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uns aos outros (2.10). Mas se Cristo for negado, todas estas bênçãos se
perdem (2.22 a 24).
II. A epístola nos ensina qual a felicidade e os deveres de um filho de
Deus. O nosso privilégio de cristãos é não somente a comunhão com Deus,
mas a nossa adoção como filhos. Deus é justo, e por isso devem os Seus filhos
ser também justos (2.29 a 3.3). Cristo veio para tirar o pecado do mundo, e
Nele não há pecado; como Ele é, devemos nós ser (3.4 a 10). Ele deu a Sua
vida por nós, e então deve o Seu amor ser o nosso modelo (3.11 a 18). Se
tivermos o Espírito de Cristo, participaremos das outras bênçãos cristãs (3.19 a
24). Ora, se Cristo for negado, quanto à Sua natureza humana em especial,
essas bênçãos serão perdidas (3.19 a 4.6).
III. Deus não é somente luz: Deus é amor (4.7,8). O amor, parte
essencial da Sua natureza, manifesta-se na missão e caráter de Seu Filho, e é
condição necessária da filiação (4.21). Amar a Deus e ao próximo, a fé em
Cristo, e uma confiança tal que nos conserve a paz são entre outros os
resultados dessa revelação.
A Comunhão é Possível
Deus é Luz
Por definição temos: “Luz – Claridade, Lume, clarão, tudo o que produz
claridade, tornando visíveis os objetos; clarão produzido por uma substância
ardendo; reflexo; brilho; fulgor; objeto iluminante; vela, candeeiro, lâmpada,
etc.” Naturalmente todos nós sabemos para que serve a luz. Quem é que já
não deu um “encontrão” a procura de uma vela ou uma lâmpada que pudesse
iluminar temporariamente, enquanto a companhia de luz trabalhava a fim de
alimentar novamente aos nossos postes? É claro, a maioria de nós já passou
por isso, e obviamente, pôde experimentar o caos que é tentar executar tarefas
comuns quando não há luz. Cozinhar, lavar, tomar banho, ler uma instrução
tornam-se verdadeiras aventuras que podem até causar acidentes. Andamos
pela casa tateando, e isso, na nossa casa. Se estivermos em um ambiente
estranho, se possível, não haveremos de nos aventurar nem para ir ao
banheiro. Depois de muita espera, decidimos dormir, quem sabe, amanhã!
Bem, é exatamente assim que muita gente vive espiritualmente, fazendo
somente aquilo que é expressamente indispensável (Jo 9.4).
Deus é a luz! Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue
não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida.” Jo 8. 12 Ah!
Finalmente em meio ao “apagão” alguém encontra uma bendita lanterna capaz
de guiar e orientar você a realizar as suas tarefas. Então, com aquele facho de
luz você sabe exatamente onde pisar e em que mexer. Com todo respeito, para
que você possa entender nossa pequena ilustração, o Senhor é a nossa
“lanterninha”, todo mundo que segue ao Senhor tem claridade para observar o
que está ao seu redor, e por isso não tropeça, não tem encontrões e nem
causam acidentes. Deus é luz e ilumina a vida de todo aquele que com ele
anda, “porque a luz resplandece nas trevas” (Jo 1. 5) Mas, que luz é essa?
O Rei Davi nos dá a dica: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra
e luz para os meus caminhos.” Salmo 119.105 Quer ser iluminado por Deus?
Quer ver a luz de Deus? Conheça o Verbo da Vida!!! O Verbo encarnado de
Deus era, e continua sendo e sempre será a luz dos homens (Jo 1.4 e 8-9). Há
somente uma maneira de iluminarmos as nossas casas espirituais: adequando
meios, modos para que a Palavra habite em nós.
Em uma casa se não houver conduítes, fios, interruptores, bocais e,
por fim, lâmpadas jamais haverá luz. Ainda que haja luz no poste e você pague
a taxa mínima de iluminação, se você não trabalhar para que essa luz esteja
dentro da sua casa ela vai permanecer do lado de fora, no poste. E, então você
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nem com Ele podem manter comunhão, pois não trazem em si a justiça
praticada para eles (Rm 3. 21-26)
Um detalhe que me chamou a atenção neste verso é: “mantemos
comunhão uns com os outros”. O Senhor, por João, vem falando de prática de
justiça, convencimento do pecado e purificação pelo Sangue de Jesus. Neste
ínterim ele introduz a comunhão entre os irmãos, sendo esta, a segunda
característica de iluminação genuína do evangelho sobre a sua vida. Perceba
que os versos 6 e 7 começam com “Se”, ou seja, trazem condições na prática
da vida cristã.
A comunhão uns com os outros foi o pedido de Jesus ao Pai antes da
sua crucificação (Jo 17. 20-21). Fomos unidos não só em espírito, mais em
Jesus somos parte integrante de um só corpo, o corpo de Cristo (I Co 12. 12—
14 e 26). Em I Coríntios 6. 17 diz: “Mas aquele que se une ao Senhor é um
espírito com ele.”, a palavra empregada para “se une” é KOLLÔMENOS (gr), e
faz referência a união física (Ef 5. 29-32). Nesta união deve haver lealdade e
permanência, constância. Devemos tratar ao nosso próximo como somos
tratados por Deus, precisamos agir como Ele age e demonstrarmos o Seu
caráter em nossas vidas, para, então, na comunhão, recebemos perdão de
Deus (Mt 6. 12 e 14-15, Cl 3.13-14) e cura (Tg 5.13-16). Lembre-se: se você
se diz crente mas é incapaz de perdoar o seu irmão, de manter comunhão
com ele, saiba o sangue de Jesus não vai purificar o teu pecado, ele fica retido
na mesma proporção que você retêm ao teu próximo. Cuidado com os
verdugos (Mt 18. 23...)!! “Entra em acordo sem demora com o teu
adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não
te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último
centavo.” Mateus 5. 25-26.
realmente diferença na sua vida? Parece que está tudo esquisito? Não entende
o que é anunciado? Não vê a hora de ir embora? Falta prazer de estar na casa
ou na presença de Deus? É hora de dobrar os joelhos e pedir ao Espírito Santo
que mais uma vez possa te conduzir ao arrependimento!
Mas talvez você diga: “Eu não me encaixo em nenhuma das atitudes
das listas!” Sabe, quando o lavrador ara o campo, ele retira todas as pedras
que encontra. Mas, no ano seguinte, o arado penetra mais fundo e ele acha
outras pedras que ficaram ocultas no ano anterior, e as joga fora. No outro ano
a mesma coisa acontece. Assim também em nossa vida. Deus revelará,
através do arado do seu Espírito, os pecados ocultos em nós, e dos quais não
tínhamos consciência. Davi bradou “Quem há que possa discernir as
próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba
guarda o teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível e
ficarei livre de grande transgressão. As Palavras dos meu lábios e os
meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença. Senhor rocha
minha e redentor meu!” Salmo 19. 12-14
Existem dois alertas que valem a pena ser feitos: incredulidade e
prática do bem. A incredulidade é o pior pecado que se pode cometer, se é que
existe uma escala de medição. Ela nos afasta da possibilidade de salvação,
redenção, justificação, ou de qualquer outra promessa que Deus tenha para as
nossas vidas. A bíblia diz que a incredulidade procede de um coração
perverso, e que ela nos afasta do Deus Vivo (Hb 3. 12). Sim, eu sei que você
aceitou a Cristo como Senhor e Salvador da sua vida. Você entendeu que
Jesus, o Filho de Deus, foi oferecido em sacrifico no seu lugar, e que por isso,
os seus pecados estão perdoado e você recebeu uma nova vida. Aleluia!!
Mas a pergunta é: Você entendeu isso na sua mente ou você creu
nessa verdade e tem vivido nela? Preste atenção, eu não estou aqui colocando
em dúvida a salvação de ninguém, mais é preciso que você pare para meditar
na fé que você diz ter em Jesus. Quando você ora você acredita que Deus te
ouviu (Sl 6.8-9)? Quando pede alguma coisa acredita que recebeu (Jo 14. 13-
14, Lc 11. 9-13)? Quando fica doente acredita na cura que Ele conquistou para
você (I Pd 2.24)? Quando tem necessidade se utiliza das promessas de
provisão (Ml 3.11-12)? Ou vivemos a lançar palavras ao vento, descrentes e
lamentando ser vontade de Deus passarmos por isso ou aquilo? O Autor aos
Hebreus diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se
torna galardoador (premiador, recompensador) dos que os buscam.” Hb 11.6
Medite e arrependa-se a medida que se fizer necessário.
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisso está
pecando” Tg 4.17 Em um sábado enquanto voltava para casa, no horário do
almoço, passei em um lugar, já próximo de casa, que vende comida, tipo PF,
na quentinha. Pensei comigo mesma, vou aproveitar esse dinheirinho que me
restou vou comprar uma comida diferente. Mato dois coelhos com uma
cajadada só: ofereço uma comida diferente e economizo tempo. Então comprei
duas quentinhas e continuei meu trajeto para casa. Quando dobrei a esquina
ouvi, claramente, da parte de Deus: “Volta e dá a quentinha do teu marido
aquele homem.” Eu havia passado a poucos instantes por um homem
maltrapilho que estava sentado a beira da Alameda. Sinceramente, confesso,
eu disse: “não, eu não vou! Como eu, uma mulher, vou levar um prato de
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“Corte Celestial”: o preço do resgate! A Bíblia diz que o preço pelo pecado é a
morte, logo quem peca deve morrer. Quem reivindica a morte é o acusador, o
diabo, que por causa do pecado tem direito sobre a vida do pecador. É Nessa
hora que Jesus como excelente advogado, que só ele pode ser, aparece para
patrocinar o nosso resgate. Com o Seu próprio sangue, que foi vertido,
derramado na cruz do calvário Ele emudece a satanás dizendo: “onde esá, ó
morte, a tua vitória? Onde está, ó morte o teu aguilhão? Tragada foi a morte
pela vitória!!”, oh! ALELUIA!! Jesus, o Justo, nos arranca das garras de satanás
e nos põe assentados à sua mesa, em meio ao louvor e adoração que se ecoa
no céu: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e
sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Àquele que está assentado no
trono e ao cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos” Ap –leia ainda Hb 2.14-18
O que então pode nos tirar da comunhão com Cristo e com o Aba Pai?
Nada, exceto nós mesmos. Não há poder no mundo, na carne, no pecado ou
em Satanás que possa ser comparado ao poder que tem o sangue de Jesus
sobre as nossas vidas enquanto cremos Nele. A única coisa que pode romper
novamente a comunhão restabelecida por Cristo é a nossa incredulidade.
Quando perdemos a fé em Jesus, perdemos a fé na sua obra ou na Sua
palavra perdemos tudo, aí infelizmente, destinamo-nos, a nos mesmos, ao
juízo eterno.
O segredo para preservarmos a nossa fé e mantê-la intacta é
conhecermos ao Senhor que servimos. Mas, como conhecer a Deus que não
posso ver? Como saber como ele é? O apóstolo João nos esclarece:
A manutenção da comunhão:
Obediência ao Pai
filhos amados. O que Deus quer ver em nos agora é obediência, como está
escrito: “Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifício
quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do
que o sacrificar, e, o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” I Sm
15.22. Leia ainda: Sl 50.8-15, Jr 7. 21-23; Os 6.6
O melhor presente ou a melhor prova de amor que podemos dar a
Deus é a nossa obediência. Deus não se impressiona com nenhuma atitude
que possamos ter, ele melhor do que ninguém sabe do que somos capazes.
Deixe de lado as visitas festivas, deixe de lado seus presentes fabulosos,
torne-se seu discípulo, diariamente consulte-o, ouça-o, questione-o e obedeça-
o mesmo quando as Suas respostas forem contrárias a sua vontade, e assim,
somente assim, o seu amor a ele terá sido aperfeiçoado. A cada obediência o
seu amor a Deus terá adquirido um maior grau de perfeição (Hb 11). Lembre-
se: “aquele que diz que permanece Nele, esse deve também andar como Ele
andou.” Sigamos o exemplo do Filho de Deus mais EXCELENTE:
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e
súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte,
sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo
Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e uma vez
aperfeiçoado, tornou-se a fonte da salvação eterna para todos os que lhe
obedecem, sendo designado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem
de Melquisedeque.” Hebreus 5. 7-9
permita, então que ele te ilumine pouco a pouco até que você possa estar
andando retamente, enxergando o caminho e percorrendo as pegadas do
mestre. Deus nos chamou para isso! Para andarmos com ele, iluminados por
Ele. Aleluia!! Prossiga e verá que, andando com Ele, você vai melhorar (Jo
16.33, Mt 11.12, Fp 4.13)!
Filhinhos:
O degrau da carnalidade.
Deus dominar nossas vidas, controlar nossas atitudes para que possamos
então avançar no desenvolvimento da fé (Cl 3.5—11).
Jovens:
O degrau do vigor e do combate.
“Pais, eu vos escrevo, porque conheceis
aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos
escrevo, porque tendes vencido o Maligno.” I João
2.13
Antes de tratarmos o estágio dos pais como a seqüência que João nos
coloca, gostaria de falar sobre os jovens, que na evolução natural da vida
humana é o estado intermediário entre pais e filhos.
Quando nos referimos ao termo jovem queremos trazer a idéia de
saúde, de vigor, de força, de determinação. A nossa juventude atual, talvez não
tenha mais essas características. As comodidades e confortos atuais fizeram
dos nossos jovens, moças e rapazes acomodados e preguiçosos, o que vem a
nos atrapalhar quando chegamos ao reino de Deus (Pv 19.15, Ec 10.18).
As escrituras revelam que no povo de Israel os homens - de 20 anos
para cima - é que iam a guerra (Nm 1. 2-4), todos os capazes. Capazes são
todos aqueles que desempenham bem os seus deveres. Deixamos de ser
crianças, que erram e precisam de correção a cada instante, para executar
bem aquilo que é colocado em nossas mãos. Um voto de confiança nos é
dado! Aceitando a correção, aprendemos e crescemos com o Senhor,
tornando-nos, pelo que sofremos, capazes de obedecer (Hb 5.8)
Subimos, então, um degrau. A nossa luta não é mais conosco mesmo,
mas, com aquilo que é externo (Ef 6.12). Agora, as tentações que o mundo e o
Maligno oferecem, dia após dia, serão os instrumentos de Deus para a
continuidade do aperfeiçoamento em nossas vidas.
Tomando o exemplo de Timóteo gostaria de expandir um pouco a
visão sobre o degrau da juventude no reino de Deus. Timóteo era filho na fé de
Paulo (I Tm 1. 2, II Tm 1.2), e, como filho, foi ensinado por ele (At 16.1-5).
Timóteo, que já era conhecedor das sagradas letras por causa da educação
que recebera (II tm 1.5, 3.15), até então, era ali um discípulo que lá pelos idos
do ano 50d. C. acompanhou Paulo nas suas viagens missionárias, observando
e aprendendo o modo pelo qual Paulo se portava como cristão, e, também,
como instruía a igreja para comportamento no evangelho (At 17.10-15/ I Ts 1.1,
II Ts 1.1; At 19.21-22/ I Co 4.17; At 20.4/ Rm 16. 21) Timóteo andou com Paulo
por aproximadamente 10, 12 anos observando, aprendendo e sendo
experimentado por Paulo (Fp 2. 19-22).
Mas, agora, Paulo precisava tirá-lo de debaixo das suas assas, e
confiar a Timóteo aquilo que Deus tinha para ele (I Tm 4.14, II Tm 1.6). E, é
nesse momento que Timóteo é colocado na frente de batalha com todo o seu
vigor, com toda a sua força, para que através de tudo quanto tinha ouvido e
vivido com o Apóstolo Paulo pudesse afugentar o Maligno, lutando o bom
combate da fé (I Tm 1.18-20). Note, em I Tm 4.13: “Até a minha chegada...”,
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que Paulo continuava sendo seu pai na fé, dando-lhe sustento, direção e
cobertura, até que houvesse um real desenvolvimento do seu ministério (I Tm
3.14-15). Se analisarmos alguns trechos das epístolas, enviadas por Paulo a
Timóteo, poderemos observar que Timóteo ainda estava em crescimento e
quais eram os perigos que cercavam essa etapa da vida dele:
Pais:
O degrau da experiência e
maturidade cristã.
“Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele
que existe desde o princípio.” I João 2. 13a e 14b
Em meio ao bom combate da fé, enquanto nos relacionamos com o
Senhor, Ele, o Todo-Poderoso, pelo Seu Espírito, a semelhança do que fez
com Maria (Lc 1. 26-38), pode vir a depositar em nós a Sua semente para
trazermos filhos de Deus à luz do evangelho. É importante ficar claro que,
obviamente, não nascerá outro “Jesus”. Na verdade o que ocorre é que
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suas vidas veremos que tais homens, que carregam a presença de Deus, são
também homens de renúncia, de abnegação e de dores (Lc 14.25-33).
Meditemos então na vida do próprio Noé: “Porém Noé achou graça
diante do Senhor. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre
os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”Gn 6.8-10. Provavelmente
não foi nada fácil para Noé andar em direção contrária a de todos aqueles
habitantes da terra. Enquanto todos os homens buscavam e se apressavam
para o erro, Noé sozinho buscava e se refugiava na presença de Deus. A Bíblia
dá testemunho de que Noé ouvia e atendia a voz de Deus (Gn 6.22), e ainda,
que ele era pregador da justiça (II Pd 2.5). Note, Noé por obediência a Deus
contruiu uma arca “de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta a
largura; e a altura, de trinta.” (Gn 6.15 – na versão revista e atualizada),
trocando em miúdos, a arca foi feita “com cento e trinta e cinco metytros de
comprimento, vinte e dois metros e meio de largura e treze metros e meio de
altura”(Gn 6.15 – na nova versão internacional), o que nos leva entender que
noé levou um bom tempo realizando aquilo que Deus ordenara, e também, que
Deus deu aquela geração um bom intervalo de tempo para arrependerem-se
dos seus pecados. Entretanto o isso não ocorreu, e Noé construiu a arca
anunciando a justiça de Deus.
Você pode, agora, parar e imaginar quantos desaforos Noé ouviu,
quantas blasfemias, quantas zombarias, perseguições, ameaças ele sofreu.
Não deve ter sido nada fácil, nem agradável, ver seus vizinhos, amigos e até
parentes escolherem a morte e desprezarem a palavra da salvação enquanto o
xingavam e o escarneciam. Daí o testemunho: “ Pela fé, noé, divinamente
instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a
Deus, aparelhou uma arca para salvação de sua casa; pela qual condenou o
mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé” Hb 11.7
Quero frisar aqui que a palavra de Deus não dá testemunho acerca de
Sem, Cam ou Jafé, a não ser de que eram filhos de Noé. Pela sua obediência e
temor a Deus Noé trouxe vida a seus filhos, e ainda aos filhos dos seus filhos
(Gn 9.8-10). Como foi dito acima, somente filhos de Deus, homens guiados
pelo seu Espírito, podem gerar filhos para Deus. A partir de Noé se estabelece,
por meio de Sem, a linhagem messiânica, a linhagem de salvação, mas note e
observe nada sem dores.
Tudo em meio à renúncia e aflição, na paciência e obediência dos
homens que citamos acima filhos foram sendo gerados: Abraão gerou a
Isaque, filho da promessa(Hb 11.8-19);Jacó gerou a Judá, filho da promessa
(Gn 29.35, Gn 49.8-12); José gerou a nação de Israel livrando-a da fome, filha
da promessa (Gn 15.13-21, Ex 1.1-7), por quem também Moisés, em
peregrinação, sofrera dores de parto (Hb 11.23-29, Nm 11.12, Gl 4.19)
A semelhança dos nossos patriarcas, o estágio da paternidade no
evangelho nos conduz a renúncia, ao abandono desta vida. Eles tinham
promessas e vidas com Deus superiores a dos homens daquela época e
pagaram o preço de andarem com Deus e de serem guiados pelo seu Espírito.
A vida de Deus se manifestava através deles a ponto dos homens ao redor
experimentarem a veracidade do Deus Vivo. E apesar de viverem perseguidos,
caluniados, no desconforto do deserto, defraudados, encarcerados, etc, se
satisfaziam com a vida de Deus, com a esperança das promessas de Deus
plantadas nos seus corações, viam não somente a si mesmos, mas seus filhos,
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O mundo:
Seu governante e seus súditos.
outros, e porque não citar o próprio rei Herodes que intentou contra a vida do
próprio Senhor Jesus Cristo! Mas, agora, João deixa claro que, na última hora,
muitos anticristos surgiriam e que estes sairiam dentre aqueles que professam
o nome do Senhor (I Jo 2.18).
A bíblia relata que o próprio Senhor Jesus nos antecipou estas
verdades, dizendo: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que vos apresentam
disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” Mt 7.15 Logo,
não podemos simplesmente nos deixar levar pela aparência de alguém, mas
devemos, ser cautelosos antes de tomar qualquer posição a favor ou contra
aqueles que se apresentam como servos de Deus.
O apóstolo Paulo na sua primeira carta aos Coríntios repreende-os
pela impureza que fora praticada por alguém que se dizia parte da igreja e
alerta o povo para que não ande em cumplicidade com as obras das trevas:
“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a
massa toda?Lancai fora o fermento(...)Já em carta vos escrevi que não vos
associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos
impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois
neste caso teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos
associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador;com esse tal, nem ainda
comais.(...)expulsai, pois, dentre vós o malfeitor.” (I co 5). Com certeza o
apóstolo tinha conhecimento de que dentro da igreja havia pessoas, que
apesar de participarem do culto, congregarem e tal ... , contudo, não andavam
de acordo com as doutrinas ensinadas pelo Senhor Jesus, são os verdadeiros
joios em meio ao trigo (Mt 13.24-30).
Entretanto, o Senhor nos deixa um caminho no meio das pedras:
“Assim, pois, pelos frutos os conhecereis” Mt 7.20 Todo o homem, ou mulher,
que tenha conhecimento de Deus terá também discernimento para provar,
avaliar o caráter daqueles que professam serem servos de Deus. A diferença
está exatamente no fruto que é produzido. Se o que colhemos frutos maus,
atitudes ou reações carnais em meio as circunstâncias entenderemos que,
apesar dos lábios dizerem “Senhor, Senhor”, e da aparência ter forma de
piedade, na verdade, inda praticam iniqüidade e não são conhecido de Deus
(Mt 7. 21-23).
Por isso o apóstolo João declara:
“E vós possuís unção que vem do Santo e
todos tendes conhecimento. Não vos escrevi porque
não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e
porque mentira alguma jamais procede da
verdade.” I João 2.20-21
É exatamente esta unção e o conhecimento da verdade que vai fazer
separação entre o falso e o verdadeiro. O crivo de avaliação precisa ser a
Palavra de Deus unida a uma comunhão estreita como Espírito Santo. Deus
nos deu autoridade de colocar a prova todo o espírito, incentivando-o sujeitar-
se à palavra. A reação trará luz às trevas e manifesto ficará o que é mentiroso
e o que procede da verdade. II Coríntios 10: 3-6
36
Foi dito por João no texto inicial, que muitos anticristos saíram do
nosso meio. Seria possível que alguém estivesse dentro e fora? Bom há um
exemplo ótimo para verificarmos a declaração do apostolo João, em sua
terceira epistola é dito sobre a pessoa de Diótrefes, que segundo o apostolo o
mesmo gostava de exercer a primazia ou em outras palavra, de estar a frente
do trabalho da igreja. Esse homem estava impedindo, se tornando contrário, se
opondo, de que as escritas de João pudessem trazer orientação aos irmãos da
igreja. III João 1: 9-11
Quantos anticristos estão na primazia de igrejas, impedindo a verdade
de ser conhecida, pois desta forma seus erros, pecados, incapacidades
ficariam em relevo, todos haveriam de reconhecer que os mesmos não passam
de pessoas, orgulhosas, mundanas, gananciosas. Sendo assim o eles
mudariam ou tentariam silenciar a voz do que clama no deserto.
Dando um salto na epístola de João, vejamos o que nos diz:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito;
antes, provai os espíritos se procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo
mundo fora. Nisto conhecemos o Espírito de Deus:
todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a
Jesus não procede de Deus; pelo contrário, ente é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes
ouvido que vem e, presentemente já está no
mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e tendes
vencido os falsos profetas, porque maior é aquele
que está em vós do que aquele que está no mundo.
Eles procedem do mundo; por esta razão, falam da
parte do mundo. E o mundo os ouve. Nós somos de
Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele
que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto
reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do
erro.” I João 4. 1-6
Os filhos de Deus nasceram de novo (Jo1.12-13), foram transportados
das trevas para luz (Cl 1.13-14), não vivem mais segundo o curso deste mundo
porque não pertencem mais a ele (Jo 17. 16). Antes os nascidos de Deus, são
na verdade odiados pelo mundo (Jo 16.18-19) porque combatem o sistema e
seus conceitos sendo transformados pelo conhecimento e pela prática da
Palavra de Deus (Rm 12.2; I Ts 4.3-8; Tg 4.4).
O apóstolo Paulo nos deixa exemplo destas coisas quando escreve a
primeira carta aos coríntios. No capitulo quinze relata uma informação que
estaria sendo divulgada a cerca da ressurreição: “Ora, é corrente pregar-se
que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como , pois, afirmam alguns dentre
vós que não há ressurreição de mortos?”(I Co 15.12) Ora, se Jesus veio em
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carne para que por intermédio do seu sangue tivéssemos redenção, e, da sua
vida, a vida eterna, torna-se insano afirmar que a obra de Cristo está limitada
pela morte. Por isso o Apóstlo disse: “Se a nossa esperança em Cristo se
limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens ...Se os
mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. Não
vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (I Co 15.
19 e 32b-33).
Juntando todas essas informações podemos concluir que alguns,
guiados pelo espírito do anticristo, dentro da igreja de Corintios semeavam
engano e procuravam corromper a genuína fé do evangelho. Daí João afirmar:
Unção do Santo
Selo do Filho
Nascidos do Espírito:
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Como já temos visto e analisado nas escrituras, Deus, pelo seu amor,
concede, a todo o que crê em Jesus, o retorno à comunhão. Como garantia
dessa comunhão nos dá o Espírito Santo. Somos, então, filhos de Deus. Logo,
se somos filhos de Deus, guiados pelo Espírito Santo, precisamos manifestar
diariamente o caráter Santo de Deus, que, agora, pela comunhão reflete em
nós. Isso tudo já estudamos nos primeiros capítulos da Epistolo da João.
O que queremos abordar neste ponto, é que, apesar disso tudo,
continuamos a viver num corpo de carne, que é tendencioso ao pecado (Rm
7:23).Já estudamos também a cerca da graça de Deus para remissão de
pecado, de tal maneira que se algum filho de Deus vier a pecar tem “Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (I Jo 2.1b), o qual tem poder para purificar
qualquer pecado; na verdade o Senhor Jesus é perfeito mediador. Hebreus 2:
14-18
Entretanto, acabamos de ver no texto de I João que ”todo aquele que
permanece nele não vive pecando”. Há alguma contradição? Não, não há! No
texto de I João 2.1, podemos observar a escrita assim: “não pequeis. Se,
todavia, alguém pecar” , a palavra empregada aqui é hamartẽ sugerindo a
idéia de situações isoladas ou de ações praticadas num passado próximo, ou
de atitudes de falhas feitas e logo corrigidas. Já em I João 3.6 diz: “Todo
aquele que permanece nele não vive pecando” tradução de hamartanei que
indica um estado, um comportamento constante, na verdade quando João usa
essa palavra o mesmo nos dá o sentido que se alguém nasceu de Deus, não
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Semente Divina:
Seiva para Santidade
“Filhinhos, não vos deixeis enganar por
ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim
como ele é justo. Aquele que pratica o pecado
procede do diabo, porque o diabo vive pecando
desde o princípio. Para isso se manifestou o filho de
Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele
que é nascido de Deus não vive na prática de
pecado; pois o que permanece nele é a divina
semente; ora, esse não pode viver pecando,
porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os
filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que
não pratica justiça não procede de Deus, nem
aquele que não ama a seu irmão.” I João 7-10
A santidade só é possível para aqueles que ouvem o chamado do
Senhor Jesus (Rm 1.4-7, I Pd 1. 1-2). Antes de o ouvirmos fazíamos o que
queríamos, andávamos em pecado e estávamos mortos, alienados de Deus,
fazendo a vontade da carne, do mundo e do pecado (Ef 2.1-13) Procedíamos
do diabo (Tt 3.3). Porém, agora, que ouvimos ao chamado de Deus, que somos
reconciliados com Deus pela fé em Jesus (Rm 5.6-10), já não procedemos do
diabo, mas de Deus (I Pd 2.9). E a evidência de que somos nascidos de Deus
é a luta que travamos diariamente contra o pecado (Hb 12. 1-17).
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Amor ao próximo:
Fruto da comunhão com Deus
e quando menos perceber o amor estará fluindo através de você, e pasme foi
você que escolheu ser assim. Aleluia!!!
O próprio João que escreveu essa epistola era assim, Lucas 9: 54-56.
Ele teve uma chance, não se saiu bem, foi reprovado pelo mestre. Mas quando
teve outra chance melhorou e até escreveu essa epístola, tudo é possível.
“Ora, aquele que possuir recursos deste
mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer
nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de
palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E
nisto conheceremos que somos da verdade, bem
como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso
coração; pois, se o nosso coração nos acusar,
certamente, Deus é maior do que o nosso coração e
conhece todas as coisas. Amados, se o coração não
nos acusar, temos confiança diante de Deus; e
aquilo que pedimos dele recebemos, porque
guardamos os seus mandamentos e fazemos diante
dele o que é agradável. Ora, o seu mandamento é
este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus
Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o
mandamento que nos ordenou. E aquele que guarda
os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus
nele. E nisto conhecemos que ele permanece em
nós, pelo Espírito que nos deu.” I João 3.24
O nosso amor ao próximo não pode consistir em palavras apenas. É
necessário que assim como a fé é demonstrada por obras, também o nosso
amor seja traduzido em atitudes diariamente (Gl 5.6). Tiago diz: “ Se um irmão
ou uma irmão estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento
cotidiano, e qualquer de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos,
sem contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disto? Tg
2.15-16, então acrescenta Jesus: “tudo quanto, pois, quereis, que os homens
vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os
Profetas.” Mt 7.12
Obviamente o amor não é simplesmente exercer caridade! Mais a
caridade é uma faceta do amor. A questão é como Deus tem tratado você? De
qualquer maneira, ou com cuidado? Como você espera ser tratado pelos
outros? De qualquer maneira, ou com cuidado? O que deseja para si faça com
o teu próximo. Vejamos, então maneiras de demonstrar amor ao próximo:
• Com palavras – Pv 12.18, Ef 5.29
• Com objetos materiais – II Co 9.8-9
• Amor com pensamento – Pv 23.7, II Co 10.4-5
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Amor ao próximo:
Um jugo suave
Prática do amor:
Ressurreição dentre os mortos
“Este é aquele que veio por meio de água e
sangue, Jesus Cristo; não somente com água e com
sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque
o Espírito é a verdade. Pois há três que dão
testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito
Santo; e estes três são um. E três são os que
testificam na terra]: o Espírito, a água e o sangue, e
os três são unânimes num só propósito. Se
admitimos o testemunho dos homens, o testemunho
de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus,
que ele dá acerca do seu Filho. Aquele que crê no
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A graça e a Paz
estejam em ti.