hoje reconhecido o papel fundamental que as florestas tm na
conservao do solo, na regulao do clima e do ciclo hidrolgico, enquanto suporte de biodiversidade, sumidouro de dixido de carbono e na produo de matrias primas fundamentais nossa vida quotidiana. Em Portugal, grande parte da floresta natural desapareceu ou est muito alterada, sendo j raras algumas das nossas rvores autctones. Para tal tem contribudo a adoo de modelos silvcolas baseados na simplificao dos ecossistemas florestais, reduzindo os a meros conjuntos de rvores alinhadas da mesma espcie, grande parte das vezes exticas de rpido crescimento. As espcies autctones esto mais adaptadas s condies edafo-climticas do territrio, sendo mais resistentes a pragas, doenas e a perodos longos de estio e chuvas intensas, em comparao com as espcies introduzidas. A importncia da preservao das florestas autctones, devido ao seu papel conservacionista da manuteno da fertilidade do espao rural, do equilbrio biolgico das paisagens e da diversidade dos recursos genticos, reconhecida por diversa legislao nacional e comunitria. O Quercus suber (sobreiro) e o Quercus rotundifolia (azinheira), representam no seu conjunto, aproximadamente, cerca de 37% da rea florestal portuguesa, so protegidas por lei. Sem a devida proteo legal, no se conseguir travar o desaparecimento desta importante e singular floresta autctone os carvalhais portugueses. A maioria das florestas autctones, para alm do seu valor ambiental, tambm um componente importante no que concerne no pastoreio de percurso de ovinos, nas atividades apcolas e como suporte de cogumelos silvestres. As espcies autctones caracterizam se por uma elevada densidade florstica, o que por sua vez proporciona uma elevada diversidade de fauna.