O documento descreve uma dinâmica realizada em uma aula sobre motivação no Cefet/MG. Os alunos simularam um processo de produção divididos em grupos e as mulheres foram mais rápidas. O texto analisa a motivação dos alunos envolvidos baseado em seis teorias motivacionais como a de Maslow, Herzberg e Skinner.
O documento descreve uma dinâmica realizada em uma aula sobre motivação no Cefet/MG. Os alunos simularam um processo de produção divididos em grupos e as mulheres foram mais rápidas. O texto analisa a motivação dos alunos envolvidos baseado em seis teorias motivacionais como a de Maslow, Herzberg e Skinner.
O documento descreve uma dinâmica realizada em uma aula sobre motivação no Cefet/MG. Os alunos simularam um processo de produção divididos em grupos e as mulheres foram mais rápidas. O texto analisa a motivação dos alunos envolvidos baseado em seis teorias motivacionais como a de Maslow, Herzberg e Skinner.
A motivao como alimento para o crebro, voc no pode ter o suficiente em uma refeio. A motivao precisa de recargas contnuas e regulares para nutrir a fundo e transformar um ser humano em um vencedor. (Peter Davies)
Em atividade realizada na ltima quinta-feira (15/05/2014) na disciplina Introduo Administrao, ministrada pelo professor Uajar Arajo, no Cefet/MG, simulamos o funcionamento de uma empresa, a partir de uma dinmica sobre o processo de produo. Nesse sentido, o presente trabalho se prope a avaliar o porqu da motivao apresentada pelos alunos envolvidos na aula em questo. A motivao, palavra derivada do Latin movere, um processo psicolgico que determina a inteno (predisposio), a direo e a persistncia do comportamento. O que caracteriza a motivao que ela um fenmeno individual, tem um carter intencional e multifacetada (necessidades, motivos e incentivo). a partir desse conceito que iremos analisar a dinmica supracitada. No primeiro momento da dinmica a turma foi dividida em dois grupos: Mulheres e Homens. O professor selecionou quatro mulheres, para supervisionarem o servio dado aos alunos (operadores): assinar o nome completo no menor tempo possvel de cinco em cinco folhas. Alm de separar abastecedores, que deveriam passar as folhas, para a execuo da tarefa, dois controladores de qualidade, que avaliaram a qualidade/tempo do trabalho executado o tempo, e ainda, um controlador de produto, que deveria avisar quando o nmero de folhas assinadas chegou a 35. Ao final, os alunos que tinham mais folhas em sua mesa, foram considerados gargalos, e percebemos que foram eles que definiram o tempo da dinmica. As mulheres foram mais rpidas, e portanto tiveram o melhor resultado. Apenas os operadores que venceram permaneceram na dinmica, enquanto os todos os outros envolvidos no processo foram demitidos. Assim, o processo mudou e ao invs de recebermos as folhas que eram empurradas, passamos a pux-las do colega do lado. O processo foi finalizado. O quadro com o resultado final segue abaixo:
(Esquema de representao baseado no quadro realizado pelo professor Uajar):
Sabe-se que no existe comportamento ou realizao de algum objetivo, sem uma motivao. Isso demonstra que a dinmica acima descrita s se tornou realizvel porque todos os alunos envolvidos tinham alguma motivao pequena/grande, consciente/inconsciente. Diversos autores j se dispuseram a explicar as causas da motivao humana. Assim sendo, selecionamos algumas teorias que nos ajudam a compreender a Teoria da Motivao:
1. Modelo de Frederick Taylor Para Taylor o homem preguioso e no gosta de trabalhar. A motivao dada mediante incentivos salariais. No ambiente acadmico os principais pressupostos da motivao esto em efeito cascata e podem variar de aluno para aluno, a saber: 1. Aprender; 2. Receber pontos das atividades realizadas; 3.Passar na matria realizada; 4. Se formar. No momento em que um professor solicita a realizao de uma atividade podem aparecer o desejo de aprender, o desejo de ganho (pontos), e ainda a realizao pessoal de cada sujeito. Assim, seguindo o modelo de Taylor poderamos inferir que a atividade foi realizada visando a aquisio de pontos.
2. Teoria de Skinner: A Teoria de Skinner tem como palavra chave o comportamento. Segundo o psiclogo, a aprendizagem concentra-se na capacidade de estimular ou reprimir comportamentos, desejveis ou indesejveis. De acordo com Skinner, deve-se passar antes pela repetio mecnica de um determinado trabalho, que leva memorizao e essa ao aprendizado deste. Na dinmica apresentada, percebemos que os atos de repetio mecnica culminaram na concluso do trabalho em menor tempo. A observao das condies de controle (ritmo da execuo da atividade) foi um fator que gerou o estmulo para a realizao da atividade com mais agilidade. A mudana na atitude da pessoa responsvel por ditar o ritmo (mudana na execuo do trabalho para evitar acmulo), gerou um novo comportamento, outro ponto defendido por Skinner dentro da Teoria Motivacional. Segundo Skinner, o estudo da teoria est no interesse em compreender o comportamento humano, no em manipul-lo. O terico defende tambm que todo comportamento fruto de um condicionamento, e que, assim, no existem habilidades inatas nos organismos.
3. Teoria comportamental ou Behaviorismo: Teoria que se apresenta mediante a programao de estmulos. A cada estmulo so produzidos comportamentos diferentes: estmulo = resposta. Uma das possveis razes de nossa motivao poderia estar na possibilidade de ganhar: ganhar dos adversrios, ganhar reconhecimento, ganhar pontos, ganhar em rapidez, e at mesmo ganhar do sexo oposto, j que a dinmica se realizou com mulheres X homens.
4. Teoria de Kurt Lewin: Kurt Lewin j se referia, nos anos 1930, ao peso da motivao para o comportamento social. De acordo com o autor, a motivao determinada em grande parte pela influncia do meio sobre o individuo. Lewin criou a teoria de campo fundamentada em 2 (duas) suposies: na primeira, o comportamento das pessoas resulta de um conjunto de fatores que coexistem no ambiente em que essa pessoa desenvolve a sua atividade, conjunto de fatores este que inclui a famlia, a profisso, o trabalho, a poltica, a religio, etc., e, na segunda, os fatos coexistentes resultam no campo dinmico onde cada um de seus componentes so interdependentes, a que Lewin chama campo psicolgico (que desta forma constitui o prprio espao de vida do indivduo, definindo a forma como este percebe e interpreta o ambiente externo que o rodeia). A interpretao subjetiva que cada pessoa faz acerca das outras pessoas, das coisas e dos fenmenos que em cada momento constituem o seu ambiente traduzem-se em valncias, isto , tomam um determinado valor. Esta teoria derivada da Teoria da Gestalt, que aquela que afirma que no se pode ter conhecimento do todo atravs das partes, e sim das partes atravs do todo. Pensando na dinmica realizada, para se chegar ao resultado esperado (confeco de 35 documentos pelos alunos) percebe-se a interdependncia entre os componentes do grupo produtor, a fim de que consigam realizar o intento e, cada um desses produtores, trouxe para o processo de produo toda a sua bagagem psicolgica, emocional, familiar, poltica, profissional, etc.
5. Teoria de Maslow: Segundo o modelo de Maslow, as necessidades das pessoas so agrupadas em cinco categorias de acordo com a organizao prioritria do ser humano, so elas: fisiolgicas, de segurana, sociais, estima e de realizao pessoal. Segundo Maslow, os dois primeiros nveis de necessidade fisiolgico, segurana - so as necessidades primrias e os restantes constituem as necessidades secundrias dos indivduos. Assim, para Maslow, as necessidades no satisfeitas so as motivadoras principais do comportamento humano, havendo precedncia das necessidades mais bsicas (primrias) sobre as secundrias. Dessa forma, de acordo com essa teoria, quando as necessidades de um nvel esto satisfeitas, automaticamente surgem as necessidades de nvel superior no indivduo, deixando as de nvel inferior de serem motivadoras, ou seja, a transferncia de um nvel para o outro s acontece mediante a satisfao no nvel inferior rigidez hierrquica. Dessa forma, na dinmica proposta na sala de aula, as necessidades fisiolgicas, de segurana e sociais estavam satisfeitas, da a necessidade de estima passou a ser a motivadora. Assim, ao dividir a sala por gnero sexual, automaticamente surgiu uma competio entre os homens e as mulheres, o que gerou uma necessidade de auto- estima, confiana, conquista, respeito dos outros, por parte do sexo vencedor. O objetivo dos indivduos era vencer o jogo proposto na dinmica e satisfazer a necessidade de provar que um sexo era superior ao outro. No caso, as mulheres venceram e por isso foram consideradas mais eficientes que os homens, dentro do contexto da dinmica realizada.
6. Teoria dos Dois Fatores (Hezberg) Herzberg defendia que deveriam ser distinguidos os conceitos de motivao e de satisfao, j que so necessidades diferentes que orientam o comportamento das pessoas. De acordo com essa teoria, as necessidades motivadoras esto relacionadas com o contedo do cargo e com a natureza das tarefas executadas pelas pessoas. Assim, essa necessidade: est sob controle do indivduo; envolve sentimentos de crescimento individual, de reconhecimento profissional; de auto-realizao, e depende das tarefas que o indivduo realiza no seu trabalho. Dessa forma, quando os efeitos da necessidade motivadora timo, ela provoca satisfao nas pessoas dando origem a motivao, em contrapartida quando os efeitos so precrios, ela evita a satisfao. As necessidades externas localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem, por exemplo as condies de trabalho: salrio, benefcios sociais, tipo de chefia, condies de trabalho, polticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e funcionrios, regulamentos internos, etc. Dessa forma, segundo Herzberg, as necessidades externas evitam a insatisfao, mas no provocam a satisfao, logo no conduzem motivao.
Fatores motivacionais Fatores externos Sentimento de realizao Relao com o chefe Reconhecimento Relao com os colegas Trabalho variado e desafiante Superviso tcnica Desenvolvimento pessoal Condies de trabalho
Para Herzberg, a nica forma de motivar um indivduo, para realizar uma atividade com satisfao, seria atravs do enriquecimento da tarefa que pode ser conseguido na medida em que permite-se aos trabalhadores: definir seus prprios prazos de execuo do trabalho; decidir como fazer a tarefa; verificar a qualidade da atividade; e adquirir novos conhecimentos. Na execuo da dinmica, dois momentos foram apresentados. Um, na produo empurrada, com mais atores, no qual a equipe de produo recebia presso do incio ao fim do processo de produo (por parte do abastecedor, dos controles de qualidade e de produo), e o outro momento, na produo puxada, em que a presso vinha apenas do cliente. Ao observar de fora o segundo momento, conseguimos perceber que a atividade do grupo ficou menos opressiva e a produo mais rpida.
7. Teoria da Expectativa de Vroom A Teoria da Expectativa ou a Teoria do Modelo Contingencial de Motivao, criada pelo psiclogo Victor Vroom, uma das muitas teorias que procuram explicar as motivaes humanas. Tal teoria assim chamada porque enfatiza as diferenas entre as pessoas e entre os cargos. O nvel de motivao de uma pessoa contingente sob duas foras que atuam numa situao de trabalho: as diferenas individuais e as maneiras de operacionaliz-las. A teoria de Vroom uma teoria da motivao e no do comportamento. Segundo Vroom, o processo de motivao deve ser explicado em funo dos objetivos e das escolhas de cada pessoa e das suas expectativas em atingir esses mesmos objetivos. De uma forma sinttica, Vroom defende que a fora da motivao(M) de determinada pessoa corresponde ao produto do valor previsto por si atribudo a um objetivo (V=Valncia) pela probabilidade de alcanar esse mesmo objetivo, de acordo com a forma criada pelo autor, que apresenta a seguinte frmula (E=Expectativa): M = V . E. Durante a realizao da dinmica na sala de aula, ficou ntida a diferena de postura dos alunos que receberam a funo de fiscalizar e/ou abastecer o processo de produo para aqueles que executaram a tarefa. Os alunos que no estavam executando a tarefa de produo (abastecedor, controles de qualidade e de produo) apresentaram posturas diferentes, entre elas, a de cobrana aos da linha de produo. Isso mostra que motivao no um processo e varia de indivduo para indivduo, em funo de seus objetivos pessoais.
Concluso:
Ao longo do trabalho percebemos que a motivao pode estar relacionada com diversos fatores e que as teorias no podem explic-la totalmente. Sabemos os fatores que nos desmotivam como alunos, como por exemplo: professor no dar uma boa aula, carteiras quebradas, quadro manchado em que no se pode escrever, banheiros sujos, falta de gua, etc. Mas quando se trata de motivao h inmeros fatores que podem estar na fora que move nossa ao. Somos alunos diferentes, cada um com pensamentos e experincias pessoais divergentes, o que impossibilita de nos enquadrarmos todos em uma mesma teoria. Contudo, algo que ficou marcado para ns foram trs fatores que influenciam muito nossa motivao, a saber: fatores pessoais, nossa razo/sentimento e o nosso fsico. Se estivermos preocupados, cansados, com sede, com fome, com dor (sentimental ou fsica), nossos sentidos estaro comprometidos e nossa motivao tambm. O que ficou claro que no h uma receita e uma explicao completa sobre a motivao, ento preciso que tanto ns, enquanto alunos, quanto as empresas, se desfaam de tudo o que desmotiva. Isso no assegura nossa motivao, mas sero influncias positivas que podem evitar a desmotivao. Diante disso, elaboramos um quadro que demonstra nossa percepo sobre as influncias na nossa motivao:
Referncias Bibliogrficas:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/teorias-motivacionais/22665/ acesso em 19/05/2014 http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/teoriacampokurtlewin.htm, acesso em 20/05/2014 http://pt.slideshare.net/a1971/teorias-da-motivao, acesso em 20/05/2014 http://robertolazaro.net/teoria-de-campo-de-lewin-topologia/, acesso em 20/05/2014 http://www.webartigos.com/artigos/teorias-da-motivacao/20629/ acesso em 19/05/2014