Você está na página 1de 50
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 Impresso por: Jogo Josué Barbosa NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 15961-1 Primeira edigao 18.07.2011 Valida a partir de 18.08.2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto Parte 1: Projeto ‘Structural masonry — Concrete blocks Part 1: Design Ics 91,080.30 ISBN 978-85-07-02916-8 ASSOCIACAG Numero de referéncia BRASILEIRA r TECNICAS 42 paginas © ABNT 2011 ABNT NBR 15961-1:: @ ABNT 2011 ‘escrito da ABNT. ABNT ‘AvTreze de Maio, 13 - 28° andar 20031-2901 - Rio de Janeiro - RU Tol: +55 21 3974-2300, Fax: + §5 21 3974-2346 abnt@abntorg.br wwwabntorg.br Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 Impresso por: Jodo Josué Barbosa ‘Todos 08 direitos reservados. A menos que especiicado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletrGnico ou mecénico, incluindo fotocépia e microflme, sem permissao por © ABNT 2011 - Todos 08 clrltos reservados ABNT NBR 15961-1:2011 Sumario Pagina Prefacio. 1 Escopo 2 Referéncias normativas. 3 Termos e definigées. 4 ‘Simbolos e termos abreviados .. 41 Letras minusculas. 42 Letras maitisculas. 43 Letras gregas. 5 Requisitos... 5.1 Qualidade da estrutur: 52 Qualidade do projeto . 53 Documentagao do projeto 5.3.1 Desenhos técnicos. 5.3.2 Especificacées .. 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes.. 61 Componentes 6.1.1 Blocos 6.1.2 Argamassa.. 6.1.3 Graute. 6.1.4 Ago. 6.2 Alvenaria.. 6.2.1 Propriedades elasticas .. 6.2.2 Expansao térmica. 6.2.3 Retracao. 6.2.4 Fluénci 6.2.5 Resisténcias .. 7 Seguranga e estados-| 87 Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 Critérios de seguranga .. Estados-limite. Estados-limite ultimo (ELU) Agées. Disposigées gerai Agées a considerar Agées permanentes Ages permanentes diretas Agées permanentes indiretas Acoes varidveis Ages excepcionais. ARNT 2011 - Todos o¢ direitos reservados iil Impresso por: Jodo Josué Barbosa ABNT NBR 15961-1:2011 88 8.8.1 8.8.2 8.8.3 89 94 944 9.4.2 9.1.3 9.1.4 9.2 9.24 9.2.2 93 9.3.1 9.3.2 9.3.3 94 9.4.1 9.4.2 95 96 97 974 9.7.2 98 9.8.1 9.8.2 99 10 10.1 10.1.1 10.1.2 10.1.3 10.2 10.2.1 10.2.2 10.2.3 10.2.4 10.3 " WA Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 iv Valores das acées Valores representativos. Valores reduzidos de agées variav Valores de CAICUIO.ceecnstnntsene Combinacao de acées Anélise estrutural. Disposigées geraii Objetivos da andlise estrutural Premissas da anélise estrutural Hipéteses basicas. Disposigées especificas para os elementos Viga: Vio efetivo. Carregamento para vigas .. Pilares. Altura efetive Segao transversal. Carregamento para os pilares. Paredes Altura efetive Espessura efetiva. Segao resistente. Interagao dos elementos de alvenaria Interacao para cargas verticai Interagao de paredes em cantos e bordas (L,T e X) Interacdo de paredes através de aberturas .. Interagao para agées horizontais .. Interacao em flange: Associacao de paredes Interagao entre a alvenaria e estruturas de apoi Limites para dimensées, deslocamentos e fissuras.. Dimensées-limite.. Espessura efetiva de paredes. Esbeltez. Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento, Cortes e juntas... Cortes em parede: Juntas de dilatagao... Juntas de controle. Espessura das juntas hot Deslocamentos-limite Dimensionamento Disposigées gerai: © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 Dimensionamento da alvenaria a compressao simples.. Resisténcia de célculo em paredes.. Resisténcia de célculo em pilares Forgas concentradas ....cnmsnnnminnintnnnntnnninnninnnitnnintnnnnite Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexao simples Alvenaria nao armada Alvenaria armada SegGes retangulares com armadura simple: Seges com flanges (flexao no plano do elemento). Segdes com armaduras isoladas (flexdo em plano perpen Vigas-parede.. Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento Tensées de cisalhamento Verificacao da resisténcia Armaduras de cisalhamento.. Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexo-compressao.. Introdugao Alvenaria no armada. Alvenaria armada Disposi¢ées construtivas e detalhamento Cobrimentos .. Armaduras minimas. Armadura maxima Diémetro maximo das armaduras.. Espagos entre barras. Estribos de pilare: Ancoragem.. Emendas .. 12.9 Ganchos e dobras Anexo A (informativo) Dano acidental e colapso progressivo. Gi a AZ Danos acidentais.. 2.1 — Danos diversos.. A.2.2 _ Impactos de veiculos e equipamentos. A23 Explosées AB Verificagéo do colapso progressivo A.3.1 — Disposigées gerai A3.2 — Coeficientes de seguranca para a alvenari A.3.3. _ Verificago de pavimentos em concreto armado. Anexo B (informativo) Alvenaria protendida B41 Dimensionamento de alvenaria protendida.. B.1.1 _ Introdugao. B12 Dimensionamento ARNT 2011 - Todos o¢ direitos reservados v Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 B.1.3. Flexéo e compressao.. B.1.4 — Forga de protensao... B.1.5 Resisténcia da alvenar B.1.6 — Verificago da ruptura..cnnnnnnsnen B17 Cisalhamento.. B.1.8 Perdas de protenséo B.1.8.1 Deformagao eléstica da alvenaria, movimentacao higroscépica, efeitos térmicos e fluéncia Atrito, acomodagao das ancoragens e relaxacao do aco Tensao de contato. B.1.8.4 Ancoragem nos apoios. B2 Execugao de alvenaria protendida Figuras Figura 1 —Imperfeigdes geométricas globais. Figura 2 - Dispersao de agées verticais Figura 3 — Definicao da regido que carrega a viga segundo a regra de dispersao de cargas verticais. Figura 4 — Parametros para cdlculo da espessura efetiva de paredes. Figura 5 - Comprimento efetivo de flanges. Figura 6 - Cargas concentradas Figura 7 — Diagrama de tensées para a alvenaria nao armada. Figura 8 - Diagramas de deformagées e tensées para a alvenaria armada, Figura 9 — Secées transversais de paredes com flanges Figura 10 - Largura de segdes com armaduras concentradas.. Figura 11 — Flexo-compressao — Secao retangular. Figura 12 - Momento de 2* ordem ..nsnnssene Tabelas Tabela 1 — Propriedades de deformagao da alvenaria Tabela 2 -Valores de yn. Tabela 3 - Valores caracteristicos da resisténcia a tragao na flexao — fx.. Tabela 4 -Valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes (fi) Tabela 5 - Resisténcia caracteristica de aderéncia em fung Tabela 6 — Coeficientes para redugao de agées varidvels Tabela 7 — Coeficientes de ponderagao para combinagées normais de agées .. Tabela 8 - Valores do coeficiente 6 (interpolar para valores intermediarios).. Tabela 9 - Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pilare: Tabela 10 - Valores maximos de espacamento entre juntas verticais de controle. Tabela 11 — Valores do coeticiente j. do tipo de barra de aco. vi © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 Prefacio A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios ¢ outros). Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15961-1 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgao Civil (ABNT/CB-02), pela Comissao de Estudo de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto (CE-02:123.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11, de 25.11.2010 a 24.01.2011, com o numero de Projeto 02:123.04-015/1. A ABNT NBR 15961, sob 0 titulo geral “Alvenaria estrutural — Blocos de concreto’, tem previsao de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execugao e controle de obras. Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 8215:1983, ABNT NBR 8798:1985 e ABNT NBR 10837:1989. Escopo desta Norma Brasileira em inglés é 0 seguinte. Scope This part of ABNT NBR 15961 estabilishes sets the minimum requirements to the design of masonry structures of concrete blocks. This part of ABNT NBR 15961 also applies to the analysis of structural elements of masonry concrete blocks inserted into other structural systems. This part of ABNT NBR 15961 does not include mandatory requirements to avoid limit states generated by actions such as earthquakes, impacts, explosions and fire. ARNT 2011 - Todos o¢ direitos reservados vii Impresso por: Jodo Josué Barbosa ‘y2-L000/8L6'LE0'8Y - dSANN - OTIS VLINDSIW 3d OMNE VISIINd WNAVLS3 JAVAISAAINN - on/sni9xe osn eed sejdwWexX3, Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15961-1:2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto Parte 1: Projeto 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR 15961 especifica os requisitos minimos exigiveis para o projeto de estrutu- ras de alvenaria de blocos de concreto. Esta parte da ABNT NBR 15961 também se aplica & andlise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos de concreto inseridos em outros sistemas estruturais. Esta parte da ABNT NBR 15961 nao inclui requisitos exigiveis para evitar estados-limite gerados por ages como sismos, impactos, explosdes e fogo. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir séo indispensdveis & aplicagao deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edig6es citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto armado — Procedimento ABNT NBR 6120, Cargas para o cdleulo de estruturas de edificages ABNT NBR 6123, Forgas devidas ao vento em edificages ABNT NBR 6136, Blocos vazados de conoreto simples para alvenaria - Requisitos ABNT NBR 7480, Aco destinado a armaduras para estruturas de concreto armado — Especificagéo ABNT NBR 8681, AgGes e seguranga nas estruturas — Procedimento ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de ago e de estruturas mistas de ago e concreto de edificios ABNT NBR 8949, Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio 4 compresséo simples - Método de ensaio ABNT NBR 9062, Projeto e execugao de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Requisitos ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Determinagéo da resisténcia a tracdo na flexao e a compresséo ABNT NBR 14321, Paredes de alvenaria estrutural — Determinagdo da resisténcia ao cisalhamento ABNT NBR 14322, Paredes de alvenaria estrutural — Verificagao da resisténcia a flexao simples ou a flexo-compresséo ABNT NBR 15961-2:2011, Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2: Execugao e controle de obras ©ABNT 2011 - Todos 08 direitos reservados 1 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1: 3 Termos e definicdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes 34 componente menor parte constituinte dos elementos da estrutura. Os principais sao: bloco, junta de argamassa, graute e armadura 3.2 bloco componente basico da alvenaria 3.3 junta de argamassa ‘componente utilizado na ligagao dos blocos 3.4 graute ‘componente utilizado para preenchimento de espacos vazios de blocos, com a finalidade de solidari- zar armaduras a alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente 35 elemento parte da estrutura suficientemente elaborada, constituida da reuniao de dois ou mais componentes 3.6 elemento de alvenaria nao armado elemento de alvenaria no qual néo ha armadura dimensionada para resistir aos esforgos solicitantes, 37 elemento de alvenaria armado elemento de alvenaria no qual s&o utilizadas armaduras passivas que sdo consideradas para resistir aos esforgos solicitantes 3.8 elemento de alvenaria proten: elemento de alvenaria no qual sao utilizadas armaduras ativas 39 parede estrutural toda parede admitida como participante da estrutura 3.10 parede nao estrutural toda parede nao admitida como participante da estrutura elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou néo as lajes, vergas ou contravergas 3.12 coxim elemento estrutural nao continuo, apoiado na parede, para distribuir cargas concentradas 2 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 3.13 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na diregao perpendicular ao seu plano 3.14 viga elemento linear que resiste predominantemente & flexao @ cujo vao seja maior ou igual a trés vezes a altura da segao transversal 3.15 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela e que tenha a fungao exclusiva de transmissao de car- gas verticais para as paredes adjacentes a abertura 3.16 contraverga elemento estrutural colocado sob 0 vao de abertura, com a fungao de reducdo de fissuragao nos seus cantos elemento linear que resista predominantemente a cargas de compressao e cuja maior dimensao da segao transversal nao exceda cinco vezes a menor dimenso 3.18 parede elemento laminar que resista predominantemente a cargas de compressao @ cuja maior dimensao da segao transversal exceda cinco vezes a menor dimensao 3.19 excentricidade distancia entre 0 eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada agao que atue sobre ele 3.20 area bruta rea de um componente ou elemento considerando-se as suas dimensdes externas, desprezando-se aexisténcia dos vazados corpo de prova obtido pela superposigao de blocos unidos por junta de argamassa, grauteados ou nao ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 3 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 3.24 amarra¢ao direta no plano da parede padrao de distribuicéo dos blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em no minimo 1/3 do comprimento dos blocos 3.25 junta nao amarrada no plano da parede padrao de distribuigéo de blocos no plano da parede que nao atenda ao descrito em 3.24. Toda parede ‘com junta nao amarrada no seu plano deve ser considerada néo estrutural, salvo se existir comprova- ‘940 experimental de sua eficiéncia ou se efetuada a amarracao indireta conforme 3.27 3.26 amarragéo direta de paredes padrao de ligagao de paredes por intertravamento de blocos, obtido com a interpenetragao alternada de 50 % das fiadas de uma parede na outta ao longo das interfaces comuns 3.27 amarra¢éo indireta de paredes padrao de ligagao de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum é atra- vessado por armaduras normalmente constituidas por grampos metélicos devidamente ancorados em furos verticais adjacentes grauteados ou por telas metalicas ancoradas em juntas de assentamento 4 Simbolos e termos abreviados 4.1. Letras minusculas a 6 a distancia ou dimensao b 6a largura by 6 0 comprimento efetivo de flange bm @ alargura da mesa de uma segaoT. a 6a altura util e 6a excentricidade enr 2 espessura de enrijecedor & — € aexcentricidade resultante no plano de flex4o f éarresisténcia h 6 a tensdo normal na armadura longitudinal fy 6a resisténcia A compressao de calculo da alvenaria hk 6 a resisténcia caracteristica a compressao simples da alvenaria fea @tenso nominal no cabo de protensao fx Ga resisténcia caracteristica de compresséo simples do prisma 4 ‘© ABNT 2011 - Todos os crits reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa ABNT NBR 15961-1:2011 fook _ @ @ resisténcia caracteristica de compressao simples da pequena parede fx @ aresisténcia caracteristica de tragao na flexao fk 6 aresisténcia caracteristica ao cisalhamento fix’ @ aresisténcia caracteristica ao cisalhamento majorada fq @ aresisténcia de célculo ao cisalhamento da alvenaria fq @ aresisténcia de célculo de escoamento da armadura h 6 a altura ou distancia 3 j 6 0 coeficiente 5 ka 6 ocoeficiente de dilatagao térmica da alvenaria 8 ks é 0 coeficiente de dilatagao térmica do ago % I 60 vao ou comprimento ou espagamento 3 lone € 0 espagamento entre eixos de enrijecedores adjacentes a ‘ i, z Pp éadimensao z 3 q 6a dimensao a g s 6 0 espagamento das barras da armadura 8 6 t é aespessura B ; 2 te 6 a espessura efetiva b 3 tenr 6 0 comprimento de enrijecedor = 2 x 6 a altura da linha neutra = y 6 a profundidade da regido de compressao uniforme W Zz 6 o brago de alavanca 6 2 4.2. Letras maitisculas S . 2 A 6 a drea bruta da segao transversal 5 g As 6 a rea da segdo transversal da armadura longitudinal de tragao 8 As a rea da segdo transversal da armadura longitudinal de compressao - Asy 6a tea da segao transversal da armadura de cisalhamento 5 As 6a tea da segao transversal da armadura comprimida na face de maior compressa 5 (© ABNT 2011 Todos 08 dros reservados 5 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:: Foik 70 6 6 a drea da secdo transversal da armadura na face oposta a de maior compressao. 6 a drea da segdo transversal dos cabos de protensao 6a fluéncia especifica 60 médulo de elasticidade 0 médulo de elasticidade do aco do cabo de protensao éaagao 6 a resultante das forgas de compressao na alvenaria 6 0 valor de célculo de uma agao 6 a resultante das forgas axiais na armadura tracionada 6a resultante das forgas axiais na armadura comprimida 60 valor caracteristico das agdes permanentes 6 0 valor caracteristico de uma ago 60 valor caracteristico da ago variavel / éaaltura 60 indicador de tragao direta 6 0 fator majorador da resisténcia de compressao na flexao da alvenaria & 0 vao ou comprimento 60 momento 60 momento fletor resistente de célculo 60 momento fletor em torno do eixo x 0 momento fletor em torno do eixo y 0 momento fletor efetivo em torno do eixo x 0 momento fletor efetivo em torno do eixo y 0 momento fletor de célculo de 2* ordem 6 a forga normal 6 a forga normal resistente de calculo 6 0 coeficiente redutor devido a esbeltez © ABNT 2011 - Todos 08 clrltos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Ra 8 AT Ac fs Fe Yq Ym Yo » o Se wd eo ea Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 € o esforgo resistente de calculo 6 o esforgo solicitante de célculo 6a forga cortante 6 a forga cortante absorvida pela alvenaria é a forga cortante de céleulo 0 médulo de resisténcia de flexdo 4.3 Letras gregas 6 a azo entre os médulos de elasticidade do ago e da alvenaria 6 0 coeficiente auxiliar para célculo de espessura efetiva 6 a variagao da temperatura 6 a variagao média da tensao de protensao 6 a deformacao na armadura tracionada deformagao maxima na alvenaria comprimida 60 didmetro 6 0 coeficiente de ponderagdo das agées permanentes 6 0 coeficiente de ponderagao das agées varidveis 6 0 coeficiente de ponderacao das resisténcias 6 0 indice de esbeltez 6 0 coeficiente para reducdo de agées varidveis 6 a taxa geométrica de armadura longitudinal 6 a tensao normal 6 a tensao normal de tragao 6 a tensao normal de compressio 6 a tensio de cisalhamento 6 a tensfo de célculo convencional de cisalhamento 6 a rotagéo 60 Angulo de desaprumo ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa ABNT NBR 15961- :2011 Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:: 5 Requisitos 5.1 Qualidade da estrutura Uma estrutura de alvenaria deve ser projetada de modo que: — esteja apta a receber todas as influéncias ambientais e agdes que sobre ela produzam efeitos significativos tanto na sua construgdo quanto durante a sua vida ttl de projeto; — resista a agdes excepcionais, como explosées e impactos, sem apresentar danos desproporcio- nais as suas causas. 5.2. Qualidade do projeto O projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado, adotando-se: — sistema estrutural adequado a fungao desejada para a edificacdo; — _agdes compativeis e representativas; — dimensionamento e verificagao de todos os elementos estruturais presentes; —_ especificagao de materiais apropriados e de acordo com os dimensionamentos efetuados; — procedimentos de controle para projeto. 5.3 Documentagao do projeto © projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituido por desenhos técnicos ¢ especificagdes. Esses documentos devem conter todas as informagées necessarias 4 execucéo da estrutura de acordo ‘com os critérios adotados, conforme descrito em 5.3.1 € 5.3.2, 5.3.1 Desenhos técnicos O projeto deve apresentar desenhos técnicos contendo as plantas das fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevagées de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas e elevagdes podem ser representadas parcialmente. Devem ser apresentados, sempre que presentes: 0 posicionamento dos blocos especiais, detalhes de amarracao das paredes, localizacao dos pontos grauteados e armaduras, e posicionamento das juntas de controle e de dilatagao. 5.3.2 Especificacées As especificagées de projeto devem conter as resisténcias caracteristicas & compressdo dos prismas @ dos grautes, as faixas de resisténcia média A compressao (ou as classes conforme a ABNT NBR 13281) das argamassas, assim como a categoria, classe e bitola dos agos a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resisténcia sugeridos para os blocos, de forma que as resisténcias de prisma especificadas sejam atingidas. 8 © ABNT 2011 - Todos 08 clrltos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes 6.1 Componentes 6.1.1 Blocos A especificacao dos blocos deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 6136. 6.1.2 Argamassa As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281 Com relagao a resisténcia a compressao, deve ser atendido o valor maximo limitado a 0,7 da resistén- cia caracteristica especificada para bloco, referida a area liquida. A resisténcia da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13279. Alternativa- mente pode-se utilizar as especificagdes do Anexo B da ABNT NBR 15961-2:2011 6.1.3 Graute Quando especificado o graute, sua influéncia na resisténcia da alvenaria deve ser verificada em labo- ratério, nas condigées de sua utilizagao. A avaliagao da influéncia do graute na compressao deve ser feita mediante 0 ensaio de compressao de prismas, pequenas paredes ou paredes. Para elementos de alvenaria armada, a resisténcia & compressdo caracteristica deve ser especificada com valor minimo de 15 MPa. 6.1.4 Ago A especificagao do ago deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 7480. Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o médulo de elasticidade do ago pode ser admitido igual a 210 GPa. 6.2 Alvenaria 6.2.1 Propriedades eldsticas Os valores das propriedades elésticas da alvenaria podem ser adotados de acordo com a Tabela 1 Tabela 1 - Propriedades de deformacao da alvenaria Propriedade Valor Valor maximo _| Médulo de deformacdo longitudinal 800 fox 16 GPa | Coeficiente de Poisson 0,20 : | Para verificagées de estados-limite de servigo (ELS), recomenda-se reduzir 0s médulos de deforma- 40 em 40 %, para considerar de forma aproximada o efeito da fissuragao da alvenaria, ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 9 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 6.2.2 Expansao térmica Na auséncia de dados experimentais, para alvenaria pode-se adotar o coeficiente de dilatagao térmica linear igual a 9,0 x 10-8 °C-* 6.2.3. Retracéo Na auséncia de dados experimentais, o coeficiente de retragao da alvenaria pode ser admitido igual a 500 x 10-8 mm/mm. Esse valor deve ser aumentado para 600 x 10-§ mm/mm quando os blocos fo- Tem produzidos sem cura a vapor e na verificagao de perdas quando a protensao é aplicada antes de 14 dias apés a execugao da parede. 6.2.4 Fluéncia Para efeitos de avaliago aproximada de ELS, a deformagao final, com a inclusao da fluéncia, deve ser considerada no minimo igual ao dobro da deformagao elastica 6.2.5 Resisténcias 6.2.5.1 Valores de calculo A resisténcia de célculo é obtida pela resisténcia caracteristica dividida pelo coeficiente de pondera- ‘ao das resisténcias. 6.2.5.2 Coefi ntes de ponderacéo das resisténcias Os valores para verificacao no estado-limite ultimo (ELU) estao indicados na Tabela 2 e sao adequa- dos para obras executadas de acordo com as especificagdes da ABNT NBR 15961-2. Tabela 2 - Valores de yin Combinagées Alvenaria Graute Ago Normais 2,0 2,0 1,15 Especiais ou de construgao 15 15 1,15 Excepcionais 15 15 1,0 No caso da aderéncia entre 0 ago e 0 graute, ou a argamassa que o envolve, deve ser utilizado o valor m= 15, Para verificagées do ELS deve ser utilizado 0 valor Ym = 1,0. 6.2.5.3 Compressao simples A resisténcia caracteristica & compressao simples da alvenaria fx deve ser determinada com base no ensaio de paredes (ABNT NBR 8949) ou ser estimada como 70 % da resisténcia caracteristica de compressao simples de prisma fx ou 85 % da de pequena parede fp, AS resisténcias caracteristicas de paredes ou prismas devem ser determinadas de acordo com as especificagoes da ABNT NBR 15961-2. 40 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 Se as juntas horizontais tiverem argamassamento parcial (apenas sobre as paredes longitudinais dos blocos) e se a resisténcia for determinada com base no ensaio de prisma ou pequena parede, moldados com a argamassa aplicada em toda a rea liquida dos blocos, a resistencia caracteristica & compressao simples da alvenaria deve ser corrigida pelo fator 0,80. As correlagées indicadas neste item podem ser alteradas, desde que justificadas por resultados de ensaios. 6.2.5.4 Compressao na flexdo As condig6es de obtencdo da resisténcia fk devem ser as mesmas da regio comprimida da pega no que diz respeito a porcentagem de preenchimento com graute e a diregao da resultante de compres- so relativa a junta de assentamento. Quando a compressdo ocorrer em dirego paralela as juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resisténcia caracteristica na flexao pode ser adotada: — igual a resisténcia a compressao na direcdo perpendicular as juntas de assentamento, se a regio comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada; — igual a 50 % da resisténcia A compresséo na diregao perpendicular as juntas de assentamento, em caso contratio. 6.2.5.5 Tragao na flexao No caso de agées varidveis como, por exemplo, a do vento, permite-se a consideragao da resisténcia a tragdo da alvenaria sob flexao, segundo os valores caracteristicos definidos na Tabela 3, valida para argamassas de cimento, cal ¢ areia sem aditivos e adigdes e juntas verticais preenchidas. Para outros casos, a resisténcia de tragao na flex4o deve ser determinada conforme procedimento descrito no ‘Anexo C da ABNT NBR 15961-2:2011, ou de acordo com a ABNT NBR 14322. ‘Tabela 3 - Valores caracteristicos da resisténcia a tragao na flexdo — fix Resisténcia média a compressao da argamassa Diregao da tra¢éo MPa 1,523,404 3,5.a7,0° Acima de 7,0° Normal a fiada 0,10 0,20 0,25 Paralela a fiada 0,20 0,40 0,50 NOTA Valores relativos a area bruta ® Classes P2 ¢ P3, conforme ABNT NBR 13281. © Classes P4 e P5, conforme ABNT NBR 13281 © Classe P6, conforme ABNT NBR 13281. 6.2.5.6 Cisalhamento na alvenaria As resisténcias caracter(sticas ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes sao os valores apre- sentados na Tabela 4 em fungao da faixa de resisténcia da argamassa. Os valores sao validos para argamassas de cimento, cal e areia, sem aditivos e adigdes e juntas verticais preenchidas. Pata outros casos, a resisténcia ao cisalhamento deve ser determinada conforme ABNT NBR 14321 ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados " Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 Tabela 4 — Valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento em juntas horizontais de paredes (f,) Resisténcia média de compressao da argamassa MPa 1,523,4 3,5.a7,0 Acima de 7,0 0,10+0,50<1,0 | 0,154+050<14 | 0354050517 Sendo c a tensao normal de pré-compressao na junta, considerando-se apenas as agdes permanen- tes ponderadas por coeficiente de seguranca igual a 0,9 (agao favordvel) A resisténcia caracteristica ao cisalhamento na interface vertical de paredes com juntas amarradas pode ser adotada igual a 0,35 MPa Para pegas de alvenaria estrutural submetidas a flexao e quando existirem armaduras perpendiculares ao plano do cisalhamento ¢ envoltas por graute, a resisténcia caracteristica ao cisalhamento pode ser obtida por: f= 0,35 + 17,5 pS 0,7 MPa onde eB & 6 a taxa geométrica de armadura; As 6 a drea da armadura principal de flexao; b 6 a largura da segao transversal; d 6 a altura titil da segao transversal. Para vigas de alvenaria estrutural biapoiadas ou em balango, a resisténcia caracteristica ao cisalha- mento pode ser multiplicada pelo fator: [2,5 — 0,25 Mmax / (Venax-)] Considerando que: — deve ser sempre maior que 1, desde que a resisténcia caracteristica majorada nao ultrapasse 1,75 MPa; — Mmax € 0 maior valor do momento de calculo na viga; — Vax € 0 maior valor do esforgo cortante de célculo na viga; — dé aaltura tit da segao transversal da viga 6.2.5.7 Aderéncia Os valores da resisténcia caracteristica de aderéncia podem ser adotados de acordo com a Tabela 5. 12 © ABNT 2011 - Todos 08 clrltos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 Tabela 5 — Resisténcia caracteristica de aderéncia em fungao do tipo de barra de aco Resisténcia caracteristica de aderéncia Tipo de aderéncia MPa Barras corrugadas Barras lisas, Entre ago e argamassa 0,10 0,00 Entre ago e graute 2,20 1,50 7 Seguranga e estados-limite 7.1 Critérios de seguranga Os critérios de seguranga desta parte baseiam-se na ABNT NBR 8681 7.2 Estados-limite Devem ser considerados todos os estados-limite tiltimo e estados-limite de servigo. 7.3 Estados-limite ultimo (ELU) A seguranga deve ser verificada em relagao aos seguintes ELU: a) ELU da perda do equilibrio da estrutura, admitida como corpo rigido; b) EU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte; ¢) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando 08 efeitos de segunda ordem; d) ELU provocado por solicitagées dinamicas; @) ELU de colapso progressivo; f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais. 7.4 Estados-limite de servico (ELS) Estados-limite de servigo esto relacionados a durabilidade, aparéncia, conforto do usuario e funcio- nalidade da estrutura. Devem ser verificados os ELS relativos a: a) danos que comprometam apenas o aspecto estético da construgao ou a durabilidade da estrutura; b) deformagées excessivas que afetem a utiizagao normal da construgdo ou seu aspecto estético; ©) vibragao excessiva ou desconfortavel ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 13 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1: 8 Agées 8.1 Disposicées gerais Aplicam-se as definigdes e prescriges da ABNT NBR 8681 8.2 Acées a considerar Na andlise estrutural deve ser considerada a influéncia de todas as ages que possam produzir efeitos significativos para a seguranga da estrutura, levando-se em conta os possiveis estados-limite Ultimo @ 0s de servico. As agées a serem consideradas classificam-se em: a) agées permanentes; b) agdes varidveis; ©) agdes excepcionais, 8.3 Ages permanentes Sao agdes que apresentam valores com pequena variagao em tomno de sua média durante pratica- mente toda a vida da estrutura. 8.3.1 Agdes permanentes diretas 8.3.1.1 Peso especifico Na falta de uma avaliagao precisa para o caso considerado, pode-se utilizar 0 valor de 14 kN/m? como peso especifico para a alvenaria de blocos de concretos vazados, devendo-se acrescentar 0 peso do graute, quando existente, 8.3.1.2 Elementos construtivos fixos e instalagées permanentes As massas especificas dos materiais de construgao usuais podem ser obtidas na ABNT NBR 6120. As agées devidas as instalagdes permanentes devem ser consideradas com os valores nominais for- necidos pelo fabricante. 8.3.1.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos que provém de materiais granulosos ou liquidos nao removiveis. Os valores para a massa especifica dos materiais granulosos mais comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.3.2 Acdes permanentes indiretas Sao agdes impostas pelas imperfeices geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais. 8.3.2.1 imperfeicdes geométricas locais So consideradas quando do dimensionamento dos diversos elementos estruturais. 14 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 8.3.2.2 imperfei¢des geométricas globais Para edificios de andares miiltiplos, deve ser considerado um desaprumo global, através do angulo de desaprumo 6a ,em radianos, conforme apresentado na Figura 1 1 100JH 40H H= altura total da edificagdo em metros Figura 1 — Imperfeic6es geométricas globais 8.4 Ages varidveis ‘S40 aquelas que apresentam variacdo significativa em torno de sua média durante toda a vida da estrutura 8.5 Cargas acidentais As cargas acidentais so aquelas que atuam sobre a estrutura de edificages em fungao do seu uso (pessoas, méveis, materiais diversos, veiculos etc.) Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.6 Agao do vento As forgas devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123. 8&7 Agées excepcionais Consideram-se excepcionais as agées decorrentes de explosées, impactos, incéndios etc. No caso de agdes como explosées e impactos, aplica-se 0 prescrito em A2. 8.8 Valores das agdes 8.8.1 Valores representativos As ages sao quantificadas pelos seus valores representativos, que podem ser: a) valores caracteristicos Fi, conforme definigao da ABNT NBR 8681; b) valores convencionais excepcionais, que séo os valores arbitrados para ages excepcionais; ©) valores reduzidos de acées varidveis, em fungao de combinagao de ages, conforme 8.8.2. ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 15 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 8.8.2 Valores reduzidos de agdes varidveis Considerando-se que é muito baixa a probabilidade de que duas ou mais ages varidveis de nature- zas diferentes ocorram com seus valores caracteristicos de maneira simultanea, podem ser definidos valores reduzidos para essas agoes. Para 0 caso de verificages de estados-limite tltimo, esses valores serao woF (conforme 8.9.2). Os valores de yo constam na Tabela 6 da ABNT NBR 8681 ou no resumo apresentado na Tabela 6 para alguns casos mais comuns. Tabela 6 - Coeficientes para reducao de agées varidveis Agées vo Editicios residenciais 045 Cargas acidentais a reanicios Edificios comerciais 07 Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 08 Vento Pressdo do vento pata edificages em geral 0,6 8.8.3 Valores de célculo Os valores de cdlculo Fy sao obtidos através dos valores representativos apresentados em 8.8.1 multiplicados por coeficientes de ponderagao que constam nas Tabelas 1 a5 da ABNT NBR 8681:2003 ‘ui no resumo apresentado na Tabela 7 para alguns casos mais comuns. Tabela 7 - Coeficientes de ponderacao para combinagées normais de agoes ; Efeito cae Tipo de estrutura la ago Desfavorével | _ Favordvel Edificagées Tipo 1 @ @ pontes em geral 4,35 09 Permanentes Edifieagées Tipo 2 ° 1,40 08 Edificagées Tipo 1 @ e pontes em geral 1,50 = Variéveis, Edificagées Tipo 2 ° 1,40 = * Eudileagées Tipo 1 so aquelas em que as cargas acidentals superam 5 kNin? Exiiicagées Tipo 2 so aquelas em que as cargas acidentais nao superam § kNim? 89 Combinagdo de agdes Para cada tipo de carregamento devem ser consideradas todas as combinagées de agdes que pos- ‘sam acarretar os efeitos mais desfavordveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura. As agées permanentes dever ser sempre consideradas, As agées variaveis devem ser consideradas apenas quando produzirem efeitos desfavordveis para a seguranga 16 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 As agées varidveis méveis devem ser consideradas em suas posigées mais desfavordveis para a seguranca. ‘As agdes excepcionais, com excecao das agdes provenientes de impactos e explosdes, nao precisam ser consideradas, As agées incluidas em cada combinagao devem ser consideradas com seus valores representativos muttiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderagao. As combinagdes de agdes séo apresentadas na ABNT NBR 8681:2003, 5.1.3, para as combinagdes Uiltimas das agdes, ¢ 5.1.5, para eventuais combinagses de utilizacao ou servigo, As combinagées tltimas para carregamentos permanentes e variéveis devem ser obtidas por: Fa =19F ok + ¥q (Fate + >, Yo) Fak) onde Fa 6 0 valor de célculo para a combinagao tiltima; 19 6 0 ponderador das agées permanentes (Tabela 7); Fok 6 0 valor caracteristico das agées permanentes; Ya 6 0 ponderador das agées variaveis (Tabela 7); Fark 6 0 valor caracteristico da agao variavel considerada como principal; woFoik representa os valores caracteristicos reduzidos das demais acdes varidveis (conforme 8.8.2, Tabela 6). Devem ser consideradas todas as combinagées necessérias para que se obtenha o maior valor de Fa, alternando-se as agdes varidveis que sao consideradas como principal e secundaria 9 Anélise estrutural 9.1. Disposigées gerais 9.1.1 Objetivos da andlise estrutural A anélise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre 0 equilfbrio de cada um dos seus elementos @ na estrutura como um todo, bem como o caminho descrito pelas aces, sejam elas verticais ou horizontals, desde o seu ponto de aplicagao até a fundacao ou onde se suponha que seja o limite da estrutura de alvenaria. 9.1.2 Premissas da andlise estrutural Aandlise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre se considerando o equilfbrio tanto em cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo. © caminho descrito pelas agdes, sejam elas verticais ou horizontais, deve estar claramente definido desde 0 seu ponto de aplicagao até a fundagao ou onde se suponha que seja o final da estrutura de alvenaria. ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 17 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 9.1.3 Hipéteses basicas ‘Aanilise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um comportamento eldstico- linear para os materiais, mesmo para verificacdo de estados-limite viltimos, desde que as tensoes de compressao atuantes nao ultrapassem metade do valor da resisténcia caracteristica a compressao fk A dispersao de qualquer ago vertical concentrada ou distribuida sobre um trecho de um elemento se dara segundo uma inclinagao de 45°, em relagao ao plano horizontal, podendo-se utilizar essa pres- crigao tanto para a definigao da parte de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma aco quanto para a parte de um carregamento que eventualmente atue sobre um elemento, conforme Figura 2. En JUL {ili 4s" rs) HUMLLUSILLUUNE LUMA ULV TOTTUNTNNTTTT TTT TOTTT TTTTGTTT TTT TTTTTTTETE TOTO TTT TTT TNT TTT Figura 2 — Dispersao de acdes verticais 9.1.4 Disposigdes especi as para os elementos Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme disposiges a seguir. Eventuais elementos em conereto armado, aco ou concreto pré-moldado devem ser verificados conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800 e ABNT NBR 9062, respectivamente. 9.2 Vigas 9.2.1 Vao efetivo 0 vao efetivo deve ser tomado como a distancia livre entre as faces dos apoios, acrescida de cada lado do vao do menor valor entre: — metade da altura da viga; — distancia do eixo do apoio a face do apoio. 9.2.2 Carregamento para vigas, O carregamento pode ser considerado de acordo com o principio geral de dispersao das ages no material alvenaria que se dé segundo um angulo de 45°, conforme 9.1.3, respeitando-se as conside- ragées de 9.9, conforme Figura 3. 18 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 Laje y h- altura da viga Exo da viga 8 Viga yao daviga Figura 3 — Definicao da regiéo que carrega a viga segundo a regra de disperséo de cargas verticais, 9.3 Pilares 9.3.1 Altura efetiva A altura efetiva (he) de um pilar, em cada uma das diregdes principais da sua segdo transversal, deve ser considerada igui — aaltura do pilar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais ou as rota- des das suas extremidades na diregao considerada; — ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja o desloca- mento horizontal e a rotagao na outra extremidade na diregao considerada. 9.3.2 Secao transversal Para o calculo das caracteristicas geométricas, a se¢ao transversal deve ser considerada com suas dimensées brutas, desconsiderando-se revestimentos. 9.3.3 Carregamento para os pilares Excontricidades nos carregamentos sobro pilares devem ser consideradas, sendo necessario nesso caso dimensioné-los como submetidos a uma flexao composta. 9.4 Paredes 9.4.1 Altura efetiva A altura efetiva (he) de uma parede deve ser considerada igual: — Aaltura da parede, se howver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades; — ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que restrinja conjunta- mente o deslocamento horizontal e a rotacao na outra extremidade. ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 19 Impresso por: Jodo Josué Barbosa ABNT NBR 15961-1:2011 9.4.2 Espessura efetiva A espessura efetiva (fe) de uma parede sem enrijecedores seré a sua espessura (1), nao sendo con- siderados os revestimentos. A espessura efetiva de uma parede com enrijecedores regularmente espagados deve ser calculada de acordo com a expressao: te é a espessura efetiva da parede; 5 6 um coeficiente calculado de acordo com a Tabela 8 e parametros dados pela Figura 4; t 6a espessura da parede na regido entre enrijecedores. Tabela 8 - Valores do coeficiente 5 (interpolar para valores intermediarios) lene! @enr fenr/t=1 fenr/ t= 2 fene/ t= 3 6 1,0 14 2,0 8 1,0 13 17 10 1,0 12 14 15 1,0 14 12 20 ou mais 1,0 10 10 onde Cen @ 2 espessura dos enrijecedores; tere _ & 0. comprimento dos enrijecedores; t __@ aespessura da parede. len _ € 0 espagamento entre eixos de enrijecedores adjacentes; Jere Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 20 Impresso por: Jodo Josué Barbosa 4 Figura 4 — Pardmetros para calculo da espessura ef ade paredes Aespessura efetiva 6 utilizada apenas para 0 cdlculo da esbeltez da parede, conforme 10.1.2, e nao pode ser utilizada para 0 célculo da area da se¢ao resistente quando a parede apresentar enrijecedores. © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 9.5 Segao resistente A segao resistente de uma parede sera sempre calculada, desconsiderando-se os revestimentos. 9.6 Interacao dos elementos de alvenaria A interagao de elementos adjacentes deve ser considerada quando houver garantia de que as forcas de interagao podem se desenvolver entre esses elementos e de que ha resisténcia suficiente na inter- face para transmiti-lés © modelo de céiculo adotado deve ser compativel com o proceso construtivo. Caso seja considerada a interagao de paredes, deve ser verificada e garantida a resisténcia de cisa- Ihamento das interfaces. Aberturas cuja maior dimenséo seja menor que 1/6 do menor valor entre a altura e o comprimento da parede na qual se inserem podem ser desconsideradas para efeitos de interacao. Aberturas adjacen- tes, cuja menor disténcia entre as suas faces paralelas seja inferior ao citado valor-limite, serao consi- deradas como abertura Unica. 9.7 Interagdo para cargas verticais 9.7.1 Interagao de paredes em cantos e bordas (L,T e X) Deve-se considerar que existird a interagao quando se tratar de borda ou canto com amarracao direta. Em outras situagdes de ligagao, que nao a de amarragao direta, a interagéo somente pode ser consi- derada se existir comprovagao experimental de sua eficiéncia. 9.7.2 Interacao de paredes através de aberturas As interagdes de paredes através de aberturas devem ser desconsideradas, a menos que haja com- provagao experimental de sua eficiéncia. 9.8. Interagao para ages horizontais 9.8.1 Interagao em flanges Considera-se que existe a interagao quando se tratar de flange com amarragao direta. Em outras situagées de ligagao, a interagéo deve ser considerada somente se experimental de sua eficiéncia, ir comprovagao © comprimento de cada flange nao pode exceder o limite apresentado em 10.1.3. Em nenhuma hipétese pode haver superposigao de flanges. As abas (flanges) devem ser utilizadas tanto para calculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para o calculo das tensdes normais devidas a flexao, provenientes das agdes horizontais, nao sendo permitida a sua contribuigéo na absor¢ao dos esforgos cortantes durante o dimensionamento. 9.8.2 Associagao de paredes Na associagao de painéis de contraventamento, é obrigatéria a verificagao dos esforgos internos ou das tensées resultantes nos elementos de ligagao, como os trechos sob e sobre as aberturas. ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados ai Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1: 9.9. Interagdo entre a alvenaria e estruturas de apoio O carregamento resultante pata estruturas de apoio deve ser sempre coerente com o esquema estru- tural adotado para o edificio, representando a trajetéria prevista para as tensdes. Sao proibidas redugdes nos valores a serem adotados como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na consideragao do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos nesse fenémeno, inclusive a concentragao de tensdes que se verifica na alvenaria. IMPORTANTE — Tendo em vista o risco de ruptura fragil, cuidados especiais devem ser tomados na verificagao do cisalhamento nas estruturas de apoio. 10 Limites para dimens6es, deslocamentos e fissuras 10.1 Dimensées-limite Devem ser observados os limites descritos em 10.1.1 a 10.1.3, para as dimensdes das pecas de alvenaria, 10.1.1 Espessura efetiva de paredes Para edificagées de mais de dois pavimentos nao se admite parede estrutural com espessura efetiva inferior a 14 om, 10.1.2 Esbeltez O Indice de esbeltez ¢ a razéo entre a altura efetiva e a espessura efetiva da parede ou pilar: = Ne te A Tabela 9 apresenta os valores maximos permitidos para a esbeltez. Tabela 9 - Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pilares Nao armados 24 Armados 30 Os elementos estruturais armados devem respeitar as armaduras minimas prescritas em 12.2. 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento © comprimento efetivo de flange em paingis de contraventamento deve obedecer ao limite by < 6t, conforme Figura 5. 22 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- _., as, + + eo j ; LE Figura 5 - Comprimento efetivo de flanges :2011 10.2 Cortes e juntas 10.2.1 Cortes em paredes Nao 6 permitido corte individual horizontal de comprimento superior a 40 cm em paredes estruturais. Nao sao permitidos cortes horizontais em uma mesma parede, cujos comprimentos somados ultra- passem 1/6 do comprimento total da parede em planta, Cortes verticais, de comprimento superior a 60 cm, realizados em paredes, definem elementos distintos. Nao so permitidos condutores de fluids embutidos em paredes estruturais, exceto quando a instala- ¢40 € a manutengao nao exigirem cortes. 10.2.2 Juntas de dilatagao Devem ser previstas juntas de dilatagao no maximo a cada 24 m da edificagéo em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faca uma avaliacéo mais precisa dos efeitos da variagao de tem- peratura e retracao sobre a estrutura, incluindo a eventual presenga de armaduras adequadamente alojadas em juntas de assentamento horizontais. 10.2.3 Juntas de controle Deve ser analisada a necessidade da colocacao de juntas verticais de controle de fissuracao em ele- mentos de alvenaria, com a finalidade de prevenir o aparecimento de fissuras provocadas por variagao de temperatura, retracao, variacao brusca de carregamento e variagao da altura ou da espessura da parede, Pata painéis de alvenaria contidos em um tnico plano e na auséncia de uma avaliagéo precisa das condigées especfficas do painel, devem ser dispostas juntas verticais de controle com espagamento maximo que nao ultrapasse os limites da Tabela 10. ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 23 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1: Tabela 10 - Valores maximos de espacamento entre juntas verticais de controle Limites m Localizagéo do elemento Alvenaria com taxa de armadura Alvenaria sem armadura horizontal | horizontal maior ou igual a 0,04 % da altura vezes a espessura Externa 7 9 Interna 12 15 NOTA 1 Os limites acima devem ser reduzidos em 15 %, caso a parede tenha abertura. NOTA 2 No caso de paredes executadas com blocos nao curados a vapor, os limites devem ser reduzidos ‘em 20 %, caso a parede nao tenha abertura, NOTA3 No caso de paredes executadas com blocos nao curados a vapor, os limites devem ser reduzidos ‘em 30 %, caso a parede tenha abertura, 10.2.4 Espessura das juntas horizontais ‘A menos que explicitamente especificado no projeto, a espessura das juntas de assentamento deve ser considerada 10 mm. 10.3 Deslocamentos-limite Os deslocamentos finais (incluindo 0s efeitos de fissuragao, temperatura, retragao e fluéncia) de quais- ‘quer elementos fletidos nao podem ser maiores que L/150 ou 20 mm para peas em balango e L/300 ‘ou 10 mm nos demais casos. IMPORTANTE — Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados por contraflechas, desde que elas nao sejam maiores que 1/400. Os elementos estruturais que servem de apoio para alvenatia (lajes, vigas etc.) nao podem apresentar deslocamentos maiores que /500, 10 mm ou @= 0,0017 rad. ‘Sempre que os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se 0 equilibrio na configuragao deformada, 11 Dimensionamento 11.1 Disposi¢ées gerais Para um elemento de alvenaria em estado-limite titimo, 0 esforgo solicitante de calculo, Sg, deve ser menor ou no maximo igual ao esforco resistente de calculo Ra. O dimensionamento deve ser realizado considerando-se a sega homogénea e com sua Area bruta, exceto quando especificamente indicado. No projeto de elementos de alvenaria nao armada submetidos a tensdes normais, admitem-se as se- guintes hipdteses: —_as segées transversais se mantém planas apés deformacao; 24 © ABNT 2011 - Todos 08 clretos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961- :2011 — as méximas tensées de tragao devem ser menores ou iguais a resisténcia a tragdo da alvenaria, conforme 6.2.5.5; — as maximas tensdes de compresséo devem ser menores ou iguais & resisténcia & compresséo da alvenaria indicada em 6.2..5.6 pata a compressao simples e a esse valor multiplicado por 1,5 para a compressao na flexao. As segées transversais submetidas a flexao e flexo-compressao serao consideradas no Estadio |. No projeto de elementos de alvenaria armada submetidos a tensdes normais admitem-se as seguintes. hipéteses: — as segdes transversais se mantém planas apés deformacao; — as armaduras aderentes tém a mesma deformagao que a alvenaria em seu entorno; a resisténcia a tragao da alvenaria é nula; — as méximas tensdes de compressao devem ser menores ou iguais a resisténcia a compressao da alvenaria indicada em 6.2.5.3; — a distribuigéo de tensdes de compressao nos elementos de alvenaria submetidos a flexéo pode ser representada por um diagrama retangular, conforme 11.2.4.2; — para flexdo ou flexo-compressao o maximo encurtamento da alvenaria se limita a 0,35 %; — o maximo alongamento do ago se limita em 1 11.2 Dimensionamento da alvenai & compressao simples 11.2.1 Resisténci de calculo em paredes Em paredes de alvenaria estrutural, o esforgo resistente de célculo é obtido através da seguinte equacao: Ned =fa-A-R onde Net 6 a forga normal resistente de céloulo; f é a resisténcia a compressao de calculo da alvenaria; A é a dea da segao resistente; 3 R=|1- (4) 6 0 cosficiente redutor devido & esbeltez da parede. 40 A contribuigéo de eventuais armaduras existentes ¢ sempre desconsiderada ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 25 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 11.2.2 Resisténcia de calculo em pilares Em pilares de alvenaria estrutural, a resisténcia de célculo é obtida através da seguinte equacao: Ned =0,9 fA R onde Nea 6a forga normal resistente de céloulo; fa é a resisténcia a compressao de calculo da alvenaria; A 6 Area da segao resistente; 3 R= : _ (3) 6 0 coeficiente redutor devido a esbeltez do pilar. 40 A ccontribuigdo de eventuais armaduras existentes 6 sempre desconsiderada. 11.2.3 Forgas concentradas Forgas de compresséo que se concentram em regides de dimensdes reduzidas devem atender as seguintes condigdes: — a regiao de contato deve ser tal que a dimensdo segundo a espessura t seja no minimo igual ao maior dos valores: 50 mm ou #3, conforme Figura 6; —_ atensao de contato deve ser menor ou no maximo igual a 1,5 fa azsommea>td ; Fallab)>1,5 fe Figura 6 — Cargas concentradas 11.3 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexao simples 11.3.1 Alvenaria nao armada Para a alvenaria nao armada, 0 céiculo do momento fletor resistente da segdo transversal pode ser feito com o diagrama simplificado indicado na Figura 7. 26 © ABNT 2011 - Todos 08 clrltos reservados Impresso por: Jodo Josué Barbosa ABNT NBR 15961- :2011 IN. Figura 7 - Diagrama de tensées para a alvenaria nao armada ‘A maxima tensao de compressao de célculo na flexéo nao pode ultrapassar em 50 % a resisténcia & compressao de calculo da alvenaria (f4), ou seja, 1,5 fy ‘A maxima tenso de tragdo de célculo nao pode ser superior a resisténcia a tragdo de calculo da al- venaria fa. 11.3.2 Alvenaria armada Pata a alvenaria armada, o célculo do momento fletor resistente da se¢ao transversal pode ser efetuado com 0 diagrama simplificado indicado na Figura 8. onde d altura tilda segao x altura da linha neutra As rea da armadura tracionada As rea da armadura tracionada €s _ deformacao na armadura tracionada fe deformagao maxima na alvenaria comprimida fy maxima tensdo de compressio fz tensao de tragao na armadura Fe resultante de compressao na alvenaria F, __resultante de forgas na armadura tracionada F,' _resultante de forgas na armadura tracionada Figura 8 — Diagramas de deformacées e tensées para a alvenaria armada Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ARNT 2011 - Todos 08 diretos reservados 27 Impresso por: Jodo Josué Barbosa Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO - UNESP - 48.031.918/0001-24 ABNT NBR 15961-1:2011 11.3.3 Segées retangulares com armadura simples No caso de uma segéo retangular fletida com armadura simples, o momento fletor resistente de célculo 6 igual a: Mad = Aslsz na qual 0 brago de alavanca z é dado por: calt-05 8% zal 08 A)

Você também pode gostar