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FLORIANÓPOLIS
2009
LUANA MACHADO DE LIMA
INFLUÊNCIA DO PRÉ-AQUECIMENTO DO SISTEMA ADESIVO E DO
CIMENTO RESINOSO NA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE
PINOS DE FIBRA DE VIDRO À DENTINA RADICULAR: ESTUDO IN
VITRO.
FLORIANÓPOLIS
2009
LUANA MACHADO DE LIMA
___________________________________________________
Prof. Dr. Ricardo de Souza Magini
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade
Federal de Santa Catarina
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Narciso Baratieri
Orientador – UFSC
___________________________________________________
Prof. Dr. Mauro Amaral Caldeira de Andrada
Co-orientador – UFSC
___________________________________________________
Prof. Dr. Celso Yamashita
Florianópolis
2009
Aos meus avós João “in memorian” e Iracema; José “in memorian” e Clóris,
Vocês são a base de tudo. O suporte necessário para que pudéssemos ter
uma família tão maravilhosa. Muito obrigada pelos exemplos de caráter, dignidade,
humanidade e, principalmente, pelos gestos de infinito amor e carinho, que foram
primordiais para a formação do meu caráter. Vocês estarão sempre guardados no
meu coração!
Aos meus tios Luis, Vera, Silvio; aos primos Maicom, Thiago, Thaís; aos
cunhados Willen e Andrew,
Que pelo simples fato de existirem dão mais brilho na minha vida. Vocês
sempre estiveram presentes em todos os momentos. Saibam que essa atitude foi
muito importante para a minha segurança e meu conforto. Vocês são pessoas muito
importantes para mim. Obrigada pelas palavras de apoio e incentivo. É muito bom
saber que sempre posso contar com vocês. Agradeço a Deus pela família
maravilhosa que me proporcionou!
Aos meus tios Clayton, Nancy; primos Patrícia, Rafael, Júnior e Silvana,
Obrigada por estarem sempre ao meu lado. Obrigada por todo carinho e
amor, nas horas de saudades pela atenção que me foi dada e pelo o amor de família
que existe entre nós. Vocês são pessoas iluminadas. Obrigada por tudo.
Á Edenir e Geni,
Muito obrigada pelo apoio nos momentos de cansaço e pelo constante
incentivo. D. Geni, obrigada por me fazer “sentir em casa” nessa fase de grande
mudança na minha vida. Vocês são pessoas abençoadas!
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus
amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles
não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a
seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure sempre...”
Vinicius de Moraes
Aos meus grandes amigos Juan Carlos e Jessie que sempre estiveram ao
meu lado, pelo exemplo de amizade, confiança e companheirismo. Tenho certeza
que em breve estarei na Costa Rica. Nossa amizade não termina aqui. Muito
obrigada por tudo!
“En ciertos momentos difíciles que hay en la vida Buscamos a quien nos
ayude a encontrar la salida Y aquella palabra de fuerza y de fe que me has dado Me
da la certeza que siempre estuviste a mi lado”
Marc Anthony, Canción: ‘Amigo’
Aos amigos Beatriz, Fábio e Jussara, pelo grande auxílio que me prestaram e
feito parte da realização desse sonho. Desejo a vocês muita sorte e sucesso nessa
nova etapa das suas vidas. Muito obrigada de coração.
“A amizade é um amor que nunca morre”
Mário Quintana
Aos funcionários do Departamento de Odontologia Restauradora: D.Léa, D.
Talita, Bruno e Richard, pelos momentos de alegria, auxílio, amparo e coleguismo.
Não mediram esforços para nos auxiliar, atendendo sempre com carinho e prontidão
a todos os pedidos e necessidades no decorrer do curso. A vocês, meus
agradecimentos de coração. Ao funcionário do laboratório Lauro, por sempre estar
disposto a me ajudar, pela atenção que me foi dada durante execução dessa
pesquisa.
À 3M, na pessoa do Sr. Marcelo, por ceder parte dos materiais empregados
nesse trabalho. À Ivoclar Vivadent, na pessoa do Sr. Herbert Mendes, por ceder
parte dos materiais empregados nesse trabalho.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse
trabalho, meu sincero agradecimento.
Acima de tudo agradeço a Deus...
"Segurei muitas coisas em minhas mãos e perdi tudo; mas tudo que coloquei
nas mãos de Deus, eu ainda possuo"
Martin Luther King
RESUMO
ABSTRACT
The aim of this work was to evaluate the influence of the thermoplastification of the
resin cement on the shear bond strength of fiber posts to radicular dentin. Thirty
human canine teeth were selected, the crowns were removed and the endodontic
treatment was performed. After removal of the obturation material, a fiber post was
selected (Postec Plus FRC, Ivoclar Vivadent), the root canal was prepared using
especific drills, and the root canal was subjected to 37% phosphoric acid gel
treatment, and the posts were treated with a silane coupling agent (RelyX™ Ceramic
Primer, 3M ESPE). The teeth were randomly distributed according to the luting
system: Group Ad (Adper Single Bond 2 + RelyX ARC, 3M ESPE), Group Ex (Excite
DSC + Variolink II, Ivoclar Vivadent), and Group Uni (RelyX Unicem, 3M ESPE). The
thermoplastification of the luting agent was performed using a CalSet device
(Addent), and the light-activation of the cements was made using a LED light-curing
unit (Bluephase HPO, Ivoclar Vivadent). No thermoplastification was perfomed on the
Group Uni due to the acceleration of the setting time. After luting, the roots were
sectioned to obtain six 1.0mm thickness slices. After the measurement of the
diameter of the section of the posts, the slices were attached to the push-out device
and subjected to the shear bond strength test with a 0,5 mm/min crosshead speed.
The values of the groups with thermoplastification (Ad=19.31 DP, and Ex=20,74 DP)
were higher than the groups without thermoplastification Ad (12,60 DP), Ex (10,08
DP) e Uni (10,04 DP). Collected data was statistically analyzed by twoway
ANOVA and Tukey HSD test (p<0,05), and Dunnet test.
% Por cento
cm Centímetros
EDTA Ácido etileno diamino tetra acético
FIG Figura
Hrs Horas
Kgf Quilograma força
Min Minutos
Mm Milímetros
mm/min Milímetros por minuto
mm2 Milímetro ao quadrado
Mpa Mega pascal
mW/cm2 miliwat por centímetro ao quadrado
N Newton
NaOCl Cloreto de sódio
Exc Excite DSC
Var Variolink II
SB Adper Single Bond
RelARC RelyX ARC
o
C Graus Celsius
r Raio da porção mais estreita do pino
R Raio da porção mais calibrosa do pino
s Segundos
h Hora
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................20
2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................24
2.1 Falhas recorrentes no tratamento restaurador................................................24
2.2 Tratamento do conduto radicular......................................................................26
2.3 Pinos fibro resinosos..........................................................................................29
2.4 Aplicações de silano na superfície do pino resinoso.....................................33
2.5 Condicionamento ácido do conduto radicular................................................35
2.6 A hibridização do conduto radicular.................................................................35
2.7 Morfologia da dentina...................................................................................... 34
2.8 Cimentos resinosos............................................................................................41
2.9 Configuração cavitária “fator C”.......................................................................44
2.10 Ativação térmica do adesivo e cimento resinoso..........................................47
2.11 Teste de cisalhamento por extrusão...............................................................52
3 PROPOSIÇÃO.........................................................................................................54
4 MATERIAL E MÉTODO...........................................................................................55
4.1 Material.................................................................................................................55
4.2 Métodos................................................................................................................60
4.2.1 Seleção dos dentes..........................................................................................60
4.2.2 Tratamento endodôntico.................................................................................62
4.2.3 Preparo dos canais radiculares......................................................................65
4.2.4 Preparo da superfície do pino de fibra de vidro...........................................66
4.2.5 Inclusão das raízes..........................................................................................68
4.2.6 Divisão dos grupos experimentais.................................................................69
4.2.7 Cimentação dos retentores intra radiculares................................................71
4.2.7.1 Grupo 1. Single Bond 2 + RelyX ARC. Subdivisão 1A. Sem pré-
aquecimento térmico, (com uma temperatura ambiente de 20°C).......................71
4.2.7.2 Grupo 1. Single Bond 2 + RelyX ARC. Subdivisão 1B. (Com pré-
aquecimento térmico)...............................................................................................72
4.2.7.3 Grupo 2 Excite® DSC + Variolink II. Subdivisão 2A. (Sem pré-
aquecimento térmico)...............................................................................................76
4.2.7.4 Grupo 2, Excite® DSC + Variolink II. Subdivisão 2B. (Com pré-
aquecimento térmico 54°C)......................................................................................78
4.2.7.5 Grupo 3, RelyX Unicem (Sem pré-aquecimento).......................................80
4.2.8 Seccionamento das raízes..............................................................................82
4.2.9 Ensaio mecânico de cisalhamento por extrusão “push out”......................85
4.2.10 Relação de fórmulas utilizadas para a conversão dos dados obtidos em
Kgf. em MPa...............................................................................................................87
4.2.10.1 Conversão dos valores obtidos em quilograma-força para Newton.....87
Os valores obtidos na máquina de ensaio universal “instron” foram valores em
quilograma força, sendo necessária a conversão dos Valores para Newtons
para calcular a força de adesão de resistência ao cisalhamento por extrusão. 87
4.2.10.2 Cálculo da área da superfície interna do segmento radicular...............87
4.2.10.3 Cálculo da tensão de retenção para o teste push out............................88
4.3 Análise do tipo de fratura...................................................................................88
4.4 Análise estatística...............................................................................................89
5 RESULTADOS.........................................................................................................91
5.1 Análise Estatística...............................................................................................91
5.2 Conclusões da Estatística..................................................................................95
5.2.1 Comparação com grupo – RelyX Unicem......................................................96
5.2.2 Conclusões.......................................................................................................98
5.2.2.1 Padrões de Fratura........................................................................................99
6 DISCUSSÃO..........................................................................................................101
7 CONCLUSÃO.........................................................................................................115
REFERÊNCIAS.........................................................................................................116
APÊNDICE.....................................................................................................................
.......121
1 INTRODUÇÃO
desafio para o cirurgião dentista (GUTMANN, 1992; ASSIF & GORFIL, 1994;
AKKAYAN et al., 2002, GUTMANN, 1992), uma vez que a estrutura dental muitas
vezes foi perdida por cárie, fratura e pelo próprio tratamento endodôntico
(ROLF et al., 1992; CHAN et al., 1993; MORGANO, 1996; FRENO, 1998;
material adesivo é um fator muito importante, haja vista, que as principais causas de
2005).
VICHI et al., 2001; GALBANO et al., 2005) como morfologia, histologia da dentina,
receber o pino (FERRARI et al., 2006; NGOH et al., 2001; BOUILLAGUET et al.,
(DARONCH et al., 2006). Com base nesse princípio, surgiu uma técnica
Segundo GORACCI et al., (2004), o teste “push out” parece ser capaz de
cimentação dos pinos. Dessa forma, um menor número de falhas durante o preparo
dos corposdeprova será observado, quando comparados ao teste de microtração.
O teste de “push out” é indicado, pois a extrusão ocorre paralelamente à interface da
dentina e do adesivo (PERDIGÃO, et al, 2006).
Como poucos trabalhos na literatura têm investigado o préaquecimento dos
materiais adesivos utilizados na cimentação de pinos de fibra de vidro, o objetivo
deste estudo in vitro foi avaliar se o préaquecimento do sistema adesivo aumenta á
resistência de união do pino de fibra de vidro à dentina radicular.
2 REVISÃO DE LITERATURA
ROSENTRITTet al., 2004). Alguns fatores podem estar relacionados como fratura
mudanças estruturais que podem ocorrer no dente com endodontia para instituir um
dentais (MENNOCCI et al., 2001; LEWGOY et al., 2003; LANZA et al., 2005).
indesejáveis e ocasionar uma fratura radicular pela não distribuição uniforme delas
(LEWGOY et al., 2003; LANZA et al., 2005). Aspectos clínicos que podem estar
material (MENNOCCI et al., 2001; LEWGOY et al., 2003; LANZA et al., 2005).
reforço (vidro, carbono) (LEWGOY et al., 2003; LANZA et al., 2005). Mecanicamente
Eles unificam e distribuem as forças exercidas ao longo eixo, ainda que exerçam um
restauração (MENNOCCI ET al., 2001; LEWGOY et al., 2003; LANZA et al., 2005).
2005).
que penetra na interface, principalmente em pinos com fibras de sílica e vidro, que
terminologias mecânicas tem sido utilizadas para descrever as condições físicas dos
diferentes terços da raiz com a adesão, visto que são fatores que estão diretamente
ligados (GORACCI et al., 2004; CAMPOS et al., 2005). Durante a movimentação dos
diferente nos terços, cervical, médio e apical (GORACCI et al., 2004; TAY et al.,
et al., 2005).
soluções utilizadas para irrigação do conduto radicular. A solução irrigadora pode ter
(DRUMMMOND et al., 2001; VICHI et al., 2001; GALBANO et al., 2005). A utilização
de EDTA durante o tratamento endodôntico é importante, por ter uma ação quelante
que retira íons de Ca+2, proporcionando uma maior limpeza do canal radicular e
percha é a alternativa mais utilizada (VICHI et al., 2001; HEYDECKE et al., 2002;
GRANDINI et al., 2004; GALBANO et al., 2005). A remoção da gutta percha deve ser
realizada com cuidado, uma vez que a presença de resíduos no canal radicular pode
interferir na adesão final do material restaurador com a estrutura dental (VICHI et al.,
2001; HEYDECKE et al., 2002; GRANDINI et al., 2004; GALBANO et al., 2005).
2.5 Pinos fibro resinosos
pinos (MENNOCCI et al., 2001; AKKAYAN et al., 2002; PEST et al., 2002;
físicas como força coesiva da matriz polimérica, bem como o tipo de fibra a
NAUMANN et al., 2005; PFEIFFERet al., 2006). Outras propriedades físicas dos
PEST et al., 2002; NAUMANN et al., 2005). Uma vez que são menos rígidos,
al., 2001; AKKAYAN et al., 2002; PEST et al., 2002; TEZVERGIL et al., 2004;
al., 2001). Pinos de fibra de carbono (Composite post, St. EGREVE, França), foram
vidro (DRUMMOND et al., 2001; FERRARI et al., 2004; GALBANO et al., 2005;
do ponto de vista mecânico (FERRARI et al., 2006; LASSILA et al., 2004; GALBANO
et al., 2005). Vários tipos de pinos fibrosos estão disponíveis no mercado e as suas
uma vez que dissipam forças exercidas sobre o dente e reduzem o estresse sobre o
conduto radicular (AKKAYAN et al., 2002; TEZVERGIL et al., 2004; GALBANO et al.,
Uma característica que justifica a utilização dos pinos é que eles não geram
críticas para que não ocorra fratura (PEST et al., 2002; TEZVERGIL et al., 2004;
al., 2004; LASSILA et al., 2004; TEZVERGIL et al., 2004; GALBANO et al., 2005;
utilizada para que este material atenue e distribua todas as forças recebidas ao
longo eixo do dente (DRUMMOND et al., 2001; PEST et al., 2002; TEZVERGIL et
al., 2004). Outro fator relevante que justifica a utilização de materiais resinosos é o
direcionamento das fibras ou até mesmo a união dessas fibras com esses materiais,
trazendo pontos positivos para a adesão (PEST et al., 2002; TEZVERGIL et al.,
2004).
de elasticidade (AKKAYAN et al., 2002; FERRARI et al., 2004; LASSILA et al., 2004;
TEZVERGIL et al., 2004; GALBANO et al., 2005; NAUMANN et al., 2005). Quando
pino, resina e dentina pode levar a fratura (AKKAYAN et al., 2002; FERRARI et al.,
2004; LASSILA et al., 2004; TEZVERGIL et al., 2004; GALBANO et al., 2005;
fornecendo uma maior preservação das estruturas dentais (OBLAK et al., 2004;
resinosos reduziu o estresse nessa área (OBLAK et al., 2004; CAMPOS et al.,
2005).
um tempo clínico reduzido (AKKAYAN et al., 2002; FERRARI et al., 2004; LASSILA
et al., 2004; TEZVERGIL et al., 2004; GALBANO et al., 2005; NAUMANN et al.,
(AKKAYAN et al., 2002; FERRARI et al., 2004; LASSILA et al., 2004; TEZVERGIL et
pinos podem causar a estrutura dentária. Além disso, os autores avaliaram o padrão
de fratura entre eles. Para esta pesquisa foram utilizados 40 caninos, recém
grupo tinha o respectivo pino para ser cimentado. Pinos de titânio, quartzo, pinos de
fibra de vidro e zircônia. Todos os pinos foram cimentadas com o sistema adesivo
Adper Single Bond e cimento resinoso RelyX ARC. Todos receberam coroas
metálicas que foram cimentadas com o cimento ionomero de vidro. Cada espécime
carga. Uma carga compressiva foi aplicada em um ângulo de 130 graus ao longo
grupo que não pode ser realizado o reparo foi para o grupo que utilizou pinos de
fibra de quartzo.
que são restaurados com pinos fibro resinosos (MONTICELLI et al., 2005).
união silano pré-aquecido, pode influenciar na resistência. Para tal pesquisa, foram
utilizados três diferentes pinos fibro resinosos. Cinqüenta e quatro dentes extraídos
Foram utilizados os pinos, Light Post (DT, Bisco), FRC Postec (FR, Ivoclar Vivadent),
e ParaPost Fibra Branco (PP, Coltene / Whaledent). Logo após, foi inserido um
sistema adesivo resinoso, recomendado pelo fabricante. Metade de cada grupo foi
observado nos terços médio e apical, que apresentaram semelhança. A diferença foi
coronal, mostrando-se mais efetivo. Mesmo que essa efetividade não tenha sido
contidos no mesmo.
união química entre os compósitos metacrilatos e da matriz epóxica das fibras dos
pinos (MONTICELLI et al., 2005 e 2006). A fim de minimizar todos esses fatores
do pino assim como na dentina radicular a fim de criar uma área com
resinoso. Os autores puderam concluir que essa associação promoveu uma área
micro mecânica que criou uma melhor adesão entre a estrutura o cimento resinoso e
o pino.
metacrilatos nos adesivos para uso endodôntico (GORACCI et al., 2004; TAY et al.,
com solução ácida para haver uma alteração fisiológica na superfície a fim de
promover aderência (GORACCI et al., 2004; TAY et al., 2005; NEELIMA et al., 2008).
Entretanto, devido a algumas propriedades fisiológicas da dentina humana, tais
esmalte (CAMPOS et al., 2005; NEELIMA et al., 2008). Desde essa época, adesivos
número de passos a serem utilizados (CAMPOS et al., 2005; NEELIMA et al., 2008).
Na obturação final do conduto radicular existe uma técnica muito utilizada que
2004; TAY et al., 2005; NEELIMA et al., 2008). Posteriormente, na restauração com
pino intra radicular esse material, quando em excesso, poderá interferir na adesão
radicular é preciso ter muito cuidado ao eleger um cimento resinoso uma vez que os
escoaria mais facilmente por todo o conduto preenchendo-o por inteiro (CAMPOS et
diferentes sistemas adesivos podem ser utilizados com diversos cimentos resinosos
outro, existem marcas comerciais que apresentam uma reação química, outras por
de primer e adesivo que estão contidos em um único frasco, para facilitar a inserção
sexta geração que também é conhecida como a técnica do não enxágüe. Pode ser
composto de duas etapas: condicionamento ácido seguido da aplicação do agente
al., 2008).
cimentação adesiva (NEELIMA et al., 2008; SILVA et al., 2008; VIVIAN et al., 2008).
depende do tipo de cimento selecionado (MELO et al., 2004; SILVA et al., 2008). A
incompatibilidade ocorre devido ao fato de que sistemas adesivos de cura dual têm
reação de polimerização (NEELIMA et al., 2008; SILVA et al., 2008; VIVIAN et al.,
2008).
(RelyX Unicem e Exite DSC com Variolink II) com a estrutura dentária, através do
concluíram que os materiais adesivos possuem uma grande força de adesão com as
pinos fibro resinosos (BONFANTE et al., 2007; VALANDRO et al., 2007; VIVIAN et
al., 2008). No entanto, esses cimentos são altamente sensíveis a técnica, alta
cimentos resinosos na cimentação de pinos fibro resinosos. Ainda não se sabe qual
de fibra de vidro (FRC Postec Plus) e o pino de fibra de carbono (C-Post), ambos
cimentados nos canais radiculares de molares. Os dois grupos foram cimentados
com o adesivo Excite DSC e o cimento resinoso Variolink II. As amostras foram
apical, médio e cervical. Vinte dentes uni radiculares foram utilizados na pesquisa e
com pino resinoso (ligth post). Os dois grupos receberam respectivamente o sistema
adesivo Single Bond [SB] (fotopolimerizável) e Scotchbond Multi Plus [SBMP] (auto-
utilizou o cimento resinoso RelyX ARC com o adesivo fotopolimerizável Adper Single
são fatores que podem estar diretamente ligados aos efeitos da contração de
AKSORNMUANG et al, 2004; LE BELL et al., 2005; TAY et al., 2005). Nas cavidades
do tipo Classe I existem mais paredes aderidas e uma única superfície lisa.
pela contração de polimerização serão bem maiores, uma vez que existe apenas
uma superfície livre com uma área muito pequena. De acordo com o Fator “C”, a
desvavorável.
Dessa forma quando se utiliza materiais resinosos o ideal é que essa camada
A completa contração da resina composta pode ser explicada por três fases
diminuindo a retenção e a adesão dos materiais. Essas variáveis são muito maiores
54°C, uma vez que diminui a viscosidade, criando um maior espaço para
dentes bovinos, divididos em três grupos (n=21) de acordo com o sistema adesivo
FRIO=5°C, QNT=40°C). Para o grupo que utilizou o Adper Single Bond e foi
que sob temperatura normal não houve diferença estatística entre os adesivos.
Porém, no frio a resistência adesiva no microtração dos adesivos PBNT e PLP foi
microtração dos adesivos SEB e PLP. O adesivo SEB foi o único que com o
pode ser diminuída e um melhor escoamento pode ser obtido através do pré-
et al., 2004; ALEXANDRE et al., 2005; BLALOCK et al., 2006; DARONCH et al.,
imediatamente após foi realizada a restauração. Em outro grupo foi feito o pré-
decorrentes falhas. Com base nesta pesquisa, os grupos que foram submetidos ao
pré-aquecimento inseriram o material imediatamente após o aquecimento a fim de
2004).
resistência de união quando comparado aos testes convencionais, pois ele força o
valores encontrados para a resistência adesiva são maiores do que em outros testes
radicular. E sua grande vantagem seria a melhor simulação das condições clínicas
fibro resinosos, com o teste de cisalhamento por extrusão push out e com o teste de
cimentados com o Relyx UNICEM. Afirmam que os valores de adesão foram baixos
extrusão obtiveram menos falhas. Este teste parece ser mais confiável do que o
teste de microtração.
3 PROPOSIÇÃO
de união adesiva de pinos de fibra de vidro à dentina radicular, terços cervical, médio
e apical.
vidro à dentina
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 Material
Foram selecionados para esta pesquisa 30 pinos de fibra de vidro do sistema
FRC Postec Plus (FIG. 1). A composição e as características dos pinos estão
descritos no QUADRO 1.
Composição Diâmetr
Marca Fabricante (informação do o Lote
fabricante) (mm)
61,5% de fibra de vidro,
Ivoclar/vivadent, AG,
FRC PostecPlus Schann Liechtenstein, 25,9% de Resina Bis- 1,5 J124
٭ GMA e 12,3% de Agente 7
ÁUSTRIA
de Carga
resinosos. Single Bond 2 + RelyX ARC (FIG.2); Excite® DSC + Variolink II (FIG.3);
A B
QUADRO 3 – Sistema adesivo e cimento resinoso (Excite® DSC (A) + Variolink II).
A B
• Resina composta Filtek Supreme Z350, cor A2, 3M, St.Paul, MN,USA.
4.2 Métodos
desidratação. O soro fisiológico foi utilizado para não interferir nos resultados de
adesão (FIG.6). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
302/2007.
Odontológico Ltda., São Carlos, SP) com um aumento de 4x, a fim de excluir os
0,01% para a desinfecção e, em seguida por três meses em água com trocas diárias
e sob refrigeração.
número 1 foi feito o acesso, após canal foi explorado com uma lima tipo # 10K, foi
Foram utilizadas brocas Gattes Glidden n°2, 3 e 4 para alargar o conduto e modelar
trabalho determinado.
FIGURA 9 - Seqüência de limas endodônticas
condutos foram irrigados com solução de EDTA a 16% por um período de 5 minutos.
Para secar o conduto foram utilizados 4 cones de papel absorvente. A obturação foi
colocar o cimento provisório cotosol (Vigodent, RJ, Brasil). Logo após a esta etapa,
os dentes foram conservados em água destilada a 37°C e mantidos na estufa
conduto radicular para a cimentação do pino. Para modelar o conduto e permitir uma
peeso 1 foi calibrada com 12mm, de forma a deixar 4 mm de gutta percha como
Logo após, o conduto foi irrigado com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%
para remover resíduos de gutta percha e seco com cones de papel absorvente para
fibra de vidro com ácido fosfórico a 37% por 60s e posteriormente lavado em
pino com leves jatos de ar por 5 s (FIG. 19). A partir deste momento os pinos não
17 18
FIGURA (17 e 18). Agente de união “Silano” (17), silanização do pino fibro resinoso (18).
marca comercial. Após o preparo dos canais radiculares e a inclusão das raízes,
de vidro FRC Postec Plus + Single Bond 2 + RelyX ARC, dividido em 2 subgrupos de
grupo controle com temperatura ambiente a 25°C. Grupo 2: Pino de fibra de vidro
FRC Postec Plus + Excite® DSC + Variolink II, dividido em 2 subgrupos de mesmo
controle com temperatura ambiente á 25°C. A divisão dos 2 grupos e subgrupos esta
expressa no QUADRO 6.
Classificação
Grupo Subgrupo Adesivo Cimento
do sistema Classificação
s s s resinoso
adesivo
Dual
Adper Total etch
1A (25°C) RelyX +
Single +
Controle ARC Fotopolimerizaçã
Bond 2 Fopolimerização
o
Grupo Total etch Dual
1 + +
Adper
Pré-aquecimento RelyX Pré-aquecimento
1B (54°C) Single
+ ARC +
Bond 2
Fotopolimerizaçã Fotopolimerizaçã
o o
Dual Dual
2A (25°C) Excite® + Variolink +
Controle DSC Fotopolimerizaçã II Fotopolimerizaçã
o o
Grupo Dual Dual
2 + +
Excite® Pré-aquecimento Variolink Pré-aquecimento
2B (54°C)
DSC + II +
Fotopolimerizaçã Fotopolimerizaçã
o o
4.2.7.1 Grupo 1. Adper Single Bond 2 + RelyX ARC. Subdivisão 1A. Sem
pré-aquecimento, com uma temperatura ambiente de 25°C.
radicular com o ácido fosfórico 37% por 15 s, logo após foi lavado abundantemente
com o auxílio da seringa com água destilada por 30 s e foi utilizado 4 cones de papel
22 23
com LED Bluephase, com potência de 600 mW/cm2. A ponta ativa foi direcionada
aparelho onde foi possível ter o controle da intensidade de luz (FIGS.24 a 27).
24 25 26 27
cimento resinoso RelyX ARC (3M, St.Paul, MN,USA) em um bloco de papel e foi
feita a mistura, por 10 s, cuidadosamente. Uma fina camada do cimento foi levado
28 29 30 31
4.2.7.2 Grupo 1. Single Bond 2 + RelyX ARC. Subdivisão 1B. Com pré-
aquecimento a uma temperatura de 54°C.
Foi feito o condicionamento do conduto radicular com ácido fosfórico 37%, por
FIGURAS 32 a 34. Condicionamento ácido do conduto (32), lavagem com água (33),
cones de papel absorvente secando o conduto (34).
foram confeccionados casulos de plástico preto de 3 cm, dessa forma foi possível
adaptar a seringa centrix, pois possuí uma ponta afilada para facilitar a inserção do
35 36
37
38 39 40 41
42
Logo após, as pastas foram manipuladas, uma parte foi inserida diretamente
na superfície do pino outra parte foi levado ao conduto radicular com o auxílio de
uma broca lêntulo posicionada no contra-ângulo sem ser acionada. O pino foi
(FIGS. 43 a 46).
43 44 45 46
47 48 49
polimerização (FIG.50).
51
50
auxílio de um microbrush que foi friccionado por toda a extensão do canal. Leves
colocada e fotopolimerizada por 20 s (FIG.51 a 54). Todo cuidado foi tomado para
51 52 53 54
manipulação do cimento resinoso foi levado diretamente com o auxílio de uma broca
55 56 57 58
37%, por 15 s, logo após foi lavado pelo dobro do tempo do condicionamento e seco
59 60 61
FIGURAS (59 - 61) - Condicionamento ácido (59), lavagem com água (60), cones de
papel absorvente secando o conduto (61).
adesivo é aplicado com o auxílio do próprio aplicador oferecido pelo sistema. Este
sistema adesivo sem ser pressionado foi colocado no aparelho Calset a uma
62
63 64 65 66
FIGURAS (63 a 66). Aplicação do adesivo (63), jatos de ar (64), cones de papel
absorvente (65), fotopolimerização (66).
utilizado à seringa centrix para aquecer e transportar o cimento, depois foi feita à
parte no conduto.
67 68
em resina composta Opallis cor (A3), utilizando a técnica incremental, com inserção
73 74
FIGURAS (73 e 74) - Resina composta (73), inserção da resina composta para a
confecção do núcleo de preenchimento (74)
4.2.9 Armazenagem
75
dente, formando um total de 6 fatias, duas fatias por espécime, 2 para cada terço
espessura, para que essas fatias ficassem com 1,0 mm foram acrescentado 0,3 mm
fatia.
76 77
FIGURAS (76 e 77) - Raiz posicionada na máquina de corte (76), corpos de prova (77).
Nenhuma fatia foi perdida durante o procedimento de secção, formando um
total de 120 fatias. Todas as fatias tiveram a sua espessura aferida com um
78
FIGURA 78 - Espessura do corpo de prova
Cada fatia foi demarcada, conforme o terço que pertencia, com um ponto de
79
máquina de ensaio universal Instron 4411 (Instron Corporation, Norwood, USA) com
80 81
FIGURAS (80 - 81) - Dispositivos para fixar o corpo de prova (80), corpo de prova
posicionado (81)
Para fixação na base metálica foi utilizada uma cola à base de cianocrilato
foram posicionados de modo que o lado coronal estivesse voltado para a base do
haste metálica superior que correspondia com a ponta ativa cilíndrica com 1 mm de
direção vertical Push out com velocidade de 0,5 mm/min., até o deslocamento total
tabulados.
Onde:
π = π constante 3,1416;
h = h a espessura da fatia;
T = F/A
avaliar o tipo de fratura. Para análise foi utilizada fotomicrografia, uma lente de
de 95%.
Resistência adesiva.
As hipóteses nulas (H0) testadas foram as seguintes:
Intervalo de
Desvio Erro Confiança de
Aqueciment
Cimentação Terço N Média Padrã Padrã 95%
o
o o Inferio
Superior
r
cervical 10 12,60 1,47 0,47 11,55 13,65
não médio 10 8,67 1,78 0,56 7,40 9,95
apical 10 5,06 1,17 0,37 4,22 5,90
SB + RelARC
cervical 10 19,31 1,20 0,38 18,45 20,17
sim médio 10 15,57 1,36 0,43 14,59 16,54
apical 10 12,77 1,18 0,37 11,92 13,61
cervical 10 10,09 2,55 0,81 8,26 11,91
não médio 10 7,48 1,45 0,46 6,44 8,52
apical 10 5,42 0,98 0,31 4,72 6,12
Exc + Var
cervical 10 20,75 0,93 0,29 20,08 21,41
sim médio 10 18,40 1,34 0,42 17,44 19,36
apical 10 15,76 1,88 0,60 14,42 17,11
estaticamente significativas e existiram (TABELA 2). O teste Tukey foi utilizado para
cimentação e aquecimento.
Observou-se pela tabela que nos terços estudados, houve diferença entre os
aquecidos, não houve diferença entre os protocolos de cimentação. Além disso, nos
A d e s iv o * A q u e c im e n to * T e r ç o ; L S M e a n s
C u r r e n t e ffe c t: F ( 2 , 1 0 8 ) = ,6 7 7 3 1 , p = ,5 1 0 1 2
E ffe c tiv e h y p o th e s is d e c o m p o s iti o n
V e r tic a l b a r s d e n o te 0 ,9 5 c o n fid e n c e in te r v a ls
24
22
20
18
Resistência (MPa)
16
14
12
10
2
T e rç o : m é d io T e rç o : m é d io
c e rv ic a l a p ic a l c e rv ic a l a p ic a l S/aquec
C /aquec
E x c ite D S C + V a r io lin k S in g le B o n d + R e ly X A R C
Gráfico 1 - Valores de resistência dos diferentes terços, com diferentes técnicas de
cimentação com ou sem pré-aquecimento
forma de percentual.
Padrão de Fratura
Terço Grupo
I II III IV Total
(1A) SB + RelyX
60% 10% 0% 30% 100%
ARC
(1B) SB + RelyX
40% 30% 10% 20% 100%
Cervical ARC
(2A) Exc. + Var. 40% 0% 40% 20% 100%
(2B) Exc. + Var. 70% 10% 10% 10% 100%
Total 58% 10% 14% 18% 100%
(1A) SB + RelyX
80% 0% 10% 10% 100%
ARC
(1B) SB + RelyX
80% 10% 10% 0% 100%
Médio ARC
(2A) Exc. + Var. 40% 30% 10% 20% 100%
(2B) Exc. + Var. 30% 40% 10% 20% 100%
Total 56% 22% 10% 12% 100%
Apical (1A) SB + RelyX 80% 10% 10% 0% 100%
ARC
(1B) SB + RelyX 80% 0% 10% 10% 100%
ARC
(2A) Exc. + Var. 20% 30% 30% 20% 100%
(2B) Exc. + Var. 50% 30% 10% 10% 100%
Total 56% 18% 16% 10% 100%
0%
(1A) (1B) (2A) 3 (2B) 4 RelyX5
SB +1 SB2 +
Exc. + Exc. + Var. Unicem
RelyX ARC RelyX ARC
Var.
Grupo
0%
(1A) (1B) (2A) (2B) 4 RelyX5
SB1 + SB2 +
Exc. +
3
RelyX ARC RelyX ARC Exc. + Var. Unicem
Var.Grupo
0%
(1A) (1B) (2A) (2B) RelyX5
SB 1+ SB2 +
Exc. +
3 4
Exc. + Var. Unicem
RelyX ARC
RelyX ARC Var.Grupo
todos os grupos e terços radiculares foi o padrão Tipo I fratura adesiva entre o pino e
o cimento resinoso.
6 DISCUSSÃO
A utilização de pinos fibro resinosos tem sido relatada na literatura como uma
intra-radicular.
Para a realização desta pesquisa foram utilizados pinos de fibra de vidro, uma
monômeros em polímeros.
Nesta pesquisa foi utilizado o pré-aquecimento para avaliar a força de adesão
resultados, a força adesiva encontrada entre os diferentes grupos sugere que houve
maior aos subgrupos que não foram aquecidos. Nos terços cervicais e médio,
quando não houve pré-aquecimento o grupo que utilizou o Single Bond + RelyX ARC
apresentou valores maiores de adesão. Este fato pode estar relacionado com a
2003; BONFANTE et al., 2007; VALANDRO et al., 2007; VIVIAN et al., 2008).
grupo que utilizou o Exite DSC + Variolink II, fato que pode ser justificado pela
caso de sistema adesivo dual pode ocorrer uma reação química mesmo na ausência
cimentação das peças protéticas. Uma das indicações na utilização desta fonte
foi utilizado um termômetro digital acoplado a este dispositivo. Esta informação foi
2008).
que é uma temperatura perfeitamente suportada pela boca sem causar dano para os
2004; ALEXANDRE et al., 2005; BLALOCK et al., 2006; DARONCH et al., 2006;
pino (VICHI et al., 2002; FERRARI et al., 2004; ALBALADEJO et al., 2007;
2004;MAZZITELLI et al., 2008). Vano et al. (2006), afirmam que é preciso observar
qual o tipo de pino que está sendo utilizado para determinar qual o tempo correto de
de condicionamento ácido.
formada nos diferentes terços. É preciso entender que de coronal para a apical a
densidade dos túbulos dentinários são diferentes, o que implica em uma formação
distinta da camada híbrida nos diferentes terços (VICHI et al., 2002; PERDIGÃO et
al., 2006; VIVIAN et al., 2008). Segundo Vivian et al. (2008), a força de adesão
base de LED. A ponta ativa sempre foi posicionada na embocadura do conduto, para
Nesta pesquisa foi utilizado o teste de push out, os corpos de provas foram
cortados em torno de 1,0 mm de espessura (VICHI et al., 2002; VIVIAN et al., 2008).
Segundo Goracci et al. (2004), para que este teste seja realmente efetivo é
O teste “push out” permite que o teste de resistência de união seja realizado
nos diversos terços de uma mesma amostra. Ao contrário, o teste “pull out” precisa
ser feito na raiz por inteiro (GORACCI et al., 2005; PERDIGÃO et al., 2006). Além
radicular com um microbrush para que o material fosse levado por toda a extensão
do conduto radicular. Ferrari et al. (2001) e Vichi et al. (2002), afirmaram que a
aplicação de adesivo com o dispositivo microbrush é ideal, visto que pode exercer
uma pressão dentro do canal e permitindo levar o material por todo o conduto.
grupos do RelyX ARC + Single Bond e Variolink + Excite DSC, existem algumas
2006).
resinosos, assim como uma lenta polimerização com uma maior conversão de
Tal premissa pôde ser observada neste trabalho, pois o aquecimento diminui
necessários.
utilização de lêntulo na hora da cimentação do pino. Este fato que pode ter facilitado
quartzo com resina Flow. Apesar da baixa propriedade mecânica dessa resina, bons
resultados foram obtidos. O pino teve uma boa adaptação com o material
longevidade ao tratamento.
al., 2002). A adesão entre estes materiais, ainda que em valores diferentes nos
terços cervical, médio e apical, é melhor do que quando materiais não adesivos são
melhorando a adesão.
adesão foram maiores no grupo que fez a cimentação com Variolink II. Diferente dos
Ainda que esse estudo tenha sido elaborado “in vitro”, torna essa pesquisa
viável para ser elaborada “in vivo”, formando um novo protocolo de tratamento para
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