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INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 2
INTRODUÇÃO
Este Trabalho insere-se no âmbito da disciplina de História do Pensamento Matemático,
professora. Assim, o nosso tema é Equações nas Civilizações Antigas: Babilónia, Egipto e
Grécia.
pedagógico de modo a preparar-nos para a carreira docente. Deste modo o meu trabalho
O trabalho foi feito com base em pesquisas bibliográficas e orientações fornecidas pela professora.
Para a realização do mesmo foram encontradas algumas dificuldades, bem como algumas dúvidas
pontuais que foram superadas com a orientação do professor,
x 2 + bx = c
x 2 = bx + c
x 2 + c = bx
em qualquer destes casos, são dados dois segmentos de recta de b e c ( coeficientes) e procuram-se
o segmento de recta x ( incógnita) que satisfazem a condição expressa pela igualdade em causa.
Sejam então dado os segmento unidade e os coeficientes b e c. Para resolver qualquer uma das
equações acima mencionados, constrói-se a raiz quadrada, c , do termo dependente traça-se uma
circunferência de diâmetro b e, sobre uma recta tangente a este circunferência e a partir do ponto de
tangencia marca-se um segmento recta de comprimento igual a c . Designar-se-ão por C, T e S
respectivamente o centro da circunferência, o ponto de tangencia é a entre extremidade do segmento
de recta tangente. Sejam O e P os pontos de intersecção da circunferência com a recta CS (como na
figura 1) e Q e R os pontos da intersecção, caso existam da circunferência com a recta que passa por
S e é perpendicular a TS pela proposição elementos III, 36 de Euclides, subsistem as igualdades.
SP.SO = ST 2 e SQ.SR = ST 2
O R
C
C
P Q
T S
T S
Figura 1- Resolução geométrica das equações quadráticas segundo Descartes.
Uma vez que essa mesma igualdade também pode ser escrita na forma SO ( SO − b ) = c .
SQ ( b − SQ ) = c quer como SR ( b − SR ) = c
Por conseguinte, tanto o segmento de recta SQ como o segmento SR são soluções da equação
x 2 + c = bx . Observe-se que, neste caso, um numero de pontos em que a circunferência intercepta a
recta perpendicular a tangente indica o numero de soluções da equação.
"Comprimento, largura. Multipliquei comprimento e largura, obtendo assim a área. Então juntei à
área o excesso do comprimento sobre a largura: 3,3 [i.e., o resultado obtido foi 183]. Além disso,
juntei comprimento e largura: 27. Pede-se o comprimento, a largura e a área."
xy´= 210
xy´= 210
xy + 2 x = 210 ⇔ x ( y´−2 ) + 2 x = 210
x + y´= 210
Se nos lembrarmos que esta transformação foi feita. Há perto de 4000 anos (1800 e 1600 A.C.), não
podemos deixar de concluir que, na antiga Babilónia, a Álgebra atingiu um nível.
Surpreendentemente. Avançado.
Na verdade, cerca de 2000 anos antes da nossa era, os Babilónios podiam resolver sistemas de
equações da forma:
Consistia no seguinte:
1. Tomar metade de p:
2. Quadrar o resultado:
p - x = ( x + y) - x = y
x2 + x = c
2 2 2 2 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1 1
⇔ x + x+ = c+ ⇔ x+ = c+ ⇔ x+ = c+ ⇔ x = c+ −
2 2 2 2 2 2 2 2
Deste ponto de vista, o método indicado. Corresponderia a o que encontramos em muitos dos
nossos manuais escolares na resolução directa das equações do 2ºgrau, isto é, sem aplicação da
forma resolvente, transformando o primeiro membro da equação num quadrado. O método
corresponderia então a “ completar um quadrado “ do ponto de vista algébrico.
Vejamos agora a interpretação do mesmo problema segundo Jens Hoyrup,(1990)
(i) que a equação diz respeito á adição de duas áreas: a área de um quadrado de lado desconhecida x
e a área de um rectângulo de lados x e 1.
(ii) que as instruções de escribas correspondem a operações concretas na “ geometria corta e loca” ,
que se podem traduzir por:
• Cortar a meio de rectângulo que se adiciona ao quadrado (a)
• Deslocar uma das partes para formar uma gnómon (b)
• Completar o quadrado geométrico pela adjunção de outro quadrado (c)
• Determinar o lado do quadrado maior e finalmente, o lado do quadrado desconhecido.
a b c
No caso da equação x 2 − x = c
Jens Hoyrup, afirma que este deve ser interpretado geometricamente, como no caso anterior.
A equação traduziria: agora a diferença de duas áreas; área de um quadrado de lado desconhecida x
e a área de um rectângulo de lados x e 1.
O procedimento consiste em tirar da área do quadrado de lado desconhecido a área do rectângulo de
lados 1 e x; transformar o rectângulo que resta num gnómon. Como no problema anterior completar
o quadrado maior pela adjunção de um quadrado menor; determinar o lado de quadrado maior e
finalmente, o lado de quadrado desconhecido.
a b c
Figura 3- Problema nº2 de BM 13901
p2
Então, para resolver a equação, basta construir + q , extrair-lhe a raiz quadrada e subtrair-lhe,
4
p
em seguida .
2
A B
C D
O M N R S
P
Comecemos por considerar duas rectas r e s, concorrentes em O e, sobre r, um ponto M tal que
p
OM = , sendo p o comprimento do segmento AB relativamente ao segmento unidadeU = EF e
2
p
Consideremos sobre s dois pontos P e Q. tais que OP = U e PO = . Unamos P e M e conduzamos
2
por Q uma paralela a PM; seja N o ponto de intersecção dessa paralela com r.
OP PQ OM × PQ p 2
Tem-se = e, portanto, = . Consideremos agora o ponto R, de r, tal que:
OM MN OP 2
p2
Trata-se de extrairmos a raiz quadrada de +q.
4
Para isso, marquemos sobre r o ponto S tal que RS tenha comprimento u e R fique entre M e S.
p
Para obter x, basta determinar RT − .
2
O método fornece as soluções da equação sem que se aplique uma fórmula, ou então, se aplicando à
equação ax 2 + bx + c = 0, a ≠ 0 , fornecerá de Bhaskara. Esse método oferece uma outra alternativa
para a resolução muito instrutiva.
O método:
Seja ax 2 + bx + c = 0, a ≠ 0 .
2
a ( u + v ) + b ( u + v ) + c = 0 ⇒ a ( u 2 + 2uv + v 2 ) + b ( u + v ) + c = 0 .
Viéte transformou essa equação numa equação incompleta do 2º grau, anulando o coeficiente de v,
b
isto é, escolhendo u = − . Obteve assim a equação:
2a
2
b b b 2 − 4 ac .
av 2 + a − + b− + c = 0 e chegou, após simples manipulação, a v2 = ±
2a 2
2a 2a
b 2 − 4ac
Se b 2 − 4ac ≥ 0 então v = ± .
2a
b b 2 − 4ac −b ± b 2 − 4ac
Logo x = u + v = − ± = , que é a formula de Bhaskara.
2a 2a 2a
2
(u + v ) − 3 ( u + v ) + 2 = 0 ⇔ v 2 − 3 ( 2u − 3) v + u 2 − 3u + 2 = 0 .
3 9 9 1
Escolhendo u = donde: v 2 + − + 2 = 0 ou v 2 − = 0 .
2 4 2 4
1 3 1
Resultando v = ± e x = u + v = + . Finalmente, temos as soluções: 2 e 1.
2 2 2
CONCLUSÃO
Depois de realizar este trabalho podemos afirmar que ao contrário do pensamos a abordagem
geométrica vem antes da abordagem algébrica, pois como podemos reparar nas civilizações antigas
equacionavam e resolviam habilmente equações recorrendo na maior parte das vezes a
representações geométricas. Ainda diríamos que a resolução geométrica é muito eficiente tendo em
conta a época, mesmo sem considerar as soluções negativas uma vez que trabalhavam com
comprimentos de segmentos.
Referencia: