequena vila que fica nas proximidades” – não parece ser uma boa escolha. (Gên.19.20,23)
Após buscar a direção de Deus, procure visitar esse lugar, que parece ser um bom refúgio.
Faça uma ou mais viagens até lá. Chame essas viagens de férias ou “viagens missionárias”,
ou do que quiser, não importa, o importante é que você as faça.
Viagem para diferentes países. Freqüente algumas reuniões cristãs. Faça alguns
amigos. Comece a aprender algumas palavras essenciais do idioma. Por exemplo, palavras
como “água”, “comida” etc. são muito úteis. Se você já esteve em algum lugar por várias
vezes, e conhece algumas pessoas, se fala algumas palavras da língua, então não será tão
difícil ir lá novamente, quando assim for necessário. Além do que você poderá sentir se ele
realmente é um bom lugar para se refugiar. Mas, se você nunca esteve nesse lugar, não
conhece ninguém e nem fala sequer uma palavra da língua, então será quase impossível
para você se refugiar lá.
Uma vez que você tenha uma boa idéia do lugar para onde deve ir, há outros passos
que você pode dar. Um deles é abrir uma conta corrente nesse país. Se tiver que sair de
Babilônia, não poderá levar muito dinheiro com você. Quem tiver alguma reserva
financeira da qual não precise lançar mão no momento, deveria considerar colocá-la no
exterior, em um lugar que fosse possível dispor do dinheiro por telefone, fax ou correio. Há
muitos locais no exterior que podem servir a você.
Não é ilegal para um americano colocar dinheiro em outro país, desde que você
pague as taxas. Muitos milhões de pessoas e homens de negócio fazem isso diariamente.
Também, uma vez que Babilônia seja destruída, a sua moeda irá se desvalorizar. Considere
manter algum dinheiro em outra espécie de moeda.
Outra coisa que muitos dos atuais residentes de Babilônia poderiam fazer, caso
queiram, seria comprar um imóvel no lugar onde desejam se refugiar. Muitos países
permitem que estrangeiros possuam terras ou casas dentro de suas fronteiras. Geralmente
uma propriedade no exterior custa uma pequena fração do preço que você teria que pagar
em Babilônia. Se você quiser que a sua mudança de vida seja mais fácil, então faça isso.
Uma outra coisa que você deve considerar, enquanto visita outros países e planeja o
seu êxodo de Babilônia, é sobre o que você pode fazer para sobreviver nessa nova terra. Ore
em relação a isto. Se Deus falar para se mudar, ele também irá mostrar para onde ir, e o que
fazer para se manter lá. Embora essas coisas possam parecer muito remotas e difíceis para
você hoje, em seu contexto atual, na medida em que você responder em fé em direção
aquilo que Jesus vier a lhe mostrar, Ele irá mostrar a você como conseguir todas as coisas de
que precisa.
Ló era um homem rico. Na verdade, ele era extremamente rico. Quando ele vivia
com Abraão, seu patrimônio era tão grande que a terra onde estavam não podia suportar a
ambos. Assim, Ló mudou-se para Sodoma. Sabemos que o pecado dessa cidade o afligia
bastante, porém ele nada fez para sair de dali.(IIPed.2.7,8) Ele e sua família estavam muito
confortáveis lá. Uma vez que ele não tinha qualquer pretensão de partir, o seu êxodo
aconteceu de forma totalmente inesperada. Ele não teve tempo algum para ajuntar as suas
coisas, nem mesmo uma maneira para transportá-las. Toda sua riqueza e patrimônio foram
deixados para trás. Podemos dizer que ele partiu levando consigo apenas a roupa do corpo.
Pode ser que o tempo sobrevenha de modo tal que Deus tomará medidas drásticas
para ajudar os Seus filhos a saírem de Babilônia. Aqueles que não deram crédito à Sua
palavra anteriormente poderão precisar de algum tipo de empurrão de última hora. Mas,
assim como Ló e as suas filhas, eles podem perder tudo o que têm, e ainda ter que morar
em alguma caverna nas montanhas. As escrituras são muito claras. À medida em que
começamos a compreender essas coisas, deveríamos ser sábios e começar a dar alguns
passos apropriados. Deveríamos usar o “pouco de tempo” que temos para fazer algumas
preparações para o futuro.
Nós lemos: “Um homem prudente prevê o mal e se esconde. O simples passa ao
largo e é punido.”(Prov.22.3;27.12) As pessoas simples aqui são aquelas que não se
prepararam e, por isso, sofrem as consequências de sua ignorância. Este versículo aparece
duas vezes nas Sagradas Escrituras. Deus deve estar querendo dizer algo, pelo fato de
repetir duas vezes a mesma coisa. Este “algo” significa que, quando virmos o mal se
aproximar, devemos traçar alguns planos e fazer algumas preparativos que sejam lógicos e
sensatos.
Já Noé fez, e você também pode fazer. Caso contrário, sofrerá as consequências. A
Bíblia nos ensina que, quando nós começamos a dar os passos no sentido de sair de
Babilônia, tornamo-nos exemplos para que outros façam o mesmo. (Jer.50.8) Nossa
obediência também irá ajudar outras pessoas.
LEMBRE-SE DA MULHER DE LÓ
Sai de Babilônia não será nada fácil. Na verdade, será tão difícil para muitos que
parecerá até impossível. Babilônia é uma localidade que parece ser muito segura. É um
lugar onde existem todos os tipos de luxuosidade, facilidade e prazer. É um lugar que
oferece tudo quanto o homem natural possa desejar. Consequentemente, ele exerce uma
tremenda atração sobre os corações dos que lá vivem.
A idéia de se ir para um outro lugar é quase impensável. Mas Jesus nos exorta:
“Lembrai-vos da mulher de Ló”.(Luc.17.32) O coração dela estava realmente ligado a
Sodoma. Era lá que estavam seus bens e sua casa. Alguns de seus filhos e todos os seus
netos também estavam lá. E assim, o coração dela permaneceu lá também. Enquanto ela
estava sendo arrastada para um local seguro, seus olhos e seu coração estavam olhando
para trás, e assim, ela acabou sofrendo o julgamento divino e foi transformada numa coluna
de sal. (Gen.19.26)
CAPÍTULO 8
O PLANO DE DEUS
O grande passo a ser dado para se fugir da grande prostituta é tirá-la do coração.
Quando os nossos corações estão atados a este mundo, e a tudo o que nele há, estejamos ou
não vivendo fisicamente no local específico chamado de “Babilônia”, na verdade estamos
em Babilônia. Tiago nos diz para “purificarmos os nossos corações”.(Tiago 4.8) É em nosso
coração que esta questão de estar amando o mundo e toda a sua segurança, prazeres e luxo,
precisa ser resolvida. É em nosso coração que precisamos ser libertos.
O espírito do mundo, que é representado pela luxuosa e sensual Babilônia, está em
conflito direto com Deus e com Seus planos para a raça humana. Você sabe que Deus criou
o homem para si mesmo. Ao criar a raça humana, Ele tinha algo específico em Sua mente.
Parte daquele plano era que nós o amássemos supremamente e que colocássemos o nosso
amor e o nosso serviço a Ele em primeiro lugar.
O coração de cada ser humano deveria ser capturado e envolvido por um íntimo e
total relacionamento de amor com o Criador. Esta é a posição, a única posição, para a qual
todos nós fomos criados. Ele deve ter a primazia em nossos corações e em nossas vidas.
Assim, se, e quando o coração humano fica preso a outras coisas, então somos encontrados
numa posição que desagrada a Ele.
Este presente mundo, com todas as coisas que nele há – a carne, os encantos, as
atrações e os prazeres – são produtos do reino de Satanás. Lemos: “Não ameis o mundo,
nem aquilo que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo”. (IJo.2.15,16)
Você se lembra o que foi que Satanás ofereceu a Jesus, a fim tentar fazê-lo
desobedecer seu Pai? Ele lhe ofereceu “todos os reinos deste mundo e toda a sua glória.”
(Mat.4.8) O maligno ainda usa esta mesma tática nos dias de hoje.
Muito bem. As coisas mundanas que encontramos ao nosso redor não são neutras.
Não são meramente “coisas” sem qualquer influência sobre os cristão, e até mesmo sobre
não-cristãos. A atração por elas tem um poder sobrenatural por trás. É como se elas
tivessem uma espécie de unção, a fim de fazê-las parecer mais desejáveis do que realmente
são.
Este é o poder de Satanás, trabalhando para atrair e capturar os corações de homens
e mulheres. É o seu esquema diabólico, a fim de nos distrair dos propósitos de Deus, e nos
envolver com as atividades deste sistema mundano. Desta forma, seremos impedidos de
focalizar nossa atenção somente em Deus, e assim satisfazer os Seus desejos. Além disso,
nunca nos tornaremos uma real ameaça ao reino de Satanás.
Este amor pelo mundo, e por todas as coisas que ele tem para oferecer, constitui uma
das razões pela qual Babilônia é chamada de prostituta. Ela entrega a sua vida e o seu
coração a toda e qualquer atração que apareça. Ela, voluntariamente, se delicia com todo
apetite sensual que surja em seu caminho. Sua concupiscência pelas coisas e prazeres é
insaciável. Sua paixão é gasta com certas atividades que, segundo ela acredita, podem
satisfazer seus fortes desejos. Ela não tem a menor consciência daquilo que faz. Está
obcecada pelo luxo e pelos prazeres, e se entrega completamente a tudo que lhe ofereça tais
coisas. Quando nós, que pertencemos completamente a Deus, começamos a pensar e a agir
desta mesma forma, então também nos tornamos parte da prostituta.
Tiago, em sua epístola, compara este amor por tais coisas e prazeres mundanos com
o adultério espiritual. Ele escreve: “Adúlteros! Não sabeis que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Todo aquele que quiser ser amigo do mundo se constitui-se
inimigo de Deus.” (Tiag.4.4)
No próximo versículo, ele liga este amor pelas coisas do mundo como um abandono
pelo amor de Deus, dizendo: “O Espírito que habita em nós anseia por nós até o ciúme.”
Como você vê, Deus tem ciúme de nós. Seu desejo é que o nosso amor seja somente dele.
Quando ocorre o contrário, tornamo-nos adúlteros espirituais. Tornamo-nos parte da
prostituta.
Todos os cristãos que vivem atualmente em Babilônia deve dispor de um tempo real
e profundo diante de Deus, para buscá-lo de todo o coração, e permitir que Ele os purifique
de todas as coisas que os impedem de obedecê-Lo. Eles devem limpar seus corações do
amor pelo mundo e por todas as coisas que nele há. A seguir, devem começar a dar os
passos de obediência, em relação aquilo que Ele está falando a eles hoje. Quando a situação
se tornar crítica, você não poderá “voltar para buscar as suas coisas” (Lucas 17.31)
Muitas pessoas amam o seu país. Elas amam o lugar onde nasceram e cresceram.
Talvez apreciem o cenário, os vizinhos e as coisas ao redor. Tudo para elas parece muito
seguro e familiar. Alguns são extremamente patriotas. Amam profundamente a nação.
Consequentemente, a idéia de abandonar tudo isto e ir viver em outro país, onde
tudo é diferente, onde as pessoas são estranhas, sem falar que terão que lidar com uma
língua estrangeira, é praticamente impensável. Por isso, esse sentimento humano impede-
os de qualquer idéia de obediência àquilo que Deus pode estar falando.
Tais sentimentos são comuns, normais e compreensíveis. Isso não é uma questão de
pecado. Muitas pessoas sentem a mesma coisa em relação ao seu lar e ao seu país. Contudo,
há momentos quando Deus pode nos mandar fazer tais coisas, que não parecem seguras
nem confortáveis. Nosso Comandante pode nos mandar seguir numa direção que é difícil,
emocionalmente estressante, e até mesmo assustador. Quando Ele assim fizer, então
devemos negar nossos sentimentos e emoções e, ao invés disso, segui-Lo. Devemos estar
dispostos a dar passos que possam nos fazer sentir desconfortáveis, pois sabemos que
devemos ser obedientes.
Na verdade, não há uma outra maneira de alguém deixar o seu lar, família e país
sem sentir um forte abalo emocional. Esse tipo de mudança não é fácil para ninguém. É
contra a natureza humana, que sempre deseja a segurança e o habitual. O que Deus
chamará os moradores de Babilônia para fazerem não vai ser nada fácil. Haverá muita luta
emocional e espiritual envolvida. Por isso, não desanime por causa desses sentimentos.
Não permita que eles o dominem. Não seja seduzido por eles (sentimentos) a um
falso senso de segurança, o que resultaria em desobediência a Deus. Escapar de Babilônia
será muito difícil para quase todos. Ajuste a sua mente a este fato. Partir não será fácil. Será
uma batalha emocional e espiritual.
Deus mandou Abraão deixar sua terra, família e país. Ele disse: “Sai da tua terra, da
tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”.(Gên.12.1) Você acha
que esta mudança foi algo fácil para Abraão? Você imagina que foi mais fácil pra ele, já que
ele vivia em um outro tempo e lugar, do que será para você? Certamente não! A fim de
obedecer a Deus, Abraão teve que enfrentar todo tipo de dificuldades, a batalha do medo,
da emoção e dos perigos que todos nós encontraríamos hoje.
Na verdade, acredito que a mudança de Abraão foi até mais difícil, uma vez que não
existia qualquer a lei e a ordem para protegê-lo em cada um dos lugares por onde ele
passava. Além do mais, ele não tinha qualquer fotografias, Atlas ou vídeos, para informá-lo
sobre seu destino. Ele não teve nenhuma oportunidade para fazer uma viagem de férias ou
viagem missionária, a fim de averiguar como era lá fora. Quando ele chegou a seu destino,
não pode dar um telefonema, a fim de avisar a família. Abraão teve que simplesmente se
mover em fé, deixando para trás toda segurança e familiares, em obediência ao Deus Todo-
Poderoso.
Nós também devemos ser filhos de Abraão. Se você decidir obedecer a Deus e sair
de Babilônia, então deve se preparar para enfrentar o ridículo. As pessoas irão rir de você.
Elas acharão que você enlouqueceu. Este, sem dúvida, foi o tratamento que Noé recebeu. Lá
estava ele construindo uma arca em terra seca. Não havia maneira alguma de levá-la (a
arca) até a água. Nada parecido com uma enchente jamais havia acontecido antes. Assim,
todos zombavam dele. Do mesmo modo, a destruição de Babilônia será algo que nunca
aconteceu antes, exceto, talvez, a destruição de Sodoma e Gomorra. Ninguém da nossa
geração jamais viu algo parecido.
Então, quando você começar a se mover para longe do perigo, as pessoas que não
vêem qualquer perigo irão ridicularizá-lo também. Para elas, assim como as pessoas dos
dias de Noé, tudo parece seguro. Elas crêem que a vida seguirá como sempre. Os seus
preparativos para deixar Babilônia parecerão idiotas para elas, e elas irão dar as suas
opiniões. Portanto, você deve se preparar mentalmente para tudo isso.
A NAÇÃO DE DEUS
Outro pensamento que pode impedir as pessoas de sair de Babilônia é este: “Deus
ama a nossa nação. Ele nos tem abençoado grandemente. Há muitos bons cristãos aqui,
homens e mulheres. Como poderia Deus permitir que este país seja destruído?”
Talvez possamos encontrar algumas respostas para isto olhando novamente para o
Velho Testamento. Deus escolheu a nação de Israel. Ele guiou o seu povo até lá. Era uma
boa terra, cheia de todo tipo de boas coisas. Naquele tempo, ela era incrivelmente fértil. Ela
“manava leite e mel” Era o tipo de lugar no qual era fácil e confortável de se viver.
O Senhor abençoou o seu povo lá. Ele permitiu que eles construíssem um templo em
Jerusalém. Era o lugar escolhido de Deus, cheio de pessoas escolhidas por Deus, que
adoravam no único templo de Deus sobre a terra. Mas essas pessoas se tornaram
desobedientes. Tornaram-se pecadoras, imorais e orgulhosas. Elas nunca achavam que
Deus os julgaria ou destruiria a sua terra, por causa dos fatos anteriores que mencionamos.
Contudo Ele destruiu. Ele assim o fez por causa da pecaminosidade da população.
Seus pecados se tornaram tão grandes que Deus finalmente virou Suas costas para eles e os
julgou. Ele providenciou que uma outra nação invadisse a nação de Israel e a destruísse.
A Babilônia de hoje não é diferente e não irá ser tratada de forma diferente. Assim,
se a Babilônia atual está massacrando milhões de bebês (pelo aborto) a cada ano. Se eles
estão sacrificando suas crianças no altar de sua própria conveniência. Se muitos estão
praticando regularmente a fornicação e o adultério, pois não são poucos os que têm
diferentes parceiros a cada noite. Se o divórcio, que Deus detesta (Malaquias 2.16), é tão
normal, um produto do desejo insaciável por prazer instantâneo das pessoas. Se a
pornografia é epidêmica na internet, na tv e em outros lugares. Se clubes de estripetise e
lojas de sexo estão se espalhando como cogumelos por toda parte. Se a homossexualidade é
incrivelmente comum e evidente. Se a feitiçaria e todo tipo de ocultismo aumenta,
especialmente entre os jovens. E se todos esses e muitos outros pecados são comuns ou até
mesmo são tão comuns dentro das “igrejas” como são no mundo ao redor delas, não irá
Deus julgá-la? Certamente Ele irá.
Se e quando uma nação a qual Deus tem abençoado anteriormente, e até mesmo a
usado para os Seus próprios propósitos virar as costas para Ele, Ele também irá virar as
Suas costas para ela, e irá julgá-la. Estou certo de que este comportamento pecaminoso de
Babilônia entristece a você. Ele também entristece a Deus. Mas você não pode salvar o seu
país.
Você não irá mudar a mente de Deus, nem poderá alterar as profecias bíblicas sobre
as últimas coisas. Você também não conseguirá fazer com que toda a nação se volte para
Deus. As coisas já foram longe demais. A sua melhor opção é a de obedecê-lo. Através da
obediência, você poderá salvar a si mesmo e parte da sua família, do julgamento que a
palavra de Deus claramente nos diz que está perto. Dessa forma, talvez você possa se
tornar um exemplo para que outras pessoas o sigam, sendo também abençoadas pela
obediência.
CAPÍTULO 9
UMA DOSE DE ESPECULAÇÃO
pensamento.
Por ora, apenas quero mencionar que o Semanal Jane`s especificamente afirma que
um proeminente país do Oriente Médio está muito interessado em comprar esta tecnologia
da Coréia do Norte. E mais, a Coréia do Norte está muito interessada em vender, uma vez
que está precisando de dinheiro e esta é uma das únicas mercadorias que ela tem para
vender. Este mesmo país já comprou um bom número de submarinos nucleares
“desativados” da Rússia. Não há dúvida de que esse proeminente país também possui
alguns navios. E também possui um forte programa nuclear.
Em poucos anos, se isso porventura já não aconteceu, esse país, ou qualquer outro
país aparentemente “pequeno” poderia ter os meios para organizar um grande ataque
nuclear contra um lugar próspero e seguro tal como Babilônia. Posicionados à uma
distância de 2.500 milhas, muitos desses navios ou submarinos nem precisariam chegar
próximo da costa de Babilônia. Quase não há qualquer defesa contra tais ataques, além dos
relatórios da inteligência, os quais têm se mostrado bastante equivocados ultimamente.
APÓS O ATAQUE
fornecer gás. E, se caso pudessem por meio de geradores, ou por meios manuais, não
poderiam encher novamente os tanques quando acabasse o gás. O aquecimento das casas
que dependesse de eletricidade não funcionaria.
Sem os frezeers e geladeiras os alimentos se estragariam. As mercearias ficariam
vazias e mais nenhum alimento chegaria, porque o sistema de transporte estaria
interrompido. Mesmo que algumas estradas ao redor das grandes cidades ainda fossem
trafegáveis, ninguém passaria por elas devido ao resíduo radioativo. E mais, não haveria
qualquer forma de os caminhões se reabastecerem ao longo de suas rotas. A provisão de
água iria acabar.
Não haveria água potável, nem água para toaletes, duchas ou para lavar roupas.
Muitas das pessoas responsáveis em consertar a infra-estrutura poderiam não estar
desejosas ou aptas para trabalhar. Os recursos e a comunicação necessária para somar os
esforços, a fim de consertar tudo que tivesse sido danificado, simplesmente não estariam
disponíveis. A contaminação radioativa se espalharia. Muitas pessoas estarão preocupadas
com a sua própria sobrevivência, e não pensando em reconstruir o país. Logo, aquilo que
foi um país moderno estaria submetido a condições primitivas.
AS OUTRAS “PRAGAS”
A Bíblia lista vários julgamentos sobre Babilônia, além do “fogo” do qual temos
falado. São as chamadas “pragas”. (Apo.18.8) E elas são: a morte, o pranto e a fome. Vamos
investigar isto poderia ocorrer. Para começar, qualquer ataque nuclear em grande escala
produziria uma poeira radioativa. Dependendo da dosagem que alguém receba, os
resultados seriam terríveis. Morte lenta e dolorosa, câncer, tumores, “queimaduras” e
muitos outros efeitos seriam evidentes. Esta é certamente uma praga que produzirá muito
pranto.
A fome também seria um resultado. Muitos fazendeiros ficariam impossibilitados de
plantar ou colher, uma vez que isto depende inteiramente do combustível, o qual seria
difícil de se obter. As pessoas, após terem consumido todo alimento que tivessem em suas
casas, iriam percorrer os arredores das cidades, para buscar mais. Será uma situação
desesperadora.
Talvez há alguns que imaginem que pudessem pescar ou caçar, a fim de alimentar a
sua família. Mas aonde você iria? Você não teria gasolina, como de costume. Assim, teria
que permanecer próximo de sua casa, onde milhares de outras pessoas também estariam
desesperadamente buscando as mesmas coisas que você.
Dentro de algumas semanas, todos os animais próprios para o consumo
desapareceriam nas proximidades das cidades. Com o tempo, gatos, cachorros, passarinhos
e todos os outros animais domésticos também sumiriam.
Vamos supor que você tivesse algumas habilidades campestres, e conseguisse caçar
um alce. Porém, você não poderia colocá-lo no caminhão, a fim de levá-lo pra casa. Teria
que arrastá-lo por todo o trajeto até chegar em casa, o que poderia representar milhas de
distância. E ainda assim, o que seria se outras pessoas o vissem tentando levar comida pra
casa? Elas poderiam matá-lo, a fim de ficar com a comida, ou poderiam roubá-lo com uma
arma. (Lembre-se de que as suas famílias provavelmente também estão morrendo de fome
). Se essas pessoas simplesmente vissem você portando uma arma, elas iriam atacá-lo, a fim
de tirá-la de você. A fome será uma parte terrível do julgamento de Babilônia.
Talvez você tenha comida e água estocados. Você pode ter um bom estoque de
armas e munições, e acredita que está preparado para o que está por vir. Imagina que não
precisa “partir” para um outro lugar, pois se sente seguro e preparado. O que não percebe é
que você terá se transformado numa espécie de alvo para aqueles que não têm nada. Eles
podem não saber onde você escondeu os suprimentos, mas os seus vizinhos irão notar que
você ainda está comendo e sobrevivendo. Então eles irão atacá–lo , a fim de conseguir o que
querem.
Assim, a menos que você esteja preparado para matar as pessoas que forem lhe
ameaçar à porta da sua casa, exigindo a sua comida, o seu provimento não irá durar por
muito tempo. Mesmo que você atire em alguns deles, mais cedo ou mais tarde, as “gangs”
iriam atacá-lo em sua casa, e os resultados seriam terríveis.
Após um ataque nuclear em larga escala, a lei e a ordem entrarão em colapso
rapidamente. Você não terá como chamar a polícia quando for atacado, e a própria polícia
também não terá condições de ir à sua casa. Assim como você, ela também não terá
combustível, comida e água. Consequentemente, o mal que está no coração das pessoas
logo virá à tona. Sem qualquer autoridade civil para controlá-las, as pessoas começarão a
manifestar a sua natureza caída, vindo a fazer o que puderem para sobreviver. Disso
resultará o caos.
As pessoas irão se ajuntar em bandos, a fim de se protegerem. Outros grupos de
pessoas virão de outras cidades, a fim de procurar alimento. Haverá linchamentos,
assassinatos, estupros e muitas outras coisas más. Tudo isto irá ocorrer enquanto você está
desesperadamente procurando alimento, a fim de sobreviver. Milhões irão morrer de fome,
especialmente os idosos, os jovens e os mais fracos. A fome certamente será uma das
pragas.
Os fazendeiros serão os primeiros desta violência. Qualquer um que tenha gado ou
grãos estocados serão primeiramente requeridos, e depois atacados. Dentro de alguns
meses, tudo o que eles (os fazendeiros) têm irá desaparecer, de um modo ou de outro. Os
fazendeiros que estiverem mais afastados da “civilização” serão os últimos, mas ninguém
estará seguro.
Aqueles que se recusarem a obedecer a voz de Deus e não saírem de Babilônia irão
sofrer o julgamento divino juntamente com os ímpios. A teimosia deles em ouvir a voz de
Deus finalmente trará os seus frutos. Eles verão as pessoas que eles amam morrerem por
causa da radiação. Eles verão suas famílias morrerem de fome diante de seus olhos. Talvez
os seus bens sejam roubados e suas mulheres e filhas sejam estupradas e mortas.
Exatamente como a Palavra de Deus diz, haverá o maior lamento, muita morte e muita
fome. “Poderoso é o Senhor que julga Babilônia” (Apo.18.8)
MUITOS RUMORES
CAPÍTULO 10
OBEDECENDO A DEUS
A melhor resposta a respeito do que fazer, em relação a tudo quanto temos dito aqui
neste livro, é obedecer a Deus. Devemos ouvir a Sua voz e escapar de Babilônia antes que
seja muito tarde. Devemos nos preparar logisticamente para o futuro, a fim de que, quando
o tempo chegar, nós e os nossos entes queridos possamos evitar tanto sofrimento.
Este cenário me faz lembrar de meu amigo Fred Malir. Ele nasceu em Bratislava,
Slovakia, há cerca de oitenta anos atrás. Seu pai lutou na Primeira Guerra Mundial e
sobreviveu. Embora ele não fosse um crente no Senhor Jesus Cristo, o seu pai tinha bastante
sabedoria. Observando o cenário na Europa, ele viu que havia mais problemas chegando.
Assim, pegou a sua família e se mudou para o Uruguai, na América do Sul. Ele fugiu, e
porque ele assim o fez, sua família evitou muito sofrimento. Eles esqueceram a Segunda
Guerra Mundial com toda sua destruição e horrores. Eles evitaram quarenta anos de
ocupação comunista e opressão. Puxa vida, quão importante foi aquela mudança! (a ida
deles para o Uruguai)
Atualmente, Fred está vivo e ministrando o evangelho de Jesus Cristo, em parte
porque o seu pai teve alguma sabedoria, e tomou a atitude correta em relação ao que ele
entendia.
Não está sendo sugerido aqui que o julgamento de Babilônia irá ocorrer hoje – no
ano de 2004. Como tem sido afirmado, parece que a iniqüidade de Babilônia ainda “não
está completa” (Gên.15.16) e ainda, nós também não estamos presenciando a matança de
cristãos. (Isto também você poderá evitar, se escapar antes que ela comece) Também,
sabemos que Babilônia será destruída pelo Anticristo e suas dez nações.(Apo.17.16,17)
Essas peças do quebra-cabeça ainda não se encaixaram, enquanto este livro está sendo
escrito. Ainda não vemos o Anticristo revelado, ou suas dez nações reunidas sob o seu
controle. Assim, podemos compreender que ainda falta um pouco de tempo, mas não
sabemos quanto é esse “pouco tempo”.
Não podemos adivinhar quando as coisas vão ficar realmente “feias”, ou quando o
julgamento de Deus virá. Para que a sociedade babilônica atinja o grau de decadência que
vemos na Bíblia, isto poderia levar de dez a quinze anos, ou mais. Tudo o que realmente
sabemos é que a situação moral está se deteriorando visivelmente, e que a caminhada em
direção ao pecado está acelerando.
Então, quando devemos sair de Babilônia? Qual seria a hora certa para entrar em
ação? Sem dúvida alguma, a hora para começar a se preparar é agora, hoje! Não espere
mais tempo. É provável que para dar os passos sugeridos neste livro irá levar vários anos.
Quase todo mundo tem um emprego. O tempo e o dinheiro das pessoas são limitados. O
processo, para se achar e se estabelecer em um local para onde devemos ir, demandará
tempo e dinheiro. Aprender uma nova língua não é da noite para o dia. Portanto, todos os
cristãos residentes em Babilônia devem se preparar neste exato momento.
Quanto mais preparado você estiver, mais fácil será a sua transição de Babilônia.
Quem sabe se você até mesmo não descobrisse que Deus poderia usar os seus dons e
ministérios em outros lugares, de maneira até mais eficiente do que em Babilônia. Suspeito
de que um dos primeiros sinais de uma série de problemas para os cristãos em Babilônia
será a perseguição.
O início disso poderia vir de várias direções, mas duas específicas possibilidades
surgem à mente. Primeira, os cristãos podem em breve começar a enfrentar problemas com
a lei, devido a posição deles contra vários tipos de pecado, incluindo a homossexualidade.
Eles poderiam ser acusados de “crime de ódio” ( contra os homossexuais). Poderão perder
seus empregos. E poderiam ser presos.
Segundo, as crianças dos cristãos praticantes poderão em breve ser submetidas a
testes psicológicos nas escolas e em outros lugares.Toda criança que acreditar na existência
do pecado, ou não aprovar as práticas sexuais não tradicionais, poderão ser diagnosticadas
como “mentalmente doentes”. Em seguida, elas poderiam ser forçadas a tomar
medicamentos, ou serem tiradas de suas casas. Essas coisas são possibilidades muito reais
para o mundo atual. Fique atento.
Finalmente, os cristãos podem enfrentar ataques psicológicos e até mesmo, no
decorrer do tempo, serem condenados à morte, por causa de sua posição contra o pecado.
Isto poderia seguir àquilo que tem sido descrito como um grande dilúvio de imoralidade e
rápida degradação moral da sociedade. Assim, quando você começar a ver nudez pública,
não apenas na praia, mas no dia-dia, então você já deverá estar preparado.
Quando a nudez não mais for ilegal, quando o atos de sexo público forem protegidos
por lei, sob o pretexto de uma “liberdade de expressão” sem sentido, então, os seus
preparativos já deverão estar prontos. Quando você vir desfiles de pervertidos na televisão,
quando vir atos homossexuais na tela, quando o pecado de todo tipo for glorificado, ao
invés de condenado, então é hora de entrar em ação. O julgamento não deve estar longe.
Há uma possibilidade de que, à medida em que o dia do julgamento se aproxima,
fique cada vez mais difícil para os cristãos saírem de Babilônia. Pode também se tornar
muito difícil de você transferir o seu dinheiro para um outro país. Até mesmo hoje, cada
vez mais restrições estão sendo colocadas sobre quem pode viajar para o exterior, e sobre o
movimento de dinheiro. É impossível prever quais serão as restrições, ou quando elas
acontecerão, mas a tendência é muito clara. Portanto, quanto mais cedo você fizer os seus
preparativos, mais fácil as coisas serão para você.
De Gloria Em Gloria:
a transformação da alma
Este livro traz uma abordagem séria e uma nova perspectiva para muitos conceitos
ensinados na Igreja evangélica de nossos dias. Você encontrará tópicos que além de
profunda reflexão, abrirão espaço para uma compreensão muito mais ampla do que
provavelmente você ouviu até agora. Se você tem fome de conhecimento de Deus e um
coração aberto e sincero para receber Sua verdade, temos total confiança que Ele usará este
livro para revelar-se de maneira mais completa e poderosa a você.
Este livro não é simplesmente mais uma investigação sobre as profecias referentes aos
últimos dias. Ao invés disto, é uma discussão a respeito de um aspecto do evangelho de
Jesus Cristo muito negligenciado: o Evangelho do Reino. Na igreja atual, inúmeros crentes
estão completamente ignorantes sobre a importância do Reino Milenar que virá, e sobre o
impacto que este Reino deve ter em suas vidas atuais. Estes escritos pretendem preencher
esta lacuna. Este livro foi escrito na expectativa de que todos que amam Jesus e estão em
busca de conhecê-Lo mais profundamente, possam achar, aqui, muitos benefícios.
Anticristo
Babilônia
Neste livro, você irá encontrar uma discussão coerente e atual sobre muitas visões do livro
de Daniel. Tal análise poderá ajudar muitos leitores a entenderem os eventos que irão
preceder a vinda do Anticristo, no contexto de nossa presente situação mundial.
Como experimentar a Igreja viva e liberta. A volta de Jesus está próxima! Mas Sua noiva, a
Igreja, não está preparada para recebê-Lo. Lamentavelmente, ela está cheia de máculas e
rugas e carece de pureza e santidade. De fato, sua condição parece cada vez mais
degradante. Então, o que Jesus quer fazer nesta hora? Como podemos auxiliá-Lo na
mudança dessa situação? Neste livro, você encontrará uma resposta bíblica e prática para
essas e outras indagações. Aqui achará uma nova visão sobre os propósitos do Deus vivo
para esta última hora.
Sem dúvida, a submissão à autoridade é essencial para todo crente. Mas, com tantas
vozes alegando ter autoridade, como podemos saber qual autoridade é verdadeiro? Esse
livro aborda o tema da autoridade espiritual sob uma nova perspectiva. Seu foco está em
como podemos reconhecer a manifestação da liderança do Espírito Santo no Corpo de
Cristo. É um assunto crucial para cada seguidor de Jesus.
Sementes
Essa publicação reúne 7 estudos liberados por David W. Dyer. Assuntos diferentes
abordados com grande profundidade. (O Caminho de Caim, Guardar o Sábado ou Não,
Três Princípios Essenciais, O Sacerdócio, As Duas Testemunhas, Não Obstante, Sobre a
Base na Localidade)
LIVRETOS:
O Caminho de Caim
Nesse livreto o autor nos mostra que o nosso “melhor” não é suficiente para agradar a
Deus. Que muitos terão suas obras rejeitadas. E como o “Temor ao Senhor” pode nos guiar
a produzir ofertas realmente aceitáveis.
Nessa publicação o autor analisa a guarda do sábado de uma forma sincera e por uma
perspectiva pouco conhecida entre os cristãos atuais.
Em “Três Princípios Essenciais” vai descobrir que fazer parte da Igreja e experimentar o
Corpo de Cristo pode ser duas experiências diferentes. Muitos membros do corpo ainda
não tiveram uma experiência sobrenatural com o Corpo de Cristo e neste estudo vai
conhecer os passos imprescindíveis para tal.
O Sacerdócio
As Duas Testemunhas
Em “Duas Testemunhas” um tema curioso é abordado. Em Apc. 11: 1-15 podemos ver as
”Duas Testemunhas”. Muitas suposições já surgiram, mas o autor chama a atenção ao texto
original (grego), que afirma ter as “Duas Testemunhas” um só corpo (como será isso
possível?).
Não Obstante
Em não Obstante o autor chama a atenção sobre o local correto de adoração a Deus que já
foi tema de grandes contendas no Velho Testamento e de dúvidas para os contemporâneos
de Jesus. Muitos dizem que o Senhor pode ser adorado de qualquer lugar, já que não há
mais o templo em Jerusalém. Entretanto existe um local escolhido por Deus, de onde Ele
quer receber sua adoração. Descubra esse lugar e desfrute.
Sobre o Autor:
David W. Dyer
CONTATOS:
David W. Dyer
(27) 3299-3476 1-715-830-0126
Email: davidwdyer@yahoo.com
www.graodetrigo.com
(Clicar “Em Português”)
Geraldo Alexandre
(27) 3391-1273 (27) 3289-2877