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@ fupai MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Antonio Tadeu Lyrio de Almeida -2011- INDICE CAPITULO 1: CONCEITOS BASICOS CAPITULO 2: TRANSFORMADORES MONOFASICOS. CAPITULO 3: TRANSFORMADORES TRIFASICOS. CAPITULO 4: TIPOS E APLICACOES. CAPITULO 5: COMPONENTES E ACESSORIOS. CAPITULO 6: CONSIDERAGOES SOBRE MANUTENCAO. CAPITULO 7: ANORMALIDADES EM TRANSFORMADORES. CAPITULO 8: MANUTENCAO PREVENTIVA DE TRANSFORMADORES. CAPITULO 9: MEDICAO DE RESISTENCIAS, CAPITULO 10: POLARIDADE E DEFASAMENTO ANGULAR CAPITULO 11: MEDICAO DA RELACAO DE TRANSFORMACAO CAPITULO 12: PERDAS, CORRENTES DE EXCITACAO E TENSAO DE CURTO- CIRCUITO MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 7 15 9 22 3s 4a rd 57 9 78 CAPITULO 13: ASPECTOS GERAIS SOBRE 0 SISTEMA DE ISOLAMENTO CAPITULO 14: RESISTENCIA DE ISOLAMENTO CAPITULO 15: FATOR DE POTENCIA DO ISOLAMENTO. CAPITULO 16: ENSAIOS EM BUCHAS. CAPITULO 17: TIPOS DE FLUIDOS DIELETRICOS E REFRIGERANTI CAPITULO 18: MANUTENCAO DE FLUIDOS DIELETRICOS E REFRIGERANTES __ CAPITULO 19: ENSAIO DE RIGIDEZ DIELETRICA CAPITULO 20: COLETA DE AMOSTRAS DE OLEOS ISOLANTES PARA ANALISE FISICO-QUIMICA CAPITULO 21: ANALISE DOS GASES DISSOLVIDOS (CROMATROGRAFIA) CAPITULO 22: COLETA DE AMOSTRAS DE OLEOS ISOLANTES PARA ANALISE (CROMATROGRAFICA CAPITULO 23: TRATAMENTO DE FLUIDOS DIELETRICOS E REFRIGERANTE: CAPITULO 24: TRANSFORMADORES DE CORRENTE CAPITULO 25: TRANSFORMADORES DE POTENCIAL. ANEXO 01 — PARALELISMO DE TRANSFORMADORES ANEXO 02: BANCO DE TRANSFORMADORES MONOFASICOS 84 92 99 mt 113 7 123 127 133 140 __ us 4152 164 170 174 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 1: CONCEITOS BASICOS RESUMO Este capitulo apresenta os conceitos bi os aspectos fundamentais relativos ao principio de funcionamento e utilizagio das maquinas elétrie: 1.0 -INTRODUGAO Di-se 0 nome de magnetismo & propriedade de que certs corpos possuem de atrair pedagos de ‘materials ferrosos No passado, 0s antigos gregos descobriram {que um certo tipo de rocha, encontrada na cidade de ‘Magnesia, na Asia Menor, a qual tinha o poder de atrair pequenos pedagos de ferro. ‘A rocha era construida por um tipo de minério de ferro chamado magnetita e por isso 0 seu poder de atragiio foi chamado magnetism. No. século 19, por outro lado, grandes cicntistas conseguiram relacionar 0 magnetismo © 2 cletticidade, criando 0 que se denomin celetromagnetismo. Na realidade, 0 cletromagnetismo tomou vidvel a produgio de cletricidade, propiciando as aplicagdesatuais ¢ grande desenvolvimento tecnologico. Hé muitos poucos dispositivos elétrices ou eletrénicos (industrials ou de uso cotidiano das pessoas) na atualidade que ndo o empregam de alguma forma Nesse sentido, observa-se que todas as ‘miquinas elétrias, incluindo, naturalmente, os motores de indugio trifisieos, apresentam seu principio de funcionamento baseado nas leis da indugio © ‘conjugado eletromagnético, 2.0-1MAS Os imais ou magnetos so pegas de metal que possuem a habilidade de atrair outros metais. Cada imi presenta duas regiées bem distitas, as quais as ages de atrag3o slo. mais intensas. A figura 1 ilustra este Tato, apés 0 espalhamento de limatha de ferro nas proximidades de ‘um desses pontos ais pontos si 0s pélos, os quais sto denominados de norte e sul. Ambos, portanto, formam, um dipolo magnético. Figura 1 — Polos atraindo limalha de ferro. Um fato importante em relago aos ims & que 6 impossivel separar os seus polos. Portanto, no caso da divisio ao meio, seriam obtidos dois novos imis menores (com polos norte sul) © assim sucessivamente caso fossem realizadas novas divisdes. Figura 2 - Inseparabilidade dos polos. ‘Capiula T: Conosios Rasicos = T Cada pre mia bi hdedf @ fupai pas mu ad pads run Beal A inseparabilidade dos polos ocorre porque a cestruturamagnétice mais simples que existe na natureza & 0 dipolo magnético elementar. Em outras palavras, os imas, ou os materiais de uma forma geral, possuem uma infinidade de dipolos magnéticos clementares, como agueles-_—_apresentados. ‘esquematicamente a figura 3 a seguir. Figura 3 — Imi com os dipolos elementares, Ainda em relaglio aos pélos, tem-se um fendmeno interessante, ou, em outras palavras, observa-se que dois pélos norte ou dois sul se repelem, fenquanto que o norte e sul se atraem, como ilustra a figura 4 FE S I f@) F 7 nt on (b) (d) Figura 4 ~ Atragio e repulsio dos pélos. 3.0 - CAMPO MAGNETICO Através da figura 1, verifica-se que 0 ima influéneia toda uma regido do espago em tomo de si, @ qual é chamada de campo magnético. pr Plcperahtiel Ly mnrgue eee a prubitool of cman Camps angu Hw MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES esta forma, um pedago de metal colocado nesta rogido seré atraido com maior ou menor intensidade. Em outras palavras, a intensidade de campo (normalmente representada pela letra H) sera ‘maior ou menor conforme a distineia de um determinado ponto e os polos. Se, por outro lado, a intensidade de campo (I) & a mesma em qualquer ponto, © campo magnético & uniforme, (© campo magnétice pode ser representado através de linhas denominadas de forca ou de campo, sempre no sentido do pélo norte para o sul, como ilustrado na b howe ZL A Dens, 006 Carp ce reguce? mange! Figura 5 Representagiio do campo magnético através P=" CO de linha, Dia fens {A quantidade de linhas que saem do norte ese new dirigem ao sul é chamada de fluxo magnético (9). Por outro lado, considerando-se superficie que esteja no caminho do fuxo entre os polos norte e sul, € possivel conhecer # quantidade de linhas que atravessam a sua drea 4. Essa grandeza chamada de densidade de fluxo ou indugao magnética (B), ou seja B= oA wo Figura 6 — Linhas de campo magnético através de uma, superficie, fluxo magnético no sistema internacional de unidades ¢ expresso em weber (IVb). Porém, além dessa unidade, emprega-se 0 maxwell (Mx), segundo a relagio 1 Wh ~ 10? Me. Observe-se que I maxwell é igual a uma linha de campo e, assim: 18 = 10" linhas. CaplalaT: Conceios isicos 2 @ fupai No sistema internacional a induedo magnética (B) € dada em tesla (1), mas também € utilizado o gauss (@), sendo: IT =10'G= 1 Win? A intensidade de campo (H) ¢ dada em ampere por metro (Am), ow, mais comumente, em ‘ampére-espira por metro (A-esp/m). Também pode ser ‘empregada a unidade oersted (Qe), sendo 1.0 ~ 79,577 A-espm 4.0 - CLASSIFICAGAO DOS CORPOS QUANTO A IMANTAGAO 0s compos podem ser clasificados de acordo ‘com 0 grau de orientagio de seus dipolos magnéticos clementares, ou seja, eles podem ser clasificados {quanto a sua imantaglo (magnetizagio), como mostrado a seguir: Corpo Fortemente Imantado ‘A figura 3 mostrada anteriormente, apresenta uma disposigio tipica de um corpo fortemente imantado (ou magnetizado) Como se observa, © corpo _fortemente imantado & aquele que apresenta uma orientagdo da “ioria, ou todos, dipolos magnéticos clementares no ‘mesmo sentido e direyao, Corpo Fracamente Imantado Um corpo fracamente imantado & aquele que apenas alguns dos dipolos magnéticos elementares com ‘uma certa orientagdo, como pode se observa na figura Figura 7 - Corpo Fracamente Imantado Corpo Néo-Lmantado Diferentemente dos dois casos anteriores, pode-se dizer que em um corpo ndo-imantado (ou idesmagnetizado) a disposig20 dos dipolos magnétioos ‘elementares ¢ aleatéria, ou Seja, ndo ha uma orentagdo ddfinida. A figura 8, a seguir, ilustra esta condigdo, MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Figura 8 — Corpo desmagnetizado (niio-imantado). 5.0 - PERMEABILIDADE MAGNETICA A permeabilidade magnética ¢ definida como sendo a facilidade com que um material pode ser magnetizado (imantado),e &representado pela letra H TE importante salientar que @ permeabilidade ‘magnética de umn material ndo é constanie, pois quant© mais imantado estiver um material, mais difiell sera saumentar a sua magnetizagto. Muitas vezes, a0 invés de seu valor reel utliza-se a permeabilidade relativa (H,), ou seja ela é omecida em relagio a um valor basico correspondente Ado vacuo ou do ar (Ha), ou seja y= Hy 2) A. permeabilidade relativa, portanto, & um nimero adimensional, exprimindo 0 quanto ¢ mais ficil magnetizar um determinado meio que 0 view. ‘Observe-se que, a permeabilidade magnética (2) de um material, a densidade de fluso (B) © intensidade de campo (H1) so grandezas que se relacionam entre si, ou seja: Bow 8 6.0 -TENSAO INDUZIDA Em 1831, o inglés Michael Faraday construi ‘um experimento semelhante ao mostrado na figura 9, onde se tem um anel de ago, duss bobinas sem eontato fisico, uma chave para ligar ¢ desligar 0 circuito, uma Dateria e uma bissola, Figura 9 ~ Experimento de Faraday ‘Capital T: Comcetos Bisicos~ 3 ’ CObserva-se que, no momento em que a bateria era ligada ou desligada através da chave, instanteneamente flui uma corrente pela primeira bobina, a qual magnetiza o anel. Ao mesmo tempo, vorifiea-se que a agulha da bissola di um “salto”, ‘mudando de posigio, como ilustrado na figura 10. Figura 10 ~ Deslocamento da agulha da bissola. Logo em seguida, a agulha volta a sua posigaio original, como na figura 11 Figura 11 ~ Retomo da agulha da bassola & posigdo original Faraday concluiu que a deflexto da agulha da bnassola ovorria devido @ indugdo de uma tensdo elétrica (mais propriamente, uma forga eletromotriz) ‘que causava o surgimento instantineo de uma corrente za segunda bobina Uma segunda experiéncia realizada_ por Faraday, foi inserir e relirar um ima dentro de uma bobina, cujos terminsis estavam conectados a um galvandmeiro. Ao fazer isso, percebeu que a agulha do galvanémetro se movia, como ilustra a figura 12. Figura 12 — Indugio de tensto em bobina MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Com tais experimentos, Faraday verificou que, sempre que houver uma variaglo entre 0 fluxo magnético ¢ um circuito induzido uma forga eletromotriz (tensfo induzida), Se ele estiver fechado, ocorreré a cireulago de corrente. Portanto, fem linhas gerais, pode-se eserever a lei de Faraday rico, nele se “A forga eletromotriz induzida em um circuito ‘fechado é determinada pela taxa de variagdo do fluxo ‘magnético que atravessa o circuilo”. Na ultima experiéncia descrita, verifica-se que quando o ima se aproxima do circuito 0 galvandmetro deflete em um determinado sentido e quando cle se afasta, a deflexdo oeorre no sentido contratio, Kh a Figura 13 ~Deflexdo do galvandmetr. © ciemtista russo Heinrich Friedrich Emil Lenz, em 1834, enunciou a chamada Lei de Lenz, que justifica o fendmeno, ou sejar “A orga eletromotriz induzida em um eircuito elétrico fechado produz uma corrente, a qual eria um ‘campo magnético cujo sentido se opde & variagdo do ‘fluo magnético que a originou”, ou em outras palavras, “o sentido da corrente elétrica induzida é tal que 0 campo magnético criado por ela se opde a variagdo do campo magnético que a produziu™. Empregando-se as duas leis em conjunto, pode-se eserever, de modo simplificado, uma terecira, denominada lei de Faraday-Lenz, ou sea: E=-Ndodt a Onde: E 6 a forga eletromotriz induzida, N € 0 mimero de condutores ou espiras do cireuito atravessado pelo fixo magnético varisvel, dW & a taxa de variagiio do fleco magnético; O sinal “= corresponde i et de Lenz Fi ieressante observar que a lei de Faraday- Lenz & uma aplicagdo direta da lei da agdo ¢ reagdo de Newion, isto & Capa T= Conceits Basicos ee fupai “do se variar 0 fluco sobre os N condutores ou espiras de um circuito (agdo), elas induzem uma forga eletromotriz, eujo sentido se opde a essa variagao (reagao)” Note-se que, pelo exposto, Faraday determinou como se obter eletricidade @ partir do magnetismo, © que, até entdo, somente era possivel através de reagbes quimicas, 7.0 - CAMPO MAGNETICO CRIADO POR CORRENTE Em 1820, © fisico dinamarqués Hans Christian Ocrsted divulgou que havia descoberto que uma corrente elétrica circulando por um condutor produz um campo magnético. Tal descoberta foi revolucionaria, pois associow a eleiricidade e © magnetismo que se supunha fendmenos distintos e sem relagdo. (© francés André Marie Ampere, depois de conhecer os resultados experimentais de Oersted, verificou que 0 campo magnético envolve 0 condutor ‘como mostrado na figura 14 Figura 14 — Campo magnético em um condutor. MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Portanto, 9 sentido do campo magnético criado pela corrente pode ser determinado pela regra ide Ampere (também conhecida como regra da mao direta), conforme ilustra a figura 15, paren Batra = fae | 7 I eT ee SS Mtectando SW vo sentido do fluxo Figura 15 ~Regra de Ampére ou da mio direita 8.0 - ELETROIMAS Observe-se que, a0 fazer circular uma determinada corrente por um condutor enrolado em tomo de um material magnético (espiras), € possivel imanticlo, obtendo-se um imd artificial (eletroimd ou solendide), Figura 16 ~ Eletroima ou solendide. ‘A corrente que cireula pelas espiras recebe 0 nome de conente de excitacdo ou de magnetizagao, Capital Ts Comcatos Bsicon= 3 Ampere observou que 0 produto do mimero otal de espiras (N) e da intensidade da corrente de excitagdo (J, © qual & denominada de forga magnetomotriz (fmm), & igual a0 produto da intensidade do campo magnético (H) © do ‘comprimento do eletroima (1), ou seja fom = NI=HI © Substituindo-se as expressdes (1) e (3) em (5) apés alguma manipulagao, resulta: 1 N. a fam ~ NI~ 1 58 © Por outro Jado, chama-se de relutdncia (R,) do cireuito magnético & L aie D RIN ) Dessa forma, tem-se: fom ~NI~ R= HE ® 9,0 - CURVA DE SATURAGAO Assim, aumentando-se gradualmente 0 valor da corrente, haverd uma elevagiio também gradual do fluxo. Na verdade, 0 que esti ocorrendo, & uma orientagao lenta dos dipolos do material ‘Quando praticamente todos estes dipolos cstiverem orientados, mais dificil ficaré o aumento do campo magnético. Neste ponto, diz-se que © material testi chegando a saturaga0. Portanto, a saturago de um ‘material corresponde a condigio de quase totalidade de orientago dos dipolos, como, por exemplo, ilustrado na figura 3 {A relagio grifica entre o fluxo e a corrente de cexcitagdo € conhecida por curva de saruragdo (ou de ‘magnetizagio) 9 Regiao de saturacao Figura 17 — Exemplo de curva de saturagio, fae. keQarHtint MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Este curva, a menos de uma escala e devido a proporcionalidade entre as varias grandezas, ser tragada ‘como nas figuras 18 ¢ 19. Bh Regido de saturacao fo cemplo de curva de saturagao. Bh Regio de saturagac H Figura 19 ~ Exemplo de curva de saturagao Como pode se observar na figura 19, & considerando-se a expresso (3), até a saturagio do ‘material, a permeabilidade magnética permanece praticamente constante. A partir dai seu comportamento passa a ser varidvel, earacterizando ‘uma ndo-linearidade entre Be /1. Assim sendo, pode-se dizer que, 08 materiais ferromagnétivos, a permeabilidade magnética ¢ varidvel na regio de saturagdo, 10.0 - HISTERESE ‘Ao se aplicar uma corrente alternada senoidal em um eletroima como o da figura 16, a sua circulagdo pelas espiras dard origem a um campo magnético variavel. Fo OTP Gohan 2 ote or a eer Capital T: Conceiton Risicos~ 6 Figura 20 ~ Corrente alternada Como se sabe, a corrente ¢ proporcional & intensidade de campo magnético H ¢, desta forma, & medida que cla varia, a intensidade de campo magnético também varia. Tal variagio iri ocasionar uma elteragdo no campo magnético total do dispositive, ‘A figura 21 mostra como se comporta a indugiio magnética B em fungio da intensidade de campo IZ, para um ciclo completo da corrente altemada senoidal representada na figura 20. Figura 21 - Curva B x H (ciclo de histerese) © ponto 1 corresponde a condigio inicial, a corrente € nula ¢ © material nio apresenta qualquer imantagdo. O ponto 2 esti associado a condigio de ‘maxima corrente no sentido positivo, Para este valor de ccorrente tem-se 0 valor méximo positivo da densidade de campo magnético (Bmax). No ponto 3, a corrente se anula e 0 material mantém um magnetismo residual ou remanescente (B,) positivo, ow seja, permanece uma determinada orientagio dos dipolos_ magnéticos clementares, A partir deste iltimo ponto, até 4, a ccorrente cresce negativamente até atingir sew maximo valor. No ponto 4 tem-se # correspondente densidade cde campo magnético méxima em sentido contrario (ou negativa). Finalmente em 5, a corente se anula novamente, restando no material um magnetismo residual (B,) negative. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ‘Ao perourso fechado da figura 21 (curva B x H) da-se 0 nome de cielo de histerese. Portanto, a cada ciclo da corrente alternada coresponde um ciclo da curva B XH. Na mesma figura podem ser observados os seguintes valores: Br-- Magnetismo Residual ou Remanescente Densidade de campo magnético que permanece no material apos a retirada do campo magnético externo, ou seja, quando a corrente se anula. Corresponde a orientagdo remenescente dos dipolos ‘magnéticos elementares do material; Bméix ~ Densidade de Campo Magnético Maxima Coresponde ao maximo valor de campo magnético no material. E produzido pelo valor méximo da corrente; Ie = Forca Coerotiva ou Coerciva Ta intensidade de campo magnético necessiria para climinar © magnetismo residual ou remenescente do material Figura 22 — Ciclo de histerese em osciloseépio. ‘A Grea interna do Iago de histerese reflete diretamente a dificuldade que uma dada intensidade de campo H encontrar em orientar os dipolos de um material ferromagnético. Reflete, portanto, 0 trabalho realizado por H para obler B. Assim sendo, tal Tago apresenta uma relagio intima com o trabalho ‘magnético efetuado, o qual é consumido pelos dipotos. Nao é, portanto, um trabalho stil do proprio processo de magnetizago, mas, sim, uma perda de energia. ‘esta forma, tem-se uma nova grandeza, que & ‘a poténcia de perda por histerese (medida em Watts), cde um material magnético, a qual se repete em cada ciclo de magnetizagao, ‘A expressio (9) fornece as perdas em fungao das grandezas que a influenciam. Py =Ky GB" .f. 10° o DA» tb 1 22 loots + PC 4 vere fRAk Capa T> Concitn Bison Wewele [°C eitte anf C0) / Onde Py ~poténcia perdida por histerese, em Ws n= expoente de Steinmetz variavel entre 1,6.¢ 2; B—-— indugio. magnética maxima (antes da saturagdo. da chapa), dada em Madem* J ~frequéneia da rede, em Hz; G = peso do material magnético, em kg; Ky ~ coeficiente de Steinmetz, sendo alguns de seus valores dados na tabela 2, conforme 0 ‘material magnético. Material Magnetico, Kn Ferro doce: 25 ‘Ago doce: 27 Tigo dove para miquinas, 10.0 ‘Ago fundido 15.0 Tago doce, 2% de silicio 15 ‘Ago doce, 3% de silicio 125) ‘Ago doce, 4% de silicion 1,00) Tabela 2 — Coeficiente de Steinmetz, para diversos materials magnéticos. Naturaimente, quaisquer tipos de perdas devem ser as menores possiveis. Analisando 0s: ccoeficientes de Steinmetz, nota-se a influéncia do Silicio em chapas de ago para o nacleo. Desta forma, & cconveniente utilizar a chapa com 4% de silicio. Estas, por outro lado, ainda podem ter grios de silicio frientados e grios nfo orientados, sendo que as primeiras citadas possuem reluténcia © perdas menores devido & disposigdo dos gros. Outro fator importante € 0 tipo de laminagio, fo qual pode ser a quente ou a frio, Atualmente, ‘utilizam-se mais as chapas laminadas a frio do que as & {quente, pois possuem maior permeabilidade e menores perdas Mas, adverte-se que, suas altas propriedades ‘magnéticas 36 se manifestam na diregio transversal da laminagao. 13.0 - CORRENTES PARASITAS (FOUCAULT) (0 material que forma 0 circuito magnético da miquina ¢ condutor elétrieo, embora sua condutividade seja pequena quando comparada com a do cobre © aluminio. ‘Sabe-se que, pela lei de Faraday, 0 fluxo magnético varidvel no tempo ao atravessar um circuito induziré tenses em seus terminais; estas, por sta VEZ, originardo circulagZo de corrente se 0 circuito estiver fechado. Considerando © circuit magnético como clétrico atravessado pelo fluxo principal, surgem as chamadas correntes parasitas ou de Foucault. Fstas percorrem os caminhos mais variados, cobrindo em sua Irajetéria toda a pega do material magnético, Como MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES este possui uma resisténcia elétrica, dissipada sob a forma de calor. "A maneira ulilizada para minimizar 0s das comentes parasites ¢ diminuir a sua taj empregando a laminagdo do ago silicio em finas camadas. A figura 23 mostra as correntes de Foucault fem bloco macigo, a figura 24 em chapas Taminadas © @ figura 25 a disposigio do fluxo em relagio as chapas. Observe-se que as chapas so isoladas entre si com ceertos esmaltes ou, raramente, pela propria oxidagdo. ha energia Figura 24 - Fluxo magnético em relaglo as chapas. Capa T: Concetos Bisicos~ ¢ fupai -pés a laminagdo, as correntes parasitasfcam confiadas és chapas reduzindo-se as perdas. Este fato toma-se elaro através a expresso (7). Pp = Ke. Gf. Box. 10" ao) onde Pp poténcia perdida por correntes de Foucault, em W; Kee ‘ooeficiente de Foucault, que depende da densidade © quantidade magnética do material ¢ obtido experimentalmente, (f= frequéneia da rede, em Hz: 'B ~ indugdo magnética maxima (antes da saturagao da cchapa), em Gauss ou Mx/em?; xx espessura da chapa, em mm; peso do material magnético, em kg. Note-se, claramente, a influéneia da espessura da chapa c, portanto, deve-se utilizar nicleos Taminados 00 invés de macigos. Mantendo-s todas as grandezas constantes, vé-se que se 0 miicleo for dividido em n chapas, as perdas individuais serio I/n? esta forma, a perda total ser reduzida de 1/n quetes que ocorrem com o niceo sido, 44.0 - FORGA DE LORENTZ, (© holand8s Hendrik Antoon Lorentz, prémio Nobel de Fisiea de 1902, verificou que "toda carga clétrica imersa num campo ¢ dotada de velocidade, de diregdo nao coineidente com a diregio do campo, fica sujeita a uma forga de origem eletromagnética” Desta forma, se um condutor imerso em um campo com densidade (ou indugdo) magnetica Be pereorrido por uma corrente J fica submetido a uma forga F de origem eletromagnética, cujo valor maximo F=B.1d an Onde: 1&0 comprimento da parte do condutor imersa no campo. © sentido dessa forga pode ser obtido pela conhecida regra da mdo esquerda, onde 0 dedo indicador representa o campo, o dedo médio a corrente ¢ 0 polegar a forga de origem eletromagnetica, como mostrado a figura 25. Figura 25 - Forga agindo sobre um condutor. Capiale T: Concetos Bisicos~ 9 [ANUTENGAO EM TRANSFORMADORES MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 2: TRANSFORMADORES MONOFASICOS RESUMO Este capitulo trata do principio de funcionamento do transformador monofisico ¢ apresentando varias grandezas e aspectos de sua operagao. 1.0 -INTRODUGAO Chama-se transformador um equipamento elétrico, sem partes necessariamente em movimento, que transfere energia eleriea de um ou mais cireuitos (Primério) para outro(s) circuito(s) (secundério, terctirio) através da induglo eletromagnética Nesta transferéncia, poderd ocorrer uma alteragdio dos valores das tenses e das correntes em cada circuito, porém as suas freguéncias so sempre 8s De uma mancira geral, existem multiplas aplicagdes e, para eada uma, tem-se um tipo diferente de transformador. O principio de funcionamento, porém, mantém-se 0 mesmo em todos os casos Os ttansformadores, considerando-se_ 0 nimero de fases, podem ser monofésicos ou polifsicos (em geral, wifisicos). Esse texto analisa os ‘monofisicos. 2.0 - PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO © transformador monofasico, em sua forma mais elementar, constitui-se de um néicleo de material magnético ¢ enrolamentos, como ilustrado na figura 1 Segio transvorsat Enrolamento primério ‘ ry ™.E +a Ne. SS mento oa secundario wucieo / magnatico Figura 1 ~ Transformador monofésico clementar. © funcionamento do ransformador ‘monofisico (assim como de qualquer outro) bascia-se no principio de que a energia elétrica pode ser transferida entre dois cireuitos devido ao fendmeno da indugdo magnética ‘Aplicando-se a tensdo U;, no primirio do (ransformador, circulari uma pequena_corrente denominada corrente em vazio, representada neste texto por Jp Esta, por sua ver, da origem a um fluxo ‘magnético alternado que fica confinado 40 nicleo em sua maior parte, Como este fluxo atravessa ambos os enrolamentos e é varivel, induz em cada um deles as forgas eletromottizes Ee E> Figura 2 - Representagdo esquemitica da parte ativa de ‘um transformador monofésico operando em vazio. 2.0 - RELACAO DE TRANSFORMACAO Considerando a lei de Faraday, as forgas cletromottizes E ¢ E;sio proporcionais a0 nimero de espiras Nye Na, conforme a relagio: a onde Fy ~ forga eletromotriz induzida no primétio; EF, forga eletromotriz induzida no secunditio, Nj -miimero de espiras do primério, N, nlimero de espiras do secundétio; Ky Felagio do nimero de espiras. Por outro lado, define-se como relagio de tensdes (Kk); uy U, 2 ‘Capala¥ Tramaformaidores Monefisicos- 10 @ me Ressalta-se que a tensdo aplicada (priméria) Uy difere pouco de Fy, pois a queda de tensio € pequena devido aos baixos valores da corrente em vvazio, Por outro lado, como nd hé carga, as tensiies de ssaida (secundaria) U, © H sho iguais. Desta forma, para fins priticos, pode-se considerar nos transformadores monofisicos que @) ou seja Shy @ ou u, ke EEN, o A expressio (5) é importante, pois U; ¢ U, sto medidos facilmente, Portanto, se a0 utilizar um voltimetro no primério, obtém-se, aproximadamente, Eye, no secundério, Fy. Assim, a relaglo do nlamero de ‘espiras é determinada com pequeno erro, Observe-se que, Se 4) k > 1,0 transformador ¢ abaixador, ¢, by A 1,0 transformador & elevador 3.0 -O TRANSFORMADOR EM CARGA Considere-se a figura 3 in => fe igura 3 — Representagio esquematica da parte ativa de ‘um transformador monofésico operando em vazio. tr jE Com o transformador operando em vazio, ou sem carga, a corrente [p magnetiza o transformador © induz as tensdes F; ¢ E; Fechando-se a chave “ch” do circuito secundario do transformador, ocorreri a cireulagio da comrente /; em seu enrolamento, cujo valor depende ‘exelusivamente da carga MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Figura 4 — Surgimento de corrente no secundario de ‘um transformador monofisico em carga Entretanto, de acordo com a lei de Ampére, Ip 40 circular pelas espiras do secundirio, eria um fluxo) adicional (ou seja, de reagiio) $2, 0 qual, conforme Lenz, tende a anular Figura 5 — Corrente no secundario resultando em um, ‘luxo adicional, Para que transformador continue magnetizado, um fluxo de mesma intensidade, mas de sentido oposto ao de reagtio do secundario, deve ser criado no enrolamento primério. Em outras palavras, & nevessirio que haja uma compensagio de fluxo Novamente, considerando a lei de Ampere, para a criaglo desse novo fluxo para manter_ a ‘magnetizagao, 0 primério do transformador absorverd da rede uma corrente suplementar a Jp, a qual seré denominada I’>. Pelo exposto, « comente priméria Iy & nie Oy Copleto : Transformadores Monoficos-T1 Figura 7 ~ Representagiio esquematica da parte ativa de uum transformador monofésico operando em carga. ‘Analisando-se a expresso (6) € possivel concluir que, em qualquer condigao de operagio do transformador, sempre existiré a corrente Jp € que somente ela € responsivel pela indugao de F, ¢ E>. Em outras palavras, E; € E> independem do regime de carga 40 - POTENCIA E RELACAO ENTRE CORRENTES Considerando-se © exposto no item anterior, verifice-se que a forea magnetomotriz (fmm), originada no secundisio pela cireulagio de corrente pela imposigao de carga ¢: fmm ~ Reb2= Nols o Onde R, ¢ 4 relutincia do niicleo magnético. ‘Mas, como visto, deve haver @ compensagio pelo primério e, portanto, nele, devera ser originada @ mesma forga magnetomotriz. Assim: frm ~ Rez = Nil’ @) Portanto, como @ reluténcia é a mesma para ambos 0s casos: N)P'2= Nok o De onde se verilica que 1, MN. 10 T, Ny co Por outro lado, em condigdes normais de ccarga, temse que 1'2>> lo an E, entdo. «2 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Observa-se que essa aproximagio. para transformadores para instrumentos (TC's, por cexemplo) é um dos fatores que afetam a sua classe de preciséo. Para os de poténcia, entretanto, cla nto significativa. De qualquer modo, utilizando-se a expressio (12) em (10), tem-se L N, eo 13) ae «aa 0 quelevae U Ty (4) U, Na expresso (14) verifica-se um fato de interesse, ou seja, que: Uh 2 Usb as) © resultado de (15) implica em dizer que a poténcia aparente recebida da rede pelo primirio é praticamente, a mesma que se entrega para a carga no seoundirio, 'Nesses termos, a poténcia total ou ‘aparente do transformador (S) para uma determinada situagdo & S=Ul) 2U2b 6) 5.0 - GRANDEZAS REFERIDAS Como visto nos tépicos anteriores, a8 grandezas secundaries se refletem no primério do transformador. Por exemplo, se hi uma comrente /2 cireulando, hé um valor correspondente no primario (ou seja, 73) que resulta na mesma forge magnetomotriz, ‘A rede de alimentagio, portanto, as pereebem como valores equivalentes que produzem os mesmos ieitos se esivessem presentes no primrio, Em outras palavras, ais grandezas estio “refletidas” (ou “referidas”) a esse circuit. 'No caso das correntes citadas, tem-se que, @ partir de (10) (14), 0 valor referido (ou efletido)&: an Utilizando-se a mesma notaglo, ou seja, 0 apdstrofo (° ) sobreserito sobre a grandeza para ddesignar que ela esta referida ao primario, tem ~se: Tapleta F. FranformadoresMonoficos~ 1 @ we Lensoes no secundério referidas ao primario as) (19) Impeslincia da carga referida ao prim _ Uk 2» Tk : Portanto Zh = tek an Naturalmente, a resisténcia ¢ reaténcia feridas slo calculadas de maneira andloga, ou seja: RR (22) X=X" @3) Observe-se que 0 fato de referir grandezas secundarias a0 primério, nlio altera 0 angulo de fase € poténeia fornecida a carga 6.0 - CIRCUITO EQUIVALENTE. transformador pode ser representado através de um circuito equivalente, © qual permita analisar seus, efeitos sobre o sistema ‘A. anélise fisica do equipamento permite concluir que o primario e secundirio possuem resisténcia ¢ reatincia, Assim, € possivel representilo através de parimetros concentrados como mostra a figura 8 oO Tie Th Figura 8 ~ Transformador com parémetros ‘concentrados: Com as grundezas secundirias referidas 40 primério tem-se o circuito da figura 9. MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Figura 9 - Transformador com as grandezas secundarias referidas ao primério. circuito anterior pode ser representado pelo ) Obmimetro; ©) Método da substituigto: 4) Ponte de Wheatstone, Para medigio de resisténcias altas, os métodos mais empregados sto 8) Método da queda de tenso: ) Método da carga do capacitor: ©) Megohmetro. Observa-se que apenas os principais métodos setflo abordados neste texto 2.0 METODO DA QUEDA DE TENSAO Para determinagdo da resisténcia elétrica dos enrolamentos por este método utilizam-se as conexdes mostradas na figura | yChave Resisténcia a Figura 1 ~Esquema de ligagto no método da queda de tensio Pode-se utilizar algumas variagdes do esquema da figura I, tais como uma combinagao de derivadores (shunts) © milivoltimetros. ou potenciémetros, de modo que a mediggo possua a exatidiio desejada, O procedimento € 0 que segue: a) Aplicar uma fonte de corrente continua a resisténcia conforme mostrado na figura 1, cuidando para que # corrente ue circule ndo seja superior a 15% do valor nominal do enrolamento considerado, no tempo maximo de 1 minuto, ) As indicagdes dos instrumentos devem estar estabilizadas, ©) Apés a estabilizagdo, tomar as leituras, simultaneamente, de corrente e tensdo; 4) Através da lei de Ohm, caleular @ resistencia, ou seja Caplalo Medico de Rexistncias ~ $7 R U a onde U—Ieitura do voltimetro, em V; 1-leitura do amperimetro, em A; R,~ Resisténcia interna do voltimetro, em ©) Devem ser feitas de trés a cinco leituras eom alguns valores diferentes de corrente, de forma a ficar demonstrada a constincia dos valores calculados dessas leituras, apés isto, obtém-se a média aritmética, desprezando-se os valores que difiram de mais de 1% do valor médio; 1) A ligagto ou o desligamento da fonte de ceorrente continua pode causar sobretensies consideriveis, sendo provivel a ocorréncia de danos aos aparelhos. Desta forma, sugere-se desconectar 0 voltimetro antes de qualquer operagio e, além disto, curto- circuitar os terminais do amperimetro, desconectando-o logo apos. 3.0- OHMIMETRO Os ohmimetros sto, em regra geral, parte integrante de um multimetro, constituindo assim uma das miltiplas fungdes que disponibilizam. Nesses instrumentos & comum serem integradas as fungGes de cohiimetro, amperimetro e voltimetzo, além de outras, relacionadas com 0 teste de dispositives eletrénicos e a realizago de operagées sobre as medidas efetuadas, Apesar da clara versatilidade dos multimetros, ‘mesmo assim existem instrumentos especificos que atuam como ohmimetros, tanto analégicos como digits. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Figura 2 ~ Ohmimetro analogieo. Figura 3 - Ohmimetro digital Em qualquer caso, como se indica na figura 4, 1 medigto da resisténcia de um elemento ¢ efetuads colocando em paralelo o instrumento e 0 componente A medigao efetuada por um ohmimetro baseia-se na aplicagao da lei de Ohm, ou seja, ele injeta no elemento uma corrente pré-estabelecida, mede a tensio resultante nos ferminais ¢ efetua o calculo da resisténcia, Resisténcia a medi \ Figura 4 ~Medi¢do com ohmimetro. Por outro lado, para que @ medig20 seja correta, € necessirio que o elemento a medir se cencontre devidamente isolado de outros componentes do circuito, ¢, em particular, da massa através do corpo hhumano, Deste modo, evita-se que 0 citeuilo envolvente retire ou injete no elemento, corrente distinta daquela aplicada pelo ohmimetro. 0 isolamento eletrico pode ser obtido de duas maneciras distintas, isto ¢, destigando o componente em questio do resto do circuito, ou colocando pelo menos um dos seus terminais no ar © ohmimetro também pode ser utilizedo na identificagdo de caminhos em curto-circuito ov em ireuito aberto. Pontos em euro-cireuito so Capitulo 9: Mego de Resistinclas - 38 @e fupai identificados através da mediedo de uma resisténcia relativamente pequena ou nule entre os pontos medidos. A situagdo oposta corresponde a medigio de resisténcias elevadissimas, 4.0 - METODO DA PONTE ‘Método da ponte & aquele em que se emprega uma ponte de Wheatstone, ou a de Kelvin, para obter a resistencia, Este método é aconselhavel quando. se ddeseja uma maior precisto nas medidas, 4.4 ~ Ponte de Wheatstone A ponte de Wheatstone & empregeda para medida de resisténcias médias, isto é, aquelas compreendidas entre te 10 M&A figura S mostra luma vista deste equipamento, enquanto a figura 6 apresenta 0 seu cireuito basico Figura 6 ~ Cireuito da ponte de Wheatstone MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES As resisténcias ry, 73, ry € ry constituem os bragos da ponte, ry, ry © ry so conhecidas, ry é a resisténcia cujo valor se deseja determinar © galvandmetro G se destina a verificagio da comente nula, ou seja, auséncia de corrente entre os Pontos B e D com o interruptor T fechado. Quando essa condigio se verifica diz-se que a ponte esta em equilibro. Para que nao circule corrente no galvanémetro Ul, = 0) € necessario que: wo Na expressilo (1) pode-se fazer “1 constante r variar o valor de ry, Nesse caso, tem-se a chemada “ponte de cavithas’, cuja disposigao pritica varia conforme o fabricante. Na figura 7, a ponte de eavilhas ‘apresentada tem as resisténcias r; e 7> formadas, cada luma, de (és resisténcias de, respectivamente, 1,000, r 100 € 1082 Assim o fator “+ pode assumir os valores: rn 1.000 1.000 1.000 Tog lk ~——=100 ree Toe to, ig 0691 10 100 1.000 avithas. Figura 7 - Ponte de A resistencia r, pode variar até 11,1108 r Pode-se, também, fazer variavel a relagao n © manter constante o valor de rs. Neste caso tem-se a "ponte de fio™. Geralmente a ponte de fio oferece @ possibilidade de se escolher r entre 08 valores 01, 1 Capitulo Medico de Resisiincas - 10, 100 ¢ 1.000 & A resistencias ry © rp sto constituidas por um fio sobre o qual desliza um eursor determinando os valores de ry e ry A figura 8 lustra Figura 8 -Ponte de fio Observa-se que a inversto das diagonais da ponte altera a sensibilidade A maior sensibilidade se obtém ligando a diagonal de maior resisténcia (galvanémetro) aos dois pontos em que concorrem, Fespectivamente, as duas resisténcias maiores ¢ as duas resistencias menores da ponte 42 Ponte Kelvin De uma forma geral, para medidas inferiores a 1.8% a utilizagao da ponte de Wheatstone produz erros consideriveis devido as resistencias dos fios de conexto ¢ dos contatos com que se lige a resisténcia a ‘medi & ponte. Entende-se por resisténcia de contato iquela oferecida a passagem da corrente de um condutor para outro. O seu valor varia com a area, com as condigdes de superficie (rugosidade) ¢ com a pressio de contato, Para evitar esse inconveniente, utiliza-se a ponte Kelvin, também conhecida por ponte dupla de Thomson, a qual & uma derivagio da ponte de Wheatstone, Existem tipos altamente sofisticados para uso exclusive em laboratérios, © outros, mais simples, adequados para emprego em campo, A figura 8 fomece uma vista de uma ponte Kelvin, enquanto a figura 9 0 seu esquema basico. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Figura 9 — Circuito da Ponte Kelvin analégica principio de operagio desta ponte & bastante simples, ou seja, fechada a chave “K”, desloca-se 0 cursor F, sobre a resisténcia R alé conseguir-se 0 equilibrio (1, = 0), Esta situagio & verificada através do indicador de nulo da ponte. O galvanémetro G possui lum “shunt”, 0 qual fornece a sensibilidade da ponte ‘A medida de da resisténcia sempre deve ser feita empregando-se quatro condutores, como mostra & figura 10, Figura 10 ~ Ligagdo da resisténcia a medir a ponte A. utilizagdo desta conexio possibilita a exclusio, ou compensagdo, dos valores das resisténcias dos fios na medigao a ser efetuada Observe-se que, com a atual tecnologia, as Pontes Kelvin também padem ser digit Captale 5: Medico de Resistcias~ 6 Figura 11 ~ Ponte Kelvin (digital) 4.3 ~ Microhmimetro (Ponte Ducter) 0 microhmimetro opera de modo semelhante 4 ponte Kelvin, utilizando 0 método dos quatro ‘condutores, Estes equipamentos sfo recomendados para medigio de resisténcia de contato de disjuntores ou outros de valores da ordem de micro-ohms. ‘Também so conhecidos por ponte Ducter, 0 ue, no entanto, & marca de um fabricante. Figura 12 ~ Microhmimetro. 4.4 ~ Procedimento de Medico © procedimento para medigses com as pontes So que se segue: a) Sempre verificar © manual da ponte a ser utilizada, se for 0 caso; MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ») Calibrar e ajustar a ponte conforme suas instrugSes de operagio: ©) Fazer a Tigago da ponte aos terminais da resistencia a ser medida: Resisténcia a Figura 13 ~ Método da ponte. 4) Devem ser efetuadas pelo menos 3 leituras, modificando-se a cada vez 0 equilibrio da ponte. © valor da resisténcia € obtido ealeulando-se a média aritmética destas leituras: ©) Medir a resistencia dos cabos. Este valor deve ser subtraido do medido e, apis isso, determinar a resistencia real; 1) Nunca efetuar as medigies com o equipamento, cuja resisténeia se quer medir, energizado: 8) Procurar obier ‘0 contato possivel entre os terminais das pontes e dos enrolamentos, de forma a reduzir a influéneia do eontato: h) Ao iniciar a medigdo om uma ponte, a sensibilidade deve ser “minima”. Apos a tenlativa de se aleangar o equilibrio, aumentar a sensibilidade melhor 5.0 - RESISTENCIAS EM DELTA E ESTRELA 5:1 - Conexao Estrela Sem Neutro Acessivel Para cargas ou enrolamentos de méquinas elétricas e transformadores que estejam conectados em cstrela, a medigdo deve ser executada entre pares de terminais (I © 2, 1 ¢ 3 ¢ 2 e 3), como exemplifica a figura 14, Caplalo Malice de Ressténcias - Figura 14—Medida de resisténcia eldtrica de cargas e cenrolamentos conectados em estrela Neste caso, a resisténcia de cada carga ou enrolamento & 1 Rim 5 (Riz* Ras = Re) @ 1 y Riot Ras - Rs) 8) 1 1 Rost Rar - Ry, a) Onde Ry . Ry , Ry ~ sto resistencias dos enrolamentos sob teste; Riz « Res , Ror ~ slo resistencias medidas por um dos metodos descritos, entre os terminais 1-2, 2-3 ¢ 3-1, respectivamente, Exercicio de fixagao Ao se medir a resisténcia entre os terminais de um motor de indugio trifésico ligado em cstrela obteve-se os seguintes valores 1) Resisténcia entre os terminais 1 e 2 (Ry3} Li {éncia entre os terminais 1 € 3 (R,,): Ry 09% MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 52- 3) Resisténcia entre os terminais 2 ¢ 3 (Res) R= 11S Considerando-se esses resultados, caleular as resisténcias de cada enrolamento, ou seja, R Rey Solugdo, Aplicando-se a expressdo (2), tem-se: 1 R= 1409-11) ou: Ry =0,45 8 Da mesma forma, aplicando-se as expresses G)e @), obtém-se: RB 0652 © R:=0,452 Conexio em Delta Para a conexto em delta, a medigdo deve ser feita entre os pares de terminais, conforme exemplifica a figura 15, 1 sito: a? 9 i As resisténcias das cargas ou enrolamentos Captale 9: Medico de Ressiincias ~ oy © o Exercicio de fixagao Ao se medir a resisténcia entre os terminais do primério de um transformador trifésico ligado «em delta obteve-se os seguintes valores: 1 Resisténcia entre os terminais 1 © 2 (Rj): R= 11 2) Resistencia entre os terminais 1 e 3 (Rs) Ry = 0.9% 3) Resista Roy= 1 ig entre os terminais 2 © 3 (Rs): Considerando-se esses resultados, caleular as resisténcias de cada enrolamento, ou seja, Ry Rees Solugcio Aplicando-se a expresso (5), (6) € (7), € substituindo os respeetivos valores, resulta Ri = 1,75 % Ro= 1,210; Rp= 1,75 6.0 - CUIDADOS PRATICOS E OBSERVAGOES a) Na medig&o da resisténcia a frio, o tempo até 4 estabilizagao da corrente de medigdo deve ser registrado ¢ utilizado como base para efetuar medigdes de resisténcias a quente, pds 0 desligamento da energia no ensaio de clevagio de temperatura: b) Deve-se medir a resisténcia dos cabos quando se utiliza do método da ponte. Este valor deve ser subtraido da resistencia medida ¢, apos isso, determinar a resisténcia do enrolamento: ©) Nunca efetuar as medigdes com 0 transformador energizado; 4) Para que se tena uma base comparativa, as resisténcias elétricas. des enrolamentos devem se referir a uma mesma temperatura MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Isto pode ser executado através da expressio @,ou Ry, Rye @) Onde Ry — resisténcia elétricn na temperatura de referencia; Ry ~ resistncia elétrica na temperatura do nperatura de referencia > temperatura dos enrolamentos nas condigées do enseio; Se o enrolamento for de sluminio, wilizar 225 ao invés de 234,5 na expressio (11) ©) Nos transformadores provides com indicadores de temperatura ¢ termémetros, temperatura dos enrolamentos pode ser obtida por leitura direta, Nos demais, deve- se desenergizar 0 equipamento ¢ aguardas de 10 a 20 minutos para que os enrolamentos entrem em equilibrio térmico com 0 dleo, Em seguida, medir a temperatura do topo do leo com um termdmetro de éleool ou indicador digital. No € conveniente a utilizagdo de termometro de meretiio, jé que luma eventual quebra poder contaminar © 6leo e atacar o isolamento solide 1) Sempre verificar © manual da ponte a ser Utilizada, se for 0 caso, 8) Procurar obter 0 melhor contato possivel entre os terminals das pontes e dos enrolamentos, de forma a reduzir a influéncia de contato, h) Ao iniciar a medicdo com uma ponte Kelvin. 4 sensibilidade deve ser “minima”, Apos & fentativa de se aleangar 0 equilibrio, umentar a sensibilidade. 4) Verificar a existéncia de cargas capacitivas ‘nos enrolamentos do transformador e drend- las, caso existam, 7.0 - EQUIPAMENTOS NECESSARIOS. 8) Método da Ponte: Ponte de Wheatstone ou Kelv b) Método da Queda de Tensao: Bateria de 12 V ou 24 V; Voltimetro CC (classe 0,5 ot melhor); Amperimetro CC (classe 0,3 ou melhor); Reostato Capiilo Maize de Resistencias ~ fupai ©) Para ambos: Termopares ou detetores de temperatura para colocar no enrolamento & set-medido, termémetro para leitura da temperatura’ ambiente, cronémetro.¢ ferramentas adequadas para se desconectar 8 terminais dos enrolamentos. 8.0 - CRITERIOS DE AVALIAGAO As resisténcias obtidas devem ser comparadas com resultados anteriores ou com dados do Fabricante, tendo-se 0 cuidado de utilizar as corregdes de femperatura a uma mesma base (normalmente 75°C). im caso de discorddncias maiores que 5%, deve ser pesquisada a existéncia de anormalidades tais MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ‘como: espiras cm curto, nimero incorreto de espiras, dimensées incorretas do condutor ¢ outros. Neste sentido, € importante que haja 0 istOrico das medidas efetuadas, Por outro lado, a principal causa de diferencas de medida de resistencia dhmica é 0 maw contato nos terminais, prineipalmente naqueles mal prensados, Observa-se que, muitas vezes, a resisténcia de ontato pode apresentar valores. significativos se ‘comparada com a dos enrolamentos, principalmente do lado de BT Pelo exposto, ¢ importante que haja o hist6rico das medidas efetuadas, Caplalo Nadie de Rexistncias ~ @ fupai CAPITULO 10: POLARIDADE E DEFASAMENTO ANGULAR RESUMO Este capitulo apresenta os coneeitos de polaridade e defasamento angular de transformadores, 1.0 -INTRODUGAO Geralmente © coneeito sobre polaridade de transformadores é encarado com dificuldade. Porém, Por veres, conhecé-la & fundamental pelos seguintes motivos: 4) Ao acoplar dois ou mais transformadores em Paralelo, seus secundarios formario uma malha, Se todos possuirem a mesma polaridade, as forgas eletromotizes antilam- 8e; caso contrério, somam-se Nesta tiltima ccondigifo, surgira uma corrente de circulagio ‘com valores elevados, pois ¢ limitada apenas pelas impediineias secundérias. ‘Sendo assim, nota-se que uma das principais condigdes “para paralelismo de transformadores é a de possuirem a mesma polaridade. ) Utiliza-se transformadores de corrente (TC) e tansformadores de poteneial (TP) em citeuitos de altas correntes e/ou tenses. A finalidade ¢ reduzir as grandezas priménias & niveis compativeis com a seguranga de operadores ¢ possibilitar a utilizagio de aparelhos de protegio © medigao menos robustos Nos eircuitos de medio, principalmente nos de energia, as leituras poderdo ser totalmente cenganosas polaridade de um dos transformadores estiver invertida. Quanto a protegdo, seja o caso de um relé diferencial, por exemplo, a0 inverter-se a polaridade de um dos TCs ao qual esté conectado, poderi haver uma corrente de cireulagao através da bobina de operacio e, portanto, uma atuagio indevida, Para os transformadores trifisicos apenas 0 conceito de polaridade € insuficiente para apresentar luma relagio definida entre as tenses induzidas nos earolamentos primirio © secundirio. Isto se deve aos diversos tipos de conexdes dos enrolamentos (deita, estrela ou zig-zag), como explanado adiante Nestes casos, utiliza-se a diferenca de fases (defasamento) ow deslocamento angular entre as tens6es dos terminais de lensio inferior (X/-X2) e tensiio superior (111-112, ceontado no sentido anti-horério, 2.0 - POLARIDADE DE UM TRANSFORMADOR AA figura | mostra duas situagdes distintas para as tensdes induzidas em um transformador monofisico. Na figura 1a, as tensdes indwzidas Fy © E dirigem-se para os bores adjacentes H1) e .X,. Na figura 1b, a marcagdo é feita de maneira diferente da anterior. sendo que as tensbes induzidas continuam dirigindo-se para os mesmos bomes, porém no mais adjacentes, Nota-se que, na figura 1a, as tensdes possuem mesmo sentido (estio em fase) ou com a “mesma Polaridade instanténea”. Na outra esto em oposigdo (defasadas de 180°) ou com polaridades opostas, Figura 1 - Sentidos instantineos de Ey e E>. Capitulo 10: Polaridade e Defasamenta Angular @ fupai Pelo exposto, a polaridade refere-se ao sentido relativo entre as tensbes induzidas nos enrolamentos secundirios e primarios, ou da maneira como seus {erminais so marcados, Quando ambos os enrolamentos possuem a ‘mesma polaridade, © transformador de polaridade subtvativa e, em caso contrdrio, polaridade aditiva. A ‘terminologia utilizada origina-se das situagdes mostradas na figura 2 » Figura 2 - Verificagto da polaridade Na figura 2a, a leitura do voltimetro fornece: V-EI-E2 Portanto: polaridade subtrativa Na figura 2b, tem V=EI+ £2 Portanto: polaridade aditiva [ANUTENCAO EM TRANSFORMADORES: 30 - METODO DO GOLPE INDUTIVO com CORRENTE CONTINUA PARA A DETERMINAGAO DA POLARIDADE Segundo a NBR 5380, os métodos de ensaio usados para a determinaga0 da polaridade de transformadores monofisicos so o do golpe indutivo, 0 da corrente altemada, o do transformador padrtio ¢ do ‘ransformador de referencia variavel, Apenas 0 método do golpe indutive seri analisado, devido 4 sua maior aplicabilidade. O esquema de ligagdes para 0 método é indicado na figura 3, reece Figura 3 - Determinagao da polaridade pelo método do golpe indutivo Observe-se que liga-se os terminais de tensio superior a uma fonte de corrente continua Instala-se um voltimetro de corrente continua ‘entre esses terminais de modo a se obter uma deflexdo positiva ao se ligar a fonte CC., ou seja, a polaridade positiva do voltimetro ligado no positive da fonte ¢, cesses, em HI Em seguida, insere-se © positivo do voltimetro em XI eo negative em X2. Fecha-se a chave, observando-se 0 sentido de deflextio do volimetro. Quando as duas deflexdes sto em sentidos opostos, a polaridade € aditiva. Quando no mesmo sentido, & subtrativa, Tais conelustes baseiam-se na lei de Lenz, 4.0 - CONSIDERAGOES SOBRE CONEXOES DOS ENROLAMENTOS & — DEFASAMENTO ANGULAR Seja, por exemplo, um _ transformador cconectado em deita no primério e estrela no secundario representado na figura 4 Capitulo 10: Poaridade e Defasrmanto Angular - 65 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ‘mas, no seré 0 transformador (conexdes internas) responsivel por esse fato A tabela 1 fornece os deslocamentos angulares de transformadores normalizados, sendo que outros sto possiveis de obtenglo através da variagao do nimero de espiras da tigagdo zig-zag. Figura 4 - Transformador trifisico Dy Note-se na citada figura que, no enrolamento fem delta, as tenses sfo induzidas entre fases e, Portanto, iguais a tensto na linha. No enrolamento estrela slo induidas entre fase e neuro, ‘Adotando-se uma referéncia comum para ambas as tensdes, Verifica-se que ha uma diferenga de fase de 30° elétricos entre elas Desta forma, para analisar o relacionamento, entre tensdes primirias © secundérias nfo basta a indicagao de polaridade, tsmbém ¢ preciso indicar a diferenca de fases ou deslocamento angular entre elas Como 0s enrolamentos em delta nfo possuem neutro real © as tensdes de linha sto sempre disponiveis, © conveniente definir defasamento angular como 0 dngulo entre ax tensdes induzidas em AT ~ X2 ¢ HI ~ H2 no sentido anti-horério, Pelo exposto, observa-se que o deslocamento angular depende: 8) do sentido de enrolamento das bobinas, b) da marcagio dos terminais dos enrolamentos (HI, H2, ete) ©) das conexdes dos enrolamentos, Justifiea-se, pois o sentido das tenses depende do sentido dos enrolamentos, Utilizando-se uma marcagio dos terminais do scoundario diferente da adotada para 0 primério, pode- se alterar a seqnéncia de fases das tensies e, evidentemente, nfo abter-se o deslocamento angular Corteto (note-se que os dois itens definem a polaridade do transformador). As conexdes do enrolamento (deita, cstrela ou zig-zag) sdo fundamentais, como 0 proprio texto esclarece, Observe-se que um transformador nfo pode alterar a sequéncia de fases do primério e secundério. Evidentemente, pode-se alterd-la invertendo-se a ‘mareagdo dos terminais em dois condutores de saida, Conexbes dos ‘Defasamento Angular Enrolamentos | Subtrativo Aditivo Da Yy, Ya. (OP oud 180° ou 6 Dy. Yd, ¥z 30° ou | 210° ou 7 Da, Dz ‘60? ou2 240° ou 8 Da, Dz, 300° ou 10 120° ou4 Dy. Yd, ¥z [3307 ow 1 150% ou ‘Tabela I - Conexdes e defasamentos angulares, E bastante comum indicar as figogdes transformador aerescido do DA., ou se) Dy 210°, ou, Yd 150° ou Dz 60° Onde: D ou ¥ - ligagdo delta, estrela no primario a, y ou z - ligagio delta, estreia ou zig-zag no secundério. Como se sabe, as horas relacionam-se com os {ingulos formados pelos ponteiros de um relégio, ou sea 1 hora ~ 30° Sendo assim, os exemplos anteriores so, usualmente, denotados por. Dy?, Yds, Dz2 Observe-se que, conhecido 0 DA. do transformador, sabe-se qual ¢ a sua polaridade, como ‘mostra a figura 5 T TRATIVO 7 180; ~SUB' 90 i I Le | 270° Figura 5 - Polaridade e Defasamento Angular - Relacionamento, (Coptalo 10: Potaridde ¢ Defasamento Angular ~66 ¢@ fupai 5.0 - METODO DO GOLPE INDUTIVO com CORRENTE CONTINUA PARA A DETERMINAGAO DO DEFASAMENTO ANGULAR: Existem varios métodos priticos para levantamento do defasamento angular, facilmente cexecutaveis em campo, Uma altemnativa bastante simples e eficiente & © emprego do golpe indutivo, no qual utiliza-se uma pilha © um voltimetro de zero central, a exemplo da o 180" 30" 210" 60" 20" 120" 300" 150" 330° Tensées a Comparar 4 Unie e Usa > eee < << s < 5 Vrexs € Vase = > < > « 5 ea Ujosa et < => < >» &£ > Sag Une © Utare < > = > as << > <« Polaridade SoA S A A SoA s Tabela 3 - Relagics entre Tensdes para Determinagio do D.A, conforme [1]. Captalo 0: Potaridade e Defsamento Angular 68 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 11: MEDICAO DA RELACAO DE TRANSFORMACAO RESUMO © objetivo deste texto & apresentar uma metodologia para a mediglo da relagio de transformagio de transformadores _trifasicos (considerando-se todas as conexdes padronizadas) @ partir do conhecimento prévio de seu defasamento ‘angular. Adicionalmente ¢ mostrada a influéncia grandeza na leitura do equipamento ¢ efetua-se uma anilise de erros em relaeZo aos valores obtidos pelo ‘metodo da medigdo direta da relagio de transformacao com niveis de tensdes reduzidos (metodo do voltimetro), 4.0 -INTRODUGAO A medigdo da relagio de transformagiio de um transformador ¢ padronizada como ensaio de rotina € como teste basico em programas de manutengio preventiva em transformadoresreparados ou submetidos a reformas ou, ainda, no comissionamento das unidades. A sua importineia se prende ao fato de que um acompanhamento efetivo poderi indicar @ presenga de problemas, bem como, a edaptabilidade do transformador ao sistema que se insere (por exemplo, ‘na operagdo em paralclo), Os métodos mais frequentemente empregados para a sua obtengio so 0 do voltimetro ¢ o da medigao da relagio de espiras através de um equipamento construido especificamente para este fim, E claro que ualquer um deles deve oferecer valores suficientemente precisos para que sejam vélidos para (05 propésitos citados Em ambas as metodologias verifica-se que existem erros © incertezas em seus empregos e resultados, Neste aspecto, o método do voltimetro & Festritivo em muitos casos, principalmente quando sio es reduzidas em relago a nominal. Por sua vez, @ aplicagdo do medidor de relagao de espiras a transformadores trifésicos apresenta varias nuances que podem levar a enganos, Em fungao do exposto e visando a diminuir a taxa de incerteza na utilizaglio dos dados de ensaio, efetua-se uma andlise critiea dos erros inerentes aos aplicadas tet métodos e apresentam-se procedimentos adequados para minimizé-los, 2.0 - RELAGAO DE TRANSFORMAGAO E DE ESPIRAS, ‘Como explanado anteriormente, a relagdo do numero de espiras (Ky) © a de transformagio ou de lensdes (K)_ nos transformadores monofisicos 80 iguais numericamente, em termos priticos, Nos trifisicos, entretanto, podem diferir conforme as conexdes dos enrolamentos envolvidas, ou seja, como mostrado na tabela | Tigagto [Da] Dy | Dz_[¥y | va ve Ky | 2 K- [Kyl ~* | =K, | Ky | 3K, | | Ry | Kee] Tabela 1 - Valores de Kem fungio de Ky para as diversas conexdes, B Portanto, quaisquer medigdes da relagdo do inimero de espiras para se obter a de transformagao nos transformadorestifisicos devem considerar tais valores, 3.0 - DETERMINAGAO DA RELAGAO DE TENSOES © ensaio de relagiio de tensies realiza-se aplicando a um dos enrolamentos uma tensdo igual ou ‘menor que a sua tensdo nominal, bem como, freqiéneia igual ou maior que a nominal, Para transformadores trifésicos, apresentando fases independentes e com terminais acessiveis, opera se indiferentemente, usando-se corrente monofisica ou trifisica, ou seja, como for mais conveniente, Se os enrolamentos da tensdo superior estiverem ligados em estrela com o neutro inacessivel, usa-se corrente \rifisica, operando-se do mesmo modo que com os transformadores monofisicos, Os métodos usados para o ensaio de relagao de tensdes sao: 8) Método do voltimetro: b) Método do translormador padrao, (Capitulo 1: Mego da Rela de Tranaformagig ¢@ fupai ©) Método do resistor potenciomtrico; 4) Método do transformador de referéncia de relagao varidvel. A NBR 5356 estabeleve que este ensaio deve ser realizado em todas as derivagdes, 0 que se constitu em uma boa pratica, principalmente, na recepetio do transformador. Observe-sc que as tenses deverdio ser sempre dadas para o transformador em vazio. A citada norma admite uma tolerincia igual 20 ‘menor valor entre 10% da tensito de curto citeuito em Porcentagem ou + 0,5% do valor da tensio nominal dos diversos enrolamentos, se aplicada tensio nominal no primério, Analisa-se a seguir, os métodos do voltimetro ¢ do transformador de referéneia de relagiio variivel, por serem os mais utilizados. 4.0 - METODO DO VOLTIMETRO © principio deste método é alimentar © transformador com certa tensio © medi-la juntamente com @ induzida no secundario. A leitura deve ser feita de forma simultinea com dois voltimetros (e TP’s, se necessério), Ainda recomenda-se, que se faga um novo grupo de leituras, permutando-se os instrumentos visando compensar seus eventuais eros. A média das relagdes obtidas desta forma é considerada como a do transformador Observe-se que em geral, por facilidade e seguranga, a alimentagao do transformador ¢ feita pelo lado de AT com niveis reduzidos de tensio em relagio nominal do tap considerado, Tal pratica, entretanto, resulta em dois problemas fundamentais, a saber: 4) A fonte, cm grande parte dos casos, apresenta tenses desequilibradas, mascarando os resultados das medi Se aplicados, por exemplo, trés_niveis distintos de tensdes, mesmo balanceadas, podem resultar trés valores diferentes de relagdo de transformagao, b) Em ambas as situagdes, os erros e incertezas descaracterizam os objetivos de se medir a relagto de tansformagao, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES essa forma, € conveniente determinar-se luma relagdo de transformago média, a qual represente ‘mais adequadamente a do transformador, Sugere-se que o scu cileulo sela feito cempregando-se: Un *U yo Uy +0, Q n Onde: 9 Uy =Usnz + ans * UV aany Q 9 Ux =r Urs + yay, @ ©) Se a ligagao do lado considerado for delta ou estrela ‘com neutro inacessivel: Uno =0 ® lou Uy. =0 © m=3 6 efou n=3 o 4) Se a ligagdo for estrela com neutro acessivel, tem-se: Ug0=rinz Urns U yay V3 8) elou U0 = ryaes tU gies tU ayy WB o m=6 19) elow n=6 ay A Tabela 2 excmplifica © exposto para um transformador trifésico de 30 kVA, 13.800 ~ 13.200 - 12.600 ~ 12.000 1 220 V, Dy 1, ‘ensaiado conforme prescrito no método em anilise Peete] we | mms | mana | xn | xno | ano) wav | ane x ‘Tabela 2 - Valores medidos entre buchas e a relagdo de transformagiio média Copiato 11: Medico da Relagio de Transformagio 70 Evidentemente, o acompanhamento da relagao de transformagio entre buchas de mesmo indice fica prejudicado, “ limitando a aplicabilidade do procedimento, Por outro lado, © emprego de tensdes roduzidas acarreta na diminuigio da corrente em vazio. Isto resulta em quedas de tensbes distintas para cada fensd0 aplicada, ou seja, mede-se a tensio priméria ¢ secundiria, porém esta iltima seré proporcional tensdo priméria subtraida da queda de tensio causada. ndo assim, sugere-se, para minimizar as incertezas, que sejam aplicadas varias tenses reduzidas, efetuadas as medigSes correspondentes, caleuladas as relagdes, a sua media (K) e respective desvio padrio, (DP), Nesse caso, deve-se verificar a consi dos dados por: DP, We <0,1 ay Se houver consisténcia, o valor médio serd cconsiderado como a relagdo de transformagao para 0 lap considerado, Em caso contrério, deve-se executar novo elenco de medidas e repetido o process, Para o transformador do exemplo anterior, aplicando-se © método como exposto e as expresses anteriores, obteve-se os valores constantes na tabela 3 para o tap de 12.000V. Uys | 370 | ws | 300 [320 | 347 WxtUoV6 [8:64 [907 | 9.16 [951] 10.00 K 54.42 | 54.47 | 34.60 | 34.65 [54.10 Tabela 3 - Relagdes de transformagiio obtidas com tensbes reduzidas A média das relagoes & K = 54,568 3) co desvio padrio: DP ~ 0,1190 (4) Ento DIZ. — 0,0022 «sy 0 resultado de (15) indica a consisténcia dos dados ¢, assim, a média sera considerada a relago de transformagio do tap. Como a relagto de placa é de 5. © erro € de apenas 0,04%, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 60-TTR A sigla TTR (iniciais de Transformer Turn Ratio) tomow-se sindnimo de equipamentos para ‘medigdo da relagio de transformagao, Em sua concepg0 original ineorpora um transformador monofisico padrio com numero de espiras varidveis, o qual é posto em paralelo com o que se quer medi. Na atualidade, esse mosielo tradicional & chamado de TTR “monofisico”, pois existem os Uriffsicos” e os eletrénicos, Figura 1 - TTR “monofisico” No TTR monofisico, quando a relagdo de s transformador monofisico com nimero de espiras varidveis se iguala ao do que se quer medir, ndo hé diferenga de potencial em seus secundarios, nem corrente de circulagto. Assim, 0 valor correto pode ser verificado em um indicador (microamperimetro) de nnulo, até uma relagdo de espiras igual a 130 (a qual pode ser aumentade com equipamentos auxiliares), Figura 2 — Indicador de nulo, Capitulo 1: Medio da Rela de Fransformag 70 fupai A conexto do equipamento as buchas do transformador a ser testado € executada através de quatro coneetores, sendo: a) Dois conectores, normalmente, do tipo sargento”, para serem —ligados nos cenrolamentos de baixatensio do transformador sob teste, Um destes possui mareagio de polaridade © seri designado neste texto por “SP” e, 0 outro, “SN”. Sto 0 terminais de excitagao; Marca de polaridade i oe Figura 3 ~"Terminais de excitagaio, b) Dois conectores, normalmente, do tipo ‘yacaré” para serem —ligados aos enrolamentos de alta tensio do transformador sob teste, Um deles possui a mareagio de polaridade (ou cabo da mesma cor da marca de polaridade do sargento) e seri designado neste texto por “JP” , 0 outro, “JV Figura 4 ~ Terminais para ligagao na AT MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Para que seja feita a medigto correta, deve-se conhecer previamente quais so as bobinas inducoras que serio ligadas avs terminais de excitagdo do TTR (SP e SN), © as respectivas bobinas induzidas cujos lerminais serdo ligados a (JP e JN). As polaridades destas bobinas possue importineia, pois se estiverem invertides, o TTR no forneceré leitura, Nesse caso, o amperimetro da parte frontal do equipamento tende a indicar correntes superiores a 0.8 A rande Figura S ~ Amperimetro, Apesar da finalidade basica do TTR ser a de fomecer a relagdo do nimero de espiras (Ky) com previsio, pode ser empregado para a obtengao da Felagao de tenses dos transformadores triféisicos Figura 6 ~ Medigao em transtormador trifésico, Capitulo TI: Medico da Relagio de Transformagio 72 Nese caso, como, nem sempre, Ke Ky so iguais, ¢ necessério que se aplique os fatores da Tabela I. Nos 7R’s trifisicos © nos eletrOnicos, no existem tais problemas, pois a leitura ¢ formecida diretemente 6.0 - DEFASAMENTO ANGULAR E 0 TTR Verifica-se, entretanto, que uma mesma ‘xo admite formas distintas de Tigaglo (caso das conexdes delta © zig-zag), 0 que pode resultar em MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES diferentes defasamentos entre as tensdes primérias ¢ secundirias Tal situag%o pode levar a valores falsos quando se emprega 0 TTR, considerando-se apenas as ‘marcagdes das buchas, 0 que € bastante comum, Mesmo seguindo as instrugGes dos fabricantes, cexistem casos onde € possivel a obtengio de leituras, porém com a presenga de erros inadmissiveis Para exemplificar, a figura 7 spresenta uma ligagio incorreta_ do TTR as buchas de tres ‘ransformadores trifisicos. Figura 7 - Conexdes incorretas dos terminais do TTR as buchas do transformador sob teste De forma a se ter uma base para a avaliagtio de_crtos, executou-se medidas em transformador Urifsico com relagdo de placa igual a 10, utilizando-se as ligagdes da figura 4 ¢ as cometas, ¢ os resultados foram: Caso) —Dyl , com neutro acessivel Conexbes Corretas Conexbes Incorretas 9.92 7.390 9.994 4.725 9.992 2.666 Caso 2— DylI, com neutro acessivel ‘Conexies Corretas Conexies Incorretas 9.992 2.548 9.995 5.091 9.992 7.248 Caso 3- Ya, sem neutro acessivel Conexies Corretas Conexbes Incorretas 9,993 12683, 9.990 14.791 9.986 14778 A forma mais simples de executar medidas corretas com o TTR é construir os diagramas fasoriais de tensdes do transformador. Com tal diagrama, verificam-se quais as buchas de BT ¢ de AT sio correspondentes, ligando-se a elas os conectores “SN - ST” ¢ “JN — JP", respectivamente, respeitando-se a polaridade. Ele, normalmente, vem estampado na placa do transformador. Entretanto, existem casos onde & desconhecide, como, por exemplo, aqueles onde as placas se perderam ou foram pintadas comissionamento ou reforma do transformador, entre outras. Capitulo 1: Medio da Rela de Transformacio 73 Para tragi-lo & necessério conhecer como cestdo ligados os enrolamentos para uma determinada conexio, exigindo-se a abertura do transformador para Verificagdo, 0 que é poueo pritico Por outro lado, 0 defasamento angular ¢ MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES conseqténcia, ele estd associado ao diagrama fasorial ‘em fungio das conextes. Dessa forma, basta conhes lo para utilizar 0 77R de forma adequada Considerando-se tais fatos, as tabelas e figuras sempre 0 mesmo para determinada forma de 2 seguir fornecem os procedimentos para o emprego fechamento, das conexdes dos enrolamentos, Em correto do equipamento nos transformadores trifisicos, 6.1 - Transformador com Neutro Acessivel Conexao A> 0 6 TeminaisTIR | [Te |e [a] SN xo | xo_| xO | xo [xo | xO yy ‘SP xt [x2 [x3 [xt | x2 | x3 JN Ho | HO [HO | At | H2 | HS JP. Ht [2 | H3 [HO [HO | HO DA—> 1 14 5 7 TeminasTR [Tete | eT eT sel ele, ep ey] 2] by SN x0_[ "xo [xo [xo | xo | x0 [x0 | xo [x0 | xo | xo_| x0 ‘SP xa [ x2 xs xt | x2 xs [xt | x2 [xa | xt x2 | x8 IN Ha AT [2 [Ha [es [at [at Ht | He | HT | H2 | 3 oP. Bi [Ha [Hs | At 2 [3 [2 | He [HT PHS | Hi | He DA 7 1 6 7 TeminsTIR [PTS Tse el ele l( Pyle ls | Pla] va ‘SN x2 [x3 | xT XS xT | XO XS xT | xa | xe S| XT ‘SP xi [x2 [xa [xt | x2 xa [xt [x2 [xa xt x2 | WN, Ho [Ho | HO [HO | HO [HO [HT | 112 [3 | Ht | H2 | 3 wP. Hi [2 [43 [at [2 [Hs [HO | HO | HO | HO | HO | HO Tabela 4 ~ Aplicagdes dos terminais do TTR as buchas de transformadores com neutro acessivel. ‘A figura 8 exemplifica 0 uso da tabela 4 para um transformador Dy (destaque em amarelo). Me Myo Hy Hy My ome Hy “ANN % Q Figura 8 ~ Aplicages dos terminais do TTR as buchas de um transformador Dy | sob teste. Capito I: Motigto da Relagho de Transformaio 74 @ MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES fupai 6.2 - Transformadores com Conexio Dd DA—> a z 70. Terminais TTR eee ee ee SN. XS xa xa xa xs xt_ x xs SP. Xa [xa xa xa xa x xt oe JN Hg [at [Haas ai [_H2_| #2] a3 P. Hi [ha] as [at [Ha [#3 | Hi} DA—> 4 6 3 Terminais TTR ee ee ee ee SN. xa [xa ka xs xt ‘SP, xa | xa xs xa xa x3 etx JN CL a Cc ie 2 He [as TAT Js [ai _[h2_| #3] at] Tabela 5 ~ Aplicagdes dos terminais do TTR as buchas de transformadores Dd. A Figura 9 exemplitica o uso da tabela 5 para um transformador Dd0 (destaque em amare). i. i. Figura 9 ~ Conexdes dos terminais do TTR as buchas de um transformador Dd0 sob teste. a0 tite XX oy Capiaulo 11: Medisito da Relacio de Transfarmagia 715 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 6.3 Transformadores sem Neutro Acessivel, Conerde | DA=> a a Tamia} [a [a Te ; mas Te [ele [ eles SN x3 Xt x2 X41 X2 x3 Y SP. Xt X2 x3 x2 x3 Xt a JN H2 H3 Ht H2 H3 Ht a Curto | xaxa | xaxa | xax2 | x2x3 | x0x3 XIX2 Entre DA 7 i 5 z Terminals | 40 ye ° ° ° ° a ° 6 ° mes Te fe [rlzlelrlz[*lrl2|2 shee oe 8 a x JP HI H2 H3 Hi H2. H3 H2. H3. Ht H3 Ht H2 Suro Tana nna | ne | wana | em | | ws | rv | oan | was | rv | wna DA i ff z 7 ‘Terminais ° 0 yo 0 o 0 0 Jo yo 3° TTR 4 a s 7 2 % 1 2 3 1 2 3 SN x2 x3, Xt x3 xt x2. x3 xt X2 X2 x3, xt va [Psp eee rea xe xe [Px JN H3 Ht H2 H2 H3 Ht Ht Ht H2 H1 H2 H3 Sea ReaD are RRB LB Guten | xs | axa | wana | ows | x | waxs |x | xe | axe | xx | xa Tel 6~ Apa do teins do TR As buh de tasfrmares sem new ese A fig 10cm ts dae pra um tensfomado Yl (sau om marl) Me He Hy Hy Hz Hy My Hey ye 4 wT nt 2 5 O ae . Figura 10 ~ AplicagSes dos terminais do TTR as buchas de transformadores sem neutro acessivel ‘Capinile 11: Medigio da Relacto de Transformacho 76 @ fupai 7.0 - METODO DO VOLTIMETRO E 0 TTR Como verificado anteriormente © método do voltimetro pode acarretar em ineerteza nos resultados, enquanto © do TTR, se corretamente aplicado, & ceonsiderado como bastante preciso, Considerando-se estas premissas, efetuou-se lum estudo comparativo de erros entre as metodologias. Foram consideradas as vérias conextes de um transformador religavel e diversos niveis de tenséo no método do voltimetro. O eo (E %) foi calculado atraves de: (16) Onde: Ky ~ relagdo de transformagio obtida pelo método do voltimetro, utlizando-se dos procedimentos descritos, Kim ~ relago de transformagio oblida através do uso do TTR Os resultados sao apresentados na Tabela 7 Tensio Aplicada | Dd | Dy | Dz | vy | va | ve (% Us) 100 | 0.326 [0.152 | 0.307 | o102 | O13 | one 75 [0731 [066 [0,707 | 0,102 | 0.315 | 0,600 50 [1.124 | 0.865 | 1,007 [1.015 | 0.822 | 0.812 25 Pias7 [ates [att | a.zte | 4.127 [1.303 Tabela 7 - Erros na relagio de tensio (em %) MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Naturalmente, a tabela 7 é valida apenas para © transformador testado ¢ deve ser encarada como apenas de cardter orientativo, A sua anise, cntretanto, Permite tccer algumas consideragées de ordem geral Note-se que 8) A redug#o da tensio no método do voltimetro resulta em um aumento dos erros, apesar do tratamento estatistico dado; b) Mesmo a tensto plena existem desvios, tembora inferiores a tolerdneia admissivel: € ©) com valores inferiores a 50% da tensio ominal, os erros tomam-se signiticatives para qualquer conexdo. 8.0 - CONCLUSGES Os resultados obtidos permitem coneluir que 0 método do voltimetro pode ser restritivo conforme © objetivo de se determinar a relugdo de tenses Note-se que, mesmo apds_tratumento estatistico, sd0 encontrados desvios significativos para niveis reduzidos de tenstio de enstio, procedimento, este, amplamente utilizado Por outro lado, verifica-se que a conexto incorreta dos terminais do TTR as buchas de transformadores trif'isicos também acarretam ervos consideriveis na medigao da relagio de tensdes, A metodologia apresentada, onde so correlacionados 0 defasamento angular, as conexdes dos enrolamentos © os terminais do TTR, permite evitar tais inconvenientes e é de féeil implementagao pritica, Capitulo 1: Medi da Rel de Transformagio 77 ¢@ fupai MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 12: PERDAS, CORRENTES DE EXCITACA4O E TENSAO DE CURTO-CIRCUITO RESUMO Os ensaios de perdas em vazio € totais sto ‘consideradas como de rotina nas normas, bem como, a avaliagdo da impedincia ou tensto de curto-circuito Porcentual, Este texto analisa as metodologias de enssio, visando fomecer subsidios para o ensaio de aquecimento, 1.0 -INTRODUGAO © ‘ermo perdas refere-se a poténcia (ou ‘energie elétrica) que deixa de ser uilizada pela carga Ha basicamente dois tipos de perdas em lwansformadores: perdas em carga (ou em curto- etreuito) ¢ perdas em vazio, © principal efeito destas perdas & causar 0 aquecimento do transformador. A tabela 1 mostra a classificagdo das peras segundo sua origem, 7; rigers | Natureza | —Tocaliago Hiserese is elonentos de Faxo mio montage (nn) ‘ton Chagas de nile Comets de |“ aha Foust | parstmon se ‘oie Yarn | Con Vax | Comte | ttcio owe | Nov envlamene Thode YG Tran de diapers | SOmEHESE | GeO tase (ers) fergem em pal Flix sterottico © | Hiserese comeniede | cles | Diticoe Tig | Sondte (laments) ‘Coren de ee ee ee crete [“thnsde tearga) | disperse | tea oule | Condos (coe Tabela 1 ~Perdas existentes no transformador, sua origem € localizagio, ‘As perdas em vazio comespondem a poténcia ativaabsorvida por um transformador, quando alimentado em tensfo e frequéneia nominal, achando- 82 0(5) outro(s) enrolamento(s) sem carga. Por outro lado, as perdas no ferro sBo as maiores parcelas das em vazio. AS outras do consideradas adicionais e, em geral, possuem valores insignificantes, Desta forma, perdas em vazio e perdas no ferro si, geralmente, utilizadas como sin6nimos. As perdas no ferro sto as causadas pelos efeitos da histerese magnética e pelas correntes de Foucault © si fungao do valor, freqaéncia e forma de ‘onda da tensdo de alimentagio. AS perdas adicionais em vazio sto aquelas ‘mostradas na tabela 1, ou seja, perdas devielo 8) a0 fluco de dispersito; b) dcorrente de fuga pelo dieléwico. Além disso, hé as perdas no micleo devide is modificagdes de estrutura das chapas de ago durante seu tratamento mecénico, fas perdas sto de dificil determinagao analitica, porém, € comum adotar que as penlas Adicionais situam-se entre 15 a 20% das perdas por histerese ¢ Foucault no niicleo Também existem as perdas por histerese ¢ jucault nos parafusos, rebarbas © elementos de ‘montagem, As perdas em carga ou em eurto-cireuito (Px) correspondem a poténcia ativa absorvida quando um dos enrolamentos for percorrido por corrente nominal estando © outro curto-cireuitado. Se o transtormador ossuir mais que dois enrolamentos, a definigio & vida pera cada par, estando os outros abertos. As perdas em curto-circuito sto as 4) por efeito Joule nos enrolamentos (P,); ¢. aquelas 4) devido as enrolamentos, correntes parasitas nos Capito 12: Perdes, Correntes de Excitagoe Tent de Curt-cirato 78 2 fupai A presenga de perdas por efeito Joule & imevitivel, naturalmente. Entretanto, ¢ possivel minimizar os efeitos de corrente parasitas nos cnrolamentos e, em conseqiéncia, reduzir as perdas correspondentes. Para tanto, adota-se 0 procedimento de subdividir os condutores, isolando-os uns dos outros, colocando-os em paralelo e executando ttansposigdes em diversos pontos durante a confeccto da bobina, Desta forma, as perdas totsis stio a soma das Perdas em vazio e das perdas em carga, Observa-se que, para transformadores com varios circuitos, as perdas totais so referidas a uma combinagio especifica das cargas nos enrolamentos. 2.0 - CORRENTE DE EXCITAGAO A comente de excitagio, vazin ou Tmagnetizagio (Iy) & a corrente de linha que surge quando em um dos enrolamentos do transformador for Tigado @ sua tensdo e frequéncia nominal, enquanto os lerminais do outro enrolamento esti abertos “¢ apresentam tensto nominal Seu valor encontra-se na faixa: Io 1a6%ly o A sua fungio € suprir as perdas do \vansformador quando opera sem carga e produzir o Aluxo magnético, Por outro iado, as perdas em vazio sio: Po= U; In cos % Q ‘onde % ¢ a defasagem entre U € Ip Naturalmente, ¢ de interesse pritico que as Perdas sejam as menores possiveis. Para que isso Seorra, a commente a vazio deve set, em quase sua ‘otalidede, utilizada para magnetizaeao do nivleo. Assim, 0 valor do angulo deve ser 0 maior Possivel © 0 cas %, (ator de poténcia em vazio) ossuira baixos valores, A corrente de excitagao de um enrolamento & frequentemente expressa em porcentagem da corrente fhominal deste enrolamento, como feito na expressio 'm transformadores de varios enrolamentos, esta Poreentagem & referida a0 enrolamento de poténcia ‘nominal mais elevada, Por outro lado, em —transformadores a correntes de excitegio nos virios de linha podem ser desiguais. Nesse caso, é comum admitir que a comente de excitagio € a media aritmetica dessas correntes, No transformador tnfésico, por exemplo, tem polifisi, termin, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ® onde, Toi, Ins © Toc - so as correntes em vazio de cada fase. 3.0 - TENSAO DE CURTO-CIRCUITO ‘A NBR-5356 define como tensdo de eurto- cireuito como: @ “tensdo que aplicada entre os terminais de linha de um transformador polifisico on entre os terminais de um transformador monofésico, sob fregiiéncia nominal, com o outro enrolamento ‘curto-circuitado e os demais, se houverem, em circuito aberto ¢ que faga circular no primeira enrolamenta uma corrente correspondente a menor das potencias nominais da combinagdo em relacdo @ respectiva derivagéio”. A fensdo de curto-cireuito (Ucc), em geral, & expressa em porcentagem da nominal do enrolamento ‘correspondente, ou seia ce Uoo%=F=100 @ Por outro lado, a relagio entre as perdas em carga (Poo) © poténcia nominal (S\) fomece a resistencia percentual do transformador, qual & a arcela resistiva da impedincia de curto-cireuito, ou seja P. R% 5, 100 6) Com 0 conceito de impedincia admite a existéncia de resisténcia e reatincia, tem-se que a reatdncia percentual (X%) do transtormador & X%=NZ% RYE 6 X% >> RY 0 enti X% = 26 ® Devese observar que R% varia com a temperatura © X% nio varia, Assim, quando se deseja converter a impedincia de curto-cireuito de uma temperatura T para outra temperatura de referéncia Ty fem-se: opiate 12: Perdas, Corrente de Excliago € Tensdo da Cura acai 79 ¢ fupai Zn %= 23% + R%AK, =I) © onde: Zp96 ~ impedincia porcentual na temperatura de referéncia (T,) 2)96- _impedincia porcentual na temperatura 7; Ry%6~ _resisténcia poreentual na temperatura 1, K+h, (io K+T sen, K= 2345 parnenrolameno de cobre,© K-25 parmos do almdnin, 4.0 - ENSAIO EM VAZIO 4.4 - Objetivo © ensaio em vazio de transformadores tem ‘como finalidade a determinagao de: ) perdas em Vazio (Po) b) corrente de exeitagao (Id. Adicionalmente, possivel determiner o fator de ‘potencia em vazio € os chamados parimetros do ramo ‘magnetizante, 4.2 - Consideragées Gerais Conforme a NBR 5380, as perdas em vazio e 8 corrente de excitagdo devem set referidas & uma {ensdo senoidal pura (ou seja, isenta de harménicos) ‘com fator de forma 1,11 Observe-se que 0 fator de forma ¢ definido por: U, F, aR ay onde: + valor eficaz. da tensfo, Uned ~ valor médio da tensiio, Desta forma, toma-se necesséria a utilizago de dois voltimetros, sendo um para valores eficazes e, ‘outro, para valores médios. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES © ensaio pode ser feito em qualquer dos enrolamentos (AT, BT ou outros, se existirem), porém ‘© mais conveniente ¢ o de menor tensdo, por Facilidade na medigio. A freqdéneia deve ser a nominal do transformador. 4.3 - Execugo do ensaio 4) conectar 0s aparelhos ¢ transformador como, nas figuras | ¢ 2, utilizando-se de TP’s e/ou ‘TC's, se necessirio: Figura 1 - Conexdes para (ransformadores monofisicos, Figura 2 - Conexdes para transformadores trifisicos, b) alimentar o transformador com o valor da {enso nominal, porém lido no voltimetro de valor médio, “A freqiéneia deve ser a nominal; ©) anotar os valores das poténeias, correntes valores de tensio eficaz © média, se 0 transformador for monofisico se 0 transformador for triffsico, tomar trés pares de leituras separadas, permutando ciclicamente as ligagdes das fases, por ‘exemplo, para os terminais da fonte (A,B,C) © do transformador (R.S.T) indicados ‘na figura 2, pode-se ter: d Capitato 12: Perdas, Conrents de Exciagdo e Tensdo de Curto-circuito =O 1 posigio: A com R, B com S, C com T = 2 posigdo: A com R. B com T. C com posigdo: A com S, B com R, C com 1 Neste caso, a poténeia em cada posigio seri soma das leituras dos wattimetros W’; ¢ W's © as perdas em vavio, a média aritmética das 1ués somas: ©) para os transformadores trifisicos, a medigio da corrente de excitago deve ser feita como segue: + (ens de atimentagio no valor nominal ajustado pelo voltimetro de valor médio (Vi). A corrente seré a média da leitura dos amperimetros nas trés fases. ou seja: Jon + Tos * Top 3 «ay + tenstio de alimentagao. no valor nominal ajustado pelo voltimetro de valor eficaz (V2) A comente seri a média da leitura dos amperimetros nas irs fases, ou sj pg = fant et Dr a ee = leur ds dois volimetros no diterem ents em mas de Tihs 8 coments de eat ser Intl «aay 5.0 ENSAIO EM CURTO-CIRCUITO 5.4 Objetivo ensaio em curto-circuito permite a obtengtio dos valores de: a) perdas-em carga: b) tenso de curto-circuito e parimetros poreentuas, 5.2 Consideracées Gerai Conforme estabelece a NBR-5380, este enseio deve ser feito @ freqaéncia nominal e os condutores MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Utilizados para curto-cireuitar o transformador devem ler sego igual ou superior a dos seus respectivos terminais, alm de serem Wo curtos quanto possivel ¢ afastados de massas magnéticas. ‘As medigdes devem ser efetuadas rapidamente intervalos suficientes para que a clevaglo de temperatura niio cause erros significativos s instrumentos podem ser ligados a qualquer dos enrolamentos, porém & mais conveniente que 0 sejam no de maior tensdo. O curto deve ser efetuado no de menor tensio, Se houver mais de dois enrolamentos envolvidos, os mesmos devem ficar abertos. 5.3 Execugao do En Dois Circuitos io - Transformadores com 4) medir a temperatura dos enrolamentos (71), ) conectar os instrumentos ao transformador ‘como nas figuras 3 ¢ 4, utlizando-se de TP's elou TC's, se necessini: Figura 4 - Conexdes para o transformador trifisico ©) aplica-se uma tense reduzida para que circule @ corrente nominal; ) tomam-se as Icituras, simultaneamente, de corrente, tensio.e potd No: transformadores tifisicos, a potneia absorvida seri a soma algébrica das indicagdes W, e Ws, ou seja Pn = Wy + We as) Capitulo 12: Perdas, Correntes de Excliagoe Tensto de Curio-crcuto “81 @ fupai A ensiio lida seri a tensto de curto-citcuito (Uc) ea poténcia (P_), as perdas em carga (Pec) actescidas da carga dos aparelhos de medigio; ©) desliga-se 0 transformador e, com a mesma lensdo, executar nova leitura de poténcia, ta sera a carga dos aparelhos (Pj). A poténcia realmente absorvida pelo lransformador é Poe ~ Pm= Pap 16) 1) novamente determinar a temperatura dos cenrolamentos (7') A temperatura do ensaio & considerada como: an 8) as perdas devem ser comrigidas para a temperatura de referéneia (7), entretanto, as componentes das perdas em carga, ou scja, as ohmicas (Py e as adicionais (Ps) variam diferentemente com a temperatura As perdas dhmicas aumentam com a temperatura eas adicionais diminuem, eonforme citado na NBR-5380, Desta forma, © importante separi-las e efetuar as corregoes independentemente AAs petdas ohmicas sfo ealeuledas por (22), ou sei Py (Ril + Rols?).m (1g) onde Ry © Rp sfo as resisténcias medidas dos enrolamentos 11 Iz Sio as correntes com as quais foi feito 0 ‘m ~ 1, para transformadores monofisicos, ‘m-~ 3, para transformadores tifésicos. Ainda, para os transformadores trifésicos, deve- se alentar para a ligagéo dos enrolamentos, pois na ligagdo delta, a corrente medida (inha) serd "maior que a de fase. Desta forma, as perdas adicionais sao: Pap = Pec =Ps «gy Efetuando-se as corregties, tem-se: Pam = Pe Kr (20) /ANUTENCAO EM TRANSFORMADORES P, Pom = 2 21) Ciara ¢ sendo Ky dado pela expressdo (10) Assim, as perdas cm carga na temperatura de referencia, so: Poe = Pron + Pavor 22) Naturalmente, para o cileulo dos parimetros Pporcentuais, deve-se utilizar 0 valor dado em 22) 1h) nos casos em que no for possivel realizar-s © ensaio com corrente nominal, 0 valor da impedineia de curto-circuito & das perdas ‘em carga devem ser corrigidos como segue 1, Z%= 2% 23) ae 23) L, Poe %e = Pace o=* 24 oe ie ay onde: Poet ~ incia obtida nas condigdes de enstio Pew = perdas obtidas nas condigies de ensaio 1, - comrente de ensaio; 29% - impedincia corrigida para as condigdes Pec ~ perdas comigidas para as condigies ominais Jy corrente nominal Naturalmente, apos executadas estas corregdes devem ser efetuadas as de temperatura 6.0 - CUIDADOS PRATICOS E OBSERVAGOES 8) Sempre que possivel devem ser utilizados Wwattimetros com baixo fator de poténeia 5% ou 10%); +) Em um outro transformador com tercirio, as perdas Pice, Pree © Proc. 120 possuem significado individualmente, podendo mesmo assumirem valores negativos Mesmo neste caso, sus soma corresponde, aproximadamente, & perda ou carga do ttansformador, ©) Em transformadores com mais de trés eireuitos, estes devem ser tomedes aos Coptalo 12: Perdas, Conrents de Excagdo e Tens de Curto-areuito “2 fupai pares, seguindo-se © principio do método ‘especificado para os transformadores de trés cireuitos: MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ©) As tolerdncias admitidas para valores obtidos nos ensaios em relugdo dos declarados pelos fabricantes do para 4) A norma NBR $440 fomece os valores limites das perdas, comrente de excitagio © inpedéncia de curtoncireuito tenses de eurto-cireuilo. para transformadores de dois cteuitos: 47.5% transformadores —riffsicos, como = ransformadores de ts ou mais cieuitos: exemplificado na Tabela 2. 410% + ttansformadores com nrolamentos em Corrente | Perdas | Perdas | Tensdo de Zig-zag: +10% Patina | te" | emvaio | tors | eee ~ autoransformadores:#10% VD" | exc | Imirima | masina | SH co | a | an | opeer corrente de excitagdo: 7 So ear ‘toler fe 20% do valor declarato, 0 0 ws 39 | 360 [oa das 35 34 [ 350 1590 a bend Tas | 31 sa aa Niimero dewnidades | Base de Pardo Ee fee a de cada ordem de | determinacao | Vasio | Totals 300 — [3 [an] compra ee Too mais Cade uid —[ 10] Tabela 2 ~ Valores garantidos de perdas, correntes de = Msindstalss excitagdo € tensbes de curto-crcuito em dade. transformadores trifisicos de tensio maxima do ‘equipamento de 15 kV. ‘Tabela 3 ~ Tolerdncia nas perdas de transformadores. Capital 12: Perdas, Corrente de Excagdo e Tensdo de Curto-ircuito 83 ¢@ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 13: ASPECTOS GERAIS SOBRE O SISTEMA DE ISOLAMENTO RESUMO. © sistema isolante € um dos principais componentes de um equipamento elétrico. A sua _selegao inelui a anilise de aspectos de projeto elétrica e ‘meeiinico, requisitos de operagio normal ¢ anormal, ‘bem como, condigdes ambientais presentes. Assim, devido a sua importincia, este texto apresenta as suas propriedades basicas © os tipos de testes ¢ ensaios ‘comumente executados. 1.0 -INTRODUGAO © sistema isolante representa um papel extremamente importante na eletricidade, pois: 8) realizam 0 isolamento entre os condutores, entre estes ¢ a massa ou a terra, ou, ainda, entre eles © qualquer outra massa metilica existente na sua vizinhanga; b) modifica, em proporgdes importantes, 0 valor do campo elétrico existente em determinado local Note-se que a vida titi! de um equipamento clétrico qualquer & considerada como a do proprio sistema de isolamento, Os materiais isolantes, ao contrdrio dos ‘condutores, possuem as seguintes caracteristicas 8) constituigio molecular imegular: b) sto mais numerosos; ©) anavem cletrénica, que pode disponibilizar surgimento de corrente clétrica no material, & ‘muito menor, Praticamente, existem materiais isolantes nos trés cestados da materia 4) Sélidos: porcelana e vidro, fenolite, amianto, PVC e borracha, polimeros, b) Liquidos: leo mineral, silicone, askarel (proibido); ©) Gasosos: SI Em fungio do exposto, este texto analisa os Varios aspectos relacionados com o sistema isolante de forma a facilitar a compreensto das causas de se cfetuar testes © ensaios, bem como, analisar os seus resultados, 2.0 -CONCEITUACAO BASICA 2.1- Campo Elétrico Um dos principios basicos da eletricidade & 0 de que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrévios se atraem. Além disto, em um sistema cletricamente isolado, a soma das cargas cletricas € constant. Figura | ~ Atragdo e repulsao de cargas elétricas Por outro lado, o cientista francés Charles A Coulomb emunciou uma tei (lei de Coulomb), a qual estabelece que as cargas elétricas exercem forgas entre si. Essas forgas obedecem ao principio da agdo e reagio, o1 seja, tm a mesma intensidade, a mesma diregdio e sentides opostos. Desta forma, existe uma regido de influéncia de uma determinada carga Q, onde qualquer outra carga g, nela colocada, estar sob a ago de uma forga de origem clétrica. Tal regito denomina-se campo elétrico (ou eletrostitico) © em cada ponto ele presenta uma intensidade F: ‘A exemplo do magnetismo, o campo elétrice também pode ser representado empregando-se linhas de forga, como ilustra a figura 2 Figura 2 ~ Linhas de forga do campo elkirico, Capital 13° Aspactos Gerais sobre o Sistema de Toolamanio ~ #2 que, quando se trata de campos cleirostiticos, © meio no qual os mesmos existem deverd ter resistividade muito alta, ou seja, deverd opor-se, tanto quanto possivel, 4 passagem de corrente elétrica de condugao, motivo pelo qual recebe © nome de dielésrico. O material que 0 constitui ¢ designado por isolame. 2.2 - Capacitor Considerando-se duas placas, P; © P:, iguais, ‘condutoras, paralelas ¢ inicialmente neutras. a PR Dielétrico B Figura 3 ~Placas paralelas, © meio existente entre elas é um isolante eléttico (dielétrico), como, por exemplo, o ar. Ligando-se tais placas aos terminais de uma fonte de tensio continua, como, por exemple, uma pilha de lantema, tem-se © mostrado na figura 4 Figura 4 — Eletrizagdo das placas. Nesse caso, a fonte, entto, "arranca” elétrons da placa P; e introduz elétrons na placa Ps, até que a diferenga de potencial entre as placas tome-se igual a sua tens, quando, entdo, cessa a movimentagdo de ccargas, ou seja, a corrente elétrica Dessa forma, a placa P, fica eletrizada positivamente (carga positiva), enquanto a placa P> fica eletrizada negativamente (carga negativa). Apés isso, mesmo desconectando a fonte das placas, elas se mantém eletrizadas pelo fato de nao haver nenhum caminho condutor por onde as cargas possam escoar, Portanto, como se nota, & possivel armazenar cargas elétricas nas places. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Figura 5 ~ Placas eletrizadas ‘Se entre essas placas forem inseridos materisis distintos, diferentes quantidades de carga nelas serio depositadas, Esse elemento constituido por duas placas condutoras © paralelas, separadas por um material isolante (nesse caso, 0 ar) € chamado de capacitor. sgrandeze que mede a capacidade de armazenamento de ‘cargas de um capacitor é chamada capacitdncia. Note-se que, pelo exposto no item anterior, ‘como as placas estio carregadas com cargas positivas & negativas, entre elas ii surgir um campo elétrico, R ‘\Linhas * decampo F Figura 6 ~ Campo elétrico entre placas eletrizadas, 3.0— PROPRIEDADES DE UM DIELETRICO 3.4 ~ Constante Dielétrica ou Permissividade A medida da facilidade que 0 dielétrico “permite” 0 estabelecimento de linhas de campo em seu interior & denominada permissividade ou constante dielétrica (2), Para o vacuo, a permissividade ou constante dielétrica (F,) é, Farad/metro (Fim) Eo 85. 10" Bim Assim, para um outro meio qualquer, pode-se definir a permissividade relativa (E,) através de wo Caplio T3:Aspecios Gerais sobre o Sistema de Toolman 7 35 ee fi jupai Portanto, a pemmissividade para qualquer material 6 B=E,XxXE @) A tabela | forece, a titulo de exemplo, alguns valores de permissividade relativa (B,) de varios materia isolantes, Permissividade Relativa ) Dielétrico (Olco de transformador Tabela I - Permissividades Relativas A capacitancia de um capacitor de rea Ae disténcia entre placas d, como o da figura 6, para um dielétrico qualquer, é, enti, dada por CHB ES ® 3.2 - Rigidez Dielétrica Hid um certo valor de tensio no qual o material isolante passa a ser condutor. Fla é chamada de “tensao de ruptura” ¢ 0 fendmeno consiste em uma descarga disruptiva. Em fungao deste aspecto, define-se rigidez dieléirica como a capacidade de resistir & tensdo sem que haja a citada descarga, conforme a distincia entre 1s dots pontos de aplicagio, ou seja @ onde, gidcz dieldtrica, em kV/mm ou kVipol U, -tensio de ruptura, em kV: €, 4. distancia em mm ou polegada entre os dois pontos de aplicagdo de tensto (eletrodos), a rigidez diltrica é 0 maior gradiente de potencial que um isolamento pode suportar, sem que se produza a descarga disruptiva A tabela 2 fomece alguns valores de rigidez dicletrica para varios materias isolantes. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Baquelites Mica Papel Vidro Porcelana Rigides (kV/mm Tabela 2 - Rigidez dielétrica de materiais isolantes Note-se que virios fatores afetam os resultados de rigidez dielétrica de uma substincia isolante, tais como a temperatura, freqaéneia, tempo, uumidade entre outros, 3.3 ~ Corrente de Fuga Em termos praticos, existem elétrons livres em todos os dielétricos, devido, entre outras causa, & impurezas ¢ foryas internas no material, Assim, ao se aplicar uma (enso entre as placas de um capacitor, tais elétrons. iniciam um ‘movimento de placa a outra, propiciando a denominada corrente de fuga. Esse feito pode ser representado, em termos de cirouito elétrico, por um resistor em paralelo com lum capacitor, como mostra a figura 7 C,, Risotamento Figura 7 — Representaglio esquemitica do dielétrico A quantiticagao da dificuldade de circulagao da corrente de fuga pelo dielétrico & chamada de resistencia de isolamento, 3.4 - Perdas nos Dielétricos Nos dielétricos sujeitos a uma tensio continua verifice-se uma perda por efeito Joule tal como nos condutores. A corrente de perdas, se bem que muito limitada, dé lugar a um certo aquecimento. Estas perdas nio tém importincia, a ndo ser quando dio lugar a um aquecimento permitindo, por eonsequéneia, maior corrente e maiores perdas. Nos dieletricos sujeitos a uma tensio alternada hi, da mesma forma, a perda por efeito Joule, mas Capitale T5:Aspectos Gerais sobre o Sistema de Teolamento ¥6 ee fupai surge um outro fendmeno que origina perdas e que tem © nome de histerese dielétrica, A energia perdida & também transformada em calor. O nome deste fenémeno € dado pela anslogia existente com a histerese magnetica. A explicagdo fisica das perdas por histerese dicletrica é dada por consideragio da falta de homogeneidade do dielétrico, 3.5 - Fator de Perdas e de Poténcia do Isolamento Quando um dielétrieo esta sueito a um campo elétrico alternado, a corrente que 0 atravessa deveria estar avangada de 90° em relagdo 4 tensio, mas pelo fato de existir uma queda Ghmica através da massa do isolante, haveré uma componente da corrente que fica em fase com a tensbo, ‘Assim, o Gngulo de diferenga de fase ser = 90"- 3 sendo § chamado dngulo de perdas. © valor do ngulo de perdas pode ir de poucos minutos, se o dielétrico for bom, até a alguns graus, se for de ma qualidade, A tg &, que pode se tomar igual a0 angulo expresso em radianos (quando os angulos forem muito Pequenos) ¢ dado o nome de fator de perdas ou de dissipagdo dielétrica. Observando-se que quanto menor for 0 angulo pode-se dizer que: cos © = tg 8 © Sendo 0 cos definido como o fator de poténeia do isolamento, Embora 0 fator de poténeia seja definido da mesma forma que a de um cirouito de corrente alterada, os conceitos no devem ser confundidos. Neste ultimo caso, & interessante que o fator de poténeia assuma altos valores, enquanto que, no caso dos dielétricos, cle devera ser o menor possivel. Naturalmente, 0 cos @ ndo & constante, dcpendendo da freqaéncia e da temperatura Em fungao do exposto, verifica-se que surgem perdas no dielétrico, quando este é submetido a um ‘campo elétrico produzido pela tensto aplicada, as quais| se traduzem em sew aquecimento, Tais perdas podem ser calculadas através da expressio (7), ou seja: Pa - Uw tgd o) conde: P,, ~ perdas no dielétrico: U = tensio aplicada; MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CC. -capacitincia do dietetrico: w ~ freqaéncia angular (ou 2 Tf, sendo fa frequéncia dda tensdo aplicada); (g 5- fator de perdas (fator de dissipagao dielétrica), Em geral, tais perdas sfo despreziveis, a no ser_em casos de freqhéncia efou tenstes muito elevadas, Por outro lado, no projeto de transformadores © miquinas elétricas, devem ser tomadas procaugbes para evitar que haja grandes intensidades do campo clétrico em alguns pontos; neste se (omar apreciveis, 3.6 - Efeito Corona Se, entre dois condutores, existir uma grande diferenga de potencial, junto as suas superficies poder surgir um campo elétrico de valor tal que 0 gas ou o at, no meio do qual se encontram seja ionizado, Se isto acontecer, o efeito obtido & equivalente ‘ao aumento das dimensdes dos condutores, visto 0 gas ‘ou o ar ionizado se tomar condutor também Nessas condigdes, dase como que uma aproximagao dos condutores ¢ um aumento da sua superficie. Estes dois fatores que se verificam tendem a modificar o campo nos dois sentidos, prevalecendo um ou outro eonforme as circunstincias. De uma maneira geral, pode-se dizer que, se os condutores forem de pequena segdo e estiverem bastante afastados, o feito da ionizagao traduz-se por uma diminuigdo do campo na zona circunvizinha. Desta forma, ionizada a primeira camada que envolve 6s condutores, a ionizago no prossegue nas eamadas soguintes ¢ 0 fendmeno nio progride, ‘A ionizagao limita-se como que a uma bainha 4 volta dos condutores, visivel sob o aspecto de uma lw. azulada ¢ sensivel pelo cheiro @ ozinio. Esta situagdo aquilo a que chamamos de efeito coroa ou corona, Sea forma e a distincia dos eondutores forem outras, pode dar-se 0 contrério, isto &, 0 campo ir mantendo nas camadas—sucessivas valores, suficientemente altos para provocarem ionizagio até © ponto de se estabelever um caminho de gas ou ar ionizado entre os condutores, ‘AS cargas elétricas deixam de encontrar resisténcia © passam em grande quantidade de um condutor para 0 outro, sob a forma de um arco. [2 a descarga elétrica 4.0 - CLASSIFICAGAO DOS MATERIAIS ISOLANTES Conforme a aplicagdo, alguns _isolantes aprescntam, emt certos casos, nitida superioridade sobre outros, sendo inteiramente inadequados em casos diferentes, Caplalo 13: Aspecios Gerais xbre o Sisto Ue Teolamento ~ 87 2 we © exemplo da porcelana € tipico: sendo material excelente para isolamento de linhas aéreas, elas suas propriedades dielétricas, quimicas ¢ meciinicas, ¢ inteiramente inadequada aos cabos isolados, pela falta de flexibilidade. A borracha apresenta excelentes qualidades quimicas, mecinicas e elétricas, de modo que é geralmente utilizada nos fios e eabos, mas nio é completamente a prova de agua, nio resiste a temperaturas elevadas, ¢ atacdvel pelos éleos e pelo © fato de um material apresentar propriedades clétricas muito superiores a outros (alta rigidez dielétrica, alta resistividade, baixas perdas) niio é suficiente para determinar 0 seu emprego se as qualidades mencionadas nfo forem acompanhadas de propriedades quimicas e meciinicas adequadas. Assim, 4s boas propriedades eletricas pode corresponder uma edugio de espessura do isolante @ empregar nos eondutores das miquinas elétricas, ¢ — porém, necessirio que o material seja suficientemente forte ara resistir aos esforgos meciinicos durante a ‘construgdo e o funcionamento, Muitas das substancias —_industrialmente tempregadas como isolantes no so inteiramente homogéneas - especialmente as de origem orgénica como 0 algodio, seda, madeira, éleos, ete - sendo além disio em geral deterioriveis. Uma primeira classificagio dos isolantes pode set feita de acordo com o seu estado: Ar, anidrido carbonico, azoto, hidrogénio, gases raros, hexalluoreto de enxofie, iquidos 8) Oleos mincrais: Sleos para transformadores, interruptores e cabos: b)_Dielétricos liguidos a prova de fogo Askare! ©) Oleos vegetais: Tung, linhaga; Solventes: (empregados nos _vemizes¢ composts isolantes): éleool, toluene, benzeno, benzina, terebentina, pettbleo, nafia, acetatos amilicos e butilicos, tetracloreto de cearbono, acetona, lidos aplicados em estado liguido ou pastoso a) Resinas € plisticos naturals: resinas fsseis e Vegetais, materiais asfalticos, gome laca: b) Ceras: cera de abelhas de minerais, parafina; ©) Vernizes ¢ lacas: preparados de resinas ¢ éleos naturais, produtos sintétieos, esmaltes para fios, vemizes solventes, lacas 4d) Resinas sintéticus: (plisticos_moldados laminados) —resinas fenolicas, caseina, borracha sintética, silicones; MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ©) Compostos de celulose: (termoplasticos) acetato de celulose, nitrocelulose: 1) Plsticos moldados a frio: cimento portland cempregado com resinas ou asfaltos, a) Minerais: quartzo, pedra sabi, mica, marmore, ardosia, asbesto; b) Ceramicos: porvelana, vidro, micalex; ©) Matertais da classe da borracha: borracha natural, guta-percha, neoprene, buna, 4d) Materiais fibrosos (Iratados ¢ no tratados): algodao, seda, linha, papel, vidro, asbesto, ‘madeira, celofune, rayon, nylon, 5.0 - ISOLANTES PASTOSOS E CERAS As pastas ou ceras utilizadas eletricamente se ccaracterizam por um baixo ponto de fustio, podendo ter estrutura cristalina, baixa resisténcia meciinica e baixa higrosc6pica 5:1 -Parafina 0 material pastoso nto-polar mais usedo ¢ mais barato. E oblido de" uma das tases. de decomposigio. do. petrleo, com elevado tor de melano, através de umna destilago alequada ‘Apis o esiriamento dessedestilado,« pasta de parafina se separa do volume retonte de maternal: a parafina assim obida passa por provesso de punicaglo subsequent, para climinarreioy de leo e de mates residuais de Tieil oxidagio Uma paraina de boa qualidade se presenta com aparéncia branca, livre de écidos, de bolts impurezas. A constonte dicerie se reduz com clevagio de temperatura, mudando bruscemente seu valor quando passa do esta solide 20 liguido.F altamenteanishigrosoopio ou repelent 4 gua, © que mantém elevada sua rigider dieletnicae 2 resistvidade superficial © transversal, © o recomenda como material de reobrimento de outros isolantes ‘A. baixaestabilidade térmica representa vantage e dewantagem, Se um lado, ex valor demonsirar a desnecesidade de calris elevades para Tiquefizer a parafina durante um proceso. de impregnagio ou recobrimento, faciliando asim 0 Seu emprego, esa mesma propriedae limita seu uso para fs casos em que 0 nivel de aquecimento, do componente se muntém baixo. Esse ultimo. cose praticamentc 36 ocore net das pequenas perdas Joule is aixas comentes circulantes. situa fncontrada, —parcularmente, — nos componentes sletrénieos. Assim, a importante carcterisica, de repelénca a gua, muito procuraa para componentes cletriéenicos usados a0 ar live, 80. pode. set satsftoiament resold com a paafina Capitulo 13: Aspactos Gerais sobre 0 Sistema de eolamcnta = #8 ee fupai 5.2 - Pasta de Silicone Com uma estrutura molecular semelhante & dos dleos de silicone, ¢ guardando também basicamente as mesmas propriedades, as pastas de silicone so usadas mais com finalidades lubrificantes do que elétricas, quando frequentemente reccbem 0 acréscimo de po de grafita para melhorar suas caracteristicas antifricgdo. Sio_usadas, eletrieamente, ara _protegio de partes onde se deve reduzir a coxidagio, tal como pegas de contato, em articulagdes condutoras ¢ outras, e também so usadas como pastas de recobrimento de partes isolantes expostas que devem manter elevada resistividade superficial. Nes tltimo caso, prevalece a caracteristica da pasta de silicone de ser repelente 4 agua 5.3-Resinas Um vemiz. ¢ aplicado na forma liquida, e solidifica durante a sua aplicagio, passando a0 estado sdlido em sua fase final. Assim, © verniz, nlo é Propriamente um isolante liquido, apesar de ser adquirido nesse estado fisico. Um verniz € constituido de um solvente e uma matéria-prima capa de formar uma pelicula, um filme geralmente representado por Define-se resina como uma familia bastante grande, frequentemente ampliada, de matérias-primas que, apesar de origens © caracteristicas diferentes possuem eomposig&o quimica ou propriedades fisicas semelhantes, S20 misturas estruturalmente complexas, de clevado niimero molecular e elevado grau de polimerizagdo, Perante baixas temperaturas, as resinas so massas vilrficadas, amorfas. A maioria das resinas se apresenta quebradiga a temperatura ambiente, dependendo da maior espessura da camada em que se encontram. Em camadas finas se tomam.flexiveis. Quando aquecidas, podem amolecer dentro de certos intervalos de temperatura, se tomnam plisticas ¢ podem cchegar ao estado liquido. Geralmente as resinas nio se ccaracterizam por um certo ponto de fuséo. As resinas podem ser classificadas em naturais © sinléticas. Resinas naturais so de origem animal (como a goma-laca) ou vegetal (Kopal), Séo obtidas na forma final, bastando-lhes splicar um proceso relativamente simples de purificagao, Ja as resinas sintéticas, em numero maior sempre erescente, sto obtidas por complexos processos quimicos, reunindo diversas matérias-primas. Dentro esse grupo se destacam geralmente, as resinas polimerizadas, as condensadas e as & base de celulose. 5.4-Vernizes 0s vernizes so produtos resultantes de sinas ‘com um solvente, este tltimo eliminado na fase final do processo. Usando resinas, como as analisadas no MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES item anterior, os vernizes mantém na forma final as propricdades das resinas, classificando-se em tres grupos, a saber Vernizes de impregnacio 0 tipo geralmente encontrado em associagio ‘com papéis, tecidos, cerimicas porosas © materiais semelhantes. Sua funydo & preencher o espago deixado internamente a um material, com um isolante de qualidade © caracteristicas adequadas, evitando a fixagio de umidade, que seria prejudicial as caracteristicas cletricas, Se destinam a formar sobre © material solide de base, uma camada de elevada resisténeia mecénica, lisa, ¢ prova de umidade e com aparéncia bridhante Sua aplicagdo, assim & especialmente nocessiria em corpos isolantes porosos e fibrosos, bert como na cobertura de matais (fios esmaltados), No caso particular de seu uso com isolantes porosos fibrosos, a sua agdo se faz sentir por uma elevagio da resisténcia superficial de descarga e conseqdente tensdo de descarga externa, srnizes de colagem Diversos isolantes quando purificados, perdem consisténcia devido eliminagio de materiais de colagem entre suas diversas porgdes. Em outros easos, © proprio isolamento, em geral sintétigo, nao apresenta «1 nocesséria consisténcia Ou cocficiente de alrito, para permitir seu uso em eletricidade, Como exemplo do primeiro caso, podemos citar a mica, que a0 ser purificada, se desmancha grande nimero de pequenas laminas, sem possibilidade de se formar um sblido de dimensdes definidas © fixas, Outro caso, como cexemplo da segunda hipétese, 6 0 da fibra de vidro, As fibras em si slo lisas, no se estabelecendo enire elas, mesmo formando um tecido, a necessiria consisténcia para que 0 tecido de fibra de vidro possa ser usado tecnicamente na rea elétrica Note-se que, em ambos 08 easos, da necessidade de um verniz que se impregne no s6lido, pois os solidos em si so bastante compactos, por outro lado, também nfo ¢ 0 caso de um Fecobrimento. Portanto, nessas condigdes, o nevessirio € um vemiz que cole entre si as diversas partes do isolamento: é 0 verniz de colagem, Uma outra aplicagdo desse tipo de verniz. ¢ ‘também a colagem de isolantes sobre metais, se trata 6.0 -ISOLANTES SOLIDOS Existem virios tipos de isolantes solidos, tais, como as fibras isolantes que podem ser orgiinicas ¢ inorginicas. As orgénicas mais encontradas sto a celulose, o papel, 0 algodio, a seda e outras fibras sintéticas ou naturais. Ji as inorgdnicas so representadas sobretudo pelo amianto e fibra de vidro. Capitulo 13: Aspectos Goris sabre o Sistema de Iolamento ~ 8 sinda tém-se os materiais cerdmicos (como vidro e porcelana), 0s minerais (como |@ mica ¢ o amianto) ¢ os da classe de borracha (como 0 PVC ¢ 0 neoprene), 7.0 - COMPORTAMENTO DO ISOLAMENTO COM A APLICAGAO DE TENSAO CONTINUA Ao se aplicar tensio nos enrolamentos de um. transformador ou méquina elétrice, 0 isolamento ficaré submetido a uma diferenga de poteneial originando um ‘campo elétrico, Desta forma, considera-se, em termos priticos, que © conjunto de enrolamentos e isolamento oma-se uma espécie de capacitor e, em sendo assim, 0 ‘mesmo pode ser representado como na figura 8 R, U Figura 8 - Representago esquematica do dielétrico entre enrolamentos Quando se aplica tensio continua a um dielétrico, como o representado na figura 8, a corrente que se estabelece & composta por trés parcelas basicas, a saber: 8) corrente de deslocamento, ou de carga capacitiva; b) corrente de absorgao; e, ©) corremte de dispersdo ou de fuga através do ielétrico, A corrente de deslocamento ou de carga capacitiva & aqucla que surge no instante inicial da cenergizagio © possui a mesma funglo que uma corrente de carga de um capacitor (corrente “inrush”), dependendo do tratamento. e forma do material isolante, Note-se que cla assume © valor méximo quando da energizagao e decresce rapidamente a um valor desprezivel. A corrente de absorgdo & aquela responsivel pela polarizago dos dipotos elétricos que constituem @ massa do dielétrice. Um exemplo. pritico deste fenGmeno ¢ o ressurgimento de tensio nos terminais de MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES tum capacitor quando se retira © curto empregado para descarregi-lo, Neste caso, hé uma recombinagio de pares elétrons - lacunas. Em fungio deste aspecto, & necessirio que em lum eventual teste da isolagdo, esta deve permanecer curto-circuitada durante um tempo suficientemente Tongo para que a tensd0 desaparega. Ainda em A citads corrente, ¢ necessario observar que ela também assume 0 seu valor méximo quando da energizagso © decresce a valor desprezivel em um intervelo variével entre 10 minutos © varias horas (para 0 quartzo, ‘entretanto, desaparece quase que instantaneamente), A corrente de dispersiio ou de fuga através do diclétrico flui pela superficie e pelo interior da massa do dielétrico ¢ & de carster irreversivel. Constitui-se na componente mais importante quando se deseja avaliar © estado em que se enconira o isolamento, por aplicagiio de tensdo continua ou altemada, Tal corrente no varia com o tempo de aplicagao de tensio e, nestas condigdes, se houver alguma elevagdo de seu nivel & indicative que o isolamento pode vir # falhar A figura 9 mostra 2 corrente total com suas ‘8s componentes definidas anteriormente, 1 10 Tempo min) Figura 9 - Correntes em um dielétrico em fungaio do tempo. Observe-se, desta forma, que se desejado medir a corrente de fuga ou a resisténcia de isolamento € necessério aguardar que a polarizagio do dieletrico termine 8.0 - ENSAIOS DIELETRICOS Como citado, um diclétrico deve apresentar Propriedades létricas © mecinicas suficientes para Suportar uma grande gama de solicitagdes tais como: as mecanicas e elétricas, exposigio ao tempo, a agentes quimicos ¢ a corona, variagao de temperatura, absorgio de umidade e outros. As caracteristicas elétricas de um diclétrico podem ser comprovadas em termos priticas através de testes ou ensaios nao destrutives com aplicagio de tensio continua ou altemada. [sto nao ovorre com as caructeristicas mecénicas, cuja maioria dos testes so destrutivos, (Capiula 13: Aspecios Garis sobre o Sistema de Tsolamcnan ~ 90 e MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES fupai Dos testevenssios eltricos nto destrtivos, os 4) Teste de rigides dieléwiea, com aplicagto de mais comuns s8o ‘AC expresso em termos de tensio diseuptiva a) Leste de perdas dielétricas, expresso através Dos testes relacionados, aqueles com dos valores de tg 8 ou cos ® obtidos com os aplicagdo de DC tem assumido maior importancis instumentos. ponte Schering © Doble, interesse, particularmente em alta tens, devido a0 respectivamente, com aplicagao de AC; rapido desenvolvimento da transmissio em DC e, ) Testesde_absorgdo_de_corrente_pelo | tambyim, ao fato de que estes intrumentos sio menores dielético, com aplicugio de DC. obtidos, do que os similares que uilizam AC ormalmente com © megahmetro Embora os testes com aplicagdo. de DC expresso em Mou ME oferegam informagdes limitadas sobre 0. dieletig, ©) Testes com aplicagto de alta tensdo DC ¢ estes resultados associados com os obtidos através de medicio de comente de fuga. oblidos, por | outros com aplicagio de AC ofercoem maiores exemplo, com 0 “Hy-Por* expresso em subsidios para anise ¢ acompanhamento do estado do termos de corrente: isolamento, Caplato 13: Aspecios Garis sobre o Sistema de Teolamento TT e fupai MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 14: RESISTENCIA DE ISOLAMENTO RESUMO Este texto analisa os aspectos conceituais, referentes @ medida da resistencia do isolamento, os procedimentos para executi-la e avaliar os resultados obtidos, 1.0 -INTRODUGAO A resisténcia de isolamento & a medida da dificuldade oferecida & passagem de corrente pelos materiais isolantes. Os seus valores se alteram com. & umidade € com a sujcira, constituindo-se, portanto, em luma boa indicayo da deterioragao dos equipamentos clétricos provocada por estas causas. Deve-se observar, entretanto, que as virias ormas correspondentes estabelecem que este enstio nfo se constitui em eritério para aprovagdo ou rejeigdo do equipamento. Entretanto, pelas suas caracteristicas, constata-se que & bastante litil para a ve curto-cireuitos francos, ficando a identificagio dos efeitos menos pronunciados @ cargo dos enseios da tensito aplicada e tensfo induzida 20 - CONSIDERAGOES SOBRE AS MEDIDAS DE RESISTENCIA DO ISOLAMENTO Para a medigio da resistincia de isolamnento utiliza-se- um instrumento denominado. megahimetro .0u, popularmente, megger (0 que, na realidade, ¢ 4 ‘area de um fabricant) Os megshmeiros tunis so analégicos ou Aigitais (motorizados ou eleténicos), mas, também, podem ser manuais (ou seja, com um “cambito" ou "manivela") Figura | - Megohmetro digital Figura 4 - Megohmetro manual ‘Capiulo 1: Resistinca de Totamento 7 @ @ fupai A figura 4 mostra 0 circuito simplificado do equipamento de um megohmetro manual, Figura 4 - Citeuito simplificado de um megohmetro, manual De forma basica, o megéhmetro € composto de uma fonte de tensio e um galvandmetro de bobinas ceruzadas ("na figura 4) ou quocientimetro. A bobina de controle “C" ¢ ligada 4 fonte através da resisténcia de ajuste R’ e da resisténcia deseonhecida Ry Como as bobinas Ce D produzem eonjugados antag6nicos, 0 repouso do ponteiro indicador, para qualquer valor de R,, apenas seri conseguido quando estes conjugados forem iguais © opostos. Nestas jeondigdes uma variagdio na tensdo da fonte DC afeta as duas bobinas C e D igualmente, nao provocando a desvio do ponteiro indicador ¢ nem alteragiio na leitura da resisténcia Desta forma, a leitura da resisténcia no instrumento com bobinas eruzadas ¢ obtida dirctamente através do quocicnte das correntes I ¢ ly, ou seja, a deflexdo a do ponteiro € proporcional a razio My. Alem dos terminais “line” (#) © "earth (-), com os quais se executa a medida de resisténcia, maioria dos megohmetros possui um cabo denominado "guard" (guarda") acessivel. Sua fungio € @ de desviar do quocientimetro as correntes que percorrem coutras resisténcias, as quais estejam intrinsecemente ligadas com a resisténcia que se deseja medir. Nos ‘megéhmetros digitais, exercem fungo semelhante, Earth(-) | Guard ine (+) Figura 5 ~ Terminais de um megohmetro, MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Sea 0 caso, por exemplo, de se medir a resisténcia entre os pontos 4 e B na figura 6. Figura 6 - Exemplo de aplicagao do cabo guard, Note-se que a resistencia entre os pontos A ¢ B cesté em paralelo com a associagio série das resistencias de CeCe B. Assim, com a colocagto do cabo guarda fem C, estas duas iltimas resisténcias no seriam avaliads A (enso nos terminais dos megohmetros nao deveria ser menor que a tensio de servigo normal do ‘motor, pois hé o risco de que uma eventual falha nao se munifeste com os niveis mais reduzidos. No entanto, os equipamentos comerciais apresentam, cm geral, tensdes na faixa de 100 até 5000 V, devido a dificuldade de se construir um equipamento portatil ue atenda os valores de tenses exigidos, Por outro lado, verifies-se que 0 uso do megohmetro com niveis reduzidos de tensbes pode mascarar resultados e, em sendo assim, os resultados devem ser utilizados apenas como um valor referencial para comparagbes ao longo do tempo. Note-se que uma diminuigdo significativa da resisténcia de isolamento, por exemplo, pode indicar uma imperfeigao na isolagdo, agravada pela presenga de sujeira, umidade ou contaminantes diversos ¢, ainda, determinar a necessidade de seu recondicionsmento através de limpeza, secagem ou reparo parcial, ‘Ainda € necessirio uniformizar 0 potencial dos locais onde serao aplicadas as pontas de prova do megdhmetro. Desta forma, & conveniente curto- cireuitar os terminais desse local (por exemplo, os de ‘uma bobina). Ressalta-se que os procedimentos © ani para a medigdo da resisténcia de isolamento com qualquer tipo de megdhmetro so os mesmos. Os mais modemos apenas facilitam a execugao do teste & diminucm as incertezas relativamente aos_manuais, conde ha a necessidade de se acionar a manivela sempre com velocidade constante, o que pode acarretar erros, Tais megOhmetros, na realidade, podem ser microprocessados e possuirem fungées’ intcligentes para facilitar 0 uso e aumentar a exatidio das mediges. Meméria, detece0 automatica do melhor intervalo para realizar a medigio (auto-eseala) Capitilo 4: Resisténcia de Totanento = 9 descarga dos potenciais armazenados, determinagio automitica dos indices de polarizagio ¢ de absorgao, realizagio automética do ensaio de degraus de tensio, registro on-line dos valores medidos em computador ‘ow impressora, sdo fungdes que esto diversos modelos. Além disto, apresentam indicagio do valor e da unidade de resistencia medida no seu display alfanumérico, indicagio analégica por barras (bar- graph) ¢ erondmetro interno. ssentes em, ™ - Figura 7 - Megshmetro microprovessado com display 3,0-TIPOS DE TESTES 3.1 - Prova Répida da Resisténcia de Isolamento EE recomendada para comparagdes_ com ‘medidas no ato, aplica-se 0 sparelho de medida durante MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 3.2 - Indice de Polarizagao e de Absorcao 0 indice de polarizagdo (IP) € uma avaliagao dda variagio da resisténcia do isolamento com o tempo de aplicagdo de tensio, ou, em outras palavras, da maneira que a corrente de absorgio influencia na resisténcia do isolamento. Este indice ¢ definido por (1), ou seja Ro R, onde: IP Ruy € a resistencia de isolamento medida com a aplicagdo do megOhmetro durante 10 minutos: Ry 6 a resisténcia de isolamento medida com a aplicagdo do megohmetro durante J minuto. A. resistencia Ry no precisa ser, necessariamente, medida a 10 minutos e, sim, apds 0 ponteiro do megshmetro estabilizar. Entretanto, neste caso, é conveniente esperar algum tempo para verificar se esta situaydo se mantém, Observe-se que a medigio de Ry & impraticavel com megéhmetros manuais. Assim, na ‘obtengiio do indice de polarizagao deve ser usado ‘equipamentos eletrdnicos ou motorizados. Para os casos em que no € possivel obter o indice de polarizacdo, é comum ulilizar-se 0 "indice de absoreao” (JA), 0 qual é a relagdo das resistencias do isolamento a 1 minuto e 30 segundos, ou seja R, Ry IA @ Os valores dos indices de polarizagao e absoreo podem fomecer uma idéia das condi inlcaieenber poco nda ae beds Note-se que, para exccular comparagdes de Condigies de) Indice de Tndice de Tanna aden, Caco que nae aconeo de | | Ieteney | _abmese | _pintay a a es ar a ea conforms expat oe a Tai ats ns int J ete qb recomend to a ee fomesies nt Ruste [12st | aa | a ae ue Tato Eps | roast Reine ot = = Tabela2 Contos do lament en fg dou ea c = incs doshas puso rE imo Por out lal, & iporante eer que © oor 12 230055 Indie de plan nie Ce oe arts tae a "a0 iunsfomaterer nanos em Seo alone Goan Ses de teste conforme a tensdo nominal do equipamento, Tabela Ter fluido esta em movimento constante, no & possivel obter valores que representem adequadamente o estado da isolagao, Capalo 14 Resitncia de Trolamento~ 5% 2 wa Note-se que os indices, a0 contririo dos valores obtidos na prova rapida, nao dependem da temperatura, 3.3 - Prova das Duas Tensées Este & considerado um teste bastante conclusivo sobre a presenga de umidade no isolamento, Consiste em se executar duas provas separadas de absorgdo dielétrica, onde si aplicadas tensies diferentes, Na prova com tenso elevada, deve ser aplicado um nivel cinco vezes superior ao de baixa tensfo, mas os valores devem ser tais que ndo danifiquem 0 isolamento, Pode-se aplicar, por exemplo, 500 a 2500 V e se medindo minuto a minuto as resisténcias eorrespondentes (os megohmetros mais ‘modemos ji fazem isso automaticamente) A diferenga de 25% nas resisténcias obtidas a0 final das medigdes ¢ uma indicagio razodvel da presenga de umidade, principalmente, ou outro contaminant. Por outro lado, valores superiores a esse indicam a necessidade do isolamento softer um recondicionamento por inteito. Os resultados dessa prova nto dependem da temperatura, 40 - CRITERIOS PARA AVALIACAO DA RESISTENCIA DE ISOLAMENTO. 4.1 - Consideragées gera Os valores da resisténcia de isolamento variam sensivelmente dependendo do projeto do tramsformador, dos materiais isolantes usados, da temperatura ¢ de outros futores, Por uma simples medigio sem valores de referéncia, geralmente si se pode verificar se cxistem falhas (curtos entre enrolamentos ou entre um enrolamento e a massa) no isolamento, Para se certificar se as partes isolantes absorveram umidade, existem —virios —ctitérios, baseados em formulas empiricas ow dados estatisticos, Os eritérios e a interpretagdo dos valores encontrados Variam de acordo com a pritica © a experiéncia dos usudrios do gerador. Os critérios citados em seguida fo considerados como orientaglo genérica © os valores de referéncia neles obtidos nilo representam valores limites absolutos, mas sim de ordem de grandeza, Valores consideravelmente mais baixos, desde que estaveis em relagdo a medidas anteriores, em condigSes idénticas, no indicam necessariamente iegularidades no isolamento, embora sci aconselhavel tentar elevar a resisténcia por secagem do erador, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Por outro lado, valores maiores do que os obtidos pelos eritérios dados a seguir, nfo representam Juma garantia quanto ao comportamento do isolamento se os mesmos forem inferiores aos valores obtidos em medigdes anteriores em condigdes idénticas Desta forma, verifica-se que © valor absoluto dda resisténcia de isolamento nao tem muito significado, sendo boa pritica a sua mediga0 periddica ea Comparagio com resultados anteriores, convertidos sempre a uma mesma temperatura’ Se forem constatadas alteragdes, ¢ provivel que problemas eeslcjam para ocorrer, 4.2 Critério | (NBR 7036) Para transformadores temperatura de operagao de cerca de 6 = para transformador em deo: Cerca de 1 MQ por kV da classe de isolamento. = para transformador em ascarel: Cerea de 0,2 MQ por kV da classe de isolamento. Para transformadores é temperatura de operagio de cerca de 30°C + para transformador em élev: Cerca de 30 MQ por kV da classe de isolamento = para transformador em ascarel: Cerca de 3 MO por kV da classe de isolamento 4.3~Critério Os valores minimos de resisténcia dos transformadores imersos em liquido isolante sto dados por: R 475 P E ~ Classe de isolamento do enrolamento de maior tensio no momento da medigao, em kV; iv poténcia nominal , em kVA; f= frequéneia, em Iz, Ros resisténcia de isolamento, em MQ: e, k—constante multiplicativa dada pela tabela 2, KE @ f Transformadores | Monofisicos | Trifisicos leo 795 265, ‘Ascarel 0,795 0.265 ‘Tabela 3 ~ Valores da constante multiplicativa “k” Capitulo 1: Resisténcla de Tolamenta 95 4.4 - Corregao de temperatura A resisténcia de isolamento € fortemente afetada pela temperatura, Assim, € necessério referi-la a uma mesma base para possibilitar eventuais ‘comparagdes, Para exemplificar este fato, apresenta-se na figura 8 um exemplo de comportamento dos valores de resisténcia de isolamento na femperatura em que foi ‘medida ¢ em uma base comum, Resistencia dotsolamento \2 a ‘Modidasextcutatas no tempo Figura 8 - Comportamento da resisténcia de ‘solamente, Normalmente, adota-se 75° C como temperatura base ou de referénecia para os transformadores, A corregiio pode ser realizada empregando-se a expressdo (4), ou seja Ry =R, 2 “ Sendo: Ryo ~ 0 valor de resisténcia de isolamento na temperatura de referéncia, Raz ~ © valor de resisténcia de isolamento na (emperatura de ensaio (medida); e, a dado por: _f-78 10 © T & a temperatura de ensaio. Por exemplo, supondo-se que a resisténcia de isolamento medida em uma avaliagdo foi de 50 Mf. & 25°C, tem-se que Rys = 50.2? =156Ma © MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Os mesmos resultados serio encontrados dividindo-se a resisténcia medida pelo fator de comegio f, fomecido na figura 9, conforme a temperatura de ensaio, ou seja regio Fator de Con | 0 20 40 60 0 100 20 Temperatura (°C) Figura 9 - Fatores de corregdo da resist isolamento para temperaturas diferentes Assim Ry = Ste o te 5.0 - MEDIDA DA RESISTENCIA DO ISOLAMENTO - ‘TRANSFORMADORES DE DOIS CIRCUITOS 5.1 -Consideragées Gers Como citado anteriormente, os enrolamentos deverio estar em um potencial uniforme e, assim, eles so curto-circuitados. Desta forma, as resisténcias de isolamento envolvidas em um transformador de dois, circuitos so aqueles representados esquematicamente na figura 10, Figura 10 — Representagio das resistencias de isolamento em um transformador de dois eircuitos. Captalo Ta Resitbncia de Teolamento— 96 Na figura 10 tem-se: 8) TS (AT)- cnrolamentos de tensto superior ccurto-cireuitados (buchas Hy , H:, Hs); b) ZF (BT enrolamentos de tensto inferior ccurto-cireuitados (buchas X; , X>, X3): ©) Rue = resisténcia de isolamento entre os enrolamentos de tensdo superior e inferior, e, 8) Rye ~ resistencia de isolamento enire os enrolamentos de tensto superior e carcaga (massa), e, ©) Rye = resisténcia de isolamento entre os enrolamentos de tensdo inferior © carcaga (inassa), 5.2 ~ Procedimento para a medida da resisténcia de isolamento wergizar o transformador, 'b) Desconectar os eabos externos; ©) Curto-cireuitar as buchas de um mesmo circuito, 4) Ajustar 0 megohmetro segundo especificagdes do equipamento utilizado; ) Selecionar a tensio para teste 1) De forma que as leituras nfo sofram influéneias de resisténcias em paralelo com 8 que se esti avaliando, deve-se utilizar do cabo "GUARDA". Assim, os terminais do megdhmetro deve ser aplicado como ‘mostrado na tabela 4 ¢ ilustrado nas figuras Tals. Resisténcia entre AT_Bq AT — Mass BT Masse Tabela 4 - Medidas das resisténcias de isolamento — transformador de dois circuitos, Figura 11 - Medida de resisteneie do isolamento entre AT e BT ~transformador trifisico com dois eireuitos MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Bigura 12 - Medida de resisténcia do isolamento entre ‘AT e Massa ~ transtormador trifésico com dois cireuitos. Figura 13 - Medida de resist@neia do isolamento entre BT ¢ Massa — transformador trifésico com dois cireuitos, 6.0 - CUIDADOS PRATICOS. 4) Cuidar para que os eabos do megohmetro nfo toquem em outras partes. do equipamento, ou se toquem, para evitar alteragio na medida da resistencia do ‘solamento; b) A comparagio, na mesma temperatura, dos valores de resisténcia do isolamento © dos indices de polarizagao (ou de absorgo) com lum ensaio anterior, possibilita verificar se houve alguma alteragdo notavel na isolag Alem disso, permite acompanhar 0 processo de secagem do equipamento: ©) Deve ser oblida a temperatura dos enrolamentos, pelos motives expostos anteriormente; 4) Devese nivelar o megdhmetro: Capitulo 1 Resistincia de Tolamenta 7 fupai ©) Nos megshmetros manuais & necessério manter invariavel a rotagdo do cambito na espeeificada pelo fabricante, para que a tensio aplicada seja constante; 1) Deve-se sempre observar cuidadosamente 0 ponteiro do megdhmetro quando em operagio, Se ele aprosenta oscilagao excessiva € provivel que haja mau contato, fugas intermitentes pela superficie do cabo de ligagio ou influéncia de cireuitos energizados nas proximidades: 8) Antes de comegar a medigio, aciona-se 0 megohmetro, sem executar qualquer contato entre os terminais © ajustar 0 ponteiro no “infinito”, girando © botio de ajuste para tal fim, 7.0 - CONCLUSOES © ensaio de resisténcia de isolamento nao pode ser considerado um eritério exato de avaliagdo das condigdes do sistema isolante e de sua capacidade eperativa. Entretanto, os valores medidos podem ser MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES usados como uma orientagio sobre o seu estado, baseando-se na avaliagdo do histérico do equipamento. A sua degradaedo pode ser avaliada através de rovas 20 longo do tempo. As possiveis causas deve ser investigadas © eliminadas, para que nao seja reduzida, abruptamente, a sua vide atil € que, um allo valor de resisténcia de isolamento, ndo garante que nao existam imperteigdes no sistema isolante, as quais possam causar falhas durante a energizagdo. F recomendavel que, antes da aplicagio de um ensaio de alto poteneial ou liberagao do. equipamento para operagio, seja_analisado. 0 hist6rico de testes para se obler uma nogdo sobre suas ccondigtes operativas © evitar problemas de maiores proporgées, Para que @ anilise se mostre efigiente & evessirio que o historico dos resultados dos ensaios de resisténcia de isolamento soja registrado e usado em comparagdes futuras, pura observagio da depradasao do isolamento, capacidade de operagdo e necessidade de uma intervengdo corretiva, easo seja observada uma redugiio critica em scus niveis. Capital 14: Resisticia de Teolamento 98 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 15: FATOR DE POTENCIA DO RESUMO Este texto analisa os aspectos conceituais, referente a medida do fator de poténcia do isolamento, 0s procedimentos para executé-la e avaliar os resultados obtidos, 1.0 - INTRODUGAO A medida do fator de poténeia do isolamento de um transformador, em altima andlise, visa avaliar 0 ccomportamento da corrente de fuga. Como citado fanteriormente, quanto menor fer © seu valor, em ‘melhor estado estard o isolamento, Em relagio aos valores desejaveis do fator de poténeia do isolamento, a Doble Engineering Company, um dos maiores fabricantes mundiais de pontes para a sua mediclo, elaborou uma estatistica baseadas em ensaios de transformadores, obtendo em: 8) 87% dos ensaios, um fator de poténcia de 1,5% ou menos; b) 76% dos ensaios, um fator de poténcia de 1% ou menos, ©) $2% dos ensaios, um fator de poténcia de 0,5% ou menos. Por outro lado, a norma “JEEE - 505" recomenda que transformadores de transmissao e de distribuigio em 6leo mineral, tenham fator de poténcia dda ondem de até 2%, se medidos a temperatura de 20°C Observe-se, pelo exposto, que, na realidade, nilo existe alé 0 presente momento, uma relagdo de valores limites que possam traduzir de imediato as ccondigdes dielétricas de um transformador, sendo que cada um possui o seu fator de poténcia’especifico. Devido a este fato, deve-se obter um primeiro fator de Poténeia quando da recep do transformador e as demais medigies devem ser feitas periodicamente ccomparadas com os valores anteriores, Conforme a VBR-5356, o fator de poténeia do isolamento deve ser medido pelo método do watt por volt-ampére, ou pelo método de ponte especial, entre os terminais dos enrolamentos e entre estes e a terra [SOLAMENTO Este ensaio deve preceder os ensaios dielétrieos e pode ser repetido apés os mesmos, para efeito de ‘comparagio com os valores anteriormente obtidos, Para a execugdo do ensaio transformador deve estar: 4) Com todas as buchas montadas; b) com todos os enrolamentos curto- circuitados, ©) com a temperatura do leo e dos cenrolamentos (80 proximos quanto possivel de 20°C A medigio deve ser feita com a treqiéncia de Ole, Quando utilizado © método do watt por volt- ampére, a tensdo aplicada deve ser: ) entre 2,5 ¢ 5 kV para enrolamentos de tensio ‘méxima do equipamento igual a 1,2 kV, b) entre 2,5 © 10 KV para enrolamentos de tensio maxima do equipamento superior a 12KV. AS pontes especiais, entretanto, sto mais cempregadas em termos priticos, especificamente a denominada ponte Doble. Observe-se que este termo tomou-se sinénimo de equipamentos de campo para a medigio do fator de poténcia do isolamento, apesar de existirem outros fabricantes diferentes, A figura 1 ‘mostra uma vista de um equipamento nacional como este fabricado pela empresa Nansem Figura 1 - Ponte para a medigdo do fator de poténcia. Capitulo TS: Fator de Paticia do Tolamento 75 Observa-se que, na atualidade, a Doble e outros fabricantes modernizaram sua linha de produtos. © equipamento que avalia as condigées do isolamento € 0 de codigo M4000, Permite as medidas de tensio, corrente para cargas resistivas, indutivas e capacitivas, perdas dielétricas, fator de poténeia do isolamento ¢ ftangente delta, capacitincia, indutancia © resisténcia, Além disto, permite automagdo e anilise de resultados ‘com programa compativel com o Windows. A figura 2 ‘mostra uma vista deste equipamento, Figura 2 ~ Doble M4000, ~T E tov Ee. ney 3 [ease Figura 3 - Circuito basico da ponte Doble ~ ME Na figura 3 tem-se: @) Cy € um capacitor padrao a ar proprio do instrumento, colocado em série com o resistor 2@ sobre 0 qual, 0 cursor K pode ser deslocado: b) Rye um resistor padrfo fixo do instrumento;, ©) 16 um voltimetro graduado diretamente em mVA e mW, de 0 a 100, acoplado @ um amplificador, que pode ser ligado em A ou emB, 4) Cee Ry representam, respectivamente, a capacitincia © a resisténcia de fuga do espécime sob ensaio (no caso, entre os enrolamentos de alla e baixa’ tensio © cearcaga de um transformador), MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 2.0 - CONSIDERAGOES SOBRE MEDIDORES DE FATOR DE POTENCIA DO ISOLAMENTO. 2.4 -Generalidades Para avaliagdes de transformadores foram, € ainda 0 sto, utilizadas és tipos de pontes Doble, ou seja, MEU-2500 V, MH-10.000 Ve MHM-10.0007. © primeiro pode ser utilizado em qualquer equipamento elétrico cujo isolamento suporte pelo menos 2500 V, que é a tensdo por cle aplicada ao espécime de ensaio, O segundo e o tereeiro, cuja tensdo aplicada ¢ de 10.000V, sao utilizados em equipamentos de grande porte, com tenses acima de 138 kV. Este item, entretamto, analisa a ponte Doble ~ MEU 2500 V, por ser a mais empregada por usuarios de transformadores. A ponte equivalent da Nansem &, em termos pritico, a mesma, 2.2 - Principio de Funcionamento AA figura 3 mostra o cireuito basieo do Doble MEV 2500 V (semelhante 20 MP 2500 da Nansem), ——> 500 A chave de comutagdo pode conectar ¢ voltimetro V nos terminais 4 e depois em Be, desta forma, tem-se: 4) Quando V & concciado em 4, fica submetide 4 diferenga de potencial Rul, sendo, Portanto, @ sua indicagio proporcional 8, uma vez que Ry é fixa. A leitura sori no escala graduada em mV, pois coresponde A coment total que percoreo espécime ©) Quando 1'é conectado em B, a tensto nesta Posi € proporcional 4 componente ativa Jy devendo, portanto, a leitura ser feita na scala graduada ern mW. ‘Capito 13° ator de Potinca do Tolamenta 100 pb ¢ fupai © fator de poténcia do isolamento (cos) em valores porcentuais é dado por: cose w MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 2.3 - Painel e Fungées A figura 4 mostra odo painel de um medidor de fator de poténcia da Nansem, © qual € equivalente ‘20 MEU 2500 V da Doble: nansen Figura 4 ~ Paine! frontal de um medidor de fator de poténcia de fabricagio Nansem. (© medidor apresenta como componentes Compote de tensa Permite 0 ajuste da tens de ensaio entre € 2500V, sendo estes valores lidos no kilovoltimetro: Sistema de Medio’ Seletora: Possai ts posigdes, ou seja, “AFERICAO: VA" mW ca chave encontra ‘AFERICAO”, permite 0 ajuste da indicagio do medidor de milivoltampere e miliwatts, multiplicado pela constante 100, com 0 auxilio’ do eontole SISTEMA DE MEDICAO Se a chave estiver na posigio “mW”, dev ler o indicador © multiplicar pela constante indi pelo respective dial na faixa indicada pelo botio ‘SELETOR DE ESCALA”. A eitura fornece os ‘miliwatts absorvidos pelo isolamento, a chave estiver na posigio "mVA™, tem-se uma situago andloga a da posigio “mW”. A leitura indica os milivoltamperes absorvidos pelo isolamento. letor de escala: © botto “SELETOR DE ESCALA” possui Posigdes, as quais fomecerao os valores das constantes de multiplicagdo para as leituras dos miliwatts © milivoltamperes, conforme mostrado na tabela 1 (Caplta T5° Petar de Poténca do Tolamenta Oi 5 : fupai Tabela 1 - Constantes de multiplicagao Seletor de baiva tens Seleciona as posigds GUARD” realizado, “TERRA/GROUND” “ST/UST”, conforme o ensaio a ser AA figura 5 ilustra 0 emprego da chave: Figura 5 - Circuito de seletor de baixa tensiio (chave “LV Switch’) No esquema da figura 5, tem-se: a) Chave na_posigio “TERRA/GROUND” mede-se a isolagdo AT/BT + AT/TERRA: b) Chave na posigio GUARD": mede-se a isolagdo ATITERRA, ©) Chave na posigio “STYUST” (Ungrounded - Specimen Test): mede-se a isolagio AT/BT, Polaridade: Determina 0 sinal positive ou negativo das leituras de mW e mVA; Reversio de polaridade: Pemmite fazer leituras com as chaves nas duas posigies, tomando-se a média aritmética das mesmas; Ajuste de mV ‘Sua fungio ¢ ajustar o ponteiro indicador de mW na posi¢do do valor minimo, O botdo possui um mostrador, cuja leitura multiplicada pelo valor “K" fomece a capacitncia do espécime sob teste em icofarads (pF) MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 2.4-Cabos A ponte medidora de fato de poténcia & fornecida com condutores apropriados para conecti-la 20 equipamento sob ensaio, ou seja ) 0 cabo de alta tensdo (HV) & um cabo ‘coaxial especial, com extremidade em forma de gancho; b) 0 cabo de baixa tensdo (LV): & um cabo simples, ©) 0 de aterramento (G) & uma cordoalha de fios de cobre que conecta a carcaga do instrumento ao neutro do eireuito de alimentagdo e também a carcaga do cequipamento. Figura 6 ~ Cabos do medidor aplicados a um ‘ransformador. 3.0 - MEDIGOES EM TRANSFORMADORES DE Dols CIRCUITOS A medigio do fator de poténeia do isolamento em transformadores com dois circuitos segue 0 procedimento relatado anteriormente AS isolagdes envolvidas neste tipo de transformadores so esquematicamente mostradas na figura 7, Capital 13° Fer de Poténca do Tolamento 102 Ca at | Ce et [| Nucleoe ~~ | carcaga Figura 7 - Representagio esquemitica do isolamento - transformadores de dois enrolamentos, Na figura 7, tem-se: 8) Cy = isolagio entre © enrolamento de TS & neaga b) Cy idem, para TI e careaga: ©) Co~idem, para TS e TI As ligagdes devem ser feitas conforme mostra atabela 2 ‘Ensaio | Cabo | Cabo | Chave No |HVem| LV em| tv orf At | or Etapas [Ground [Cx¥Can Primeira [02 [AT_[ BT _| Guard z os ar_(at_[osr ol [Br _[_AT [Ground Segunda [~02_| BT _| AT_| Guard G_[B AT_[ US Tabela 2 - Ligagdes do medidor de fator de poténeia de isolamento em transformadores com dois cenrolamentos, 4.0 - CONEXGES PARA MEDIGOES DO FATOR DE POTENCIA COM A PONTE Para a medigio do fator de poténcia deve ser respeitado 0 seguinte procedimento a) Isolar © transformador das _barras energizadas, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES b) Desconeetar todos os cabos extemos dos temminais das buchas ¢ afasté-los das ©) Curto-cireuitar as buchas de alta entre sie as de baia entre si; ©) Atcrrar o instrumento por intermédio do terminal do aterramento situado na parte extema da caixa ‘Caplulo 13: Fator de Ptincia do Tolamento 103 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 1h) Colocar o plugue do cabo de alta tensto (HV) no receptéculo, do lado direito da cana 1) Colocar © plugue do cabo de ligagio & fonte de alimentagao com 110 V, 60 Hz, no recepticulo, situado na parte extema da 8) Colocar 0 plugue do cabo de extenstio do interuptor de seguranga no receptaculo ') Colocar o plugue do eabo de baixa tensor correspondente, do lado esquerdo da parte (LY) no receptaculo, do lade diteito da cextema da caixa, caine Caplalo 15° Fator de Potincia do Tolamento ~T03 i) Conectar o gancho do cabo de alta tensio em um dos enrolamentos do transformador, conforme a medigio a ser realizada (na AT, por exemplo); Concetar « garra do cabo de baixa tensio em um dos enrolamentos do transformador, conforme a medigio a ser realizada (na BT, por exemplo}: MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES D. Conectar a garra do cabo de aterramento 80 ponto de aterramento do tanque do transformador transformador e a ponte, dessa forma, esto cconeetados para efetuar os ensaios (0 caso da imagem seguir, corresponde ds conexdes pare a realizagio da primeira etapa da Tabela 2) Capitulo 13: Fator de Poiinca do Iolamento 105 5.0 - MEDIGOES DO FATOR DE POTENCIA COM A PONTE Apos cfetuar as conexdes 0 procedimento para ‘executar os ensaios o que segue 8) Colocar 0 botio CONTROLE DE TENSAO de controle da tensio na posiglo ze, girando-o, totalmente, no sentido anti- horirio: Ro “oS RN ©) Colocar o interruptor geral_na_posigdo fechada (LIG). A limpada de cor verde deve acender: MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES d) Colocar a chave seletora (SISTEMA DE MEDICAO / SELETORA) a posigio AFERICAO: ©) Colocar a chave SELETOR DE ESCALA ‘ha maior posigio / HIGH: ) Colocar a chave seletora da constente de ‘mVA na posigo 2000 (a mais alta) a Capita 5: For de Potinca do Tolamento 106 ¢ fupai 8) Colocara chave seletora da constante iV’ na posigto 2000 (a mais ata: bh) Colocar chave SELETOR DE BAIXA TENSAO na posigto GROUND (T) , 0 GUARD (G), ou UST ($1), conforme 0 tipo de ensaio a ser realizado, i) Colocar a chave REVERSAO DE POLARIDADE 1a posigio. NORMAL ou REVERSO. A posigto central O € destigada: MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES D Apertar 0 botdo interruptor de seguranga (COMANDO LOCAL). 0 relé deve-se fechar © a limpada verde, apagar-se. Se ndo for ‘ouvide 0 ruido de operagdo do rele © a limpada verde ndo apagar, concctar 0 capacitor de terra wo circuito de alimentagao da seguinte forma: desconectar 0 cabo de alimentagio da fonte; ligar a terra © condutor de aterramento do capacitor, e colocar 0 plugue do cabo de alimentagto no recepticulo do capacitor e o phigue deste no recepticulo da fonte; kK) Apertar novamente 0 botdo do interruptor de seguranga. A limpada verde devera apagar-sc © a vermelha, acender a0 mesmo tempo que se ouvira o ruido de fechamento do rele. Girar 0 botlo CONTROLE DE TENSAO até obter a tensto desejada. A tensto lida no voltimetro & a tensto aplicada a0 transformador sob teste. O instrumento ndo se presta para testes com tensio abaixo de 1,25 kV. Se o interruptor geral abrir com uma tensio inferior a esse valor, o teste ndo podera ser realizado, Se 0 interruptor abrir com uma tensio entre 1,25 KV, © teste poderi ser realizado conforme as instrugdes especificas para ‘Caputo T3: ator de Pottaca do Tolamento 107 }) Com a chave SISTEMA DE MEDICAO na posiedo AFERICAO, ea tensto ajustada para © valor dessjado (2.5 kV, por exemplo). gir 0 botto — AJUSTE DO GALVANOMETRO até que ponteito indicador (de mil’ ou mVA) ocupe a posiglo 100 AUSTEDO GALAVANOMETRO 1m) Madar a posigio da chave SISTEMA DE MEDICAO para a posigio mA. A chave SELETOR DE ESCALA deveri ser colocada mums posigio tal que permita 0 desvio méximo do ponteiro. Por exemplo, se a chave SELETOR DE ESCALA estiver na maior posigio/HIGH e a leitura for menor que ez divisies muda-la para a menor posigio/LOW. A chave das constantes de medigdo deve ser colocada numa posigto tal que permite a0 ponteiro um desvio para além da metade da escala © 0 mais proximo Possivel do fim da mesma. Anotar'0 valor indicado: MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES m) Mudar a chave REVERSAO DE POLARIDADE Je posigio ¢ fazer nova leitura. Os valores lidos nas duas posigdes da chave REVERSAO DE POLARIDADE serio anotados na ficha de registro de ensaios, assim como a média algébrica, que ¢ 0 valor final a ser considerado. Toma- se a média das leituras porque 0 instrumento pode ficar exposto a campos eletrostiticos que influem no resultado da medigio. Ao se mudar a chave —- REVERSAO DE POLARIDADE ‘de posigio, hia inversio do sentido da corrente na bobina méovel do instrument indicador. Tomar valor médio algébrico das duas leituras como resultado final da medigao. A chave seletora das constantes’ de medigao deve permanever na mesma posigio durante as leituras; 0) Colocar a chave SISTEMA DE MEDICAO na posigao mi. Girar 0 botio AJUSTE mV ‘aé que 0 ponteiro indique © menor valor, que deve ser anotado. Com a chave SELETOR DE ESCALA na mesma Posigdo, colocar a chave das constantes de ‘multiplicago em posigdes correspondentes 4 valores menores, para se obier o menor valor indicada. Cada vez que a chave das constantes de multiplicagto € mudada de posigao, 0 botio AJUSTE mV deve ser girado para se obter a deflexio minima. A leitura deve abranger meia divisao da escala ‘Capludo 13° Fator de PotBncia do Tolarnta 10% P) Mudar a posigio da REVERSAO DE POLARIDADE e 4 nova leitura deve ser feita. Anotar na folha de registro de ensaios fs valores lidos nas duas posigdes da chave REVERSAO DE POLARIDADE, asin ‘como seu valor médio algébrico, q@) Let © valor indicado no’ mostrador ciclométrico do bot do potenciémetro AJUSTE mV. Este valor multiplicado pela constante comespondente a posigdo da chave SELETOR DE ESCALA da 0 valor da ‘capacitancia do espécime. Esta leitura € feita Jogo apos as leituras de mW; Deve-se observar que & possivel que uma das leituras tenha valor negativo. Para se saber se tal fato ovorreu, procede-se da seguinte forma: quando a medigio € de mil, girar lentamente © batdo POLARIDADE até que © ponteiro comece a se movimenter. Se 0 ponteiro iniciar seu movimento em direg#o a0 valor zero da escala, o valor da leitura é Positive. Se, pelo contrério, seu movimento inicial & fem dirego ao valor 100 da escala, 0 valor lido & negativo. Para o cileulo, somar os valores de sinal Positivo e subtrai-los quando um deles for negativo, dividindo o resultado por 2 Terminada a mediglo, desativar o instrumento dda seguinte maneira 8) Colocar a chave SISTEMA DE MEDICAO na posiglo AFERICAO; by Reduzir a tensio a zero, girando © botdo CONTROLE DE TENSAO, totalmente, no sentido ant-horino, €) Desapertar os bot6es dos interruptores de segurangar, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 4) Colocar as chaves de mVA, mW ¢ SELETOR DE ESCALA na posigao correspondente a0 valor maximo: ©)Colocar 0 interruptor geral_ na po: desligada ¢ retirar © plugue do recepticulo de 110 V, 1) So entdo poderdo ser recolhidos os cabos de cconexdes, 6.0 - CALCULO DO FATOR DE POTENCIA Como em cada enssio hé duas leituras para obier-se os milivoltamperes e duas leituras para obter- se os miliwalls, correspondentes as leitura nas duas posigdes da chave reversora. (REVERSAO DE POLARIDADE), & necessirio caleular-se a média, ou seja V2 VA. va = OVA) + VA, ® 2 mi 2 + mW, a 2 Onde mVA, mVAy € mV’A;- so 08 valores médio, primeira e segunda leituras da chave VA miF, mV; © mls ~ si0 0s valores médio, primeira segunda leituras da chave mt’ Com tais valores, caleula-se 0 fator de poténcia com a expressao (I). Naturalmente, os ensaios devem ser realizados sempre em condigSes’ ax mais préximas possiveis do liltimo ensaio e, assim, tomar vidvel a comparagio dos resultados sem corregGes de temperatura, Por outro lado, a fim de conseguir valores referidos a uma mesma temperatura, quando se utiliza ‘a ponte Doble, devem ser feitas corregies, Para determinar o fator de poténcia corrigido a 20° C, utiliza-se a expressiio: £08 9 = fs COS, ” 08 29 fator de poténcia a 20°C; 08 Gp ~ fator de poténcia medido & temperatura de foo fator de corregio de temperatura dado na tabela 3 ‘em Fungo do tipo de tanque do transformador, ou seja ) Transformador com conservador: curva clientes da DOBLE: b) ‘Transformadores selados: curva /EP ‘Capitulo 5: Far de PotBaca do Tolamento 109 ©) Transformadgres, gom,respjsgdowro: curva Doni) TRS SEE RE, Cliente da Doble 3 org 2 O91 096 5 O87 m2 299, 2 os 098 038, 3 On, 090) 036 7 Tie Oa oo 7 on OR 097 2 O70, on 036 ca os7 0x2 035, | eeaersomeenat exces O80 095 ar 060. oR Oo 3 O58 O76 03 = 036 oF os 3 O35 or 093 3 [sr O71 092 36 oF 7, 097 ca tar 09 090 3 ons Tat 090) 2. oar 2. oo 0 042 065 oo a a0 om oar = oar m7 O87 cn or 0.60, O56 = 036 0 ase 2 ae 057 oss 36 033 036 Dae 7 oar 035 Or = a0 3a Om 2 029 oar Oo 30 O28 O31 2 O26 049 3 or oa 3 OF O45 se oy Da @ aT oat a O16, 240 a oa 038, % tie O36 a on 70 on on 7 0.2 O32 7 oir 03 76 oi0, 230, 7 O07 O38 wo 009 or Tabela 3 Fatores de corregio de temperatura, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 7.0 - CONCLUSOES Em relagao aos ensaios, deve-se observar que: 4) Apés ser executado um determinado ensaio, desligar instrumento (Doble) e aterrar o equipamento sob ensaio: b) Nunca proceder « mudanga da posigdio das chaves de baixa tensio (SELETOR DE BAIXA TENSAO) © da Reversora (REVERSAO DE POLARIDADE) com instrumento de ensaio ligado: Novamente, insiste-se no fato de que o valor absoluto obtido, niio possui muito significado, devendo ser feitas comparagdes com resultados anteriores. ‘Capltdo 15: ator de Pata do Tolamento “10 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 16: ENSAIOS EM BUCHAS RESUMO ©) Desconectar todos os cabos extemos dos terminais das buchas e afasté-los das © texto apresenta os testes a serem rmesmas, realizados em buchas de transformadores 4) Limpar a superficie das buchas; ©) Desaterrar a derivagio de ensaios, da buch a ser ensaiada, amu 1) Conectaro instrumento de ensaio d bueha: \s (estes a serem executados em buches so ®) Proceder 0 ensaio em cada bucha Ostest ~ecutados em buch an 4) fator de poténcia e eapacitneia em bucha com 4) Devido a interagdo das buchas sob ensaio e derivagdo de ensaio, as demais ligadas ao mesmo enrolamento, 'b)_ resistencia de isolamento entre a derivagio de © ensaio serd realizado da seguinte ensaio €o flange mania ~ Os enrotamentos (HI, H2, H3 E HO) do Os procedimentos sto relatados a seguir. trafo deverio ser curto-circuitados conectados ao cabo de Alta Tensio (HV) do instrumento; ~ Os enrolamentos (XI, X2, X3 E XO) 20 - ENSAIO DE FATOR DE POTENCIA E CAPAGITANCIA EM BUCHA CoM eujasbuchas no” esido sendo poeta ee suo) ensaiadas, curto-circuitar ¢ aterrar ; 2:1 -Critérios Preliminares ~Conectar¢ cabo de Baixa Tensdo (LV) do instrumento a derivagao de ensaio (tap capacitive), com a chave na posigdo "UST" 4) O transformador deverd estar aterrado; b) Isolar 0 equipamento das barras cenergizadas, TEST cabo DEBT. [ seT Figura | ~ Ensaio de fator de poténeia do isolamento, Capitulo 16: Ensaio em Buchs 111 Lt Ie +I Figura 2 ~ Ensaio de fator de pote + ia do isolamento, 22-Ensaio Os procedimentos sao: 4) Conectar © gancho do cabo de enssio de Alta Tensio (HY) do instrumento 20 terminal de Alta TensSo da bucha, ) Conectar o gancho do cabo de ensaio de Baixa Tensio (LV) do. instrumento a derivagio de ensaio (tap capacitivo). ©) Com a chave de Baixa Tensto (LV SWITCH) na posigfo "UST", realiza-se Meme secese ane anes wr) = fe =] _I le Hos.) = Figura 3 - Medigio de C1 Observacies 4) Para o caso de buchas que contenham além da derivagdo de ensaio (tap capacitivo), uma derivagdo de potencial, a mesma deverd permanever desaterrada por ocasiio do ensaio de fator de poténcia e capacitincia, tendo em vista que geralmente tal derivagio de potencial corresponde uma camada mais interna & derivagio de ensaio (tap capacitivo) © no ‘caso de mante-la aterrada, no haverd sinal de tensio ¢ corrente através da derivagio de ensaio (tap capacitivo), Para estas buchas, deverio ser executadas medidas tanto com 0 cabo de Baixa ») MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Tensio (LV) do instrumento na derivaga0 de enstio (tap capacitive) quanto na derivagdo de potencial, controlando-se os dois valores de fator de poténeia e capacitincia: ©) Durante a normalizacdo, verificar se 0 tap ccapacitivo ficou devidamente aterrado, isto 6, através do tap de potencial e também quando for possivel, encher @ tampa de aterramento com leo, para evilar a oxidagao do pino de aterramento 2.3 - Resultados Tipicos Pode-se adotar os valores que servirdo de orientagao para ensaios, baseados nos limites estabelecidos pelos fabricantes de equipamentos. Os valores limites admissiveis no ensaio de fator de poténcia variam em fungdo do tipo de bucha € da tensio nominal, -~Fatorde Poténcia <1,5% para buchas papel/resina -Fator de Poténcia <0,7% para buchas papel/ileo 3.0 - ENSAIO DE RESISTENCIA DE ISOLAMENTO ENTRE A DERIVAGAO DE ENSAIO (TAP CAPACITIVO) E 0 FLANGE. 3.1 - Ensaio Para realizagio do ensaio, a derivagio de ensaio (lap capacitive) deverd ser cuidadosamente limpa e seca a fim de nio serem introduzidas interferéncias nos resultados dos ensaios A derivagio de ensaio (tap capacitive) deveri ser desaterrada, medindo-se a isolagdo entre este terminal e o flange com Megger 300 Vee somente durante 0 primeiro minuto, © mesmo ensaio deve ser evecutado entre a derivago de potencial e o flange, caso bucha possua cesta derivagio. 3.2 - Resultados valor apresentado em qualquer das leituras no poderi ser inferior a 5,000 MQ Dever ser cfetundo em agrupamento dos resultados, visando eriar valores tipicos As variagdes entre os resultados dos ensaios da mesma bucha nao devem ser significativas, sendo que quedas acentuadas de isolagdo podem estar associadas & penctraglo de umidade Caplalo 16: Ensain em Bachas = 112 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 17: TIPOS DE FLUIDOS DIELETRICOS E REFRIGERANTES RESUMO Este texto analisa algumas das caracteristicas dos varios fluidos utilizados em transformadores, relacionando-se as principais vantagens e desventagens do uso de cada um dos tipos 1.0 -INTRODUGAG Os tipos de Oleos mais utilizados sto os minerais € os sintéticos. Os 6leos minerais so derivados do petrdleo. Por outro lado, os sintéticos apresentam vérias origes sendo os ascardis, os fluidos de silicone © 0 fluido RTEmp 0s mais utilizados. 2.0 - OLEOS MINERAIS Os dleos minerais sdo obtidos através de processos de refinagio c extraclo adequados a partir de determinadas fragdes de destilagso do petrdleo natural Ignorando impurezas ou tragos de aditivos especiais, sio exclusivamente constituidos por hidrocarbonctos, (os quais, de acordo com a sua origem, apresentam estruturas moleculares diferentes, isto pode resultar em variagdes de suas propriedades Existem dois tipos de dleos minerais, ow seja, 08 parafinicos © nafiénicos, sendo estes os mais utilizados na atualidade, Por outro lado, sabe-se que apenas 15% das reservas mundiais conhecidas de petréleo bruto possuem base nafiénica. Tal fato levou diversos pais 2 desenvolverem estudos € processos para @ oblenglo de dleos com base parafinica, ineluindo o Brasil Deve-sc ressaltar que, no passado, estes foram inicialmente os Sleos minerais utilizados em quipamentos elétricos, sendo abandonados em favor do nafténico devido as suas limitagdes de elevagtio de emperatura e nivel de isolamento admissiveis. No presente, hd indicagdes que o dle parafinico poderé se tomar o substitute dos dleos de base nafténices Neste contexto, © considerando-se a absoluta dependéncia brasileira de forevedores extemos, a Petrobras desenvolveu um éleo isolante nacional de base parafinica, denominado AV70. 2) Tipo A (nafiénico): sao aqueles empregados para tensio maxima do equipamento superior a 34,5 kV. b) Lipo B (parafinico): sdo aqueles empregados Para tensilo maxima igual ou inferior @ 34,5 KV. De uma maneira geral, os 6leos minerais diferenciam-se pela qualidade relativa de compostos, ow seja, possuem os mesmos tipos de compostos variando-se apenas sua composigio relativa. Desta forma, a definigio exata do tipo do dleo 0 & possivel através do dleo cru de origem, Em relagdo aos dleos minerais tem-se que. quando entram em contato com © oxigénio do ar, se oxidam, formando borras. Por outro lado, observa-se que a concentragio de oxigénio no dleo, aumenta 0 isco de explosdes no caso de um arco acidental, Pelo exposto, é interessante que 08 dleos contenham algum tipo de inibidor de oxidugao, Nos processos normais de refinagio ha surgimento de pequenas quantidades de compostos «quimicos que exercem naturalmente a fungdo citada Com 0 passer do tempo, entretanto, estes Produtos so consumides, resultando em um aumento a velocidade de deterioragio ¢ oxidagio do éteo Ressalta-se que, mesmo com o tratamento do Sleo os processes aplicados nio permitem 0 restabelecimento das propriedades inibidoras. Em sendo assim, —surgiram —inibidores sintéticos de oxidagdo, sendo o DBPC 0 que apresenta melhores resultados. O DBPC possui varios nomes comerciais, tais como Jonol, Topanol e Vianol. Os Sleos mincrais so sempre misciveis, orém nem sempre compativeis em relagio a0 seu desempenho em servigo, ‘A operagio de completar o nivel de dleo deve, ‘em equipamento, ser feita preferencialmente com deo isolante novo do tipo A ou B, conforme 0 caso. Entretanto, em nenhuma situagdo, as propriedades do leo adicionado devem ser inferiores iquelas do dleo do equipamento. (Capitulo 7: Tipos de Fidon Dichtrcos« Rerigerantes 13 CZ fupai Oleos novos do mesmo tipo ¢ nto contendo aditivos silo considetados compativeis com qualquer outro leo © podem ser misturados, em qualquer proporgao. ‘A. pritica indica que normalmente nenhum problema é encontrado quando 6leo novo é adicionado fem pequena percentagem (menos que 5%), a dleos usados. Entretanfo, uma adigio maior que 5% a um leo altamente envelhecido pode causar & preeipitagio de borra No entanto, quando grandes quantidades de ‘leos usados ou de novos ¢ usados Vio ser misturados, © recomendivel realizar enstios em laboratérios para Observa-se que 0 valor da rigidez dielétrica se altera conforme o formato a distincia dos eletrodos. Sendo assim, quando se forneve © valor da rigides, € obrigatorio também informar 0 tipo de eletrodo e “gap’ utilizado pois a tenso de rupture seri diferente. A figura 7 esclarece para o caso de uma rigidez de 40 kV/mm, onde a tensdo de ruptura é de 60 KV para os eletrodos VDE e de 85 kV para os do tipo ASTM. ‘Capitulo 19: Ensaio de Rigidex Dielirica 123 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 80 70 Franca 60 a 50 ASTM (ANSYABNT) 40 ‘Temperatura do leo de, 3° aproximadamente, 20° C 20 10 Figura 7 ~ Rigidez.diclétrica ¢ tenso de ruptura para varios tipos de eletrodos, Muitas vezes, diz-se que a rigidez diclétrica é 30 KV, por exemplo. Na verdade, isto deve ser considerando como 30 kV/0,1” ou 30 kV/2,S4 mm, ‘caso 0s eletrodos sejam do tipo disco (ANSW/ABNT). 2.0 - MEDIDA DA RIGIDEZ DIELETRICA - METODO ‘ASTM-D877 Utiliza-se os eletrodos de discos planos, sendo conveniente verificar se esto so gjustados a uma distancia de 0,1 polegada (2,54 mm) entre si, © medidor de rigidez deve ser capa de atingir 4 tensa de, pelo menos, 40 kV. A cuba deve ser enchida com uma amosira de leo, de forma a cobrir os eletrodos, E necessirio que no haja a formagto de Figura 8 ~ Cuba de medidor de rigidez.dielétrica com bothas e. portanto, deve-se deixar © dleo em repouso discos planos por cerca de 2 (dois) a 3 (trés) minutos antes de iniciar © enstio. Se o aparelho possuir misturador deixa-lo Feito isto, aplica-se continuamente uma tensiio ligado, crescente a razo de 3 kV/seg. até que ocorra a ruptura Capitulo 19: Ensaio de Rgides Delica ~ (34 nna amostra existente na cuba, com intervalos de 1 (um) ‘minuto, no minimo. O valor obtido deverd ser anotado. (© ensaio deve ser repetido mais cinco veres utilizando-se a mesma amostra, desprezando-se a primeira medida A rigider dielétrica & expressa pelo valor médio dos cinco valores restantes se 0 resultado fapresentar consisténcia estitica. Se isto nifo se Verificar, executa-se novo grupo de cinco medidas, ¢ 0 valor da rigidez sera a media das dez medidas cefetuadas, No segundo grupo de medidas nenhuma das s ¢ desprezada », por oulro lado, deseja-se novamente determinar se a rigidez. dielétrica esté acima ou abaixo do valor especificado pelas normas, faz-se seis leituras, desprezando-se a primeira, se as cinco dltimas leituras possuirem valores superiores, 0 Oleo esti aprovado ‘quanto este aspecto 3.0 - MEDIDA DA RIGIDEZ DIELETRICA - METODO VDE 370 Utiliza-se os eletrodos da figura 3 ¢ o medidor deve ser eapaz de atingir a pelo menos 90 kV. Deve-se verificar o espagamento correto dos eletrodos (2,5 mm) e encher a cuba de dleo cobrindo- ‘Atentar, também neste easo, para que no haja 4 formagio de bolhas e, portanto, & conveniente deixar ‘a amosira de éleo em repouso por cera de 1 a 3 ‘minutos antes de iniciar o ensaio. Se houver agitador, deixi-lo ligado. Figura 9 ~ Cuba de medidor de rigidez dielétrica com eletrodos VDE, Feito isto, aplica-se continuamente uma tenstio ereseente na razdo de 2 kV/seg, até que ocorra a ruptura,, anotando-se este valor. [ANUTENGAO EM TRANSFORMADORES © ensaio & repetido mais cinco vezes utilizando-se a mesma amostra, sendo vilidas as rmesmas condigdes anteriores. 4.0 - CRITERIO DA CONSISTENCIA ESTATISTICA critério da consisténcia estitica consta em se determinar a relagdo entre o desvio padrdo (DP) © valor médio das letturas (X }, ¢ verificar se ela & ‘menor ou igual a 0,1, ou seja DP <0) @ x Se tal no ovorrer, € provavel que 0 erro da media seja excessivo, A média e 0 desvio padrlo, por outro lado, s0 dados por 8 DP= tis &?)-5| « Se, por exemplo, em um ensaio forem obtidas 4s seguintes leituras, na ordem em que foram feitas, 50 kV, 29 KV, 32 KV, 33 kV, 40 kV, 36 kV Desprezando-se a primeira leitura, ou seja, SO KV, tem-se de (3): $(29+324+33 + 40+36) =34kV Bde) p= |ilag 32438 +40 138) 5097 4138 otto: a “8 =0.123>0.1 ‘Capitulo 19: Ena de Rigs Dieltrca - 125 @ fupai Portanto, deve-se executar mais um grupo de cineo leituras, Pode-se utilizar um eritério altemativo, ou seja, determinar a diferenga entre o maior e a menor leitura, e multiplicar-se o resultado por 3 ({1és). Se 0 produto for maior que o valor mais proximo do minimo das cinco leituras € provavel que o erro seja excessive. Sendo assim, no caso do exemplo anterior, tem-se que o maior valor & de 40 kV © 0 menor 29 kV. Entao, a diferenga é 11 kV e 3x 11=33kV Comparando-se como maior valor mais proximo de 20 kV, o qual é 32 kV, tem- 33> 32 Portanto, deve-se exeeutar mais um grupo de cinco leituras Anda, a titulo de exemplo, supondo-se que 0 grupo de cinco novas leituras seja 34, 36, 32, 35, 36 kV, A rigider diclétrica sera esceee = 32°34" 3621961217503 Rigidez Dielétrica ~ 34.3 kV ‘5.0 - CUIDADOS COM © MEDIDOR DE RIGIDEZ Independentemente do tipo de teste a ser executado, € importante que a cuba e os cletrodos: cestejam bem limpos ¢ secos antes do enchimento do leo. Para a limpeza deve-se utilizar uma mistura de benzol ¢ slevol na proporgio de 23 € 13, respectivamente, e secar de preferéneia na estufa MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Os eletrodos e @ interior da cuba no deve ser tocados. 6.0 TESTES EM CAMPO. © envelhecimento exeessivo ou a contaminagio podem ser observados através da inspegtio visual, baseando-se na cor ¢ matérias estranhas no dle Para uma verificagio ripida do conteiido de umidade, pode-se utilizar 0 “teste de crepitagao", adotando-se o seguinte procedimento: ) colocar uma pequena amostra de leo em tum tubo limpo e seco. 'b) aquecer © conjunto com um queimador de ‘gas a uma temperatura superior a 100 °C ©) um som erepitante indicard a presenga de ‘agua em perigosa concentragao Observe-se, entretanto, que o teste de rigides & ‘6 que realmente avaliari as condigdes dielétricas do leo. 7.0 - CONCLUSOES Assim como em varios outros testes, é conveniente o acompanhamento da evolugto da rigidez Gielétrica do leo a0 longo do periodo de funcionamento do transformador. ‘A comparagio entre 0 valor atual com 0 anterior permite que se tenha idgia de uma possivel deterioragio do leo, se a igidez diminuiu sensivelmente Entretanto, mesmo que a rigider se-mantenha estivel nfo significa, necessariamente, que 0 dleo s¢ encontre em boas condigdes, pois poderdo existir outros fatores que no slo detectados por seus respectivos testes, esta forma, a idéia da avaliagto da qualidade de um fluido dielétrico baseando-se apenas no valor de sua rigidez dielétrica nfo se constitu: em boa pratica. Ela, na realidade, nfo & uma caracteristica intrinseca, sendo antes determinada pelo estado de poluiga do leo, Desta forma, a rigidez pode assumir baixos valores com © aumento da presenga de agentes ‘contaminantes tais como a gua e particulas sélidas. “Capito 9: ian de gies Dielvica~ 126 @ fupai MANUTENGCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 20: COLETA DE AMOSTRAS DE OLEOS ISOLANTES PARA ANALISE FISICO-QUIMICA RESUMO A norma NBR-8840 da ABNT, estabelece os procedimentos para a retirada de amostras do dleo isolante para anilise fisico-quimi do Ministério do Trabalho e Emp instalagdes.energizada ‘como atender a ambas simullaneamente, 1.0 -INTRODUGAO Para o controle rotineiro do estado do dleo (ou seja, sua manutengio periddica) realizam-se alguns ensaios, como analisado anteriormente. Para que isso seja possivel, € neoessério coletar uma amostra diretumente do transformador, energizado ou no, conforme os procedimentos cstabelecidos na NBR-8840 da ABNT [1] Qualquer que seja o caso, entretanto, & necessirio que se siga a legislagio tabalhiste especificamente a NR-10 do Ministério do Trabalho & Emprego 2], relativa a seguranga nos servigos de eletricidade 2.0 - MATERIAL DE AMOSTRAGEM Conforme estabelecido pela norma NBR-8840 da ABNT (1), 0 material de coleta de amostra deve ser composto de um conjunto de conexdes, mangueira de silicone, um frasco de vidro © etiquela para identificagdo do equipamento amostrado, Os frascos de amostragem devem ser limpos conforme © procedimento mostrado a seguir: a) lavar os frascos com aguarrs para retirar leo (duas vezes no minimo); b) lavar com detergente, ©) enxaguar com bastante gua, agitando sempre 0 frasco; Observagao Importante Esse texto foi redigido com a colaboragio do Eng® Alexandre Bonon Fadel. ‘Capiala TO: Amostragenn de 4) estando 0 frasco limpo, enxaguar muito bem com agua destilada, Para saber se cst limpo, nll devem aparecer goticulas de 1a, pois isto indica que aind: enxaguar muito bem 0 frasco com Aleoo! elilico, deixando escorrer 0 excesso de boca para baixo até secar, 1) colocar —deitado na aproximadamente 100° C, sem a tampa durante meia hor ) retirar da estufa apos seco, tampar e guardar em local limpo; se durante duas semanas no for usado o frasco, refer a operagiio de limpeza partindo da alinea ¢) ° Figura | - Frasco de amostragem, 3.0 - PROCEDIMENTOS Normalmente, a tomada de amostra deve ser feta na valvula ou bujao (plug) inferior de drenagem. os Didliricos e Refrigerant para Anise isico- Quimica 77 Figura 2 — Valvula de drenagem. Para que uma amostragem seja considerada adequada, 0 procedimento & composto das seguintes tapas 4) Limpar a tomeira da amostragem de oleo do transtormador com pano apropriado, impo € Figura 3 — Limpeza inicial b) Posicionar uma bandeja sobre © dreno, de modo a ndo permitir que 0 éleo tome contato com o solo. Figura 4 ~- Posicionamento de bandeja MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ©) Remover o tampa, Figura 6 -Instalaglo de conexBo mangueira ©) Abrir 0 dreno e deixar fluir de duas a trés vezes 0 volume da tubulagao de amostragem do ansformador (cuidados devem ser tomados pera transformador de pequeno volume quanto 0 nivel de dleo bem como a entrada de bothas de ar quando esto sob vacuo). Recolher 0 dleo como descarte. Figura 7 ~ Oleo de descontaminagao, ‘Capiile 30° Amosiragem de Flas Dicletrices« Refrigerantes para Anise Fisico-Quimica~ 128 @ fupai 1) Coletar um pouco de leo para a descontaminagdo do frasco, Figura 8 - Coleta para a descontaminagio do frasco 2) Lavar 0 frasco com 0 éleo coletado, antes de relirar & amostra definitive wir Figura 9 - Descontaminagao do frasco. h) Desprezar o oleo de lavagem. lescontaminago, Figura 10 - Descarte da amostra de MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES i) Coletar a amostra di Figura 11 - Coleta definitive di i) Tampar o frasco, cuidando para que o mesmo fique bem vedado. Figura 13 ~ Aplicagio de tampa de rosea ‘Caplalo 20: Amosiragem de Flies Dieldricor« Reffigerantes para Andlxe Firco-Owimica 129 > x k)_A amostra deve ser corretamente etiquetada ¢ colocada no frasco, Figura 14 ~ Btiquetagem da amostra Proceder ao descarte do restante de éleo da Figura 15 ~ Retirada das conexdes, n)__Recolocar tampao (ou plug) Figura 16 — Recolocando o tampa, Capital 20: Anaasragem de Fluidos Dieliricos « Refigeranis pare MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Figura 17 - Recolocagdo do tampio. ©) Limpar os vazamentos, Figura 18 — Limpeza final P) Descartar o dleo resultante do procedimento. Figura 19 — Descarte do dleo. @ fupai Observase que 0 leo resultante do procedimento deve ser descartado, porém, sob nenhuma hipétese, diretamente no meio ambi Portanto, do ponto de vista ambiental, é necessério que tal atividade seja realizada conforme a legislagao vigente, te 4.0 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANGA Para a execugio do processo de amostragem, inclusive para atender as exigéncias da NR-10, é necessirio considerar alguns fatores que impedem (anto a qualidade da amostra, quanto a seguranga do ‘operador, tais como: a) Dificuldades de acesso 90 ponto de amostragem do dleo;, b) Proximidade do barramento em relagio 19 ponto de amostragem (geralmente, © registro inferior do transformador); ©) Blevada umidade relativa do ar, 4) Falta de equipamentos de protegao individual e coletiva (EPI’s ¢ EPC’s); ©) Falta (ou deterioragao) de aterramento do equipamento. Devido a estas e outras dificuldades, devem ser adotados alguns procedimentos que asseguram a integridade fisica dos envolvidos na operagao, No caso especifico de transformadores, aplicam-se as seguintes regras: a) Assegurar que 0 equipamento possua alerramento © que 0 mesmo esteja em perfeitas condigdes, _conforme estabelecido na norma NBR-5410 [3] da ABNT; b) Garantir que 0 equipamento esteja desenergizado seu religamento automitico estejabloqueado alé 0 término do. processo de amostragem, coniorme exigéncia da NR-10, ©) Na impossibitidade de cumprir 0 que estabeleve o item anterior, garantir que © onto de amostragem (fezisto) esteja fora da zona de riseo (no minimo, dentro dda zona controlada), ainda conforme a NR-10: Designar sempre um acompanhante (eletrcista) da planta para o desenvolvimento do processo de smostragem:; ©) F obrigatirio 0 uso dos seguintes EPIs luvas (para evitar contato da pele com o 6te0),capacetee botas de cltrcista d Ga MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Ainda ¢ importante ressaltar que, para que 0 ponto de amostragem esteja fora da zona de risco, & nevessério 0 uso de um prolongamento (tubo metilico) desde © local onde originalmente © registro esti instalado até um ponto além da referida zona Gstancias conforme estabelecido pela NR-10). A Zona de Risco & 0 intervalo delimitado por uma cireunferéncia imaginéria cujo centro esta situado no ponto energizado (barramento neste caso) € cujo raio varia de acordo com 0 nivel de tensto do equipamento (conforme NR-10). 0 trabalho nesta regitlo é restrito a trabalhadores devidamente treinados. ‘A figura a seguir, extraida da NRIO, ilustra 0 Legenda ZL: Zona Livre (no oferece riscos), ZC: Zona Controlada, acessivel © restrita a trabathadores sutorizados ZR: Zona de Risco, acessivel © restrita a ‘rabalhadores autorizados € com 2 adogio de téenieas, instrumentos e equipamentos aadequados ao trabalho: PE: Ponto Energizado: Re: Raio da Zona de Riseo: Re: Raio da Zona Controlada, Figura 20 - Distincias que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, conforme a NR-10. A tabela 1, transerita da NRIO, estabelece, para cada faixa de tensto, 0s raios das zonas de riseo ¢ controlada, ino 2: Amostragem de Fhuidos Diericos« Refigeranes para AndliseFsico-Quimica ~ 131 — 2 hu Te Rao TF Famadetensto | aaimtagio etre | deimiogdo nrc a maiminat de. | “Zonadetucoea | Zomrconoladee ago erica, | zona Contotada, em | "tom toa em nae (a mato = 7 a0 Test a 1a Be 035 135 0 as 35 Toes ae 3 15820 a0. a0 m0 se 136 se ase 1S aes at Tt Se ag ie e<70 50 1907 Te Ton 00 Toma detniaa | R= Raro de Re Raia de awa dewnise | adimiacto enirea | delmiopto entre a mnsceninatds | Zmadetocoea | Sonmconrtate ct Elda. | roma Conroiaa om | son thre ew fembiove rary | 7 Comraad a le TE uo a0 T3S JOleo, |transtormadores de }100} 350, 65 | 30 | 35 ansmisto Stco : |Superaquecido|0,01 en 2 LCIE (Béigica) 80 [1000200] 200 [100 [5 BBC ooo} so [15 60 [5 Cet |Superaquecida 2) 67 | 12 /<0,01)<0,01}<0,01 {400} 300 | 200] 150 | 300 am 1 Cealcontcomle Misubisi [e275 EV> frewstie || 999 [-001]-001f-001| 100 ‘Metano (CHL) 2 300. Etano (Cl) 2 300 Etileno (CH) 2 300 ‘Acetileno (C311) 2 50 Mondxido de Carbono F coy 100 | 500 Dioxido de Carbono (CO3)_| 300 | 1000 Tabela 6 — Limites da taxa de crescimento de gases. 4.0 -CROMATOGRAFO © equipamento necessirio para realizar a anilise de gases dissolvides € chamado de MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES cromatégrafo, como 0 de Iaboratério mostrado na figura 1 Figura 1 ~ Exemplo de cromat6grafo para laboratorio, Um cromatografo como esse, extrai todos os gases dissolvidos em uma amostra de éleo em menos de dois minutos e, também, determina a quantidade de ‘agua presente em ppm (partes por milhio). Como o sistema € informatizado, uma tela tipica de resultados ¢ a apresentada na figura 2. t pen] sis | Gyan] stcnm.| renee. | Aan {EZ BveGad c we Figura 2 ~ Tela tipica de resultados de andlise eromatogrética [1] ‘Caplala 1: Andis dox Gases Dissolidos (Cromatrografia)- 136 2 oe 50 - PERFIS TIPICOS DE GASES DISSOLVIDOS PELA DECOMPOSIGAO 00 OLEO ISOLANTE ASSOCIADOS A FALHAS mnleo Hidrogénio quantidades, b)_Fiileno e Metano - Menores quantidades: Acetileno - — Maiores ©) Se envolver celulose - monbxido e didxido de ccarbono % a | co Wa ‘one "cane cama” cz. Figura 3 ~ Gas chave ~ Acetileno [2] Descargas Parcials 8) Hidrogénio - Maior quantidade; bb) Metano - Quantidade intermediéeia, ©) Fiano e Etileno - Menores quantidades; 4) Descargas em celulose - monéxido e diéxide de carbon. % 10 ry ©. ». Ey co Hz cHs caMe came came Figura 4 ~ Gas chave ~ Hidrogénio {2} Oleo Superaquecido ‘) Bilileno - Maior quantidade; b) Blano, Metano e Hidrogénio - Menores quantidades, ©) Se houver falha severa ou envolver contatos clétricos - tragos de Acetileno, % a0 a © “0 a wow ° 2 co Hz CHS COMB can caNe Figura 5 ~ Gas chave ~ Etileno [2} MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Celulose Superaquecida ‘a) Mondxido € Didxido de Carbono - Maiores quantidades, b) Metano e Btileno - Menores quantidades. % wy 12 co 2 cha CONG came cana. Figura 6 ~ Gas chave ~ Mondxido de Carbono [2] Hletrélise ‘8) Hidrogénio - Maior quantidade, co 2 CHA c2He came came Figura 7 — Gas chave — Hidrogénio (2). Observa-se que os valores normais de concentragdo de gases, variam grandemente para transformadores de idades diferentes e em fungo dos parimetros de utilizagao © do tipo construtivo dos mesmos [2]. Portanto, se por ocasito de uma andlise rotineira, constatar-se que os valores “Padriles” de gases foram —ultrapassados, isto nfo indica evessariamente um defeito do transformador, mas sim, que o mesmo deve ser objeto de uma supervisdo mais atenta © de amostragens © andlises com menor periodicidade (2) 60 - EXEMPLOS DE CASOS REAIS DE DETECGAO DE FALHAS A seguir, apresenta-se ts exemplos de 280s reais de detecgdo de falhas em transformadores pelo acompanhamento periédico dos resultados de ‘concentragao de gases, conforme relatado em (2). ‘ransformador - 500 kV'— 40K Diagnéstico: degradagao térmica importante sem envolvimento de papel Defeito Encontrado: mau contato na conexto da bucha Y3 (13,8kV) com o enrolamento, Caplalo 7: Anise dox Gases Dieses (Cromatrografi) - 137 1 ec iasin) wo ‘Sana foo Figura 8 ~ Evolugdo da concentragio de gases em transformador [2] Transformador - 13,8 kV'- 5.0MVA Diagnéstico: degradaglo (mica importante sem envolvimento de papel, Defeito Encontrado: desgaste acentuado nos contatos fixos e méveis do comutador. to rs ° jot r elo So. $200 | of o Peo19s ormaoe crease Goze tata Ensaoe Figura 9 ~ Evolugdo da concentragiio de gases em transformador [2] Transformador - 69 kV - 5,0 MVA Diagnéstico: degradagio térmica importante sem cenvolvimento de papel; Defeito Encontrado: mau contato no comutador sem carga, provocando sobreaquecimento devido a alta resisténcia de contato, poise] Figura 10 ~ Evolugtio da concentraglo de gases em transformador [2] MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES 7.0 ~ MONITORAMENTO EM CAMPO Ha a altemativa de se realizar a analise romatogrifica em campo __empregando-se ‘cromatdgrafos portéteis, como o da figura 11 Figura 11 — Cromatdgrafo portal Ele pode ser acoplado em um notebook & fomecer resultados em dois minutos. [sso permite 0 aumento do niimero de amostra ¢ a freqiéncia com que io realizadas. Em conseqineia, as analises se tornam mais apuradas. ‘8.0 -MONITORAMENTO ON-LINE (© monitoramento on-line de transformadores quanto a taxa de formagtio de gases ¢ possivel pelo uso de cromatografos especiais, como ilustrado na figura EL cate Figura 12 ~ Monitoramento on-line ‘Capitulo 7: Anse dox Gases Disslvidos(Cromatrografia) — 138 Esses cromatégrafos possuem comunicagio por fibra dtica, wireless, modem, saidas RS 232 ou por placa de rede (RJ 45). Naturalmente, por medit continuamente a concentragdo de gases possuem ‘meméria de massa e, além disso, trigger para alarmes. © grande interesse em seu uso 6 em transformadores considerados eriticos, pois propicia avaliar possiveis problemas no periodo compreendido centre duas coletas rotineiras MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS [1] Morse, W. ~ “Preventive to Predictive - The Future of Transformer Oil Testing”. Morgan Schaffer Ine: [2] Fonseca, J. R. D. ~ “Manutengiio Preventiva Preditiva de Equipamentos de Alta © Média Tensio” — Seminério de Manutengdo da Universidade Federal de Sto Joao del-Rei (UFSD) ‘Capito 21 Andie ds Gases Disolides (Cromatroprafia)~ 139 fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 22: COLETA DE AMOSTRAS DE OLEOS ISOLANTES PARA ANALISE CROMATROGRAFICA RESUMO A norma NBR-7070 da ABNT, estabelece os procedimentos para a amostragem de éleo para andlise de gases dissolvidos, enquanto 2 NR-10 do Ministério do Trabalho © Emprego, os de agio em instalagies energizadas. Esse texto, portanto, relata como atender a ambas simultaneamente. 1.0 -INTRODUGAO Como visto, a cromstografia ¢ uma das {erramentas mais importantes na manutengio preditiva de transformadores. Através da andlise da composigio dos gases (hidrocarburetos) dissolvidos no fluido isolante pode- se detectar falhas elétricas incipientes, ou seja, defeitos clétricos no detectados em nenhum outro ensaio elétrico atualmente conhecido, Assim como nos ensaios fisico-quimicos, na fandlise cromatogréfica também é comum efetuar somente a retirada de amostras de élco, sendo os ensaios efetuades a baixo custo por empresas especializadas, © material para a coleta € fornecido propria prestadora do servigo ou, ainda, ela envia algum {éenico para a amostragem. Os procedimentos que devem ser empregados sio os estabelecidos na norma NBR 7070 da ABNT [1]. Os resultados slo apresentados até através de ‘e-mail e, em geral, podem ser comparados com os de um grande banco de dados da empresa fornevedora, Qualquer que seja o caso, entretanto, & necessirio que se siga a legislagio trabalhista, especificamente a NR-10 do Ministério do Trabalho ¢ Emprego [2], relativa a seguranga nos servigos de cletricidade, Observagio Important Esse texto foi redigido com a colaboragiio do Eng? Alexandre Bonon Fadel 2.0 - MATERIAL DE AMOSTRAGEM Conforme estabelecido pela norma NBR 7070 da ABNT [1], © material de coleta de amostra deve ser composto de: 4) Um tubo impermeavel, resistente ao oleo: por exemplo, tubo de poli (tetrafluoretiteno) PTFE para coneetar a seringa ao equipamento; esse tubo deve ser ‘© mais curto possivel e possuir uma torneira de tres vias, ‘Mota: Na auséncia de uma vlvula de amostagem adogusda ' adaptasio dirta de um tubo, pode sor nacesirio limprovsarse utizando uma Mange perorada ou bouche de boracha, resstnte a0" len, s0bre o Aipositive de enchimento, b) seringa 4 prova de gis, de vidro ow possuindo juntas de plistico ou de borracha 4 prova de leo, com pistdo de vidro ou de plistice. Seu volume pode estar compreendido entre 25 em © 250 om dependendo principalmente da sensibilidade do procedimento analitico utilizado e do volume de éleo do equipamento a ser amostrado. A seringa deve estar equipada ‘com uma tomeira, permitindo que possa ser fechada hermeticamente, =) ly Figura | ~ Scringa, tubo ¢ valvula de trés vias ©) Recipientes para transporte projetados de ‘maneira a manter as seringas firmemente no lugar durante 0 transporte, permitindo a0 ‘mesmo tempo que 0 pistio da seringa permanega livre Capitulo 22: Goleta de Amosras de Glos Isolates Para Anise Cromatrogrifca ~ 140 2 3.0 CONSIDERAGOES GERAIS © metodo de amostragem utilizando © ‘material deserito anteriormente (seringa) & adequado ‘qualquer que seja o meio de transporte das amostras realizadas, Observa-se que, para transformadores de distribuigo (ou outros equipamentos com pequeno volume de dleo) & essencial que se assegure que 0 volume total de dleo a ser retirado no afete 0 bom funcionamento do equipamento, ‘Além disso, as amosiras devem ser retiradas com 0 equipamento ma condiggo normal de funcionamento (isto & importante para se verificar a taxa de produgio de gis). Essa situagio leva a nevessidade de que sejam respeitadas a8 condigoes estabelecidas pela norma NR-10, conforme explanado a frente De qualquer forma, € conveniente que os locais de retirada de amostras sejam cuidadosamente escolhidos, Normalmente, ¢ tomada de amostra deve ser feita na valvula inferior de drenagem. Algumas vezes, enrelanto, serd necessirio que outro local seja escolhido deliberadamente, como, por exemplo, no ‘caso de se tentar localizar uma falha Figura 2 — Valvula de drenagem, MANUTENGCAO EM TRANSFORMADORES 4.0 - METODO DE AMOSTRAGEM Para que uma amostragem seja considerada adequada, 0 procedimento ¢ composto das seguintes tapas: @) A bucha ou tampa da vélvula de amostragem deve ser removida € 0 orificio de saida limpo com um pano, @ fim de climinar toda sujeira visivel; Figura 3 — Limpeza do ponto de coleta, b) Posicionar uma bandeja sobre o dreno, de modo @ no permitir que 0 éleo tome contato como solo, Figura 4 ~- Posicionamento de bandeja. ©) Abrir 0 dreno e deixar fluir de duas « trés vezes 0 volume da tubulagzo de amostragem do transformador (cuidados devem ser tomados para transformador de pequeno volume quanto a0 nivel de éleo bbem como a entrada de bothas de ar quando esto sob vacuo). Recolher © éleo como descarte (Capitala 2: Coleta de Ameras de OteorIolantes Para Andlive Cromatrogrifica ~ V44 Figura 5 ~ Oleo de descontaminagto, 4) 0 dispositivo deve ser ento eonectado como o indica a figura 6, © a vilvula principal de amostragem, aberta A tomeira de trés vias deve ser ajustada para permitir que 1 a2 litros possam ser eliminados. WF x Figura 6 ~ Sistema de amostragem conectado. ©) A tomeira de trés vias deve ser entdo aberta de forma a permitir que 0 éleo penetre lentamente na seringa, © pistio nfo deve ser puxado, mas permitido que recue sob a pressio do dleo; ‘igura 7 ~ Abertura da vavula de trés vias, MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 1) Fechar o dreno do transformador e mudar a posiglo a valvula de irés vias, descartando cesta porgdo de dleo (éleo de limpeza da seringa), Deve-se assegurar que a superficie interna da seringa e de seu pistio esteja ‘completamente lubrificada pelo leo; 8) Abrir novamente o dreno do transformador fe verter dleo isolante 0 suficiente para ‘completar a serings de vidro, h) A tomeira da seringa deve ser entdo fechada, juntamente com o dreno do ‘ransformador. Figura 8 ~ Fechamento da tomeira de trés vias, i) A seringa deve embalada, ser desconectada ¢ Cte ks Figura 9 ~ Embalando-se a seringa. Capi 2: Cola de Amora de estates Pra indie Cromutopifca = 142 fupai i) A amostra deve ser corretamente etiquetada c lacrada de preferéneia, aE AES ae Figura 10 Eliquetagem da amosira k)_Proceder ao descarte do restante de éleo da ‘mangueira uilizada 1) Fechar o registro e demais conexdes. Figura 11 ~ Retirada das conexes, m) Recolocar tampao (ou plug) - Figura 12 —Recolocando o tampao. 1a) _Limpar os vazamentos, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES © leo resultante do procedimento deve ser descartado, porém, sob nenhuma hipétese, dirctamente no meio ambiente. Portanto, do ponto de vista ambiental, é necessirio que tal atividade seja realizada conforme a legislagio vigente, 5.0 - PROCEDIMENTOS DE SEGURANGA Para a execugdo do processo de amostragem, inclusive para atender as exigéncias da NR-10, é nnecessério considerar alguns fatores que impedem tanto a qualidade da amostra, quanto seguranga do operador, tais como: 8) Dificuldades de acesso a0 ponto de amostragem do dleo; b) Proximidade do barramento em relagio 0 ponto de amostragem (geralmente, o registro inferior do transformador);, ©) Elevada umidade relativa do ar; 4) Falta de equipamentos de protegdo individual e coletiva (EPI’s e EPC’) ©) Falta (ou deterioragio) de aterramento do cequipamento. Devido a estas e outras dificuldades, devem ser adotados alguns procedimentos que asseguram a integridade fisica dos envolvidos na operagio. No caso especifico de transformadores, aplicam-se as seguintes regras a) Assegurar que © equipamento possua aterramento © que 0 mesmo esteja em perfeitas condigdes, —_conforme estabelecido na norma NBR-S410 [3] da ABNT; Garantir que © equipamento esteja desenergizado ¢ seu religamento automitico esteja bloqueado até 0 témino do processo de amostragem, conforme exigéncia da NR-10; ©) Na impossibilidade de cumprir © que cestabelece o item anterior, garantir que 0 ponto de amostragem (fegistro) esteja fora da zona de risco (no minimo, dentro ‘da zona controlada), ainda conforme a NR-I0, Designar sempre um acompanhante (cletricista) da planta para o desenvolvimento do processo de amostragem: ©) E obrigatério 0 uso dos seguintes EPIs: luvas (para evitar contato da pele com 0 6leo), capacete e botas de cletricista » g ‘Capitulo 22: Cota de Amoniras de OteosIvolantes Para Andlixe Cromatrogrifica ~ 143 Ainda é importante ressaltar que, para que 0 ponto de amostragem esteja fora da zona de riseo, & necessério o uso de um prolongamento (tubo metal desde 0 local onde originalmente o registro esté instalaéo até um ponto além da referida zona Gistancias conforme estabelecido pela NR-10) A Zona de Risco € 0 intervalo delimitado por uma circunferéncia imaginéria cujo centro esta situado no ponto energizado (barramento neste caso) € cujo aio varia de acordo com o nivel de tenstio do equipamento (conforme NR-10). O trabalho nesta regido é restrito a trabalhadores devidamente treinados. A figura a seguir, extraida da NRIO, ilustra 0 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Zona Livre (ndo oferece riscos); ZC: Zona Controlada, acessivel e restrita a trabathadores autorizados, ZR: Zona de Risco, acessivel e restrita a ‘rabalhadores autorizados ¢ com @ adogdo de técnicas, instrumentos © equipamentos adequados ao trabalho; PE: Ponto Energizado; Rr: Raio da Zona de Risco; Figura 13 - Distincias que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada ¢ livre, conforme a NR-10. A tabela I, transcrita da NRIO, estabelece, para cada faixa de tensio, os raios das zonas de risco € controlada, Fao eRe Fama detmet | demas entrea | detari entre SLL nce | ‘Zomedericove | Senn comrades areca. | sma Conroa.om | "sonal em ina) intron = aa a7 ea at az Sie a5 S6sa0 a3 Sites a3 sea 00 Seid 36 sie ast Seas at Sires a 0670 50 =neaii0 00 Te Raiode Te Rao ‘ana detmate | summraioenrea | delimtopo crea Inatigio tare, | Zomade we ea | oma conriais a eral a) | aia meron igs 717 a0 Sars =150 120 320 sis =aap 1 30 Ses 1a 380 275 ¢ 00 a 450 S590 sa a0 330 =m 700 520 720 ‘Tabela 1 - Faixa de tensZo, raios das zonas de risco ¢ ccontrolada, Anda, considerando-se a NR-10 a) O(s) trabalhador(es) deveri(ao) recusar(em)-setrabalr, caso as, ccondigdes citadas no scjam respeitadas, b) E obrigngio do. responsivel pelas instalagdes elétricas, manté-les em perfetas condigdes de funcionamento, principalmente no que se refere aos ispositives de protego, seccionamento e alerramento: 6) A coleta no deve ser realizada, em nenhuma de suas etapas, caso nio haya eletricista designado pelo. responsivel elas insalagdes eletricas para acompanhamento do procedimento @) E recomendavel a sinalizagio do local onde o servigo este sendo executado REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS [1] Associagio Brasileira de Normas Técnicas ~ “NBR 7070 -' Amostragem de gases € leo mineral isolante de equipamentos elétricos e andlise dos, gases livres ¢ dissolvidos”. ABNT; 2006; [2] Ministério do Trabalho e do Emprego ~ “NR 10 - Instalagtes € Servigos em Eletricidade”, Port. $98, dde 07/12/2004; D.O.U de 08/12/2004 - Segao 1; [3] Associagdo Brasileira de Normas Técnicas ~ “NBR 5410 - Instalagdes elétricas de baixa.tensdo’ ABNT; 2004 Capitulo 22: Coteta de Amosras de Geos Isolantes Para Andlive Cromatogrifica ~ 144 @ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 23: TRATAMENTO DE FLUIDOS DIELETRICOS E REFRIGERANTES RESUMO © ‘ratamento visindo a recuperagdo ou regeneracao dos dleos & o tema deste texto, 1.0 -INTRODUGAO A qualidade do leo isolante € afetada pela presenga de impurezas, cujo surgimento ¢ inevitavel Naturalmente, este fato resulta em prejuizos is propriedades ‘isolantes do loo e, em conseqdéncia, afeta a operagio do transformador. Considera-se que ha a conteminagio priméria ce secundaria do dleo. ‘A priméria & composta por particulas de gua « gases dissolvidos ¢ so, normalmente, acompanhadas Por sdlidos provenientes do processo de fabricagio do transformador. ‘As impurezas secundérias s80 as acumuladas durante 0 funcionamento do transformador constituem 0s principais fatores conhecidos do envelhecimento do deo, ou scja 1) solidos, inclusive coloidais; d) acidez; ©) gis e umidade (como produto da oxidagio) Pelo exposto, por vezes é nevessirio 0 tratamento do dleo isolante a fim de que mantenha suas cearacteristicas operativas. Note-se que existem virios métodos, sendo que cada um deles apresenta melhor desempenho para certas impurezas. Desta forma, é comum haver a utilizagdo de dois ou trés métodos. 2.0 - CONSIDERAGOES SOBRE 0 TRATAMENTO E CONTAMINANTES. O termo tratamento do dleo ¢ genérico e inclui © seu recondicionamento © & sua recuperagdo. O recondicionamento é 0 meio pelo qual sf0 removidas as impurezas primérias, enquanto a recuperacao é 0 proceso da remogio da contaminagio secundiria A decisio entre a execugo do recondicionamento e da recuperagdo se lem. a vérios fatores, ou seja: a) custo do material; 'b) disponibilidade do material usado; 6) custo total do processo em face da qualidade do produto final; €) manutengio e amortizagio do equipamento, ¢) custo da retiradaeestoeagem do sleo, 1) custo de transporte 2) custo de lnboratsrio: }) custo do leo novo em face do custo do dleo recuperado; ’)_perda do dleo durante a recupersgio; ) euslo dos inibidores eda mistura no processor valor do éleo usado quando 0 mesmo puder ser utilizado para outro fim, De uma forma geral, 0 recondicionamento & 0 tratamento que apresenta menor custo e & amplamente dif ndido entre os usudrios de éleos isolantes. Note-se que existem virios equipamentos para a sua execugio, fais como os filtros prensa, as cenirifugas © 0s desidratadores a vacuo (iratamento & termovacuo). ‘A recuperagiio requer uso de equipamento especial, envolvendo 0 uso de terra Filler & outras substincias quimieas, Este proceso & executado ‘apenas por empresas especializadas e, em geral, torna- se antieconémico para o tratamento de pequenas quantidades de leo. Nesta situagdo, por vezes, & melhor rejeitar o dleo usado, limpar o transformador € substituir por éleo novo. Por outro lado, sabe-se gue € impossivel estabelecer-se a importincia de ensaios especificos ou recomendar valores limites de ensaios para todas as aplicagdes existentes do Gleo isolante em servigo. Desta forma, a ABNT classifica os éleos em servigo fem quatro grupos, sugerindo os métodos de tratamento para 0 dleo sob exame, conforme mostrado resumidamente a seguir: 8) Grupo I - este grupo envolve os éleos que esto em condigGes satisfatorias para continuar em servigo; Caplio 25: Tratamento de Fidos Diliricose Refigerantes = 148 b) Grupo 2 - neste grupo enquadram-se os que requerem proceso de namento, isto ¢ uma remogio mecinica de umidade ¢ contaminantes insoliveis. Isto & conseguido através de filtragdo e centrifugagao; ©) Grupo 3 ~ neste grupo enquadram-se os dleos que ja apresentem —_poucas caracteristicas de éleo isolante, devendo ser recuperados ou nfo, dependendo das conclusdes econdmicas. A recuperagio envolve 0 uso de métodos © processos, que resultardo numa benéfica mudanga das suas ‘caracteristicas quimicas; ) Grupo 4 - neste grupo enquadram-se os 6leos que jé perderam suas caracteristicas isolantes e€ por isto ¢ tecnicamente aconselhivel que sejam colocades a disposigao. Quanto as impurezas, como citado anteriormente, tem-se: a) Are gases; b) Sélidos nao coloidais: Particulas, mecanicamente filtriveis, do tamanho de 0,1 micron ou maiores, slo consideradas no coloidais As principais fontes de contaminagio séo particulas s6lidas (como pocira) ¢ fibras (de celulose, por exemplo); ©) Sélidos coloidais: particulas sblidas de 0,1 micron ou menor, as quais so suficiente pequenas para permanecerem em suspensio indefinidamente ou por periodo de tempo muito longo. A principal fonte de contaminagdo ¢ o envelhecimento do proprio leo. Sio geralmente produtos do fendmeno denominado “floculagdo”. Este processo & altamente sensivel a\tragos de eletrlitos, resinas, sabes outros produtos de oxidagdo; 4) Acidez: 0 envelhecimento do éleo do transformador € acelerado pela temperatura, presenga de oxigénio e umidade no dleo ¢ 0 aumento da acidez ¢ proporcional a0 tempo de operagao, © process de envelhecimento inicia-se na oxidago do dleo pelo oxigénio dissolvido. Os produtos iniciais da oxidagao constituem de acidos orginicos de baixo peso molecular, perdxidos, aleoois e cetonas, Posteriormente, a polimerizagio de hidrocarbonetos no saturados precipita-se em borra. Os depésitos de borra eo aumento na viscosidade do dleo sio os principais fatores do sobreaquecimento do isolamento e formago de carbono coloidal, bem como, da formagio de hidrocarbonetos volateis |NUTENCAO EM TRANSFORMADORES A acidez aumenta com a afinidade do dleo para com a umidade ¢ acelera 0 processo de floculayio, 3.0- FILTRAGEM ‘Apés a determinagio de contaminantes no leo & possivel a remogio de sélides do dleo do transformador através de filtragem, sendo o filtro- prensa, como o ilustrado na figura I, um dos método ‘mais utilizados, Figura | ~ Filtso-prensa. ‘Nommalmente, adotam-se dois métodos para a filtragem do leo, ou seja 8) no proprio transformador, © bombeamento do leo € Feito diretamente para o filtro- prensa, retomando continuamente a0 \ransformador; ) fora do transformador, o dleo € retirado do transformador e transferido para um reservatorio extemo, —retommando a0 equipamento apos 0 recondicionamento; normalmente, & feita uma secagem do transformador nesta situagao, A figura 2 mostra um sistema para recondicionamento do dle, onde este & bombeado do registro inferior do transformador. ‘A maneira mais eficiente & bombear 0 leo do registro inferior do transformador para o filtro-prensa e para o registro superior do mes, fazendo assim um Circuito fechado. O 6leo ¢ bombeado para o canal de admissdo e dai penetra no espago interno dos quadros, sendo entio forgado a passar pelo papel filtro, fluindo por suas ranhuras, até, até atingir 0 canal de saida, jé purificado, Nao devem ser usadas mangueiras de borracha comum, Normalmente so fornecidas mangueiras de neoprene ou, caso se requeira, metalicas Capito 23: Tratamento de Flaidos Dilricon « Refrigerants ~ 186 \ fy Lt | | | iia, | iil! ih) | Linnea de descarga on 7 Attn... Figura 2 - Recondicionamento do 6teo utilizando filtro-prensa, © 6leo, a9 entrar no filtro-prensa, divide-se igualmente por todos os quadros filtrantes com a pressilo que recebe, atravessa o papel filtro e vai direto «placa filtrante, onde é retirado por pequenos orificios locatizados na parte inferior da placa, transferido para 4 tubulagdo de saida. A figura 3 mostra um modelo cesquematico de passagem do éleo no filtro. PLACA FILTRANTE PLACA FILTRANTE iS Figura 3 - Modelo esquemético da passagem de leo no filtro Estes tipos de filtros tendem a aerar 0 éleo e, desta forma, s6 & indicado em transformadores com tensdes inferiores a 69 kV. Além disto, quando forem do tipo descoberto nfo devem ser ulilizados em ambientes com umidade relativa superior a 70%, No inicio da filtragem, & conveniente utilizar apenas duas folhas de papel fillro entre as segdes (chapas) do filtro-prensa, fazendo leo circular rimeiro pela folha de maior espessura e, depois, pela de menor. Posteriormente, deve-se utilizar de duas a quatro folhas de papel filtro, Este procedimento baseia-se no fato de que 0 leo em sua primeira passagem pelo equipamento poderd estar muito sujo, resultando em um esforgo excessivo da maquina, Desta forma, sempre & conveniente veriticar a cor ¢ 0 estado dos papéis filtro 1 serem utilizados. Durante 0 processo de filtragem, as folhas devem ser removidas a intervalos regulares de, por exemplo, uma hora, Um aumento considerivel da pressio no filtro (4,5 a 5 kg/om) € indicativo de que os Papéis estdo saturados e que devem ser substituidos em intervalos menores. ‘A capacidade do filtro-prensa depende da temperatura do dleo, sendo que 0 éleo mais quente circula mais facilmente que © frio. Entretanto, & importante observar que alguns contaminantes se dissolvem com o aumento da temperatura e, assim, niio podem ser filtrados. ‘Capital 2 Tratamento de Fluids Dielricos « Refrigerants 17 |NUTENGAO EM TRANSFORMADORES ¢ 0 6leo com temperaturas muito baixas redu a capacidade do filtro, porém a fillragem e secagem so mais eficientes, Assim, comum uma vazio de 1500 @ 2500 litros por metro quadrado/hora, sendo a temperatura étima de processamento entre 40 & 60° C. Observe-se que ¢ muito importante secar os papéis filtro, para no ocorrer transferencia de égua para o dleo. Por outro lado, sabe-se que os filtros de Papéis, quando absolulamente secos adquirem um clevado poder higroscépio, absorvendo a umidade existente no éleo isolante processado e diminuindo 0 periodo operacional da filtragem. Sabe-se que cerca de 850 litros de leo pode ser processados com cada kg de papel filtro. Desta forma, é necessirio secd-los em estufas, Existem diversos tipos de estufas de secagem, para cada tamanho de papel-filtro padronizado. Esses filtros sto equipados com hastes para suporte dus folhas de papel ¢ termostato, que deve estar regulado para a temperatura de 100° C. ‘Sto varios compartimentos de secagem independentes, com sistema de chaminé, que prevé uma distribuigZo uniforme de calor, permitindo igualmente a substituigto de ar Umido por ar soco. Hi também, um duto de leo para que papéis usados nao venham a oferecer perigo de incéndio nas resistencias de aquecimentos AAs fothas devem estar espagadas de 2 mm no interior da estufa para assegurar melhor secagem, © papel-filtro deve ser aquecido de 6 a 12 horas. Apos a secagem, o papel deve ser colocado imediatamente no filtro-prensa € usado, pois, por suas caracteristicas higrosc6picas, reabsorve cerca de 2/3 da uumidade total, o que pode fazer em 10 mm, A titulo ilustrativo, a figura 4 apresenta uma estufa de secagem, Figura 4 - Estufa de secagem. MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES © término do recondicionamento seri determinado pelo teste da rigidez dielérica, Caso haja impossibilidade de executar este ensaio, 0 recondicionamento deveré continuar até que aparegam impurezas nos paptis-flro. Pelo exposto, filtro presenta vérias vantagens, tais como a simplicidade de operagio e baixo custo inicial. Por outro lado, apresenta as dlesvantagens de exigir uma alta demanda de mBo de obra na mudanga do papel, necessita de estufa de sevagem, permite a exposigzo do dleo & condi aimosféricas ¢ eventuais vazamentos de leo ‘A agio do fillro-prensa sobre os diversos tipos de impurezas éfomecida na tabela | Contaminantes Eficiéneia do Filtro ‘Emulsionada Parcial ‘Agua Dissolvida Parcial ‘Are Gases Nenhuma ‘Sélidos ndo Coloidais Excelente Coloidais — Particulas € Pena Boras ‘Acide: Neahuma Secagem do Transformador Nenhuma Tabela I ~ Ago do filtro sobre impurezas 40 - CENTRIFUGAS As centrifuges permite separar contaminantes livres em suspensio nos éleos, tais como sedimentos e carbono. De forma bisiea, consistem de um tambor girando a alta velocidade, o qual podem ser do tipo Clarifieador ou purficador. No primeiro tipo, o 6leo & descarregado, ficando na separadora a agua c as impurezas sdlidas; no segundo tipo, tem-se a remoglo de particulas sidas e dois tipos de liquid. Figura 5 ~ Centrifuga. ‘Capitulo 2 Tatami de Fluids Discos Refrigerants = 19% Em geral, a centrifuga pode retirar maior concentragio de contaminantes que 0 filtt-prense convencional, mas no pode remover alguns dos contaminantes de mancira t8o eficiente quanto ele; em conseqdénoia deste fato, a centrifuga & em geral usada para o processamento de grandes quantidades de leo contaminado, Frequentemente 0 material, aps centvifugagiio, & pasado através de um filtro-prensa para a purificago final ‘A tabela 2 forece a ago da centrifuga sobre 1s impurezas contidas no éleo isolante. ‘Contaminantes ‘Fficiéncia do Fir “Agua Emulsionada Excelente ‘Agua Dissolvida ‘Nenhuma ‘Are Gases Nenhuma SUlkios nlo Coloidais Parcial Coloidais ~ Particulas © Parcial Borras Acidez Neahuma Secagem do Transformedor Se Tabela 2 - Ago da centrifuga sobre impurezas EXAISTOR DA pomma de VACUO ~~n ENTR, 0€ OLED CONTA MINADO DEscARca po ed PRocESSADO IANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Em geral, limites de temperatura para o processamento situam-se entre 40 ¢ 80° C, sendo a ‘temperatura étima recomendada de 6? C 5.0 - TRATAMENTO TERMOVACUO A desgaseificagiio © @ desidratagio térmicas acelerada 4 vacuo em dleo de transformadores € um dos métodos mais efieientes e econémicos para a remogio de dgua dissolvida e gases. A figura 6 mostra uma instalaglo tipica de MULTIPLICADOR be vacuo (A) ARMADILNA conexho De vacuo AURILIAR YALWULA DE conte ba vaio Figura 6 - Instalagio tipica de termovécuo. Na instalagiio mostrada na figura 6, tem-se que o 6leo ¢ introduzido no aquecedor através de uma ‘valvula de controle de fluxo na edmara a desidratador vacuo, onde o éleo fica exposto ao vicuo, desidratador pode ser de dois tipos, sendo que em um deles © dleo é borrifado através de um orificio dentro da cdmara de vacuo sob a forma de jatos (prays). No outro, o leo fui sobre uma série de Capitulo 23: Tratamento de Fiuidos Dieldricos e Refrigerantes ~ 149 @ fupai chicanas dentro da Amara de vicuo, formando-se, entdo, uma pelicula fina de modo que uma extensa superficie ¢ exposto ao vicuo, CObserve-se que @ exposigio, sob a forma de uma fina pelicula, € condigao obrigatoria para a cobienglo de boa eficiéneia de remogto de agua ou gas © vapor da agua e 0 gis liberiado sto evacuados através de um sistema de bombeamento a vacuo € 0 éleo limpo descarregado por uma bomba de descarga de dleo para o destino requerido, © sistema de tratamento a termovicuo isponiveis no mercado, como o da figura 7, realizam as fungdes de evacuar, sccar © aquever um transformador e, ao mesmo tempo, desumidificar o leo e recarregé-lo a uma vaziio pré determinada, Figura 7 ~ Sistema de termovicuo, A especificaglo de desempenho tipico destas uunidades de tratamento de dleo a vicuo incluem a ceapacidade de: 8) reduzir 0 teor de digua do deo isolante limpo de 100 ppm em peso para 10 ppm ou menos, b) reduzir © teor de ar no dleo de 12% em volume para menos de 0,25%; ©) remover 99,7% de todas as particulas de 0,3 4) aumentar a temperatura do dleo entrante; ©) manter 0 vicuo dentro de um transformador previamente seco, Depois da secagem do transformador ¢ de ‘enché-lo com éleo; o transformador fica parado por um periodo de tempo, a fim de permitir que a umidade do leo ¢ da isolagdo aleance um equilibrio. E retirada ‘uma amostra do dleo e seu teor de umidade € medido, Seo teor de umidade é menor que o especificado pelo fabricante, entao 0 transformador é considerado seco MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Observe-se que, se 0 dleo apresenta material sblido e/ou borras é aconselhavel passé-to previamente por um filtro antes de processé-lo a vacuo, A tabela 3 fornece a agio do sistema de termovicuo sobre as impurezas, Contaminantes Eficitneia do Filtro ‘Agua Emulsionada Parcial ‘Agua Dissolvida Excelente: ‘Are Gases Excelente: ‘Séfidos no Coloidais ‘Nenhuma Colodtis- Pareles =a “Acidez Neshume Secagem do 7 Transformador ‘Tabela 3 - Ago do sistema de termovidcuo sobre as, impurezas 6.0 - RECUPERAGAO DE OLEO COM TERRA FOLLER 0 termo “Terra Filler” refere-se a qualquer argila que possua uma capacidade purificadora e de descoloragdo adequada para ser empregada de forma ‘comercial no refino e purificagio de dleos isolantes. A atuagdo da tera Faller sobre 0 dleo é chamado de absorgio, ou seja, hé a aderéncia das ‘moléculas ou ions das impurezas a sua superficie; note- so que a terra Faller ativada ¢ altamente porosa. A purificagao do dleo por terra Fuller € um proceso complexo, onde se tem: a) filtragem:; ) absoreto: ©) atividade cataitica, que causa reagdes formando produtos os quais, por sua vez aceleram a absorgao. Entre os processos de purificagdo com terra Faller, © do “Teito fixo” ¢ 0 mais ullizado, Neste método, 0 dleo Mui através de uma camada de terra Faller compactada, pela forga da gravidade ou pressto. Isto fard que sejam utilizados equipamentos ‘como cartuchos e sacos de terra Faller, colunas compactadas ¢ leitos de tipo pré-revestidos. Os Principais eritérios neste méiodo si o tempo de contato, velocidade de vazio do dleo pelo leito de terra Faller, contaminagio do dleo e tamanho e tipo de terra Faller A figura 8 mostra uma instalago tipica para o processamento pelo método do leito fixo. ‘Capa 2 Tatts de Fon Dilicor «Reiger 150 @ fupai ENTR, 00 due EontaMinaDe 0M 9 EQUILIBRIO “o 2008 oe EKTENSAO DA CAMADA a) Coluna acondicionada com terra Fuller ema 2 co b) Hustragio do tratamento Figura 8 ~ Método do Leito Fixo Na figura 8 tem-se que, na entrada do leito, 0 nivel de contaminag¥o do dleo alcangou 0 equilibrio com 0 carregamento de terra Faller por adsorvato, Na extremidade efluente do leito existe uma porgo no uilizada de terra Faller. Numa zona intermediéria, denominada de “zona de wransferéneia de massa”, 0 carregamento de terra Fuller muda de equilibrio, de onde o leito esta saturado com adsorvato, para tum leito ilo utilizado. A zona de transferéncia de masse progrediri lentamente na diregao da extremidade efluente do leito, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES vendo que a0 atingi-la a qualidade de 6loo seré rapidamente inerementada ‘A agio do processamento por tera Faller sobre as impurezas & mostrada na tabela 4, Contaminantes Eficiéncia do Filiro ‘Agua Emulsionada Parcial ‘Agua Dissolvida Parcial ‘Ar ¢ Gases Nenhuma Sélidos nio Coloidais Parcial Coloidais — Particulas © Excelente Borras Acidez Exeolente Secagem do Nenhuma ‘Transformador ‘Tabela 4 - Agdo do sistema de processamento com terra Faller sobre as impurezas Observe-se que, isolantes usados, os quais forem tratados com terra Faller, nfo possuem to alte resisténcia oxidago quanto 0 6lco novo ‘A figura 9 mostra uma imagem deste ‘equipamento. Figura 9 ~ Equipamento para regeneragdio, Caplalo 5° Tratamento de Fluor Diliricor« RefPigerandes~ 151 ¢ fupai MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 24: TRANSFORMADORES DE CORRENTE RESUMO © objetivo deste capitulo ¢ apresentar os transformadores de corrente, seus tipos e caracteristicas, 1.0 - INTRODUGAO © transformador de corrente (TC) reduz valores de corrente « outros de menor intensidade, O seu circuito primério € ligado em série com a alimentagao de uma instalagdo ou equipamento onde se deseja medigdes ou proterao. O secundério alimenta as. obinas de corrente dos aparelhos destinados para tal fim, Figura 1 ~ Aplicagio de TC em subestagto. © seu principio de funcionamento & semelhante a0 do transformador de potgncia monofésico, Entretanto, neste iltimo, o valor da corrente priméiria € uma conseqdéncia dircta da solicitagao da carga acoplada ao seu secundirio; no TC, pelo contrério, é a corrente priméria que define a secundéria, independentemente do instrumento elético que este alimentando ‘A impedancia do primario deve ser pequena para niio inluenciar o circuito de alta corrente. Desta forma, o sou niimero de espiras ¢ reduzido, ao contrrio 4o secundario, Por estas caracteristicas, iro surgir tensBies da cordem de varios kV's nos terminais do secundario quando este for aberto em funcionamento. Os inconvenientes destes tos so: 1) isco de vida para os operadores, b) aquecimento excessivo causando a destruigo do isolamento_e podendo provocar contato entre circuito primério, secundario © a terra, Esse aquecimento é causado pele elevagio das perdas no ferro, 4 qual ocorre devido ao aumento de fluxo magnético, ©) se nio houver danificagdo, & possivel que se alterem as caracteristicas de funcionamento e precisto, Evidentemente, estes fatores fazem com que fusiveis nunca sejam usados nos secundarios de TC's Desta forma, se nevessirio realizar qualquer operaglo este circuilo, deve-se primeiro curto-circuité-lo através de um’ condutor de baixa impedincia ou de ‘have apropriada Figura 2 — Chave para curto-circuitar 0 sccundrio de um TC. Capitale 74 Transformadores de Corrente 153 ¢ fupai 2.0 TC's PARA MEDIDAS E PROTEGAO. Em geral, 0s TC's sto construidos de formas diferentes para medigio ¢ protesio. Os TC's para medigio sto mais precisos € consiridos para saturerem em tomo de 150% da corrente nominal; natralmente, € indesejével que na ‘corréneia de falta no sistema as medigdes computem as comrentes. Seus nicleos sto feitos com material de clevada permeabilidede magnética (pequena corrente de excita, pequenss perdas, baixa relutincia) trabalhando sob condigdes de baixa indugio magnética, 03 TC's de protesao sio menos precisos e nio ddevem saturar facilmente, neste caso, importante informar as correntes de falta para que os rlésatuem a proterio, Saturam-se com cerea de 20 x J, (2000% de h) Desta maneira, tem-se: 8) TC com micteo saturado: medigio b) TC com miicleo nao saturado: proteyao 3.0 - TIPOS DE TC's CONFORME SUA CONSTRUGAO Conforme a disposigao dos enrolamentos € do nicleo tém-se os seguintes tipos de TC's: LC tipo enrolade: TC cujo enrolamento primério é constituido por uma ou mais espiras, envolve ‘mecanicamente o nucleo do transformador; LC tipo barra: TC cujo primario & constituido por uma ‘barra montada permanentemente através do niicleo do transformador; Figura 3 TC tipo barra TC upo janela: TC sem primério proprio, construido por uma abertura através do nicleo, por onde passaré 0 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES condutor do circuito primario, formando uma ou mais espiras, Figura 4 ~'TC tipo janela TIC_tipo_bucha: tipo especial de TC tipo janela, projetado para ser instalado sobre uma bucha de um equipamento elétrico e fazendo parte integrante deste; Figura TC do micleo dividido: tipo especial de VC tipo janela, ‘em que parte do nicleo ¢ separavel ou basculante, para facilitar 0 enagamento do circuito primario, ~TC tipo bucha, Figura 6 ~ TC com nécleo dividido (amperimetro alicate) Caplalo 7: Trantformadores de Corrente 155 C2 fupai 40 - TIPOS DE TC's CONFORME SEUS ENROLAMENTOS 4.4 - Varios Enrolamentos Primarios Possibilita a variagio da relagdo de transformagdo. Tais enrolamentos podem ser ligados com série ou paralelo, para formar 0 circuito primario do TC, Por exemplo, em um TC com 4 enrolamentos primérios que suportam 100 A cada, tem-se: 8) Ligagdo Série: 100 ~ 5 A (RTC ~ Relagdo de transformagio de corrente = 20:1) ) Ligagio Série © Paralelo: 200 - 5 A (RIC = 40:1) ©) Ligagdo Paralelo: 400 - $ A (RIC 80:1) © TC seria 100 x 200 x 400-5 A (RIC = 20 x 40 x 80:1), ‘A figura 7 exemplifica melhor. 100.8, ae Figura 7 —Maneiras para ligagdes dos enrolamentos primérios ~ Exemplos, MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Figura 8 ~ Exemplo de terminais de ligagao, 42 — Varios Enrolamentos Secundarios em Nacleos Distintos Em geral, os TC's possuem dois tipos de cenrolamentos secundarios, um para medigdo © outro para proteyio. Por este fato, nota-se que, neste caso, deve haver dois nlicleos diferentes ¢ independentes centre si devido as diferengas de saturagt. | Protecdo Figura 9 ~ TC’s com varios enrolamentos secundatios, 43 ~ Varios Enrolamentos Secundérios em um Mesmo Nicleo le € © caso geral nos TC's tipo bucha de transformadores ou de disjuntores. Naturalmente, os enrolamentos secundérios devem ser utiizados um de cada ver, ficando os restantes abertos. Deve-se notar que no TC com dois niicleos, os enrolamentos no utilizados devem ser curto circuitados e aterrados; de outra forme, serdo induzidas tensdes clevadas em’ seus terminais. No entanto, quando se tem muitos enrolamentos em um mesmo micleo, 05 que nio esto em uso deverio ficar abertos, sstando um deles em carga, haverd um fluxo de reagdo contririo ao principal, ndo havendo, portanto, indugio de tenstics mais elevadas. Outro motivo seria o fato de que, se houvesse dois enrolamentos em carga a0 ‘mesmo tempo, as correntes que circulariam por ambos no seriam as nominais pois o fluxo principal ficaria alterado por dois fluxos de reagao, Capialo 74: Transformadores de Corrente 154 INUTENCAO EM TRANSFORMADORES 5.0 - VALORES NOMINAIS DOS Tc’s. A tabela 2 fornece as tenses miximas de operagdo de um TC; em geral, considera-se tal tensiio Os valores nominais que caracterizam 0 TC como sendo a imediatamente superior & nominal de sto os seguintes Iinha do cireuito em que 0 TC seré ulilizado, a) Corrente nominal ¢ relago nominal; b) Nivel de isolamento; 5.3 - Frequéncia Nominal ©) Frequéncia nominal; Carga nominal; 60 He no Brasil, ©) Classe de Exatidao; f)Falor de sobrecorrente nominal (somente 5.4 ~ Cargas Nominais em TC’s para protegio), @) Fator térmico nominal; De acordo com a NBR 6856/1981, as cargas bh) Corrente térmica nominal; nominais sfo designadas por um simbolo, formador i) Corrente dindmica nominal pela letra “C seguida do nimero de volt-ampere em 60 Hz, com a corrente secundéria nominal de 5 A, os 5:1 ~ Corrente Nominal e Relacdo Nominal valores de resisténcia e indutncia das cargas nominais| sto obtidos multiplicando-se os valores especificados na tabela 3 pelo quadrado da relagio entre SA € a corrente secundaria nominal do transformador. 8) Corrente priméria: na escolha de um TC deverse especificé-la tendo em vista a ‘corrente mixima do cireuito em que 0 TC vai ser inserido. ) Corrente secundiria: a corrente nominal Portrea| Tai secundaria padronizada no Brasil € 5 A. Destro | Arron | Fite de "span | din | reine ‘casos especiais em protegio pode wa) a haver TC's com correntes sccundarias as as fom foo ar momma ela cies} as [090 | 04s [use| 0s cas [35 [030] 050] a3] “10 Tarren Corres Corrente So eso fa ae ta Brimine | Rely | Prine | Rega | Prmina | Reade Si —| ios] os ae Nominat | Nominat | Nomnat | Nominal | Nominal | Nom ae ae mn a ma 20-050 40 3 [| 100201 | 00030087 oe oie Tot | 135351300] 240:1 abla 3 ~ Cangas nominais para TC’s para ee caracteristicas @ 60 Hz.¢ 5 A (NBR 6856/1981) 20 [2000-1 | 2000 | -a00r1 25_[ 31 [250 [30.1| 9500] s001]] 5.5 Classe de Exatidao 30—[ 61 [300 | “60:1 | 3000 | 60:1 4081 | —a00 | 80:1 4000-800 ]] py di ‘TC's para medicao 30 {tof 500 F100: {3000 | too0:1 Ao ve uliizar um TC para medigdo surgem coat zee peat 20 te cco fname | ae et ce eer ee eae 75_[ 15.1800 |_160:1 [8000 1600-7 Bee Tat ee (médulos das correntes) e de fase (defasagem de grandeza priméria em relagio secundéria), este fato pode ser comprovado pela anilise do diagrama fasorial dos transformadores, Naturalmente, deseja-se que ais eros sejam os menores possiv Devido a este Tato, e com objetivo de detectar ‘4 qualidade dos TC's ¢ © seu possivel comportamento ras instalagdes, as normas técnicas (em particular a NBR 6856/81) estabelecem certas condigdes nas quai 5 TC’s devem ser enquacrados em uma das seguintes ‘Tabela 1 — Correntes e relages nominais, 5.2 — Nivel de Isolamento Define a especificagio do TC quando as ‘condigdes que sua isolagdo deve satisfazer em termos de tensio suportavel, Be Tas classes de exatidao: 0,3 ~ 0,6 ~ 1,2~3. 35 169, A selegio da classe de preciso depende da a8 242 aplicagdo a que se destina 0 TC. Independente disso, 0 725 362 TC ¢ os instrumentos (destinados a serem ligados 20 on 460 mesmo) devem apresentar classes de preciso semelhante. De uma forma geral, as aplicagdes sto as Tabela 2 ~ Tenses maximas de operagio kV. scguintes: Capitilo 2 Transformadores de Corrente 155 Classe de ee Aplicagao Menor que 0,3 _| TC padrao; medigdes em laboratorio; {nto padronizado) medigoes especiais, Modidas de energia com fins de 03 cobranga ao consumidor, medidas em laboratério ‘Alimentagdo usual de: amperimetros, 061.2 ‘wattimetros, medidotes estatisticos, fasimetros, etc ‘Aplicagbes diversas, Nao deve ser 3 uusado em medigao de energia ou _poténcia. Tabela 4 ~ Aplicages gerais dos TC’s conforme sua classe de exatidzo, TC's para protegdo Os TC’s para proteglo no apresentam a preciso dos de medigdo, pois a calibragio de relés € lum tanto imprecisa, além do que as grandezas envolvidas possuem valores clevados. ‘A ABNT (NBR 6856/81) padronizou a classe de preciso como 5 ou 10%, ou seja, 0 erro de relagio pereentual ndo deve exceder 5 ou 10% para qualquer comrente secundéria, desde 1 a 20 vezes @ corrente nominal, e qualquer carga igual ou inferior a nominal. A antiga EB 251/72, citava também a classe de 2.5%; desta form, tal classe fica fora de padrdo atualmente, erro da relagio percentual pode ser obtido pela seguinte equagio: 1 Exro%= 100 croton o onde: J,—corrente secundaria (valor efieaz), em A; Ip~oorrente de exeitagio (valor eficaz), em A. 5.6 - Fator de Sobrecorrente Nominal Fator que exprime a relago entre a corrente maxima, com a gual o TC para protegio mantém a sua classe de exatidio nominal e a corrente nominal ‘A NBR 6856/81 admite que a corrente maxima devera ser 20 vezes @ nominal, nio citando 0 fator de sobrecorrente. A EB-251/72 especificava que deveriam ser FS, F10, F1S © F20; portanto, esses fatores esto fora de padriio atualmente, exceto 0 ‘timo 5.7 ~ Fator Térmico Nominal E definido como o fator que multiplieado pela corrente priméria nominal, indica a corrente priméria mixima que o TC pode suportar em regime MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES permanente, operando com carga nominal, sem exceder 0s limites de clevagdo de temperatura correspondente & sua classe de isolamento. Os TC’s possuem fator térmico igual a 1,0~ 1,2~1,3~ 1,5 -2 Podem ser encontrados TC’s com fator térmico 4,0 em outros paises. 5.8 — Corrente Térmica Nominal (lx) Corrente térmica nominal é a maior corrente priméria que um TC € eapaz, de suportar durante um segundo, com 0 enfolamento secundirio curto- ireuitado, sem exceder em qualquer enrolamento, os limites de elevagio de temperatura correspondente a sua classe de isolamento, Somente hi interesse em se falar em corrente térmica para TC's a partir do nivel de isolamento correspondente a tensio nominal de 69 KV. Como referéneia, pode-se dizer que & corrente térmica € no minimo 75 vezes ¢ 45 vezes a corrente primaria ‘nominal para os TC’s imersos em 6leo mineral isolante © para os isolados em epéxi, respectivamente. A corrente térmica tem também 0 nome de corrente de ceurta duragao ‘5.9 - Corrente Dindmica Nominal Ib o valor da crista da corrente priméria que tum TC ¢ capaz de suportar, durante 0 primero ciclo, com 0 enrolamento.secundério curto-ircutado, sem anos elétrios ou mecinicos resulantes das forges cletromagndticas. A NBR 6856 cita que o valor da crista € normalmente 2,5 vezes o valor da corrente térmica, ou sea Tain = 2,5 Tin Q) Observagdo: A grandeza Pr & chamada solicitagdo térmica anormal de eurta duragdo, ou scj8, no €as0 do TC tem-se que J, deve ser a méxima durante um segundo. Se por exemplo In= SOKA, Ia 507. 1=2500 A?.s Come # Jy efetivamente suportada pelo TC é uma caracteristica propria, deve-se analisar para o tempo que ele pode ser submetido a outras correntes de curto térmicas. Supondo um TC que possui fy = 5 kA e que hhaja um custo de 10 KA, 0 tempo que ele suportaria sem se danificar & IW tr =Tec? th = 5? 25 100 10. 4 =0,258 ou 1, = 0,258 Por outro lado, se o tempo de atungio da protegio t= 0.6, tem-se til 3 Trane: de Corre 5 S kA. 7A [Fa Vos OF Ou seja, 0 TC pode suportar 6,5 kA até a protec atuar, 6.0 - ESPECIFICAGAO DE TC's Todos os fatores citados no item anterior devem ser considerados, Para a determinagdo da carga eclasse de exatidao adotar o procedimento a seguir. Na industria em geral so seguidas diversas normas, desta forma, mostra-se as diferentes maneiras. de identificagao dos TC's ¢ como relacions-los. 6.1 - Medica © primeiro pas: para a especificagio € verificar a aplicagdo do TC de medigdo. Com este dado, escolher a classe de exatido conforme tabela 4 Feito isso, passe-se as cargas. As cargas deverdo ser levantadas em termos de suas poténeias consumidas ou respectivas impedincias; os fabricantes de instrumentos de mediglo, normalmente, fomecem tais dados. A ABNT ufiliza a seguinte representagdo: X.C- VA; onde X é a classe de precisdo ¢ VA a poténcia da carga acoplada no secundério. Se © TC for, por exemplo, 0.6 C 25, isto significa que 0.6 € a classe de precisdo e até 25 VA poderio ser acoplados 0 secundiio. ‘A. representagdo americana ANSI (antiga ASA) estabelece o seguinte: XB-Z, onde X'é a classe de precisao ¢ Z a impedancia da carga em © ‘A conversio da ABNT para ANSI 6 feita da seguinte forma, para, por exemplo um TC 0.6 C 25: ‘Como /ny= 5 A pelas normas brasileiras, em- P=ZP ow Z=12 Assim, ele & equivalente a0 0.6 B— I das normas da ANSI 6.2 -Protegao Maneira antiga ‘As antigas normas ANSI utilizavam os termos “XH” ow “XLV”, onde H significa “impedancia secundria interna elevada’ ests é a caracteristicn de TC's que possuem enrolamentos — secundérios concentrados com elevada reatincia de dispersio (TC 4o tipo enroledo). A letra L significa “impeddncia seeundéria interna baiva", « qual é uma caracteristica do TC tipo bucha (com enrolamentos secundérios completamente distribuidos) ou de tipo janela MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES (possuindo duas a quatro bobinas secundarias. com baixa reatincia de dispersto secundaria) Em outras palavras, os TC's de niicleo toroidal com enrolamento secundério uniformemente distribuido sio da classe L, e 08 restantes da classe H. A letra X representa 0 maximo erro de relagao icado em porcentagem (valor 10. ou 2). 7 significa a mexima tensdo terminal secundaria na qual © erro de relago miximo nao € ultrapassodo, para uma corrente secundéria de 20 vezes a nominal (oormalmente Jy, 5 A; enti 20 x 5= 100 A), Tem-se: 1oH10 101120 10850 1oH100 10H200 —-10H400-——«10H1800, 25H10 —-2.5H20.-—«2.SH50.-—«2.SH100 25H200 25H400 2.5800 (O mesmo ¢ vilido para a letra | A ABNT (EB 251/72) especificava os TC’s da seguinte forme: A-100u25 F~5, 10.020 C~25, 50.0 100 Por exemplo, A/0F20C50, onde: A(=H) — alta impedancia e B(-L) ~ baixa impeddncia; F ~ fator de sobrecorrente (n x hy), C ~ carga em VA No exemplo anterior, tem-se alta impedincia com 10% de erro, fator de sobrecorrente = 20 x Iy € carga de 50 VA. te caso pode ser transposto para a antiga ANSI, da seguinte maneira 50 >Z=22eV =Z 100 = 200 V: centio A10F20C50 = 10H200 Na norma ANSI jé esta implicito que o fator de sobrecorrente € 20. Maneira atual ‘A_NBR_ 6856/81 modificou um pouco a especificago de TC’s para protesio devide a0 fato de que estes: 8) somente devem entrar em saturago para uma corrente 20 vezes a nominal; ) devem ser de classe de exatidao 5 ou 10, isto 6, 0 erro de relagdo percentual no deve exceder ou 5 ou 10% para qualquer valor da corrente secundaria, desde 1 a 20 vezes a corrente nominal, € qualquer ‘carga igual ou inferior & nominal Ga 34 Tra frmadores de Corrente 157 a1 condigdo leva ao estabelecimento “tensio secundéria nominal”, esta srandeza é definida como sendo a tensio nos terminals da carga nominal acoplada ao secundirio do TC para proteyio, se a corrente que a pereorre € igual a 20 vezes 0 valor da corrente secundéria nominal (ou seja, quando a corrente secundaria é 100 A) ‘A carga nominal para TC de medigio padronizada pela ABNT corresponde uma tensio secundaria nominal para 0 de protegio; esta ¢ obtida ‘multiplicando-se por 100 a impedincia da carga rominal Na especificagio de um TC para protegio necessirio indicar se ele deve ser classe A. (alta impedincia) ou B (baixa impedéneia), como também a tensto secundéria nominal que 0 usuario deseja para dle. Desta forma, se 0 TC for 54200, tem-se: Classe de exatiddo = 5%, alta impedincia e 200V de tensio secundaria nominal ‘As normas ANSI, atualmente utiizam as letras 7 (tested) ¢ C (calculated) no lugar de He L., ou seja, “T” geralmente equivalente a “H” e “C” a por exemplo: 7200 = 10H200 e C200=10L.200. 7.0 - POLARIDADE E MARCAGAO DOS TERMINAIS DE TC's A polaridade de um transformador refere-se 80 sentido das tensies induzidas no primério e secundrio, em ltima anilise, ao sentido de enrolamento das bobinas © marcagio dos terminais, desta forma, eles podem ser subtrativos ou aditivos, conforme eselarece a figura 10. PP mee ’ 5 32 So Sy Subtrativo Aditivo Figura 10 ~Polaridade de TCs. Observe-se na figura 10 que os enrolamentos esto no mesmo sentido, mudando apenas a mareaea0 dos (erminais subtrativo para o aditivo. MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Figura 11 — Terminais de um TC. As diversas normas intemacionais especificam que os TC’s devem ser subtrativos © os terminais marcados como mostrado na tabela 6, Denominagao Exquema Tul” Dersagonia re De relagito dupla com primario em ter lus nage pra ligagio série: a nice rm, De relages mitiplas em varias sees para ligagosie-paalelo Dmbankatachitom —a a rimaio Vall enh ‘De duas relagBes com derivagies no tual =a tual tout De dois enolamentos primar De dos erolamentossecundrios Tabela 5 ~Marcagao dos terminais dos TC's. Capitalo 24 Transformadores de Corrente 15% De qualquer forma, ¢ muito importante em ‘qualquer ligagio, que os TC’s envolvides possuam a ‘mesma polaridade. Por exemplo, na medigdo, um TC com polaridade invertida levari a erros de leitura na ‘medida de energia ou poténcia. 8.0 - CONEXOES DOS Tc’s Em geral, os TC's sto ligados um em cada fase de modo a serem medidas as correntes das trés fases. Para 2 medic20, eventualmente, pode-se ter apenas um TC em uma das fases; entretanto, se houver desequilibrio, a mediglo nao indicara Ha trés maneiras usuais de se conectar TC's em circuitos trféisicos, ou seja a) estrela aterrada: b) “V" ou delta aberto; ©) delta ‘A conexdo estrela aerrada nto necessita de raiores coments. A conexdo "’" ou delta aberto & semelhante a primeira, porém é utilizado com apenas diois TC's. Ese tipo de conexto é usado para detcctar faltas nas fases em circuitos nfo aterrados, ou scja, permite resultados corretos se as correntes de soqiéncia zero forem nulas, E empregado por medida de economis e, mesmo em circuitos nlo aterads, nd0 © completamente seguro, porque pode ocorrer dois terras na fase desprotegida ao mesmo tempo quando de uma falta Figura 12 ~ Conextes de “V" de TC’s (Exemplo com aplicagdo de relés), A conexo delta & basicamente utilizada em esquema de protegio diferencial. Neste oa30, 05 TC's em delta sio utlzados do lado em extra do transformador a set protegido e 0 eontririo pera 0 outro: isto ocomre para pemitir que as correntes secundéris fiquem em fase e para prevenir uma falsa MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES ‘operagdo do relé diferencial devido a componente de sequéncia zero, associada a uma falta a terra externa a ‘sua zona de protegio. Sempre € conveniente ter os enrolamentos secundarios dos TC’s aterrados em um ponto: isto deve 0s efeitos da capacitincia entre enrolamentos primirio © secundirio que propiciam 0 aparecimento de potenciais eldtricos elevados entre eles ea matha de tensio. Também a carcaga deve ser rigidamente aterrada, 90 - Tc’s E SENSORES DE TERRA (“GROUND SENSORS - GS") Ume allemativa para a protepto de sobrecorrente de faltas & terra é 0 emprego do Relé ou Sensor de Terra (“Ground Sensor ~ GS"), a conexdo deste relé se di através de um TC tipo jenela (conhecido como toroidal), como o da figura 13, Figura 13 ~ TC’s toroidal tipo de arvanjo (GS) ¢ idealmente adaptado a protego de circuitos alimentadores c podem ter caracteristicas temporizada ou instantinea (50GS ou 51.GS), Na indastria, cm geral, é bastante comum as relagdes 50/5, 25/5 € 60/5 A. Observe-se que © cabo de aterramento da blindagem nfo deve ser eolocado no interior do TC toroidal, de modo que se evite que fallas em outros setores atuem indevidamente no relé de terra 10.0 ~TESTES DE MANUTENGAO Os principais testes realizados em campo sto 08 seguintes: 8) _Inspegaio visual gerat b) Fator de poténcia do isolamento; ©) Resisténcia do isolamento; << Casale 2 Francformadores de Corrente 139 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES fupai 4) Resistencia mica dos eireuitos secundérios; Um processo bastante comum em termes de «) Polaridade; smanutengio é 0 mostrado na figura 14 1) Relagéo de transformagio; 2) Saluragio. 10.1 ~Inspegao Visual Geral Na inspegio devem ser observados os seguintes pontos: a) estado geral da pintura, )_ verificar a presenga de possiveis manchas de leo; ©) verificar as buchas quanto a trincas ¢ partes quebradas, 4) _inspecionar 0 indicador de leo; ©) _inspecionar a caixa de terminais secundérios. 10.2 - Fator de Poténcia do Isolamento SO Figura 14 —Ensaio de relagio de transformaga. condigbes — ah conte tare com te aorta (ps Pree ml «cone winkin1r GND), um valor o mais préximo possivel do nominal do TC - ') alta contra baixa com term guardada (pos, | 0" V8 GND), Efetuadas as medidas, calculam-se os erros 10.3 — Resisténcia do Isolamento ace Realizado com 0 Megger nas seguintes condigbes: ite Erro% 4) alta contra baixa com terra guardada; by alta contra terra com baica guardada 6) baixa contra terra com alta guardada, © procedimento deve ser feito em todos os @) secundirios entre ai osm ala’ e terra | tp'sindividuelmeate com os demas curto-circuitedos rdados. a 107 - Polaridade 10.4 - Resisténcia dos Circuitos Secundarios : Bsse teste & realizado, normalmente, . A. resisténcia Shmica dos enrolamentos ‘empregando-se 0 método do golpe induzido, como 0 secundarios deve ser medida em todos os tsp’s com ‘mostrado na figura 15, uma ponte Kelvin ou de Wheatstone, ch ave - ~_ 10.5 Saturago ~~ © ensaio consiste em aplicar uma tensto variivel no secundirio do TC ¢ medir a corrente correspondente. ‘Traga-se a curva tensio aplicada em fungio da corrente, oblendo-se a curva de saturaglo, a qual seri — comparada com a do fabricante do TC. Os tp’s que no estiverem sendo testados, devem permanever abertos, inclusive o primirio, ok ‘Voltimetro de 10.6 — Relagio de Transformagao zero central Capo 24 Transformadors de Corrente 160 Figura 15 ~ Método do golpe indutivo. ‘Ao fechar @ chave, se 0 voltimetro deslocar para 0 lado positive, a marcagdo dos terminais est correta. Em caso contririo, inverter a marcago. 41.0 - ENSAIOS EM TC DE BUCHA Em TC's de bucha, normalmente sto realizados 1) Resisténcia do isolamento: b) Polaridade; ©) Relagio de transformagio. 11.1- Resistencia de Isolamento 2) Conectar 0 cabo de ensaio LINE. aos enrolamentos secundérios do transformador de corrente de bucha curto-circuitando-o: 1b) Conectar o cabo de ensaio EARTH & careaga do transformador; ©) Conectar 0 cabo de ensaio GUARD a0 enrolamento primario da bucha 4d) Ligar 0 instrumento de ensaio (tensio SOV), obtendo-se a leitura de Rb. Figura 16 ~ Medida da resisténcia do isolamento. insaio da resisténcia de isolamento entre secundérios MANUTENGCAO EM TRANSFORMADORES 8) Conectar 0 cabo de ensaio LINE a um dos ‘enrolamentos do secundirio do transformador de corrente de bucha; b) Conectar 0 cabo de ensaio EARTH ao outro ‘enrolamento do secundirio do transformador de corrente de bucha; ©) Conectar o cabo de ensaio GUARD @ earcaga do transformador; 4) _Ligar o instrumento de ensaio (tense S00V), dobtendo-se as leituras de RbI-2 Figura 17 ~ Modida da resisténcia do isolamento, 41.2 - ENSAIO DE POLARIDADE Método Conectar-se aos terminais secundarios do TC, ‘uma fonte de corrente continua (6 pilhas de telefonc): sendo 0 positive ligado ao terminal SI e © negativo a0 terminal $2; Conectar-se um —voltimetro_— ot rmiliamperimetro "DC* ou multimetro aos terminais do cenrolamento do transformador de transmissio, no qual (0 TC esta instalado, da seguinte maneira, 4) Transformador de poténeia ligado em estrela Positivo do voltimetro Negative do voltimetro HI HO H2 HO 1B HO ») Transformador de poténcia ligado em trifingulo “Caplalo 24: Transformadores de Corrente~ 161 7 MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES fupai Positivo do voltimetro Negativo do voltimetro HL H2 +H 13 HB HL Eechar a chave "CH" e verificar a deflexiio do ponteiro do voltimetro no instante do Fechamento, Se a deflexio do ponteiro for pare a direita a polaridade sera subtrativa, se for para a esquerda, seri aditiva. Nas Tigagbes do circuito de ensaio, observar rigorosamente 1 polaridades indicadas na figura 18. oo [ENROLAMENTODOTR ho (oun) ANALISADOR, > ace b common + Figura 18 ~ Teste de polaridade ‘Método 2 Conectar aos terminais secundarios do TC uma fonte de corrente continua, conforme mostra a figura 19 €, com um voltimetro, verifica-se © sentido - da deflextio dos ponteiros Desliga-se @ fonte e transfere © voltimetro para os terminais correspondentes do enrolamento primério.Se ao fechar o circuito da fonte, aplicada a0 enrolamento secundario, a deflexto do ponteiro do Voltimetro for no mesmo sentido anterior, os terminais correspondentes terdo a mesma polaridade, Caplalo 34: Transformadors de Corente 16 : MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES fupai [ENROLAMENTO.D0TR Figura 19 ~ Teste de polaridade, ‘¢) Ligar a entrada do variador de tensdo em uma fonte de tensto 220 V. © procedimento para ensaio &: ©) Agindo no volante do variador de tensdo, ‘levar a tensio de saida do mesmo até 0 valor caleulado, e tiramos também a leitura do outro 410.3 -RELAGAO DE TRANSFORMAGAO a) Desenergizar o transformador de poténcia; ») 9 Desconectar todos os cabos ligados as buchas, do transformador, Curto-cireuitar todos 0s enrolamentos do transformador, exceto aqueles onde pertencem os TC’s a screm ensaiados. Para medir a voltimetro eletrénico que foi coneetado entre as buchas Fle H2 do. primirio do transformador. Tudo isso feito a relagio de transformagdo desejada ser calculada pela seguinte expresso: relugfo dos TC's de buchas de um ‘ransformador de poténcia, com dois enrolamentos, cujo primario, & ligado fem triéngulo ¢ o secundirio ligado em estrela, deve-se proceder como segue ~ Curto-cirouitar o enrolamento secundério Onde: do transformador, = Conectar-se um voltimetro eletrdnico centre duas buchas do enrolamento primério (por exemplo: Hl - H2) = Coneetar-se a saida do variador de tensto com 0 enrolamento do TC sob enssio, também outro voltimetro cletrénico entre 19s terminais do TC sob ensaio. A tensio, que alimenta © enrolamento do TC através do. variador de tensio, serd calculada conforme a relagdo de transformagio do TC sob ensaio. Por cexemplo, se @ relaglo do TC for 100/5 a tensio seria 100/5 = 20 Volts. = Conclusio: Geralmente aplica-se 1 volt por espira de enrolamento do TC sob tensaio, deste que nfo ultrapasse a tenso fem que o TC satura, caso isso acontega 0 tensaio deverd ser feito com tensio mais daixa Ure € a tensfo lida no voltimetro ligado aos terminais do TC; Uné a tensto lida no voltimetro ligado entre ‘as buchas HI ¢ H2. ‘A. utilizagio do voltimetro eletrénico, no enrolamento do transformador de _transmissfo, justifiea-se devido # sua alta impedincia evitando-se cireulagio de corrente no mesmo. A corrente que tircula neste enrolamento & to baixa que a queda de tensfo resultante no enrolamento quando o> outros enrolamentos do transformador de transmissio, sto curto-circuitados. ‘0 ensaio deve ser executado em todos os tap's ce para todos os TC's de buchas do transformador de poténcia, _ ‘apa Fi: Transformadore de Corrente 163 - oD : a APENDICE - _ REPRESENT, DAS CORRENTES E RELACOES DE TRANSFORMAGAO NOMINAIS DOS TC's Conforme as normas brasileiras, nos TC's deve ser identifieadas: 8) comentes primérias nominais em amperes, © as correntes secundérias ‘nominais em ampéres, ou, ) as correntes primarias nominais em amperes e as relagdes nominais. As comrentes primarias nominais e as relagdes nominais devem ser escritas em ordem erescente, do seguinte modo: 4) 0 hifen (-) deve ser usado para separar correntes nominais de enrolamentos diferentes. Por exemplo: 100-5A MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 100 — 100 ~ 5 A (caso de um transformador ‘com varios enrolamentos _primarios ‘empregados individualmente), 1b) © sinal de dois pontos (:) deve ser usado ‘para exprimir relagies nominais, Por exemplo: 120:1 6) © sinal (x) deve ser usado para separar correntes primérias ou relagScs obtidas de enrolamentos cujas bobinas devem ser figadas em série ou em paralelo. Por ‘exemplo: 100 x 200-5 A ou 20x 40:1 fa barra (/) deve ser usada para separar correntes primirias ou relagSes obtidas por meio de derivagdes, scjam estas no enrolamento primirio ou no seeundério, 9g) Por exemplo: 150/200 ~5 A ou 30/40: 1 Tplada Pi: rans formadores de Corrente VA ¢ fupai MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES CAPITULO 25: TRANSFORMADORES DE POTENCIAL RESUMO © objetivo deste capitulo € apresentar os transformadores de potencial, scus tipos. € 4.0 -INTRODUGAO Os TP’s reduzem os niveis de tensdes das instalagdes « valores mais baixos, compativeis com a seguranga de operadores e das bobinas de tensdes dos citeuitos de mediglo, controle ou protegio. Figura 1 - Exemplo de utilizagio de TP. (Os TP’s possuem as seguintes caracteristicas: a) so projetados e construidos para Suportarem sobretensdes a niveis delerminados em regime permanente, sem que nenhum dano Thes seja causado; ) como sto empregados para_alimentar instrumentos de alta impedincia (voltimetros, reles de tensio, etc) a comrente secundéria € extremamente aixa. Além disso, devem ter um erro ‘ninimo na relagio de transformagio € n0 Angulo de fase Figura 2 ~Terminais secundarios de um TP. Existem dois tipos de TP’s: 0s indutivos ¢ os capacitives, a utiizagéo do Ultimo € mais eonventente ‘Cevondmica em circuitos de alta extra-alta tenso ‘As explanagSes a seguir versam sobre os TP's indutivos, 03 quais SX amplamente utlizados na industria ‘Seu principio de funcionamento & idéntico 20 dos transformadores de poténcia, Observe-se que, 8° hhouver variagao de tensfo primar, deve-se ter, dentro da tolerdncia permitida, uma variagdo proporcional da tensio. secundaria; cm outras. palavras, a curva relacionando as duas tenses deve ser linear. sta Condiglo implica na utilizagao de nucleo magnético ‘io saturedo, ou seja, trabalhando na faixe linear da curva de saturagdo do ago-silcio wlizad. (Os TP's podem ter, considerando a quantidade de enrolamentos secundaios: 2) Um enrolamento secundirio, & 0 aso ‘mais normal para P's de media e baixa tensto. Amplamente ulizado na industria em geral, b) Um enrolanento secundério com tap’s: ullizados onde se desejam dois ou mais ‘valores de tensto secundia, ©) Doissecundérios. possuem — dois secundirios em miicleo magnético comum e possuem enrolamentos com ou sem tap's. Naturalmente, cada secundério é afetado pelas condigles de carga do outro, Caplada TE Frans formadores de Potencial= 163 fupai 2.0 - VALORES NOMINAIS DOS TP’S: 5 valores nominais que caracterizam um TP, de acordo com a NBR 6855/81, so: a) Tenstopriméria nominal; bb) Nivel de isolamento; ¢) Freqaéncia nominal; 4) Carga nominal; ©) Classe de exatidao; 4) Poténeia térmica nominal nominal relagio 2A - Tensao Prim @ Relago Nominal ‘A tensdo priméria nominal depende da tensto centre fases, ou entre fase e neutro, do cireuito em que © ‘TP vai ser ullizado "A tensio secundiria nominal, aproximadamente, TIS volts; hij a possibiidade de Tigagdo para 115//3 volts Em TP’s antigos, podem ser encontradas as tensbes secundérias nominal 110V, T20V e as vezes 125V. Os de 120V sto bastante encontrados ne indéstria, ‘A relagdo de transformagdo ¢ definida como: Ow RIP= 7 a onde Uy 6 tensto priméria nominal, em V Ua — &a tensdo secundaria nominal, em V. ‘A Tabela 1 fornece as tenses primérias © relagdes nominais definidas nas normas brasileira. © TP esta dentro de sua classe de exatiddo na frixa de 90 a 110% da tensto priméria nominal. 2.2 -Niveis de Isolamento Vale aqui as mesmas consideragSes realizadas para os TC's. 2.3 - Frequéncia Nominal 660 Hz no Brasil 2.4 Carga Nominal Carga nominal & “carga na qual se baseiam ‘08 requisitos de exatidéo do TP”, As cargas nominais para TP’s sfo, conforme # NBR 6855/81, as mostradas hha Tabela 2 © designadas por um simbolo formado pelas letras “P” seguida do mimero de volt-ampéres correspondente as tensdes de J20/ ou 69,3 Vy a frequéncia de 60 Hz ¢ ao fator de poténcia ‘normalizado, MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Grapes Te Fara Grupo 1: Para tga de fose para fase | W807 dese pars “Testo Talagies Nomina ego | temto [tat Rrimiis | Nominal | Primi] Seomiomse |S, minal | UN | weit | in 3 v | soe re = ea mo | 2 | avs | oe | as | 35a | wang | «| 2at raga | epee |e tee u ss [3a | sasv3_ [| 20 | 8 2300 mot 200/43 30:1 1784 seo | soa | sass | 3st | 200 was | oasa | aaa | von | tet roca lana |e | eee | ww | ot | eoovs | mm [am wx | 701 | wowv3s | wor | aon 00 | v0 | iso v3 | mr 78 ‘woo [200 | voamo V3 [2000 [ 208 Too | 2000 | aaooay3 | 3000 | tsa yao | 3001 | aasoorys | von | 2a acano | 4001 | asoony3 | coor | 3501 om | woot | coco ys | toon | aa : Toor V3] tooo [vos : rrsoon V3 | 001 | Too _ raeoo0 V3 | _Hoor_|_ #001 ~ Prerooo-V3 | rer [10003 i vossoo 3 | 20001 | 12008 : 22000013 Tabela 1 ~‘Tensdes primérias erelagtes nominais de TP's (Definigdes dos Grupos 1,2.€ 3 no item 2.6). Congas Nomis Carat He OT onan) eee [ase | “Save” | nt | res bow rete | acs ‘ms |) Fres_[ 133 | ao Sa Fs [3s | 0,70 ton 576 Frs| 75 [0s ae | 19 Fan] 300 085, for Pann[ ao] 085 eo Tabela 2— Cargas nominais de TP’s (NBR 6855/81). laa 7: Fransformadaras de Poencial- 185 ¢ fupai Carga Nomina Caractoriicara OMe 6 ST esgmclo| Araneae | Petr Tee | tadktinci | Impede war | pen | gy | mt | pis pos fon | se [ora Pas 35 foro | saa 36892 a a a a 00 [ ao] aes | 192 tee Te ‘Tabela 3 — Cargas nominais de TP’s (NBR 6855/81). [As caracteristicas & 60H € 130V sto validas para tenses secundérias entre 100 ¢ 130V, © as caracteristicas a 60 Hz © 69,3 V sto vélidas para tenses secundirias ente 58 ¢ 75V. Em tais condigies, ‘as poténcias aparentes serio diferentes das cespecificadas. 2.5 - Classe de Exatidao Classe de exatidtio € 0 valor maximo de erro, ‘expresso em porcentagem, que poderé ser causado pelo TP aos instrumentos a ele conectados. De acordo com as normas NBR 6855/81 da ABNT (Associagdo Brasileira de Normas Técnicas) ¢ 57.13 da ANSI (American National Standart Institute) 08 TP'S so enquadrados em uma ou mais das tres seguintes classes de exatiddo: 0,3, 0,6 € 1.2. TA selega0 da classe de preciso depende da aplicagdo a que se destina o TP; observe -se que os instrumentos a serem ligados ao mesmo, devem possuir classes de preciséo semelhantes. As aplicagdes, de uma, forma geral, sfo as seguintes: Classe de x exatidio Aplicag ae enor que 03 | TP padi: “io Matigdes cm Laborato; pdronizado) | Medigtes Fspeciis Madi de enerpia TAS par 93 Fanuamento a eansumidor. ‘adi de energia olica paral Ge fatramento; ‘Aliment de res oeou.2 | Alimentayio de insrumentos de conto ‘oltimetos, fasimetrs,fequencimetros, ‘atimetes, varimetes, sineroscpios, Tabela 4 — Aplicagdes dos TP’s conforme sua classe de exatida, 2.6 - Grupos de Ligagio e Poténcia Térmica Nominal De acordo com a Tigagdo para a qual sao projetados, os TPs classificam-se em trés grupos: 4) Grupo 1 ~ TP’s projetados para ligagdes centre fases, MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES +b) Grupo 2 — TP’s projetados para ligagies entre fases ¢ neutro de sistemas diretamente aterrados ©) Grupo 3 — TP's projetados para ligagies centre fases e neutro de sistemas onde nfo se garanta a eficécia do aterramento, (0s TP’s do grupo 1, por razdes econémicas, so devem ser utilizados em sistemas com tensdes abaixo de 1SKV, os do grupo 2 ¢ 3 em tenstes acima deste limite Poténcia térmica nominal & a maior poténcia aparente que um TP pode fornecer em regime permanente, sob tensio ¢ frequéncia nominais, sem fexceder os limites de elevagio de temperatura especificados. Para os TP’s pertencentes aos grupos de ligagio | ¢ 2, a poténcia térmica nominal ndo deve ser inferior a 1.33. vezes a carga mais alla em volt- amperes, referente 4 exatiddo do TP, as sobretenstes ‘admissiveis para 0 equipamento nestes grupos & de 15% continuamente. ara os TP's pertencentes ao grupo de ligagio ¢, « poténcia témica nominal ndo deve ser inferior & 3.6 vezes a carga mais alta em volt-amperes, referente a exatidao do TP. A NBR 6855 exige que TP deste ‘grupo suporte continuamente 90% de sobretensi. Desta forma, a poténcia térmica dos TP’s, expressa em VA, deve atender & condigto. Ui Pro RA @ Onde Pz ~ poténcia térmica, em VA Kk. ~ 1,33 (grupos 1 e 2) ou 3.6 (grupo 3) LU. = tensio secundaria, em V Z_—~ impodineia corespondente & carga nominal, em S& Para as tensdes secundirias normalizadas, de 115 V ¢ 66.45 V, os valores minimos de poténcias térmicas aceitiveis sto fornecidos na Tabela 5 Potencia Termica Designagdo | “Grupos Tea | Grupos ww away Pigs 8 30 P25 36 100) PIS in 300) P00 25 300 P00 500 1600 Tabela 5 ~ Poténcias térmicas aceitiveis, Capitulo 5: Tranaformadores de Potencial~ ¥66 . MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES fupai Faquemas 3.0 - DETERMINAGAO DA CARGA DOS TP’s: ‘Denominagao {As cargas sfo levantadas em termos de suas poténeias consumidas ou respectivas impedancias. ‘A ABNT utiliza a representagio X-P.VA, onde X ¢ a classe de previstio e VA a poténcia da carga acoplada ao secundario; se por exemplo, o TP for 0.6 P 12,5, sabe-se que 0,6 € a classe de preciso e até 12,5 VA poderao set acopladas ao secundatio, "A ANSI padronizou a designagio das cargas ‘como mostra a Tabela 4 na placa de um TP de origem norte- americana esta indicado, por exemplo, 0.3 WXY; 0.6 7, tem-se que’ 4) TP com as cargas padronizadas W, X € por letr Lawl De relagio tnica De relagéo dupla com primério em duas soqdes para ligagio séric-paralelo Y acopladas ao sccundario, tem classe de oaF exutiddo 0,3; De duns relies com ty) Com a carga padronizada Z acoplada, 0 |_| deivagio no pimaio ‘TP possi a classe de exatido de 06. beled | Carnot da Carga Carga vA iene Ww 12,5 0,10. , X 35 0.70 De duns elagdes com Lasad ¥ 75 085 fervagdo no ssundino Z 300 085 rm ZZ 400. 0,85, oe 5s Gaga Norma das possi valores de essa rey indutneia (L)comsanes, Base 120V, 60H ae Tabela 6 ~ Cargas padronizadas pela ANSI. ‘A. equivaléncia entre ABNT ¢ ANSI, ¢ fornecida na Tabela 7. ABNT. “ANST P12 Ww Pas x P15, ¥ P20, Z F400 ZL Trabela 7 ~ Equivaléncia entre cargas padronizadas pela ‘ABNT e ANSI [As impedincias dos cabos que interligam os instrumentos e/ou relés ao secundério do TP podem ser desprezadas no levantamento de sua carga. POLARIDADE E MARCAGAO DOS TERMINAIS DE TP's 40 - Em termos de polaridade so vélidas as mesmas consideragdes efetuadas para os TC's. ‘A marcagio dos terminais devem ser feitas ‘como indicado na Tabela 8 De dois enrolamentos ‘secundinios: sega abela 8 ~ Mareagio dos terminais de TP’ 5.0 - OBSERVAGOES PRATICAS IMPORTANTES SOBRE TP's 1 Seum TP alimenta virios instrumentos elétricos, testes devem ser ligados em paralelo a fim de que todos eles fiquem submetidos @ mesma tensdo secundaria do transformador, 2 Estando um TP com carga ¢ havendo @ nocessidade de reliri-la, é necessirio que © enrolamento secundario fique aberto. fechamento do secundario de um TP através de um condutor de baixa impedincia provocera um ccurto-circuito, em oulras palavras, uma corrente ‘secundiria demasiadamente clevada, ¢ em ‘conseqiiéncia # primiria, pode provocar @ dunificagdo do TP e, ainda, uma_possivel perturtagdo no sistema do circuito principal: Caplala 5: Traniformadores de Potencial- 167 fupai MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES ANEXO 01 — PARALELISMO DE TRANS FORMADORES RESUMO. te capitulo analisa as condigdes para a colocagao de transformadores em paralclo 4.0 -INTRODUGAO ‘A. operagio em paralelo de dois ou mais transformadores tem sua importincia_Tigada, principalmente, ao aumento da disponibilidade de poténeia para uma determined carga, onde apenas um seria insuficiente. Neste sentido, tal operagio apresenta alguns aspectos positivos, ou seja a) Aumento da confisbilidade, pois, em caso de problemas com um dos transformadores, as cargas, ou, pelo menos uma parte delas, serdo ‘limentadas pelas unidades restantes, b) Ha uma maior facilidade de se estabelecer programas adequados de manutengao das unidades; e, ©) Como a carga total ¢ dividida entre varios transformadores, os seus tamanhos custos séo menores, bem como, o transporte fica facilitado. 20 - CONDIGOES BASICAS PARA © PARALELISMO, 2.4 - Generalidades |A figura 1 apresenta, esquematicamente, a operagio de dois transformadores monofiisicos em paralelo, porém a andlise efetuada a seguir € valida também para os tifasicos. Como se observa, existira uma corrente de circulagiio, independentemente da presenga de carga, ‘se as tenses induzidas nos secundirios de ambos orem diferentes, ou soja En#En a (0 valor desta corrente é: @ Zn+Zr Figura | ~'Transformadores monofésicos em paralelo. Note-se que, como a matha formada pelos secundarios dos dois transformadores possui uma baixa impedincia, 0 nivel da eorrente de circulagao serd televado © dependente da diferenga das tensdes induzidas no secundério de ambos. Considerando-se que o primirio ¢ comum a ambos os transformadores, para que suas tenses induzidas sejam rigorosamente iguais em modulo ¢ em fase, necessariamente deve-se ter @ a) Mesma Relacio de ‘Transformacio; &. 8 1b) Mesma Polaridade (monofisicos) ou Mesmo Defasamento Angular (1ifssicos) ‘A figura 2 exemplifica as duas situagdes em que as tensdes secundrias sto diferentes. suaeercermmstemateerauenee itonceto aout Figura 2 ~ Formas de onda das tenstes dos secunclirios de dois transformadores em paralelo, Trea 07; Paralelismo de Transformadores V70 ¢ fupai 2.2 -Mesma Relagio de Transformagio De forma a exemplificar a necessidade das relagSes de transformacio possuirem o mesmo valor na ‘operagdio em paralelo de transformadores, considere-se co seguinte caso em relaglo a figura 1 18) Tensdo priméria: 13.800 V; ) Transformador TI: 45 kVA, 13,800/254 V, 2% =25.%; ©) Transformador 12: 45 kVA, 13.800220 V, 2% = 2.5% Desta forma, aplicando-se 13.800 V a0 primério de ambos, no secundirio de Tl a tensdo induzida sera 254 V e, no de T2, 254 V. Adotando-se que a polaridade € a mesma para ambos os (defasamento angular para os trifésicos), resulta em uma diferenga de potencial na ‘matha formada pelos secundérios de: ‘ransformadores Up = Ey - Ey = 254-220 =34V Adotando-se como base as grandezas nominais do transformador T1, tem-se =— 0134 = 31990 0,025 +0,018 ste resultado mostra que para uma diferenga de apenas 34 V (ou, 13.4% na base do sistema) entre as tensbes, com impedéncias de 2,5% (valor maximo normalizado para estes tipos de transformadores), circula uma corrente 312 % maior que a nominal de 1 entre os transformadores sem carga. ‘Admite-se como dado pratico, entretanto, cerca de 0,5% de diferenga entre as relagbes. Note-se que, mesmo assim, a eorrente de cireulagdo existiré, porém em valores mais razoaveis. No exemplo anterior, a comente, nestas condig&es, 0,005 0,025 + 0,018 =0,12pu MANUTENCAO EM TRANSFORMADORES Ou seja, aproximadamente 12 % da corrente nominal do transformador TL Nos acoplamentos distantes. eletricamente deve-se também considerar as impedincias dos cabos de interligagd0, Neste caso, seria interessante uma pequena diferenga entre as relagdes, que poseriam compensar as quedas de tensio nas impedancias da interligagdo, porém sempre respeitando-se o limite de 0.5%, 2.3 - Mesma Polaridade (Monofésicos) ou Mesmo Defasamento Angular (Trifasicos) Como as tenses nos secundirios so alternadas sao alternadas, apenas os mesmo valores dos médulos das tenses induzidas nio garante uma diferenga de potencial nula na malha, ‘Considerando-se, por exemplo, dois transformadores em paralelo. com as seguintes ccaracteristicas ) Tensio priméria: 13.800 V; ) Transformador T1: 45 kVA, 13.800/220 V, 2% = 3,5 %, Dy Ise, ) Transformador T2: 45 kVA, 13.800/220 V, 2% =3,5%, Dy 11 TTem-se que, conforme a expressio (1). a corrente de eireulagao em pu ser {1230 -12-30"| 0,035 +0,035 =143pu Este resultado mostra a completa inexequibilidade do acoplamento em paralelo de transformadores com defasamentos diferentes, ou se circula uma corrente 1430 % maior (niveis de curto- ‘ircuito) que a nominal entre os transformadores sem carga. 3.0 - PARALELISMO DE TRANSFORMADORES COM DEFASAMENTOS = ANGULARES DIFERENTES Embora @ condigdo de mesmo defasamento angular ser restritiva para a insergio de ttansformadores em paralelo, hii alguns easos em que isto ser possivel com algumas modificagées externas. Uma regrapritica para verificar a possibilidade de paralelismo nesta situagho & 4) A conexto deve ser a mesma e possuir a Tigagtio delta e/ou zig-rag; “Tne OT: Paraieicmo de Trnsormadores-T71 b) A soma dos angulos de defasagem deve ser igual a 360°, ou seja, a soma dos valores da representagao horiria deve ser igual a 12, Desta forma, visundo paralelismo, é possivel adequar os defasamentos dos seguintes pares 2) Dy! com Dy11 ou Dyl com Dyl; b) Yl com Yai1 ou Yd11 com Yat ©) Yz1 com YzI1 ou Yzi1 com Yel: 4) Da2 com Da10 ou Ddl0 com Dd2; ©) Dz2.com Dz10 ou Dz10 com Dz2, 1) Dd4 com Da8 ou Dz8 com Dz4; 8) Dz com Dz8 ou Dd8 com Das h) Dy5 com Dy? ou Dy? com Dy5; i) Yd5 com Ya7 ou Ya7 com Yd5: i) Yz5 com ¥27 ou Yz7 com Yz7, © procedimento & simples e consiste na mudanga de fases nas buchas de mesmo nome na ligagio delta clou zig-zag, conforme exemplifica a figura 3 para as conexses Dy e Dy a— B c Figura 3 ~Mudanga de fase para adequar 0 defasamento angular Note-se que, inteamente, © transformador ‘TR2 continua com o mesmo defasamento, porém, para sistema, cle se alterou para 30° devido a mudange da soqnéncia de feses Naturalmente, este procedimento permite o paralelismo de outras conexdes, a priori ineompativeis, E possivel, por exemplo, conectar-se um transformador Yall com Dy1, desde que a relagio de transformaga0 seja a mesma, Para tanto, deve-se alterar 0 Yd11 para Yl mudando-se a sequencia de fases. MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 4.0 - CONDIGOES DE OTIMIZAGAO ‘Algumas condigdes operacionais _ podem assegurar que se obtenha © méximo proveito (otimizagio) da operag3o em paralelo, mesmo no sendo imprescindiveis, ou seja 8) Mesma Impedineia Pereentual; e, b) Mesma Relaggo entre Resisténcia & Reaténcia Percentuais. 4.1 -Mesma Impedancia Percentual Para dois transformadores operando em paralelo, verifica-se que distribuigto de poténcia entre os mesmos & inversamente proporcional as impedincias, ou seja @) “ Da expressdo (3) verifica-se que a condigl0 ideal (6tima) ocorre quando Z1%=Z2% pois, neste caso, S1% =$2% ou seja, ambos assumirio um caregamento proporeional as suas eapacidades, 42 - Mesma Relagio entre Resisténcia Reatancia ‘Mesmo que impedincias possuam um mesmo médulo, ou seja, 21% = 2:%, os seus ngulos podem ser distintos, como ilustra a figura 4. Figura 5 — Impediincias iguais com angulos diferentes Tnaxa OF Parlelisme de Traneformadores «172 Como em paralelo a tenstio dos transformadores nica, as correntes possuirdo defasamento diferentes em relagiio a ela, Portanto, haverd um defasamento a entre as correntes, dado pela diferenga entre os angulos das impedincias, ou seja a= ~o; ¢,naluralmente, também entre as poténcias. s, Figura 6 ~ Soma das Poténcias Poténeia do transformador 1; Poténcia do transformador 2; IANUTENGAO EM TRANSFORMADORES 5, -Poténcia total para a carga A pvtocia Sy 9 srk mbxima quando a= 0 (soma algébrics) ara que a. = 0, necessariamente: R% _R% o> X\% X,% ou ainda RX X,Y, Portanto, para que a poténcia entregue a carga seja a maxima possivel, os transformadores devem er a mesma relagio entre resisténeias e reatincias, “inezo OF: Paralelismo de Transformadares - 173 2 Ae 3.0 - CONEXAO DELTA ABERTO OU DUPLOV Se um dos transformadores de um banco com conexiio AA for retirado, mesmo assim € possivel a transformagio trifasica sem alteragao. nas tensbes. Obtém-se, assim, uma conexo conhecida como duplo ¥ ow A aberto ou, ainda, conexdo Aaron. A figura 3 ‘lust A 9B 9c Figura 3 ~ Remogdo de um transformador em conexdo ‘Dad para obtengio do banco duplo A figura 4 mostra com mais detalhes a conexto, co 4 d+ oe Figura 4 - Conexiio delta aberto ou duplo V Na figura 4, verifica-se que o sistema duplo V produz trés tensbes de linha defasadas de 120° Observe-se, entretanto, que cada transformador fomece a corrente de linha (¢ no a de ase), MANUTENGAO EM TRANSFORMADORES Sendo assim, a poténcia suprida por um transformador num delta aberto, comparada & poténcia total trifasica, € Poténcia por transformador Poténcia total wifasica Uh, o08 0 _ M9577 V3BU 1, cosp V3 Uple cosg BW ple CP) De onde se conclui que a poténcia suprida por transformador neste sistema é 57,5% da poténcia total. Por outro lado, « expressio (1) também mostra que, se trés transformadores em Dd estio suprindo a carga nominal ¢ um transformador & removido, @ sobrecarga em cada um dos transformadores que permanece seria de 173%, uma vez que a reeiproca da expressiio (1) &a relagio da carga total para a carga por transformador. Naturalmente, esta relagao implica em que, se dois transformadores esto operandos em duplo Ve com carga nominal, a adigio de um tereeiro transformador aumenta a capacidade total de 173,2% (oude V3). Assim, um aumento no custo de 50%, correspondente ao tercero transformador, permite um acréscimo da capacidade do sistema em 73.2% 80 converté-lo de duplo V em AA Esta estratégia¢ interessante em sistemas de distrbuigao, onde se espera uma ampli futura. Em jutras palavras, em um primeiro momento insila-se 03 transformadores conesiados em duplo Ve, se a demanda aumentar com o passar do tempo, insala-se 0 tcrociro transformador. Com tal altude, 0 custo inicial é menor 4.0 - CONDIGOES PARA REALIZAR A CONEXAO Analisando-se a figura 3, verifica-se que é interessante que os transformadores possuam relagdes de transformagio iguais © sejam conectados com as polaridades indicadas. Em caso contrério, as tenses no secundiério ficario desbalanceadas. A Gitulo de exemplo, se o transformador 1 possuir uma relagio 13.800/127 Ve 0 segundo, 13.800/115 V, a tenso secundaria entre as fases “a” € U. 127.20° - 115120" = 209,6151,6°V" Observe-se que ocorreri, adicionalmente, uma sobretensiio entre as fases "ae "c” “Anza 2 Banco de Transformadares Mowafasicas~175

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