Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Verdadeira Missão Da Juventude.
A Verdadeira Missão Da Juventude.
DO RIO DE JANEIRO
Visite nosso portal: www.integralismorio.org
contato@integralismorio.org
A VERDADEIRA MISSÃO
DA JUVENTUDE
Plínio Salgado
O presente artigo foi escrito em 1957 aos mais de duzentos Centros Culturais da Juventude, filiados a
Confederação de Centros Culturais da Juventude, que foi uma organização que teve como seu Presidente
de Honra a figura de Plínio Salgado, e chegou a reunir, em todo o Brasil, centenas de grupos de jovens
sob a presidência nacional de Gumercindo Rocha Dórea. Os seus integrantes eram chamados "águias
brancas", e quase todas as entidades traziam nomes de grandes vultos da nacionalidade. De seus
quadros saíram ministros, secretários de estado, deputados (federais e estaduais) prefeitos, professores
universitários, filósofos, diretores de grandes empresas, etc.
**************
Se a juventude traz consigo o Amanhã da Pátria é porque dela deverão sair os responsáveis
pela sobrevivência da Nação. Prepara-la para que produza os valores humanos, de que a
comunidade nacional precisa, deve ser toda nossa aspiração.
A mocidade não se prepara nas ruas, no fragor das batalhas transitórias. Lançar os jovens
nas empresas do mal, sem a iniciação prévia na ciência e na arte de construir o Bem, será
desviá-los de um destino superior. As mais belas campanhas, se resultantes do improviso, hão
de ser, inevitavelmente, como estrondo das ondas na superfície do mar. As ondas facilmente
se deixam levar pelo magnetismo da lua ou pelos ventos inconstantes que sopram em todas as
direções. Só as águas profundas resistem. Só elas trazem consigo as potências da
irredutibilidade.
A mobilização dos moços para uma campanha de moralização, de luta contra os desmandos
e contra a degradação dos costumes é iniciativa que merece todo respeito; mas é expediente
empírico, visando o tratamento sintomático da enfermidade social. Não vai às raízes da
moléstia. Não procura as causas históricas das desgraças que lamentamos.
A iniciação dos espíritos jovens exige trabalho metódico, sistemático. Repele o "dispersivo"
para se ater ao "reflexivo". Evita o "extenso" para que predomine o "intenso". E não se entrega
à exteriorização sem precede-la de longos dias de interiorização.
(...)
(...)
(...)
Que se lancem campanhas pela moralidade nacional e que para ela se mobilizem os moços,
contra isso não podemos, em princípio, nos opor; mas que essas campanhas distraiam a
juventude do esforço que ela deve empregar no sentido de construir-se por meio de uma
revolução moral interior e de uma elevação intelectual indispensável, contra esse desvio nos
opomos. E se uma campanha dessa natureza vier a servir ao interesse de partidos políticos ou
da "demagogia da honestidade", que, à mingua de outros predicados de nossos homens
públicos, se apresenta hoje como cartaz para a conquista de postos eletivos, então devemos
ter a coragem de condená-la. E se, ainda, a habilidade técnica do comunismo internacional
intervier sub-repticiamente para utilizar-se como "massa de manobra" desse patrimônio da
Pátria, que é Juventude, coordenando-a, sem que ela o perceba, como tem feito a todos os
nobres e puros movimentos da opinião sentimental e desprevenida no que respeita às
artimanhas dos pescadores de águas turvas, nesse caso devemos estar alertas para prevenir
os que não se preparam para conhecer os fatores intervenientes e as circunstâncias
advenientes que surpreendem sempre as melhores intenções.
Fonte: in Reconstrução do Homem, Livraria Clássica Brasileira, Rio de Janeiro, 1957, pág.
103.