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LISBOA Relatérios Técnicos e Cientificos No. 64 Fevereiro 1993 REDES DE ARRASTO DE FUNDO DE 4 FACES Victor Henriques Depésito Legal No. 26464/89 ISSN 0871-3103 Responsaveis pela Edicio Maria de Lourdes Paes da Franca Lidia de Paiva Nunes Maria do Rosdrio Leal de Oliveira Grafismo Lya Bougas Tatfs Catalan Impressao INIP/Oflset Distribuigao Divisio de Informacao e Documentacao Cientifica ¢ Técnica INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGACAO DAS PESCAS Avenida de Brasiia 1400 LISBOA PORTUGAL REDES DE ARRASTO DE FUNDO DE 4 FACES RESUMO Com 0 objective de capturar néo s6 espécies que se encontrem junto ao fund como outras que se distribuem até alguns metros acima deste, hé um crescente interesse dos pescadores portugueses pelo uso de redes de arrasto de maior abertura vertical que as permitidas pelas redes de fundo tradicionais. Tendo em consideragéo este inte~ Fesse, 0 presente trabalho pretende divulgar uma série de planos de redes de arrasto de fundo de 4 faces. Estas redes esto optimizadas do ponto de vista mecdnico, aspecto fundamentel para © aumento da sua eficécia e, por consequéncia, da rentebilizagéo das unidades de pesca. ABSTRACT Due to the growing interest demonstrated by portuguese fishermen in using bottom trawl gears with higher vertical opening than traditional ones, the present work attempts to make public a series of 4 panels trawl gear designs aiming at the capture of fish species which are found between the bottom and few meters above. ‘These gears are optimised from the mechanical point of view, an essencial detail for improving their fishing eficiency and, consequently, maximizing the rentebility of the fishing units. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA HENRIQUES, V. - Redes de arrasto de fundo de 4 faces, Relat, Téc. Cient. INIP. Lisboa (64) Fevereiro 1993, 45p.,il- 1 ~ INTRODUGKO Nos anos mais recentes, por parte do armamento nacional, tem havido um interesse crescente no uso de redes de arrasto com maior abertura vertical na boca que as normalmente utilizadas, de modo a capturar nao apenas espécies benténicas, como outras que se distribuem até alguns metros acima do fundo. As técnicas utilizadas para aumentar a abertura vertical de redes de arrasto podem variar em alguns aspectos de pais para pais, tendo a ver com factores relacionados com as caracteris~ ticas de cada pescaria, cono s4o a constituigéo da frota (di- Menséo e nivel tecnolégico dos navios), zona de pesca (tipo de fundo e profundidade), e espécies a capturar (comportamento e distribuicao). A obtengao de maiores aberturas verticais nas redes de arrasto passa, contudo, pela existéncia de secgdes de rede com compri- mento bastante para permitir elevados perimetros ao nivel da boca. Este objectivo 6 conseguido, na maioria das vezes, atra~ vés da adigdo de faces laterais, mais duas que as existentes nas redes de fundo classicas. As redes com cetas caracteristicas exigem complementarmente, também, armamento mais complexo que o normal, o que requer um conhecimento profundo dos seus efeitos no funcionamento da rede, em especial na zona da boca. Com 0 objectivo de divulgar diferentes tipos de aparelhos de arrasto de 4 faces, neste trabalho s&o discutidos alguns porme- nores a levar em conta no projecto de aparelhos deste tipo e, ao mesmo tempo, apresentados os projectos de 5 redes com 0 res- pectivo armamento, optinizadas no que respeita aos seus as- pectos mecanicos, condigéo fundamental para a obtengao de um elevado grau de eficiéncia. -4- 2 - ALGUMAS CONSIDERACOES SOBRE APARELHOS DE ARRASTO DE 4 FACES. 2.1 - TIPO DE ARMAMENTO. Neste tipo de aparelhos de arrasto, a existéncia de faces late- rais n&o proporciona, sé por si, os valores da abertura verti- cal desejados. Para esse fim séo exigidos, na maioria dos ca- 0s, um aumento consideravel de flutuagao e tirantes com novas montagens. Como analisaremos adiante, as forgas de impulséo desenvolvidas pelos flutuadores para elevar o cabo de pana devem estar rela~ cionadas com o peso do arragal e com as forgas hidrodinamicas desenvolvidas na rede, de modo a que a eficacia do arragal para a captura de algumas espécies benténicas nfo diminua devido & existéncia de um contacto menos perfeito com o fundo. Por outro lado, também, nas redes de arrasto onde exista uma grande quantidade de pano, fundamentalmente ao nivel do qua- drado, faces laterais e primeiras barrigas, se néo forem toma~ das medidas convenientes, existe uma tendéncia para zonas im- portantes da rede se deformarem devido a uma distribui¢éo nado uniforme de forgas através das malhas. Nesta situagéo, podem existir zonas de rede onde as malhas fecham excessivamente néo contribuindo, assim, para a obtengdo de maiores dimensdes da boca da rede, e em cujos fios podem ser exercidas tensdes de tal modo elevadas que levam a rupturas frequentes. Este facto é tanto mais importante quanto maiores forem as dimensdes das malhas. Por outro lado, podem existir outras zonas de rede em cujos fios néo se exercem tensdes con- duzindo a malhas excessivamente abertas que sao, deste modo, potenciais zonas de fuga de peixe. Para atenuar os efeitos ne- gativos enunciados deve haver, neste tipo de redes, uma conju- gagao criteriosa entre os cortes dos panos, a quantidade de flutuagaéo empregue e o comprimento e colocagaéo de tirantes adi- cionais, com disposicao diferente das usadas nos aparelhos de arrasto de fundo classicos (Fig.1), normalmente ligados a pe- quenas asas dos panos laterais (Fig.2), © que permite dimimuir a distorgao dos panos. es Figura 1 - Sistema de montagem de tirantes numa rede de arrasto de fundo classica. cor Sobre © efeito do armamento nos panos de rede refira-se, de Passagem, que recentemente se tém efectuado alguns estudos sobre 08 possiveis efeitos benéficos da distorgao dos panos em zonas previamente estabelecidas (Wileman et al., 1988), através da introdugao de determinados cortes nos panos das asas e coe- ficientes de montagem nos cabos de pana, reforgo e arragal, no propésito de aumentar a rea da boca da rede. Figura 2 - Alguns tipos de ligagéo de tirantes de redes de arrasto de 4 faces. 2.2 - FORGA DE RESISTENCIA PRODUZIDA PELO DESLOCAMENTO DOS APA- RELHOS DE ARRASTO. 2.2.1 - Tipo de forgas presentes. Relativamente as redes de fundo convencionais, nas redes de grande e média aberturas verticais sao desenvolvidas maiores forgas de oposi¢éo ao seu deslocamento, quer pela maior 4rea da boca, quer pela necessidade de funcionarem muitas vezes a ve- locidades mais elevadas com 0 objectivo de capturar espécies com maiores capacidades natatérias. Grande parte das forcgas desenvolvidas no aparelho de pesca opde-se ao seu deslocamento, facto pelo qual passaremos a chamar-lhes forgas de resisténcia. Sao estas forgas que limitam as dimensées maximas do aparelho de arrasto devendo, para ope- rarem num determinado arrastéo, ser iguais ou menores que a forga de tracgao disponivel para o arrasto imposta pela potén- cia da maquina do navio. Deste modo, a procura de solugées conducentes 4 diminuig&o das forgas de resisténcia, em especial neste tipo de aparelhos de arrasto, quer para aumentar as suas dimensdes quer para dimi- nuir consumos de combustivel, é especialmente importante. A forga de resisténcia total num aparelho de arrasto é 0 resul- tado da soma das forgas de resisténcia produzidas pelo escoa~ mento da Agua sobre a totalidade dos seus elementos (forcas hidrodinamicas) a que se adicionam as forcas de atrito com o fundo de alguns componentes do armamento. Com o fim de mais tarde apresentarmos solugées tendentes a di- minuir a forga de resisténcia de um aparelho de arrasto deve- mos, por agora, debrugar-nos sobre a sua origem. Assim, as for- gas mais importantes exercidas sobre o aparelho sao de natureza hidrodinamica, e descritas analiticamente pela expresséo (1). R=1/2.p.C.a.V8 ° qa) Area frontal do objecto (m2); ~ coeficiente hidrodinamico do objecto; R ~ Forga hidrodinamica (Kgf); p ~ Densidade da agua do mar (Kgf.s?.m4) (p = 105); V = Velocidade do objecto em relagéo a Agua (m.s@*); A c Sobre esta express&o deve sublinhar-se que a Area frontal dos panos de rede é a que deriva do cAlculo da rea projectada de todos os seus fios num plano paralelo ao plano onde se supée estarem contides os panos. Embora os panos, quando a rede se encontra em funcionamento, n&o se disponham segundo um plano, a suposigdo anterior é uma aproximagdo simplificadora dos célcu- los, que se supde introduzir erros reduzidos. © coeficiente hidrodinamico resume a informagdo sobre a influ- éncia que a forma, dimensSes e orientacéo dos objectos ao esco- amento tém na forca produzida. Estes coeficientes séo obtidos de forma experimental dada a complexidade do seu cAlculo. De entre todas as componentes da forga de resisténcia ao avanco do aparelho de pesca, destaca~se a de natureza hidrodinamica preduzida pela rede propriamente dita, cuja forma, semelhante a uma estrutura cénica 6 constituida por diversos panos de rede, de diferentes caracteristicas, ligados entre si, contribuindo normalmente com cerca de 70% a 90% para a resisténcia total do aparelho de arrasto. Assim iremos, a partir de agora, concen- trar-nos apenas neste tipo de forgas e na possibilidade de as reduzir. Os panos de rede dos aparelhos de arrasto, normalmente fazem un certo Angulo de inclinagéo relativamente ao escoamento, como mostra a Fig.3. Neste caso, a forga hidrodinamica total neles desenvolvida pode ser dividida em duas componentes perpendiculares. Uma, paralela ao escoamento (R,), contabiliza a forca de resisténcia e a outra con- ponente, (Ry), a que podenos chamar forga de afastamento, é responsavel pelo deslocamento dos panos perpen- dicularmente ao avango sendo, por este facto, condicionante da forma Pano de rede incli~ nado em relagho ao escoanento. Figura 3 que os panos de rede tomam quando em funcionamento. Deste modo, as forgas produzidas nos panos de rede podem ser calculados por meio das expressées (2) e (3), diferindo apenas nos seus coeficientes hidrodinamicos. R= £.p.C.a.v? 4 .p.c,.a.v? cesh=0.8, d/a=0.022 0 PCy 30° Figura 4 = (2) (3) 2 ao° 50° 60° 70° 80° a Valores de C, e C, de um pano de rede plano em fungi da inclinagao a. No caso de redes planas com uma abertura de malha constante e uma relagdo entre o comprimento da malha e diametro de fio de d/2a=0.022, a Fig.4 mostra a variagéo dos coeficientes de Cc, e Cy em fung&o do Angulo de inclinagéo do pano. Note-se porém que o método simplificado de cAlculo da resistén- cia hidrodinamica total de um aparelho de arrasto, consistindo na soma dos cAlculos parcelares da resisténcia dos seus diver- Sos componentes constituintes, pode conduzir a erros consideré- veis, dado ndo ser contabilizada a interdependencia de funcio- namento entre os elementos do aparelho de pesca. Na verdade, os seus componentes, e em especial os panos de rede, formam um sistema complexo, quanto ao cAlculo analitico da sua resisténcia hidrodinamica, dado serem estruturas flexi- veis ligadas entre si, sofrendo deformagées importantes e in- fluenciando-se mutuamente quando as condigées de funcionamento se modificam, em especial a velocidade de arrasto, variando para cada situagao 0 valor dos coeficientes hidrodinamicos. Esta situagdo tem levado a que o cAlculo da resisténcia total dos aparelhos de pesca seja conhecido fundamentalmente através de ensaios experimentais realizados no mar ou em canais de en- saio, obtendo-se, para determinado grupo de redes com carac- terfeticas semelhantes, expressdes simples por interpolagao estatistica, sendo normalmente fungéo da velocidade de arrasto e da area de fio total existente nos panos de rede, valor que expressa a dimensdo da rede. Nestas expressées, a resisténcia total dos aparelhos de arrasto de fundo, embora evidencie uma forte componente de origem hi- drodinamica especialmente nas velocidades mais elevadas, nao varia quadraticamente com a velocidade de arrasto, caso obser- vado na expressio (2), devido as forgas de atrito produzidas nas portas de arrasto, arragal, cabos das malhetas e tirantes e também pela variagao da forma da rede com as condigdes de ope- ragéo. ~10- Tém sido formuladas expressdes para a resisténcia total ao des- locamento de aparelhos de arrasto de 4 faces de média e grande abertura vertical em fungéo da velocidade e superficie de fio, baseadas em testes no mar, indicando que o seu valor depende da velocidade elevada a uma poténcia menor que 2 (MacLennan and Galbraith, 1981). 2.2.2 - Influéncia do comportamento das espécies na constitui- ao e funcionamento dos aparelhos de arrasto. A complexidade do projecto de uma arte de pesca, e em par- ticular as de arrasto, é bastante agravada devido ao facto de o seu objectivo final ser a construgéo de estruturas que se rela~ cionam com organisnos vivos. Nesta situagdo, entram em jogo varidveis traduzindo o comporta~ mento das diferentes espécies, que podem gerar conflito com as solugdes conducentes apenas 4 optimizagéo das caracteristicas mecAnicas da arte de pesca. Sejam quais foren os objectivos do projecto de um aparelho de pesca (maiores capturas, maior selectividade, menor resistén- cia), necess&rio se torna compreender o comportamento das espé~ cies perante a aproximagéo do aparelho de pesca, de modo a haver compatibilizagao entre o funcionamento deste e a captura dessas espécies. Em muitas espécies a visio é 0 sentido mais desenvolvido (Wardle, 1984) que hes permite tomarem conhecimento do meio envolvente. Deste modo é quase certo, também, que dependam fun- damentalmente da visio para reagirem 4 aproximagao dos apare~ lhos de arrasto. © modo e a distancia a que os peixes reagem ao aparelho depen- de, para além de factores inerentes A natureza de cada espécie, da visibilidade do meio, ou seja, da turbidez da agua e da in- -1n- tensidade de luz, dependendo esta Gitima, por sua vez, da pro- fundidade e da hora do dia. Se existir visibilidade de, pelo menos, alguns metros, tem-se observado que muitas espécies com boa capacidade natatéria rea- gem & aproximagdo dos elementos constituintes do aparelno de Pesca tentando afastar-se destes, propésito que 6 conseguido, como € Sbvio, desde que a velocidade de deslocamento do apare- Uno de pesca nao exceda a sua velocidade de fuga (Wardle, 1984). Nesta situagéo, a eficiéncia do aparelho de arrasto pode aumen- tar, ao possibilitar que os peixes contidos no interior da zona definida pelas portas, malhetas e tirantes sejam encaminhados, Por reaccéo 4 aproximacéo destes elementos, para a zona da boca da rede (Fig.5), desempenhando, deste modo, o armamento en frente da rede fungdo activa nas capturas. Quando se encontram em frente da boca da rede, os peixes, em fuga, deslocam-se na mesma direcg&o do aparelho de pesca para se afastarem da sua boca, até que ao fim de certo tempo, como resultado de fadiga, entram na rede, sendo assim capturados. Esta reacgdo de afastamento a objectos estranhos, caracteris- tica de muitas espécies # também levada om conta para construir redes de grandes dimensées, usando panos na zona da boca da rede com malhagens que excedem largamente as dimensdes fisicas das espécies a capturar exercendo estes panos, tal como o arma~ mento, uma fungao de encaminhamento dos peixes para a zona in~ terior da rede cujos panos, de malhagens bem menores, possuem caracteristicas fundamentalmente capturantes. Os panos de grandes malhagens s&o usados extensivamente nos aparelhos de arrasto pelagicos, havendo redes com panos na zona da boca com malhagens de 20 e 30 metros, facto que esta na base das suas enormes dimensdes e da grandeza das capturas que estes aparelhos de pesca alcangam. ~12- Do que acabamos de afirmar, depreende-se que a decisdo de au- PERCURSO DA) ZONA VARRIDA BOCA DA REDE | POR CABOS E | Porta Porras’ mentar as malhagens para valores elevados esté dependente do comportamento da espé: cie a capturar (afas- — “A#NETAS tamento perante a aproximag’o de objectos), como da existéncia de luz na zona de operagao da ‘TIRANTES. rede e do ajustamento da velocidade de ar- i 1 1 1 i i I I i I 1 i i i i 1 ‘ rasto em relagio a velocidade caracteris- tica de cada espécie. Deve sublinhar-se tam- bém, por outro lado, Figura § - © armamento posicionado em frente que © uso de uma velo- da rede pode desempenhar parte ei acag age aes activa nas capturas. acima ou abaixo da velocidade de fuga da espécie alvo, pode diminuir a eficacia de captura da rede. No primeira caso, o armamento desloca-se mais répido que os peixes, pelo que estes serdo alcangados e ultrapassados pelos cabos do armamento fi- cando, assim, fora do percurso da boca da rede. No segundo caso, os peixes tém resisténcia suficiente para se manterem em frente da rede durante tempo considerdvel, podendo néo ser capturados, além de velocidade e tempo que Ihes permite aumen- tar as probabilidades de sairem do percurso da rede pelos seus préprios meios. -13- 2.2.3 - Meios de reduzir a tracgao dos aparelhos de arrasto. Apés termos debatido a origem das forgas de resisténcia dos aparelhos de arrasto, com destaque para as de origem hidrodina- mica, e a influéncia que o comportamento das espécies podem ter no projecto e operacdo dos aparelhos de arrasto vamos, de se- guida, discutir processos de melhorar as suas caracteristicas quanto a forga de tracgao desenvolvida quando em funcionamento. Se observarmos a expressao (2), conclui-se que a resisténcia da rede pode diminuir com ¢ uso de menor velocidade de arrasto ou menor quantidade de pano. Assim, quanto 4 velocidade, baseados na expressdo (2) e pelo que anteriormente foi afirmado acerca do comportamento de espé- cies com boas capacidades natatérias, conclui-se que o seu valor correcto deve ser escolhido em fungao de consideragées de natureza tanto hidrodinamica como biolégica. A velocidade de arrasto, por um lado, deve ser a menor possivel com © propésito de diminuir as forcas de resisténcia hidrodina- mica geradas e, por outro, deve ser a maior possivel para per- mitir varrer a méxima area de fundo. Visto de outra perspectiva @ em funco das caracteristicas natatérias de cada espécie, a velocidade de arrasto néo deve baixar dos limites que possain permitir a fuga ou retardar a entrada dos peixes na rede e, por outro, n&o deve exceder os valores de velocidade dos peixes, situagdes que inviabilizam ou diminuem a fungéo do armamento como elemento de pesca. Deste modo, para cada tipo de pescaria, a velocidade de arrasto € estabelecida num valor éptimo, fungdo das variaveis contradi- torias acabadas de enunciar. Do que acaba de ser afirmado parece ser facto evidente, con- tudo, que pode haver ganhos de produtividade nos casos em que se diminui a tracgao produzida pelo aparelho de pesca por dimi- -14- nuig&o da velocidade de arrasto quando anteriormente esta 6 a partida superior A dos peixes, situacdo algo frequente. A outra hipétese de diminuir a resisténcia dos aparelhos de arrasto, levada a efeito em paralelo ou em alternativa ao ajus- tamento da velocidade de arrasto, reside na diminuigdo da area projectada dos elementos do aparelho de arrasto, como se deduz da expressdo (2). Esta acgAo 6 executada fundamentalmente nos panos de rede, elementos que provocam a maior parte da resis- téncia total do aparelho. Deste modo, para diminuir a area dos panos tem que ser anali- zada com mais pormenor a forma como esta 6 calculada. A 4rea projectada de cada pano da rede de arrasto pode ser cal- culada por meio da expressdo (4), admitindo que os efeitos dos nés se podem ignorar e os fios tém forma cilindrica. A = N.2a.d.10% (4) - Area projectada do pano (m2); ~ comprimento da malha estirada (mm); diametro do fio (mm); Valor em fun¢&o do n® de malhas do pano; Zapp ' Pela expresséo (4) constata-se que se pode diminuir o valor da area projectada dos panos das redes de arrasto por dois meios, tomados separaradamente ou em conjunto. No primeiro, a diminuig&éo da superficie de fio & conseguida através da diminuigado do diametro dos fics, escolhendo mate~ viais de maior resisténcia 4 ruptura e maior elasticidade, como € 0 caso do Nylon (PA). Para exemplificar o que acaba de ser afirmado, suponha-se um Pano de rede de malhagem 100mm, com forma trapezoidal com 410 e ~15- 350 malhas nos lados maior e menor respectivamente, e com 50 malhas em altura sendo o diametro do fio de 3.5mm, Nesta situacdo, © grafico da Fig.6 mostra os valores da Area projectada dos fios deste pano quando o seu diametro varia entre 2.5mm e 3.5mm, A +5 on (ne, 2 0 an wo] 2.5 6 6 2 oT z 0 07a Cd Figura 6 - Relagao da rea projectada de um pano de rede com © aumento de malhagem (a), para 3 diame tros de fio diferentes. No segundo caso, aumenta-se a malhagem dos panos, se o conpor- tamento das espécies, o ajuste da velocidade de arrasto a das espécies a capturar @ a intencidade da lug na zona de arrasto, © permitiren. Neste Gltimo caso, dado que os panos mantém as mesmas dimen- sdes, 0 aunento de malhagem leva a uma diminuig&éo do ntmero total de malhas (N), valor que na expresséo (4) sobreleva o efeito do aumento da malhagem (a), conduzindo 4 desejada dimi. nuigéo da area frontal dos panos de rede. Para © pano anteriormente descrito, o grafico da Fig. 7 mostra a variagéo da area projectada quando a sua malhagem passa de 100mm para 200, 300 e 400mm. Tanto a diminuigado do dia~ metro dos fios como o au- mento de malhagem sao duas medidas importantes que o projectista deve ter sem- pre em consideragao, espe- cialmente em redes de grande dimensdo ou que se desloquem a velocidades de arrasto elevadas requeren- : ie 35 Eo do, para esse fim, entre Zi Figura 7 - Relagdo entre a drea projectada outros, uma avaliagdo cor- de um pano de rede com o diame recta das propriedades tro de fio (a), para 4 ma : Ihagens diferentes. mecanicas dos diferentes materiais 4 sua disposigao. Uma indicagéo, por vezes valiosa sobre a quantidade relativa de fio em relagdo A area do vazio das malhas em cada pano, pode ser alcangada por meio da “razdo de solidez" ou "Solidity" (s). Para cada pano, este valor relaciona a 4rea total ocupada pela rede com a area projectada dos seus fios, ou seja, é a fracgaéo da area total da rede que € ocupada pela area projectada dos fios de rede: Area do fio do pano da rede Area total ocupada pelo pano da rede Quanto mais baixo for o valor deste parametro, mais facilmente a Agua deve fluir através do pano. A relagéo que a "Solidity" esta- belece mantém-se para cada nalha do pano, pelo que pode ser dedu- zida através desta, como esta exemplificads na Fig.8, admitindo que os fios do pano de rede sao cilindros @ os seus nés, esferas. 115... 9 - pedugde da oxpressto A area do fio que se considera de $ através uma ma pertencer 4 malha de rede sobre o abetee eee qual se calcula a expresséo de S, -17- @ a que se encontra a tracejado na figura. A 4rea total ocupada pela malha seré a soma da area de fio com o vazio da malha, obtendo-se a expressao (5). (a-2.d,) sf 2 sen® .cos® (5) 2 2 S, - "Solidity" levando em conta os nés da rede a’~ malhagem (mm) d - diametro do fio da rede (mn) ® - Angulo de abertura da malha ak - diametro dos nés da rede (mm) Se admitirmos que 0 efeito dos nés se pode ignorar: s= lim gs 6 do 7* (6) e a expresséo anterior transforma-se em: 2.d e a a.sen® .cos® song 2 of A expressdo (7) relaciona o valor da 4rea de fio com o grau da abertura das malhas, diametro do fio e a malhagen. Por exemplo, admitindo que o angulo de abertura @ se mantén constante, se aumentarmos o diametro do fio (a) ou diminuirmos a malhagem (a), o valor de $ aumenta, indicando que a area pro- jectada de fio aumentou. A relagdo entre a drea de pano e a area ocupada pelo fio pode ser colocada de outro modo, dando lugar ao coeficiente de fil- tragdo Cf que se relaciona com $ através de: ~18- Cp = 1-5 f (8) que pretende explicar o mesmo fenémeno, mas agora através da xazéo entre a d4rea do vazio das malhas, que ado passagem a Agua, e a 4rea total ocupada pelas malhas. 2.3 - POTENCIAIS CONSEQUENCIAS DAS FORGAS DE DESLOCAMENTO NO FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS DE ARRASTO. outro facto a ter em conta no projecto de aparelhos de arrasto, em especial nas redes de grande abertura vertical, é a influén- cia que as forgas hidrodinamicas de afastamento podem ter no seu funcionamento. Nos aparelhos de arrasto deste tipo, dada a necessidade de terem a maior drea de boca possivel, os panos possuem cortes mais pronunciados que os usados nos aparelhos comuns, em espe- cial nos panos das asas, quadrado e primeira barriga, podendo encontrar-se panos que possuem em funcionamento angulos de in- clinag&o de 10° ou mais. Para 4ngulos de ataque desta ordem, os valores dos coeficientes hidrodinamicos de afastanento Cy so maiores que os existentes nos aparelhos normais 0 que, associado a velocidades de 4 nés, ou mais, leva ao desenvolvimento na rede de forgas hidrodinami- cas de afastamento de valores consideraveis. Quando a rede se encontra em funcionamento, a maior parte dos panos da face superior e inferior do corpo da rede sao iguais mas colocados em posigées simétricas, produzindo-se neles for- gas hidrodinamicas de afastamento com direcgées opostas, que se anulam em grande parte. No entanto, junto a boca, esta simetria entre os panos néo se verifica, nomeadamente devido a existéncia, apenas na face su- perior, do pano do quadrado e, em algumas redes, 4 inexisténcia ~19- de asas inferiores, dando lugar a resultantes de forgas hidro- dinamicas de afastamento com direcgao ascensional que podem ter consequéncias importantes no funcionamento do aparelho de pes- ca. Este desequilibrio de forgas nos panos junto A boca pode ter efeitos positives na eficiéncia do aparelho, permitindo nao sé aumentar a sua abertura vertical como pode auxiliar o funciona- mento de aparelhos de arrasto, por estarem orientados para a captura de espécies que se distribuem numa zona um pouco acima do fundo ou em zonas de pedra, fazendo que o arragal tenha um fraco contacto com o fundo. Este modo de funcionamento do aparelho conduz a uma redugao das forcas de atrito do arragal com 0 fundo e, no caso de pesca em fundos de pedra, a uma diminuigdo de danos na face inferior da rede. Normalmente, contudo, esta desiqualdade de forgas de afastamen- to entre os panos das faces superior e inferior das redes tem efeitos negatives no funcionamento dos aparelhos de arrasto, Porquanto os resultados provenientes desta diferenga de forgas de afastamento entre as faces da rede quase nunca sio tomados em consideragao no projecto dos aparelhos de arrasto pelos pes- cadores @ projectistas, quer por desconhecimento quer por difi- culdades na sua quantificagéo, n’o sendo portanto relacionada com as outras for¢as produzidas pelos elementos do armamento como os flutuadores e o arragal, nem com a velocidade de arras- to. Nesta situagdo, a desigualdade na quantidade de pano de rede entre a face superior e inferior na zona da boca pode ser res- ponsavel pelo mau funcionamento do aparelho de pesca, ao fazer subir a rede e provocar um mau contacto do arragal com o fundo ou mesmo, en certas condicSes, perder totalmente este contacto, afectando o volume de capturas. ~20- Esta situagio, provocada por forgas de afastamento, pode ser mais ou menos acentuada em resultado da convergencia, em deter~ minadas condigées de funcionamento, de factores como a veloci- dade de arrasto, Angulo de inclinagéo dos panos, "razdo de Solidez" dos panos, relagéo entre o peso do arragal e forgas de impulsdo dos flutuadores no cabo de pana, grau de abertura das malhas das faces laterais e relagdes de comprimento entre os tirantes. Apenas a titulo de exemplo, de modo a obtermos a nogao da orden de grandeza das forgas envolvidas, suponhamos a existéncia, numa rede de grande abertura vertical, de um pano do quadrado com a forma e dimensdes em conformidade com a Fig.9. A 200 mm Jaw PE 92.5 Figura $- Pano de rede do quadrado de uma rede de arrasto. Para exemplificar, consideraremos o pano contido num plano com um Angulo médio de ataque de 10% e abertura das malhas uniforme conforme consta da Fig. 4. Como d/a neste caso € 0.025, valor préximo do existente na Fig.4, podenos retirar desta o valor ¢,=0.27. Utilizando a ex- pressdo (4) obtemos, para a 4rea projectada dos fios do pano, o valor de 4.75m?. Com estes valores aplicados a expressdo (4) para diferentes velocidades, as forgas de afastamento produ- zidas no pano sdo as da Tabela 1. © facto mais saliente na andlise destes valores é 0 répido au- mento da forga Ry nas velocidades de arrasto mais altas, levando a concluir que os problemas podem surgir a estas velocidades. ~21- TABELA 1 ~ Resisténcia no pano em fungao da velocidade. V(nés) R, (Kg) 3.0 110 4.0 196 Las 244 © peso do pano de rede na agua deve ser adicionado ou subtraido aos valores acima calculados se o material de que é constituido possuir peso especifico respectivamente menor ou maior que o da Agua, calculado-se pela seguinte expressao: Pag = BYP, ag ar «) Pag - Peso do pano na Agua (Kgf) - Coeficiente de afundamento Par ~ Peso do pano no ar (Kgf) em que o coeficiente de afundamento se exprime por: Yas B, = 1-tae By Y (10) Yag ~ Peso especifico da Agua do mar (Kgf.m™°) Y " ~ Peso especifico do material da rede (Kgf.m7™3) No caso de supormos o pano de rede construido com Polietileno (PE), © seu peso especifico é 950 Kgf.m™3, sendo entao: 1025 ¥ 950 Sabendo que o fio de PE do pano de rede em questéo possui dia- metro de 2.5mm, através de valores fornecidos pelos fabrican- tes, sabe-se que o valor do nimero de metros de fio por Kg 6 -22- aproximadamente 270. Sabe-se também que o pano em quest&o pos- sui cerca de 1900m de fio, valor este proporcional ao preduto do nimero de malhas pelo valor da malhagem. Com estes valores o peso do pano no ar é 1900 ae ecea7odeaterac @ 0 seu peso na 4gua: Pag = -0.0847.0 -0,56 Kg Como este valor é negativo, querendo dizer que o pano flutua, deve somar-se 4 forga de afastamento do pano. Devido 4 diferenga de valores conclui~se que o peso dos panos na Agua é irrelevante se comparados com as forgas de origem hidrodinamica neles produzidos. Quando o aparelho de arrasto comega a apresentar deficiéncias ao nivel do contacto do arragal com o fundo, devido a influéncia das forgas de ascengao desenvolvidas nos panos supe- xiores, deve aumentar-se o peso do arragal na dgua. Devido 4 origem hidrodinaémica destas forcas, a sua intensidade varia com a velocidade, pelo que a quantidade de peso adicional a colocar no arragal depende também, para a mesma rede, da velocidade de arrasto. A resolugdo de problemas como os que se acaba de colocar requer uma quantificagdo das varias forgas envolvidas, tarefa extrema~ mente complexa. Normalmente as solugées para este tipo de pro- blemas sao obtidas através da simulacéo, em tangues de ensaio, do funcionamento de modelos de aparelhos de arrasto em escala reduzida, onde todas as hipéteses séo testadas exaustivamente. -23- 2.4 ~ PROJECTO DOS APARELHOS DE ARRASTO. As matérias até aqui discutidas fazem parte de um conjunto de Processos usados no projecto de aparelhos de pesca ou, mais especificamente, no projecto de aparelhos de arrasto que, hoje em dia, cada vez mais se apoiam em metodologias experimentais baseadas, portanto, na medig&o e na observagao. © sucesso do projecto de artes de pesca, como as de arrasto, usadas presentemente na pesca industrial, é baseado no uso in- tensivo de informagéo de natureza tecnol6gica e biolégica, de- vendo levar em conta aspectos como os seguintes, entre outros: ~ Propriedades mecanicas dos materiais; - Trac¢4o disponivel do arrastéo em fungao da velocidade; - Bstabilidade de funcionamento do aparelho de pesca; - Seguranga e facilidade das operagées de pesca e manutencéo a bordo; ~ Comportamento das espécies a capturar; - Condigdes dos fundos de pesca; - Tipo de equipamento de convés e de ponte disponiveis no na- vio; As frotas de pesca sdo-lhes exigidas, hoje em dia, grande capa- Cidade de adaptagdo 4s mudangas que se estdo a operar nas pes- cas, requerendo, por este motive, cada vee maior competéncia técnica aos profissionais do sector, nomeadamente os que, em terra ou no mar, tém como missdo definir as caracteristicas das artes de pesca a utilizar nas diferentes pescarias. Neste quadro, 0 desconhecimento ou deficiente aplicagaéo dos conhecimentos hoje em dia disponiveis sobre o projecto de apa- relhos de pesca podem constituir um obstaculo a exploragao cor- recta dos recursos pesqueiros existentes ou, noutros casos, in- viabilizar o retorno de investimentos avultados. A Fig.10 contém, de modo abreviado, as condicionantes mais in- portantes que afectam o projecto de um aparelho de arrasto. -24- POTENCIA TAAGGAD DISPONTVEL 00 NAVI PARA 0 ARRASTO. | — especies |_[ conponta VELOC DADE RESISTENCIA a weno DE ARRASTO | —————} NAKA. DA [earTueae rr REDE. NATUREZA fcaracteRtstica DINENSBES 00. FUND. Joa. ARMaMEQTO A REDE ran rae eset] ‘APARELHO LEROJECT STA THFOnACIES SRE APARELHOS A OPERAR a ZONA, APARELHO DE ARRASTO. Figura 10 - Variaveis que condicionam o projecto de aparelhos de arrasto. 3 ~ APARELHOS DE ARRASTO DE 4 PACES. 0s aparelhos de arrasto apresentados neste trabalho reflecten, tundamentaimente, preocupagoes quer do ponto de vista da naxi~ mizagéo do seu desempenho, quer da necessidade de diversifica~ Ao dos tipos de aparelhos a utilizar pelo armamento do nosso pais, em fungéo da cada vez maior especializagao exigida a actividade da pesca. mmbora estes aparelhos de arrasto tenham sido calculados do modo mais racional possivel, a correcgdo dos cAlculos sera ve- vificada através de testes ao seu funcionamento, que servirao para efectuar ajustamentos inevitaveis no armamento. Saliente-se que alguns valores especificos das redes aqui apre- sentados podem ser modificados, de modo a melhor se adaptarem a -25- situagdes de pesca concretas onde se devam inserir, nomeadamen- te no que diz respeito 4 dimenséo de malhas ou composicao e natureza do arragal, por exemplo. 3.1 - REDES DE ARRASTO FGAVO05 = (28.70/18.20) E V2 (29.32/18.11) Este tipo de redes de arrasto é utilizado em alguns paises da Europa, sendo usado na captura de diversas espécies entre as quais se encontra o bacalhau. Os seus planos encontram-se nas Figuras 1 e 2 do Anexo. A existéncia de asas inferiores muito curtas e a utilizagéio de arragais de esferas ou roletes adaptam-nas a fundos de pedra permitindo, por outro lado, as faces laterais confere-1hes uma maior abertura vertical. Estas faces laterais terminam, na boca da rede, em asas que possibilitam a sua ligagdo a tirantes laterais, o que permite uma melhor distribuigdo de forgas pela rede, facto que faz au~ mentar a sua abertura vertical. As redes FGAVO05 @ VH2 sdéo redes do mesmo tipo mas com fins distintos. A rede FGAV00S existe no navio de investigagéo "NORUEGA" estan- do adaptada 4s necessidades de ambito cientifico e cuja forma, quando em funcionamento, esté representada na Fig.11. Por tal notivo, as malhagens sae pequenas (70 e 80mm) e o arracal con- tém roletes de ferro de modo a poder operar em fundos de difi- cil acesso ou de natureza desconhecida. A rede VH2 possue as mesmas dimensées da anterior, apenas alte~ rada na dimensdo das malhas que passaram a ser as normalmente usadas pelas redes dos arrastées da nossa frota, destinando-se a ser utilizada em fundos de pedra, para o que possui um arra~ gal de roletes. ~26- sy san 818 ie Wa oe Figura 11 - Vista lateral da rede FGAVOOS. A rede FGAV00S 6 utilizada con malhetas em cabo de ago de cerca de 40 metros de comprimento, e portas do tipo "Portuguesa", em ferro, com 4.72m? de rea e 650Kg de peso. A distribuigdo e ntmerc de flutuadores que esta rede utiliza so mostrados na Fig.12. (cAWO 9E-PABA 28. 70x (4. 5412.0008.35) w aise wed 200 40 five FL 9 200 20 five PL 200 8.35 12.00 8.35 Figura 12 ~ Plano do cabo de pana da rede FGAVOOS. Pace a necessidade de grande abertura vertical, sao utilizados 80 flutuadores de 200mm de diametro, que em conjunto exercem uma forca ascensional de: 80 + 2.4 ky = 192 K, © arragal é constituido por esferas de ferro de grande dimensdo conforme o plano do arracal contido na Fig.13, em consequéncia da necessidade de arrastar em fundos de pedra (muitos dos quais desconhecidos) . A utilizagao do aparelho de arrasto em fundos de pedra é 0 mo- tivo pelo qual os panos na face inferior possuem fios de maior -27- diametro. © peso do arragal quando submerso é de cerca de 500Kg. AMBAGAL 18.208 (4, 3049.604.50) Figura 13 - Piano do arragal da rede FGAVOOS. A superficie projectada total dos fics dos panos da rede 6 de 72.8 m? sendo a sua distribuigao, por face, a contida na tabela 2. TABELA 2 - Distribuicdo da 4rea de fio da rede FGAV005 pelas faces. PACE AREA(m)) Superior 28.08 Laterais 16.78 Inferior 27.86 As estimativas das aberturas da boca da rede sfo: Abertura vertical Abertura horizontal 4.0m 14.0m A rede encontra-se estimada para navios arrastées com poténcia entre os 700 e 900HP, dependendo de diversos factores, entre os quais se conta a velocidade de arrasto. A Fig.14 representa a forma geral da rede VH2 quando em funcio- namento. Esta rede apresenta malhagens normalmente utilizadas nosnavios da frota portuguesa (140mm, 100mm e 80mm). -28- 00.8 ier @ 2a Figura 14 - Vista lateral da rede vH2 Esta rede pode ser utilizada com portas de ferro com area de cerca de 4.0 m? e 550 a 650 Kg de peso. A Fig.15 representa a distribuigio e nimero de flutuadores que a rede utiliza. (AMO DE PAKS 29.520 (9.00411. 3249.00) ate re antl Pigura 15 - Plano do cabo de pana da rede vH2. A forga ascensional proporcionada no cabo de pana pelos flutua- dores é de: Fyp = 6042.4 Kg = 144 Kg Embora projectado para fundos de pedra, o arragal desta rede é mais leve que o anterior como se pode observar na Fig.16. -29- AIRAGAL (4.100 (7.3083. 3047.20) Figura 16 - Plano do arragal da rede vH2. A utilizagao de roletes de borracha de forma cilindrica permite um melhor contacto do arragal com o fundo. 0 seu peso total na Agua € de cerca de 245 kg. A superficie projectada total dos fios dos panos da rede é de 59.0 m?, distribuida da forma que a Tabela 3 mostra. TABELA 3 - Distribuigéo da area de fio da rede VH2 pelas faces. FACE AREA (mn?) Superior 25.27 Laterais 14.68 Inferior 19.82 As estimativas das aberturas da boca da rede sao: Abertura Vertical = 3.5-4.0m Abertura Horizontal = 15.0 m Esta rede de arrasto é estimada para arrastées com poténcias entre os 600 e 800Hp. 3.2 - REDE DE ARRASTO VH3(27.13/20.58) Este tipo de rede de 4 faces 6, 4 semelhanca das anteriores, utilizada em fundos de pedra. -30- © plano da rede VH3 esté contido na Fig.3 em Anexo. A configu- ragéo da dltima secgao das faces laterais, junto a boca, dis~ pensa tirantes laterais, como se observa na Fig.17. oe ee Figura 17 - Vista lateral da rede vH3. No cabo de pana sdo colocados 60 flutuadores de 200mm de diame tro conforme o plano da Fig.18. A forca ascensional total provocada pelos flutuadores é: Fyy = 6042.4 Kg = 144 Kg ‘cabo DE PANA 27.93 (6.97410,0048.97) 17 hae 1h # 200 26 Flue 200 V7 fue ML #200 (es 19.00 8.0. Figura 18 ~ Plano do cabo de pana da rede V3. © arragal 6 constituido por roletes de borracha como é descrito na Fig.19, possuindo um peso de cerca de 320Kg quando imerso. A Area total da superficie projectada dos fios dos panos de rede 6 de 57.6in’, distribuidos da forma que a tabela 4 mostra. A rea das portas a utilizar nesta rede deve ser cerca de 4.0m’, em ferro, com 550Kg a 650Kg de peso. -31- AKKAGAL 20.5 (6. 1943.40 0063. 40%. 59) Figura 19 ~ Plano do arragal da rede VH3. TABELA 4 ~ Distribuicdo da area de fio da rede VH3 pelas faces FACE AREA(m?) Superior 25.54 _| Laterais 12.33 Inferior 19.74 Os valores estimados para as aberturas da boca da rede séo Abertura vertical: 4.0-4.5m Abertura horizontal: 13.5m Esta rede deve ser utilizada em navios com poténcia entre os 600 e 700Hp. 3.3 - REDE DE ARRASTO VH4 (39.38/54.32M). Este tipo de rede de arrasto é bem adaptado a obtengdo de gran- des aberturas verticais. 0 seu plano esté contido na Fig.4 em Anexo. A configuragéo geral da rede de arrasto VH4, quando em funcio- namento, e disposigaéo e dimensdes dos seus tirantes é mostrada na Pig.20. © tirante central poderé ser colocado de dois modos diversos, como 6 mostrado na figura anterior. No primeiro modo, este ti- rante teré o mesmo comprimento que os outros, ligando o seu “32+ coment can ale Figura 20 - Vieta lateral da rede VHa. extremo directamente 4 nalheta; no segundo teré metade do com- primento dos outros ligando a meio do tirante superior, adicio- nando a este uma componente de forga vertical que tenderaé a diminuir a abertura vertical da rede. © cabo de pana 6 composto de 40 flutuadores de 280mm com a dis~ tribuigao observada na Fig.21. ABU DE ANA 19a CLES STHLG. 2042579 Jo rine rh #260 Ean germ 20 Fiat oh 20 7 ak baat \, ! Figura 21 ~ Cabo de pana da rede Vis. A forga hidrostatica total produzida pelos flutuadores 6 de: Fyy = 4049.0 Kg = 360 Kg © plano do arragal esta contido na Fig.22. Este arracal @ formado por cabo de aco de diametro 20mm sobre o qual s4o enrolados cerca de 280 metros de cabo de PE ou PP de 22mm de diametro, Nos 9.0 metros centrais o cabo é enrolado em duas camadas para melhor proteger a rede. 33 NOKAGAL, 54 32a (22-6699. 0422.66) any sa ee a.50 22.66 Figura 22 ~ Plano do arragal da rede vid. Cerca de 83 metros de corrente de 4.6Kg/m s40 usados neste ar- ragal de modo a favorecer o contacto da rede com o fundo, divi didos em 35 metros no centro e 12 metros em cada uma das zonas laterais como é indicado na Fig.22. A totalidade deste arragal quando imerso pesara cerca de 400Kg. A superficie total projectada de fio da rede é cerca de 109m? com a distribuigdo da Tabela 5. ‘TABELA 5 ~ Distribuigdo da area de fio da rede VHé pelas faces. FACE AREA(m?) Superior 47.73 Laterais | 17.38 Inferior 44.50 As aberturas estimadas da boca da rede sao: Abertura vertical: 7.0-9.0m Abertura horizontal: 20.0m As portas de arrasto a utilizar nesta rede devem possuir cerca de 5.4m @ 1000Kg de peso. fsta rede deve ser usada em arrastées com poténcia entre 1000 e 1200Hp. “34 DR ARRASTO VH> (24.58/18.94M). f& uma rede de arrasto para funcionar em fundos de pedra. 0 seu plano esta representado na Fig.5 em Anexo. Embora de 4 faces, nao permite usar tirantes suplementares, come se pode observar na Fig.23, 0 que pode trazer desvantagens nas redes de grandes dimensdes, pelo facto de a tracgao exerci- da pela totalidade da rede ser transmitida apenas aos tirantes superiores e inferiores. ajustanente Figura 22 ~ Rede de arrasto vuS. ima das suas consequéncias diz repeito 4 simplicidade da sua eonstrugao, © que € econémicamente significativo em pescarias onde hd avarias frequentes nas redes, necessitando de repara- gOes rapidas a bordo. © plano do cabo de pana com a distribuigao de flutuadores esta contido na Fig.24. (CARO DE PANA 26. 58m (7,5049,5847.50) to Gut Pi # 200 ao tive FL # 200 tn foe PL @ 200 wpe ganas 7 ee sa Piguea 24 0s 40 flutuadores de 200mm de diametro produzem uma forga as~ eensional a -35- Fyy = 4042.4 Kg = 95 Kg © plano do arragal consta da Fig.25. ARRAGAL. 18,940 (7.0746,8047.07) ae discoe de orrecha @ 90mm hero do ‘arrecal Pigura 25 ~ Plano do arragal da rede VHS. © peso do arracal quando imerso sera aproximadamente de 180Kg. A Area total do fio da rede é de 25.5m* com a distribuicdo por face contida na Tabela 6. TABELA 6 - Distribuig&o por face da érea de fio da rede VHS. FACE AREA (m*) Superior 9.56 Laterais 8.65 Inferior 7.32 As aberturas estimadas desta rede sao: Abertura vertical: 3.0-3.5m Abertura Horizontal: 13.0m As portas a usar nesta rede devem possuir cada uma 2.5m? de 4rea © 350Kg de peso. Para operar com esta rede a poténcia do navio deve estar compreendida entre 400 e 450Hp. -36- Referéncias FAO, 19 Manuel 4, Conception et Fonctionnement des Panneaux de chalut. 0 des péches, FAO;Roma, @8 p. FRIEDMAN, A.L.; ROZENSHTEIN, M.M.; LUKASHOV, V.N., 1979. Design and Testing of trawls. Amerind Publishing Co. Pvt. Ltd, New Delhi, 212 p. GUNNARSSON, G., 1988. Full-Scale Observations and Modifications on the Granton Trawl Design Used by the Icelandic Deepsea Trawlers. World symposium on Fishing Gear and Fishing Vessel Design, Marine Institute, St. John's, Newfoundland, Canada, p. 318-320. MACLENNAN, D.N., 1981. The Drag of Four-Panel Demersal Trawls. Fisheries Research, 1: 23-33. MAIN, M.; SANGSTER, G.I., 1985. Report on the Direct Obser— vation Experiments with the Chalut 28.90/37.1m JCB During 3-23 July 1984. ICES, Fish Capture Committee B:9, 5 p. REID, A.J., 1977, A Net Drag Formula for Pelagic Nets. Scottish Fisheries Research. Department of Agriculture and Fisheries for Scotland, Report Number 7, 12 p. WARDLE, C.S,, 1984. Fish Behaviour, Trawl Efficiency and Energy Saving Strategies. FIIT Working Paper. F.A.0., Fishing Technology Service, Rome, 19 p. WILEMAN, D.A., 1986. An Assessment of Diferent Means for Calcu~ lating the Drag of Trawl Netting. 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ANEXO PLANOS DAS REDES DE ARRASTO uoz"er / “woc'ee OSvERY 30 3038 SoonYSs + 428 ores 09" 0282 TELS Vv) GR) enh slim Saw (anbneah woorA) aiojatia :aattao ‘oan 30 Svsugnzo eetsesey ————————— Ne aa: oot feoseg eep oRoeSy3e9NUr 3p wes"o2 / “Bes"ce OleyeMY 30 3038 cua: su ei = oF “cua apes ep ouetg ~ ¢ venora -43- : e eee'rs / “wesc OistuuY 30 50H eo goers = RunonE qT v rrr ore ow free eee eet —, « wo oe ee. i wa oot oss wre cet oor me SP6"Er / ‘was're OLSYEY 30 SOR) - wor ‘cei epa2 ep ovetg ~ ¢ vEnoTE =45- reer cers ents ne we n 2 RELATORIOS TECNICOS E CIENTIFICO8 00 INIP 05 REGIFES ARTIFICIATS COM CONTRIEUTO FUNDAMENTAL PARA 0 ORDENAMENTO OAS PESCARIAS LITORAIS ALOARVIAS - Carlos Coste Monteiro © Miguel Pessanha ce Carvalho. CONSERVAGAO DE ORUSTACEDS. RESULTADOS PRELIMINARES OBTIOOS NO CRUZEIRO NE o1030% N/E “MESTRE GOSTETRO". AMID 85 - Maria Leonor Munes. Regina Moréo de Campos. J. Fernandes © My BSiveira TESTE DE REDES DE ARRASTO FELO FUNDO - Departamento de Tecnologia da Pesca, MOCALIZAGRO & REDONMECIMENTO DA TOPOGRAFTA SUGMARINA OOS PRINGIPATS PESGUETROS DE {LAGOSTINS AO LONGO DA COSTA PORTUGUESA, EFERTUADOS A BOROO 00S N/E “NORUEGA & “MCSTRE COSTEIRO. EH 1903/87 - Marie Joné Ga Figueiredo ® Antéalo Virieto. ESTUDO 00 RECURSO VERDIAHO OA COSTA CONTINENTAL PORTUGUESA. GRUZEIRO NE o2080085 N/E *MORUEGA". SETEMER 1985 - Manuela Morais da Cunha. CONGERVAGAD DE LULAS [LOLIGO VULOARIE) EM REFRIGERADO - Irineu Satiste o Regina Mora do Campos. APROVEITAVENTO E VALORIZAGKO DE ALGUMAS ESPECIES DE TUOARAD - Maris Leonor Nunes, Teineu Batista, Regine Merde de Capos © Alberto Viegas. ESTRUTURA OAS COMNIDADES DE FITOPLANCTON NAG LAQOAS OAS SETE GINANES, AgERES — Maris do Rosdeto Lesl ds Olivetes ESTRUTURAG DE APOIO A CULTURA EXPERIMENTAL OG PEIXED EM JANGADAS. EM ALOUFEIRAS - Batarmine Gongolvea Patna Brito. MORTALIDADE DE AMETJOA RUDITAPES DECUSEATUS NA RIA FORMOSA, ALOARVE - no Haris Ferreies, Corics Vale, Cerlote Cortesio. Lufes Pacheco, Menuole Falefo, Odeto Castro ® Rut Cochola. ESTUDO OA ESTRUTURA E OINAMICA DAS COMINIDADES PLANCTONTGAS 09 RIO TEJO, Noo THOCOS DE FRATEL, ARQUINNA E VALADA - Marie de Rosrio Leel de Oliveira, Moris Terean Monteiro = Maria Teresa Pereira Coutinho. DISTRIGUIGRO BATIMETRICA DO LAGOSTIM & ESPECIES ASSOCIADAS OG INTERESGE COMERCTAL ‘AD (WOO DA COSTA CONTINENTAL. PORTGUESA = Maria Joeé de Figueiredo. INFORMAGKO PRELIMINAR OA ‘CAMPANHA OO AVE “NORUEEAT NA REPOOLIGA QA QUINE-BISSAU OF WaRGO/ADRTL DE 1980 - Instituto Nacional de Investiguoda dea Poscas (Portugel} © Laboratérto de Biologia Morinha (Ropiblice do Guiné-Ai sea). IXE-ESPADA-PRETO (APHANOPUS CARBO). COMPOSTGAO QUIMIOA £ PREPARAGLO OE FILETES ~ Irineu Batiste, Regina Haréa de Cannas © Merie Leenor Nunes, ne 20 a 2 23 a0 26 2a ASPEDTOS SANITARIOS DA POLIGULTURA MARINHA E MEDIDAS DE PROFILAKIA = Jain Honezee, Maria Terese Ginis, Maris Celeste Sunes, Maria Auguste Molede © Pedro Ooncei cto. CONTRIBUIGAG PARA 0 COMMEEINENTO DA PESCARIA OO MELXRO (ANGUILLA ANGUILLA L..3 = OADOS PRELIMINAREG SOORE A EFICIENGTA DAG PRINGIPAIS ARTES DE PESCA E IMPORTANGIA DAO GAPTU- RAS ACESSORIAS NO ESTUARIO 00 MONDESG - Isobel Jorge © Hanust Sobral. PROGPEDAD DE AMETJOA ORANCA (SPTSULA SOLIDA L.1 NO LITORAL NORTE OA COSTA PORTUGUESA NOS MESES DE MATO/URHD E UUGRO DE 1900 - Manuel Sobral e Isabel Jorge. ‘CAWPRanA 00 N/E *NORUCEAY NAG AGURE OA REPUBLICA OA GUINE-BISGAU. AORTL/MAIO 1080 = Instituto lacional de Investiqacse das Pescas (Portugal) e Lanoratécio de Biologia Migrinha (Ropdblicn da Guinb-dieea), ENSAYO DE DOIS METOODS PARA REALCE DE ANEIS VERTEBRATS EM ESQUAL{OEOS OA COSTA PORTU- QUESA - Anténio Avila de Molla © Helder Marques de Silva. [A PESCA D0 ATUM EM CABO VERDE - Manuela de Azevedo. [ESTUDO QUANTITATIVO DE ALIMENTAGKO ARTIFICIAL EM ENOUIA EUROPEEA (ANOUILLA ANGUILLA L.) = Rus Beas STUDS NE APOIO AS PESCAS AGOREANAS. CAMPANIA "AGOREE 1/83" - Manvel Line OL Marie Helens Krug © Helder Herques da Silva, POTENCIAL PROOUTIVO ONE MALEAS OF AGUA SUPERFICIAIS NA OSTA OGTE DE PORTUGAL — Joaquim Pissarra, Maris Helena Cavaco © Lidia Manze. ESTUARIO 00 GADD - ADAPTAGKO OE METODOLOGIAS - FOSFORO E AZOTO NA MATERIA PARTICULADA E SEDIMNTD ~ Grace Cabocidas. Maria José Croqueira. Lufs Palms de Oliveira © sures FEITO DE VARIOS ADITIVOS NM UALIDADE DE FILETES DE PESCADA ARMAZENADOS EM CONGELADO ~ Trine Gatiete. Regine Moro de Campos @ Marie Leonor Nunes. TESTE DE REDEH OC ARRAETO PELO FUMDO. CAMPANIA DE PESCA EXPERIMENTAL W/E “MORUERA™ = ezosoges. 14 a 16 OF AGOSTO OE 19n2 ~~ Alberto Lait Carlos Ferreira. Paulo Fonesce DINICA 00S MUTRIENTES NA ALBUFEIRA 00 PESO 00 ALTAR: RELAGKO COM A PRODUGKO PLANE TONICA ~ ‘grin Teresa Pereira Coutinho. PRINCIPAIS INDIEAOORES OR ADIRDANCIA 00S RECURSOS CAPTURADOS NO GRUZEIRO DBASSAL VERKO/B0" COM O N/E *NORUEAY = Fétiow Cordador. OINOFLAGELADOS POTENCIALMENTE TOXICOS EM TRES LOGAIS OA COSTA PORTUGUGHA, FIGUEIRA (OA FOZ, PENICHE E SETUBM - Merie Teresa Pereice Coutinho. we a2 No 43 11 CAMPANIA 10 N/E “NORUERR NAS AGUAS OA GUINE-BISGAU. MAROO-ABRIL 1980 - Inotituto Nactonst da tavestigaggo das Pescas (Portugal) a Labveratério de Biologic Marinha {Ropibiice ds Ouing-Bissav) EFETTO 0A VARIAGKO SAZONAL E DA ARMAZENAGEM EM GELO NOS LIPIDOS DAE POLPAS © SURIME DE SARDINHA - Norcise Maris fondarra, Maria Leonor Nonos. Regina Margo de Campos, Rogéria Mendes e séisa Gongalves. MELMORAMENTO ORE CARAGTERISTIOAS SELECTIVAD DE REDES DE ARRASTO MEDIANTE A INTROGUGKO DE WALHA QUADRADA NO SACD ~ Paulo Fonseca. EFETTO OA VARIAGAD SAZONAL E OA ARMAZENAGEM EM GELO NAS PROTEINAS ORG POLPAD E SURIME DE SARDINIA = Helens Marte Laurengo, Marie Leanar Nuno: 9 Concet gio Almeida © Angeline Martine. Rogério Mendes, Maria ESTUOOS DE PLANGTON MUM VIVEIRO FERTILIZAO0 PARA CRESCIMENTO DC POS-LARVAS DE PENAEUS JAPONICUS GATE NA RIA FORMIGA = Moris Helena Vilela © Moris Anténio de M, Sempayo. ‘A PEDOARIA PORTUGUESA 00 ATLANTICO SUDESTE NO CONTEXT OA PESCA NAGIONAL CANAL ISE RETROSPECTIVA, SITUAGAO ACTUAL, POTENCIALIOAUES) ~ Manuele Moreis da Conho © Hanuet SAPERIENCIA DE PRODUGEO CONANTA DE PEIXE, CAMARKO E SAL NO ESTUARIO OO ADD - na Woria Sobral, Frenaisco Ruano, Isabel Arroves e Maria Dandsia Serrano Oiao, POTENCIALTOAOES PARA A AQUACILTURA NA REGTAO AUTONOMA 008 AGORES. AVALIAGKO PRELIMINAR UWA PROPOSTA DE ESTRATEGIA ~ Jaime Menozes. [A SELECTIVIDADE NO PROJECTO DE ARTES DE PESCA. CONTRIGUICRO PARA A EXPLORAGKO MAIS RAGIONAL DOS RECURSOS OA PESCA - Aisle Campos. ANALISE 005 PRINCIPATS RESULTADOS DAS CAMPAMIAG CEMEROAIS COMMMITARIAS MO FLENISHL CaP DE AWLHO DE 1900 A JULID DE 1980 - Anténia Avile de Melo © Ricerda Reynoide Mpoim. PICLO SAZONAL 00 CONTEYOO CALORICO E LIPIOIO 00S OVARIOS E CARCASSA DA FANEZA ‘CTRISOPTERUS_LUSOUD L.) CAPTURADA EM AGUAG PORTUGIEEAS - Poulo Talhades cos Santos. ‘EvoLuGRO OOS TEORES DE AMINAS BIOGENTGAS EM SARDINHA (SARDINA PILCHAROUS) REFRIGERADA = Rogéete Hendes © Hanusl Pires FUTROFIzAGiO 00 RIO GUADTANA, "BLOOMS" DE CYANOPHYCEAE E INFLUENCIA WA eTTOFALRIA = Marka do Rossrio Leal de Cliveire ‘TOPOGRAEIA SUBHARINA 00S FUNEOS DE CRUSTACEOS DA VERTENTE ALGARVIA ~ Anténio Vicieto © Maria José de Figueiredo. Wt 44 = CONTRIBUIGAO PARA 0 COMMEDINENTO DA ICTIOFANIA DO ESTUALIO 00 MONEDO = Isabel Jorge. M245. — ESTUDON DE OCEANOGRAFIA WA COSTA SUODESTE E SUL UE PORTUGAL - Marie Helene Cavaco 8 doaquim L. Pissarro, N40 PEECA EXPLORATORIA OOM PALANDRE EM AGUAS 00S GRUPOS CENTRAL © ORIENTAL 00 ARCUIPELAGO 0s AGORES (1979-190) = Manuel Line Dias. NO A? ~ PROJEDTO E TESTE OF APARELIOS OF ARRASTO - Victor Henriquas. No Ag = AMALISE HISTOLOGICA 005 ESTADOS DE MATURAGKO DAS GONADAS DE VERDIMAD (Micrapesiati Poutassay Rivso. 1026) DA ODSTA CONTINENTAL PORTOUESA - Manuole Korais de Cunha. = ESTABILIDADE GOS LIPIOOS DE POLPAS E SURIMI DE SARDIMHA EM CONGELADD - Heroic Maria Bandara: Marie Leonor Nunes: Regine Horde de Campus 2 Jélie Goncalves. Mo Sa. ENGATO DE FERTILIZAGRO MWA GALINA DA RIA FORMOSA (ALGARVE) ONDE OCORRE NATURALMENTE, ARTEMIA - Neria Helene Vilela: Mecie Anténis de M. Sanpoyo © Maria Ane de Castelo NO 51 = EFEITO DA ARMAZENAGEM GM CONGELADO NAG PROTEINAS DE POLPA E SURIMI DE SAROINIA ~ Helena Maria Lourenea: Maria Leanor Nunes: Angelino Harting © Ana Criatine Os No 52. ~ CONTRIGUIGAO PARA 0 CONHEDIMENTO DA BIOLOOIA E DA PCSCARIA DO CHIO. Sepin officinalis (Linnaeus, 17501 NO ESTUARIO 00 SAID E ZONA COSTEIRA ADJACENTE = Moria Dandeie = ENGATO DE PRODUGKO MACIGA 00 ROTIFERO Hexerthea jenkinwe (Beouchemp) = Maria Helens Vitets. Wo 54 ~ VaRIAGKO SAZONAL 005 LIPIODS DE GARDINNA Sardine pilcherdes - flerciaa Maria Bandera: Maria Leaner tunes Trine Batiste. NO 88 ESTUDD DA FECUNDIDADE 00 VEROINGO (Micrane: poutassou Reese, 18281 = Nanvels Morais da Cunha Ne 58 - CONTRIBUTED PARA 0 CONMEDINENTO OA PESCA DE PEIXE-GALO (Ze = Alexandra Silva. Linnaeus. 1790) Are DE MEIXKO COM “SARRICO™ NA SAFRA DE 1989/1990 MO RIO LIZ - Rui Bassa. No 50 ~ A PESCA COM REDE OE TRESMALHO (*SOLHEIRA*) NO ESTUARIO 00 GADO - Renate Marais, Ne 99. ~ STAND TROFICO E DINAMICA 0) FITOPLANGTON OAS ZONAS SUPGRIOR, MEDIA & INFERIOR 00 ESTUARIO DO SADD = Moria do Rosério Les! de Oliveira; Maria Teresa Pereira Coutinho. Ne 80 = ACGAO OOS LIPIOOS NEYROS & OXIOANOS NA OESNATURAGKO PROTEICA DE POLPAS DE SARDINKA ARMAZENOAS EM CONGELADD ~~ Rogéria Hendon. we 62 "BLOOMS" DE CYANOPHYCEAE NA ALOUFEIRA NA AGQUIEIRA - EFELTOS NA QUALIOADE OA AGUA EMO ZO@PLANGTON ~ Neris do RosArio Leal de Oliveirs; Herta Terese Moncoiro, CONTRIBUIGRO PARA O ESTUDO DA SELECTIVIOADE OAS REDES OE EMALHAR DE UM PANO FUNDEADAS NA COSTA PORTUGUESA NO BIENIO 1000 = 1091 - Rogélin Martine: Miguel N. Sentoas Carlos Costa Monteiro: Maria de Lourdes Paes de Franca. JET GAWPAMIA D0 NE *MORUEOAT NAS AGUAS OA REPOBLICA OA GUINE-BISSAUL, ABRIL - JUNO 1800 - Institute Nacional de Taveetigagio das Pescos (Portugal); Leborasérie. ue Biologse Nerinhs (Repdblice de Guiné-Bissou) . ARRANJO GRAFICO - INIP/PUBLICACOES IMPRESSAO - INIP/OFFSET

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