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NOVO DIA NA CIDADE

Sempre suspirei por esse balão


Pairando sobre sua cidade
Amando de o ver e falando
O povo sem rir de tudo
Nesse jornal tão a prazo
Na verdade um papagaio telefonava
Hoje já na estrada
Povo que eu arrefeço
Minha cabeça tem medo
Pois esse balão migalha.
Seu nariz grande e bicudo
Deveria ser sortudo.
Eu de Deus os valho.
De Deus.
RIO DE LARVA

Comeram todos no futuro


Me disseram e assim eu preparo
Essa receita modelo
Uma fatia grande de maçã
Partida a martelo
Açucarada
E ouço.
O AMOR DE A VERDADE

Mónica é uma boneca linda


Olhos grandes e cabelos pretos
Rosto sincero e bonito
A vejo na rua braços no ar
De novo a alegria de a ver me invade
Era seu namorado chinês
Eu não sou bom para bonecas
Você viu minha namorada disse
Não mas fugiu foi perguntei a medo
Boneca não foge se deteriora
Disse ele rindo e fugiu de mim.
Amar a Mónica outra vez a mim
Disse eu fugindo de mim também.
Deus a proteja e a mim também.
CAUSA DE MEU TEMOR

Estou no topo de um edifício


Vendo do ar
Desço ainda
Me percorre um calafrio
E envio a mensagem
Sou presidiário nesta prisão.
Este é o texto deste mar
Que escrito leio de meu boné marinheiro.
Assim assobio
Mas é escrita.
Algo a dizer
Desta prisão navegando.
O AMOR DE DEUS PAI

Largo antigo
Aonde olho
Nas portas enormes
De pedra fina.
Arquitectura em todo o local
Vou em visitar o mundo
Velocidade em todo o lado
Nos carros
E na escrita passeando.
Olho ao meu encontro
E vou continuar.
Verbo de te amar
Verbo de se esperar.
Verbo de ser.
AS GÉMEAS CLARAS

Sei que te preocupaste


Mas na minha rua existe
Esse sol ainda existe
Não a sombra da cidade.

Corro à caixa do correio


E vejo nele não leio
Mas o amor do alheio
E na surpresa o correio.

Sol que está me perseguindo


Vejo o seu brilho agora
Não o demoro já está
O seu amor é de Deus vivo.

Foi-se embora de mansinho


Ao meu lado meu piano
E de novo seu ar astuto
Como de meninas sabidas

Seu amor claridade


Ilumina esta cidade
Que monstro eu diria
De tanto noiva parede ver.
É assim meu amor
E deveria derreter
Pois nada é de se ver
Com tanto o meu entender.

Sol que é diamante


Amor desse gigante
Sol solzinho também
Vem iluminar o meu bem.

Deus está no horizonte


O vejo e o amanso também
Pois nada de se ver existe
Como o amor também.

Deus sempre é bonito


E de o vermos catito
Conheço mundo e prejuízo
E do Sol o fomos ver.
ÁRVORES DE UMA INFÂNCIA FELIZ

Avenida de novo
Bolas bolas bolas
Quem teria assim as teria cortado.
Redondas
O vento e as pessoas
Algum engenheiro de poda.
Árvores e de novo a avenida
Grossos troncos um dia mais tarde
E acho o meu desenho acabado.
Escritores os mais acabado.
Árvores e os mais destacados.
Árvores no meu espectáculo.
A VIDA DA MACONHA

Agosto está quente


A cultura da banana secou
A vida murchou também
Que raio de vida é esta marmelada
Nenhuma apenas a espuma já sai do corpo
É verdade sai mesmo.
É assim o tesão de soprar
Nesse gelado que sobra.
A TRISTEZA DO SENHOR

Vejo as pirâmides e deliro


Olho na Lua e me rio
Nas estátuas da ilha de Páscoa
E me afirmo
Derreto o meu ver
E ele queria ver
Fazer deste planeta o ser
Aquele plástico enrolado
Deixando o mundo à toa
E uma cabeça moldando
Maior que o Mundo então
Para tudo o ver do espaço.
Olho na vida e sorriu
O meu amor de pavio
O meu coração por um fio
O meu derreter de irmandade
Na tua vida igualdade.
Amor de Deus é eterno.
O HOMEM NO SOFRIMENTO

Sofrer
Amar
Morrer
Eis o poeta
Será fácil de compreender.
Amar.
O sofrer.
Sofrer e o estudo.
O sofrimento.
Amo.
O AMOR DE UM CEGO

Sobre foto que direi


Que tenho minha máquina de volta
De arranjo feito
E meu coração palpita
E do mundo o meu abraço.
Assim já espreito eu.
Aves que voam no céu
Aves que esperam por mim.
O AMOR DE UM DIVINO DEUS

Funil que divina lição de amor


Dizia-me um professor
Um refinado doutor
Mas de literatura o acrescentei.
Novidade no mundo
Ainda pagamos imposto
E muito errado tudo.
Desde a comida que não presta
Ao ver mesmo a tudo acrescentar
Assim era o professor
Divino mas mestre de aula.
Enfim poria a sua poesia
No mundo com tanta estima
Que sem o ver era o saber.
Mas os tempos estão mudados
Que outrora os criados
São agora os doutores
Mas dúvidas senhores
Serão sempre responzabilizados
E muito muito estudados
Pois não deveriam ser os doutores
Mas os grandes prosadores
Os amores desta poesia
E sem falta a ver de tudo.
Sim estamos de lata
Mas não cansamos desta data
Assim termino o meu verso
E se não o souber sou Berto.
Deus está magro
Assim o enviamos por correio
E assim termino doutor.
O AMOR DE UM REI E PRÍNCIPE

Havia um prego no Pólo Sul


O tirei a ver de rei
E quem avançou a tapar
Uma estrela no seu andar.
E bonita exclamou
Te aviso meu rei e senhor
Que aqui eu estou a ver
E bonita hora acabou.
A hora do mundo findou
Pois dela se enamorou
E com ela se casou.
Não mais houve sossego
Pois estávamos felizes então.
O AMOR DE UMA ÁRVORE

Tenho na mente uma árvore


E com um abraço muitas
Depois que as vi nascer
Fortalecer e enriquecer
Falo delas como por mim.
Vemos comemos sonhamos
E nossas árvores protejamos.
DEUS EM TUDO

Deus estou te ouvindo


Deus de tudo
Deus em tudo.
O CASO DE ESQUIAR

Pássaro negro do apito


De novo surge na tela
Enviando recados
Rabo grande
Nem assim é benvindo
Pois sua cegueira
E gelo de esquiar até
A todos mata de ver.
Tem cego no mundo de farta
Só nos faltava a ingrata
Num estádio de futebol.
Falta de espírito
Amor de confusão
É assim o seu apito
O amor no seu futebol.
VENTO EM POPA ALÉM DO MAR

Raias esses peixes achatados


Mais parecidos com aviões
Navegando por todos os mares
Serão inspiradores mais
De algum porta-aviões.
Que se afunde no seu rasto
E que faça cambriolas
Neste mundo já janota.
Espero que a paz nos sossegue
Pois dela precisamos mais
E não de novos aventais.
Raias esses peixes mortais
Que caminham no seu segredo
E que no fundo metem medo.
Raias os pobres dos mortais
Rezem pois por o afundar
Esse submarino anormal
E a todos por seu lugar.
Rezemos todos por aí
Mas não se faça no seu focinho
O mundo que se esqueceu.
DEUS NA TERRA DO NINGUÉM

Os touros chegaram
Num camião
Dentro de caixotes.
Vinham do espaço
Lá os criaram.
Vaguearam nas ruas desertas
Os deitaram ainda noite
De manhã os turistas
E o povo dessas terra
Andam aos coices
Fugindo
Mais os touros.
Foi o povo que os matou
Tarde fora
Não o devia ter feito
Pois são animais.
O VERBO DE SE TER

Escrevo eu um dia
Ia a começar a escrever isto
Mas nada disso ouvi eu
Rasguei
Uma cruz vi.
Começo afinal melhor
Me recordava.
Certo
Estava certo
Afinal acerto.
Depois do deserto
Que fazia eu.
Escrevo.
Continuei.
Amor.
A VER NO GOLO

Um golo certo
A bola entrou nesse buraco
Redondo como o golfe
No meio do terreno.
E a assistência
Começou a vibrar
E a querer ver o placard
Que logo nos mostra a bola descendo
E seu novo burraco procurando.
Aí o barulho aumentando
E logo esfriando
Desta vez pouca sorte
Não era o número sortudo
O placard acusa empate
Nada mau
Descemos desse jogo.
O écran logo mostra a saída
De toda aquela folia
Com o mundo vendo de novo a bola.
E de novo a folia
Descendo
Descendo
A bola.
Era o jogo terminado
E golo ainda se ouvia
O campeonato estava ganho.
Folia mais se ouvia
Que golos assim marcados.
A assistência delirava
E o apito corria
Nada mais a fazer.
O MEU AMOR MARINHEIRO

Uma carta selada


Que conteria
Adivinho eu por seu ver
Era na realidade
O mapa de um tesouro
Mesmo assim sem abrir.
Óh me Deus
Que será se abrir.
Mas se Deus o abrir
Será verdade.
DE TUDO

Deus em tudo.
Deus.
Deus de tudo.
DE DEUS E O PERIGO DO DIA

Pintor
Pintava tunéis
Um objecto quadrado
O caminho as paredes e o tecto
Eram essa suas armas.
Na tela
Mentia que lá viajava
Muito famoso se tornou
Perigo esse de se viajar.
Deus está em tudo
Vê-o mais amigo.
Pintor.
Deus mais amigo.
Pintor. Sim é o perigo.
Deus e em fácil perigo.
Deus.
Deus está certo
O mundo está defeituoso.
Deus é um defeito
Estamos correctos ao certo.
SALTOS DE UMA TORRE

O touro saiu bravo


E correu de encontro às mocetonas
Estas faziam peito
Quase colado uma com outra
E de repente ao atingi-las
Estas saltam para o lado
E de varas em punho
Fatos espaciais
Saltam por cima deste sempre
E cabriolam.
Começara o sonho
E o vento amenizara as vestes de todos
Começara o fim de sonho
Corríamos neste mundo
E o touro bravo esticava-se também.

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