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Vejo-me lanado no cho Como semente que rebelou-se da algibeira, Entregue s desventuras do tempo.

Solitrio, apego-me ao ltimo pedao do cho que foi meu piso, Agora, dos homens sou estrado, e dos vermes, sustento. ltima imagem do que era, Prima assombrosa viso do que sou; Antes ,grande terror de minha imaginao, Que tragava como cigarro minha aurora flamejante; Oh, Morte ! Caminhamos mais juntos do que antes, Enquanto lana-me em rosto minha prpria peregrinao. Remaking de mim mesmo no alm-mundo, Crtica de uma trama em extremo embaralhada. Longe de mim, questionar o Roteiro emprestado, Mas a execuo foi um grande vexame: - Coisas mal postas, lugares errados, pssimo cenrio, E como protagonista algum to herico quanto o monstro de Notre-Dame. Ao menos um detalhe que testemunho fiel: - As perspectivas podem ser diferentes, Mas a imagem permanece igual; De quem, na vida, deixou-se sozinho jazer na morte Enquanto o tempo feroz urgia, Agora, morto, que no careo de companhia, E nem mesmo distingo entre noite e dia, Lamento a saudade de um destino que _quem sabe?_ encontraria outra sorte.

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