Você está na página 1de 463
FORGAS DE ATRITO 1. ATRITO ENTRE SOUDOS 2. ORIGEM DAS FORGAS DE ATRITO DINAMICO 5. Force aro 4 FORGA DE ATRITO ESTATICO 191 ‘5. TRABALHO DE UMA FORCA VARAVEL {6 TRABALHO DA FORCA NORMAL E DE UMA FORCA CENTRIPETA 1. ENERGIA CINETICA. TEOREMMA DA ENERGIA CINETICA 2, ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL ten {3 ENERGIA POTENCIAL ELASTICA 4. ENERGIA MECANICL TEOREMA DA CONSERVAGHO EXERCICIOS DE APROFUNDAMENTO QUANTIDADE DE MOVIMENTO E IMPULSO wi 1 QUANTIDADE DE MOVIMENTO DE UM PONTO MATERIAL 257 2. IMPULsO 282 LEsTuns ALGUMAS CONSIDERAGEES SOBRE A 2° (EIDE NEWTON ‘3. METODO GRIFICO PARA CALCULAR 0 INPLLSO 4. FORCA MEDIA .. inne i 5. QUANTIDADE DE TO DE UM SISTEMA DE 1 PARTICULAS ‘6. TEOREMA DO IMPLLSO PARA UM SISTEMA DE VARIAS PARTICULAS 7 7, SISTEMA ISOLADO. 8 ONEERVAHO DA QUINTOADE DE MOMENTO Path UM SSTEMA DE VARS PARTICULAS ISOLADO 281 i EXERCICIOS DE APROFUNDAMENTO 293 COLISOES 1. 0 QUE SAO COUISOES? 27 2, COUSGES E QUANTIDADE DE MOVIMENTO 301 13. COUSOES E ENERGIA CINETICA .. ~ 313, “4, VELOCIDADE RELATIVA eA : 5. COEFICIENTE DE RESTITUICAO 6. CHOQUE UNIDIMENSIONAL E ELASTICO ENTRE DUAS PARTICULAS DE MASSAS IGUAS . no 7. CHOQUE UNIDIMENSIONAL ENTRE UM ESFERA E UMA SUPERFICIE FIXA... 381 8 CHOQUE O#LIQUO,E ELASTICO ENTRE PARTICULAS DE MASSAS YOUN, ESTANDO UMA DELAS INICALMENTE Ef REFOUSO «0 334 9. CHOQUE O8LIQUO CONTRA PLANO LSO E FXO .. ee) 10, Dr NG oer oer Ee EIS (539 EXERCICIOS DE APROFUNDAMENTO 4 1. 0 QUE E CENTRO DE MASSA 2. LOCALZAAO 00 CENTRO OF MASSE en 9B 5. VELOCIDADE DO CENTRO DE massa nr) “4. QUANTIDADE DE MOVIMENTO 351 i > ‘5. ACELERAGAO DO CENTRO DE MASSA ' ' 16. FORCAS EXTERNAS E FORCAS INTERNAS AO SISTEMA sn 7. SISTEMA CONSTITUIDO POR DIVERSAS PARTICULAS {B. YELOCIDADE DO CENTRO DE MASSA DO SISTEMA .. |9. QUANTIDADE DE MOVIMENTO DO CENTRO DE MASSA DO SISTEMA 10, ACELERAGAO DO CENTRO DE MASSA DO SISTEMA . 4 TEOREMA DA CONSERVACAO DA QUANTIOADE DE MOWIENTO 416, BARICENTRO OU CENTRO DE GRAVIDADE .. EXENCOS DE WROFUNOMMENTO 7 GRAVITAGAO. A. HISTORICO eos i 2 osisrema souk 53. AS LS DE KEnLER 4. LDA GRAN ‘5, SATELITES EM ORBITAS CRCULARES.. (6 CAMPO GRAVITACIONAL E CAMPO DE SaEagegeene seeeesss ESTATICA ——— CAPITULO 1 AS LEIS DE NEWT" 1. INTRODUCAO. A Mecanica € a parte da Pisica que estuda » muvimeniy, Pele que sab hai pelo menos cerca de 2000 anos © homem j se preocupava em explicar os ‘movimentos, tanto dos corpos terrestres como dos corpos celestes. No entanto, foi Isaac Newton (fisieo © materntico inglés, 1642-1727) o primeiro a apresentar uma teoria que explicava satisfatoriamente os movimentos, em um trabalho inttulado Principios mateméticos da filasofia natural, publicado em 1686. © sucesso da Mecéinica Newtoniana fot imediato ¢ duradouro: ea reinou por mais de 200 anos. Houve, € verdade, necessidade de alguns aperfeigoamentos, feitos mais tarde por outros fisicos. No entanto, a base da Mecanica de Newton ppermaneceu inalterada até 0 comego do século XX, quando surgiram duas ovtras Mecinicas, a Mecénica Relanivistica e a Mecénica Quéntica, para explicar certs fatos que a Mecinica Newtoniana mio conseguia. A partir do surgimento dessas dduas novas meciinieas, a Mecinica Newtoniana passou a ser chamada de Mecé- nica Classica, ¢ & esta a mecinica que estudaremos neste livro, pois ela continua ‘vilida para a andlise da muioria dos movimentos com que lidamos. A Mecinica Relativistica s6 € realmente necessiria quando os corpos se movem com velo- cidades muito altas (y > 3000km/s), enquanto a Mecénica Quimtica s6 € real ‘mente necessiria para o estudo dos fendmenos atémicos e nucleares. costume dividir a Meciinica Classica em duas partes: Cinemdtica e Di: rnamica. Cinematica faz 6 estudo geométrico do movimento: ela define o que € movimento e o que € trajetGria a partir das nogdes de referencial, posigao e tempor € descreve 0 movimento usando basicamente as grandezas velocidade © ace- leragdo. A Dinimica relaciona essas grandezas com outras, como, por exemplo, ‘masta, forca, energia ¢ quantidade de movimento. No volume 1 desta colegio fiemos 0 estudo da Cinemitica € neste volume estudaremos a Dindmica € a Estitica, No entanto, na maior parte do livro, estudaremos a Dinimica do ponto ‘material, Um ponto material & um corpo cujo movimento pode ser estudado sem cconsiderar suas dimensies © eventuais vibragies, rotagies ou deformagdes. Assim, para um ponto material consideramos apenas o movimento de translagao. No capitulo 12 dedicaremos um item para © caso particular do ponto material ‘em repouso, Ainda no capitulo 12, faremos um breve estudo do corpo extenso, isto 4, do corpo que no pode ser considerado como ponto material, mas apenas n0 ‘caso do corpo extenso em repouso, pois o estudo das rotagies exige uma ‘matemtica mais avangada e s6 é feito em cursos de nivel universitirio. 2. MASSA E FORCA Newton construiu sua Mecdnica a partir de tris leis que serdo vistas mais adiante. Antes disso, ponim, precisamos considerar dois conceitos bésicos na Dinimica: massa e forga. Massa de um corpo Inicialmente, Newton definiu a massa de um corpo como a medida da “quantidade de matéria” contida no corpo. Assim, se a massa de um tijolo é 1 unidade, dois tijolos idénticos a ele tero massa igual a ? unidades: ts tijolos ‘dénticos ao primeiro terao massa igual a 3 unidades; ¢ assim por diante. No femunw, 190 for constatado (amo por Newion colo por OULIOS cientistas) ue essa definigdo nao era adequadia; © conceito de massa era mais complexo do {que parecia& primeira vista. Na leitura que esta no final deste capitulo analisamos ais detalhadamente 0 conceito de massa: porém, par raztes didtiens, por enquanto definiremos a massa de um corpo como o valor obtido através. da comparagio desse corpo com corps padrlo, wilizando uma balanga de bragos No caso da Fiz. 1. por exemplo, diremos que o> compos A eB tém a mevmer ‘massa se a balanga fiear em equlibrio a0 se colocar © corpo a em um dos pratos a ‘balanga e 0 corpo B no outro prato. ‘Obviamente esse processo de medir massa nio & adequado para medir as massa de corpos “muito grandes” (como, Por exempl, @ Lis ot vim navio) new ito pequenos"” (como, por exemplo, ‘um dtomo ou um elétron); nesses casos sio necessétios métodos indiretos que serao vistos mais tarde No Sistema Intemacional de Unidades (SI), a unidade de massa € 0 uilograma (kg), 0 qual é definido como a massa de determinado corpo cilindrico, feito de uma liga de plana e iro (platina iridiada), que esti guardado no Bureau Internacional de Pesos e Medidas, situado em Sévres, nos arredores de Paris. Fi 1 bom ens ei ot mass de he Bo Na Fig. 2, 0 corpo C esta sendo equilibrado em una balan- {ga de bragos iguais, pelos corpos padrio A'e B, cujas massas so 1.0kg e O.5kg, respectivamente. Portanto, a massa do compo C é 1ske. rer Outras unidades de massa usadas com freqiéncia sto 0 grama (g) © 2 tonelada (9. valendo as relagdes: Neate Tee Fora Fora, para Newton, € a ag3o que produz aceleracéo. isto &, variagao de velocidade. Convém lembrar que a velocidade ¢ a aceleragio si grande7as Yetoriais. Assim, quando se fala em variag’o de Velocidad. essa variagio pode ser 4 més, da regio ou do sentido da velocidad. As frgas pedem ser de ‘comtato, como, pot exemplo, quando puxamos ou empurramos um objeto, ou e uo u distincia, como, poe exempl a forca com que a Tera atai um objeto Targado de cera altura. As forgas de ago a distancia so também chamadas de orcas de campo, ‘Uma caracteristica importante da forga & que ela é uma grandeza vetorial, ‘bedecendo entio a todas as propriedades dos vetoes que vimos no volume 1. Exemplo 1: anus pone tol a 3 submetido a ago das forgas F; fe Lf eotoh ses F siecctae de Fee Fie 4 Sita aonarpieatinss Fie F,, atuando juntas, & 0 mesmo efeito que seria produzido por F” atuando sozinha, [No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de forga € 0 newton, cujo simbolo € N ¢ cuja definigdo daremos mais adiante. Observacdes 11) Note que escrevemos neveton usando letras mindsculas, epesar de 0 nome dessa unidade provir de um nome prdprio, enquanto 0 simbolo (N) é escrito com letra maidscula,

Você também pode gostar