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ÍNDICE
Assunto Página
Figura 1
Figura 3
TÁBUA DE VAPOR
Um dos fatos irritantes para quem trabalha com vapor, é que nem sempre
temos à mão uma tabela completa de dados sobre o vapor. Em
consequência, diversos cálculos e estimativas não podem ser executados
na hora, perdendo-se com isso, tempo e dinheiro.
Nosso objetivo, é apresentar algumas fórmulas práticas, de onde voce
pode obter bàsicamente todas as outras variáveis, quando se conhece
qualquer uma delas.
Os valores obtidos não são perfeitamente exatos, mas plenamente
aceitáveis na prática, visto que a maioria das respostas apresentam, na
faixa de 103,4 kPa A (15 PSIA) a 1.620,3 kPa A (235 PSIA), um erro menor
que 2%.
A grande vantagem é que estas fórmulas podem ser manuseadas
fàcilmente por uma calculadora não muito sofisticada.
Onde os símbolos são:
P = Pressão absoluta em KPa
T = Temperatura em oC
Vg = Volume específico do vapor saturado em m3/kg
h = Entalpia em Gj/t
S = Entropia em Gj * t/ oK
F delta t = fator de super aquecimento
E os índices são:
TEMPERATURA:
------------
T = 31,599 * P^. 252
T = 116,29/Vg^. 26713
T = 9,6695 E- 54 * (1E3 * Hg)^ 16,051
T = (Hf * 1E3 - 7,45108)/ 4,186
PRESSÅO:
-------
P = (T/31,599) ^ (1/.252)
P = 176 * Vg ^ - 1,06
P = (Hg/2,49067) ^ (1/.0157)
P = ((Hf - 7,447E- 3) * 7,56)^( 1/.252)
VOLUME ESPECíFICO
-----------------
Vg = (116,29/T)^ (1/.26713)
Vg = (P/176)^(1/-1,06)
Vg = (Hg/2,7012707)^ (1/-.016642)
Vg = (.491337/Hf)^ (1/.267)
ENTALPIA DO VAPOR
-----------------
Hg = 2,00857 * T ^.0623
Hg = 2,49067 * P^.0157
Hg = 2,7012707 * Vg^- . 016642
Hg = 1 E- 3*((Hf-7,4447 E-3)/4,047758E-56)^.0623
ENTALPIA DA ÁGUA
----------------
Hf = 4,186E-3 *T + 7,45108 E-3
Hf = P^.252/7,56 + 7,447 E-3
Hf = .4913377 / Vg^.267
Hf = 4,047758E-56 * (1E3 * Hg)^(1/.0623) + 7,447E-3
Hfg = Hg - Hf
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F delta t = .5043 * (Ts.a. - Tsat.)/P
Eficiências:
O vapor d'água é gerado em equipamentos denominados caldeiras.
Portanto, conhecendo-se:
Mc = Massa de combustível
RE = Relação estequiométrica de combustão, ou seja relação teórica em kg
de ar por kg de combustível para uma combustão perfeita.
Podemos encontrar:
Mg = Massa total de gases de combustão.
Por exemplo:
Seja uma caldeira, queimando 1500 kg/h de óleo combustível, com
relação estequiométrica de 12,643 kg de ar/kg de óleo (óleo 3 A).
1o. caso:
Mg = 1500 *(1+12,643 * (1 + 0,0432 * 3)) = 22.922,3
(22922,3 - 1500) / 1500 = 14,281
14,281 - 12,643 = 1,638
1,638 * 1500 = 2457 Kg de ar inerte.
2o. caso
Mg = 1500 * (1+12,643 * (1+0,0432* 6)) = 25380,1
(25380,1 - 1500)/1500 = 15,92
15,92 - 12,643 = 3,277
3,277 * 1500 = 4915,5 Kg de ar inerte.
Sabendo-se que:
Q = Mg . C . t ; e
Q= calor contido nos gases de combustão.
C= Calor específico dos gases = 0,24 Kg cal/Kg oC
t = diferencial de temperatura entre os gases de combustão (temperatura
da chaminé) e o ar atmosférico = 180oC
H= poder calorífico do óleo combustível em kgcal/kg
Na caldeira estequiométrica:
No 2o. caso:
O excesso de O2, deve ficar em uma boa combustão, entre 1 e 3%, pois o
que queremos é gerar calor.
Figura 5
Seja:
Então:
Figura 6
Figura 7
1 - O Energético Básico:
a) Qual seu poder calorífico em por exemplo: Giga joule/ unidade padrão
b) Qual seu preço por unidade padrão
c) Quantas unidades padrão estamos consumindo por período de
funcionamento?
2 - Energético Auxiliar:
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Geralmente em um sistema gerador de vapor precisamos de:
- Iluminação
- Bombeamento
- Ar Comprimido
- Controle
- Aquecimento de combustível
- Desaeração da água de alimentação
- Outras atividades necessárias
3 - Água de Alimentação
4 - Tratamento Químico
GERAÇÅO DE VAPOR
Gerar vapor não significa apenas operar algumas caldeiras, mas gerenciar
um sistema que normalmente envolve muito dinheiro em sua empresa.
O que monitorar:
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÅO
-----------------------
Não há interesse algum em perder energia entre a geração e utilização do
vapor gerado. Mas quatro fenômenos interferem decisivamente neste
processo.
l- Condução Calorífica:
O calor tende a fluir através da matéria, assim como a corrente elétrica
flui através de um condutor.
Q = U * S* delta t
Onde:
Q = Quantidade ou fluxo de calor
U = l/R = Condutividade do material
S = Area envolvida na troca
Delta t = Diferencial de temperatura
Já que a temperatura de nosso vapor foi otimizada para nosso processo,
pouco podemos fazer pelo Delta t.
A área da tubulação que foi calculada para as necessidades de nosso
processo, não pode ser mudada, portanto a perda de energia na
transmissão e distribuição vai ser proporcional à condutividade térmica
das linhas, ou seja: ao seu isolamento.
Energia custa dinheiro, e isolamento também. Portanto é necessário um
estudo para sabermos até que ponto o isolamento será econômico e cada
processo tem suas particulares necessidades de isolamento. Use o bom
senso. O calor transmitido até a periferia da tubulação isolada ou não,
encontra outro meio: o ar atmosférico que é um bom isolante térmico. A
condução não mais funciona.
Ò partir deste ponto, entram em cena outros dois fenômenos:
Figura 8
OBSERVAÇÅO:
Geralmente na literatura usual V.P.Uc é considerado um único e
complexo fator Uc = fator de convexão. Como não podemos atuar nem no
Delta t nem na área da tubulação e muito menos na velocidade do vento,
sem falar na condutividade térmica do ar, a palavra chave, é a posição da
tubulação, pois P é mínimo para tubulações horizontais. Portanto as
tubulações devem ser sob o ponto de vista convexão, o mais horizontal
possível.
Figura 9
3 - Radiaçåo:
A energia acumulada em uma superfície, que não é drenada por convexão
ou condução, se transforma em Radiação infra-vermelha, e se propaga
pelo espaço à sua volta.
Onde:
Q = fluxo de calor
Sigma = Constante de Stephan Boltzmann
S = área de troca
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t1 = temperatura da superfície irradiante
t2 = temperatura do meio ambiente
Figura 10
4 - Perda de Carga:
Quando através do atrito do fluxo com a tubulação, o vapor perde
pressão, o excesso de energia não superaquece o vapor, mas
transforma-se em radiação infravermelha, e na velocidade da luz,
simulando um Delta t infinito, é transportado instantâneamente para
a periferia da tubulação, subsidiando as perdas por Radiação e
convexão.
Portanto, se após cada redução de pressão, não for introduzido um
aproveitamento de energia, isto representará uma perda irremediável.
VAZAMENTOS E PERDAS
-------------------
Vazamento:
Em um sistema complexo, por melhor que seja a manutenção, somente
com a participação ativa do usuário, pode-se reduzir os vazamentos a um
mínimo. Eles sempre existirão. Aparecem despretenciosamente numa
flange, numa união, numa gaxeta e crescem. Quanto mais cedo forem
detectados, mais facilmente são sanados.
As fórmulas abaixo, nos dão uma idéia dos prejuízos que causam.
a. Para pressões inferiores a 207 kpa (30psig)
Q = (.0174P + .3088) *.S
Onde:
Q = Massa de vapor em kg/h
P = Pressão do vapor na tubulação, em kpa
S = Area do vazamento em mm
Q = 2,591. e (0,01849 . L)
Onde:
Q = Massa de vapor em kg/h
L = Comprimento do jato em cm
Figura 12
Q = q x 60
------
c1 x m
Onde:
q = Energia necessária para o aquecimento kcal/h
c1 = Calor latente do vapor kcal/kg
m = Tempo em minutos
Usualmente emprega-se o fator 3 sobre o resultado Q, para garantir o
fluxo eficiente de drenagem quando a linha é aquecida em tempo menor
que o especificado.
Perdas por Radiaçåo:
Uma vez que a tubulação seja aquecida, o calor continuará a ser perdido
por Radiação. O consumo de vapor dependerá da área irradiante, da
eficiência do isolamento e da temperatura do vapor. A fórmula abaixo
mostra esta relação:
q = Sigma x S x T4 Onde:
q = Energia irradiada kcal/h
Sigma = Constante Stefan Bolzman = 4,87x10-8 kcal/m2xT4 xh
T = Temperatura absoluta oK = oC + 273
S = Area irradiante m2
Se a tubulação é flangeada, cada par de flanges terá aproximadamente a
mesma superfície de troca correspondente a 0,6m de tubo do mesmo
diâmetro. A tubulação, normalmente é isolada, e será uma vantagem
óbvia, se os flanges também o forem. O efeito do isolamento térmico na
perda de calor dependerá do tipo e da espessura do isolante e de suas
condições gerais.
Para a maioria dos casos práticos, pode ser considerado que o isolamento
das linhas de vapor reduzirá as perdas de calor para um valor de 22% em
comparação com uma linha não isolada. Para o cálculo mais preciso das
perdas por emissão das tubulações, deve-se utilizar o fator de correção,
devido à convecção provocada pela velocidade do vento, Fc.
Fc2 = 0,509V - 0,813
Onde:
Fc = Fator de correção
V = Velocidade do vento em km/h
(considerar Fc = 1 quando V < 5,5 km/h)
Então:
qi = q x Fc
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Onde:
q = Energia irradiada
Fc = Fator de correção devido velocidade do vento
qi = Energia real irradiada
Para exemplo de cálculo, 10m de tubulação de 4", sob um vento de
6km/h (1,66m/s), com vapor a 200psi, (197oC) irradia:
Sigma = T x S x T4 x Fc =
4,87 x 10-8 x 3,59 x 4,879 x 1010 x 1,497 = 12.771,310 kcal/h
UTILIZAÇÃO DO VAPOR
-------------------
Condução térmica. é a propriedade que tem os materiais, de permitirem a
passagem de um fluxo de calor, através de si.
Por exemplo: Todos sabem que em uma panela de alumínio, o calor flui da
chama para os alimentos que estão sendo cozidos, através do metal.
Chamamos condutância térmica, a condução específica de um material,
isto é: o fluxo de calor que atravessa este material, em uma unidade de
tempo, por unidade de área, quando sujeito a um grau de diferencial de
temperatura.
A condutância térmica é uma propriedade física, e cada material tem a
sua.
Por exemplo: O calor não passa tão facilmente através de um tijolo,
quanto através de uma chapa de aluminio.
Chamamos de resistência térmica, o inverso da condutância, isto é, a
dificuldade que uma unidade de área de um material opõe a um fluxo de
calor, através de si, em uma unidade de tempo, quando sujeito a um grau
de diferencial de temperatura.
No exemplo acima, podemos dizer que o tijolo tem uma resistência térmica
maior que a do alumínio. Ou então: que o tijolo tem uma condutância
térmica menor que a do alumínio.
Estes conceitos são importantes, principalmente quando mais de um
modo de tranferência de calor ou mais de um material estão envolvidos na
troca térmica.
Quando mais de um modo de transferência de calor, ocorrem simultânea
e independentemente, tais como: Radiação e convecção, a condutância
final combinada é a soma das condutâncias individuais.
Neste caso, o calor "vaza" através do corpo que o contém, assim como um
líquido vazaria de um recipiente que o contém, se o recipiente tivesse
furos independentes.
Portanto, podemos dizer que quando mais de um modo de transferência
de calor, ocorrem simultânea e independentemente, as condutâncias
estão em paralelo.
Portanto:
k/l = kcal/m2 x h x oC, que é unidade de condutância.
Quando levamos vapor d'água, a qualquer ponto de um processo para
aquecimento indireto, temos a condição mostrada na figura 13 abaixo.
Figura 13
Estas duas películas, sem dúvida alguma, são os maiores problemas para
um bom sistema trocador de calor, pois ambas sempre ocorrem em cada
unidade ou equipamento aquecido a vapor e continuarão ocorrendo, a não
ser que alguma coisa seja feita a respeito, temos que reduzir ao nível
mínimo possível a espessura das películas nas superfícies de
condensação.
A primeira pergunta seria:
- De onde vem o ar?
- O ar ocupa todo o espaço do sistema de vapor, quando este não está em
operação. E também é admitido no sistema juntamente com a água de
alimentação das caldeiras.
Quando o vapor é ligado, e o ar não tendo por onde sair rapidamente se
mistura com o vapor.
Como o ar está a uma temperatura mais baixa que o vapor, e o calor
latente do vapor é energia que é cedida instantaneamente, o vapor aquece
o ar e a mistura tem uma temperatura resultante menor que a do vapor.
Se lembrarmos que desde que o vapor sai da caldeira, ele começa a trocar
calor, isto é, a ceder seu calor latente às tubulações, podemos ver que
desde que o vapor sai da caldeira, o condensado começa a ser formado, e
arrastado pelo fluxo de vapor para as áreas de utilização.
Também nas caldeiras sub dimensionadas ou quando opera em picos, o
fluxo do vapor arrasta gotículas de água.
A fração de vapor puro ou sem umidade, contida em cada quilo de vapor é
chamada "título", por exemplo, se o vapor contiver 5% de umidade diz-se
que ele tem um título de 0,95, ou 95%.
A umidade no vapor significa que ele tem a quantidade prevista de calor
sensível, porém tem escassez de calor latente. E o que nos interessa no
vapor, é seu calor latente.
Portanto nosso problema se resumo em tres partes:
1. Termos ceteza de estarmos fornecendo vapor o mais seco possível.
2. Evitarmos que o condensado formado no percurso, entre nos
equipamentos trocadores de calor.
3. Drenarmos o máximo possível do condensado que se forma dentro dos
equipamentos trocadores de calor.
E como podemos nos livrar tanto do ar quanto do condensado?
Figura 14
Onde:
q = quantidade de calor perdida pelo fluido em kcal;
k12 = condutividade térmica do isolante em kcal x mm
----------
dm2 x oCxh
S = área externa do tubo = área interna do isolante em dm2
t2 = temperatura externa do tubo=temperatura do fluido em
oC
t1 = temperatura externa do isolante=temperatura ambiente
em oC
do = diâmetro externo do isolante
di = diâmetro interno do isolante
Particularizando para nossas condições, vamos convencionar:
1. Isolamento de lã de vidro, de 38,1 mm de espessura com
condutividade térmica k12 = 1,2025 kcal x mm/dm2 x oC x h
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2. Temperatura ambiente média em P.C. = 21oC = t1
3. Pressão do vapor = 1294 kpa abs (175 psig) o que implica:
t2 = 192oC
4. Comprimento unitário da tubulação = 10m = 100 dm
Portanto temos:
2 x k12 = 2,405
di di
S = Pi --- x l = Pi --- x 100 = Pid1 -- S(dm2) = Pix d1
100 100
Delta t = t2 - t1 = 192 - 21 = 171
q 11291 di 2,737 di
W = ---- = ------------------------= ----------------
hfg di+76,2 di+76,2
472x(di+76,2)ln -------- (di+76,2)ln-----
di di
Caso seja necessário corrigir a carga de condensado para vapor em outra
pressão, que não seja 1294 kpa abs, usar o fator de correção obtido pela
seguinte fórmula:
Fa = 0,0005P + 0,4
Onde:
Fa = fator de correção
P = pressão absoluta do vapor gerador do condensado em kpa
Então, para qualquer pressão entre 103,4 kpa abs (15 PSIA) e 1630 kpa
abs (235 PSIA) a carga horária de condensado a cada 10m de tubulação,
será:
2,737 di
W = FC . -------------------------
di+76,2
(di+76,2) ln ---------
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di
Por exemplo:
Qual será a carga horária de condensado produzida por 50m de
tubulação de 152,4 mm (6") isolada, transportando vapor à 294 kpa abs
(30PSIG) ?
Fc = 0,005 x 294 + 0,4 + 0,547
di = 152,4 mm
l = 50 + 10 + 5
Então:
2,737 x 152,4
W = 0,547 x --------------------------- x 5 = 12,308 kg/h
152,4+76,2
(152,4+76,2) ln=----------
152,4
Observação:
O par de flanges isolado equivale a 0,6 m de tubulação. Uma válvula
isolada equivale a 3m de tubulação.
Exemplo 2: Traço de Vapor-Conceito e Formação de Condensado Nas
Linhas.
A finalidade do traço de vapor é repor o calor perdido durante o trajeto
pelas linhas isoladas, que transportam fluidos viscosos tais como: pixe,
óleo combustível, etc.
Vejamos qual mecanismo de troca de calor predomina na ação de um
traço de vapor:
Como o conjunto linha de fluido e traço de vapor é isolado externamente,
no seu ponto de equilíbrio térmico, as temperaturas do ar preso dentro do
isolamento e das paredes externas dos tubos são praticamente as
mesmas, portanto, a Radiação que depende da quarta potência do
diferencial de temperatura é desprezível.
Figura 15
A formaçåo de condensado em uma linha de traço de vapor se dará devido
a perda de calor Q, cujos componentes q1 e q2 são:
q1 = energia perdida através da isolação para o meio
ambiente;
q2 = energia fornecida para a tubulação de fluido viscoso,
através de convecção natural.
Fisicamente temos:
a) 1292 d1
q1 = ------------------------
di + 76,2
(di + 76,2) ln ---------
di
Onde:
di = diâmetro interno do isolamento em mm.
b) q2 = Uc.S.Delta t
Onde:
UC = C (delta t) 1/3 = condutância do filme de convecção
natural em kcal 1/m2 x h x oC.
C = coeficiente de forma = 1,069128 para tubulação
horizontal (A dimensional).
Delta t = t2 - t1
t2 = temperatura do traço de vapor em oC
t1 = temperatura do fluido viscoso em oC
S = área da superfície de convecção = área externa da
tubulação do fluido viscoso = Pi d l em m2
Consideremos por exemplo as seguintes condições:
1) Traço de vapor em linha de aço carbono, Sch 40,
Diâmetro interno = 19,05 mm
1292 x 163,45
q1 = --------------------- = 2.302,729 kcal/h
239,65
239,65 x ln ------
163,45
q2= [1,069128 x (192-70)1/3] x (Pi x 113,60 x 10) x (192-70)
------
1000
= 2.308,719
q2 = 2.308,719 kcal/h
Q = q1 + q2 = 2.302,729 + 2.308,719 = 4.611,448 kcal/h
A formaçåo de condensado será:
Q 4.611,448
W = --- = ---------- = 9,77 kg/h x 10m
hfg 472
Isto é: Em nosso exemplo, uma linha de traço de vapor produz em
média 9,77 kg de condensado por hora, a cada 10 metros de
tubulação.
VAPOR - DISTRIBUIÇÅO
--------------------
Entre o produtor (caldeiras) e o consumidor final, existe o sistema de
distribuição; o investimento feito na produção e utilização eficiente de
vapor poderá ser desperdiçado se o sistema de distribuição não fizer com
que o vapor atinja seu objetivo a uma dada pressão livre de ar seco, e em
quantidade suficiente.
Pelo já visto uma tubulação deve ter:
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l - Diâmetro Conveniente:
Pois um diâmetro menor que o ideal, se subdimensionado, teremos
velocidade elevada, erosão da tubulação e perda de carga excessiva.
Se a tubulação for superdimensionada, teremos uma elevação
considerável do custo da instalação, além de uma perda maior para o
ambiente devido ao aumento excessivo da área. Voltaremos a este assunto
mais adiante no dimensionamento.
2 - Drenagem do Condensado:
Em qualquer sistema de distribuição de vapor saturado sempre haverá a
condensação, provocada pela dissipação feita ao meio ambiente; que fará
parte do vapor a retornar à condição de líquido saturado.
É necessário então a retirada do condensado, para facilitar a sua saída,
teremos que no projeto de instalação considerar uma inclinaçåo de
tubulação de no mínimo 1% no sentido do fluxo.
Os pontos de drenagem deverão ser instalados estratégicamente ao longo
da tubulação, como por exemplo, todos os pontos baixos.
Além da localizaçåo anteriormente falada os pontos de drenagem deverão
ter coletores com diâmetro aproximadamente igual ao da tubulação a ser
drenada; ou mesmo a instalação de um "tê" do mesmo diâmetro da
tubulação
Figura 26
.
Figura 27
Purgadores
Como vimos anteriormente a escolha dos purgadores deve ser criteriosa,
devendo levar em consideração, eventuais golpes de ariete. Sua
capacidade deve ser dimensionada para a fase de aquecimento da
tubulação onde haverá em média cerca de 3 vezes a razão normal de
trabalho.
Dilatação da tubulação
As tubulações são instaladas à frio e irão, evidentemente, se expandir
sempre que aquecida. A expansão de um tubo padrão de 6 m será 0,39
mm/oC de temperatura diferencial (t1 - t0), sendo:
t1 = temperatura final e t0 = temperatura inicial do tubo
Figura 11 da apostila
a) Contôrno
É simplesmente uma volta completa na tubulação e deve ser instalada
sempre no plano horizontal com a entrada do vapor sempre no plano
superior do contorno. Este tipo de junta não poderá ser instalada quando
a pressão for muito alta, pois a pressão faz com que a curva tenda-se a
abrir provocando tensões nas conexões adjacentes.
b)Viras ou ferraduras
Figura 29
Neste caso não teremos tensões nas flanges, devem ser instaladas no
plano horizontal, e o raio deverá ter pelo menos 6 vezes o diâmetro.
c) Juntas
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São frequentemente aplicadas pois ocupam um espaço muito pequeno, é
absolutamente necessário que a tubulação esteja ancorada entre 2 juntas
e que seja calculada a expansão máxima que a junta terá que absorver.
Figura 8 pg 12 da Apostila
Ancoragem:
A ancoragem entre juntas de expansão é essencial para forçá-las a
trabalhar, é necessário sempre soldar braçadeiras para fixação da
tubulação a ser ancorada; e uní-la rígidamente ao suporte, fazendo com
que a tubulação possa se expandir na direção das juntas.
Figura 12 da apostila
O Ar
Já vimos que para qualquer pressão dada, uma mistura de vapor e água
estará sempre a uma temperatura inferior à do vapor saturado, assim
uma mediçåo de pressão somente não nos dá indicação da existência do
ar, mas medindo a temperatura podemos ter uma idéia se existe ar na
linha. O ar penetra na tubulação, ou por estar dissolvido na água de
alimentação da caldeira, ou quando a tubulação é desligada o ar preenche
o espaço deixado pelo vapor.
A maior parte das instalações tem funcionamento intermitente, sendo
desligado ou à noite ou nos fins de semana, sendo necessário um sistema
eficiente de eliminação de ar. Quando a instalação tem regime contínuo,
isto só se aplica uma vez por ano, após a parada para manutenção.
Quando existe ar na tubulação o aquecimento é demorado, e teremos aí
uma ou duas horas de desperdício de combustível não produtivo. Levando
em consideração como já vimos que o ar é um ótimo isolante térmico a
troca será muito reduzida. Assim sendo para funcionamento intermitente
da instalação são necessários os eliminadores de ar automáticos.
Umidade do Vapor
Normalmente nos cálculos, e toda referência ao vapor, fazemos referencia
ao vapor saturado seco, sem umidade. Vimos que pela dissipação do calor
pelas tubulações haverá condensação; mas na realidade o vapor na saída
das caldeiras normais é úmido. E quão úmido é este vapor dependerá do
nível da caldeira, efeito do pico de carga, quantidade de sólidos em
suspensão, etc. Um destes fatores ou a combinação destes irá influir na
qualidade do vapor.
Testes efetuados pela Associação Britânica de Pesquisa Ò Utilização de
Carvão indicaram que:
Uma caldeira operando com água contendo 2000 ppm de sólidos fornece
vapor 95% mais seco. Então aumentando conteúdo de sólidos em
suspensão da água para 3000 ppm através de superdosagem no
tratamento d'água, a qualidade do vapor cairá para 65% seco, isto é, a
Figura 16 pg. 15
Isolamento Térmico
Como já vimos anteriormente o isolamento térmico deve ser bem
dimensionado, ou seja econômico, pois um isolamento subdimensionado
acarretará um grande aumento no consumo de combustível para manter
a demanda, e o rendimento do sistema cairá drásticamente.
Um isolante térmico nada mais é que um material com milhares de
células microscópicas de ar, dentro de um material que suporte a
Onde:
V = Velocidade Real (m/s
Y = Velocidade referida a um volume específico de
1m3/kg (m/s) dado na tabela 2
Vg = volume específico real (m3/kg) dado pela
pressão desejada, na tabela de vapor ou
fórmula de volume específico, ou na tabela 3 onde
podemos encontrá-lo.
Exemplo:
Dimensionar uma tubulação de vapor saturado onde a pressão inicial é de
10 kg/cm2 e uma vazåo de 500 kg/h de vapor e pressão final de
9,5kg/cm2. O comprimento real da linha será de 110m e no trajeto
teremos 6 curvas 90o; 1 filtro em Y e 2 válvulas gaveta.
Solução:
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40
Apesar de termos as conexões que iremos utilizar não sabemos ainda o
diâmetro da tubulação, por isso faremos uma aproximação utilizando um
comprimento equivalente 20% maior que o real para obtermos uma 1a.
aproximação.
Temos a pressão inicial Pi = 10 kg/cm2 e a pressão final P2 = 9,5kg/cm2
utilizando a tabela n. 3 obtemos os fatores de pressão correspondentes.
Tabela 3
Pi = 10 kg/cm2 fp1 = 17950
P2 = 9,5 kg/cm2 fp2 = 16425
Calculamos a velocidade, para isso temos que a pressão média será 9,75
kg/cm2 (tabela 3) Vg = 0,1855 m3/kg. Procuramos Y na tabela 2 = 95
para F = 11,5 = tubo diâmetro 2". Assim:
V = Y x Vg = 9,5 x 0,1855 = 17,62 m/seg.
A velocidade média do tubo será 17,62 m/seg.
Exemplo 2:
Necessitamos avaliar a capacidade máxima de fornecimento de vapor
saturado de uma linha instalada de diâmetro 3" na qual o comprimento
equivalente já calculado é de 220 m; sabe-se que a pressão inicial é de
Dados:
Pressão inicial = 7,5 kg/cm2
Pressão final desejada = 7 kg/cm2
Vazåo = ?
Comprimento da Linha L = 220 m (tabela 3)
P1 = 7,5 kg/cm2 - fp1 = 10915
P2 = 7,0 kg/cm 2 - fp2 = 9700
10915 - 9700
F = ------------ = 5,52
220
Na tabela 2 encontramos o F = 5,25 o mais próximo inferior, como
sabemos que a tubulação é de diâmetro 3" encontramos no vértice dos 2
ordenados horizontal F e vertical diâmetro o X correspondente.
X = 1460 kg/h
A vazåo máxima que esta tubulação será 1460 kg/h.
Verificamos agora a velocidade.
Da tabela 2 Y = 79
e 7,3 kg/cm2
V x Y x Vg = 79 x 0,24 = 18,96 m/seg.
Pressão ou tensão: Como dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no
espaço, o acúmulo de partículas (matéria) em um ambiente confinado, gera um
campo repulsivo entre estas partículas (moléculas), campo este, cujo efeito
sobre as paredes do continente que as mantém confinadas, normalmente
denominamos de pressão ou tensão média resultante.
Por exemplo:
Um bombeamento normal de água é: Não A, não B, sim C, sim D.
A corrente elétrica é considerada: Não A, não B, não C, não D.
escoamento da família
0,94
do fluido):
Considerando que os 0,92
0,6 1,4 2,2 3 3,8 4,6 5,4 6,2 7 7,8 8,6 9,4 10,2 11 11,8 12,6 13,4 14,2
campos interferentes cp = Viscosidade Função Medição de campo
modificarão as
trajetórias das linhas de força do campo principal (propelente), através da seção
plana ortogonal do condutor, podemos dizer que o fator total proporcional
inverso da resistência acontece na dimensão fractal da família do fluido em
questão.
Portanto, o valor da resistência pode ser descrito pela seguinte equação:
Portanto:
P = R . Qa . Tb . Pc
= f(r) / (f() . (L1/ d1k + L2/ d2k + ..... + Ln/ dnk) R = R1 + R2 + ..... + Rn
Então:
Ou:
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(P/(Tb.Pc))(1/a).1/R(1/a) = (P/(Tb.Pc))(1/a) . (1/R1(1/a) +1/R2(1/a) +......+1/Rn(1/a))
Ou ainda:
1/R(1/a) =1/R1(1/a) +1/R2(1/a) +......+1/Rn(1/a)
COMPRIMENTO EQUIVALENTE:
CIRCUITOS EQUIVALENTES:
P = T b . P c. R . Q a + H . e ; Ou :
P = F . R . Q a + H . e
onde:
kPa . m3 / h = kN / m2 . m3 / h = kN . m / h = kJ / h.
E: kJ / (h . 3600) = kW.
Portanto:
kW = Q . P / 3600 = Q . (F . R . Qa + H . e) / 3600
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kW = (F . R . Q(a+1) + Q . H . e) / 3600
OU:
GERADORES DE FLUXO:
Uma bomba centrífuga, um blower ou uma queda d’água são geradores físicos
de pressão diferencial constante.
Bombas:
Bomba de engrenagens:
Bombas centrífugas:
W = kW
V = Volts
I = Amperes
cos = fator de potência
P = A.Qa + B . Q + C onde:
Fatores Líquidos Vapores Gases
a 1,850304 1,95 1,89698
C = Componente estática da pressão (pressão de shut-off) =
. ² . (r2² - r1²) / 2 . g
Aceleração angular
r= Raio interior do rotor
r= Raio exterior do rotor
g = Aceleração da gravidade
B = Componente cinemática da pressão: depende de fatores construtivos e atg
(b-90) = 2
2 = Ângulo formado pelo prolongamento das pás do rotor com a tangente ao
rotor no ponto de saída das pás.
a = expoente inercial interferente dimensional
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A = Representação da resistência interna do dispositivo ao fluxo do fluido que
o atravessa (fator dinâmico da pressão) =
- . L / ((1,0046719 - 0,031173.Ln()).d) 4,854741
L = Comprimento virtual do dispositivo centrífugo
Resistividade interna do dispositivo centrífugo
d Diâmetro nominal da tubulação de descarga do dispositivo centrífugo
Viscosidade do fluido
Observe que em uma medição prática os três fatores já vem multiplicados por
“”, ou seja:
A.Q a B.
P = (A’ . Q a + B’ . Q + C’ )
A'.Q a B'
WUTIL = (A . Q (1 + a) + B . Q2 + C . Q) / 3600
Whidr. = (B . Q2 + C . Q) / 3600
3.V .I .cos
WTOT W
1000
e: hidr = WUTIL / Whidr.
mec. = Whidr. / WTOT .
TOT = WUTIL / WTOT .
No ponto de equilíbrio:
P (kPa) = (R . Q a + 9,807 . h) = A . Q a + B . Q + C
P1 = A . Q1a + B . Q1 + C
P2 = A . Q2a + B . Q2 + C
P3 = A . Q3a + B . Q3 + C
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Então:
C P1 A . Q1 B . Q1
a
P2 = A . Q2a + B . Q2 + P1 – A . Q1a – B . Q1
P2 - P1 – A . (Q2a - Q1a) = B . (Q2 - Q1)
( P P ) A . (Q2 Q1 )
a a
B 2 1
(Q2 Q1 )
P3 = A . Q3a + B . Q3 + P1 – A . Q1a – B . Q1
P3 = A . (Q3a - Q1a) + B . (Q3 - Q1) + P1
(P3 - P1) = A . (Q3a - Q1a) + B . (Q3 - Q1)
(P3 - P1) = A . (Q3a - Q1a) + ((P2 - P1 – A . (Q2a - Q1a)) / (Q2 – Q1)
(P3-P1).(Q2–Q1) = (P2-P1).(Q3–Q1)+ A.(Q3a-Q1a).(Q2–Q1)-A.
.(Q2a–Q1a).(Q3–Q1)
(P3-P1).(Q2–Q1)-(P2-P1).(Q3–Q1) =
A.((Q3a-Q1a).(Q2–Q1)-(Q2a–Q1a).(Q3–Q1))
( P3 P1 ) . (Q2 Q1 ) ( P2 P1 ) . (Q3 Q1 )
A
(Q3 Q1 ) . (Q2 Q1 ) (Q2 Q1 ) . (Q3 Q1 )
a a a a
Onde o expoente:
a = expoente inercial interferente dimensional, conforme tabela acima
PFCP