Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
seguro
Os nossos conselhos
para cuidar das suas
poupanças
ÍNDICE
Esta publicação, no seu todo ou em parte, não pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo, electrónico,
mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia, xerocópia ou gravação, sem autorização prévia e escrita da editora.
O que fazer com
o meu dinheiro?
“Finalmente consegui juntar um pé-de-meia, mas não sei o que
fazer com ele.” Esta frase soa-lhe, certamente, familiar.
O NOSSO CONSELHO
No contexto actual de crise económico-financeira, aconselhamo-lo a ser muito selectivo
nos seus investimentos, sem perder de vista o elevado risco dos mercados que se vive
neste momento. Lembre-se de que uma prudente e sábia diversificação entre depósitos,
fundos, acções e até imobiliário é a melhor forma de tirar o maior proveito das suas
poupanças sem correr riscos desnecessários.
QUERO INVESTIR
DINHEIRO SEGURO
MENOS DE MAIS DE
5 ANOS 5 ANOS
SIM NÃO
Carteira de Seguros de
fundos de acções capitalização
e obrigações; com garantia de
investimento capital; Obrigações
directo em acções do Tesouro
Que produtos
lhe interessam?
INVESTIR A CURTO PRAZO
O dinheiro de que possa vir a precisar em qualquer momento
deve ser investido em depósitos a prazo, certificados de
aforro, Obrigações do Tesouro ou fundos de tesouraria (fundos
de investimento que investem em depósitos e obrigações
a curto prazo e não sofrem grandes flutuações). Com estes
produtos, poderá dispor do seu dinheiro rapidamente em
caso de necessidade, em muitos casos até no próprio
dia. Vejamos cada um destes produtos em detalhe.
■ Depósitos a pRazo
Interessam a quem? Inconvenientes
Interessam a quem quer garantir ante- Algumas instituições oferecem elevada
cipadamente a rentabilidade do seu rentabilidade a muito curto prazo, desde
dinheiro e sabe exactamente quando irá que se cumpra, normalmente, uma série
precisar dele. Encontrará no mercado de condições, mas, no final desse perí-
uma grande variedade de prazos (1, 3, odo, na altura da renovação do depósito,
6 ou 12 meses, por exemplo), podendo a rentabilidade baixa.
escolher aquele que melhor se adapte às O depósito é associado a uma conta à
suas necessidades. ordem onde são pagos os juros e algu-
DINHEIRO SEGURO
■ obrigações do tesouro (OT)
Interessam a quem? Inconvenientes
Interessam a todos os que queiram um A aquisição implica custos de transacção
rendimento periódico pré-determinado, em Bolsa. O mínimo recomendado para
geralmente anual, ao longo de vários investir é de 2500 euros e o seu funcio-
anos. namento é pouco intuitivo. É possível
(especialmente para prazos mais curtos)
DINHEIRO SEGURO
■ fundos de obrigações
Vantagens Liquidez
A subscrição pode ser feita a partir de Os fundos podem ser resgatados em
apenas 500 euros, ou seja, permite qualquer altura, ficando o dinheiro dispo-
diversificar a carteira mesmo com mon- nível poucos dias úteis depois. Contudo,
10 tantes reduzidos. O aforrador permanece se os mercados estiverem a atravessar
parcialmente soberano na constituição um mau momento, é bastante provável
da sua carteira: escolhe os países e/ou que perca dinheiro. Deve estar preparado
os sectores em que quer investir, mas, para manter os fundos vários anos.
na selecção dos títulos individuais, tem
de se submeter à decisão da sociedade
gestora do fundo.
DINHEIRO SEGURO
CARTEIRA DE FUNDOS
Para o longo prazo, o boletim financeiro da
Deco Proteste, a Proteste Poupança
(www.protestepoupanca.pt) sugere combinar o
investimento em fundos de acções e obrigações, isto
é, constituir uma carteira de fundos. Sendo que os
aforradores mais ousados ou que possam aplicar por
prazos mais longos devem atribuir um maior peso aos
fundos de acções. Para um nível ideal de diversificação,
é aconselhável aplicar, pelo menos, 10 mil euros.
■ FUNDOS MISTOS
Os fundos mistos podem ser divididos em três tipos:
– os agressivos, que investem principalmente em acções;
– os neutros, que apostam cerca de metade em acções e o restante em obrigações;
– os defensivos, que investem sobretudo em obrigações e depósitos.
12 ■ acções
O rendimento das acções provém dos dividendos e da valorização dos títulos.
Investir em acções a longo prazo e de forma diversificada é, geralmente, mais
rentável do que os depósitos a prazo ou as obrigações. Mas, para uma maior
segurança, as acções devem constituir apenas uma parte do seu investimento total,
o qual deve incluir também outros produtos financeiros. Além disso, apenas devem
constituir uma opção para quem pode investir a longo prazo (mais de 5 anos).
DINHEIRO SEGURO
DINHEIRO SEGURO
■ Planos Poupança-Reforma (PPR)
As campanhas publicitárias dos Planos Poupança-Reforma (PPR) são
bastante agressivas, mas este produto financeiro não se destina a todos os
investidores. Há PPR sob a forma de fundos e sob a forma de seguros. Os
primeiros não garantem o capital e os segundos podem ou não ter o capital
garantido e um rendimento mínimo (fixo ou variável). Deverá escolher o produto
que mais se adequa ao seu perfil de risco e horizonte de investimento.
DINHEIRO SEGURO
de produto lhe estão a propor. Para saber realmente se a aplicação proposta se adapta
às suas necessidades financeiras, deve conhecer bem a sua natureza, os seus riscos e os
custos que implica.
Exija informação por escrito sobre a aplicação (prospecto, folheto informativo…) e não
decida sem ter obtido resposta a estas perguntas:
– qual a natureza e risco da aplicação?
– quais os custos na subscrição e no resgate da aplicação?
– a aplicação tem uma data de vencimento fixa?
– posso resgatar a aplicação em qualquer altura sem penalizações?
– tem custos de gestão?
– que rendimento posso obter e em que prazo?
– como são tributados os lucros e as perdas?
– tenho garantia de capital, isto é, irei reaver, no mínimo, o dinheiro que investi?
Como reclamar
Os seus direitos de investidor não foram respeitados? Sente-se prejudicado
pela actuação do seu banco, gestor de fundos, seguradora… e não sabe
quando, como e onde reclamar? Nós mostramos-lhe o caminho a seguir.
Primeiro, o intermediário
financeiro que existe um problema ou se, mesmo
reconhecendo-o, a solução proposta não
Antes de apresentar qualquer queixa formal, o satisfaz, pode apresentar uma queixa
é conveniente dirigir-se (ou telefonar) à insti- formal, para que conste o seu desacordo
tuição, intermediário, companhia de seguros e tentar fazer valer os seus direitos. Neste
ou outra para que o esclareçam sobre o caso, o passo seguinte é reclamar junto
procedimento que considera errado. Peça do departamento ou serviço de apoio ao
que lhe indiquem um prazo mais ou menos cliente. Esta reclamação será sempre feita
definido para a resolução do problema e por escrito e enviada por correio registado.
pergunte e tome nota dos nomes das pes- Convém que se identifique claramente,
soas que o atenderem. Aconselhamos que através da indicação do nome, morada e
vá guardando cópias de todos os documen- telefone de contacto, bem como o produto
16 tos e anotando todos os passos tomados. ou o balcão/estabelecimento com o qual
Será muito útil, caso tenha mesmo de teve o problema. Deve, além disso, enviar
reclamar. uma descrição do acontecido e as suas
pretensões, se o considerar oportuno,
Se não ficar satisfeito com a explicação e cópias de todos os documentos que
dada pela instituição, se esta não reconhece suportem o seu pedido. Não se esqueça
de guardar o comprovativo de entrega da
correspondência.
DINHEIRO SEGURO
Depois, a entidade
supervisora
Pode reclamar à entidade supervisora A instituição deve remeter ao Banco de
através de um dos canais à disposição, mas Portugal, no prazo de 10 dias úteis, o
é imprescindível a sua identificação (nome e original da folha de reclamação, entregar
apelido, número de BI, morada e telefone) e um duplicado ao reclamante e conservar
da instituição em causa (nome ou denomi- o triplicado, que faz parte do Livro de
nação social e morada – se for caso disso Reclamações;
– do balcão em questão). Exponha, de
forma clara e concisa, o assunto que motiva – também pode optar por apresentar a sua
17
a reclamação e as razões que a sustentam. reclamação directamente ao Banco de Por-
Quase de certeza terá de enviar fotocópias tugal. Para tal, deve preencher o formulário
de toda a documentação relativa à queixa de reclamação on-line, disponível no portal
(incluindo o comprovativo da entrega da http://clientebancario.bportugal.pt, seguindo
mesma ao serviço de apoio ao cliente ou as indicações que dele constam. Em alter-
indeferimento correspondente). nativa, pode fazer o download do formulário
de reclamação e enviá-lo pelo correio para
• Para depósitos à ordem ou a prazo deverá a morada: DINHEIRO SEGURO
contactar o Banco de Portugal.
A reclamação ao Banco de Portugal pode Banco de Portugal
ser feita de forma indirecta ou directa: Apartado 2240
– pode apresentar uma queixa ao balcão do 1106-001 LISBOA
seu banco ou da instituição em causa, solici-
tando, para o efeito, o Livro de Reclamações. As reclamações remetidas ao Banco de
Deve preencher, de forma clara, legível e Portugal (por formulário ou carta) também
completa, os campos relativos à identificação devem conter a identificação e a morada
e morada da instituição da qual pretende da instituição reclamada, a identificação
reclamar, à sua identificação e morada e aos e morada do reclamante e os factos que
factos que motivam a reclamação. motivam a reclamação.
– por telefone, para o número 217 913 564,
ou Linha Verde 800 201 920, entre as 9h00
e as 16h00;
– por carta, para a Av. da República,
59/59 A, 1050-189 Lisboa;
– por fax, para o número 217 935 480;
– na Internet, em www.isp.pt, ou por e-mail,
através do endereço consumidor@isp.pt.
• Se a reclamação for sobre valores mobi- Se, depois de esgotar todas as possibilida-
liários (fundos de investimento, acções, des de reclamação descritas nas páginas
obrigações, warrants) contacte o Gabinete anteriores, considerar que não foi devida-
do Investidor e Mediação (GIM) da Comis- mente ressarcido do prejuízo sofrido, ou se
são do Mercado de Valores Mobiliários. não lhe tiverem dado razão ou se, inclusiva-
Pode fazê-lo de várias formas: mente, a instituição não acatar a decisão,
– presencialmente, em Lisboa, na Av. Liber- pode sempre recorrer aos tribunais. Mas
dade, n.º 252, entre as 9h30 e as 17h00. trata-se de um procedimento lento, compli-
No Porto, na Rua Dr. Alfredo Magalhães, cado e dispendioso. Por isso, os tribunais
18 n.º 8, 5.º, entre as 9h30 e as 17h00; são sempre o último recurso, pelo que o
– telefonicamente, através da Linha Verde aconselhamos vivamente a esgotar primeiro
(800 205 339), entre as 9h30 e as 17h00 todas as vias extrajudiciais.
(chamada gratuita); Em princípio, só valerá a pena recorrer a
– Por carta, para a Av. Liberdade, n.º 252, este meio se a importância a reclamar for
1056-801 Lisboa, ou Rua Dr. Alfredo substancial ou se estiver isento do paga-
Magalhães, n.º 8, 5.º, 4000-061 Porto; mento das custas judiciais, devido aos
– Por fax, para os números 213 537 077 ou baixos rendimentos.
DINHEIRO SEGURO
Embora seja uma hipótese remota, existe indemnização será de 200 mil euros (100
sempre a possibilidade de a instituição mil euros para o Pedro e 100 mil euros para
a sua mulher), porque a conta tem dois
titulares. Por outro lado, caso o Pedro pos-
suísse outra conta nessa instituição, já não
teria direito a mais nenhuma indemnização,
porque iria exceder o limite de 100 mil euros
por instituição. Porém, se tivesse contas
noutros bancos em que sucedesse o
mesmo, poderia ter uma indemnização de
até 100 mil euros em cada uma delas.
2 Eu e a minha mulher somos
titulares de vários depósitos num banco,
perfazendo 50 mil euros. Que quantia
está coberta pelo Fundo de Garantia?
No caso de vários titulares, a importância
máxima garantida é calculada por titular e
entidade. Ou seja, neste caso, teriam garan-
tidos 25 mil euros por titular (até um máximo
de 200 mil euros, pois a garantia é multi-
plicada em cada instituição por número de
co-titulares, incluindo os menores de idade, máximo de 25 mil euros. O valor-limite é
que aí tenham as suas contas e depósitos). estabelecido por investidor e não por conta.
Por exemplo, numa conta com dois titula-
www.deco.proteste.pt/dinheiro
www.deco.proteste.pt