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Capítulo I: Sinais e Sistemas TSS

AT1

O que é um Sinal?

- Sinal é uma grandeza física que varia no tempo ou


no espaço. Para o nosso estudo vamos considerar
essa grandeza variando no tempo.

- Matematicamente se expressa como sendo função f (t )


Características do Sinal
- Útil: representa uma certa informação.
- Perturbação: tem influência indesejada.

1.3
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT1
1.3- Classificação dos sinais

Os sinais podem ser classificados de acordo com as


seguintes variantes:

- Em função do tempo

- Em função da amplitude

- Em função da paridade

- Em função da periodicidade

1.4
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT1
1.3- Classificação dos sinais

Em função do tempo, os sinais podem ser:

- Contínuos
- Discretos

Em função da amplitude, os sinais podem ser:

- Analógicos
- Digitais

1.5
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT1
1.3- Classificação dos sinais

Em função da paridade, os sinais podem ser:

- Pares
- Ímpares

Em função da periodicidade, os sinais podem ser:

- Periódicos
- Não periódicos ou Aperiódicos

1.6
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Contínuos

Um sinal é dito
contínuo no
tempo se, no
intervalo de
consideração,
este for definido
para todos os
valores de tempo
t.

1.7
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Discretos

Um sinal discreto é
definido apenas nos
instantes discretos
de tempo. Neste
caso, a variável
independente
consiste apenas de
valores discretos
que, normalmente
são uniformente
espaçados.

1.8
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais discretos (Como se obtem?)

Um sinal discreto provêm de um sinal contínuo


por meio do processo de amostragem.
Seja T o periodo de amostragem e n, um número
inteiro que pode assumir valores positivos e
negativos. Realizando o processo de amostragem
do sinal contínuo f(t) da fig. anterior, nos instantes
t=nT, obtem-se uma sequência de amplitudes dadas
por:
f [n] = f (nT),
∀n = 0; ±1; ± 2; ±3;L (1.1)

1.9
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais discretos (Como se obtem?) -2

Assim sendo, o sinal discreto poderá ser representado


através de uma sequência de números da maneira
seguinte:
L , x[ − 3], x[ − 2], x[ − 1], x[ 0 ], x[1], x[ 2 ], x[3], L

Por conveniência, usaremos os seguintes simbolos


para denotar os respectivos sinais,
t → f (t ) : Sinais contínuos
n → f [ n ] : Sinais discretos

1.10
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Analógicos
Um sinal é dito
analógico se for
contínuo em
amplitude.
A figura ao lado
representa um
exemplo deste tipo
de sinal, no
intervalo de
contradomínio
dado.

1.11
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais
AT2
1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Digitais
Um sinal é dito
digital se for
discreto em f(t)

amplitude.

A figura ao lado
representa um
exemplo típico de t
um sinal digital.

1.12
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Pares
Um sinal contínuo no tempo f(t) é dito par se satisfaz a
condição,
f ( −t ) = f (t ), para ∀t (1.2)

Enquanto que o sinal f(t) é ímpar se satisfaz a condição


seguinte,
f ( −t ) = − f (t ), para ∀t (1.3)

Convencionalmente, os sinais par e ímpar são designados


f e (t ) → Sinal Par
por,

f o (t ) → Sinal Ímpar
1.13
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

-Corolário:

Em outras palavras, sinais pares são


simétricos em relação ao eixo vertical
(simetria axial), enquanto que sinais
ímpares são assimétricos em relação a
origem dos eixos coordenados (simetria
central).

Esta análise é extensiva para o caso de


sinais discretos.

1.14
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais


Exemplo 1:

Decomponha um sinal geral qualquer f(t) em sinais par e ímpar, por


aplicação das equações definidas em (1.2) e (1.3).

Resolução:

Seja f(t) o sinal contínuo expresso como soma de duas componentes


fe(t) e fo(t), como se segue:

f (t ) = f e (t ) + f o (t ) (1.4)
Definindo fe(t) como sendo o sinal par e fo(t), sinal ímpar, das
relações (1.2) e 1.3) anteriores segue-se que,

1.15
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais


Exemplo 1: Resolução:

f e (−t ) = f e (t ) e f o (−t ) = − f o (t )

Substituíndo t= - t na expressão (1.4), obtem-se:

f (−t ) = f e (−t ) + f o (−t )

Tomando em consideração as expressões (1.2) e (1.3), obtem-se:

f (−t ) = f e (t ) − f o (t ) (1.5)

1.16
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais


Exemplo 1: Resolução:

Resolvendo para fe(t) e fo(t), a partir das expressões (1.4) e (1.5),


resulta em:

f e (t ) = [ f (t ) + f (−t )]
1
Para sinais pares
2
e

f o (t ) = [ f (t ) − f (−t )]
1
Para sinais ímpares
2

1.17
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Pares (Cont. ...)


As definições anteriores assumem que os sinais são
(de valores) reais.

Um cuidado especial deve-se ter em conta, portanto,


na consideração dos sinais complexos.

Neste caso dever-se-à falar do conjugado simétrico.


Um sinal complexo f(t) é considerado conjugado
simétrico se satisfaz a seguinte condição:

f (−t ) = f * (t ) (1.6)

1.18
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Pares (Cont. ...)


Seja,
f (t ) = a (t ) + jb (t ) (1.7)
onde,
a(t ) é a parte real de f (t )
e
b(t ) é a parte imaginária de f (t )
Então, o sinal conjugado complexo de f(t) será dado
pela seguinte expressão:

f * (t ) = a (t ) − jb(t ) (1.8)

1.19
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Pares (Cont. ...)

Das equações (1.2) e (1.3) segue-se


que um sinal complexo é conjugado
simétrico se a sua parte real for par
e a parte imaginária for ímpar.

1.20
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Periódicos
Um sinal contínuo no tempo f(t) é dito periódico se satisfaz
a condição,

f (t ) = f (t + T ), para ∀t (1.9)

Claramente, se esta condição é satisfeita para T=To, então,


ela será também satisfeita para T=2To, 3To, 4To, ... .

O menor valor de T que satisfaz a eq. (1.9) é chamado de


periodo fundamental do sinal f(t). Este valor define a
duração de um ciclo completo de f(t).

1.21
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Periódicos (cont. ...)


O recíproco do periodo fundamental é chamado frequência
fundamental do sinal periódico f(t). Esta descreve a
frequência com que o sinal periódico f(t) se repete.

Assim, pode-se escrever,


1 1
f0 = ou apenas, f0 = (1.10)
T0 T

A frequência é medida em Hertz (Hz) ou ciclos por segundo.


A frequência angular, medida em radianos por segundo
(rad/s), e é definida por, 2π
ω0 = ou, ω0 = 2πf 0 (1.11)
T

1.22
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.3- Classificação dos sinais

- Sinais Periódicos (cont. ...)


Um sinal qualquer para o qual não existe o valor de
T que satisfaça a condição (1.9) é chamado de
aperiódico ou não periódico.

Sinal aperiódico
periódico f(t) f(t)

0 t t

1.23
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


A análise dos Sistemas e Sinais existentes na natureza
só é fácil tendo em consideração todo o conhecimento
dos sinais básicos/elementares.
Existem muitos sinais elementares que desempenham
papel importante no estudo dos sinais e sistemas.

A lista dos sinais elementares inclui:


- sinal exponencial - sinal rampa
- sinal senusoidal
- sinal pulso triangular
- sinal salto unitário
- sinal impulso unitário - sinal pulso rectangular

1.24
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


a) Sinal Exponencial
O sinal exponencial real, na sua forma geral, é descrito por:

f (t ) = Be at (1.12) onde B e a são parâmetros reais.

- O parâmetro B representa a amplitude do sinal


exponencial e é medido para t=0.
- Dependendo do sinal do parâmetro a, identificam-se
dois casos especiais:
1º) se a<0 → sinal exponencial decrescente
2º) se a>0 → sinal exponencial crescente

1.25
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


a) Sinal Exponencial Decrescente

t = -1:1/100:1
a = -2
B=5
f2=B*exp(a*t)
plot(t,f2)

1.26
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


a) Sinal Exponencial Crescente

t = -1:1/100:1
a=2
B=5
f1=B*exp(a*t)
plot(t,f1)

1.27
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


b) Sinal Senusoidal
O sinal Senusoidal é descrito por:

f (t ) = Asen(ωot + ϕ o ) (1.13)

Onde: - A é a amplitude do sinal;


- ωo é a frequência angular do sinal;
- φo é a fase inicial do sinal.

Se a fase inicial for igual a zero, isso significa que o


sinal senusoidal não se desloca ao longo do tempo.

1.28
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


b) Sinal Senusoidal

3
X2=3*cos(t)

>> t = -2π:2π; 2

>> ωo=1;
>> A=3; 1

>> φo=0; 0
>> X1=A*sin(ωo*t + φo);
>> plot(t,X1) -1

>> X2=A*cos(ωo*t + φo);


>> plot(t,X2) -2
X1=3*sin(t)

-3
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

1.29
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


c) Sinal Salto Unitário
Este tipo de sinal é descrito pela seguinte expressão:
⎧1 para t ≥ t0
u (t − t0 ) = ⎨ (1.14)
⎩0 para t < t0

0.8

>> t=-5:1/100:5;
>> salto_unitario=(t>=0); 0.6

>> plot(t,salto_unitario) 0.4

>> axis([-5 5 –0.2 1.2]) 0.2

-0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.30
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


d) Sinal Impulso Unitário (Delta Dirac)
Analiticamente, este tipo de sinal é descrito como se segue:

⎧1 para t = to ⎧1 para t = t0
δ (t − to ) = ⎨ (1.15) 1
ou δ (t − t0 ) = ⎨
⎩0 para t ≠ to ⎩0 para t ≠ t0
0.8

0.6

>> t = -5:1/100:5; 0.4


>> impulso=(t==0);
>> stem(t,impulso) 0.2

>> axis([-5 5 –0.2 1.2])


0

-0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.31
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


e) Sinal RectanguIar (ou pulso rectangular)

Um sinal rectangular é um pulso com uma certa


amplitude e duração T0.
⎧1 para | t | ≤ T0
rect (t ) = ⎨ (1.16)
⎩0 para | t | ≥ T0

Neste caso significa que o sinal rectangular está


centrado na origem dos eixos. Contudo, este
pode ser deslocado. Assim, a expressão
analítica resulta em:
⎧1 para | t − to | ≤ T0
rect (t − to ) = ⎨
⎩0 para | t − to | ≥ T0

1.32
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


e) Sinal RectanguIar (ou pulso rectangular)

1.2

>> t =-5:0.01:5; 1

>> T=4;
>> rect=(t>=-T/2) & (t<=T/2); 0.8

>> plot(t,rect) 0.6

>> axis([-5 5 –0.2 1.2])


0.4

0.2

-0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.33
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


f) Sinal Rampa

O sinal impulso pode ser obtido a partir da derivada


do sinal salto unitário, em relação ao tempo. Da
mesma forma, o integral de um sinal salto unitário
resulta no sinal rampa. O sinal rampa (sinal de teste)
é comumente designado por r(t), o qual é formalmente
definido como se segue,

⎧t, t ≥ 0
r(t) = ⎨ (1.17) ou r (t ) = t * u (t )
⎩0, t < 0

1.34
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


f) Sinal Rampa (cont. ...)
5

4.5

3.5

>> t =-5:0.01:5; 3

>> ramp=(t>=0)*t; 2.5

>> plot(t,ramp) 2

>> axis([-5 5 –0.2 5])


1.5

0.5

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.35
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


g) Sinal de Gauss

Este é um tipo de sinal muito particular. Ele é definido


pela seguinte expressão:
−at2
ga (t) = e (1.18) 1

0.8

0.6

>> t =-5:0.01:5;
>> gauss=exp(-t.^2); 0.4

>> plot(t,gauss) 0.2

>> axis([-5 5 –0.2 1.2])


0

-0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.36
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.4- Sinais Elementares


h) Sinal Triangular (Pulso Triangular
Analiticamente, o sinal Pulso Triangular é dado pela
expressão seguinte:
⎧ t T0
⎪⎪1 − para t ≤ 1

Λ (t ) = ⎨ A 2 (1.19)
⎪0 T0
⎪⎩ para t > 0.8

2
0.6

>> t =-5:0.001:5;
>> T=4; 0.4

>> A=2;
0.2
>> tri=(1-abs(t)/A).*(abs(t)<=2);
>> plot(t,tri) 0

>> axis([-5 5 –0.2 1.2]) -To/2 To/2=

-0.2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

1.37
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


Uma questão fundamentalmente importante no estudo
dos sistemas e sinais é o uso dos sistemas para
processar ou manipular sinais.

Esta questão envolve, normalmente, uma combinação


de algumas operações básicas.

Em particular, identificam-se duas classes de operações:

- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes

- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes

1.38
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
1- Escalomento da Amplitude

Seja f(t) um sinal contínuo no tempo. O sinal g(t) resultado do


escalonamento da amplitude aplicado a f(t), é definido por:

g (t ) = c × f (t ) (1.20)
onde c é o factor de escalonamento

De acordo com a eq. 1.20, o valor de g(t) é obtido pela


multiplicação do correspondente valor de f(t) pelo factor c.

Exemplos físicos:
- Circuito electrónico de um amplificador;
- Resistor

1.39
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
2- Adição

Seja f1(t) e f2(t) um par de sinais contínuos. O sinal g(t) obtido


pela adição de f1(t) e f2(t) será definido por

g (t ) = f1 (t ) + f 2 (t ) (1.21)

Um exemplo físico de um dispositivo que adiciona sinais é um


misturador audio, o qual combina sinais de música e de voz.

1.40
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
3- Multiplicação

Seja f1(t) e f2(t) um par de sinais contínuos. O sinal g(t)


resultado da multiplicação de f1(t) e f2(t) será definido pela
seguinte relação:

g (t ) = f1 (t ) × f 2 (t ) (1.22)

Isto é, para cada tempo determinado t, o valor de g(t) será


dado pelo produto dos correspondentes valores de f1(t) e f2(t).

Um exemplo físico de g(t) é um sinal AM de rádio, no qual f1(t)


consiste de um sinal âudio mais a componente dc, e f2(t)
consiste de um sinal sinusoidal (chamado de portadora).

1.41
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
3- Multiplicação (graficamente)

Sinal Modulado em Amplitude (sinal AM)


sinal AM
8

-2

-4

-6

-8
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

1.42
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
4- Diferenciação
Seja f(t) um sinal contínuo no tempo. A derivada do sinal f(t) em
relação ao tempo será definida por: d
g (t ) = f (t ) (1.23)
dt

Por exemplo, um indutor realiza a operação de diferenciação.

Seja i(t), a corrente sobre um indutor de


indutância L, como se mostra na figura
ao lado. A tensão v(t) sobre o indutor
será definida por:
di (t )
v(t ) = L
dt

1.43
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


A- Operações Realizadas sobre as Variáveis Dependentes
5- Integração
Seja f(t) um sinal contínuo. O integral de f(t) em relação ao
tempo é definido pela equação
t
g (t ) = ∫ f (τ )dτ
−∞
(1.24) onde τ é a variável de integração

Por exemplo, um capacitor realiza a operação de integração num


circuito eléctrico. Seja i(t) a corrente que circula num capacitor de
capacitância C. A tensão sobre o capacitor será então definida
pela relação seguinte, t
1
v(t ) = ∫ i (τ )dτ
C −∞

1.44
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
1- Escalonamento no Tempo

Seja f(t) um sinal contínuo. O sinal g(t) obtido pelo escalonamento


da variável independente t pelo factor a será definido como se
segue:

g (t ) = f ( at ) (1.25)
- Se a > 1, o sinal g(t) será a versão comprimida do sinal f(t).
- Se 0 < a < 1, o sinal g(t) será a versão expandida do sinal f(t).

As duas operações são ilustradas na figura que se segue:

1.45
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
1- Escalonamento no Tempo

f(t)
f(at)

-T T -aT aT

Tempo t

Esta figura ilustra a Propriedade de Escalonamento no Tempo de f(t)

1.46
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
1- Deslocamento no Tempo

Seja f(t) um sinal contínuo no tempo, a versão deslocada do sinal


f(t) será definida como sendo:

g (t ) = f (t − to ) (1.26)
onde to é o tempo de deslocamento

- Se to > 0, a forma de onda representada pelo sinal f(t) é


deslocada à direita em relação ao eixo de t;
- Se to < 0, ela será deslocada à esquerda.

1.47
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
1- Deslocamento no Tempo
Exemplo de deslocamento do sinal f(t) para to = 3, isto é, f(t-3).
f(t)

0 2 t

f(t-3)

0 1 2 3 4 5 6 t

1.48
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
Exercícios
1- Considere o sinal f(t) definido pela figura abaixo.
a) Determine os sinais g (t ) = f (2t ) e y (t ) = f ( 12 t )

f(t)

-2 -1 0 1 2 3 t

1.49
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
Exercícios
1- Considere o sinal f(t) definido pela figura abaixo.

a) Determine os sinais g (t ) = f (−t )

f(t)

-2 -1 0 1 2 3 t

1.50
Capítulo I: Sinais e Sistemas Sistemas e Sinais

1.5- Operações básicas com sinais


B- Operações Realizadas sobre as Variáveis Independentes
Exercícios
2- Um sinal f[n] é definido
pela relação

⎧1 n = 1, 2

f [n] = ⎨− 1 n = −1, − 2
⎪0 n = 0 e n > 2 Determine os sinais

a) g[ n] = f [ n] + f [ − n]
b) y[n] = f [n + 3]

1.51

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