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ESTADO
SAÚDE
EDUCAÇÃO
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
DA
SEGURANÇA SOCIAL ESPECIAL v
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ECONOMIA & FINANÇAS
NAÇÃO
JUSTIÇA & SEGURANÇA
CULTURA
ENERGIA & AMBIENTE
EUROPA
ILUSTRAÇÃO: MIGUEL SEIXAS / WHO
OS FACTOS,
N
estes dias de campanha eleitoral, José Sócrates lembra, sempre
que pode, que o Governo PS fez reformas profundas que permiti-
ram ao País ter margem para enfrentar a crise quando ela chegou.
A CRISE,
Este Estado da Nação, o terceiro que a VISÃO publica, em vésperas
de eleições legislativas, ajuda-nos a perceber que, de facto, este
Governo PS fez muitas reformas e começou a fazê-las mal chegou
ao poder. Tão cedo quanto foi cedo que começaram as acções de
O ESTILO
protesto de numerosas classes profissionais.
Apesar de «existir vida para além do orçamento», Sócrates
concentrou-se, de forma empenhada, nos primeiros tempos da
legislatura, a melhorar a frágil saúde das contas do Estado. Espelho desse esforço foi
o défice orçamental, que passou de 6,1%, em 2005, para 2,6%, em 2008. Grande parte
PEDRO CAMACHO DIRECTOR desta recuperação, lembrarão os mais críticos, foi feita através do reforço da carga
fiscal, aumentando taxas ou melhorando a eficácia da cobrança dos impostos, e não
por redução do peso do Estado. Pode ser assim, mas também seria uma grande injus-
tiça reduzir tudo a uma questão de números. Foram feitas reformas consideráveis, de
substância, que deviam ter sido realizadas há já muitos anos – na Saúde, na Educação,
na área do Trabalho, na Justiça, na Segurança Social, na Energia. Reformas que, em
alguns casos, ajudam a tornar sustentáveis as grandes linhas do modelo político,
económico e social que, salvaguardadas pequenas diferenças, são partilhadas pela
esmagadora maioria dos portugueses.
O Governo fez reformas difíceis e necessárias, e pagou o preço. Há já muito tempo
que não se via tanta contestação, na rua ou dentro dos gabinetes. Ou mesmo no interior do
próprio Partido Socialista, que também não lidou bem, no seu conjunto, com as reformas-
-bandeira da equipa de Sócrates. Mas também é certo que pagou muito mais do que podia
ter pago, e por culpa própria. Porque não soube explicar à sociedade, e muito menos quis
discutir com essa mesma sociedade, os termos e o preço das mudanças que implementou.
Justifique-se com a determinação ou com a arrogância, a crispação foi o registo normal das
relações do Governo com a sociedade política, institucional e civil. E não era preciso ser
assim. O resultado desta forma de exercício do poder foi a crescente erosão das bases de
apoio do Governo – um suporte que Sócrates tinha conquistado, de forma brilhante, e que
tinha mesmo alargado, nos primeiros tempos de governação. Um desgaste que começou
com as reformas na Função Pública, mas que se propagou a uma grande fatia da sociedade
civil, determinando a derrota nas eleições europeias. Pelo meio, levou a uma divisão séria
dentro do próprio Partido Socialista – que, também ele, não entendeu as reformas-bandei-
ra de Sócrates – e à alteração artificial do estilo do próprio primeiro-ministro.
E, às tantas, chegou-nos a crise. Uma crise explosiva, que se juntou ao desgaste do
Governo, à proliferação de «casos» em torno de Sócrates e à proximidade das eleições. Uma
crise que, sendo indiscutivelmente um problema de peso para quem tem o ónus da governa-
ção, foi também um balão de oxigénio para um Executivo em quebra acentuada. E que vem
baralhar todas as análises do desempenho deste Governo. A crise é global e, nesse sentido,
«veio de fora». Mas ela não vai morrer, seguramente, solteira. Sócrates chega à véspera das
eleições com um prémio verdadeiramente inesperado: a economia a sair «tecnicamente»
da crise. Mas com o peso de um desemprego recorde e com uma inversão brutal de todo o
esforço de racionalidade económica dos primeiros tempos. E que um dia se terá de pagar.
Os números fundamentais destes quatro anos, que mostram o que o País andou ou
deixou de andar, estão nas quase 40 páginas que se seguem.
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
OS 1662 DIAS DE JOSÉ SÓ
MARÇO anuncia o défice orçamental jornalista, sobre uma notícia relacionada
do Governo de Pedro com a atribuição pelo secretário de Estado
Santana Lopes: 6,8% do Acácio Barreiros, com a tutela da Defesa do
PIB, muito acima dos 3% Consumidor, de um subsídio de um milhão de
impostos pelo Pacto de euros à Associação Portuguesa para a Defesa
Estabilidade e Crescimento do Consumidor (DECO)
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
CRATES
Helena Velhinho
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 49
OS 1662 DIAS DE JOSÉ SÓCRATES
e Garcia Pereira. chamar José Sócrates como testemunha. (direcções-gerais e equiparadas, conselhos,
ANÍBAL ANTÓNIO Horácio Costa justifica essa opção afirmando comissões, empresas públicas centrais e
CAVACO SILVA que enviou cartas a José Sócrates e Jorge municipais) de modo a simplificar a estrutura
conquista 50,59% Coelho a denunciar a situação do alegado da Administração Pública, reduzindo custos,
dos votos e é eleito XIX «saco azul» da câmara de Felgueiras eliminando lacunas e sobreposições.
Presidente da República
ABRIL DIA 2 O Presidente da República veta a lei da
DIA 25 O Estado Português DIA 3 O director paridade, apontando o seu carácter excessivo
assina o acordo de nacional da Polícia e desproporcionado
colaboração com o Judiciária, SANTOS
Massachusetts Institute CABRAL, é demitido DIA 30 DIOGO FREITAS DO AMARAL
of Technology (MIT), por despacho demite-se do cargo de
com vista a conjunto do ministro ministro dos Negócios
internacionalização da da Justiça, Alberto Estrangeiros, alegando
ciência portuguesa Costa, e do primeiro- motivos de saúde. Provoca
-ministro, que alegam uma mini-remodelação
FEVEREIRO perda de confiança do Governo. Luís Amado
DIA 30 Programa de institucional. É substituído por Alípio Ribeiro assume as funções de ministro
Reestruturação da dos Negócios Estrangeiros, sendo
Administração Central do DIA 27 José Sócrates anuncia, no Parlamento, substituído, na Defesa Nacional, por Nuno
Estado entra em vigor medidas para equilibrar as contas da Severiano Teixeira
Segurança Social, afirmando garantirem a
sustentabilidade do sistema previdencial até DIA 30 Arranca o sistema de criação de
2050 empresas on-line
50 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
JULHO dos recursos; melhorar o acesso ao Sistema
de Saúde, reforçar a sua qualidade e reduzir
JANEIRO
DIA 17 Alberto João Jardim declara guerra a despesa. Pretende-se, também, promover a
aberta ao primeiro-ministro e ao seu governo. construção de novos hospitais, nomeadamente
O presidente da Região Autónoma da Madeira do Hospital Pediátrico de Coimbra, Hospital de
não gostou que o ministro das Finanças lhe Lamego e Centro Materno-Infantil do Norte
exigisse rigor no combate ao défice regional
DIA 29 José Sócrates é reeleito secretário-geral
DIA 18 A ministra da Educação, MARIA DE do PS, em eleições directas, com mais de 97% Dia 1 Bulgária e Roménia
LURDES RODRIGUES, desvaloriza a repetição dos votos entram para a União
do exame de Física e Química. Dez mil alunos Europeia, que passa a contar
que compareceram à segunda chamada DIA 31 José Sócrates e o Presidente com 27 países.
ficaram prejudicados por terem tido uma só moçambicano, Armando Guebuza, assinam Na mensagem de Ano Novo,
possibilidade de prestar provas. A decisão um acordo que prevê a transferência do o Chefe do Estado avisa o
provoca protestos por parte de alunos e pais, controlo da barragem de Cahora Bassa de Governo que quer progressos
que levam o caso a tribunal. Portugal para Moçambique. Portugal, até agora claros pelo menos em três
detentor de 82% do capital da hidroeléctrica, áreas vitais: economia,
fica apenas com 15 por cento. Pela cedência da educação e justiça.
posição, Lisboa recebe perto de 750 milhões
de euros, a serem pagos, no máximo, até Julho Dia 4 É revisto o Programa
de 2008 Nacional de Alterações
Climáticas. As novas metas
NOVEMBRO cortam nas emissões de gases
DIA 7 No primeiro dia de debate sobre o com efeito de estufa, embora
Orçamento de Estado, José Sócrates anuncia não impeçam Portugal de
medidas que visam uma maior fiscalização da ficar acima do acordado no
banca Protocolo de Quioto
2007
DIA 23 O primeiro-ministro encontra-se em
Lisboa com o Presidente venezuelano, Hugo FEVEREIRO
Chávez, com quem debate o reforço das Dia 11 Vitória do «sim»
relações bilaterais no referendo sobre a
despenalização do aborto
AGOSTO até às dez semanas. No
DIA 8 José Sócrates abre uma excepção ao primeiro referendo, realizado
congelamento de entradas na função pública: a 28 de Junho de 1998, o
são admitidos 62 novos inspectores do DIA 9 Primeiro dia de uma greve de dois dias «não» ganhou com 59,25%
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras da função pública. É a terceira, no mandato de dos votos
Sócrates
OUTUBRO
DIA 10 O ministro da Saúde, CORREIA DE CAMPOS, Dia 23 Cerca de mil militares manifestam-se
defende, perante as comissões parlamentares no Terreiro do Paço, respondendo, assim,
de Economia, Finanças e Saúde o novo modelo ao convite de uma comissão de oficiais,
de gestão do Serviço sargentos e praças, na reserva e na reforma,
Nacional de Saúde. Os para expressarem o seu descontentamento
grandes objectivos em relação à política do Governo para o sector
deste modelo são MARÇO
aumentar os ganhos DEZEMBRO Dia 22 Primeiras notícias
em saúde dos Dia 29 O Tribunal Constitucional dá luz verde sobre o caso da licenciatura
portugueses; reforçar à nova Lei das Finanças Locais. José Sócrates de José Sócrates na
os mecanismos de considera este diploma essencial para o Universidade Independente
planeamento estratégico saneamento das contas públicas chegam à praça pública. A 11
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 51
OS 1662 DIAS DE JOSÉ SÓCRATES
52 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
JANEIRO Dia 3 A FENPROF mobiliza
para a «Marcha da
JUNHO
Dia 10 José Sócrates anuncia a construção do Indignação» 100 mil Dia 4 BE promove, na cervejaria Trindade, em
novo aeroporto internacional de Lisboa, nos professores. Um mar de Lisboa, encontros de militantes de partidos
terrenos do Campo de Tiro, em Alcochete. gente invade a Avenida da de esquerda e defensores das causas sociais.
O primeiro-ministro afirma que a decisão Liberdade, numa marcha No encontro, participa o deputado e histórico
foi sustentada pelo relatório do Laboratório lenta que termina no Terreiro socialista Manuel Alegre. O encontro teve
Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que do Paço como tema as desigualdades e as injustiças
defende ser Alcochete, do ponto de vista sociais
técnico e financeiro, «mais favorável» do que ABRIL
a Ota. O Governo volta atrás numa decisão Dia 9 A ex-socialite Maria Dia 5 São inaugurados os Centros Integrados
na qual havia investido toda a sua autoridade das Dores é condenada a para a Recuperação, Valorização e Eliminação
e depois de o ministro das Obras Pública, 23 anos de cadeia, por ter de Resíduos Perigosos da Chamusca,
Mário Lino, ter recusado, através do famoso encomendado o assassínio arrancando assim o sistema integrado de
«jamais», a construção da infra-estrutura na do marido, Paulo Cruz gestão de Resíduos Industriais Perigosos
margem sul do Tejo
Dia 17 Luís Filipe Menezes, Dia 9 Início da greve dos camionistas.
Dia 15 Nos escombros da guerra entre Jardim líder dos sociais- A paralisação levou à ruptura da
Gonçalves e Teixeira Pinto, CARLOS SANTOS -democratas, demite-se da distribuição de gasolina e de alimentos.
FERREIRA é nomeado presidente do presidência do PSD, após Os camionistas protestam contra o
conselho de administração convocar eleições directas «o aumento especulativo do preço dos
executiva do BCP. Carlos antecipadas para 24 de combustíveis». Entre Janeiro e Maio,
Santos Ferreira obteve 97,76% Maio o gasóleo subiu 17,27 por cento
dos votos dos accionistas
presentes na assembleia-
geral do BCP, no Edifício da
Alfândega, Porto
2008
Dia 20 António Correia de Campos, ministro Dia 24 Pedro Passos Coelho
da Saúde, é substituído, na pasta, pela médica e MANUELA FERREIRA LEITE JULHO
Ana Maria Teodoro Jorge. A remodelação perfilam-se para a corrida à Dia 1 O IVA baixa de 21% para 20 por cento.
governamental inclui, também, a substituição liderança do PSD Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças
da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, de Sócrates, condena a medida
por José António Pinto Ribeiro MAIO
Dia 1 Primeiro-ministro chega a Dia 2 Primeiro-ministro, entrevistado na
FEVEREIRO Caracas, Venezuela, para uma RTP-1, anuncia que o Governo vai alterar as
Dia 1 Passaram 100 anos visita de três dias. Sócrates e o regras do IRS e do IMI (Imposto Municipal
sobre o assassínio de ministro da Economia, Manuel sobre Imóveis) para que as famílias mais
D. CARLOS e do príncipe Pinho, fumam, no avião da desfavorecidas possam enfrentar os
herdeiro, D. Luís TAP, durante a viagem, o que sucessivos aumentos das taxas de juro
Filipe. No mesmo dia, originou reparos de vários
o Público noticia que sectores Dia 11 Comunidades
José Sócrates assinou, africana e cigana
durante uma década, Dia 21 Na Assembleia envolvem-se em
na Câmara da Guarda, da República, José tiroteios, no Bairro da
projectos urbanísticos da autoria de outros Sócrates anuncia plano de Quinta da Fonte, no
técnicos emergência para a crise concelho de Loures. Os
económica; congela os desacatos causaram seis feridos
MARÇO preços dos passes sociais,
Dia 1 50 mil pessoas protestam, nas ruas de aumenta em 25% o abono Dia 23 Hugo Chávez, Presidente da Venezuela,
Lisboa, contra a política do Governo, liderado de familia e altera o regime visita Portugal e firma cinco acordos com
por José Sócrates do IVA da construção o Governo Português. Mário Lino, ministro
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 53
OS 1662 DIAS DE JOSÉ SÓCRATES
das Obras Públicas Dia 29 O juiz-conselheiro Mário Mendes é o super- Dia 8 Em protesto contra o processo de
assina um memorando polícia escolhido por Sócrates para coordenar a avaliação, os sindicatos reúnem 120 mil
de entendimento para a PS, GNR e PJ. Equiparado a secretário de Estado, professores na capital. Os manifestantes
construção de habitações substitui o general Leonel Carvalho na direcção voltam a exigir a demissão de Maria de Lurdes
na Venezuela. Outros dois do novo Gabinete Coordenador de Segurança e Rodrigues
contratos envolvem várias depende directamente do primeiro-ministro
empresas portuguesas, Dia 26 A concelhia do Bloco de Esquerda faz
um consórcio formado por SETEMBRO uma «avaliação negativa do mandato» de
Teixeira Duarte, Mota-Engil, Dia 27 Assinados, na Feira Industrial de José Sá Fernandes, advogado, eleito como
Grupo Lena e Edifer. Lisboa, no Parque das Nações, em cerimónia independente nas listas daquele partido à
oficial, memorandos e cartas de intenções Câmara de Lisboa
Dia 30 A assinatura de entre o Governo e empresas portuguesas, de
um protocolo viabiliza a um lado, e o Governo de Caracas e empresas DEZEMBRO
construção pela empresa venezuelanas, do outro. Os acordos têm Dia 2 Com o apoio do Governo, um grupo de
JP Sá Couto do portátil como objectivo consagrar o pagamento, em seis bancos garante fundos para salvar o BPP
Classmate PC da Intel, sob o serviços e géneros, do petróleo que Portugal da falência. O plano do Governo e do Banco
nome de Magalhães recebe da Venezuela. O negócio ascende a de Portugal prevê uma injecção imediata
um total de 3 mil milhões de dólares de 450 milhões de euros naquele
Dia 31 CAVACO banco, especializado em gestão de
SILVA veta o OUTUBRO fortunas
Estatuto Político Dia 7 A empresa produtora
Administrativo dos do portátil Magalhães, Dia 11 O realizador MANOEL DE
Açores bem como um dos seus OLIVEIRA celebra 100 anos.
administradores, João Paulo O cineasta, que começou a
AGOSTO Sá Couto, são constituídos filmar na década de 40 do
Dia 7 Assalto à dependência arguidos num processo século XX, concluiu 32
de Campolide do BES. Os de fraude fiscal e de longas-metragens
2008 2009
associação criminosa que terá lesado o Estado
em mais de 5 milhões de euros
JANEIRO
Dia 22 A casa do tio de
Dia 27 É lançado o movimento «Lisboa é das José Sócrates, JÚLIO
Pessoas, Mais Contentores Não», contra a EDUARDO COELHO
ampliação do terminal de contentores de MONTEIRO, a sede
Alcântara, em Lisboa da sociedade de
advogados Vieira de
NOVEMBRO Almeida e o gabinete de arquitectura Capinha
Dia 2 O Governo anuncia a nacionalização do e Lopes são revistados pelas autoridades
Banco Português de Negócios (BPN), cujas judiciais – o caso Freeport ressuscita. As
dois assaltantes fazem seis perdas acumuladas rondam os 700 milhões autoridades britânicas pedem a Portugal
reféns. Um dos criminosos de euros. O BPN passa a ser gerido pela Caixa diligências para apurar se José Sócrates
acaba por morrer, atingido Geral de Depósitos. O Executivo intervém «facilitou, pediu ou recebeu» dinheiro para
por uma bala dos agentes também no Banco Privado Português e licenciar o Freeport
de segurança que cercaram concede garantias de 20 mil milhões de euros
o local. para a recapitalização da banca. Dia 23 A Iberdrola (empresa de distribuição de
gás e de energia eléctrica espanhola) apresenta,
Dia 20 O Presidente da Dia 7 FÁTIMA FELGUEIRAS, presi- em Chaves, o complexo hidroeléctrico do Alto
Republica utiliza o «veto dente da Câmara Municipal Tâmega. Na presença do primeiro-ministro, a
político» para devolver à de Felgueiras, é condenada a eléctrica espanhola compromete-se a investir
Assembleia da República o três anos de pena suspensa. 1 700 milhões de euros entre 2012 e 2018,
diploma que altera o regime Passados oito anos, o caso ficando com uma quota de 15% do mercado
jurídico do divórcio do «saco azul» chega ao fim hidroeléctrico nacional
54 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
dos dois primeiros escalões do abono de cargo de vice-presidente da
FEVEREIRO família Ongoing
Dia 4 O Presidente da República veta a Lei
Eleitoral. O diploma previa o fim do voto dos MAIO
imigrantes por correspondência. O Partido Dia 20 O Presidente da República veta a Lei do
Socialista aceitou as objecções presidenciais Pluralismo e da não Concentração dos Meios
de Comunicação Social
Dia 23 Administrador da Braga Parques,
Domingos Névoa, é condenado, no Tribunal JUNHO Dia 8 Morre RAUL SOLNADO,
da Boa-Hora, a 25 dias de multa, a 200 Dia 7 O PSD vence as eleições humorista, apresentador de
euros diários (5 mil euros) pelo crime de europeias, com 31,7% dos televisão e actor. Aos 79 anos
corrupção activa pela prática de acto votos. O Bloco de Esquerda
ilícito duplica a votação de 2004, Dia 28 O Ministério Público
conseguindo 11% e a eleição de informa que José Sócrates
Março três deputados. O PS e Vital Moreira, cabeça de não será constituído arguido,
Dia 4 JOSÉ SÓCRATES é chamado lista dos socialistas, são maltratados nas urnas – no caso Freeport, a menos
a intervir, como testemunha, 27% dos votos e «apenas» sete eurodeputados que surjam novos elementos
no caso Portucale, que investiga que impliquem o primeiro-
suspeitas de tráfico de influências Dia 18 A Federação Nacional dos Professores -ministro
na aprovação de um entrega, na residência oficial de Sócrates,
empreendimento turístico do 10 mil postais contra o modelo de direcção Dia 31 O Presidente da
Grupo Espírito Santo. Além de e gestão escolar imposto pelo Governo, República promulga o novo
Sócrates, também os deputados alegando que viola as regras democráticas e Regime Contributivo da
do CDS/PP João Rebelo, Nuno perturba a estabilidade Segurança Social.
Magalhães, Hélder Amaral e O novo Código Contributivo
Paulo Portas são chamados a Dia 21 O primeiro-ministro inaugura o prevê o alargamento
testemunhar empreendimento Acuinova, centro de das contribuições para a
Dia 18 Sócrates anuncia pacote de medidas de aquicultura criada Segurança Social, taxando
apoio às famílias: a possibilidade de reduzir pelo Grupo Pescanova. subsídios e remunerações
em 50% a prestação do crédito à habitação, A nova unidade, de produção de PREGADO, que estavam isentos
por dois anos. Os alunos beneficiários de é a maior do mundo
abono de família, que tenham um dos pais SETEMBRO
desempregado há mais de três meses, passam Dia 26 O Governo veta a compra pela PT de Dia 3 MANUELA MOURA
a ter apoio integral nas refeições e manuais. Os cerca de 1/3 do capital da Media Capital, dona GUEDES anuncia a demissão
pensionistas com reformas abaixo do salário da TVI. da direcção geral de
mínimo nacional duplica a a comparticipação informação da TVI, depois
nos medicamentos genéricos JULHO da suspensão do Jornal
Dia 6 O Presidente da República devolveu à Nacional de sexta-feira,
Dia 19 A Entidade Reguladora para a Assembleia da República o diploma que altera que apresentava e
Comunicação Social anuncia ter recebido a Lei do Segredo de Estado. O Presidente coordenava. Manuela
queixas contra o Jornal Nacional da TVI, por considerou que o diploma contempla formas Moura Guedes revelou
causa de notícias relativas ao primeiro-ministro não admissíveis de condicionamento do ter pronta para emitir
exercício dos poderes dos vários órgãos de uma peça sobre o
ABRIL soberania caso Freeport, com
Dia 22 José Sócrates anuncia que os alunos dados novos e
que, no próximo ano lectivo, estejam no 7.° AGOSTO documentados
ano, prolongarão a escolaridade obrigatória Dia 5 JOSÉ EDUARDO MONIZ
até ao 12.° ano. Sócrates avança, também, a troca a direcção-geral da TVI
intenção de criar bolsas de estudo para todos – após mais de dez anos como
os estudantes do secundário que tenham responsável pela estação, que
aproveitamento escolar e sejam beneficiários conduziu à liderança – pelo
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 55
57,6%
387
Toxicodependência
21,9%
Homossexualidade/
/Bissexualidade
A LONGA MARCHA
A espera de anos por tratamentos médicos, sobretudo nas áreas da Oftalmologia e da Ortopedia era
Oftalmologia
24 551
Lista
uma das vergonhas do sistema de saúde português. Neste momento, há 175 mil utentes a aguardar de inscritos
a marcação de operação. Mas o tempo médio de espera passou de 10,4 meses, em 2006, para por área
6 meses, em 2008. Nestes dois anos, houve uma diminuição de 21% de inscritos cirúrgica
Média 73,8
SAUDE
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Isabel Nery*
74,0 80,6
Média 77,3
2006 Obesidade
Entre os 18 e os 24 anos
com excesso de peso
A taxa de mortalidade infantil e a esperança média de vida estão entre os melhores
valores mundiais e, nalguns casos, até acima. Contudo, a sobrevivência dos doentes de
cancro, a mortalidade por doenças cardiovasculares e as vítimas rodoviárias estão entre
75,2 81,8
os mais graves problemas dos portugueses. A obesidade, associada à 78,5
diabetes, será «a»
Média
questão dos próximos anos. A pasta da Saúde foi das mais controversas: o encerramento FONTE Instituto Nacional de Estatística
de urgência gerou manifestações por todo o País e a acusação de privatização do Serviço 3,6% 4,5%
Nacional de Saúde colou-se a Correia de Campos. Depois da chegada da ministra Ana 1998 2006
Jorge, tornou-se óbvio que o problema estava no estilo – mantiveram-se as políticas Mulheres
mas sem o «ruído» anterior. As dificuldades de acesso aos serviços de saúde e o mau
funcionamento das urgências continuam a ser os calcanhares-de-aquiles do sistema
A DATA 29 DE JANEIRO DE 2008 O ministro Correia de Campos é substituído por Ana Jorge, depois de se ter
tornado o membro mais polémico e contestado do Governo
Número total Transplante de rim
de transplantes
56 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
1 608
527
positiva. As 196 unidades abrangem 2,5 milhões de portugueses
Medico-Cirúrgica ESPINHO
(CS) AROUCA
(CS) MOIMENTA DA BEIRA
S. J. DA MADEIRA 70,2 77,3
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
OVAR Homens Mulheres
ESTARREJA VISEU Média 73,8
ÁGUEDA
TONDELA 2003 2004
SUB AVEIRO
���������������
(CS) ARGANIL
COIMBRA FUNDÃO
Fechada ��������������������������
Reconvertido �����������������������������
(CS) IDANHA-A-NOVA 74,0 80,6
POMBAL
���������������������
������������������������ Média 77,3
(CS) SERTÃ
��������������������� LEIRIA
CASTELO BRANCO
2006 Obes
CS ����������������� TOMAR Entre
ALCOBAÇA com e
TORRES NOVAS
MARCOS
SINTRA (CS) ESTREMOZ 19
MONTIJO
CASCAIS BARREIRO
MONTEMOR-O-NOVO
ALMADA Encerramento de
SETÚBAL
ÉVORA maternidades
Venda livre de medi-
LISBOA
������������������������ camentos não sujeitos a
(CS) ALCÁCER DO SAL
��������������������� receita médica
������������������������������
Criação de Unidades
(CS) MOURA
Mortalidade
de Saúde Familiar Infantil Em permilagem
��������������������
SANTIAGO CACÉM Reorganização
BEJA das urgências
(CS) SERPA
Criação de taxas
moderadoras para
FARO
Número total
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 57
Tran
de transplantes
1 608
Médicos
Enfermeiros
11,7% 58 859
SAÚDE
54 Prevalência
420
48 296 51 095
45 906 da diabetes
Em anos Vítimas nas estradas em Portugal
1990
Vítimas Mortais Feridos Graves
1 135 1 094
HETEROSSEXUAIS EM RISCO
4 190
850 854
776
3 762
3 938 3 483 4 107
3 116
4 341 O MASSACRE 4 794
70,4%
a maioria tinha entre 70 e 84
atrasam a progressão da
2003 2004 2005 2006 2007 2008 se regista
2004 2005 o 2006
maior2007número
2008
anos. Em Portugal, há mais
FONTE Instituto Nacional de Estatística e Estudo da
Prevalência da Diabetes em Portugal
FONTE Autoridade Nacional Segurança Rodoviária
doença. Mas os números de mortes. Os de 900 mil diabéticos e mais
de 40% desconhecem-no.
são também enganosos heterossexuais são os que Entre os 20 e os 79 anos,
por haver um atraso de mais se expõem à doença. 23,2% dos portugueses 11,7% são
pré-diabéticos
dois anos na notificação. dos infectados Os homens, 81,7% dos Prevalência
da diabetes
80,6
74,0 o principal Vítimas nas deestradas
Embora
Em anos tem menos 40 anos infectados, são as Consumoemde Tabaco
Portugal
Média
1990
77,3 11,7%
comportamento de risco Vítimas Mortais principais vítimas do HIV
Feridos Graves
29% Prevalência
2006 Obesidade
1 135 1 094
da diabetes
Em anos Vítimas
Entre os 18 enas
os estradas
24 anos
4 190
3 762 27%
em Portugal
Evolução dos casos de sida
1990 Evolução dos óbitos
850 854por sida Casos de sida
3 483
Vítimas
com Mortais
excesso de peso 776 Feridos Graves
Por categorias 3 116
de transmissão, em 2008
818 976 2 606
778 1 135 1 094 904 876 4 190
665 3 762
70,2 77,3 3 483 Heterossexualidade
540 850 854
Homens Mulheres 776 357,6%
116
2 606 14,2% 9,5%
Média 75,2 73,8 81,8 387
Homens Mulheres
Média
70,2 78,5
2003 77,3 2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006
Toxicodependência
2007
21,9%2008 FONTE Instituto Nacional de Estatística e Estudo da
Homens NacionalMulheres
FONTE Instituto de Estatística Homossexualidade/
FONTE Autoridade Nacional Segurança Rodoviária
/Bissexualidade
14,2%
Prevalência da Diabetes em Portugal
9,5%
Média 73,8
3,6% 4,5% 5,6% 7,5%
16,8% Homens Mulheres
2004 2005 2003
2006 2007 2008 2003
1998 2005 2004200620072005 1998
2004 2006 2008 2004 2005 2006 2006
Outros 2008
2007 FONTE Instituto Nacional de Estatística e Estudo da
FONTE Instituto Nacional de Estatística e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge 3,7%
FONTE Autoridade Nacional Segurança Rodoviária Prevalência da Diabetes em Portugal
Mulheres Homens
FONTE Instituto Nacional de Estatística
74,0 80,6
A MULETA ESPANHOLA
Média 77,3
2006 Obesidade
FUMO VIGIADO
A lei de 2007 alterou os hábitos
Consumo de Tabaco
29%
Oftalmologia
24 551
Depois de Espanha, 80,6 Portugal é o país Lista
49
74,0
da Europa 77,3 que mais órgãosEm colhe, Entre os 18 e os 24 anos dos portugueses, que deixaram Consumo
de inscritos de Tabaco
27%
Mortalidade
Média Infantil permilagem com excesso de peso de poder fumar em espaços por área
com 26,7 dadores por cada milhão públicos fechados, mas não mu- 29%
cirúrgica
2006
de habitantes. Embora seja ainda Obesidade
dou o consumo. Calcula-se que
preciso
Lista derecorrer inscritos a Espanha
para cirurgia – oito do- Entre os 18 e os 24 anos nos hospitais convencionados
Operados apenas 5,1% tenham abandonado 27%
com excesso de peso cirurgia geral
entes
2005 tiveram de ser operados no país o tabaco
Operados nos hospitais por causa da lei. Uma
públicos
36 852
248 404 75,2em 2008 81,8– para transplantes 2002 2005
vizinho, 3,8 3,3 em cada dez mortes na idade
426 007
375 adulta são atribuíveis ao tabaco.
Média 78,5 FONTE Inquérito Nacional de Saúde;
de pulmão, 2006 os hospitais nacionais 2008 Número de
2004 418 Acompanhamento Estatístico e Epidemiológico
221 208 331
transplantes de rim 479 Responsável por 88% dos óbitos do Consumo de Tabaco em Portugal
têm
FONTEdado
Instituto cartas
Nacional
FONTE Instituto nesta
de Estatística
Nacional área,Eurostat
de Estatística; sobre-
e Alto Comissariado para a Saúde
a partir de dador por cancro do pulmão e 13% 231dos
678
tudo em 75,2 relação81,8 2007
ao rim e ao fígado. 3,6% 4,5% 5,6% 7,5%cardiovascular,
óbitos por doença Ortopedia
78,5 197 150 vivo, em 2008
As operações a partir de dador vivo
Média
1998 2006 1998 2006
os cigarros continuam a fazer par- 36 074
2008
aumentaram
FONTE Instituto Nacional36,8 por cento
de Estatística
175 179 Mulheres
13 842 27 643 te dos 29 Medicamentos
hábitos
496
Homens de muitos
12 486portu- Medicamentos
gueses. não-genéricos
Enquanto os homens têm genéricos
2009 3,6% 4,5%
2006 20075,6% 2008 7,5%
FONTE Instituto Nacional de Estatística
2009
Número total Transplante de
2006 rim vindo a diminuir o consumo, as
169 461 1998 1998 2006
2004FONTE Tribunal 2008 2004 Central do Sistema de2008
de transplantes mulheres fumam cada vez
de Contas; maisda Saúde e Administração
Ministério Saúde (ACSS)
Mulheres Homens
Embalagens vendidas Embalagens vendidas
FONTE Instituto Nacional de Estatística
1 608 223 787 925 251 116 678 11 319 825 34 231 048
9 CIGARROS
527
Mortalidade
1 059 Infantil Em permilagem 436 Quota de mercado Quota de mercado
95,19% 86,37% 4,81% 13,63%
2004
3,8
2004 2008
3,3
2008 2004 2008
POR DIA
Média de consumo em Portugal
2002 2005
FONTE Inquérito Nacional de Saúde;
Acompanhamento Estatístico e Epidemiológico
do Consumo de Tabaco em Portugal
FONTE
FONTE Instituto Nacional de Estatística; Eurostat Autoridade
e Alto para ospara
Comissariado Serviços de Sangue e da Transplantação
a Saúde FONTE Infarmed
Homens
FONTE Instituto Nacional de Estatística
FRACO CORAÇÃO
As doenças cardiovasculares são a principal causa de
74,0 80,6
008
Média 77,3
morte e de incapacidade de longa duração: 44,9% des- Cons
Transplantação
FONTE Infarmed
tes óbitos devem-se a doença vascular cerebral e 23,1%
29
2006 aObesidade
doença isquémica do coração. Nos últimos 50 anos,
Em anos Vítimas
aEntre
nas 24
mortalidade
estradas
os 18 e os por cancro aumentou duas vezes e meia
anos
1990
Vítimas Mortais Feridos Graves
MUITOS E MAL DISTRIBUÍDOS
com excesso
para os homensde peso
e uma vez e meia para as mulheres
1 135 1 094
70
58 57
51 50 50
43 40
36 38 39 40 38 42 37 35
Quando chegam ao cume da sua profissão, os professores contam-se
20
29
14 17
20
30
19 23
30
Portugal Alemanha Dinamarca Espanha França Hungria Itália Luxemburgo Rep. Checa
58 57
51 50
43
36 38 39 40 38 42
20
Itália Portugal Hungria Grécia Alemanha Espanha Dinamarca
FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD), (www.oecd.org/edu/eag2007)
Portugal Alemanha Dinamarca Espanha
Paulo Chitas
passam na escola. Generalizou o ensino do Inglês, no 1.° ciclo. Exigiu que os professores 2004
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
FONTE Organização para a Cooperação e De
2005
fossem avaliados pela sua actividade e não pelos relatórios. Mudou a gestão dos
* a preços constantes
FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
estabelecimentos de ensino, instituindo a figura do director. Alterou o estatuto do aluno, (OECD),Economic,Environmental and Social Statistics, 2005
dificultando os chumbos por faltas. Foi crucificada na praça pública mas não fez mais do
que alterar práticas que muitos, há muito, exigiam. Foi o mal necessário de Sócrates
60 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
entre os mais bem pagos dos países da OCDE
Rep. Checa Alemanha Dinamarca Polónia França Irlanda Grécia Itália Espanha Portugal
FONTE Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico
lar ao secundário
MAIS TECNOLÓGICOS
o do número de professores e de alunos
Evolução do número de professores e de
17,3%
alunos
Relação aluno/computador
Ensino básico e17,3%
Relação aluno/computador
secundário, 2007/2008
Ensino básico e secundário, 2007/2008
Do
Napré-escolar
educaçãoao secundário
sentiu-se o esforço
Evolução do número de professores e de alunos 17,3%
11,7% Relação aluno/computador
10,5% 11,7%
tecnológico que serviu de 9,5% 2007/2008
Ensino básico e secundário, 10,5%
1Do pré-escolar
872 ao secundário
509 à governação
apanágio socialista: 7,9% 9,5%
831 751
entre o início da década e o
1 831 751 11,7%
1 807 522 10,5%
8721 509
802 124 ano lectivo, o número
1penúltimo 1 807 522 9,5%
1 789 741
1 8021 124
775 7791 789 741
os de computadores
1 831 751 por1 aluno
754 636 1 775 779
Alunos
durante os primeiros 1 80712
522anos de 1 754 636
1 802 124
escolaridade quase duplicou 1 789 741 2001/02 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08
Alunos 1 775 779
1 754 636 2001/02 2004/05 FONTE2005/06
Ministério da Educação 2006/07 2
FONTE Ministé
2001/02 2004/05
10 DE SETEMBRO DE 20092005/06
v 61 2006/07 2
185 157 FONTE Ministé
185 157
181 433
Portugal Alemanha Dinamarca Espanha França Hungria Itália Luxemburgo Rep. Checa
* Considera-se «mais bem paga» a população que recebe «mais do que duas vezes a mediana» dos rendimentos, nesse país
EDUCAÇÃO
Itália Portugal Hungria Grécia Alemanha
FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
Espanha Dinamarca
FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD), (www.oecd.org/edu/eag2007)
PROFS A DIMINUIR
Escolaridade da população adulta APOIOS CRESCEM
Nos sete primeiros
Percentagem anos entre
da população da década,
os 25 e Portugal
os 64 anosperdeu cercapelo menos o secundário,
que concluiu Os apoios2006do Estado aos alunos mais carenciados tem
de 100 mil alunos (-5,2%) em todos os níveis de ensino aumentado. Os subsídios aos transportes e à alimentação,
até ao superior. Consequência da quebra da natalidade
além do apoio à aquisição de livros e de materiais escolares
– não compensada pela entrada de estrangeiros em idade
90%
escolar –, as escolas83%têm menos alunos83% e o País tem79% 67%
têm crescido,
66%
numa61%
tentativa52% de manter50% na escola28% os
menos escolas, sobretudo do 1.° ciclo, que foram sendo jovens de famílias carenciadas
Despesas
fechadas poremfaltaEducação
de condições pedagógicas. No mesmo
Acção Social Escolar
período,
Rep. menos
Checa 2 700 professores
Alemanha
Em percentagem do PIB, 2007 (-1,5%) exerceram
Dinamarca Polónia a sua França Irlanda Grécia Itália Espanha Portugal
profissão nas escolas públicas e privadas. Mas foi apenas Ensino básico e secundário, em milhões de euros*
7,6 FONTE Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico
em 2006/2007 que o número de docentes começou a di- 4743
7,4 do declínio da população estudantil,
7,4apesar
minuir:7,3até aí, 4542 4508 4494 4531
o número de profissionais aumentara 7,1 4303 4360
4096
6,9
Evolução do número de professores e de alunos 17,3%
3946 Relação aluno/computador
3666 Ensino básico e secundário, 2007/2008
Do pré-escolar
2001
ao secundário
2002 2003 2004 2005 2006 3433
FONTE Instituto Nacional de Estatística 11,7%
10,5%
1 872 509 9,5%
7,9%
1 831 751 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
1 807 522 * a preços constantes
1 802 124
1 789 741 FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
Alunos 1 775 779 (OECD),Economic,Environmental and Social Statistics, 2005
1 754 636
e Desenvolvimento *Convertidos usando paridades de poder de compra, para docentes do 12.º ano, no início de carreira, após 15 anos de experiência
Económico (OCDE) e no topo da carreira, 2005
FONTE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Education at a Glance 2007 (www.oecd.org)
62 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
2004
INTENÇÕES...
preferência
a informática
muitos
ciências biológicas,
e a pelas ciências biológicas,
economia
a informática e a economia 1200 1301
continuar a aumentar, quando todos os alunos dos 1.º e 2.º ciclos receberem o 986 1007 1013 1200 1301
...não se faz
772 um
860País
868 mo-
590 718 868 986 1007 1013
seu portátil Magalhães, a coqueluche do Governo de José Sócrates. Quem tem 772 860
derno. Apesar de ter sido
internet em casa prefere, claramente, a rapidez de acesso da banda larga, já que 590 718
crescente o investimento
76,8% elegeu esta modalidade, apesar de os preços praticados no País estarem
em Investigação e De-
entre
Banda os mais
largaelevados da Europa 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
senvolvimento, festamos
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
FONTE GP
Banda larga
Percentagem dos lares com acesso ainda longe da média FONTE GP
732,6
7,9 12,3 24,0 39,3
732,6
2003 2004 2005 2006 2007 2008
7,9 12,3 19,7 24,0 30,4 39,3
111,6
1 972
FONTE Instituto Nacional de Estatística
111,6
431,7
1 972
2003 2005 2007 2008
581,0
2004 2006
1 201
431,7
581,0
FONTE Instituto Nacional de Estatística
1 019
746,7
1 038
Sara Sá*
1 019
746,7
882,9
814814
882,9
576576
Banda larga
Doutores há muitos
Percentagem dos lares com acesso
Com preferência
Doutores hápelas ciências biológicas,
muitos
a informática e a economia
Com preferência pelas ciências biológicas, 1429
Os números
a informática não dizem
e a economia tudo,
1007 1013
1200 mas
1301
reflectem um aumento 1997 1999 2001 2003 2005 2007
860 868 986 1429
significativo
590 718
772 da quantidade de empresas tecnológicas, com
1200 1301 1997 1999 2001 2003 2005 2007
FONTE GPEARI
1007 1013
860 868 986
algumas
590 718
772start ups inovadoras, na área da biotecnologia. Outro FONTE GPEARI
a preços
apesar
Despesadeem constantes
ainda
I&D persistir uma certa estranheza, de parte a parte.
Pela primeira vez, em 2007,
o investimento privado em
a preços
Em constantes
milhares de euros I&D ultrapassou o público,
com uma fatia de 51 por
972 732,6
Em milhares de euros
cento
DOUTORES HÁ MUITOS
1 9721 732,6
019 581,0
Fundação Champalimaud
sobretudo nas áreas das ciências a informática e a economia
1 0381 431,7
1429
1 0191581,0
1200
1007 1013 Instituto Ibérico de Nanotec-
e da economia. Apesar disso, 772 860 868 986
814 746,7
64 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
1997 1999 2001 2003 2005 2007
FONTE GPEARI
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
Ago 2009
do complemento
solidário para idosos
20 por cento
Evolução
Evolução donas
do salário
Em euros
pensões
desemprego
mínimo
População desempregada81
Em893
milhares
Dez 2008
2009
Dez 2007
2008 450,0
Taxa de desemprego Em % 507
57 593
POBRES COM MAIS DINHEIRO PREVISÕES SOMBRIAS 422,3 427,8 448,6 427,1
Dez 2006
393,6
18 556 365
342,3Défice
329,2
272,9
2007 426,0
323,8 338,4 343,9 324,1 do Subsistema
243,5
2006 231,1pouco
257,5 Segundo a Comissão Europeia,
251,9 225,8 270,5 Portugal terá, em 2050, o
Previdencial
Com uma prestação média 207,5 acima
403,0 dosInstituto
194,1 FONTE 90 euros 205,5 213,5
mensais,
da Segurança Social
maior corte no valor das pensões. A OCDE previra um corte
2005o actual Rendimento Social de Inserção (assim Em % do PIB
385,9
2004 chamado depois das alterações, restritivas, aprovadas
de 40 por cento. O ministro Vieira da Silva já prometeu
pelo
8,4Governo
374,7
7 de Durão
5,7 5 Barroso)
4,7 4,1 beneficia
4,1 mais6,8
5,5 de 350 7,1 7,2 6,7 Relação
estudar
4,9 medidas
4,4 entre
3,9 activos
que4invertam
5 6,3e pensionistas
essa tendência.
6,7 7,6
2008
7,7 8 7,6 9,1
365,6
mil portugueses. 0,4%
1998 Trabalhadores activos 2003Pensionistas
1986 1987 1988 1989 FONTE
1990 Ministério
1991 do 1992
Trabalho e1993
da Solidariedade
1994 Social
1995 1996
Previsão das variações de pensões
1997 1999 2000 2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 I Trim. 09
FONTE Instituto Nacional de Estatística
966 Med
Evolução do número de beneficiários Comparação entre 2008 e 2050, em % 2005
de e
do Rendimento Social de Inserção -1,8
+20 apl
507
Número de 427,8 448,6
agregados
422,3 familiares a im
427,1 143 935 Reino +5
342,3 365 137
Ago516
2009
PORTUGAL Irlanda Espanha Unido +2 Em 2
Evolução dos 112
270,5 beneficiários
179 112 797
121 685 221 102 FONTE Instituto da Segurança Social
213,5 108 072 -2 Alemanha Holanda Dinamarca FONTE
do complemento -8
para a I
e Diálog
solidário para idosos -10
6,3Evolução
7,6 do7,7 -20
4 5 6,7 salário
8 mínimo
7,6 9,1 2009 FONTE Comissão Europeia, 2009
2009 2030
2001 2002 Em 2004
2003 euros 2005 2006 2007Dez2008 2008 I Trim. 09 FONTE Instituto da Segurança Social
228
Dez 2004 Dez 2005 Dez812006 Dez 2007
893de Estatística
Dez 2007 FONTE Instituto Nacional
Dez 2008
2008 450,0
Jun 2009
O NOVO CÓDIGO
Muito contestado pelos Simplificação dos mecanismos Aumento do número de faltas
sindicatos, e pelos par- de notificação do despedimento. justificadas para assistência à
tidos de esquerda (até Ficaram inalteradas as razões família (até um máximo de 60
Bagão Félix, ministro para despedir. dias por ano)
indicado pelo CDS no
Governo de coligação
de Durão Barroso, res-
ponsável pelo Código
anterior, aderiu às Aumento do período Maior adaptabilidade funcional
críticas), o Código de experimental, de 3 para e dos horários de trabalho.
Vieira da Silva promo- 6 meses, no caso de
ve alterações signifi- trabalhadores não-qualificados
cativas nas regras do contratados para o quadro
trabalho. A flexigurança
ficou para a próxima Agravamento (5%) da Taxa
oportunidade... Social Única para as empresas
que recorrem a trabalhadores
Aumento para 5 meses da a recibos verdes e diminuição
licença parental e incentivo à para as que contratem para
partilha (entre pai e mãe) o quadro (1 por cento)
TRABALHO
Paulo Pena
SEGURANÇA SOCIAL
& IMIGRAÇÃO
Vieira da Silva ganhou um lugar no «panteão» político do Governo. Previsão dasMinistro de de pensões
variações
Estado e do Trabalho, este antigo dirigente do MES foi dosComparação mais sólidos ministros
entre 2008 e 2050, em %
+20
de José Sócrates. Foi, também, dos507mais criticados. Desde logo, à esquerda, pelas
427,8 448,6 427,1
duas medidas365 mais significativas
422,3 destes quatro anos e meio: o novo Código do Reino +5
342,3 +2
9 225,8
Trabalho
270,5 e a Reforma da Segurança PORTUGAL Irlanda
Social. Com a crise a exigir-lhe de asa, Unido
golpeEspanha e Alemanha Holanda Dinamarca
205,5 213,5 -2
muito dinheiro, o ministro olha para os números e não tem razões para -10
sorrir.
-8 O
desemprego aumenta, os pedidos de auxílio social crescem e-20 as pensões decrescem.
4,4 3,9 4 5 6,3 6,7 7,6 7,7 8 7,6 9,1 FONTE Comissão Europeia, 2009
A tese de Vieira da Silva é controversa. Para salvar o Estado Social é preciso
8 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 I Trim. 09
sacrificar algumas regalias conquistadas. Na rua, os manifestantes contrapõem que
FONTE Instituto Nacional de Estatística
Por
Em países
milhõesdedeorigem
euros Cabo Verde Brasil Guiné-Bissau Angola Moldávia
dos requerentes 9 926 8 391 4 589 4 463 4 449
2009 390,9
92,8
FONTE Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural Brasil Cabo Ucrânia Angola Guiné-
Verde -Bissau
Evolução Orçamental*
Em milhões de euros
OS SEM-EMPREGO
Pedidos de nacionalidade portuguesa
Por países de origem
Com
Cabo Verde
a crise internacional a apanhar
Brasil
92,8
Guiné-Bissau Angola
390,9
Moldávia
dos requerentes 9 o926
País em pleno apertar de cinto,
2002 a 2005
8 o desemprego não4parou
391 589 de crescer.
4 463 4 449
Não parou, aliás, desde que começou a década.
2009 Mas é agora, em 2009,2006
quea atinge
2009
o seu máximo histórico.
* Inclui PARES e outros programas financiados por Jogos Sociais, QREN, PIDDAC
FONTE Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
Evolução do desemprego
o Subsistema
cial População desempregada Em milhares
Taxa
FONTE Alto de desemprego
Comissariado para Em % 507
2008
a Imigração e Diálogo Intercultural 448,6
422,3 427,8 52 494427,1
393,6
0,4% 329,2 323,8 338,4 343,9 324,1 342,3 365 Ucrânia
272,9 257,5 270,5
243,5 231,1 207,5 251,9 225,8
194,1 205,5 213,5
2005
-1,8
8,4 7 5,7 5 4,7 4,1 4,1 5,5 6,8 7,1 7,2 6,7 4,9 4,4 3,9 4 5 6,3 6,7 7,6 7,7 8 21 7,6
147 9,1
Moldávia
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 I Trim. 09
NTE Instituto da Segurança Social 27 771
FONTE Instituto Nacional de Estatística
Roménia
68 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
Origens
da imigração
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
2004 2005 2006 2
E BEM PAGOS
Um estudo do Banco de
Salário médio mensal
+30,56%
Variação
+24,13%
Salário médio/hora
+31,25%
Variação
+25%
Portugal revela que a média
dos salários do sector
público não só está muito €1 491 €10,5
acima da praticada no
privado como evoluiu mais €1 142 €8
favoravelmente, entre 1999
e 2005. A Função Pública €859
€5,5
sai ainda mais beneficiada, €692
€4,4
quando se comparam as
remunerações auferidas
por cada hora de traba-
lho. O salário médio, no 66,47% Diferença 73,57% 81,82% Diferença 90,91%
entre entre
público, é 73% superior ao Público e Privado Público e Privado
ordenado médio praticado
no privado 1999 2005 1999 2005
FONTE Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal
Paulo Santos
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Despesa com o pessoal
Despesas com pessoal em milhões de euros
Em percentagem do PIB
14,1% 14,4%
O Executivo de José Sócrates 13,6%
Variação anual %
garantiu
12,9% que iria
12,9%acabar com 75 mil postos de trabalho no
Estado. Teixeira dos Santos garante que esta medida está a ser cumprida e que o Estado
empregava, no21 541
final de 212008,
174 menos
21 059
cerca21de
377 50 mil pessoas do que em 2004. No programa
20 342
do Governo estava ainda prevista a alteração da idade da reforma dos funcionários
públicos (60 anos) e a revisão do sistema de progressão de carreiras e remunerações e
a suspensão das progressões automáticas. Em Dezembro de 2006, entrou em vigor a lei
da mobilidade especial e, no final do primeiro semestre de 2009, eram mais de 3 mil os
funcionários que tinham sido colocados naquele regime. Mesmo assim, a Administração
+5,9 -1,7 -0,5 +1,5
continua a ter um forte peso nos gastos do Estado, e os seus funcionários auferem um
ordenado médio 73% superior ao dos trabalhadores do sector privado
2004 2005 2006 2007 2008
FONTE Ministério das Finanças
70 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
ao dos trabalhadores do sector privado
Estrutura profissional
MAIS FORMAÇÃO Estrutura
Estrutura
Distribuição
profissional
profissional
Distribuição dos funcionários públicos e agentes
Distribuição dos funcionários
dos funcionários
por grupo profissional
públicos
públicos e agentes
e agentes
Ao longo dos últimos anos, o nível de por grupo
por grupo profissional
profissional
PePsessso
rr
Pess
habilitações literárias dos funcionários
epreiorio
OO
ior
utut
Ooautlardloadpe
uper
roropepe
oal d
públicos subiu. Hoje, metade do pessoal dos
snte
0Té,08, má iocosuspu
anl al
onte
1,4 Dirigente
l
o ona
iosnio
icige
aJuJsusoal
a Ju
e
sssosaolal2,23,3
cncn átáiisctsiico
nige
quadros do Estado possui um curso superior. e ffor
issis
for céncinc
0,0 cn8iTéTcé tico
ef
stsiçtiç
cDir
ofof
2, 5I,n59,9TénTico
or or ça
stiça
TéDir
porpr
m f
ç ça s d F
3 3 fofro ro
as
a a4,4,3,2
mr
o
Os mais qualificados concentram-se na de For s dee seForrça
1,4
c
icoic
é
1,4
2
se ça segguçass A
T
4,2
5, 9
2
TéTé
gu s A u ran A rm o
tivo
0,8
Educação, na Saúde e na Ciência e Tecnologia. ra rm ran çarm ad o
tiv trativ
0,6
nç a ç 1 a a
a da a 1 5d, a s tra miniisstra
3
15 s 5 3 s is n
Só o pessoal docente representa um terço dos ,3 ,3
n
mi Admi
Ad 9,11 Ad
9,1 9,
quadros da Administração Pública rio
ioOperário
pe0rá,9r Operá
0,9 O 0,9
Evolução do índice de tecnicidade do emprego
Evolução
Evolução do índice
do índice de tecnicidade
de tecnicidade do emprego
do emprego
Em percentagem
Em percentagem
Em percentagem % %
% 12,6
Curso superior 10 a 12 anos 9 anos < 9 anos 12,6 Au12,6 AAuuxxiliar
Curso superior 10 a 12 anos
Curso superior 10 a 12 9anos
anos 9 anos< 9 anos< 9 anos 11,6 xiliar iliar
1S1,a6úde 11,6
1996 42,4 18,2 15,2 24,3 de S
ssaoúadll dedee Saúde
1996 1996 42,4 42,4 18,2 18,2 15,2 15,2 24,3 24,3 l
a P oa
Pesso Pess 33
1999 43,6 18,5 14,7 23,1 33 33docente
Pessoal
1999 1999 43,6 43,6 18,5 18,5 14,7 14,7 23,1 23,1 PessoalPessoal
docentedocente
2005 49,2 21,7 12,1 17,1
2005 2005 49,2 49,2 21,7 21,7 12,1 12,117,1 17,1
FONTE Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público FONTE Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público
FONTE Direcção-Geral
FONTE Direcção-Geral da Administração
da Administração e doPúblico
e do Emprego Emprego Público FONTE Direcção-Geral
FONTE Direcção-Geral da Administração
da Administração e doPúblico
e do Emprego Emprego Público
Estrutura
Estrutura
Estrutura habilitacional
habilitacional
habilitacional
Distribuição do emprego, por habilitações literárias
Distribuição
Distribuição do emprego,
do emprego, por habilitações
por habilitações literárias
literárias Em toda Administração do Estado sem os ministérios
Em toda Em toda Administração
Administração do sem
do Estado Estado sem os ministérios
ose ministérios
a Administração do Estado da Educação, da Saúde da Ciência e Tecnologia
a Administração
a Administração do Estado
do Estado da Educação,
da Educação, daeSaúde
da Saúde e da Ciência
da Ciência e Tecnologia
e Tecnologia
9 973 Doutoramento 417
9 973 9 973 Doutoramento 417
Doutoramento 417
11 403 Mestrado 1 139
11 403 11 403 MestradoMestrado 1 139 1 139
217 387 Licenciatura 41 922
217 387217 387 Licenciatura
Licenciatura 41 922 41 922
41 861 Bacharelato 6 013
41 861 41 861 Bacharelato
Bacharelato 6 013 6 013
2 895 Curso Técnico/Profissional 1 149
2 895 2 895 Curso Técnico/Profissional
Curso Técnico/Profissional 1 149 1 149
69 855 12.° ano 41 239
69 855 69 855 12.° ano12.° ano 41 239 41 239
51 168 11.° ano 40 279
51 168 51 168 11.° ano 11.° ano 40 279 40 279
68 981 9.° ano 41 543
68 981 68 981 9.° ano 9.° ano 41 543 41 543
42 264 6 anos de escolaridade 17 924
42 264 42 264 6 anos
6 anos de de escolaridade
escolaridade 17 924 17 924
62 662 até 4 anos de escolaridade 24 784
62 662 62 662 atéde
até 4 anos 4 anos de escolaridade
escolaridade 24 784 24 784
FONTE Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público
FONTE Direcção-Geral
FONTE Direcção-Geral da Administração
da Administração e doPúblico
e do Emprego Emprego Público
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 71
Efectivos na Administração Pú
755 000 747 880
726 523
Com a eficácia da máquina fiscal e o aumento de impostos, os portugues
Taxa
Taxa de
de desemprego
desemprego 8,9
9,1
9,1
8,9
Em
Em %
%
Em %
II IIII III
III IV
IV Trim.
Trim. II IIII III
III IV
IV Trim.
Trim. II IIII III
III IV
IV Trim.
Trim. 8,4II IIII III
III IV
IV Trim.
Trim. II IIII III
III IV
IV Trim.
Trim. II IIII Trim.
Trim.
8,2
2004
2004 2005
2005 8,0 2006
2006 7,92007
20077,9 2008
2008 2009
2009
7,7 7,7 7,8 7,7FONTE7,8
7,6 FONTE Instituto
Instituto Nacional
Nacional de
de Estatística
Estatística
7,5 7,4
7,2 7,3 7,3
7,1
6,8
6,4 6,3
I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II Trim.
Importações
2004 vs
Importações vs exportações
exportações2005 2006 Endividamento
2007 das
Endividamento das famílias
famílias 2008 2009
Em
Em milhões
milhões de
de euros
euros Em
Em percentagem
percentagem do do rendimento
rendimento disponível
disponível
FONTE Instituto Nacional de Estatística
ECONOMIA
Importações Exportações Endividamento
Endividamento total
total das
das dívidas
dívidas
Importações Exportações Rendimento
Rendimento disponível
disponível montante
montante que
que as
as famílias
famílias
13
13 393,0 10
10 784,7 têm
393,0 II Trim.
Trim. 2009
2009 784,7 têm para
para gastar
gastar anualmente
anualmente Paulo M. Santos 127
136
136 135 135
16 256,4 12 127
16 256,4 IV
IV Trim.
Trim. 12 509,1
509,1 113
120
120
106 113
18
18 468,0
468,0 III
III Trim.
Trim. 14
14 071,3
071,3 100
100 106
88 93
93
17 909,1
17 909,1 IIII Trim.
Trim. 14 004,4
14 004,4 81 88
81
17 69
69
17 935,0
Importações
935,0 II Trim.
vs exportaçõesTrim. 2008
2008 14
14 102,0
102,0 Endividamento
59
59 das famílias
17
17 100,1
100,1 IV
IV Trim.
Trim. 13
13 613,3
613,3
Em milhões de euros Em percentagem do rendimento disponível
16 647,3
16 647,3 III Trim.
III Trim. 13 391,6
13 391,6
16 Endividamento total das dívidas
16 054,2
054,2 ImportaçõesIIII Trim.
Trim.Exportações 13
13 289,0
289,0 1997
1997 1998
1998 1999
1999 2000
2000 2001
2001 2002
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
15
Rendimento disponível montante que2003 2004
as famílias 2005 2006 2007 2008
15 757,4 13
13 136,8
I Trim. 2007 FONTE
FONTE Banco
Banco de
de Portugal
757,4
13 393,0 II Trim.
Trim. 2009
2007 10 784,7136,8 têm para gastar anualmente
Portugal
136 135
127
1615
15 256,3
256,3
256,4 IV Trim.
IV Trim.
IV Trim. 12 509,1
12 513,2
513,2 120
113
15
15
18 468,0 423,8
423,8
José Sócrates inicia a legislatura num «estado
III Trim.
III
III
Trim.
Crédito
Crédito
de graça»
Trim. à
à habitação
que habitação
duraria por
12100 habitante
12 293,2
293,2
por
93pouco habitante
mais de
14 071,3 106
9
15 044,5
15 044,5 11
11 912,6
912,6II Trim.
II Trim. 88 9 061
061
17 909,1 14 004,4
II Trim. Em euros 81
dois 15meses.
246,5 Logo após ter conhecido o Relatório
11 485,4
I Trim. 2006
Em euros
Constâncio,
69 que apontava para um
77 860
15 246,5
17 935,0 11 485,4
II Trim.
Trim. 2008
14 102,0 2006 77 390 860
59 390
défice 14 orçamental
14
17 100,1 306,1
306,1 acima dos 6% do PIB, 11
o13primeiro-ministro
020,7
11 020,7 IV
IV
Trim.
IV Trim.
Trim.
613,3 6 163
6 163 dá
6
início
598
6 598 a um período
14
14 099,4
099,4 10
10 814,3
814,3 III Trim.
III Trim.
de1616austeridade,
647,3
13
13 809,5
054,2 809,5
com o objectivo de equilibrar
10
10 534,6
13 391,6
534,6
III
II
13 289,0
as
Trim.
II Trim.
Trim.
II Trim.
contas públicas. Ainda com Campos
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
e Cunha 13 na pasta das Finanças (substituído
558,9
13 558,9
15 757,4 10 197,5
10 197,5 mais tarde por Teixeira dos Santos),
I Trim.
II Trim.
2005
Trim. 2007
13 136,8 2005 FONTE Banco de Portugal
13
13 501,3
501,3 anuncia várias medidas de10 313,1
o Governo
15 256,3
13 227,9
227,9
contenção,
10 313,1 IV
12 513,2
10 174,4
174,4
IV
Trim.
IV Trim.
Trim.
III Trim.
Trim.
que iriam motivar as primeiras
13 10
15 423,8
contestações 12 sociais. O objectivo foi conseguido
III
12 293,2
III Trim.
emCrédito à habitação
dois anos, por habitante
com a descida do défice
12 951,9
15 044,5 951,9 10 401,8
10 11
401,8
912,6II Trim.
II Trim.
II Trim. 9 061
Em euros
para152,6% 12
246,5 do PIB. A crise internacional
532,2
12 532,2 10 baralhou
063,4
10 11
063,4I Trim.
II Trim.
485,4Trim. 2006 as contas
2004
2004 2003
2003
e obrigou
2004
2004
a medidas
2005
72005
390
drásticas
72006
860
2006 2007
2007
para tentar travar o desemprego e apoiar a actividade6 163
14 306,1 IV Trim. 11 020,7 económica. O défice orçamental
FONTE
FONTE Instituto
Instituto Nacional
6 598Nacional de
de Estatística
Estatística FONTE
FONTE Instituto
Instituto Nacional
Nacional de
de Estatística
Estatística
SEMPRE A COBRAR
A subida do IVA, a 1 de Julho de 2005, de 19% para 21%, foi a medida fiscal com maior impacto durante
esta legislatura, originando uma receita adicional de quase 2 mil milhões de euros para o Estado. Mas
também se substituiu o Imposto Automóvel (IA) pelo Imposto sobre os Veículos (ISV), diluindo no
Receitas totais dos impostos
tempo o pagamento às Finanças pelo uso de viatura própria. O Governo onerou,Variação ainda, o Imposto sobre
da receita fiscal %
oEmTabaco
milhões de euros
e o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). Contas feitas, no final de 2008, os portugueses
Impostosmais17,1%
pagavam directos de impostos do que em 2004. Mas a subida da receita pública deve-se também ao
Total
+0,01
melhor desempenho IRS da administração
IRC fiscal, que passou a cobrar
Outros com
impostos mais eficácia. +7,20
directos
+9,23
2005 7 753 3 721 45 11 519
2006 8 233 4 333 44 12 611
Receitas totais dos impostos
2007 9 051 5 689 23 14 763 Variação
2005 da 2006
receita fiscal %
2007 2008
Em milhões de euros
2008 9 344 5 989 13 15 346
Impostos directos Total
Impostos indirectos
IRS IRC Outros impostos directos
Imposto Imposto Total +0,01
IVA ISP IA/ISV sobre Tabaco Selo Outros +7,20 +9,23
impostos indirectos
2005 7 753 3 721 45 11 519
2005
2006 8 233 11 672 4 333 244
993 1 173 1 323121611
458 298 18 917
2006
2007 9 051 12 401 5 689 3 045 23 1 166 114
4267631 633 345 20 016
2005 2006 2007 2008
2007
2008 9 344 13 196 5 989 3 169 13 1 187 1 225
15 346 1 733 365 20 875
2008 13 430 2 530 918 1 296 1 769 352 20 295
Impostos indirectos Imposto Imposto Total
Total da receita fiscal IVA ISP IA/ISV sobre Tabaco Selo Outros impostos indirectos
-3,7
72,5
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 73
-4,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010* 2004 2005 2006 2007 2008
Taxa de desemprego 9,1
Taxa de desemprego 8,9
Em %
Em %8,4
8,2 8,4
ECONOMIA
8,0 7,9 7,9 8,2
7,7 7,7 7,8 7,7 8,07,8
7,6
7,5 7,4 7,7 7,7
7,2 7,3 7,5 7,3
7,1 7,3 7,4
7,1 7,2
6,8
6,8
6,4
I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II III IV Trim. I II Trim.
As vendas de produtos portugueses ao exterior têm sido O endividamento
I II III dos portugueses
IV Trim. I II triplicou
III em apenas
IV Trim. I II III IV Trim. I
2004 2005
um dos principais pilares do crescimento económico do 2006 2007
12 anos. Actualmente,
2004
2008
as dívidas às instituições
2005
2009
2006
País. O bom comportamento das exportações fez-se sentir financeiras ultrapassam em 35% o rendimento FONTE Instituto Nacional de Estatística
Inflação
PREÇOS EM QUEDA
Em % 4,4
3,7
Inflação
Em % 4,4
Pela primeira vez nas últimas
3,3 décadas, Portugal poderá 3,7
3,0 3,3
fechar um ano2,8com uma baixa generalizada dos preços.
2,7 3,0
Segundo
2,5 2,4
as estimativas do Banco de2,1Portugal, a taxa
2,2 2,2
2,8 Evolução
2,5
do défice orçamental
2,7
1,9 2,4
2,2 2,2 2,1
de inflação homóloga para 2009 será negativa em 0,5 1,9 Em %
1,3
por cento. Uma descida que se deve, essencialmente, à 6,1 1,3
5,9*
retracção do consumo provocada pela crise internacional.
O banco central afasta a possibilidade de o País entrar em 3,9
74 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
O novo modelo judicial das grandes comarcas revelou a falta de cem
CIFRAS
‘Carjacking’ Homicídios
‘Carjacking’
178
NEGRAS
O aumento da criminalidade
2004
187
178
2004
2004
violenta foi a principal dor de
cabeça das forças de segu- 597
rança durante a legislatura. 597
145
Crimes como o carjacking e 2008
2008
os assaltos à mão armada
banalizaram-se, acentuando 2008
Número de crimes Furto em residências
o sentimento de insegurança
e as reivindicações por mais Número de crimes
policiamento de rua.
O Governo respondeu com a
reestruturação das polícias,
criando equipas especiais
de combate ao crime mais 22 586 29 654
complexo. Mas, para já, ainda
não conseguiu inverter as 405 605 421 037
estatísticas. 2004 2008 2004 405 605
2008 421 0
FONTE Ministério da Administração Interna
2004 2008
Ricardo Fonseca
e Tiago Fernandes
823 267
MONTANHA DE PAPEL DIMINUI
Número de processos entrados Número de processos findos Evolução de processos nos tribunais
Número de processos entrados Número de processos findos
817 140
Em quatro anos, 100 mil processos deixaram
de702 977
estar pendentes. Além 702da
977redução pro- 823 267
817 140
cessual, entram hoje menos 4% de casos nos 702 977 702 977
tribunais. O desvio de alguns litígios para a
mediação ajuda a explicar este decréscimo,
2004 significativo
2008 nas acções civis
2004 e comerciais. 2008 Na
área criminal, laboral e de execução,
FONTE o descon-
Ministério da Justiça
2004 2008 2004 2008
gestionamento ainda não é muito notório FONTE Ministério da Justiça
76 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
novos procuradores
2008 53
Número de prisões
FONTE Direcção Geral dos Serviços Prisionais, PSP, GNR e PJ
2004 56
2008 53
MUITOS TRIBUNAIS, POUCOS MAGISTRADOS
FONTE Direcção Geral dos Serviços Prisionais, PSP, GNR e PJ
Apesar da dimensão do parque judiciário ser praticamente a mesma, nos últimos quatro MARCOS
anos muitos tribunais foram alvo de profundas remodelações, num total de 90 empreita- Reorganização
das. O campus da Justiça de Lisboa é a obra mais visível, com um complexo de 11 edifícios. territorial das polícias
Evolução do número
Apesar do ligeiro aumento do número de magistrados, o novo modelo judicial das grandes Novo mapa de tribunais e de magistr
comarcas revelou a falta de cem novos procuradores, lugares hoje ocupados por 60 substi- judiciário
tutos, quase todos recém-licenciados em Direito. Tribunais Juízes
Alteração do código
e do processo penal
Evolução do número de tribunais e de magistrados Redução das férias
judiciais de dois para
Tribunais Juízes Procuradores um mês
Desmaterialização
351 358 criação das 1754
da Justiça:
notificações e outros
19
2004 ofícios electrónicos
2008 2004
para reduzir o papel 20
1217 nos processos
351 358 1754
1932 1461
2008
2004 2008 2004
2008 2004
s FONTE Ministério da Justiça, Conselho Supeior de Magistratura
0
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 77
Orçamento da Cultura Em milhões de euros Percentage
Com o governo Sócrates, a Cultura regressou aos orçamento irrisórios: 293,8 293,5
249,1 255,2
198,1 210,2
se aproximou foi António Guterres, mas não passou dos 0,6 por cento. Com José Sócrates, o ministério teve
dos piores orçamentos da última década
0,6 0,6 0,6 0,6 0,7 0,5 0,5 0,6 0,5 0,4 0,4
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
CULTURA
Alexandra Correia
Manuel Maria Carrilho – é consensual – foi o ministro da Cultura que mais se destacou,
no Portugal democrático. Mas, no ano de 2000, bateu com a porta, queixando-se de
não ter dinheiro suficiente para concretizar as políticas que planeara. Nessa altura, o
orçamento da Cultura correspondia a 0,6% do Orçamento do Estado (OE). Quase uma
década depois, que diria Carrilho a um orçamento que representa apenas 0,4% do OE?
Longe, muito longe da meta de 1%, definida no programa de Governo de José Sócrates.
Na área por onde passaram dois ministros nos últimos quatro anos, a inactividade
tornou-se a imagem de marca. Esta é, definitivamente, uma casa onde não há pão
A instalação do Museu Berardo, no Centro Cultural de A gestão dos teatros nacionais foi uma pedra
tística
Belém, é um marco deixado por este Governo, não isento no sapato deste Governo. Com grande polé-
66,4
0,6 de polémica
0,6 0,7 devido
0,5aos montantes
0,5 envolvidos.
0,6 Pelo
0,5 0,4 mica, a ministra Isabel Pires de Lima afasta
0,4
caminho, ficaram outras atrapalhações, como a tenta- António Lagarto do D. Maria II, substituindo-o
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
tiva falhada de criar em Lisboa uma extensão do Museu por Carlos Fragateiro (que o ministro Pinto
Ribeiro depois demite). Não menos controversa 29
Hermitage, de São Petersburgo
foi a criação da Opart, entidade empresarial
que juntou a ópera do S. Carlos à Companhia
Museus Nacional de Bailado, e que também está posta
Número total Visitantes Em milhões em causa pelo actual ministro
no Orçamento do Estado
292 9,9
2004 2007
273,4 285,1
2007 260,5 245,5 Receitas Espectadores
224,8 Espectáculos mais procurados
Em milhões de euros Em milhões
Em número de espectadores, 2007
258 8,9
66,4 Concerto de música ligeira
0,5 0,6 2004 0,5 0,4 0,4 Teatro
Média Europeia
2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
*Até 152004
de Agosto (últimos dados disponíveis
2005 2006 para este2007
ano) 2008 2009* 2004 2005 2006 Autoridade2008
FONTE2007 2009*
Florestal Nacional
PAÍS DE FUMAROLAS
2004 2005 2006 2007 2008
A criação, em 2001, do Serviço de Protecção Portugal não vai cumprir a sua parte do Protocolo de Quioto, ainda que
da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tenha sido autorizado a subir em 27% as emissões de gases com efeito de es-
da GNR, foi das melhores coisas que tufa. Ou melhor, vai cumprir, sim, mas gastando muito dinheiro a comprar
aconteceram, no controlo da selvajaria licenças de emissão no mercado e não através de uma mudança estrutural.
reinante no País. Agentes motivados e Portugal é dos países da Europa mais afectados pelas alterações climáticas
um eficaz centro próprio de recolha de
denúncias (através do 808 200 520 e do site Emissões de gases com efeito de estufa
www.gnr.pt) têm deixado os criminosos Em milhões de toneladas
ambientais um pouco menos impunes
Hidráulica Carvão
AMBIENTE
Luís Ribeiro
20% 11%
31% 21%
89 89
84 86 85
60* 89 89
84 86 85 11,7% 24%
8,3% 21%
60*
*Produção em Regime Especial (excluindo eólica), maioritariamente de combustíveis fósseis
O Governo prometia, em 2005, colocar o Ambiente e o Ordenamento do Território no
centro da sua estratégia para o desenvolvimento. Proclamava dois objectivos (demasiado
vagos para virem a ser comprometedores): convergir ambientalmente com a Europa e
promover
1990 a2002
coesão territorial. 2003 Entre2004 os poucos
2005 pontos 2006
concretos, propunha-se iniciar a
construção
*A1990
do TGV, retomar
quantidade acordada2002
por Portugal, no âmbito do
2003 Protocolo
o processo
de
foi de 76,2 milhões de toneladas (27% acima do ano-base de 1990)
Quioto,
2004 da Ota
2005 (abandonado
2006 em detrimento de Alcochete)
FONTE Instituto Nacional de Estatística
*A quantidade acordada por Portugal, no âmbito do Protocolo de Quioto,
efoiatingir,
de 76,2 milhõesaté 2010,
de toneladas (27%39%
acima dode electricidade
ano-base de 1990) produzida a partir de renováveis e 4 500 MW de
FONTE Instituto Nacional de Estatística
da para aterros até subiu 2 por cento. Só para se ter uma ideia Aterro Incineração Reaproveitamento Reciclagem
orgânico
da pobreza nacional, diga-se que a Suécia recicla mais de *Por efeitos do arredondamento,
90% do seu lixo doméstico a conta final fica-se por 99% FONTE Instituto Regulador de Águas e Resíduos
80 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
issões em 27%, mas está na linha da frente das renováveis
VIVA A CHUVA
Dependemos da sorte: se chove pouco, as hidroeléctricas produzem menos energia; logo,
precisamos de mais carvão e gás. Tivesse 2008 sido tão chuvoso como 2004 e teríamos
ficado perto da meta de 39% de electricidade produzida com renováveis. Como não foi, o
saldo equiparou-se (pouco mais de 20%, apesar do enorme aumento do parque eólico).
Talvez 2010 seja um ano molhado...
Consumo de energia, segundo fonte de produção
Objectivo do Programa do Governo para 2010: Saldo importador Energia total
produzida a partir
39% de energia produzida a partir de renováveis de renováveis em 2008
Fuel Eólica 19% Incluindo as mini-hídricas da PRE
2004
2008
14% 24,3%
4% 2%
1,7% 11,3%
Hidráulica Carvão
Potência instalada
de energia eólica
Objectivo do Programa
31% do Governo para
20% 11%
21%
2010: 4 500 MW
2 624
Em MW 1 894
PRE* Gás 1 515
896
498
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 81
A prioridade dos novos fundos é a «massa cinzenta»
Distribuição dos fundos por áreas
COMUNITÁRIO
de intervenção
Por áreas
Fundo Soc
Qualificação d
A mudança de filosofia é Distribuição dos fundos por áreas de intervenção 35%
Apoio a empresas Outros 26% (programa No
Mais de 90% dos fundos
clara. A competividade e,
sobretudo, a qualificação Regional (FEDER) e Fundo Por áreas de intervenção aprovados concentram-se
dos recursos humanos são de Coesão (FC) por áreas Fundo Social Europeu nas regiões de conver-
as áreas privilegiadas dos de intervenção gência (Norte, Centro,
Qualificação de dupla certificação
novos apoios comunitários Apoio a empresas 35% Outros 26% (programa Novas Oportunidades) 63% Alentejo e Açores). No
para Portugal, um pacote que toca aos programas
de 21,3 mil milhões de temáticos, o Alentejo
euros, negociados pelo
destaca-se nos factores de
Governo de José Sócrates.
Depois do investimento
competividade, dado ex- 11%
Ambiente
EUROPA
Norte
Distribuição dos fundos 41%
por regiões Sara Belo Luís
Centro
Norte 26%
41%
Açores
Lisboa 5%
6%
Centro
26% Madeira
Negociado com êxito pelo Governo de José Sócrates, o Quadro 2%
MARCOS
Tecnológico bem como projectos de eficiência
na administração pública, com repercussão
82 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
48 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
AS
Apesar de termos uma esperança de vida à nascença elevada, a
ANÇ
FIN
IA/
NOM
ECO
& SOCIAL
quadrado, é o país com
a menor densidade
demográfica da UE
IRLANDA ESLOVÁQUIA
PIB ‘PER CAPITA’ A Irlanda era, Tem as mais baixas
(em paridades de poder de compra*, 2008)
em 2008, o taxas de fecundidade da
Bélgica 114.6 Luxemburgo 252.8
país com mais Europa: 1,25 filhos, em
Bulgária 40.1 Hungria 62.9 média, por mulher
elevado nível
República Checa 80.4 Malta 76.3
de vida (126 por
Dinamarca 118.3 Holanda 134.9 comparação
Alemanha 116.0 Áustria 123.1 com a
Estónia 67.2 Polónia 57.5 UE27 = 100)
Irlanda 139.4 Portugal 75.3
Grécia 95.3 Roménia 45.8
Espanha 103.9 Eslovénia 89.8
França 107.3 Eslováquia 71.8
Itália 100.4 Finlândia 115.0
Chipre 94.6 Suécia 121.4
Letónia 55.6 Reino Unido 116.9 FRANÇA
Lituânia 61.2 UE 27 100 Com 19,7 alunos por
* As paridades de poder de compra permitem as comparações entre professor (2007), este
países, descontando o custo de vida) é o país da UE com as
(EUR27: 100)
maiores turmas do
ensino primário
84 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
duração da vida saudável é das mais baixas da Europa
FONTE: Eurostat
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 85
AS
O Algarve foi a região que mais proveitos
ANÇ
FIN
IA/
NOM
ECO
PORTUGAL
ECONÓMICO & SOCIAL
Os eixos norte-sul e interior-litoral ainda explicam grande
parte das diferenças do País. Mas alguns indicadores mostram
novas realidades: o Norte é a zona menos fecunda e no Sul
gasta-se mais combustível automóvel
LISBOA
A zona que integra
a capital é a mais
densamente povoada:
960 habitantes por
quilómetro quadrado
AÇORES
Em 2008, existiam 242
mil bovinos registados
nas nove ilhas do
arquipélago, apenas
menos 2 mil do que o
número de habitantes
86 v 10 DE SETEMBRO DE 2009
gerou em hotelaria: 581 milhões de euros, em 2007
10 DE SETEMBRO DE 2009 v 87