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iA oe : Para saber mais .. ensino da matemétiCd renee ‘Matemdtica e 0 cotidiane escolar... Didvidas do profes$0P nnn Avalogzo do ensina do matendticn. Sala de cule: um ambiente reflexivo A utilizacto adequada dos materiais. Conteiides de Matemtica nas séries iniiais Grandezas e Medidas Medidas, istema de medidas (0 sistema de numeragdo decimal e as medidas. Lado, Perimet0un Pevimetro do tampo da carteira.. Pevimetro da.quadra esportiva Perimetro do corpe humono Arvo Mainto a rca Byyervirvto o material ple tacto a brea, io vo réquc ee Jo om inetrumentos convencionais We Entendendo o volume com caixa de fésfore. Esstimando ¢ confirmando o volume. Perimetro, drea e volume do mesmo slo. ‘Medida de capacidade. CConstruindo um cubo com 1 dm de aresta Qa cabe MAIS? cen Cc Observande as capacidades.... Massa © P80... Primeire balanga de equilibria... Balanca n? 1 Balanga n° 2.. Pesando com a balanga convencional Bolanga de cozinha Bolanga de banheiro ‘Medidas do cotidiano.. ‘Medidas e Receitas. ‘Aprendendo com massinha.... Tempe Representa da eqivaléncia de tempo hora, minuto e segundo... Representacdo da equivaléncia de tempo: dia, més e ano Colendérie Colendéirio Mével... 78 Relégio, so ns 80 Reldgio de heres. 82 Relégio de minutos, a2 Reléaio Divertido en ‘Tego da meméria: analégico e digital. 86 Dinheiro A crianga e o dinheiro, Feira de trocos, Quem tem mais? . Troca 100, Loja das guloseimas, ‘Tratamento da Informacio Estatistica... Descobrindo os textes Leitura de tabela Tabela Misteriosa. ti 106 Tabela do CampednatOverensnun 108 Gréfico de colunas - verfcando eventos... 110 Gréfco de colunas - cniversariantes, 2 Gréfico de barras ~ aniversariantes.... al Gréfico de linha - gorjetas Entendendo um gréfico de setores.. Construindo um gréfice de set0%€S ..rannunI2O Gréfico de setor sobre pizzas Médic. 124 Calculando moda e mediana 126 Leitura da conta de luz 128 O que é relevante?... se eT3O Resolvendo problemas. vemdO Elaboranda pesquises.. send Compreender 0 que $2 V8 ...n 134 Pictograma, 136 A matemiétiea ¢ a organizagéo. vA38 Organizando 66 IEEE enone 138 A Tecnologia no COFidiAM 140 ‘A caleuladora, 140 Pensar com a caleuladora 141 Caleulando mentalmente e digitalmente. 141 Um estude sobre a altura e o peso das criangas!42 Dados: i nd AB Entendende o espaco amostral seed 7 Qual ser 0 COP? 150 Rolet... vend 2 Placas de COP nme 154 Trebalhando com fothetos de merCade ou156 ‘Acredondando os mimeros, 158 Referéncias Bibliograficas . O ens Geraimente, nossa prética decente esté muito ligada a ‘forma que aprendemos. Se o nossa oprendizagem ni foi sig- nificativa, dficlmente conseguiremas tornar esses contetidos Imcis contextuclizades para nossos alunes, ‘Thompson & Thompson (1996i19), co analisarem 0 co- hecimento matemético para um ensine conceitul, se referem As concepcdes dos professores como: conjunto de ages, ope rogées e cominhos de pensamentas do que eles desejam que os lunes aprencem, e a linguagem ra qual eles capturen essas ima gers, formulando « hipStese, de que 0 modo como se ensina um conteido € grondemente influenciodo pela compreensto que se tem desse.conteido. Tendo em vista esse bloqueio em relogo « alguns contet- dos, acabamos no ensinando eos clunes fica em defasagem, ‘Atuolmente, 0s autores seguem es PCNs come nortea- dores na elaboracae dos livros didéticos. (Os PCNs (1997) sugerem quatro eixas temdticos: Ni- mmeros e Operacies, Espaco e Forma, Grandezas e Medidas € ‘Tratamento da Informacéo, mas nem sempre-¢ curriculo foi orgonizado dessa forma Os Guias Curriculores (1975) enfatizavam o teoria dos conjuntos ea linguagem matemsética, Dez anos mais tarde aPro- posta Curricular do 1° Grau eamezava a velorizar @ Histéria da Matemético, recuperando a importéncia do ensino da Geometria € dando mais atencao & aprendizagem com compreenséo, Pardlekimente surgem as Atividades Matemétices de 1° 2.4" série que propsem o trabalho a partir de situagées-problema, no da Matematica Percebemos, nessa breve trajetéria de ensino da ma- ‘remético, que as pesquisas no dren do ensino e aprendizagem buscam aliar os conhecimentos cotidianos com 0 curricule es- colar objetivando assim um sucesso qualitativo, diferente. do ‘que predominava no séc. XIX, ou seja, decorar diversos con- ‘tetides sem saber sue importéncia, Na busca desse sucesso qualitative, énecesséria arele- «2 humana entre a pessoa que ensina .a pessoa que oprende. ‘As criangos no frequentam a escola sem nenhuma ex- periéncia matemética (SMOLE 1996:62), por isso desenvolver tuna proposta que reina as copacidades préprias de lnguagem © de desenvolvimento intelectual, se torna cada vez mais di ficil, do que simplesmente fazer com que os alunos decorem tuna sequéncia numérica Precisamos assumir uma posicio mais ativa em rela~ co aos conteidos ersinacos. Questionar sua relevancia, sua ‘edequagdo co piblico: e pensar © que iro aprendes com as otividades propostas, as quais deverdio explorer uma grande variedade de idéias mateméticas relativas a nimeres, medi- das, geometria e nocBes de estatistica, isto é, 0 construgdo leituras de tabelas e gréfices, bem como a organizacde de dades através de pesquisas de opinido, deve ser 0 ponto de partida pare o planejamento das aulas De ocordo com a propesta que « autora sugere; 0 trabalho com amatemética na escola no pode ser esporddicoe casual. Ene~ essirio que cs criengas estejam constantemente em contato com professores que possom incerivé-os a utilizar suas habildades I= sies-matemiticas, Esas atitudes poder goranti um resultado melhor, pais o professor jésobe reeimente que precise cleangor. Segundo WEISS & CRUZ. (1998:32) as criangas da atuclidede J nascem mergulhades neste mundo tecnolégico seus interesses e padrées de pensamento jé fazem parte desse univers Hoje na grande maioria das escolas piblicas ¢ coloca- loa disposigta do professor, somente o quadro negro, 0 giz € o livre didético, As salas de informética, que deveriam servir come um grande apoio, dificimente funciona, ¢ o professor tem a tarefa de fazer crescer dos poucos recursos que tem, interesse do aluno pela discipna De acorde com FISCHER (1992:43) € através da in- vrago com o meio, a partir da curiosidade agucade, que 0 vianga vai fazendo relacies entre sua vida, sua histéria e 0 ida dos outras ¢ a histéria coletive Néo podemos mais querer que os elunos memorizem os ‘tides passados pelos professores, mas sim construidos, muscando as melhores maneiras de decodificar um objeto, ‘A matemstica que © lune aprende ndo pode estar Jwstonelade do seu mundo: cortar, rabiscar, ver, comprovar, monlar, desmonter, desenhar, imaginar e concretizar. vente do aarele- novende, volver jwagem nas oi E "A pritica nossa de todos os dias deve ser sempre lumina de pelo olhar atento de pro: Fessor, ue estud, investiga, reflete, discute, com seus pa- res € constréi conkecimento pedagégice singular’, lia Maria Carclino Pires ys Ambiente ogradével, limpo, com relégio, calendérie, pequenes cartazes com os nomes dos dias da semana © dos meses do ane, tebela numérica, caixas contendo colegdes @ outros materiais. Matemética e 0 cotidiano escolar 0 ensino da matenética deve estar sempre atrelodo 20 cotidiano do aluno, nas diversas situacées, fais como contar objetos, fazer compras, comparar quantidades, compreender informages, medir 0 tempo ete, destacando-se dois aspectos, bésicos: © primeiro é relacionar observacées do mundo real ‘com representacdes (esquemas, tabelas, figuras): © segundo é relacionar essas representagées com os principios e conceitos matemétices. Nesse processo, a comunicagdo tem fundamental im- portincia e deve ser estimuleda, para que a crianca “fale” & “escreva’ sobre Matemética, trabalhe. com representacées gréficas, desenhos, construgdes, e aprenda come organizer e ‘trator dads, essa aprendizogem estd ligada a compreensio da +elacio de um objeto com outros objetos e acontecimentos ‘Se o professor vai ensinar medidas, poderd trabalhar ‘os receitas em Lingua Portuguesa, formas geamétricos na cons- truco de mosaicos em Arte, 0 desenho do percurso entre @ casae a escola em Geografi, um gréfico sabre os animais pre- ferides da‘turma em Ciéncias, uma linha do tempo com o dia eo im@s do nascimente dos alunos em Histéeia ou aindo, uma tabela de pontos do jogo escolhide pela turma em Educa Fisica. Sempre interligando com outras disciplinas © professor, co elaborer seu planejamento semana (Rotina semana) deveré fecar seus objetivos levondo em con- sidered + © conhecimento que as alunos jé possuem: + As diferentes estratégias formuladas para a resohi- «fio de problemas; + Socializagdo das ideias do grupo: + Construgdo, reflexto e ampliagdo do conhecimento onde poder incluirativdadescidrias pare incentivar @ ampliar 0 repertério matemético de seus alunos. Usar recurses didticas como joges, livros, videos, caleuladoras, computadores e outres materais como base da atividede matemética é muito importante para o exercicio da anélse € refexio Promever diseussées na sola sabre os problemas soli- cionodos criasituages extremamente ricas na treca de infer- magBes de como chegaram a essos consideraces, pis hoje a crianga tem a eportunidade de selucionar problemas de acordo come que sabe fazendo uso de suas préprias estratégias, mes- mmo rifo sendo as convencionais. Trabolhar coma Hstéria da Moteméticapropiciaqueas criangas compreendam os procedimentes anteriores e desen- volvam um shar diferenciado sobre o contesido a ser estudado Quando as criangas corhecem o percurso das contagens, dos algorismas e as diferentes formas de se fazer es operacées percebem também 0s desdobramentos desse corhecimento e Compreendem a Fungo das novas tecnoogis. © papel da matematica na constructo da cidedania é inser as pessoas no mundo do trabalho, das relarSes sociais € ‘da cultura: mas, para que isto acontesa é necessério adequar 0 trabelhe escolar a uma nove realidade, moncada pela crescente presenca dessa Grea do cerhecimento em diversas campos da atividade humera Essa oliabilidade de matemdtica que fax parte do vida de todas as pessoos deve ser explorada, da forma mais ampla possivel no Ensino Fundamental ica co primeit juntos ‘alunos de mer como s casos Meni poder quanti do ni Nesta cempreé clonal de jun a sagem 10 1 TD Na sala de aula 0 professor pode abordar a matemé- vica com diversas atvidades didrias como contondo um a um: primeira as meninas, depois os meninos e por iltimo todos untos, Apés um pertodo, mostrar que para descobrir quantos alunos tem na sala pode somar a quantidade de meninas e 0 le meninas, Nesto situagdo voc® jd esta mestrando ao aluno ‘omo se resalve de meaneira canvencional a operaco incluindo cases onde hé adi com reserva, ines 14 Meninas 17 Todos. 17 + 14 =? Pora descobrir quantos alunos faltaram: o professor poderd contar a partir da soma de meninos e meninas até 0 wwantidade total de alunos. Depois pode comecar « subtrair o nimero tetal de alunos a quantidade que estd presente. lesta atividade, poderdo acontecer casos de subtragdo com mpréstimo, porém 0 professor jé ensina a maneira conven- onal de resolver esta operasti, fal da sola 35 Meninos 12 Meninas 14 Faltarom: ? 0 céloulo mental poderd ser estimuledo nesta ativida- 2 juntando o nimero de meninas e menines. Perceba como rma simples atividade de contagem pode faciliter a aprendi- gem de outras habilidades. Meninos 16 Meninas 14 Total na si inos) + 10 (meninas) + 6 (menina On 5) + 4 (Ieninas)= 30 O calendério também é uma atividade que poderd ser alizede diariamente e possibilita uma série de outros pro- blemes, Aprender os dias da semana, quantos meses tem um ne, qual & 0 ane que estamos, quantas semanas e quantos dias, ‘Gm determinade més, TRAE as E possivelindicar em cada da come esto tempo (chi voso,niblado ou ensolarado) eno fnl de cada més represen for em um gréfice ou tabela quant dias nublads, chwosos cu ensolarades tveram no més. Marcar no calendrio os eventos, como por exemph x onversariontes, a excrsies, os trabalho et, Com alter da tabelanumrice, propor cionamos 3s criangas que compreendam a sequénca eaprendan como so escritos os clgarismos,Paraampliarorepertéro das criangas « tabele numérica deverd ser ampliada ma mea em que els indo compreendendo a sequéncia numérica, Quando a atividades st inteligadas tendo come eixo um dice tema, acrianga opence vies aspectos do mesmo e de maneira completa: por exemple, se 0 tema & brinquedcs, 0 professor poderé propor a esrita de una iste, depois fazer tina tabela com os brinquedos listados e uta votaco sobre Guel€obrinqedo preferde da tirno, posterirmente pede 16 representar esses voto em um gréfico de colnas Baldinho 1 Ors ' ' Piso Palhago Atengao'! Essosetividades, que aparentom certa sperfcalida- de sto a base para conhecimentos futurs, Quando a crianga coneegue compreendé-ot, isto subsidia sues futuras opren- dlizagens no campo légio-natemétic. Meso que cinda 0 professor nd tenha apresentado de forma sstematizada 0s aloorismos, as operardes ou mesmo gréficns e tabelos, essa experiéncia propicia a acomadasde desse conhecimento de forma mais tranquil 1 "@itvidas'do,Proforsor?? Tek olgurs clin ue Tin, war ctfeublade ow aprender concedes waitewiles. O que posto fazer para ajudi-lat ? ‘Agruné-los com outros alunes permite que trequem cexperiéncias estratégios, porém a atividade em si deve propiciar esta trace, como por exemple, ima Gnica flha de problemas pora os dls resolverem, Lembrando que, esse Agrupamento nao pode ser feito com um ano que tem muito conhecinento matemdticoe outro que poss una grande df- culdade pois eramente.o ano que sabe mals nto deixar 0 outro opinar na resolucao, Fazer um diogntico dos dificuldades do ato &im- portante para conseqir preparer atvidades que sem desa- flodora e possiveis de serem relizadas e saber exatamente © que ele ndo conseque compreender, como por exemple, 0 aluno sabe resolver as operacdes, porém quando se depara com um problema néo consegue resolvé-l, professor neste caso poderd investin na dramati- ‘aco dos problemas ¢ trabalhar com objetos para que ele Consiga interpretar a situagébo. Quando © aluno niio consegue entender bem os ele- mmentos da situacdo-problema, difcilmente ele consequiré re- ‘solver de maneira correta, Pode acontecer inclusive que os alunos escolham qualquer operaciio e adicionem os némeros apresentados, Veja o exemple: Una aronha tem 8 patinhas, Quantas patinhas tim 3 arenhas? B+35it Algiers alos sor val experts ew Pertigas, pordne exe Materia aprescrtane grandes dioaldeas. Pr que io cco ? Howard Gordner e @ sua eoria das inteligGncias mal- ‘plas trazem ine luz para esta questa, Tados 08 indviduos norms epresentam um nivel basico de todas as inteligéncias, Inclusive a légico-matemdtica que & descrita como a habilida- de para resolver problemas, céicules, explorer relagées seja com objetos coneretos ou simbolos(algorisnos). ‘Acrianga por volta dos dois até os cinco anes de idade comega a demonstrar habilidades para algumes intelig@ncias, come por exemplo, desenhar (espacial) ou contar histérias| (inguagem). Passado esta fase, ela comeca a odquirinriveis mais tes de habilidade e comeca buscar maiar canhecimen- +o noguilo que é valorizado pela cultura a qual esta inserido Portanto o incentive da fanilia é importante na aprendizagem 60s contetidos WES Naescola tente.ao méximo propor atividades que eles iro sr fora do cotidiano escolar, assim perceberdo que vivenciar & srender estes corhecimentos faz parte das préticas socais (© professor também deve prestar atencdo ém como vando apresentar essa disciplina e seus contetides, pois nuitas vezes @ matemética é deixada para segundo plano nas séries iniciais por conta da excessiva preocupagdo em ensinar a on st ot Ti ei wt Ree qa: open As eriangas relacionam a fala com a escritanumérica* ‘ lestdo aprendendo a representar de forma conven- rimeros, Se opegam na forma com que falamos. uando pronunciamos nimeres, come por exemplo, 14, 99 © 87 inevitavelmente as criancas, que jé pessuem um de ndmeres exetes ou marcas (10, 30, 100, 1000 e io escrever de maneira correta, Esses nimeres G0 de transparentes, rrém quando prenunciamos os nimeres 11, 12, 15, oe s dificeis de associar, pois na fala nao € possivel pistos de como escrevé-los. Sto chamados de ni rape thon mn certeza com leitura do calendério ou da tabela seré compreendide pelo aluno, Pura mais informacéns... | folie» lire Matemétice Prieires Passos wane 1, pigina 13, umérica Con cme de ode ae pret abd con dheulledes? Nas aulas de matemdtica prepare das atividades: uma pora © grupo que acompanha os contedos que esto sen do estudodes e outra pare este grupo que esté abaixe das expectatives Assim voc® propse desafies diferentes para di- ferentes riveis de hebilidades. fo do ensino da matemética Diferente do que ouiames falar em tempos atrés, hoje a avaliago tem uma aberdagem e um objetive ciferen- ciado, Ela ro serve para quantifier @ conhecimente ou ni- velar 0s akinos, e sim, tem com objetivo servir de ponte de partida para as préximos intervencBes pedagégicas que serio realizadas. Se 0 lune apresentou dficldade em resolver deter mminada operagdo é necessdrio anlisar de que maneira chegou 59 Compreende e sabe fazer a some, porém no compreendeu que quando ‘emos 10 unidades trocamas port dezena Quando anclisames o erro dos alunos, podemos dar ‘uma devolutive focando 0 erro, © que possibilitard oo aluno moioces chances de compreender e melhorar suas estraté gias, chegando ao resultado correto, Sala de aula: um ambiente reflexive Organizar o espaco da sola requer do professor aten- ‘Go e cuidado com as escothas. ‘Adornar 0 sela de maneira extravagante acaba tiran- do a concentracdo das criancas. O ideal & que os cartazes, livros e objetes sejam fontes de consulta para elas sempre (que assim desejarem ou necessitarem e que ndo cansem o vi- ‘sual da sal, © calendério € 0 relégio sto essenciais, pois sto ob- Jjetos que a turma, provavelmente, conhece e sio utilizados em situacdes do cotidiano, come por exemplo, contar quanto ‘tempo falto pare o intervalo, quantes dias faltam pora a ex- cursdo, ete. Uma tabela com os nimeros, listas com telefones Atels, fichas com informagdes pessocis (endereso, data de. ‘ascimento, telefone, peso, altura etc.) de cada crianca dis- Posta em uma caixa, gréficas feitos com informagées obtidas Pelas criancas, tudo isso serve para consulta das mesmas, ‘Os materiais concretos também so importantes para vivenciar algumas experiéncias. Eles estdo dividides em: Estruturades ~ elaboredos para ensinar algum con- ceito matemético. Exemplos: Material Dourade, Geoplano, Blocos Légicos e outros. Niio estruturades ~ sdo objetos que no tém uma fungi determinada, depende do uso do professor. E importante que o professor tome cuidado nos ativi- dades com esses materiais coneretos. Distribui-los és criangas sem que elas tenham alguma ‘nocd prévia sobre 0 conceite que irdo estudar e deixar que ‘manipulem sem intervengdo pedagSgica nao garante a apren- ddizagem dos contedidos propostes. A utilizagao adequada dos materiais Dois fatores sto importantes na tilizacdo do mate. rial concrete: * a5 nocées matemiéticas no estdo no material pro- Priamente dito, mas sdo elaboradas pelas eriangas + o.utlizagdio adequada desse material fovorece a ela- boracio dessas nocées Na oplicagio desse material essas duas afrmacées significam: As crianeas devem ter contoto com omaterial antes da explicagto teérica e do efetivo trabalho no caderno. Tombém importante que brinquem um tempo com ele e, explorem= ‘no da maneira que desejarem e sé depois desse periodo de brincadeiras 0 professor deverd fazer intervencBes através de questionamentos que as estimulem a fazerem comentérios sobre suas observacées. A maneina delas demonstrarem os ‘seus pensamentos, ou seja, de como indo considerar suas ob. servagGes ino ajudvlas a formar as nogées matemdticas, i enunciad teriais do profe necessid , do mater e erlang las j6 Mat icas comecam a ser percebidas & Neste volume abordaremos dois temas importantes Lnciadas a partir da observacio manipulacdo destes ma- na forma¢dio do cidado, para que no dia-a-dia possa utilizé rials, e da troca de idéias entre alunos e professor. O popel los com seguranca e no ser ludibriado por outras pessoas. Jo professor é organiza esse conhecimento de acordo com a vecessidade de cada crianca. Contetidos de Matemdtica das Séries Iniciais A ctitude adequada do professor, em relasdo ao uso Grandezas € Medidas Jo material concrete nas séries inciois€ um canal aberto para ianga explora, descobrire racicinar sabre as experi@n-« camparegdo de grndezas de mesa aturezo, por meio de os vides fora da escola, estratégcs pessoas e uso de instruments de medida cone- cidos ~ fra métricn, bolongn ecipentes de um lito, etc Materiais estruturados € néo est + Identificagtio de unidades de tempo — dia, semana, més, bimestre, semestre, ano ~e uilnagdo de colendrios + Relacio entre unidades de tempo — dia, semana, més, bi- mestre, semestre, ano + Reconhecimente de cédulas e moedas que circulam no Brasil @ de possiveis trocas entre cédulas e moedas em fungiéo de seus valores. + Tdentificagio dos elementos necessérios para comunicar 0 resultado de uma medio e producdo de escritas que repre sentem essa medicao. + Leitura de horas, comparando relégios digitais e de pon teires. * Leitura e interpretaciio de informacées contides em imagens. + Coleta e organizacio de informacces, + Criagdo de registros pessoais para comunicacio dos informacées coletadas, + Exploragdo da fungto do niimere como cédigo na orga- nizegae de informagdes (linhas de Snibus, telefones, placas de carros, registros de identidade, biblioteca, roupas, calgadas). + Tnterpretactioe elaboragtio de listas, tabelos simples, de dupla entrada e gndficos de borra para comunicar a informagao btida. + Produsiio de textes escritos a partir da interpreta- ‘0 de gréficos e tabelas. Os contetidos acima sto propastes pelos Pardmetros Curriculares Nacionais de Matemética para as Séries Iniciais. (OsPCNs no si cbrigatérios nas escolas, porém io dire ‘rizes para as ctividedes a serem deservolvidas na sala de aula. Este livro tem 0 PCN come norteader pora a criagie de nossas propostas e acreditames que © documento seja um fecilitador ra organizacio dos conteides e objetives de cada série e discipline, Grandezas e Medidas No cotidiano das criangas, @ medicilo tem um papel significative para que elas percebam o tamanho dos objetos: « distncia de um lugar a outro; a temperatura do ambiente, alimentos, égua, corpo: peso das compras efetuadas no super mercado e feira; 0 tempo que se gcstou para fazer ume ativi- dade: 0 volume de équa que sua familia gastou durante o més, Essas medigies ¢ as diferencas entre elas sdo perce- bidas pelas criancas da seguinte ferme: maior, menor, muito, Pouco, mais quente, mais frio, mais pesado, mais leve, mais Perto, mais longe, mais comprido, mais curto, mais cheio, mais ‘vazio, mais alto, mais baixo, mais velho, mais nave ou igual. ‘Mesmo inseridas num contexto social onde essas per ‘cepsdes sto exigidas, nem sempre significa que elas sabem men- surar "medir algo convencionalmente”, entie cabe.co professor, oferecer-ihes atividades que visem a construcdo, ampliaco e ‘aprefundamento dos conhecimentas que jé edquiriram, Desta forma, no decorrer dos anos iniciais do Ensino Fundamental, jé no 1° ano do Ciclo Z, as atividedes propostas devem propiciar, no processo de medica, experiéncias em que se enfatizam aspectos, tais come: * 0 processo de medicdio é 0 mesmo pora qualquer atri- buto mensurével: € necessério escolher uma unidade ‘edequada, comparar essa unidade com o objeto que ‘se deseja medir e, nalmente, computar 0 nimero de Unidades obtides; * aescolha da unidade ¢ arbitréria, mas ela deve ser da mesma espécie do atributo que se deseja mein HG unidades mais e menos adequadas ¢ a escolha epende do tamanho do objeto e da preciso que se pretende alcancar; * quanto maior 0 tamanho da unidade, menor & o néime~ ro de vezes que se utiliza para medir um objeto: + $e, por um lado, pode-se medir usando padres ndo- cconvenciancis, por outro lado, os sistemas convencio- ais so importantes, especialmente em termes de comunicage. Resolvendo situacdes-problema, a crianga poderé per- ceber a grandeza como uma propriedade de certa colegio de objetes: observar 0 aspecto da “conservacio" de uma gran deze, isto é, 0 fate de que mesmo que o objeto mude de posi- {20 ou de forma, algo pode permanecer constante, come, por ‘exemplo, sua massa, Reconhecer que a grandeza também pode ser uscda como um critério para ordenar una determinada colegio de objetos: do mais comprido para o mais curto ou do mais pesado para o mais leve, ‘No trabalho com medidas 0 aspecto histérico & ampla- ‘mente cbordado para que as criancas tenham oportunidade de saber como se deu a construcde desse conhecimento, jé que desde o Antiguidade, praticamente em todas os civilizagées a “atividade matemitica dedicou-se d comparaciio de grandezas, Estabelecer arelagto entre a medida de uma dada gran- 2) Serd que para medir pequenas e grandes distncias utilizamos a mesma unidade de medida? 7] /) an ratica Cando Perfmetro do corpo humano Formas Trregulares Material Tornal; Cole: Giz de cera: Barbonte: Pedasos de barbante: ‘rena ou metro. Passo 0 Passo 1) Dividir @ sala em & grupos: 2) Cada grupo deverd emendar jornais para tragar uma sithueta: 3)Pedir para que uma erianca do grupo deite sebre Jornal paro que possam desenhar sua silhueta: 4) ithueta desenhada, partindo de um ponto qualquer fezer 0 conterna cam berbante até cheger 0 porto inicial e cortar o borbante: 5) Cade grupo deverd cortar um pedaco de barbante do tamanho ¢e lado maior da carteira: {6 Com os dois borbantes em mos cade grupo deverdve~ rificar quantes vezes 0 barbante que medi a carteira serd necessério para medir 0 barbante que mediu a silhueta, 7) Encerrar a atividade perguntando aos grupos: Quan- ‘0s carteiras colocadas lado a lado serdo necessérias| para medir o perimetro de cada silhueta? 8) Somente depois de terminada a atividade o professor poderd informar as eriangas qual é.a medida de. coda| silhueta am centimetras ou metros ‘Antes de realizar estaatividade com as criancas, fac 0s seguintes questionamentos: 1) O que é perimetro? b) Chegamos a diversas medidas quando medimos o tam- po da carteira. Per qué? ©)E se quisermos medir 0 perimeta de uma latinka de refrigerante, come posse fozer? <) Usondo um clipe come unidade de medida, quantos vo- cs acham que sero necessérios para medie © peri metro de una latina de refrigeronte? ©) Quantes epagedores voces acham que sero necessé- rios para medir 0 perimetro do bambolé que usam na: ‘ula de Educacae Fisica? Veja quis foram as idéios das eriangas e sé depei introduza a atividade, * Medida de uma superficie. A unidade de medida de superficie é 0 metro quadra- do (m*), 0 seu miltiplo mais usado 0 quilémetro quadrado (km*), Para acharmos « dren de uma superficie quadrada uti- lizamos a Segunte férmule: A = Lx ando ef; Area Medindo a drea Mteriis ee Caderno ou live: Tampo da corteira. * Unidades de medidas ‘Tampinha de refrigerante: Cards ou figurinhas, Passo a Passo 1- Dividaa sala em grupos de quatro eriancas: 2. Distribua vérias tampinhas para cada grupo: 3-Informe que iro medir a drea da capa do caderno 0 livre (total de tompinhas sobre a capa do caderno livre): 4-Solicite as criangas que preencham de forma lineé (uma tampinha atrés da outra) @ primeira linha & primeira coluna da capa do caderno ou livre, —Wp)ificando a aprandi Questione os grupos: 1-Quantas tampinhas tem a primeira linha € qua ‘Yompinhas tem a primeira coluna? 2-Usando somente essas duas informacBes, como pos fazer pora descobrir quantas tampinhas serdo ‘srias para cabrir toda a capa do caderno ou liveo? '3-Hé alguma operactio matemdtica que pode me ajuda resolver esse problema? Qual? Solicite és criangas que descubram por meio da ad <0, quantas tampinhas tem ao todo sobre a capa do cad primeira linha pelo nimero de tampinhas da primeira coluna", Ex 8 tampinhas na primeira linha e 5 tampinhas na primeira coluna (B+8+8 6868-40), Depois de efetuada a operacdo, solicite a elas que preencham a capa do caderno ou livre com 0 restonte das tompinhas ¢ contem-nas uma uma, 4-0 niimero de tampinhas que contaram é o mesmo ni- mero do resultado da adigd0? oll! ‘As tampinhas por ser um material muito fécil de jun- ‘mesmo ndo preenchendo uma superficie quadrangular to- nente porque sdo redondas, servem perfeitamente para a ra compreender como econtece a medicdo da érea (Os cards podem ser utilizados para medir uma érea oF come 0 tampe da carteira. ‘ Lembrar as chiancas quam “A multiplicagio €0 soma de parcels quis" “Para achar a érea de uma superficie quadrada ‘uitipica-se @ medida de um lado (compriments) pela ‘medida do outro lado (largura ov altura’. Para mais infonmasées... aslo Litre Matendtin Prinwires Passos - Vel. 1- pres 70.77. olocandc Area Brincando com a érea Materiais Papel sulfite bronco; Papel colorido: ‘Se as eriangas ainda ndo souberem usar a régua con- Vencionalmente, o professor deverd construir o material. Se. forem muitas criangas faca um modelo, tire xerox ou mimeo- grate. Passo a Passo 1) Divida os dois sulfites em 120 quadrados de 2,0 em x 2,0 em, 12 colunas e 10 linhas; 2) Divide o sulfite branco ao meio de maneira que fque 60 quadrados de 2,0em x 2,0em, 6 colunas e 10 li- nas: 3) Distribua uma parte pora cada erianga, 4) Faca.o mesmo com o sulfite colorida e peca para que] «cada crianga recorte para obter 60 quadradinhos: Exemple Passo 5) Peea as criancas que disponham em cima do pape! ) Reténgulos com 8 quadnadinhos de dren ‘quadriculado branco os quadradinhos colorides para ‘acharem as sequintes éreas: 4) Retéingulos com 6 quodradinhos de dea 9) Obs: Como coda quadredinho ‘tem 2 cm de lado, a professora poderd pedir para que as crian- os achem em em a drea desse retéingulo: 0) 6 emx 4 ems 24em* b)4em x6 em = 24emt e)2 mx 12 em= 24cm? = 32em* ou quadradinhos ) 12 em x2 em= 24om? 0) 4 em x8 cm= 32cm" Explicar as crianges que née importa posicdo que es ——-b) Bem x4 em= 32cm? uadredinhas foram dispostos sebre a mathe quacticulado, vdas tm 6 quadradinhos ou 24cm? de érea. e)2emx tb em= 32.em* 7/7) €) Retangulos e eutros poligones cam 3 quadradinhos de 4) Retingules e outras poliganas com 5 quadradinhos de| ] Area do nerénguo: a) 6 em x2 cm = Lacm* b)2 cm x6 1 zcm* Area des poligonos (-d-e-f) Por etapas:1) acher adrea de 2 quadradinhos juntos: 2 emx #em= Bom"; 2) Achar a érea do qua-

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