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Escola Básica 2,3 Dr.

Leonardo
Coimbra

Diana Margarida Correia Pereira Nº8 7ºC


Papa Bento XVI (em latim Benedictus PP. XVI, em italiano Benedetto XVI),
nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am Inn, Baviera, 16 de abril de 1927) é o
Papa desde o dia 19 de Abril de 2005.[1] Foi eleito como o 266º Papa com a idade de
78 anos e três dias, sendo o actual Sumo Pontífice da Igreja Católica. Foi eleito
para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de
Abril.

Domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês e
castelhano), ademais lê o grego antigo e o hebraico. É membro de várias academias
científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques
e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da
Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de
Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona
(2006).

É pianista e tem preferências por Mozart e Bach.[3] É o sexto e


talvez o sétimo (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem
não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) papa alemão
desde Vítor II e, nos seus 80 anos, tem a idade máxima para ser
cardeal eleitor. Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time
como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. [4]

O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922, foi
o Papa durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger é o primeiro Decano do
Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV em 1555 e o primeiro cardeal-bispo
eleito Papa desde Pio VIII em 1829.

Infância e juventude

Casa onde Joseph Ratzinger nasceu em 1927, Marktl am Inn no sudeste da Baviera:
Mauthaus.

Vocação

Em Aschau começam os primeiros vislumbres da vocação sacerdotal, o jovem


Ratzinger se deixa tocar pelos atos litúrgicos do povoado os quais frequenta com
piedade, entrementes o avanço do novo sistema político e, com ele, a oposição da
Igreja. Em fevereiro de 1937 tem lugar a Kristallnacht em que as juventudes
hitleristas apredejam as vitrines das lojas dos judeus. Pouco tempo depois Pio XI
promulga a Encíclica Mit brennender Sorge, em que condena as teorias nacional-
socialistas. Neste ano seu pai, então sexagenário, aposentou-se e a família mudou-
se para Traunstein.[10]

Nos anos de ginásio em Traunstein aprendera o latim que ainda era ensinado com
rigor, o que muito lhe valeu como teólogo, pode ler as fontes em latim e grego e, em
Roma, durante o Concílio, comenta, foi-lhe possível adaptar-se com rapidez ao latim
dos teólogos que lá se falava, embora nunca tivesse ouvido palestras nessa língua. A
formação cultural com base na antiguidade greco-latina propiciada naquele
ambiente "criava uma atitude espiritual que se opunha às seduções da ideologia
totalitária"[11]

Com o Anschluss e a fronteira da Áustria aberta a família pode ir com mais


frequência a Salzburgo e em peregrinação a Maria Plain, ali puderam assistir a
diversas apresentações musicais: "Foi ali que Mozart entrou até o fundo da minha
alma. Não é um simples divertimento: a música de Mozart encerra todo o drama do
ser humano", afirma.[12] Pela Páscoa de 1939 ingressa no seminário-menor em
Traunstein, por indicação do pároco, para que pudesse iniciar de forma sistemática

Serviço militar

Em 1943, com 16 anos, foi incorporado, pelo alistamento obrigatório, no Exército


Nazista Alemão, numa divisão da Wehrmacht encarregada da bateria de defesa
antiaérea da fábrica da BMW nos arredores de Munique. Mais tarde, estará em
Unterförhrin e Gilching, ao norte do lago Ammer. É dispensado em 10 de setembro
de 1944 do serviço na bateria antiaérea de Gilching e poucos dias depois é enviado
a um campo de trabalho em Burgenland , na fronteira da Áustria com a Hungria e a
Checoslováquia para realizar trabalhos forçados, daí é destinado ao quartel de
infantaria em Traustein, de onde desertará pouco tempo depois. [18]

Com a rendição alemã em 8 de maio de 1945 Ratzinger é recolhido preso no campo


aliado de concentração de prisioneiros em Bad Aibling, com mais de quarenta mil
prisioneiros. É libertado em 19 de junho, apenas dois meses depois de ter
completado os dezoito anos, chegou em casa em Traunstein na noite da sexta-feira
do Sagrado Coração.[19]

Vida religiosa e académica

Com o irmão, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminário católico.


Em 29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo
Cardeal Faulhaber, Arcebispo de Munique.
A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de
Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmática e fundamental. Em
1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na
doutrina da Igreja de Santo Agostinho". Sob a orientação do professor de teologia
fundamental Gottlieb Söhngen, obteve a habilitação para a docência apresentando
para isto dissertação com título de "A teologia da história em São Boaventura"

Lecionou ainda em Bonn (1959 - 1963); em Münster (1963 - 1966) e em Tubinga


(1966 - 1969) onde foi colega de Hans Küng e confirmou uma certa visão
tradicionalista como oposição às tendências marxistas dos movimentos estudantis
dos anos 1960. A partir de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história
do dogma na Universidade de Ratisbona, onde chegou a ser Vice-Reitor.

No Segundo Concílio do Vaticano (1962 – 1965), Ratzinger assistiu como peritus


(especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colónia. Foi também quem
apresentou a proposta da realização da missa em língua local em vez do latim.

Fundou em 1972, junto com os teólogos Hans Urs von Balthasar (1905-1988) e
Henri De Lubac (1896-1992), a revista Communio, para dar uma resposta positiva à
crise teológica e cultural que despontou após o Segundo Concílio do Vaticano.[20]

Recebeu o título de doutor honoris causa das seguintes instituições: College of St.
Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984; Universidade Católica
de Eichstätt, em 1987; Universidade Católica de Lima, em 1986; Universidade
Católica de Lublin, em 1988; Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), em
1998; Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (LUMSA, Roma), em 1999 e da
Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw (Polônia) no ano 2000 e era
ainda Membro honorário da Pontifícia Academia das Ciências.

Ascensão a bispo e cardeal

O Palais Holnstein, residência do Cardeal Ratzinger enquanto era Arcebispo de


Munique e Freising.

Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de março de 1977,


pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistório de 27 de junho de 1977 com
o título presbiteral de "Santa Maria da Consolação no Tiburtino".

Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo


Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu predecessor. Foi
designado cardeal-bispo da Sé Episcopal de Velletri-Segni em 1993, e tornou-se
Decano do Colégio Cardinalício em 2002, tornando-se o bispo titular de Ostia.
Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu o Papa João Paulo I e do
Conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na eleição de João Paulo II.

Era um velho amigo de João Paulo II, compartilhava das posições ortodoxas do
Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cúria Romana. A sua posição como
prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu durante vinte e
três anos, o colocava como um dos mais importantes defensores da ortodoxia
católica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos expoentes da Teologia da
Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985 devido às suas
posições políticas marxistas.

Eleição

Sua Santidade o Papa Bento XVI na Praça de São Pedro.

Segundo o vaticanista Lucio Brunelli[21], sem querer estabelecer uma verdade


absoluta sobre o resultado final do conclave, fato que certamente esbarra no
segredo imposto aos cardeais pela Constituição Apostólica Universi Dominici
gregis, na primeira votação, de 18 de abril de 2005,ocorrida por volta das 18:00h,
Joseph Ratzinger obteve 47 votos, contra 10 votos de Jorge Mario Bergólio,
arcebispo de Buenos Aires e 9 votos para Carlo Maria Martini, arcebispo emerito
de Milão. Na segunda votação no dia seguinte, ainda segundo Brunelli, Joseph
Ratzinger teria tido aproximadamente 60 votos. Na terceira votação, na manhã de
19 de abril, Ratzinger obteve 72 votos, contra 40 de Jorge Mario Bergoglio. Na
votação encerrada na tarde de 19 de abril, Joseph Ratzinger obteve 84 votos,
contra 26 de Jorge Mario Bergoglio.

Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger foi eleito papa pelo colégio de cardeais. O
conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rápidos da história, tendo
apenas quatro votações e duração de apenas 22 horas. No dia 24 de abril do mesmo
ano tomou posse em cerimônia na Basílica de São Pedro em Roma.[22]

A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 17h50 daquele 19 de Abril


(hora do Vaticano). O nome do cardeal alemão foi anunciado cerca das 18h40 locais,
da varanda da Basílica de São Pedro, onde o novo Papa surgiu minutos depois usando
o solidéu branco, aclamado por milhares de pessoas que preenchiam a Praça de São
Pedro, o coração do Vaticano.

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