Você está na página 1de 24
LICAO 48 Tons relativos, homénimos e vizinhos ‘Sio 0s tons que mantém correspondéncia direta ou proximidade com uma tonalidade principal. Os tons (ou escalas) podem ser Relativos, Homénimos e ‘Vizinhos. ‘Tons relatives - Como descrito na Lido 47, toda escala maior possui uma relativa menor e vice-versa. J4 que a tonica da escala define seu tom, considera-se, também, esta relago associada & tonalidade. Logo, tons e escalas relativas so os que guardam a diferenga de uma 3* menor entre si ¢ possuem a mesma armadura de clave. Por exemplo, 0 tom de Dé Maior possui como relativo o de Lé menor; 0 Mi menor € relativo de Sol Maior, ¢ assim por diante. D6 Maior |L& menor harménica (escala relativa de Dé Maior) TOT ss TT TS T st T T s Tt St e — = Tom om ov. Vi vit VII 7 we iw vw wn vin ‘Tons homénimos — So os que possuem a mesma tGnica mas pertencem a modos diferentes. Os tons homénimos tém armadura de clave com diferenga de trés alteragdes: Dé Maior ndo tem alteragbes ¢ seu homénimo Dé menor possui trés beméis. A escala de Fé Maior possui um bemol e sua homénima Fé menor tem quatro beméis: Fé Maior Fé menor harmOnica (homénima de Fé Maior) T os T T St Test St eo 1 nt miivv VW vi vil 1 W@W iv Vv Vi Vil vill ‘Tons vizinhos — Sao os que tém armadura igual (relativos) e os que apresentam diferenga de um acidente (a mais ou a menos) em relagdo ao tom principal. O tom relativo, assim como os tons da dominante (V) € da subdominante (IV), so vizinhos Diretos. Os relatives da dominante ¢ da subdominante do tom principal so Indiretos. Por exemplo, Lé Maior tem trés sustenidos, logo, seus vizinhos Diretos sfio Fat ‘menor (armadura igual), Mi Maior (quatro sustenidos) e Ré Maior (dois sustenidos). O Indiretos s40 08 relativos dos Diretos: D6# menor (quatro sustenidos) e Si menor (dois sustenidos). Fét menor (Vizinho Direto) Mi Maior ‘D6# menor eto, Slim Bee om 7 BE o Principal) Ré Maior (Vizinho Direto) ee x Si menor (Vizinho Indireto) ge procedimento para encontrar os vizinhos de um tom principal menor é idéntico ao descrito. Neste caso, 0s vizinhos Diretos serao menores (com excegao do relativo do principal) e os Indiretos serdo maiores. Os tons que possuem diferenga de duas ou mais alteragGes (sustenido ou bemol) na armadura so clasificados como Afastados. Exer modelo: 1 —Escrever a tonica, o nome e a armadura do tom relativo dos tons dados, conforme 0 Ré Maior menor Mi menor D6 menor Lé Maior Sib Maior L4 menor Solf menor Réb Maior Exercicio 2 — Escrever o nome dos tons homénimos ao lado, conforme o modelo: D6 Maior - Dé menor Ré Maior — Si Maior— Sol menor ~ Fé menor — Exercicio 3 - Escrever ao lado, os trés tons vizinhos Diretos ¢ os dois Indiretos, como no modelo: Lé Maior — Fa# menor, Mi Maior, Ré Maior / D6# menor, Si menor Mi Maior— Sol Maior ~ F4 Maior— Sib Maior — Questiondrio 1. Qual o grau que define o tom de uma escala? 2. O que sao tons e escalas relativas? 3. O que sao tons homénimos? 4. Qual é a diferenga numérica de alterages na armadura dos tons hom6nimos? 5. O que sto tons vizinhos? 6. Quais sos 0s graus dos vizinhos Diretos? 7. Quais so os vizinhos Indiretos de uma tonalidade? LICAO 49 Enarmonia Ba relagdo entre duas notas diferentes as quais, no sistema temperado, possuem 0 mesmo som. Por exemplo, no piano, a nota D6# tem a mesma altura que 0 Réb; o Sif soa igual ao D6. ‘Notas enarmOnicas Notas enarmOnicas Nos intervalos, escalas € acordes, 0 conceito de enarmonia também se aplica. Como pode ser observado na Ligo 44, na qual é demonstrado 0 ciclo das quintas, algumas escalas ou tonalidades , cconseqiientemente, acordes, possuem raizes (tOnicas) diferentes mas o som 6 0 mesmo. Portanto, so enarménicas. Considerando também as escalas relativas menores, concluimos que as seguintes escalas possuem sons iguais: Modo Maior ‘Modo menor Si Maior - Déb Maior Sol# menor ~ Lab menor Fa# Maior — Solb Maior Ré# menor — Mib menor D6# Maior - Réb Maior La menor — Sib menor Exemplo de escalas e acordes enarménicos: Fa Maior ¢ Sol Maior. Fe Observagdo: Prosseguindo além de sete sustenidos ou beméis no ciclo das quintas, encontram-se tonalidades como Sol Maior, Fb Maior, etc., que possuem diversas alteragdes dobradas. Na pritica, esses tons sdo substitufdos na escrita musical pelos seus enarménicos L4b Maior e Mi Maior. Questionario 1. O que é enarmonia? 2. A enarmonia também se aplica aos intervalos, escalas ¢ acordes? 3, Segundo 0 ciclo das quintas, quais sto as escalas enarménicas do modo maior? 4, Segundo 0 ciclo das quintas, quais so as escalas enarménicas do modo menor? Bibliotecs ~ FI LICAO 50 MCA Escrita de shuffle e swing £ muito comum encontrar partituras estrangeiras de shuffle, swing, jazz, be-bop e blues escritas no compasso 4/4, com predominancia de grupos de duas colcheias para cada tempo, mas que devem ser interpretadas com subdivisées ternérias (trés colcheias por tempo). Nesses géneros musicais, a escrita de quiditeras de trés colcheias (tercinas) 6 substitu(da por grupos de duas colcheias para simplificar a notagao. Ao interpretar as duas colcheias, deve-se atribuit a primeira, 0 valor de duas subdivisdes ternérias e & segunda, uma subdivisio ternéria: 1-7 A escrita, conversio ¢ interpretagdo desses estilos seguem os seguintes passos: Escrita: 1 2 3 4 35 3 3S 3S Conversio € interpretaga Interpretagio {333 em swing, f R § i shuffle, etc.: Exercicio — Solfejo em shuffle. A interpretacZo correta est na pauta de baixo. Em algumas partituras, aparece, na primeira pauta, a sugestio de como devem ser interpretados os grupos de duas colcheias. mo f-1) $a I I i, Question: io 1, Em que géneros so encontrados grupos de duas colcheias que devem ser interpretadas com tercinas? 2. Porque as tercinas sfio substituidas por grupos de duas colcheias nesses géneros musicais? 3. Na interpretagiio desses generos, quanto passa a valer a primeira colcheia? LICAO 51 Tétrades ‘As tétrades ou acordes de quatro sons siio formados sobrepondo-se uma terga as triades maiores ou menores, o que origina acordes de sétima. Por exemplo, sobrepondo uma terga maior a triade de D6 Maior, é criada a tétrade de D6 Maior com Sétima Maior. Neste caso, a terga adicionada faz um intervalo de sétima Maior em relagdo a ténica. Os trés intervalos de sétima (em relagdo & tonica) que podem ser adicionados as triades maiores ¢ menores so 0s seguintes, com exemplo a partir da fundamental Dé: 7 Maior T menor T diminuta . 4. =| —_ Logo, as possibilidades de tétrades maiores e menores com sétima em Dé sio: c™ oc c7™@s) Cm7 cm7™M) == Cm7(b5) Cdim es SS Estas cifras devem ser lidas por extenso da seguinte forma: D6 com sétima maior; Dé sétima; Dé sétima maior com quinta aumentada; D6 menor sétima; Dé menor com sétima maior; Dé menor sétima com quinta diminuta ou D6 meio diminuto; Dé diminuto ou Dé com sétima diminuta. 07 € 0 acorde dominante, encontrado no V da escala maior, no V da menor harménica ¢ melédica e no ‘VII da menor natural. O m7(b5) é 0 de sétima da sensivel, encontrado no VII da escala maior € no II da menor natural. Os acordes formados sobre as escalas encontram-se na Lig&o 62. Os seguintes célculos podem ser feitos para se achar rapidamente as sétimas em qualquer tom: a sétima maior é a nota mais perto da oitava da tonica; a sétima menor encontra-se um tom abaixo da oitava da tOnica; a sétima diminuta é a enarménica da sexta maior da t6nica. ‘Abaixando um tom da sétima dos acordes C7M e Crm7, sio criados acordes também muito utilizados: C6 (D6 Maior com sexta) e Cm6 (D6 menor com sexta). Estes acordes so considerados como sexta agregada (adicionada) & trade, ja que a sobreposigao de tergas resulta na sétima O acorde de 6" Maior possui, em relago a t6nica, intervalos de 3M, 5*J e 6M. O de 6* menor possui 3'm, 5" ¢ 6*M. As cifras opcionais do C6 sao: C maj6, C add6. C6 cmé S— A cifragem correta dos diversos tipos de acordes encontra-se descrita nos livros “Dicionério de Acordes para Piano e Teclados” e “Escalas para Improvisagéo”. As cifras abaixo referem-se aos acordes com ima aqui citados. Cifragem ideal | _ Cifragens opcionais 7™ M7, maj7, 4. 1 1 7™ (45) M745, maj7 +5. m7 -7, mi7 m(7M) ‘m(M7), m(maj7) m7(b5) -105), B dim °,°7, dim7 Observacdo: O sufixo dim (diminuto) pode ser usado tanto para a trfade diminuta como para a tétrade com 7* diminuta. Exercicio 1 — Forme os intervalos, como no modelo: ™ T Tm T Tim Tm 7™ Tm r Tim Tm. 7™ 7m. Tdim 7™ Exercicio 2 — Escreva as seguintes tétrades, como no modelo: c™ G7 Gdim Dm(7M) Em7(b5)_ D7M(#5) Ebm7 = Fm7(b5) Chdim = Bbm7 B7M Dm7b5)_E7 Gm(7M) —_Bb(6) Ebm(6) Questionario 1. Como sao formadas as tétrades? 2. Uma terga sobreposta a uma triade faz que intervalo com a tonica? 3. Quais sdo os trés intervalos de sétima (em relagao & tOnica) que podem ser adicionados as triades? 4. Quais sdo as tétrades possiveis de se formar? 5. Quais sao os célculos para se achar rapidamente a sétima maior, menor e diminuta? LICAO 52 Acordes com mais de quatro sons Sobrepondo-se uma terga as tétrades, so criados os acordes de cinco sons, ou seja, acordes de nona, ‘como mostram os seguintes exemplos em D6: c™M@) cI) cm7(9) cm) cmrbs ) Caim(9) ‘A nomenclatura correta desses acordes é: D6 com sétima maior e nona; Dé sétima ¢ nona; Dé menor sétima e nona; Dé menor sétima maior e nona; Dé menor sétima com quinta diminuta ¢ nona ou D6 menor meio diminuto com nona; Dé diminuto com nona. ‘Abaixando ou elevando a nona do acorde de 7(9), so formadas duas variagées de acordes dominantes muito utilizadas, cujas nomenclaturas sfio: D6 sétima com nona menor € Dé sétima com nona aumentada: C79) 79) Outras tergas podem ser sobrepostas além da nona. Assim so formados os acordes com décima primeira e décima terceira, ou seja: 7(9 11) e 7(9 11 13). Ao se alterar ascendente ou descendentemente essas sobreposigdes, mais combinagdes so alcangadas: 7(9 #11), 7(b9 #11), 7 (b9 #11 13), ete. acorde esté na posigo Primitiva quando é escrito com todas as tergas sobrepostas. Esta disposigao proporciona uma forma de analisar 0 acorde facilmente. Na prética, ao criar harmonizagées, as notas dos acordes so reorganizadas espagadamente ¢ mesmo algumas sao omitidas (geralmente a quinta), ou seja, desconsidera-se a rigidez das tergas sobrepostas que produzem, inclusive, uma sonoridade muitas vezes desagradével em decorréncia da soma dos harménicos de cada terga. Quando algumas sobreposiges intermediérias s4o suprimidas, 0 acorde continua com a mesma caracteristica (fungao). Por exemplo, em um acorde 7M(9), a 7* pode ser suprimida e a 9* tocada uma oitava abaixo, Com a 9* entre a tOnica e a 3*, é formada uma posicao de sonoridade peculidar do acorde de 9* adicionada (add9): Novos acordes dominantes podem ser formados substituindo-se a terga pela quarta (acordes de quarta suspensa com sétima e nona). Estes acordes podem ser cifrados, tanto a partir da t6nica quanto da forma alternada, isolando-se 0 baixo do bloco do acorde: clo cho C1) guGm7/C ow BIC 3— o ‘As cifragens dos acordes mencionados aparecem de diversas formas, como a seguir: Cifragem ideal Cifragens opcionais MQ) M79, maj7(9) 79) 9 m7(9) -7(9),m7 9 m(7M 9) ‘m(maj7 9) m7(b5 9) -1(b5 9), B9 dim) 29 Observagdes: Ao acorde de sexta agregada pode-se acrescentar a nona, para formar os acordes de sexta (maior ou menor) e nona. Hé, ainda, os acordes de quartas sobrepostas, que proporcionam sonoridades especiais ¢ abertas. Exercicio — Escreva os seguintes acordes, como no modelo: C7M(9), G19) G7(b9)_ Dm(7M 9) Em7(b5 9) D7M(IS 9) Ebm7(9) Dad) ci7#9)—Bbm7(9)_ B7M(9)_-—- Dm7b59) E79) Gm(7M 9) Eb7M(#5.9) Abm(7M 9) o Questiondrio 1. Como é formado 0 acorde de cinco sons? 2. Quais sio os acordes formados sobrepondo-se mais uma terca a tétrade, partindo da nota Dé? 3. Como sto formados os acordes de nona menor e nona aumentada? 4, O que ocorre quando se sobrepée mais tergas além da nona? 5. A décima primeira e a décima terceira também podem ser alteradas? 6. Quando 0 acorde est na posigao Primitiva? 7. Como é formado o acorde de add9? 8. Qual a forma alternativa de cifragem dos acordes de sétima com quarta suspensa? 9. Como é formado 0 acorde de sexta e nona? LICAO 53 Inversdo de acordes Inverter um acorde consiste em passar sua nota inferior para uma oitava acima (triades e tétrades). Ao inverter um acorde, as notas continuam sendo as mesmas, mas dispostas em localizagdes diferentes. Inversio de triades ~ As triades possuem trés posigdes: Estado Fundamental — BF (tergas sobrepostas); Primeira Inversdo (comega na segunda nota ~ 3* do acorde); Segunda Inversio (comega na terceira nota — 5* do acorde). Exemplo em Dé Maior (C): Inversio de tétrades — As tétrades possuem quatro posigées: Estado Fundamental ~ EF (tergas sobrepostas); Primeira Inverstio (comega na segunda nota — 3* do acorde); Segunda Inversfio (comega na terceira nota — 5* do acorde); Terceira Inverso (comega na quarta nota ~ 7* do acorde). Exemplo em Dé Maior com Sétima Maior (C7M): Inversio de acordes de cinco sons — A caracteristica dos acordes de cinco sons ¢ 0 intervalo de nona criado entre a fundamental e a dltima nota. Teoricamente, a menor distancia entre essas notas deve ser de nove graus. Logo, no é possivel seguir a ordem natural das inverses e a Quarta Inversdo é impraticavel. ‘Assim, o acorde de cinco sons possui quatro posigGes: Estado Fundamental — EF (tergas sobrepostas); Primeira Inversao (comega na 3* do acorde); Segunda Inversdo (comega na 5* do acorde); Terceira Inversao (comega na 7* do acorde). Exemplo com Sol Sétima e Nona, ou seja, G79): 3 F)— —= oe Para classificar e cifrar corretamente um acorde escrito (com notas), procura-se seu Estado Fundamental e reorganiza-se suas tergas de forma que fiquem sobrepostas (fundamental, 3*, 5*, 7*, 9%, 11*, 13°). ‘Na miisica popular, as cifras indicam apenas as notas dos acordes, ou seja, no especificam as posigdes. ‘Ao tocar em conjunto, os misicos dos instrumentos de harmonia devem escolher as posigdes evitando saltos entre os acordes da cadéncia harménica. Enquanto o baixista executa a nota fundamental, o pianista € o guitarrista podem tocar qualquer posigio mas, preferencialmente, as inversdes (exemplo em C): ec cic FIMCA Quando houver uma cifra altemada, o baixista toca a nota do baixo e os demais podem executar qualquer posigo (pauta esquerda). O baixo pode “caminhar” enquanto conserva-se a mesma posigo (pauta direita), Na execugaio de piano solo, o pianista toca os baixos e os acordes com técnica de saltos. Exemplos em C: CE CE CE CG CG CG c cB cA IG é a= = Em : ss 6 Na cifragem tradicional de musica erudita, as notas dos acordes so determinadas por nimeros aplicados sob um baixo dado (escrito). Os niimeros indicam os intervalos entre 0 baixo (a nota mais grave) ¢ as ‘outras notas. As posigdes ¢ os dobramentos so estabelecidos pelas normas da harmonia tradicional que podem ser pesquisadas em livros espectficos. Um baixo sem numerago ou com o néimero 5 indica um acorde de quinta no Estado Fundamental; com o néimero 6, 0 acorde esté na Primeira Inverséo (acorde d sexta); com os niimeros 4 e 6 esté na Segunda Inversdo (acorde de quarta e sexta), como mostram os seguintes exemplos em Dé Maior: Baixos Notas das trés posigoes 5 6 q Exercicio - Cifrar da forma popular e escrever as inversGes, como nos trés primeiros compassos: Dm EF = i"Inv. —2*Inv. Questionario 1, O que é inverter um acorde? 2. Quais sio as trés posigdes da triade? 3. A segunda inversdo de uma trfade comega em que nota? 4, A terceira inverstio de uma tétrade comega em que nota? 5. Qual € 0 procedimento para classificar e cifrar um acorde escrito com notas? 6. Nas cifras utilizadas em mtisica popular, as posigdes sio especificadas? 7. Ao tocar em conjunto (com baixista), o pianista pode executar qualquer posiga0? LICAO 54 Posicionamento das notas do acorde ‘As notas dos acordes podem ser dispostas na ordem Direta ou Indireta. Na Direta, as notas sio sobrepostas sem interrupgSes na formago, mesmo nos acordes invertidos. As posigdes podem ser Unidas (Fechadas) ou Afastadas (Abertas). Sao, ‘Unidas quando conservam os menores intervalos possiveis. Exemplo em Dé Maior: ‘Triade de D6 Maior, ordem Direta, posigdes Unidas EF It Inv. 2 Inv, SS Na ordem Indireta, as notas no seguem a sucessdo primitiva, e na posigdo Afastada, 0s intervalos ultrapassam a terga. A combinagio destas duas propriedades (ordem Indireta e posigio Afastada) produz sonoridades mais agradaveis, tanto em arranjos de naipes quanto na execugio de instrumentos de harmonia, As posigdes Afastadas se aplicam, também, aos acordes de quatro ou mais sons: ‘iadede D6 Maior oem nies, psgesAtasatas ‘Téa Socom dem India, pores fasts ° e 2 2 o = o. 5 = =: = = === — = Sa ss Exercicio — Passar os acordes da ordem Direta e posigao Unida, para a ordem Indireta e posigdes Afastadas, conforme o modelo: Questionario 1. Qual é a caracteristica da ordem Direta? 2. Qual é a caracteristica da posigiio Unida? 3, Qual é a caracteristica da ordem Indireta? 4, Qual é a caracteristica da posigo Afastada? Divuvwse ~ FIMCA LICAO 55 Compassos irregulares, mistos e alternados ‘Compassos Irregulares so os que agregam dois ou mais compassos simples de subdivisdes adversas. As formulas de compasso mais comuns so as que possuem ntimero superior 5, 7, 11 € 13 € inferior 4€ 8. 0 5/4 (cinco por quatro) corresponde, geralmente, a uma combinagao de 3/4 + 2/4 ou de 2/4 + 3/4, embor.. possa ser acentuado somente no primeiro tempo. A Unidade de Tempo do 5/4 € a seminima e, como no +hé uma figura que represente a Unidade de Compasso, sfio usadas figuras ligadas como Unidade de Som ‘que, neste caso, é uma mfnima pontuada ligada A uma mfnima ou vice-versa, dependendo da acentuagao. (O que determina a ordem da soma dos compassos simples € a forma como os tempos so acentuados: 3 + 2 Unid. de som 2+ 3 Unid. de som © 7/4 (sete por quatro) apresenta diversas combinages de acentuagdes. Contudo, as mais comuns so as que misturam um compasso de 4/4 + 3/4 ou 3/4 + 4/4. A Unidade de Tempo do 7/4 é a semfnima e a Unidade de Som é a semibreve ligada a uma minima pontuada ou vice-versa, dependendo da acentuagao. 4 + 3 Unid. de som 3 + 4 ‘Unid. de som (epEeeeei—! ‘Observacao: A contagem de tempos desses compassos representa a soma das contagens dos compassos. simples que os formam. ‘Os compassos Mistos podem ser utilizados para se escrever dois ou mais instrumentos com diferentes formulas de compasso. Sao encontrados mais comumente em partituras de formagiio orquestral que envolvem a polirritmia. Em cada pauta, a notago pode ser feita por intermédio de diferentes formulas, contudo, os tempos fortes de cada compasso devem coincidir. Os compassos Alternados podem ocorrer em determinados trechos de uma mtisica na qual alguns compassos nao possuem 0 niimero exato de tempos, determinado pela formula de compasso inicial. Neste Geralmente, € utilizada a barra dupla antes do novo compasso. Também, quando uma pauta jé inicia com ‘uma troca de compasso, utiliza-se uma formula de compasso de prevengao no final da pauta anterior, como mostra o seguinte exemplo: Temps: 1 2 3 4 1 2 3 4 2 2 3 4 123 1203 4 2123 4 1 2 3 4 1 2 1234 Observagio: Pode haver também, compassos Alternados com mudanga do mimero inferior da formula de compasso. Por exemplo, em uma miisica em 2/4, pode ocorrer um trecho no compasso 3/8. Neste caso, geralmente aparece, acima da nova férmula, o simbolo indicando que as colcheias no 3/8 devem ser interpretadas na mesma subdivisio das colcheias do 2/4. Exercicio — Leitura ritmica no compasso Irregular 5/4. A marcago dos tempos deve ser feita com a contagem de 3 + 2: Questionario 1. O que sdo compassos Irregulares? 2. Quais so os niimeros superiores mais comuns das férmulas de compassos Irregulares? 3. Quais so os ntimeros inferiores mais comuns das férmulas de compassos Irregulares? 4. Quais so as duas combinagdes mais usadas no 5/4? 5. Qual é a Unidade de Tempo do 5/4? 6. Qual é a Unidade de Som do 5/4? 7. Quais so as combinagées mais comuns do 7/4? 8. Qual é a Unidade de Som do 7/4? 9, Para que podem ser utilizados os compassos Mistos? 10. Em que casos so mais encontrados os compassos Mistos? 11 Onda nndam acnrrar nc eamnacens Altemadas? LICAO 56 As demais claves ‘Além das claves de Sol e de Fé na quarta linha, outras sto utilizadas para a notagio de diferentes instrumentos, de acordo com seus alcances (tessituras). A viola, por exemplo, é escrita na clave de Dé na terceira linha. Esta clave, que engloba a regitio média, é também denominada clave de contralto. Atualmente, a escrita para formago vocal utiliza somente as claves de Sole de Fé na quarta linha mas hé partituras antigas para coral com diferentes claves. As vozes femininas utilizavam as de D6 na primeira (soprano), na segunda (meio soprano) e na terceira linha (contralto). As vozes masculinas usavam as de Fé na terceira (baritono), na quarta (baixo) e D6 na quarta linha (tenor). ‘A clave de Sol na primeira linha foi usada para o violino durante os séculos XVI ¢ XVII, Hi, ainda, a clave de Sol na segunda linha com 0 nmero oito, para a notagdo de violdo. O nimero indica que a escrita € uma oitava acima do som de efeito (real). Assim € escrita a nota D63 (central) em todas as claves: Solna2 Donal" Déna2* = Déna3* D6 nad* ~—-Fana3* Fa nad* —Solna2* — Solna l* (om 8°) o {2-= 2 A escala de Dé Maior é escrita nas claves principais (Sol na segunda, Fé na quarta e D6 na terceira linha), da seguinte forma: 4. 163 Ré Mi FS Sol Lé Si Déd D63 Ré Mi Fé Sol Lé Si Déd D63 RE Mi Fé Sol La Si DOs ‘A notagio da bateria ¢ feita na clave de Fé na segunda linha ou na clave de percussio (retingulo vertical), utilizada para instrumentos sem som fixo: Exercicio — Solfejo na clave de contralto (D6 na terceira linha). Para facilitar, pode-se ler as notas com os nomes uma nota acima do que seria na clave de Sol: —_ = [ec P " “ Questionario 1. Qual instrumento € escrito na clave de D6 na terceira linha? 2. Quais sio as claves utilizadas atualmente para notagao de coral? 3. Em que claves eram escritas as vozes masculinas e femininas? 4. Qual € a clave utilizada, geralmente, em partituras de violio? 5. Quais so todas as claves? LICAO 57 Diapasao Lo instrumento actstico ou eletrénico que emite notas nas alturas perfeitas. E utilizado como referéncia para afinar os instrumentos musicais, Um dos mais precisos ¢ o de metal em forma de forquilha. A maioria dos metrénomos eletrénicos emitem o som do diapasdo, ou seja, a nota L43 na freqiiéncia de 440Hz (ciclos por segundo). Alguns maestros e pianistas preferem a afinagao de 442Hz por proporcionar uma sonoridade mais “brilhante” nos instrumentos. Escala geral Eo conjunto das 97 notas que o ouvido humano pode perceber. Inicia no D6-2 (0 quarto Dé abaixo do D6 | central) e finaliza no D67 (0 quarto Dé acima do central), O instramento actistico que reproduz 0 maior | iimero de notas 0 érgdo de tubos, Na area dos instrumentos eletrénicos, o sintetizador de oscilador | varidvel emite, inclusive, sons imperceptiveis a0 ouvido humano, no grave ¢ no agudo, A escala geral | ossui oito oitavas divididas em cinco regides e 0 D63 esté na regitio média: ge om Del [__Sub-erave _j, Grave, ~ Média), __—Aguda_—_y,_Superaguda_ Extensao das vozes ‘As vozes compreendem a regiio central, que engloba as regides grave, média ¢ aguda, abrangendo quatro oitavas (D61 ao D65). As vozes masculinas vao do F4l ao L43 e as femininas, do Fé2 ao Lid. A diferenca entre as vozes masculinas e as correspondentes femininas é de uma oitava. As tessituras (alcances) abaixo se aplicam para o canto coral j4 que os cantores solistas ultrapassam essas alturas. Baixo Baritono Tenor gy Contralto Meio-soprano Soprano o a 2 2 s Ss Fél ao RES Lal a0 Fa 62 a0 La3 Fa2aoRé4 —-L&2 ao Fat 63 ao Lag Questiondrio 1. O que € diapasdo e para que serve? 2. Quais sio as freqiiéncias mais utilizadas para a nota L&3? 3. O que é a escala geral e qual seu alcance? 4, Quais so as regides da escala geral? | 5.0 Dé central esté em qual regio? 6. Quais so as regides englobadas pela regido central? 7. De auanto é a diferenca entre as vozes masculinas e as correspondentes femininas? LICAO 58 Escala cromatica FE uma escala que inclui os 12 sons do sistema temperado e é formada por intervalos de semitons sucessivos. A décima terceira nota é repetigao da primeira. Nesta escala, toca-se sucessivamente as teclas brancas e pretas do piano. Em uma abordagem pratica, considera-se que sé h4 uma escala cromitica j4 que, partindo de qualquer nota, sempre sflo executados semitons sucessivos. Segundo este enfoque, a escala cromatica é construfda inserindo-se semitons entre os tons da escala diat6nica, Na subida sio utilizados sustenidos e na descida bemdis, como mostra o exemplo a seguir, no qual as notas pretas representam as cromiticas acrescentadas: ote Por outro lado, a escala cromitica pode ser construfda com as notas crométicas pertencentes aos tons vizinhos da escala diaténica em questo. Neste caso, cada escala passa a ter tonalidade e caracteristicas proprias. Esta é a forma mais encontrada na escrita de miisica cldssica. Na subida, as notas crométicas si inseridas com alteragao ascendente entre os intervalos de tom do I ao VI; 0 VI permanece inalterado e antes do VII entra uma nota cromitica abaixada. Na descida, entram notas abaixadas; o V permanece inalterado e antes do IV € inserida uma nota elevada, como mostra o seguinte exemplo em Dé Maior: Observagio: Fregiientemente, na misica cléssica e na improvisagao jazzistica, notas crométicas so incluidas para embelezar passagens musicais onde, normalmente, seriam utilizados intervalos mel6dicos com relagio de um tom, Esta substituigao, denominada bordadura cromitica ou cromatismo incidental, & constitufda de subidas ou descidas de um semitom que retornam a nota basica. Neste caso, o cromatismo_ deve ser feito e escrito na pauta de forma diaténica: Correto Errado Questionério 1, O que € escala cromética? 2. Como € formada a escala cromética? 3, Como é construfda a escala cromética de forma pratica? 4. Como é construfda a escala cromatica da forma cléssica? 5. Como deve ser feito 0 cromatismo nas bordaduras? LICAO 59 Reconhecendo o tom O tom de uma miisica ou de um trecho musical pode ser definido averiguando-se trés itens: a armadura de clave, 0 modo e a caracteristica melédica ou harménica do final. A armadura indica 0 tom do inicio da miisica, Se ela possui, por exemplo, trés sustenidos, 0 tom pode ser La Maior ou seu relativo Fii# menor. O modo (maior ou menor) pode ser identificado averiguando se ha ocorréncia do VII (sensfvel) elevado em um semitom (caracteristica do modo menor), no inicio e no final da miisica ou do trecho. A sensivel caracteriza 0 modo menor em virtude de que a escala menor harménica é a mais comum entre as menores. Em uma partitura com acompanhamento escrito, averigua-se se 0 baixo toca mais constantemente a nota Lé ou Fat, Se for La, o modo é maior e se for F4#, o modo é menor. Quando ha um acorde final escrito, € facil identificar a tonalidade e 0 modo ja que, embora nao seja obrigatério, muitas miisicas finalizam na tonalidade em que comegam. Se 0 acorde final tem as notas L4-D6#-Mi e a armadura possui trés sustenidos, a miisica esté em La Maior. Quando hé apenas uma melodia, analisa-se a sensfvel. Nos exemplos a seguir, embora o trecho da pauta esquerda no termine na ‘nica, conclui-se que a tonalidade é L4 Maior. Na pauta da direita, a sensivel esta elevada em um semitom, logo, o tom é F4# menor. Lé Maior F4# Maior Modulagao E a mudanga de um tom para outro no decorrer de uma miisica. Os principios da modulagao sao objeto do estudo de harmonia. A misica tonal pode ser constitufda de um tom Principal (do inicio e do final, embora no obrigat6rio) e diversos tons Secundérios que se sucedem. Quando a modulagio retorna ao tom Principal imediatamente ou mesmo apés passar por diversos tons, ela € Passageira. Se a modulagdo acarreta em uma mudanga efetiva do tom, a mesma é Definitiva e exige troca de armadura a partir da modulagdo. O seguinte exemplo mostra uma melodia que inicia em Dé Maior e modula para o tom vizinho Sol Maior: D6 Maior ‘Modulagéo para Sol Maior Questionério 1. Como pode ser definido 0 tom de uma musica ou de um trecho musical? 2. O que indica a armadura de clave? 3. Quanto ao modo, como identificar se o trecho € maior ou menor? 4. Obrigatoriamente a misica deve terminar na tonalidade do inicio? 5. Como analisar mais seguramente a tonalidade quando ha apenas uma melodia? 6. O que € modulagao? 7 Quando a modulagdo € Passageira? 8. Quando a modulagdo é Definitiva? LICAO 60 Transposicao de tonalidade ‘Transposico ou transporte de tonalidade consiste em escrever ou tocar uma miisica em um novo tom ou altura, E necesséria para adequar um acompanhamento a tessitura de uma voz ou de um instrumento solista e para transcrever melodias para instrumentos transpositores (construfdos com afinagio em Sib, Mib, Fée Sol). Quando um intérprete necessita “forgar” para executar notas agudas ou graves € um indicio de que o tom da misica deve ser modificado. Se as notas graves da melodia so interpretadas “sem firmeza”, eleva-se « tonalidade. Por outro lado, se esto soando demasiadamente “forgadas”, abaixa-se o tom até tornarem-se confortiveis. Em uma melodia para voz. masculina em L& Maior, por exemplo, se algumas notas agudas a sustentar alcangam o R64, abaixa-se o tom em uma terga maior e as mesmas so melhor acomodadas: LaMaior A Bm cm E7 A — FéMaior Gm Am, c7 F oe A transposicdo pode ser escrita ou lida. Na escrita, primeiramente, anota-se a armadura do novo tom conforme o intervalo a transpor. Em seguida, transp6e-se cada nota de acordo com o intervalo. Se houver alteragdes acidentais na melodia do tom original, havers, também, na nova tonalidade, No exemplo dado, a armadura passou para um bemol e cada nota foi abaixada uma terga maior, conservando as caracteristicas e fungdes originais. As cifras foram transpostas para Fa Maior. A transposigdo escrita de partituras antigas de canto coral, que utilizavam diversas claves, pode requerer troca de claves. A transposigdo lida com mudanga de clave remonta a época em que era comum a escrita ¢ leitura em todas as claves. Consistia em substituir mentalmente a clave original por outra que tivesse relago com 0 intervalo necessério & transposigao, sem que as notas mudassem de lugar na pauta. Neste processo, as alteragdes acidentais deviam ser automaticamente adequadas para conservar as caracteristicas da melodia. ‘Outra forma é a transposigdo lida sem mudanga de clave que requer muita prética de conversio de intervalos. Esta é mais utilizada por misicos que executam instrumentos transpositores (com afinagdes diferentes de D6). Alguns mtisicos possuem uma técnica de leitura que possibilita tocar uma melodia escrita, por exemplo, para sax soprano (afinado em Sib) e transporté-la instantaneamente para 0 sax alto (afinado em Mib). Questionério 1, Em que consiste a transposigao de tonalidade? 2. Para que, comumente, a transposigao é necessaria? 3. Qual € 0 indicio de que o tom de uma mtisica deve ser modificado? LICAO 61 Masica modal Na Grécia Antiga, foi desenvolvido uim sistema musical de escalas denominado “modos”, constituide por uma série de notas em seqiiéncia. Posteriormente, na Idade Média, os modos gregos originais foram organizados e novos modos foram introduzidos pela Igreja, passando a ser denominados “modos liturgicos” ou “eclesidsticos”. Os modos possuem um niimero limitado de sucessbes onde, a partir de cada grau das escalas bisicas, sto construfdas outras escalas, Por exemplo, o modo dérico é construido a partir do segundo grau (II) da escala maior e o frigio inicia no terceiro grau (IIT) da mesma escala. No tom de D6 Maior, estes modos posstiem, respectivamente, as notas de Ré a Ré (RE-Mi-Fé-Sol-L4-Si-D6-Ré) e de Mi a Mi (Mi-Fé-Sol- L&-Si-D6-REé-Mi). Logo, miisica modal é um tipo de miisica baseada nos modos, ou seja, a melodia ¢ criada com as notas de um modo especifico, como ocorre nos cantos gregorianos. Modos ‘Os modos podem ser construfdos a partir das quatro escalas basicas: maior, menor melédica (na ascendente), menor harménica e menor natural. A menor natural gera modos idénticos aos da escala maior 4 que é encontrada no sexto grau (VI) da propria escala maior. Logo, a menor natural é o pr6prio modo edlio. Nos modos apresentados a seguir, as notas brancas so as que entram na formagio das tétrades geradas tomando-se 0 I, IIl, V e VII de cada modo, As marcas “st” mostram onde ocorrem os semitons. Nos pequenos compassos, esto representados os respectivos acordes. ‘Acescala maior, que é préprio modo jénico, gera os seguintes modos (exemplo em Dé Maior): ) Jonico cm st st 1 oom ow ov wovwvm (i) Dérico (V) Mixolidio a (IL) Frigio (VD Bétio st st 2 AY) Lidio pm (VID Léctio a Bt5) MOWCte F Cae Para calcular quais notas entram na formagao desses modos em outros tons, transpoe-se fEMGA observando-se sempre a seqiléncia dos tons e semitons. Por exemplo, para achar 0 modo dérico na tonalidade de Sol Maior, utiliza-se o seguinte célculo: 1. O modo d6rico é composto da seqiiéncia: Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom, Tom. 2. O modo dérico inicia no segundo grau (II) do jénico e, o II de Sol Maior é a nota La. 3. Inicia-se uma escala com a seqiléncia T-St-T-T-T-St-T a partir da nota Lé. Modo dérico (de Sol Maior) st st Por outro lado, quando se deseja construir um modo ou escala com suas respectivas alteragdes sem a necessidade de identificar os locais de cada tom e semitom, usa-se 0 seguinte precedimento (exemplo em LA Mixolidio): 1. O modo mixolidio é encontrado no quinto grau (V) do modo jénico. 2. OL&€ 0 quinto grau (V) de Ré Maior. 3, Organiza-se a escala de Lé a Lé (L4-Si-D6-Ré-Mi-Fé-Sol-L4). 4. Aplica-se as alteragGes da armadura de clave de Ré Maior (Fé sustenido e D6 sustenido), Dependendo das caracterfsticas culturais de determinados povos e pafses, a mtisica modal pode ser construida a partir de um simples modo ou por uma fusto de modos (Hibridismo Modal). A seguir, um exemplo de melodia no modo dérico: Entre os modos gregos, 0 jénico € 0 edlio so os mais comuns ¢ os que passaram, inclusive, a ser utilizados em composigdes eruditas, a partir do final da Idade Média, com a denominagio de modo maior ‘e menor, respectivamente. Atualmente, no estudo da improvisagao, os modos so explorados de uma forma mais ampla. Além dos modos citados, utiliza-se os que sao gerados a partir da escala menor melédica (ascendente) para improvisar sobre determinados acordes tais como: menores com sétima maior, alterados, dominantes com décima nrimeira anmentada ete Acescala menor mel6dica na ascendente gera os modos a seguir. O exemplo est em Dé menor e os equenos compassos mostram as tétrades encontradas a partir dos graus representados por notas brancas: (D Menor melédico st st mM) = T 0 mM WV VI viVuL (iD) Dérico 2* menor (V) Mixolidio 6* menor o st st Dm? st__st (i) Lidio aumentado Ebimis) (VD Lécrio 2 maior aT sts st__sf (IV) Lidio dominante (VID Supertécrio B65) st sy o he Observagio: Os modos gerados a partir da escala menor harmOnica, assim como as escalas exéticas de fortes caracteristicas regionais (napolitana, hiingara menor, chinesa, japonesa in-sen, etc.) também podem ser usadas para improvisagao e criago de melodias peculiares, como detalhado no livro “Escalas para Improvisagao”. Exercicio — Solfejo no modo lidio: ee ee Questionario 1. O que é misica modal? 2. Em que grau da escala maior é encontrada a escala menor natural (modo e6tio)? 3. Quais modos so gerados a partir da escala maior? 4, Como se calcula as notas que formam os modos em diversos tons? 5. Quais sdio os dois modos mais comuns que passaram a ser utilizados em composigdes eruditas? 6. Que modos sao gerados a partir da escala menor melédica ascendente? LICAO 62 Acordes formados sobre as escalas 0s acordes diat6nicos so formados sobre os graus das escalas apresentadas abaixo. Deve-se observar que as notas que entram na formagiio desses acordes so, estritamente, as que pertencem a respectiva escala. Os acordes gerados pela escala menor natural nao so descritos por serem idénticos aos da escala maior, partindo do VI Nas Ligdes 43, 45, 47, 51 e 61 diversos acordes foram introduzidos sob a forma de triades e de tétrades. Nesta ligdo os acordes sio mostrados em seqtiéncia. Os exemplos sio a partir das escalas de Dé ¢ os acidentes estilo escritos em cada nota, além da armadura de clave, para facilit Acordes formados sobre a escala mai c™ Dm7 Em7 F/M G7 Am? Bm7(b5) 1 0 m Vv v vr val Acordes formados sobre a escala menor melédica: ‘Cm(7M) Dm7 EbTM(S) FT GT Am7(b5) Bm7(b5) Acordes formados sobre a escala menor harménica: cm(7™M) Dm7(bs) —_ Eb7M(#s) Fm7 or AWM pain 1 1 m Vv v vi vu Observagio: Os acordes e escalas em todos os tons encontram-se descritos detalhadamente no livro “Escalas para Improvisagao”. Questiondrio 1, Em que graus e em quais escalas citadas é encontrado o acorde de 7* Maior? 2. Em que graus ¢ em quais escalas citadas ¢ encontrado 0 acorde de 7"? 3. Em que graus e em quais escalas citadas 6 encontrado 0 acorde menor 7* com 5* diminuta? LICAO 63 Série harménica £ 0 conjunto de sons produzidos por um som fundamental e seus harménicos. Como descrito na Ligao 1, quando um corpo elastic vibra, suas partes (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/6, etc.) também vibram produzindo sons parciais. As parciais ou harménicos superiores que acompanham a vibragdo sio ilimitadas ¢ diminuem gradativamente em intensidade até tornarem-se inaudiveis. Em torno do vigésimo harménico, a amplitude da onda sonora é praticamente zero. Fundamental Harménicos ete. Em um sintetizador, a série harm6nica pode ser facilmente ouvida incrementando-se, na segao de filtragem, o nivel do cut-off, estando 0 emphasys no méximo. J4 em um piano, ao se executar uma nota grave, como por exemplo o D61, ouve-se 0 som fundamental (D61) ¢, com volumes reduzidos, os quatro primeiros harménicos que o acompanham. A pauta abaixo mostra a série harm6nica até o décimo segundo harménico: 12 3 4 5 6 7 8 9 0 M12 Os intervalos existentes entre os harménicos so: 8* justa, 5* justa, 4* justa, 3* maior, 3* menor, 3* menor, 2 maior, 2* maior, 2* maior, 2* maior e 2* menor. As notas acima representadas por figuras brancas entram na formagdo do préprio acorde perfeito maior 0 qual, no exemplo dado, é o D6 Maior. Esta é a razdo pela qual o acorde perfeito maior € considerado consonante, (Os seguintes acordes so encontrados naturalmente ou formados artificialmente, tomando-se os préprios harm6nicos da série: Perfeito maior — harménicos 4, 5 ¢ 6 Quinta diminuta - 5, 6 ¢7 Sétima (dominante) - 4, 5,6e7 Menor sétima com quinta diminuta (Meio diminuto) - 5, 6, 7¢9 Sétima e nona (dominante) ~ 4, 5, 6,79 Sétima e nona menor (dominante) — 4, 5, 6, 7 € 9 (nono harménico abaixado em um semitom) ‘Sétima diminuta — 5, 6, 7 e 9 (nono harménico abaixado em um semitom) Quinta aumentada — 4, 5 e 6 (formado elevando-se a quinta — harménico 6 — em um semitom) acorde perfeito menor é encontrado nos harménicos 6, 7 ¢ 9 da série harm6nica superior. Contudo, esta consonancia é explicada por H. Anglés e J. Pena na publicagio Diccionario de La Miisica (Editora Labor, p- 2051), na qual é demonstrada a existéncia de uma série harménica inferior proporcionada pelos harménicos resultantes das vibragdes sonoras simpéticas (fendmeno actistico que produz os sons simpaticos ¢ seus resultantes). Os doze primeiros sons da série harm6nica inferior sio os seguintes (exemplo a partir do D65): 2 Como pode ser observado no exemplo dado, os harménicos 4, 5 e 6 constituem, naturalmente, 0 acorde perfeito de Fé menor. Observagao: Embora o som produzido pela maioria dos instrumentos seja constitufdo, principalmente, por harménicos da série harm6nica, alguns criam harménicos que ndo sio matematicamente relacionados com © som fundamental, o que ocorre com muitos instrumentos de percussio. O sino, por exemplo, produz muitos harménicos nao relacionados que proporcionam um som peculiar, rico ¢ complexo. Questionario 1. O que é série harménica? 2. Quais so os intervalos existentes entre os harménicos até o décimo segundo? 3. Quais acordes so encontrados naturalmente e artificialmente na série harménica? 4, Quais harménicos formam, naturalmente, 0 acorde consonante perfeito maior? 5. Quais harménicos da série inferior formam, naturalmente, o acorde consonante perfeito menor?

Você também pode gostar