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QUINTA-FEIRA
Temos Jesus muito perto de nós. Nas nações cristãs, onde existem tantos
sacrários, a distância que nos separa d’Ele não ultrapassa alguns quilómetros.
Não é difícil ver os muros ou o campanário de uma igreja, quando vivemos
numa cidade populosa ou viajamos por uma estrada ou de trem... Ali está
Cristo! É o Senhor!3, gritam a nossa fé e o nosso amor. É o mesmo que
apareceu aos seus discípulos e se mostrou solícito com todos.
Jesus ficou na Sagrada Eucaristia. Neste memorável sacramento, contêm-se
verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue do Senhor,
juntamente com a sua Alma e a sua Divindade; por conseguinte, Cristo inteiro.
Esta presença de Cristo na Sagrada Eucaristia é real e permanente, porque,
terminada a Santa Missa, o Senhor permanece em cada uma das hóstias
consagradas que não tenham sido consumidas4. É o mesmo que nasceu,
morreu e ressuscitou na Palestina, o mesmo que está à direita de Deus Pai.
II. A PIEDADE EUCARÍSTICA, diz João Paulo II, “deve centrar-se antes de
mais nada na celebração da Ceia do Senhor, que perpetua o seu amor imolado
na cruz. Mas tem um prolongamento lógico [...] na adoração a Cristo neste
divino sacramento, na visita ao Santíssimo, na oração diante do Sacrário, bem
como nos outros exercícios de devoção, pessoais e colectivos, privados e
públicos, que tendes praticado durante séculos [...]. Jesus espera-nos neste
Sacramento do Amor. Não regateemos o nosso tempo para ir encontrar-nos
com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e aberta à reparação das
graves faltas e delitos do mundo”5.
Jesus espera a nossa visita. É, de certo modo, devolver-lhe aquela que Ele
nos fez na Comunhão, e “é prova de gratidão, sinal de amor e dever de
adoração a Cristo Senhor, ali presente”10. É continuação da acção de graças
após a Comunhão anterior e preparação para a próxima.
Sempre que nos encontramos diante do Sacrário, bem podemos dizer com
toda a verdade e realidade: Deus está aqui. E diante desse mistério de fé, não
é possível outra atitude que não a adoração: Adoro te devote... Adoro-te com
devoção, Deus escondido; uma atitude de respeito e admiração; e, ao mesmo
tempo, de confiança sem limites. “Permanecendo diante de Cristo, o Senhor,
os fiéis usufruem do seu convívio íntimo, abrem-lhe o coração pedindo por si
mesmos e por todos os seus, e oram pela paz e pela salvação do mundo.
Oferecendo com Cristo toda a sua vida ao Pai no Espírito Santo, obtêm deste
convívio admirável um aumento da sua fé, da sua esperança e da sua
caridade. Assim fomentam as devidas disposições que lhes permitem celebrar
com a devoção conveniente o memorial do Senhor e receber frequentemente o
pão que o Pai nos deu”11.
III. “COMEÇASTE com a tua visita diária... – Não me admira que me digas:
começo a amar com loucura a luz do Sacrário”12.
Ao terminarmos a nossa oração, pedimos a nossa Mãe Santa Maria que nos
ensine a tratar Jesus realmente presente no Sacrário como Ela o tratou nos
anos da sua vida em Nazaré.
(1) Cfr. Lc 24, 35-48; (2) São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 302; (3) cfr. Jo 21, 7; (4)
cfr. Concílio de Trento, Can 4 sobre a Eucaristia, Dz 886; (5) João Paulo II, Alocução, 31-X-
1982; (6) Pio XII, Enc. Mediator Dei, 20-XI-1947; (7) cfr. São Josemaría Escrivá, Caminho, n.
537; (8) cfr. Lc 10, 42; (9) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 154; (10) Paulo VI,
Enc. Mysterium Fidei, 3-IX-1965; (11) cfr. Instrução sobre o Mistério Eucarístico, 50; (12) São
Josemaría Escrivá, Sulco, n. 688; (13) Santa Teresa, Caminho de perfeição, 23, 3; (14) Santo
Afonso Maria de Ligório,Visitas ao Santíssimo Sacramento, 1; (15) São João Crisóstomo,
Catena Aurea, III, pág. 14; (16) cfr. Instrução sobre o Mistério Eucarístico, 53 e 57; cfr. CIC, can
938 e 940.