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g 2 8 & Z 4 i : i lugao pe Reprod MT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM /Avalingio Estiutural dos Pavimentos Flexiveis = /Normas Rodovidrias - Volume I Procedimento - B DNER-PRO 011/79 Pp. 01/16 1 OBJETIVO Esta norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos necessérios para a avaliago estrutural dos pavimentos flexiveis existentes, apontar as causas de suas deficiéncias e forecer elementos para 0 célculo davida restante ou do reforgo necessério para um novo mimero de solicitagdes de eixos equivalentes ao eixo padrio durante o perfodo considerado (niimero N) 2 REFERENCIAS DNER-TER 001/78 - Defeitos nos Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos; DNER-PRO 008/94 - Avaliagao Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos; DNER-ME 024/94 - Determinagio da Deflexdes no Pavimento pela Viga Benkelman. 3 CONCEITUACAO E DEFINICOES Estes procedimentos foram desenvolvidosbaseadosno critério de deformabilidade dos pavimentosflexiveis, que sio expressosna pratica pela medida de deflexdes recuperaveis, pois, apesar de todasas limitagSes deste processo, a experiéncia tem demonstrado que, de uma maneira geral, existe uma correlagio entre a Inagnitude das deflexdes (edo raio de curvatura correspondent) eo aparecimento de falhas nos pavimentos flexiveis, Em virtude da grande variagio de suporte estrutural que se observa nos pavimentos, inclusive naqueles bem construidos, usa-se critério estatistico para interpretagio das medidas. No Brasil, j existe considerivel experiéncia sobre medida de deflexo, e & corriqueiro entre nds a “auscultago” deum pavimento por intermédio de medidas de deflexio, pelo menoscomo umaprimeira fase, que pode ser também a tinica, de avaliagio estrutural. Assim, se considerar-se 0 comportamento de um avimento bem constuido, que 20 longo de gu periodo de vida & solitndo no 6 peo trifego, que 0 submete a esforgos diversos de compressio, cisalhamento e flexio, como também pelos fatores de clima, ‘como precipitagbes pluviométricas e mudangas de temperatura, causando a fadiga de toda a estrutura do ‘mesmo, pode distinguir-se, com respeito A deflexio, as seguintes fases da vida do pavimento, conforme na figura 1. 3.1 Fase de Consolidagio Faseque mcedeimedistamente&construgfo, endo caracterizada porum deeréscino desacelerado dovaler ieflexo, decorrente da consolidagio adicional proporcionada pelo tréfego nas diversas camadas do preinente, ‘O valor da deflexio tende a se estabilizar ao fim desta primeira fase. 3.2 Fase Elastica Fase que sucede a de consolidago, e ao longo da qual o valor da deflexio do pavimento, a menos das -variag6es sazonais, se mantém aproximadamente constante ou cresce ligeiramente. Essa fase define a vida itil do pavimento, tendendo a se alongar na produgio da diferenga verificada entre a deflexio admissivel e a deflexdo suportada pelo pavimento. ‘Aprovada pelo Conselho de Administrago em 29/01/79 | Autor : DNER/DrDTe (IPR) Resolugion’ / ,Session®CA/ Proceso n* 20100028446/78 Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 p» 02/16 3.3 Fase de Fadiga Fase que sucede & elistica, caracterizando-se por um crescimento acelerado do valor de deflexio do avimento, na media em que a estutura comega a exteriorizar os efeitos da fadig,represntados por RSsure, tiucase ackmulo de deformagbes permaneates cob cargasrepetids, Caso nao se iomem medidas para esforgo e recuperagao do pavimento, observa-se, geralmente, nesta fase um processo acelerado de degradago do pavimento. ‘Nota - Evidentemente, um pavimento flexivel bem projetado sera tanto melhor, técnica e economicamente, quanto maior for a sua fase elistica, que esta limitada, de uma maneira geral, pelo mimero de solicitagdes das cargas de roda e por diversos fatores que causam deficiéncias no revestimento ena estrutura do pavimento, dos quais podem destacar-se: 8) fathas da fundago, na qual esto inclufdas as deficiéncias do subleito e do proprio corpo dos aterros; b) deficiéncias de drenagem; ©) deficiéncias de projeto; 4) fathas construtivas em uma ou mais camadas do pavimento. PAVIMENTO SUB DIMENSIONADO OU COM FALHAS CONSTRUTIVAS PAVIMENTO NORMAL _— Desuexio _aomssiver TLinite de ~ Rupture 1 1 ' ' t 1 & [Rae ae Connascde Foss Elastica p Fose de Fodi Niinero “N" do repeti¢ées de Carga ! f FASE DA VIDA PE UM PAVIMENTO Fig. 1 QL © modo como as solicitagdes das cargas de roda atuam em um pavimento flexivel pode ser ilustrado conforme & mostrado na figura n° 2, que representa esquematicamente um pavimento flexivel constituido de revestimento betuminoso, base e sub-base granulares, construido sobre subleito suposto homogéneo. A ago de uma carga de roda, P, aplicada sobre a superficie da estrutura, provocard na face inferior do revestimento o desenvolvimento de uma tensio de tragio ©, decorrente de deformagio de trago Et, e, na superficie do subleito, uma pressio vertical, P. Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 Pp. 03/16 Admitindo-se que os materiais integrantes das camadas do pavimento atendem as especificagées, no que conceme a respectiva resisténcia ao cisalhamento, a possibilidade de deformagGes ou rupturas plisticas restringir-se-Ao ao subleito. Tais rupturas so evitadas sempre que o valor da pressio vertical atuante, P, for mantido abaixo do valor da pressio vertical admissivel pelo material do subleito, Padm. Para garantir essa condigio, o pavimento deve ter uma espessura igual ou superior a indicada, por exemplo, pelo ISC (indice de Suporte California) do subleito. Para quendo surjamtrincasno revestimento, énecessério manter a deflexio, D, abaixo deum valor méximo, Dadm, € 0 raio de curvatura, R, do pavimento, acima de um certo valor minimo, Isto garante que a tensio de tragio Oy, correspondente 4 deformagio €, na face inferior do revestimento, no ultrapasse um determinado valor, acima do qual o revestimento betuminoso romper-se-é por fadiga. 4 ESTUDOS Os estudos recomendados para avaliago estrutural dos pavimentos flexiveis ¢ das suas deficiéncias compreendem os seguintes procedimentos: 4.1 Estudos Preliminares s estudos preliminares do pavimento existente tem como objetivo fornecer uma idéia geral de sua constituigao ao longo do trecho, das solicitagdes por ele ja suportadas, bem como do mimero daqueles que ird suportar durante um novo periodo de exposigdo ao trifego. Estes estudos compreendem: 4.1.1 Levantamento Histérico do Pavimento Existente levantamento histérico do pavimento existente deve ser efetuado junto as organizagdes rodovisirias encarregadas da sua construgio e conservagdo, ou por estudos e reconhecimentos “int loco” visando a obtengio das seguintes informagdes principais: a) data de entrega do pavimento existente ao tréfego; b) mimero N de projeto; ©) trifego atual e futuro (novos nimeros N); 4) informages sobre o projeto, incluindo, principalmente, as caracteristicas do subleito, das diversas camadas do pavimento e dos dispositivos de drenagem, bem como a segdo transversal adotada; €) informagGes a respeito da geologia da regio; f) informagdes a respeito da hidrologia da regio; 2) informagées a respeito do estado de conservagao do trecho e dos trabalhos ja executados com esse objetivo; 1) outras informagées julgadas procedentes. Reprodugao permitida desde que citado o DNER como fonte INER-PRO 011/79 p. 04/16 I ~ 1 I 1 I 1 I 1 I 1 I I ! ISIN, Bevan | AIA I Foro OP ES, 1 1 I 1 I I a re ! ANU E oe RR WAN YN eas HSE AUN QAM NSU A SUBS ODED LARD AXIS reat | EFEITO DA CARGA SOBRE UM PAVIMENTO FLEXEVEL ; | Fig. 2 I Se 4.1.2. Prospecgéio Preliminar do Pavimento Existente Aprospecgaio preliminar deve ser realizada por intermédio da abertura de pogos de sondagem, api epicaret localizadosnosbordosdo revestimento da pista derolamento, dispostos altemadamente em relaco a0 eixo, ¢ espagados longitudinalmente de 2 km. Nos referidos pogos deve ser providenciada: a) a identificagio expedita e a determinagao da espessura das camadas que compdem o pavimento propriamente dito, bem como dos 60 cm superiores do subleito; b) a determinagdo das umidades naturais e massas especificas aparentes secas “in situ,” das camadas granulares do pavimento e das camadas que compdem os 60 cm superiores do subleito; ©) acoleta de amostras representativas dos materiais componentes das camadas granulares do pavimento e das camadas que compem os 60 cm superiores do subleito, para a realizagao de ensaios de caracterizagio, compactagio e ISC; 4) acoleta de amostras representativas dos materiais betuminosos das camadas de ligagdo (binder) e de revestimento para a realizagio de ensaios de extragao de betume e granulometra. 4.2. Estudos Definitivos Os estudos definitivos compreendem os seguintes procedimentos: 4.2.1 Demarcagio das Estagdes de Ensaio ‘Nas rodovias de pista inica com duas faixas de trifego, as estagdes destinadas a visualizagio doslocais para determinagao das deflexdes devem ser demarcadas em ambasas faixas de trifego, alternadamente, de forma que oespagamento longitudinal entre duas stages consecutivas localizadas em uma mesma faixa detrifego al a 40 m, e, conseqiientemente, o afastamento longitudinal entre duas estagdes consecutivas, consideradas ambas as faixas de trafego, seja igual a 20 m. Nas rodovias de pista dupla, as estagdes devem ser demarcadas nas faixas externas de cada pista, com um afastamento Tongitudinal de 20m. Reprodugao permitida desde que citado © DNER como fonte DNER-PRO 011/79 p. 05/16 4.2.2 Determinagdo das Deflex6es Recuperiveis ‘Devem ser determinadas as deflexdes recuperiveis, na trilha da roda externa, em todas as estagdes demarcadas ao longo do trecho em estudo, salvo nas que se situem sobre obras de arte especiais. Caso seja julgado necessério, podem ser obtidas também medidas de deflexdes nas trilhas das rodas intemas, Durante ‘amedida de deflexdes devem ser obtidasmedidas que possibilitem o clculo do Raio de Curvatura, de acordo com os métodos jé aprovados. Os raios de curvaturas serio determinados com o espagamento de 200 m, devendo ser feitas determinagdes adicionais, sempre que ocorrerem valoresisolados inferiores a 100 mpara © raio de curvatura. Com o objetivo de enriquecer os subsidios proporcionados pelo levantamento das deflexdes recuperdveis, podem ser efetuadas também, determinag6es que possibilitem o delineamento da linha de influéncia longitudinal inerente a parcelatransitéria da deformagao ocasionada pla carga de prova aplicada a superficie do pavimento (Bacia de Deformagao). Neste particular, a extenso estudada deve ser subdividida em segmentos de cerca de 1 km, devendo ser selecionadas, em cada um deles, duas estagdes que apresentem, sempre que possivel, diversidade no tange ao estado do pavimento. Nota -A determinagao das deflexdes do pavimento deve ser executada com a Viga Benkelman pelo ‘imétodo ja normalizado pelo DNER. podendo ser usadas outras aparelhagens ja normalizadas por aquele Orato, desde que seja estabelecida a devida correlagdo com as dellexSesrecuperdvels Inedidas coma Viga Benkelman, 4.2.3 Inventirio do Estado da Superficie do Pavimento Existente Paralelamente ao levantamento das deflexdes recuperiveis, deve ser efetuado um inventario do estado apresentado pela superficie do revestimento da pista de rolamento do pavimento existente. Este inventirio, que é destinado 3 complementagto, do levantamento, deflectométrico, serd feito segundo a metodologia descrita na norma de “Avaliagio Objetiva da Superficie de Pavimentos Flexiveis e Semi-Rigidos”, 4.2.4 Sondagens Complementares a Pa e Picareta Conforme o resultado dos estudos precedentes, pode ser verificada a impossibilidade do uso do critério deflectomético para a avalingio esrutural do pavimento estudado eo céleulo de um novo reforyo. Neste caso, devem ser feitos pocos de sondagens complementares, com um espagamento maximo de 200 m, sendo dispensado aos pogos em questio o mesmo tratamento concedido aos pertinentes & prospecgao preliminat e que foi detalhado no item 4.1.2. 4.2.5 Representagio Grafica dos Resultados dos Estudos Os resultados dos estudos de deflectometria, de superficie, ¢ das prospecgdes efetuadas, devem ser representados graficamente em um desenho apropriado (ver figura 3), onde sero incluidas, no minimo, as seguintes informagées: 4) caracteristicas do subleito do pavimento existente; b) elementos referentes & constituigio do pavimento existente; ©) indicagdes sobre a existéncia de Agua frestica no subleito; 4) informes relativos & configuragio da terraplenagem; ©) estanqueamento ou quilometragem; ) poligonais representativas da variagdo das deflexdes recuperiveis, obtidasna trilha de roda externa de cada faixa de trafego; 2) valores do raio de curvatura; hh) principais defeitos constatados na superficie da pista de rolamento. cONVENSdeS TRECHO EM ATERRO CONDICOES DA SUPERFICIE DO PAVIMENTO. TRECHO EM CORTE —— TRECHO EM CORTE A ESQUERDA E ATERRO A DIREITA iP E TRECHO EM CORTE A OIREITA 3 £ ATERRO A ESQUERDA nivet olkeua PERFIL | DEFLECTOMETRICO COM Hs es havo oe cunvaTuné iwoicage —/ 4 estaca our secdo oo TSSURES lea rransvensais | CUBTAS | or seronagi : ToNeas Treas oe [TRIVEA ISOLAGE EVAABIDDR DASE OU nermaséo | yremcigaoas [tire wibes Com ER Fovewcia puRsTiCn poceaas Conseuioacao provouwenros|— Fivencia_Pcestica onsauioag AO Onoucacocs ThAWSvERSAIS 1 COnnUGAGEO) 00 REVESTIMENT: Trnweno be FuNDApA® IeSTRUTURA COFEMINENTO ESPESSURA EM CHL rig. i i Reprodugao permitida desde que citado 0 DNER como fonte DNER-PRO 011/79 p. 07/16 4.2.6 Definigdes dos Limites dos Segmentos Homogéneos Acextensio total estudada deve ser subdividida em segmentos que possam ser considerados razoavelmente hhomogéneos, com vistas s medidas cometivas que estjam a requerer, Esta nogio de homogencidade ets, portanto, estreitamente vinculada ao valor residual do pavimento, o qual depende, em grande parte, tanto da constituigdo da estrutura e do subleito, quanto do seu estado de deterioragio. Considera-se impraticavel a proposigao de diretrizes rigidas no que diz respeito ao estabelecimento dos limites de tais segmentos, tendo em vista a inevitavel subjetividade ditada pela natureza do problema. Recomenda-se que a tarefa seja executada levando-se em conta, principalmente, os resultados da anilise simultinea dos seguintes elementos propiciados pelos estudos precedentes e representados no desenho recomendado no item 4.2.5 (Fig. 3): ) a configuragio das poligonais representativas da variagio da deflexdes recuperiveis; b) osvalores do raio de curvatura; ©) a constituigio do pavimento existente; 4) 0s contatos entre as litologias que constituem o subleito; ©) anatureza e a freqiiéncia dos defeitos verificadosna superficie do revestimento da pista de rolamento. Pormotivos de ordem construtiva, sempre que possivel, deve-se conferir aos segmentos homogéneos uma extensio minima da ordem de 200 m. Caso sejam encontrados segmentos menos extensos, ao longo dos quais osniveis de deflexio e/ou o estado da superficie do pavimento, se mostrem notoriamente disrepantes, quando comparados com aqueles exibidos pelos segmentos adjacentes, tais segmentos devem ser considerados isoladamente. ‘Nao devem ser tomados segmentos homogéneos com extensio superior a 2000 m. 42.7 Anilise Estatistca das Deflexdes Recuperiveis, Avaliagdo das Deflexdes Recuperiveis. Caractetisticas Em principio, devem ser consideradas como petencentes a um tnico universo, as deflexses recuperveis encontradas nas trilhas de roda externa de ambas as faixas de tréfego, em cada segmento homogéneo. Excepcionalmente, a analise simultnea dos quatro elementos relacionados no item 4.2.6 pode conduzir 0 projetista ao tratamento em separado de cada faixa de trifego. Em tais condigdes, a avaliagao da superficie, ocilculo das deflexdes caracteristicas ¢ a definigio dos parametros de trifego devem ser estabelecidos em separado, por faixa de trafego. Nesses casos, a extensio minima desejével de cada segmento homogéneo passa a ser de 400 m. Para cada uma das distribuigdes assim definidas, deve-se efetuar o cilculo estatistico da deflexio caracteristica correspondente, adotando-se 0 seguinte procedimento: a) tabulam-se os valores individuais das deflexdes recuperdveis encontradas (Di); ) calcula-se a média aritmética, D, dos valores individuais (média da amostra); peZDi 2 onde n representa o nimero o mimero de valores individuais computados (niimero de individuos componentes da amostra); Reproducao permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 ©) determina-se o valor do desvio-padrio da amostra, Cy, através da expressio: p. 08/16 4) estabelece-se 0 intervalo de aceitagao para os valores individuais, definindo-o através dos limites D + z G, onde z sera estimado em fungao den, mediante o critério constante da tabela apresentada a Segui TABELAI n z 1 4 1,5 5-6 2 7-19 25 220 3 Nota - Os valores constantes da Tabela I originam-se do “Highway Research Board” - Report 17. €) segue-se a eliminagio de todos os valores individuais da distribuigio situados fora do intervalo anteriormente definido, procedendo-se a novo cilculo de D e G com os valores remanescentes, bem como a fixagio dos novos limites do intervalo de accitagdo, D + z O, para a nova situagdo, Esse procedimento deve ser repetido, em cada caso, tantas vezes sucessivas quantas forem necessdrias para ‘© enquadramento de todos os valores individuais remanescentesno intervalo D +26 determinado. Os valores de D e G assim encontrados sio considerados, respectivamente, como a média aritmética 0 desvio-padrio da amostra. 1) o valor do coeficiente de variagao (cv) é determinado, para cada uma das distribuigdes, através da expressio: wo D 8) ovalor da deflexio caracteristica é determinado, para cada uma das distribuigdes, através da expressio: De = D+ onde D e G representam, respectivamente, a média aritmética e o desvio-padrio da amostra. 4.2.8 Deflexio de Projeto - Corregdo Sazonal ‘A época maisindicada para a realizago das medidas das deflexdes é imediatamente apés a estago chuvosa, quando o subleito esta com o méximo de umidade. Como isto, porém, nem sempre & possivel, costuma-se utilizar fatores de corregao sazonal para as deflexdes obtidas em qualquer época, a fim de corrigt-las para a época mais desfavoravel. Estes fatores de correcio sazonal dependem de pesquisa regionais, quase inexistentes no Brasil, para serem corretamente aplicados, Desta maneira, sugerem-se os seguintes valores: Reprodugéo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 p. 09/16 TABELA TL - Fator de Corresio Sazonal - Fs Natureza do Subleito - Estagio Seca Estagiio Chuvosa Arenoso e Permefvel 1,10 - 1,30 1,00 Argiloso e Sensivel Umidade 1,20- 1,40 | 1,00 ‘A escolha do fator de corrego sazonal, Fs, mais adequado para a correo das medidas de deflexiio, deve ser feita levando-se em conta as seguintes informagées: a) adistribuicdo das precipitagdes mensais médias correspondentes & regido onde se acha implantado o trecho em ) as precipitagdes mensais ocorridas nos meses durante 0s quais foi efetuado o levantamento deflectométrico, ¢ nos trés meses que antecederam o levantamento; ©) as caracteristicas das estrutura do pavimento existente e de seu subleito. A deflexio caracteristica corrigida ou deflexdo de projeto (Dp) é calculada pela formula: Dp=DexFs Sendo: Dp - deflextio caracteristica corrigida ou deflexio de projeto, em 0,01 mm ‘De - deflexio caracteristica obtida para a época do levantamento deflectométrico, em 0,01 mm Fs - fator de correcao sazonal Nota - Os valores constantes da Tabela Il foram adaptados deum relatorio do “Centre Experimental de Recherches et d’Etudes du Batiment et des Travaux Publiques - Paris, France” para reforgos dos pavimentos flexiveis na Africa Tropical e Madagascar, eda publicacon° 428 do IPR “Variacdo Mensais de Deflexdo coma Viga Benkelman’” sobre pesquisas realizadas no Estado do Rio Janeiro. 5 DEFLEXAO ADMISSiVEL adm) Para que nao surjam trincas no revestimento, énecessario manter a deflexio do pavimento abaixo de um determinado valor (Dadm), denominado deflexiio admissivel O valor da deflexdio admissivel depende dos materiais constituintes do revestimentoe da base do pavimento, bem como do numero N de solicitagdes de exos equivalentes ao eixo padrio de 8,2 t. Para pavimento flexiveis, constituidos de revestimento de concreto betuminoso executado sobre base granular, o valor da deflexiio admissivel (Dadm) em 0,01mm é dado pela seguinte expresso correspondente a deflexdes medidas com a carga padrio de 8,2 t por etxo: log Dadm = 3,01 - 0,176 log N Esta expresso esti representada graficamente no abaco da figura 4. Ses avussivrs eu oot eam = DEF REX: DEFLEXAO (DEFLEXSES MEDIDAS com ca 0° NenGMER EQUVALENTE DE OPERAGES 00 €1XO PADRTO PARA CONCRETO JA POR EIKO ve 8,29) ApMis sivet ten ours ree DNER-PRO 11-79 Pag. 10/16 BETUMINOSO iE 1 tid desde que citado o DNER como fonte lugdo permi Reprod DNER-PRO 011/79 p. 11/16 Para pavimentos semi-rigidos, com base de solo-cimento ou base de brita tratada com cimento, que niio apresente fissuragio exagerada, deve ser adotada como deflexo admissivel a metade do valor obtido pela expressiio e abaco apresentados, independentemente do tipo de revestimento. Para avaliagio de pavimento com revestimentos do tipo tratamento superficial, executados sobre base granular, deve ser adotada como deflexio admissivel 0 dobro do valor obtido pela expressio e abaco apresentados; no caso de ser projetado um reforgo com revestimento em CBUQ, a deflexio admissivel seri a correspondente a este material. Ovalor de N a ser considerado na determinagio da deflexio admissivel, depende do tipo de andlise a que se est submetendo 0 pavimento, como a seguir explicitado. Para verificar se 0 pavimento ainda esti em sua fase elistica, o mimero N a ser considerado para a determinagio da deflexio admissivel é 0 correspondente is cargas por eixos suportadas pelo pavimento, desde sua abertura ao tréfego, até a data das medidas de deflexiio. Para determinar a deflexio admissivel a ser adotada em um determinado projeto de reforgo de pavimento, © niimero N a ser utilizado é 0 correspondente as cargas por eixo a serem suportadas pelo reforgo do , desde a liberagio deste reforgo ao trifego até o final do periodo de projeto arbitrado para 0 6 ESTIMATIVA DE VIDA RESTANTE DO PAVIMENTO Quando a deflexio de projeto (Dp) de um determinado pavimento esta abaixo da deflexio admissivel (Dadm), para um determinado valor de N correspondente ao trafego ja suportado pelo pavimento existente, sendo R> 100 m, este fato indica que o pavimento em estudo ainda no atingiu a fase de fadiga e possui, portanto, um periodo de vida restante. tempo de vida restante pode ser estimado determinando-se a que valor N corresponde a deflexio de Projeto (Dp). Conhecendo-se: ‘Ns - Niimero de solicitagdes correspondentes as cargas por eixos suportadas pelo pavimento desde sua abertura ao trifego até a data da avaliagio; Ne- Niimero de solicitagdes indicadas no Grifico de Deflexdes Admissiveis em correspondente & deflexio caracteristica de projeto (Dp); tem-se: Nr = Nt - Ns Sendo: ir - Niimero de solicitagdes correspondente as cargas por eixo a serem suportadas pelo pavimento desde a data da avaliagao até o final do periodo de vida restante do pavimento. Conhecendo-se a curva de variagio do mimero N acumulado, em fungio do tempo de exposigio do pavimento ao trifego, é possivel estimar o tempo de vida restante deste pavimento. ara isto basta determinar na curva (tempo de exposi¢do ao trifego x N) os tempos Ti, correspondentes a Ns, € 0 tempo TE, correspondente a Nt. itida desde que citado o DNER como fonte lugdo permi Reprod DNER-PRO 011/79 Pp. 12/16 pe eee ee r | ; N 1 | \ I ! 1 1 1 I T % 7 ee ee ee tempo de vida restante estimado para o pavimento em estudo, no que respeita & fadiga, 6 dado pela expressiio: Tr=Tf-T1 7 AVALIACAO ESTRUTURAL Ainda nao se dispSe de critérios universalmente aceitos que possibilitem uma facil tomada de posigo com respeito & avaliaglo estrutural dos pavimentos. ‘Nao ha, por exemplo, normas rigidas que permitam definir com preciso, para o projeto de reforgos de pavimentos enistetes, a fronteira que separa os campos de aplicaglo dos cxtenos deflectomeerico ede resistencia. Em tese, seria licito accitar-se que os métodos de projeto baseados no critétio deflectométrico seriam vilidos a estrutira subjacente ao reforgo estivesse funcionando em regime aproximadamente eléstico, ou, em outras palavras, quando as cargas incidentes ocasionassem exclusivamente deformagées de caréter transitério, A erificagao de deformagGes plisticassignificativas, decorrentes da evolugiio deprocessos de ruptura ao cisalhamento, evidenciaria apresenga, nopavimento existente, deproblemas situados fora do escopo dos métodos dedimensionamento alicergados no critério deflectométrico. No que pesem as dificuldades que cercam o problema, propde-se um eritério para a fixago das diretrizes a serem adotadas para eftto da avaiagao estrtural ds pavimentos, Procura-se formular cinco casos tipicos, na suposigao de que a maioria das situagdes que ocorrem nos subtrechos /homogéneos possa se enquadrar, aproximadamente, em uma das hipéteses formuladas, Para isto, consideram-se os seguintes pardmetros, obtidos durante os estudos executados: N = mumero de solicitagdes de eixos equivalentes ao eixo padrio de 8,2 t; Dp = deflexdo de projeto; R ~ raio de curvatura; Dadm - deflexiio admissivel; LG. - indice de Gravidade Global. ‘Na tabela IIL, apresentada a seguir, procura-se, em fungio dos parimetros citados acima: Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 p. 13/16 TABELA II Critérios para Avaliagio Estrututral = : - Dados Qualidade | Necessidade | Critério para Medidas Hipétese | Deflectométricos || Estrutural de Estudos Cilculo de Corretivas obtidos Complementares| _Reforgo Dp Dadm NAO si R2100 ee SIM Deflectométrico | Reforgo ou eResisténcia | Reconstrugio DpSDadm REGULAR SIM Deflectométrico | Reforgo ou m R<100 PARA MA eResisténcia | Reconstrugo Dp>Dadm Reforgo ou Vv MA SIM Resisténcia | Reconstrugio R<100 | — —— MA | O pavimentoapresenta Vv deformagées SIM Resisténci: Reconstrugio - ‘permanentes e rupturas “ oa plésticas generatzadas | dGG>180), | Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte ESPESSURA DE CONCRETO BETUMINOSO - cm 25 20 15 10 o DNER-PRO 011/79 p. 14/16 ABACO PARA DIMENSIONAMENTO DA ESPESSURA DE REFORCO DO PAVIMENTO EM CONCRETO BETUMINOSO 40 25 20 15 10 6 7% © H 100 10 1H 160 10 an 2 a 30 a DEFLEXAO DE PROJETO - 0,01 mm FIG..6 Reprodugo permitida desde que citado o DNER como fonte DNER-PRO 011/79 P. 15/16 ) fixar quando serio necessirios estudos complementares; b) definir o critério para a avaliagdo estrutural e 0 célculo do reforso; ©) fazer recomendagdes quanto as medidas corretivas, 8 DIMENSIONAMENTO DE REFORCO DO PAVIMENTO 8.1 Critério Deflectométrico ou de Deformabilidade ‘A espessura necessiria de reforgo do pavimento deve ser estimada através dos resultados do levantamento deflectométrico exeeutado para a avaliagdo estruural, pela expresso ou pelo dbaco apresentado a seguir na figura 6: heK. log_DP Dadm onde: h ~ espessura do reforgo do pavimento em centimetros; Dp- deflexito de projeto determinada para o subtrecho homogéneo, objeto do dimensionamento, em centésimos de milimetro; Daim - deflexio admissivel apés a execugio do reforgo do pavimento, em centésimos de milimetro; K_ = fator de redugio de deflexao, proprio do material usado no reforgo, 8.1.1 Dimensionamento do Reforgo em Concreto Betuminoso Para calcular a espessura de reforgo do pavimento, hep, em termos de concreto betuminoso, deve ser usado valor 40 para K,, tendo-se, portanto: heb = 40 log PI Dadm Um valor mais exato, para as caracteristicas proprias do material empregado no reforgo, pode ser determinado pela expressio apresentada a seguir: h © Tog DO onde: Dr K- _ fator de redugo de deflexdo a ser determinado para o material usado na execugiio do reforgo: h- —_espessura do reforgo, em centimetros; Dp- deflexdo medida na superficie do pavimento existente, antes da execugio do reforgo, em centésimos de milimetro; Dr- deflexdio medida na superficie do reforgo, em centésimos de milimetros. ‘As medidas efetuadas antes ap6s a exceusdo do reforgo do pavimento, devem ser fies sob ag mesmas condigdes do subleito. As medidas efetuadas sobre o reforgo do pavimento, devem ser fe certeza de que o novo revestimento nao esta mais sendo influenciado pela compactagio dada pelo trafego (fase de consolidagio). itida desde que citado o DNER como fonte lugdo perm Reprod DNER-PRO 011/79 p. 16/16 ‘A espessura do reforgo do pavimento pode ser facilmente corrigida, se for constatado que K tem um valor diferente de 40, pela expressio: K x ho 40 onde: hy ~ espessura do reforgo para material K # 40 ; K - fator de redugao de deflexdo proprio do material usado no reforgo do pavimento; hyo espessura do reforgo do pavimento considerando-se K = 40. 8.1.2 Dimensionamento de Reforgo com Camadas Miltiplas Devem ser estudadas outras solugées para constituicdo das camadas inferiores do reforgo do pavimento existente sempre que o dimensionamento indicar espessuras de reforgo, em termos de concreto betuminoso, superiores a 5 cm. ara o céloulo das espessuras das camadas nio constituidas de concreto betuminoso, devem ser adotados 08 coeficientes de equivaléncia estrutural recomendados pelo DNER e transcritos a seguir. A espessura de concreto betuminoso substituido deve ser multiplicada por: a 200 Coef. equiv. estrutural do material utilizado TABELA IV ‘componentes do reforgo do pavimento ‘cosfciente de equivainda estrutural Concreto Betuminoso Pré-misturado a quente de graduagao densa Prémistrado afro de graduagio densa ;cadame betuminoso por penetrago Brita graduada com ISC > 80 Material granular com ISC > 60 Solo-cimento com resisténcia & compresso a7 das superior a 45 kg/om?* Solo-cimento com ressténca 4 compressio a7 das entre 45 kzlom? e28 kaon? Sclo-cimento com ressténcia & compressio a7 das e inferior a 28 ky/om? BSEQSEBESS S8S8sssss 82. Critério de resisténcia ‘Na forma como foi indicado na Tabela II, referente a Critérios para Avaliago Estrutural, hé casos em que o projeto de reforgo do pavimento existente pode ser também executado utlizando-se os resultados dos estudos complementares ‘e.0 método de dimensionamento de pavimentos flexiveis do DNER. Para isto, &s diversas camadas constituintes do avimento existente e do reforgo projetado devem ser atribuidos coeficientes de equivaléncia estrutural compativeis ‘com suas caracteristicas, 5 pelos ensaios de campo e de laboratério e pelas observacées “in situ”, as quais poderdo recomendar, inclusive, a execusio de outros servigos complementares & execugio do reforgo, tais como, ‘drenagem, obras nos acostamentos, remogaio e reposigao de materiais, 9 PALAVRAS-CHAVE Afundamento, Deflexo, Deformacio, Pavimento, Recalque.

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