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19/12/13
primeira vez na histria, que a privacidade no para onde a rede digital comea e que a vigilncia em massa de inocentes uma violao dos direitos humanos. A mar virou, e finalmente podemos visualizar um futuro em que possamos desfrutar de segurana sem sacrificar nossa privacidade. Nossos direitos no podem ser limitados por uma organizao secreta, e autoridades americanas nunca deveriam decidir sobre as liberdades de cidados brasileiros. Mesmo os defensores da vigilncia de massa, aqueles que talvez no estejam convencidos de que tecnologias de vigilncia ultrapassaram perigosamente controles democrticos, hoje concordem que, em democracias, a vigilncia do pblico tem de ser debatida pelo pblico. Meu ato de conscincia comeou com uma declarao: No quero viver em um mundo em que tudo o que digo, tudo o que fao, todos com quem falo, cada expresso de criatividade, de amor ou amizade seja registrado. No algo que estou disposto a apoiar, no algo que estou disposto a construir e no algo sob o qual estou disposto a viver. Dias mais tarde, fui informado que meu governo me tinha convertido em aptrida e queria me encarcerar. O preo do meu discurso foi meu passaporte, mas eu o pagaria novamente: no serei eu que ignorarei a criminalidade em nome do conforto poltico. Prefiro virar aptrida a perder minha voz. Se o Brasil ouvir apenas uma coisa de mim, que seja o seguinte: quando todos nos unirmos contra as injustias e em defesa da privacidade e dos direitos humanos bsicos, poderemos nos defender at dos mais poderosos dos sistemas.
pplware.sapo.pt/informacao/edward-snowden-propoe-ajudar-brasil-a-troco-de-asilo-politico/
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