Você está na página 1de 8
A INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO E 0 DIREITO DE ACESSO A ORDEM JURIDICA JUSTA {ESTUDO EM HOMENAGEM AOS PROFESSORES CANDIDO RANGEL DINAMARCO E KASUO WATANABE) Nun M, M. Santas Coaina Professor da Diraito Constitucional 9 introdusae aa Esiuido do Direito na Universidade Federal de Quro Preto 1. INTRODUCAO A partir de uma guinade metodolégica que substitulu anterior perspe: puramente notmativa (substantivista) pela crescente preccupacao com 3 preblont- (ca processual, institucional e organizacional do Direito, a Sociologia Juridica do P¢s-Guera passou a empreender importantes estudos sobre a “adminisiragao da Justiga, orgarizagae dos Tribunais, formagao ¢ recrulamento dos magisirados motivagdo das sertencas, sobre as ideologias pollticas @ profissionais de varios ‘ores da administragao da Justiga, sobre 0 custo dos bloqueamentos dos proces: 808 @ @ ritmo do seu andemento em suas vérlas fases".! Tal, dacorrante de (persistenta) cise do Judiciério, fruto da explosdio do tigiosidade & qual o Estado néo pédo cor rosposta?, fez lotescer a chamade Gucio- ‘ogia da Administragdo da Justiga, poderoso insirumento de andilise da dinarmica do exorcicio da Jutiedipao e que presta incomensurdvel contibuigae para a elabaragao Je politicas jucicidrias, através do enfreniamento de algurs temas como 0 acesso a Justiga, 0 Judiclério como instancia pelilica e coma prestedor de servico, 9 a tiglosicade e respectives meics de resclugo exisienies na sociedade. O tema do acesso ao Judicisirio avuita a pariir da clareza de que os procla- jados ditefios socials passam a constituir, soniades aos individuais, um auioieo sintético indivisivel dos direitos humanos (de modo que a nao-gerantia daqueles SOUZA SANTOS, Beaventuta de, Introdugéo & Sociologia da Administiagaoda Justiga. Fev 1 do Processo n° 27, p.*21-190 124 © mundo titha-sa transtormado compistamente desde quando 0 Estatla fora tripectito @ -snerehado pera, pelo exercicio da Juriscigao por um drado especializadd, resoWver 08 litgias iieamente televantes som exclusividade ¢ em conformicade con os comanciss absiiatys 9 enéricos que edita, Tal transtormaro nao padera ser esbocada aqui a liga-se ‘urvtamnertl ante a0 problema da superagao do modelo puramente liberal, cmssivo, por um modato aire cdal, intervencionista, de encarges comissivos perante uma nova soviedada. complaca & racterizada pela pemenente mudanga, impica 0 no-goz0 destes na pratica)’. Duas ordens de fatores concortem para 2 nAo-aplicaggo deles todos polo viudizidrio, que a rigor é 0 mais importante ou 9: menos 0 Ultimo meio de garantilos: dbiees Juridicos @ melajuridicos. Os primeiros dzem respeto ao impedimento de oferecimento da tutela : jurisdicional decorrente da propia sistemética processual. Restam assim residvos do jutisdiciondveis a que 0 Estado ndo estande sua fungao de aplicar o Diteito. Outros, Ghives motajuridicos, dizem respello & condigao sodial, cultural ou fe tutola, que acaba por impedir que exercitem 4 pobroza e a ignorancia difieultam as pessoas reconhecer uri | problema quo as allja cpmno juridico, alienando-se das possibiidades de repara- 280 (ou prowngie) jurieioa, Por out kedo, moarno chegando a reconhener a natu- rezs juridic Joma. com mais dificuldade dspor-se-4o interpor a acao. a stuagaa de deporsiacia e inseguranga que produs. 0 temor de represdlias si se recent aos Trinunas” Em Pasargada, Boaventura de Souza Santos verificot:; que for a acionar a Jurisdiggo decorria também do temor de chamar a a das aviorclaties publicas para aquela comunicade favelada que possuia ilagaimente ® ferra. Por tillima, mesmo arriscando-se a exetcita: 0 direita de apie, ‘quanta mais ba'xo & 9 substrate socioeconémico do cidadao, menos provavel 6 qu onhega adivogesio ou que tenha amigos que conhegam advogades, menos prove vel $ gue salba onde, come © cuando contatar 0 advogado, e maler 6 a distancia ogréfica enite «jar onde vive ou trabalha e @ zona da cidade onde se encontrar escriGiks Ue acivocacia e os Tribunals" Por outro lad 2 da administragaio da justica como instituigae poli nouxe 4 lone andlises proficuas sobre o juiz, percebendo seus comportamen: ns, deciséies @ motivegées coma verldvels em fungao da respestiva formagao pro: | fissional, idado, prowoniéncia geogréfica, familiar @ social @ ideologia politica. Ao” em jue denunciou a falsidade da neutralidace do juiz “apostado em fazer, ‘a avira, © eqquiistante dos interesses das partes” avers | famiém discutir 0 problema da efelividade de suas docisdes, jo problema da efetividade da propria Jurisdig&o ¢ da 5 mrobloma rve Prose ann centro San muilo importantes as investigagées sociolégicas sobre a administra: / 10 da dustiga come presiagae de um servigo especalizado, Aqui se evidenclam os bic jue impecem aos sujeitos de am Processo instaurado recebam afinal 3% plena tutela juriscicional jusia, Verifica-se que a realizado do Direlto no caso con: | aM Horizonte: Insrtivess AES, close Luiz Dureilos Humanos na Ordem Juriaica interna. tele kaa de Minos Gorais, 1992, SCUZA SANTOS, a Opeit. p.t27 idaile Fe Re Reuse Ailes de Unive to apresenta resultados pratices na realidada dlstantes dos pretendidos @ preci sados polas partes, soja pela dificuldade em lazer voltar as coisas ao status quo in aviolaga0 Co dire, seja porque a demora em prastar a tutela jurisdicfonal clu 4a dessas resultados ("s0 a prestagho jurisdcional injusia é amarga. a tardia da’). Pesquisas no mundo inteiro verificam aumento constante na duragdo ia dos processes civis, como dos trabalhistas. Também realizaram-se estudes proficuos sobre a economicidade do Pro- sso, tendo-sa chagade a conclusées desafiadoras: “estes estuicos revelam que a siiga civil é cara para os cidad&os em geral mas revelam sobretudo que & propor soniaimente mais cara pata os cidadéos ecanomicamente mais débeis".” © Estado pretends 0 monopélio da produpao e da distribuigée de Dirsite. Mas 0 faz, a toda evidéncia, a poucs contento. Verifica-se, em fungi disso, a existéncia tanto de ordens juridioas nao slais como a multiolicagao de formas nao junsdicionais de composicao dos :2yios (Ow talvez deva-se dzer formas nao estalais de Jurisdigao ~ Jurisdigao = dizer lueito). A fuga do Judicidrio pode-se considerar mesmo uma tendénsia, ¢ dévse fn resposta a crise crénica que 0 envolve. Verifica-se nas diversas camacas soci- ws, por motives @ por mecanismos diferentes. Os pobres {incluindo a classe mé- 0), enlre 8i, esolvem sues querclas cada ver mais em assaciagées comunitériag oi em delagacias. As ompresas, cada vez mas, langam mda do expedito sistema 1bitral Porém aflitivo, nesse esvaziamento da fungae de julgar do Estado, passan: 2 composiglo da lide para meics “alternativos", 6 perquitir-se da observancia de noipios basicos estruturantes do davido processo legal. mormente quando com: nclo 0 Itigio entre pesscas em grande desiguaidade Apontaram-se assim, como quem sobrevea extensa regido e 86 pode per- sherihe sombreamentos € contotnos, algumas das questdes que 4 scciologia ica da administragao da justiga tem discutide rigamasamente nas titimas déca- itlizendo-nes para tanto principalmente das ligdes de Boaventura de Souza ‘anos @ José Eduardo Faria, Porém sao problemas de que se apercebem todes, seja porque | tenta # {inuilo provavel que com alguma frustrag&c) oblor @ tuiola do juiz, soja porque 0 sunio € pauta das preocupagées de hoje © acupa constantemenie o espago nvalistico.. SolugSes é 0 que cumpre procurar. A razio deste escrito ¢ tentar, pelo dialo com 08 graduendos, engrossar 4 fileira daquoles que se ostream om ponaar ‘OUZA SANTOS, Boaveniuia de. Op. Cit. p.124. lice ta Usveridad Foderalde OxroPreto|Oue Petit ntl enor — miecanismes terdentes 2 garantir aos jurisdictonados 0 acesso & ordem juridica justa, representada pala plena realizagao de seus direitos e liberdades. Alunos, ora, preparemo-nos para ser os reformadores de emanhé 2. A FASE INSTRUMENTALISTA D0 DIREITO PROCESSUAL 2 Direito Processual ¢ uma ciéncia viva. Diane das consicloragées ofentilicas quo 2 andlise scciolégica do exercicio da Jurisdigso propiciou, eu mais do que isso, frente as deniincias veomentes e provenionles Ho locos os setores sociais em toda parte do mundo sobre a inelicdcia do Processo © 6 prejuizo qua acarreta pela nao-garantia dos direitos néo 86 de thordade © propriedade mas seciais, © processualisia modemo passous a um Novo nio quania A elaboragao, compmensio e maninulagae dos institutes ‘eituam o objeto de seu trabalho. Para Dinamarco, "é temno de pracessuial ro quadro da instituiges sociais. do poder @ de 2 prencupacao de definir e madir a operatividade do sistema em face da missdo que Ihe 6 raservada”* Integr: Fstada, con nos o advento de uma nova fase metodoéyica no quacro evolutive da ‘oiGneta processual, uma fase preocupada com os resultados sociais do exerciclo da uriscigao © da realdede do Progesso. Antes de discutila, vamos delimiiar as fases meiodalogicas antellores, quais sejam o periodo sincretista & 0 periodo autonomista? © sinorelismo compreende a expesiércia romana, com suas trés fases (legis, ode dos Reis, per formulas — Reptbiica, cognilio extaordinarta ~ de Codificagdo Justiiana), toda a Idade Média @ 0 periodo moderno até © Xi%. Durante vinte @ ofto séculos, 0 processo fo entendido como narie slo Dreita Privaco, porave simples meio de exereicio dos dirlios, sendo essa a principal caracteristica ca perfodo, 'No sinoretismo inicial os conhecimentos ram ut , sem qualguer consciéncia de prineipios B sem concsites pré- pres. O processa mesmo, como realidade da experiéncia porante os juizos e tribu- a wit cparas em sua realidade fisica exterior e peroeptivel aos sentidos, ou ja, era confundikfa com @ mero provedimento quando 9 definiam como uma suces- sfc ened Se dzie sobre a relagao juridica entre seus sujatos.”* DINEMARCO, Cinuide Rangel. A lastumentatdade do Processo. Sao Paulo: Revista cos burns, 2.50. 1982, 3. Cero adueste A (Primoiras Linhas de Oiretio Processual vil. 16. ed. SHo Paulo: Samiva, 1999...4,p.187). ‘Pela sama de informagoes que tomece a mais exata inteligencia das, SHIRES. pro larse utlissimo 9 estudo da sua evougde histérlca! DINAMARCO, C Mimoogr eral d0 Ouro Pret | Ouro Pre 52 Tut Int anon 2000] 4 no perfode mademo, proficua aolémica envolvendo os romanisias ale- des, Windscheid e Muther, focalizou o inetituto da actio romana e lancou as bases pata @ consliugéo doutrindria da autonomia cio direito processual. Muther distinguia Jireita subjetivo, de um lado, ¢ ago de outro, dotados de conteticos prépiios. Tal eddeusa obra de Von Builow, Teoria dos Pressupostos Processuais e das Exceges Uiatérias" (1868), que, inaugurando a lase aulonomista, “proclame nos sistematicos a existéncia de uma relac&o Juridica tode especial entre os sujeitos principais do processo ~ juiz, autor e réu ~ e que difere da relacéo wrldico-material Htigiosa por seus sufeftos (@ Inclusdo do Julz), por seu objeto (08 provimentos jurisdicionais) @ por seus pressupostos (os pressunostos pro- Suais). A sistematizagao de idgias em torno da relagdo juridica processual iduziu AS primeiras colocagées do direltc processual como siéncta, afirmer 1) Seu método préprio {distinto do métode concsmente ao diraita privado) 2 2 seu préprio objeto. Essas idéias fundamentals abriram caminho para um ‘ecundissimo florescer de reflexes e obras cientificas, especialmente da pai de alemdes, austriacos ¢ iialianos, e inicialmente veltadas 2 um dos conceitos ‘undamentais da ciéncia processual, a agdo. Construiram-se ricas @ variadas fies, todas converginde a aliimagao de sua autonomia am face co direita subjetive substarcial. Tomou-se consciancia dos elementos identificadores da 0 (partes, causa de pedit, pedido), eiaborou-se a teoria das condigdes da scéo e dos pressupostos processuais, ‘ormrularam-se principios. Os alemies fedicaram-se com particular interesse 20 drduo tema do objeto de proceso ‘aja om obras gerais ou monografias, chegando a sclugdes mais ou menos ostabilizadas."* Tamanha riqueze cientifica propiciou uma grande reformutapao da sis- lemética procossua! com base racional. Mas chegou-so a tal ponto que da afirmacdo de sua autonomia pas. s0u-88 4 uma coneengdo autdrqica do Prosesso, apariando-o de conotactes elicas © dos objelivos @ serem cumpridos no plano social, econdmico ¢ politica © “Conesitualismo” muito bem definira 0 escopo juridics do Processo, nas justamonto « necessidade de se comproonderom outros objolivos a qua 52 prasta o Procasso 6 que levou & necessidade de sua superagao por uma nova fase do direto processual, a partir da segunda metede do séoulo vinte, or cantistas provocados potas donincias do inoficacia do Provasso ae quais ro: lerimos introdutoriamente. DINAMARCO, Céndido Rangel. © Futuro do Direlto Processurai Clu. Para aceesar to brian b: copstelagdo de idéias que vieram inaugurar 0 Processo como ciéacia, convém ler 0: autores sallange Quo tie born roprosertarn agueie memento @ aujae obras he trndugao pare 9 perugues. Ispespecial, a obra de CHIOVENDA, la Juridica da Universidade Federal de Ouro Preto| ure Preto | 11 a. | 50 Proponderara durante © Concaitualismo “a crenga de quo 0 Proceso fosse ‘mero instrumente do direito material, apenas, som consciéncia de seus esc9pos motajuridcos, Esse modo de encarar 0 Processe fol superado a parlir cle alguns ootuciosos, notadamente talianos (dastaqua nara Mauto Canpelleti Vittorio Donti) que langaram as bases ce um mdtode que privilegia a imporancia dos resuitados da experidneia processual na vidle dos consumideres do servigo jurisdicional, 0 que ‘abriu caminho para 0 realce hoje dado 20s escovos sodais @ politicos da adem processuial, 20 valor do acesso a justica e, numa palavra, & instumentaidade do proceso." CO nove métode a gular o labor do processualista moderno privilogia a com preenstio do Processo pelo angulo extemo, mandando compalibilizar © rigorismo Clontfica da sistematica processual com a preocupacao de abtengao dos resulta: dos @ que deve chegar o Processa. O estudo ° a aplicagdo do Processo imbuem-se de uma perspectva teleciéaica fundamental 3. AS ONDAS RENOVATORIAS CO PROCESSO “ris sii 62 ines polos quale caminham hoje as tendéncias do proceso civil fam busca de sua propia leg » pens rosullados que produ, com aumento da aces- sibiidade aos meos de tulela, deforralizazéo ractonal dos procedimentos, aceleragao meios do dofesa o ~ numa palavra ~ elpfividacie da tutola jursdicional™* *A gradativa mudanga da atitucés velo envolvla, segundo a andlise feita com auto- dade por Meu Cappella, em ttés movimentos (prncipacies em 1965) que ee denom- nou ondes renoveldrias. uma voliada @ assistencia juticiéria aos necessiladas; a segunda empenhada na absorgio de pretenses 2 tutola coletia, a leroeira cazacterizada pela refor- ‘na intera da técnica processual segurilo 0s objetives do sistoms e a luz da consciénca de seus pontos sensiveis."* De alguma manatra, 2s ondae renovattrias do processo civil procuram reepondor aquicles problemas @ desclios oxpostos nela sociologia juricica da administragéo da just oa. E, a toda evidéncia, convergom no sentido de efetivar 0 acesso & Justiga, para > inais importante direito fundarrental, porque viatiliza todes os outros.” Capnell DINAMAFICO, Candido Rangel. © Futuro do Direlto Processwal Civ © ONAMARCO, CSndilo Rangel. O Futtro do Bireto Provessual Oil A100, Candido Range. Nasca un nave processo chil. SP: Ed, A, 1997. (Mimeogr). LLLEVTI, Mauna. Ao 1960 Alla Guistizia Come Prograrnia di Riforma e Come Metodo di Acceso & Justia compraenda em sentido amplo, no fimitado apenas a0 90 208 Tribunals, eriando mecanismos pelcs quzis as partes utilize plena nenta @ Jursdig&o na composigéio de seus litgios, Abrange a repidez, seguranca hbjetives em eterna dispula e @ espesa de conciliagao}, economicidade (ou Juidade, nes casos em que a incapacidade para arcar com 98 cusio8 judicials sie © exercicio do direito de aco) e efetividade co Processs, sem olvicar da -ag80 co todos 05 orincipios estruturantes do devido provesse legal, ern que so nsare a patidade de armas dentro do Processo, gaiantindo assim ndo epenas uma ‘jualdade formal, mas material, superando as desigualdados reals ontre ae partes, Subsume-se, aflnal, ao “acesso a ordem jurfdica justet."* Nesse sentido a primeite onda renovatoria do processo chvil da-se pela esiruturagdo dos servigos de assisténcia jdiciaria, a qual tambem Quer signifier mais do que A primeira vista parece: “logo se pensa na assistancia aos necesoita tis, aos ecoromicamente mais flacos. E esle sem divida o primeiro aspect de cesietencla judiciara; 0 mais premente, talvez, mas no 9 Unico”, "Nossa visic nareoe necessdria rever 0 entigo concelto de assiaténcia judiciéria aos nenessiia- fos, porque, de um lado, assisténcia judicidria nao significa apenas assisténci novessual, © porque, de otro lado, necessitadas no 840 apenas os economica: mente pobies, mas todos aquoles que necessitam de tutela juridica: o réu revel no jrracesse crime, 0 pequeno HHiganie nos novos conflites que surgem numa socieda- Ue de massa, @ oultos mais que podem emergir em nossas rapidas transiorma Kasuo Watanabe"? estica ainda mais 0 coroetto: "Na acepgao ampia, tem 0 certide de agsisténsia juridica em juizo e fora dela, com ou sem conflto espec' heangendo inclusive service da informagdo e de orientagAo, @ até mesmo de esttr Je oritieo, por espaciatistas de varias areas do saber humano, do crdenamento juridioo existente, buscando solucées para sua aplicagao mats Justa @ evenuak ‘nla, sua modificagéo ¢ inclusive revagarac. Mais adequade seria chamar-se servigo Ge semelhente amplitude de “assisténcia juridive’, ao invés de “assisténeia iciéria” Nos diversos paises em que fot tentada, a assisiéncia jue via esirulure Essa expresso deve-se 0 Keouo Watanake que, po: meio dala, insere @ problematica de qus so se pode proiender a plonitude da iqualdade juridica, ne experiéncia conateta, sem um fonamento (uridiee efotivaments igualitéia 2 sem que os interessados tenhain aoesso & scamacao plena a respeito do contalido das normas jundicas que o compoem’. (assistenick Ilaria como lastrumento de Acesso @ Oxten Jufidica Justa, MPOZSR n. 22, pAl7 80, 2, 1983) GRINOVER, Ada Polegrini, Assistencia Judiciaia e Acesse a Justia. RPGESR n. 22, p.17-26 fez. 1984. JHATANABE, Kasuo, Op. Cit. p.88. cicada Universidade Federal de Guo Preto| Ou Petal v3 9.3! jon 6 -rofuite| 2000 s9 na lentallva de superar os dbices econdmicos, cutturals @ socials a0 exorcico do direito plbliso da ago. Pordm 6 fate quo os macanismos instituidos no ohegam nem a cumprir sua funedo na dimensdo classica (a Declaragao de Diratos do Homer @ do Cida fa, de 1/89, j@ impunna aa Estado o devertuncae de sustantar a assisténcia juciciaria), nem no Brasi nem alhures, quem dir roiativemente aos alergementos ‘que se héo de fazer em sua cimens£o teleoiigica Estamos aqui mals uma vez com quase tudo por fazer, As dendincias ult madas pola Sociologia da Admin'strapao da Justica ~ corrobcracas pola oxporién- ia quotidiana © pelo senso comum ~ continuam de pé © a exit raspesian ca todos 03 opeiaciores do Direlio @ das respactvas instluigCes. Aespcsias Que a nés cums pre, assim, Incansavelmente procur Prato |v Ind | janairajulho| 2006

Você também pode gostar